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À Secção de Avaliação

do Desempenho Docente do Conselho Pedagógico

Nome __________________ professor do quadro/contratado ___________________grupo

de recrutamento _____________, no Agrupamento de Escolas de _____________, portador do CC

nº_______________, NIF __________, residente em ________________, na sequência de ter sido

notificada do resultado da sua classificação final da Avaliação de Desempenho, relativa ao ano letivo

de 201__/201___, no dia ……………………, em que lhe foi atribuída a menção qualitativa final de

“Bom.”, e quantitativa de 7,…. (…………………..) e por não concordar com a mesma, vem, nos termos

do nº 1 do artigo 47º, do Estatuto da Carreira Docente, aprovado pelo Decreto-Lei nº 139-A/90, de 28

de abril, na sua redação atual, e nº 1 do artigo 24º, do Decreto regulamentar 26/2012, de 21 de

fevereiro, que regulamenta o sistema de avaliação do desempenho do pessoal docente, apresentar a

sua

RECLAMAÇÃO ESCRITA,

o que faz nos termos e pelos seguintes fundamentos:

A reclamante ao tomar conhecimento da avaliação final do desempenho, verificou que no

Instrumento de Registo e Avaliação, na dimensão “Cientifica e Pedagógica”, nos parâmetros

“Preparação e organização das actividades lectivas” “Relação pedagógica com os alunos”, em que lhe

foi atribuída a classificação de __________ valores, e na dimensão “Formação contínua e

desenvolvimento profissional”, parâmetro “A participação em acções de formação e em processos de

actualização do conhecimento profissional” em que lhe foi atribuída a classificação de ____ valores, a

classificação atribuída está aquém do que foi o seu desempenho no ano lectivo de 201___/201___.

Com efeito, a reclamante tendo em conta o seu desempenho e a classificação final que lhe foi

atribuída, nos referidos parâmetros, é levada a concluir que não foi devidamente avaliada, pela função

essencial de professora, in casu, pelo seu trabalho sério e dedicado que desenvolveu com os alunos e

demais intervenientes no processo educativo, ao longo do ano lectivo da avaliação, pelo que, não

concorda com a classificação de “Bom” que lhe foi atribuída, por considerar que o trabalho que

desenvolveu se pauta a um nível de “Muito Bom”.

Demonstrando o que foi o seu desempenho no ano lectivo de 2004/2015, conforme consta do

relatório de auto-avaliação o qual espelha com clareza o trabalho desenvolvido, a reclamante passa

ainda a demonstrar nos referidos parâmetros e as suas discordâncias, pelo que não pode, de forma

alguma aceitar a classificação atribuída, resignar-se, aceitando-a.

Vejamos,

Dimensão “Cientifica e Pedagógica”,

no parâmetro “Preparação e organização das actividades lectivas” em que lhe foi

atribuída a classificação de _______ valores, a reclamante entende que deveria ter-lhe sido atribuída a

classificação de _________valores pelo seu desempenho. Isto porque, efectuou sempre uma

abordagem pedagógica de acordo com os conteúdos e competências definidos para a disciplina, indo

assim de encontro às planificações preestabelecidas, de acordo com o programa em vigor.

Elaborou, várias vezes, novos materiais de ensino/aprendizagem, como fichas informativas,

fichas de trabalho, apresentações em PowerPoint, no intuito de proporcionar aulas mais ricas,

motivantes e dinâmicas, e prestar um maior apoio na exploração de conteúdos. Tentou, também, tirar

o maior partido possível dos livros adotados, através da resolução de exercícios, para que os alunos
solidificassem conhecimentos e percebessem mais facilmente as suas fragilidades, ou seja, que

fossem evoluindo na sua aprendizagem.

Os alunos foram sempre sensibilizados da importância e aplicação _________________, tendo

sido introduzidas diversas curiosidades científicas.

No decorrer do ano letivo, cumpriu o serviço letivo que lhe foi distribuído, quer a nível da componente

letiva, quer ao nível da componente não letiva. Tendo sido sempre pontual e assídua.

Quanto às atividades promovidas:

Descrever as atividades

Porquanto tendo em conta o seu desempenho, deve ser justificado, de facto e de direito que

critérios foram tidos em conta para lhe ser atribuída a classificação de 7 valores.

“Relação pedagógica com os alunos”

Neste parâmetro, a reclamante considera que as atividades letivas e não letivas foram

concretizadas com sucesso, e que os objetivos de aprendizagem dos alunos foram cumpridos.

Pensa ter alcançado as metas e objetivos que traçou com vista a um melhor desempenho,

enquanto docente e cidadã, no sentido de promover o sucesso pessoal, social e educativo dos seus

alunos e contribuir para a concretização do Projeto Educativo do Agrupamento.

O contributo para os objetivos e metas fixadas no Projeto Educativo do agrupamento de

escolas ou escola não agrupada.

Preocupou-se com o correto e competente exercício da sua função como educadora,

procurando contribuir para a dignificação social da profissão que exerce; esta dignificação passa pelo

cumprimento efetivo dos seus deveres deontológicos e sociais.

Atendendo a que a missão social do professor é uma das mais importantes, na medida em que

contribui para a boa formação dos adultos de amanhã; os exemplos que transmitiu, aos seus alunos a

par das competências, são um dos elementos essenciais à sua formação e comportamento social.

Recorreu a estratégias e material diversificado, visando com estas opções metodológicas

ajustar os objetivos do processo ensino/aprendizagem às necessidades e interesses dos alunos e


ajudá-los a adquirir hábitos de trabalho, de autonomia e espírito de cidadania, tentando ter sempre em

conta as diferenças de cada um.

Crê ainda ter investido numa saudável relação humana, o que serviu de estímulo à

aprendizagem e combate ao desinteresse e desatenção. De facto, preocupou-se em estabelecer uma

boa relação pedagógica, tendo sempre em conta que cada aluno é um caso particular e que o

professor deve acompanhar e respeitar o ritmo individual de cada um, dando, deste modo, um

contributo para o desenvolvimento global da sua personalidade. Procurou também conhecer cada um

dos alunos nas suas diferentes valências, tirando partido da troca de informações que foi sendo

partilhada nos Conselhos de Turma e nas várias conversas que manteve ao longo do ano com os

Diretores de Turma e restantes professores.

Tentou, e pensa, de um modo geral ter conseguido, adotar uma postura pedagógica suscetível

de promover a auto-estima e autoconfiança dos alunos, proporcionar situações diversificadas e

criativas de aprendizagem, que transformassem a sala de aula num espaço que despertasse interesse

pela aprendizagem e incentivasse os alunos ao estudo. No caso dos alunos mais inseguros, recorreu

frequentemente ao elogio e à valorização das respostas para que estes desenvolvessem a sua auto-

estima.

Tendo em consideração que grande parte dos alunos apresentam dificuldades ao nível das

técnicas de estudo, procurou que todos mantivessem o caderno diário organizado, fornecendo,

sempre que necessário, apontamentos e resumos teóricos, de modo a que o caderno diário servisse

como instrumento de estudo.

Promoveu a aquisição integrada de métodos de estudo e estimulou o trabalho autónomo dos

alunos, nomeadamente ao nível da pesquisa.

Permitiu, sempre que possível, a interação entre alunos com ritmos de trabalho diferentes, de

modo a que houvesse uma entreajuda entre eles que contribuísse para a aprendizagem de todos. A

resolução de exercícios em pequenos grupos foi utilizada várias vezes, tentando posicionar os alunos

com maiores dificuldades junto a alunos com menores dificuldades, no sentido de criar um clima de

entreajuda que contribuísse para a aprendizagem de todos.


Proporcionou aos alunos trabalho em grupo, quer na realização de atividades quer na

realização de outros trabalhos relacionados com os conteúdos programáticos. Tendo em conta a

importância deste tipo de trabalho no desenvolvimento da sociabilidade, afetividade e respeito pelos

outros.

Em cada período, foi realizada a avaliação intercalar e a avaliação sumativa, através da

ponderação dos critérios de avaliação definidos pelo Departamento e aprovados pelo Conselho

Pedagógico, solicitando a intervenção dos alunos no processo de auto-avaliação. Durante as aulas,

procurou observar o trabalho dos alunos, recorrendo a grelhas de observação/registo, nomeadamente

no que diz respeito à realização dos trabalhos de casa, faltas de material, assiduidade/pontualidade,

comportamento, participação e trabalho na aula. Os resultados da avaliação foram revelados aos

alunos em tempo útil, de modo a criar espaço para que cada aluno refletisse sobre os mesmos, e

comunicados a cada Diretor de Turma ao longo de cada período.

Através de conversas informais, sendo formalmente apresentados nas reuniões intercalares e

de avaliação, realizadas em cada período. O objetivo foi agilizar o processo de avaliação e promover a

melhoria dos alunos.

Tentou, ao longo do ano, promover a auto-avaliação de todos os alunos, quer através de

conversas informais, mantidas em contexto sala de aula, quer através da solicitação do preenchimento

de uma ficha de autoavaliação, no final de cada período. O objetivo desta ficha de autoavaliação foi

promover a reflexão de cada aluno sobre o trabalho desenvolvido em cada período e contribuir para a

sua melhoria. Tentou, e julga ter conseguido, ser rigorosa e cumpridora dos seus deveres, de modo a

tornar o processo de avaliação o mais justo e uniforme possível em todos os momentos.

Proporcionou aos alunos com necessidades educativas especiais o apoio adequado à sua

integração na comunidade escolar e ao desenvolvimento das competências escolares e sociais, tendo

em conta as suas características, em colaboração com os professores de Educação Especial e outros

parceiros.

Disponibilizou duas horas semanais da sua componente não letiva para prestar um apoio mais

específico aos alunos do sétimo B e décimo segundo A, promovendo o esclarecimento de dúvidas

específicas.
Como Diretora de Turma, cumpriu integralmente as competências que lhe foram destinadas,

tendo contribuído para o bom acompanhamento e sucesso educativo dos seus alunos. Procedeu a um

acompanhamento próximo das atividades da turma, atendendo ao registo de presenças dos alunos,

contacto com os Encarregados de Educação, avaliação dos alunos nas diferentes disciplinas e áreas

curriculares não disciplinares.

Manteve com os Encarregados de Educação uma relação cordial e de respeito, dando

informações relativas dos seus educandos sempre que necessário. Desta forma, incentivou os

Encarregados de Educação a acompanharem as atividades dos seus educandos.

Vale tudo isto por dizer, que na sua relação pedagógica com os alunos, aplicou estratégias de

ensino adequadas às necessidades dos alunos e comunicou com rigor, elevada eficácia e sentido de

interlocutora;

Promoveu um clima favorável à aprendizagem, ao bem-estar e ao desenvolvimento afectivo,

emocional e social dos alunos;

Concedeu a todos os alunos iguais oportunidades de participação e de integração, promovendo

a adopção de regras de convivência, colaboração e respeito;

Disponibilizou-se para o atendimento aos alunos;

Exerceu autoridade na aula promovendo ao nível de atitudes, linguagem e comportamentos, a

manutenção de um clima disciplinado e propício ao trabalho;

Concebeu e implementou estratégias de avaliação diversificadas e rigorosas, monitorizou o

desenvolvimento das aprendizagens, reflectiu sobre os resultados dos alunos e informou-os

regularmente sobre os progressos e as necessidades de melhoria.

Porquanto, face à classificação de ____ valores que lhe foi atribuída deve ser justificado que

critérios foram considerados, uma vez que de acordo com o demonstrado esta classificação está

aquém da excelente relação que manteve com os seus alunos, que aliás pensa ser do conhecimento

de Vossas Exas. pelo feedback positivo dos seus alunos, devendo ser de toda a justiça ser-lhe

atribuída a classificação de ____valores.


Na dimensão “Formação contínua e desenvolvimento profissional”, parâmetro “A

participação em acções de formação e em processos de actualização do conhecimento

profissional”, deve ser justificado de facto e direito, o porquê de lhe ter sido atribuída a classificação

a classificação de ________valores, uma vez que a reclamante, realizou as acções de formação que

passa a designar:

Ainda, as ações de formação que frequentou afiguraram-se relevantes para a melhoria dos

seus conhecimentos académicos, da sua capacidade de transmitir esses conhecimentos e de formas

inovadoras de os apresentar aos alunos, trazendo benefícios para a prática letiva e não lectiva, pelo

que deveria ter-lhe sido atribuído ___ valores.

Fundamentar outros parâmetros dos quais pretenda reclamar

Condensando

A reclamante encara a sua paixão pelo ensino com uma elevada exigência de profissionalismo

e de cumprimento dos seus deveres: por isso revê-se nos parâmetros de excelência, devendo por isso

ter-lhe sido atribuída a menção qualitativa final de pelo menos“Muito Bom”.

Em face do expendido, fica comprovado que a reclamante, cumpriu todas as suas obrigações

com o maior empenho e profissionalismo, como é seu timbre, sua maneira de ser e de estar na

profissão, assumindo as suas funções com disponibilidade, espírito de colaboração e competência,

que não se traduziram na sua avaliação de desempenho nem de acordo com as suas expectativas.

CONCLUSÃO:

Por todas as razões aduzidas, definidos e cumpridos todos os domínios, conforme consta do

relatório de auto-avaliação, o qual espelha com clareza o seu desempenho. A reclamante discorda em

absoluto da forma como foi realizada a sua avaliação, bem como da menção final de “Bom” que lhe foi
atribuída, atendendo a que não é compatível com a qualidade científica e pedagógica do seu

desempenho, que se coloca num patamar muito acima da classificação atribuída.

A) Ao proceder como se procedeu não existiu uma boa ponderação e aplicação das

regras de avaliação;

B) Ficou acima demonstrada a ideia formulada a seu respeito, de acordo com a

pontuação atribuída, que não se coaduna de forma alguma com o seu desempenho,

o que traduz vício de erro nos pressupostos;

C) Aliás, o facto de ter sido subavaliada e de ter havido uma desvalorização do seu

esforço, mostra-se contrário ao espírito do Estatuto da Carreira Docente, que, como

bem se sabe, valoriza a avaliação como um contributo para o desenvolvimento e

melhoria profissional, procurando desta forma distinguir e incentivar o mérito e o

esforço;

Termos em que requer a V. Exas., se dignem dar provimento à

presente Reclamação e, por via disso, rever-se a menção qualitativa,

de " Bom” atribuída à reclamante, por a mesma se mostrar inadequada

e insuficiente, devendo, por isso, ser-lhe atribuída a menção qualitativa

de pelo menos “Muito Bom”, por a sua actividade docente se enquadrar

num patamar de desempenho excelente, como é devido e da mais

elementar

Justiça!

Local e data

Pede Deferimento

A reclamante,

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