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CÂMARA MUNICIPAL DE MAUÁ


S.P.

PROCESSO Nº: 82.738

MOÇÃO Nº: 29 / 15

Apresentamos Moção de Aplausos, pelo


Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade
de vida, 06 de Abril, conforme dispõe:

Apresentamos, à Douta Mesa, após ser ouvido o Egrégio Plenário,


observadas as disposições regimentais, a presente Moção de Aplausos, pelo Dia Nacional de
Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida, 06 de Abril.

Ao propormos esta Moção é alertar quanto ao sedentarismo.

O Plano Nacional de Atividade configura o esforço do Ministério da


Saúde em parceria com o Ministério do Esporte, entidades científicas, sistema S e Secretarias
Estaduais e Municipais de Saúde na “implementação” da Política Nacional de Promoção da Saúde
no âmbito das Práticas Corporais, Atividade Física.

Constitui-se em frentes de atuação – aumento da capacidade do


Ministério da Saúde de articular estratégias de Promoção da Saúde; a disseminação do tema da
Atividade Física junto à população; o estímulo a criação de projetos de Atividade Física nos
estados e municípios, nos setores públicos e privado; a parceria como estratégia para construção de
intervenções sobre o espaço urbano e o monitoramento e a avaliação das ações implementadas –
que se articulam para promover a melhoria da qualidade de vida da população, frente à morbi-
mortalidade por doenças do aparelho circulatório, a ausência de espaços públicos de lazer e de vias
alternativas de acesso aos locais de trabalho e diversão (ciclovias e ou ciclo faixas), a pouca ênfase
dada às informações sobre os benefícios da atividade física para a saúde e demais contextos que
influenciam na decisão do sujeito em adotar a prática da atividade física no seu cotidiano.

A promoção da saúde consiste em políticas, planos e programas


de saúde pública com ações voltadas em evitar que as pessoas se exponham a fatores condicionantes
e determinantes de doenças, a exemplo dos programas de educação em saúde que se propõem a
ensinar a população a cuidar de sua saúde.

Além disso, incentiva condutas adequadas à melhoria da qualidade


de vida, distinguindo-se da atenção primária ou ações da medicina preventiva que identificam
precocemente o dano e ou controlam a exposição do hospedeiro ao agente causal em um dado meio-
ambiente.
Segundo Arouca  cada um desses elementos é determinado por um
conjunto de características que lhe são atribuídas, na "Historia Natural da Doença", como, por
exemplo, em relação à história natural da sífilis adquirida:
 Fatores do Agente - características biológicas, pré requisitos
de unidade, baixa resistência;
 Fatores do Ambiente - geografia, clima, instabilidade familiar,
baixo ingresso, moradia, facilidades inadequadas de recreação, facilidades diagnósticas;

A redação do presente documento é de inteira responsabilidade do Gabinete do Vereador


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 Fatores do Hóspede - idade, sexo, raça, desenvolvimento da
personalidade, ética e educação sexual, promiscuidade, profilaxia. (Leavell & Clarck, 1965).

O estilo de vida saudável contrapõe-se ao sedentarismo, o modelo


teórico de explicação-intervenção denominado promoção da saúde substitui (redefinindo) aquele
modelo triádico agente-hospedeiro-ambiente (tido como ecológico) por um esquema quadripolar
constituído por: biologia humana, ambiente, estilo de vida esistema de serviços de saúde, mais
eficaz, sobretudo para "dar conta" da elevação das doenças crônico - degenerativas ou não -
transmissíveis que caracterizam o mundo moderno.
O principal documento, pós "Declaração de Alma-Ata" (1978), com
essas recomendações surgiu na Primeira Conferência Internacional Sobre Promoção da
Saúde realizada em novembro de 1986 em Ottawa, Canadá onde a promoção da saúde foi definida
como: o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e
saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo.
Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social
os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar
favoravelmente o meio ambiente.
A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como
objetivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e
pessoais, bem como as capacidades físicas, assim, a promoção da saúde não é responsabilidade
exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar
global.
Observe-se a ênfase no sujeito coletivo - a comunidade e a "criação"
(implícita) do conceito de empodeiramento (empowerment), como requisito de sua atuação para
melhoria de sua qualidade de vida e saúde.
Após essa conferência se sucederam algumas outras conferências
internacionais sobre a "promoção da saúde" com contribuições específicas para as dificuldades
encontradas seja na organização das comunidades (responsabilidade individual e social), nos
instrumentos e condições para modificações do meio - ambiente como na administração dos
recursos disponíveis para serviços de saúde.
Rabello  assinala ainda que a promoção da saúde seja uma proposta
pública mundial contemporânea na saúde pública disseminada pela Organização Mundial da
Saúde desde 1984, constituindo-se como um novo paradigma e que este se contrapõe ao
modelo flexeneriano que se expressa através do individualismo (atenção individual), da
especialização, da tecnologização e do curativismo na atenção à saúde, predominantes, até então,
nas práticas de saúde.
Doenças e Agravos:
 A erradicação da violência e criação de ambientes seguros foi
uma condição imposta aos formuladores de políticas de promoção à saúde em face de crescente
demanda por serviços de saúde ocasionados por causas externas, mais especificamente acidentes de
transporte e agressões, no modo de adoecer e morrer de das populações.

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 Pode se considerado um do marcos dessa inclusão o "Plano


de Ação Regional para Promoção da Saúde" (CD 37. R14, 1993) da OPAS, 1994 inserindo tais
ações no âmbito do fortalecimento dos sistemas de vigilância com incorporação de informação
social e de risco comportamental trabalhando na perspectiva de construir (transformar) municípios e
cidades saudáveis.
Um dos primeiros sistemas de registros de informações relativas aos
fatores risco foi realizado pelo Centers for Disease Control and Prevention - (CDC) em 1984,
atualmente os dados são coletados mensalmente em 50 estados, o Distrito de Columbia, Porto Rico,
Ilhas Virgens e Guam. Mais de 350 mil adultos são entrevistados a cada ano, por telefone cujos
resultados são divulgados publicamente na web.
A produção de informações capazes de evidenciar riscos bem como
avaliar intervenções realizadas é uma etapa essencial para o desenvolvimento de uma política de
promoção da saúde.
O CDC monitora sistematicamente os comportamentos de risco à
saúde, práticas de saúde preventiva e acesso a cuidados de saúde relacionados principalmente a
doença crônica e lesões.
Segundo Rabelo, 2010 (o.c.) o Brasil não participou da 1ª
Conferência Internacional para Promoção em Saúde, mas posteriormente aderiu ao proposto pela
Carta de Ottawa e participou das seguintes e como confirmado por diversos autores, a partir da
década de 1980 ocorreu uma intensa movimentação social em torno das políticas públicas,
principalmente a de saúde, culminando com a criação do SUS - Sistema Único de
Saúde aperfeiçoando-se progressivamente na direção da construção efetiva de uma estrutura
governamental capaz de dar conta dessa proposição.
Atualmente segundo Portaria nº 687 MS/GM (2006) as ações
específicas a serem realizadas nas três esferas de governo (federal, estadual, municipal) são:

 Divulgar, sensibilizar e mobilizar para promoção da saúde;


 Alimentação saudável;
 Prática corporal e atividade física;
 Prevenção e controle do tabagismo;

 Redução da morbi-mortalidade em decorrência do uso abusivo
do álcool e de outras drogas;
 Redução da morbi-mortalidade por acidentes de trânsito;
 Prevenção da violência e estímulo à cultura da paz;
 Promoção do desenvolvimento sustentável

Porém o Brasil, com evidentes desigualdades regionais devidas as


particularidades culturais e decorrentes da sua história de desenvolvimento econômico não são
contornáveis apenas com o aparelhamento jurídico - político das instituições de saúde, através da
participação da população nas decisões em fóruns coletivos específicos, (conselhos de saúde,
conferências de saúde, etc.) almeja-se uma transformação do estilo de vida nocivo à saúde e o
enfrentamento da velada "guerra" de interesses por investimentos em

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modelos assistenciais específicos para conduzir as ações de saúde,


estabelecer parcerias e contratos com indústria de alimentos, fármacos, entre outras, além
do empoderamento e extensão das políticas de promoção da saúde (inter setorial idade) aos demais
setores governamentais.
Recentemente, no ano de 2014, foi lançada uma revisão da Política
Nacional de Promoção da Saúde, contendo seis temas transversais que devem orientar o conjunto de
iniciativas nacional referentes à promoção da saúde:

 Determinantes Sociais da Saúde (DSS), equidade e respeito à


diversidade
 Desenvolvimento sustentável
 Redes de produção social da saúde e do cuidado
 Ambientes e territórios saudáveis
 Vida no trabalho
 Cultura da paz e direitos humanos

Diante do exposto, firmamos aqui nossos reconhecimentos mais


sinceros a essa importante data.

Sala das Sessões, 31 de Março de 2015.

Vereador ADELTO “CACHORRÃO”

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