PROCESSO Nº 0800274-36.2020.8.15.0001 AUTORA: RAYSSA OLIVEIRA LIMA RÉU: DENTAL LIDER CLINICA ODONTOLOGICA LTDA-ME
DENTAL LIDER CLÍNICA ODONTOLOGICA LTDA-ME,
devidamente qualificada nos autos em destaque, com o devido acatamento perante Vossa Excelência, em face da determinação do mandado ID nº45584742, vem a parte promovida requerer o presente
MANIFESTAÇÃO AO LAUDO PERICIAL
com fulcro no artigo 477 § 1º do Novo Código de processo civil, pelos
fundamentos a seguir expostos.
DA MANIFESTAÇÃO DO LAUDO PERICIAL
De acordo com a solicitação de Vsa. Exa., a ilustre perita foi
designada para realizar perícia médica especializada a fim de constatar SUPOSTO ERRO CLINICO adotado no procedimentos exodôntico da autora, RAYSSA OLIVEIRA LIMA ao qual gerou-se a celeuma da ação ora em epigrafe.
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Rua Vice Pref. Antônio de Carvalho Sousa, 450, Estação Velha, Edif. Centro Jurídico Ronaldo Cunha Lima, Salas 405/406/407, Campina Grande/PB Apresentado contestação ID nº 30399010, designou-se realização de pericia médica.
Para tanto, no dia 21 de Junho de 2021 as 09:00, fora
realizada perícia médica aos cuidados da Dra KEILLA DAYANNE COELHO – CIRURGIÃ DENTISTA- CRO/PB 5597, sendo esta designada para atender à solicitação para responder os quesitos ora discriminado pelas partes.
Entretanto, diante do despacho de Nº 45584742, vem a parte
PROMOVIDA tecer sua conclusão a respeito das provas juntadas aos autos, como também, sobre a conclusão dos trabalhos da Ilustre Expert., diante do entendimento que passa a expor.
DA DOCUMENTAÇÃO DA PACIENTE JUNTADA AOS AUTOS
Como já comprova, os documentos anexados aos autos a
exemplo das fotos panorâmicas, exames tomográficos, exame clinico intra-oral, ficha clínica da paciente, exames radiográficos e outros, NA ÉPOCA, como parâmetros conclusivos, serviram para que os profissionais da promovida, pudessem demonstrar a técnica empregada diante da presença do procedimento clinico na paciente, tendo concluído com veemência pela Douto Perita que os documentos apresentado, são documentos hábeis e autorizados pelo Conselho de Odontologia.
Partindo para do ponto Nodal da ação em deslinde, a todo
percorrer processual procura-se saber se, a paciente após o tratamento clínico adotado pela promovida, teria apresentado sequelas ou doenças pregressas após o resultado clínico desenvolvido no ano de 2017 até os dias atuais.
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Rua Vice Pref. Antônio de Carvalho Sousa, 450, Estação Velha, Edif. Centro Jurídico Ronaldo Cunha Lima, Salas 405/406/407, Campina Grande/PB Contudo, fortemente, se conclui nos autos que a autora NÃO APRESENTOU QUAISQUER SEQUELAS diante do exame pericial realizado, tendo concluído a Douto perita em seus estudos (EXAME CLÍNICO EXTRAORAL E EXAME CLÍNICO INTRAORAL) QUE A PACIENTE NÃO TERIA APRESENTADO ALTERAÇÕES FACIAIS COMO TAMBÉM, QUALQUER DISCREPÂNCIAS ACENTUADAS.
Nesta pisada, em relação ao procedimento adotado, ao tocante
das películas ( radiografias) apresentadas pela paciente, a Douto perita, INFELIZMENTE, teceu conclusão sobre a calcificação pulpar da
paciente EM ORDEM DIVERSA DA SEQUÊNCIA,
DIVERGINDO DA ORDEM CRONOLÓGICA, tendo em vista que, o quesito nº 4 fora analisado APÓS A OBSTRUÇÃO DO CONDUTO DE FORMA MECÂNICA, SENDO ENTÃO UTILIZADO “LIMA ENDODONTICA”. O que restou prejudicado o entendimento da calcificação do conduto.
Ora Exa., tal procedimento para observar o trespasse da
mesma, é adotado na odontologia seguindo uma ordem cronológica, sendo quebrada esta regra pela análise da Ilustre perita NO MOMENTO DA ANÁLISE DO EXAME RADIOGRAFICO, O QUE MUDA TODO O CENÁRIO DO PROCEDIMENTO NO MOMENTO DA ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL. Contudo, para corroborar com o alegado em tese defensiva, a juntada da radiografia realizada APÓS a desobstrução e alargamento do conduto calcificado EVIDENCIA DE FORMA BIDIMENCIONAL O RESULTADO ALMEJADO.
Deste modo, podemos verificar a inexistência de
sequelas apresentada na paciente.
Noutro norte, tendo sido concluído pela Douto perita que a
trepanação é um desvio da vestibular, sabe-se que, mesmo com este
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Entrementes, tal procedimento serve clinicamente para traçar
o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um procedimento realizado na paciente, sem a presença de sinais crônicos, como infecções e reabsorções ósseas.
Portanto, quando debruçados aos autos, o caso em tela
descreve que, durante todo o lapso temporal entre o atendimento clínico (2017) e a realização da perícia (2021), a paciente não apresentou sequelas advindas do tratamento clínico, não restando dúvidas sobre o material e procedimentos de selamento adotados pelo profissional, pois como demonstram os autos, a paciente NÃO apresentou quadro infeccioso ou danos intra e extraorais, após os procedimentos.
Em se tratando dos materiais e procedimentos utilizados na
paciente, nota-se que a ilustre perita concluiu de forma IMPRECISA sobre a presença e ORDENAMENTO DOS EXAMES RADIOGRÁFICOS, prejudicando o teor dos QUESITOS 3, 4, 5 e 6.
Sendo assim, as investigações clinicas através no laudo
pericial serviria para que fossem retiradas todas as dúvidas sobre o procedimento no elemento nº 12 e por fim, se conduto radicular apresentava no momento do procedimento “CALCIFICAÇÃO NO CONDUTO RADICULAR”.
Neste interim, a Ilustre perita quedou-se inerte em de
Rua Vice Pref. Antônio de Carvalho Sousa, 450, Estação Velha, Edif. Centro Jurídico Ronaldo Cunha Lima, Salas 405/406/407, Campina Grande/PB A nobre perita foi questionada por ambas as partes a respeito do suposto erro no procedimento ao qual a paciente poderia ter sofrido, em se tratando de dores e de eventuais danos advindos do procedimento adotado.
Contudo Exa., o laudo pericial não foi conclusivo deixando de
apresentar RESULTADO FINAL pela Ilustre perita, pois mesmo havendo trepanação para a vestibular confirmado através de respostas dos quesitos, O CORRETO SELAMENTO DO CONDUTO É FATOR PREPONDERANTE PARA A SOLUÇÃO DO DESVIO, deixando de apresentar a ilustre perita as reçlações das causas e efeitos nos casos de inexistência deste procedimento.
Noutro norte, como se vê, as respostas da Ilustre Perita NÃO
foram esclarecedoras diante DA SEQUÊNCIA DAS RADIOGRAFIAS APRESENTADAS PELA PERICIANDA, o que muda drasticamente o resultado do laudo pericial, em relação a possibilidade de verificar a calcificação do terço apical do elemento dentário nº 12, sendo assim, como dito anteriormente, conforme desordem radiográfica, a douto perita interfere no resultado em analisar radiografia APÓS A DESOBSTRUÇÃO DO CONDUTO como primeiro procedimento, devendo ser analisado como último na sequência, o que restou prejudicado o resultado final, ao que tange as respostas dos quesitos 3,4,5,6.
Sendo assim, mesmo com a falta da conclusão do relatório
pericial, o procedimento de selamento e dos materiais adotados pelo profissional, teriam sido aptos para a solução no caso concreto, haja vista que, não foi possível IDENTIFICAR QUALQUER LESÃO OU QUADRO INFECCIOSO APÓS 5 ANOS DO PROCEDIMENTO, mas sim, aparentes sinais crônicos de cicatrização em torno do resto radicular do elemento nº 12. ( Quesito 17)
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Rua Vice Pref. Antônio de Carvalho Sousa, 450, Estação Velha, Edif. Centro Jurídico Ronaldo Cunha Lima, Salas 405/406/407, Campina Grande/PB Contudo, diante de grande parte do laudo consegue-se entender que, durante o procedimento adotado, mesmo havendo trauma causado por uma PANCADA NA FACE DA PACIENTE ORIGINANDO A QUEBRA DO PINO PROTÉTICO, advindos de fatores externos ao procedimento, podemos concluir pela inexistência de deformidades ou sintomas que comprovassem a existência de lesão advindas do procedimento clínico.
Diante do caso em tela, limitou-se a responder de forma
precisa sobre supostas lesões alegadas, os materiais utilizados para o selamento no procedimento adotado pelo profissional, apresentados pela parte promovida, a Douto pericia preferiu SUGERIR uma análise química da superfície do pino e um corte histológico do remanescente após a exodontia.
Contudo Exa., o que se importa destacar neste interim é que,
a paciente realizou pericia clínica após 5 anos a fio do primeiro
procedimento, e o que se comprova é que a LESÃO INFORMADA É INEXISTENTE, por terem sido adotados os procedimentos específicos em detrimento ao desvio da vestibular.
Neste sentido, conforme discorre o início do LAUDO PERICIAL,
em análise dos exames clínicos intra e extraoral, é que, em relação ao primeiro, não foram constatados alteração facial, e ao segundo, o elemento nº 12 apresentou “ (...) um aspecto de resto radicular com tecidos periodontais de CICATRIZAÇÃO CRÔNICA. (...)”
Sendo assim, inexistindo as supostas lesões alegadas na
exordial, não há o que comentar sobre o dano sofrido pela paciente.
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Rua Vice Pref. Antônio de Carvalho Sousa, 450, Estação Velha, Edif. Centro Jurídico Ronaldo Cunha Lima, Salas 405/406/407, Campina Grande/PB Nesta banda Exa., como se vê nos autos, o específico laudo teria que apresentar todos os meios adotados para se justificar cientificamente na seara da ODONTOLOGIA, sobre o estado de saúde atual da paciente após seu procedimento clinico adotado pelos promovidos, como também, para justificar se houve danos sofridos, mesmo com todas medidas clínicas adotadas no ato do procedimento da paciente.
Nesta banda, deixou de apresentar CONCLUSÃO AO LAUDO
PERICIAL.
Entrementes, é certo afirmar que, o julgador não está adstrito
à conclusão contida no laudo pericial, mas a simples leitura do documento pericial demonstra que foram apontados parâmetros técnicos e de conhecimento especifico para a conclusão do laudo pericial baseado em fontes bibliográficas, onde concluiu-se que a paciente não sofreu nenhum dano em seu procedimento, mas sim, abandono do tratamento proposto, inexistindo a todo momento o erro médico apontado na exordial.
Sendo assim, todos os documentos apresentados pela parte
autora, como também pela parte promovida e ainda com o anexo do laudo pericial sem apresentação de uma CONCLUSÃO FINAL EM DETRIMENTO AOS QUESITOS APRESENTADOS, exsurge ainda mais conclusões que a parte promovida em nenhum momento agiu com imperícia, negligência ou imprudência diante do caso concreto, HAJA VISTA NÃO TER SIDO APRESENTADO DANOS NA PACIENTE NO ATO DA PERÍCIA.
Diante do exposto, e por tudo que foi apresentado, vem a
parte promovida IMPUGNAR os escritos científicos descritos no laudo pericial apresentados pela Ilustre Perita Dra KEILLA DAYANNE
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Rua Vice Pref. Antônio de Carvalho Sousa, 450, Estação Velha, Edif. Centro Jurídico Ronaldo Cunha Lima, Salas 405/406/407, Campina Grande/PB COELHO, em detrimento aos pontos delineados pela parte promovida, onde requer por fim, a reiteração dos pedidos contidos da peça contestatória além dos pagamentos de custas e honorários advocatícios, experimentados diante da celeuma apresentada.
Entrementes Requer ainda que, se digne Vossa Excelência
em ASCEDER novo documento, caracterizando assim, as complementações processuais, ao qual aguarda pela IMPROCEDÊNCIA do pedido autoral.
Nestes termos, Pede e espera deferimento.
Campina Grande-PB, 19 de Julho de 2021.
ROBSON CARLOS DE OLIVEIRA DIEGO FERNADES P. BENÍCIO
OAB/PB 18.358 OAB/PB 18.375
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