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Viver Natural…………………………………………….

Geni

Banheiro Ecológico

O banheiro seco ou sanitário compostável,


além de reduzir drasticamente o uso de água potável, também substitui muito
bem as fossas sépticas, que contribuem para a contaminação dos lençóis
freáticos e mananciais.

No Sítio Geranium construímos um banheiro seco de câmara dupla, seguindo


um modelo já testado e aprovado pelo IPEC, com capacidade para armazenar e
compostar por um longo período de tempo, esterco humano e serragem, em
proporções iguais.

Não se preocupe com o odor, pois tomamos todos os cuidados técnicos


necessários para evitar este inconveniente. Abaixo do assento há uma rampa
em ângulo de 45° de inclinação, cuja função é fazer com que o material

depositado desça até o fundo, misturando-se


com a serragem. O ar que entra através das portinholas, na porção inferior das
câmaras de compostagem, recebe o calor do sol e se desloca para a chaminé,
sendo totalmente eliminado graças ao processo de termo-sifonamento.

Desta forma, sem odor e sem consumir água potável para empurrar o nosso esgoto para
longe dos nossos olhos, em seis meses teremos um material compostado e extremamente
fértil, pronto para passar pelo minhocário e depois pelo viveiro de mudas nativas do
Cerrado.

Biofertilizantes

Os biofertilizantes funcionam como


fitoprotetores, repelentes e têm papel fundamental na transição agroecológica,
sendo utilizados com freqüência para substituir os insumos químicos (sintéticos).
Um dos principais objetivos da utilização dos biofertilizantes é a independência
do agricultor no sentido de reduzir a necessidade de adquirir insumos externos à
propriedade. Além do custo elevado, os adubos químicos são prejudiciais aos
solos (favorecem a acidez), trazem desequilíbrios nutricionais às plantas por
serem concentrados em NPK e são levados pela água com muita facilidade,
sendo necessário aplicá-los periodicamente.

Produzir um biofertilizante é algo muito simples, pois a sua elaboração é feita a


partir de produtos e, principalmente, subprodutos da produção agrícola de fácil
obtenção. Os ingredientes mais utilizados na produção dos biofertilizantes são:
plantas de características benéficas (que sirvam de fonte de nutrientes); o
esterco (fonte de nitrogênio), caldo-de-cana (fonte de sacarose, que fornece
energia aos microorganismos) o leite e o soro de leite (fonte de
microorganismos). O processo de produção costuma demorar entre 30 a 50 dias
para que se atinja o ponto ideal, dependendo muito da temperatura.
No que diz respeito à sustentabilidade e responsabilidade com o planeta, os
biofertilizantes não agridem o ecossistema onde estão inseridas as unidades de
produção de alimentos, o que entre outros tantos benefícios, nos permite
preservar as fontes naturais de água.

Os biofertilizantes representam uma boa alternativa de baixo custo aos


agricultores quando usados simultaneamente a outras práticas adotadas na
agricultura de base ecológica, como por exemplo: a compostagem, a adubação
verde, a rotação de culturas, os policultivos, entre outras.

Escolha uma das fórmulas abaixo e faça você mesmo o seu biofertilizante:

Biofertilizante 1 Biofertilizante 2
• 180 litros dágua • 50 litros de água.
• 40 Quilogramas de • Quatro Quilogramas de
esterco fresco sem esterco fresco não tratado
resíduos químicos quimicamente.
• 5 litros de leite de • 0.500 litros de leite de
animal não tratado animal não tratado
quimicamente. quimicamente.
• Cinco Quilogramas de • 0.500 Quilogramas de
açúcar mascavo. açúcar mascavo.
• Seis Quilogramas de cinza • 0.400 mililitros de sangue.
parceladas de cinco em • 0.600 Quilogramas de
cinco dias. cinza parceladas de cinco
em cinco dias.
• Dois Quilogramas de aveia
preta florescida.
• 2 litros de suco de tiririca.
• Dois Quilogramas de
serralha.
• Uns Quilogramas de
espinafre.
• Um Quilograma de funcho
• Um Quilograma de urtiga
dióica.

Biofertilizante 3 Biofertilizante 4
• 50 litros de água. • 100 litros de água.
• Quatro Quilogramas de • Oito Quilogramas de esterco
esterco fresco não fresco não tratado
tratado quimicamente. quimicamente.
• 0.500 litros de leite de • 1 litro de leite de animal
animal não tratado não tratado quimicamente.
quimicamente. • Um Quilograma de açúcar
• 0.500 Quilogramas de mascavo.
açúcar mascavo. • 1.200 Quilogramas de cinza
• 0.600 Quilogramas de parceladas de cinco em
cinza parceladas de cinco dias.
cinco em cinco dias. • Dois Quilogramas de
• Dois Quilogramas de carqueja
fosfato natural • Dois Quilogramas de erva de
• Dois Quilogramas de bicho
aveia preta florescida. • Uns Quilogramas tansagem.
• Uns Quilogramas • Um Quilograma de maria-
tansagem. mole
• Um Quilograma de • Dois Quilogramas de urtiga
maria-mole dióica.
• Dois Quilogramas de
urtiga dióica.

Algumas recomendações, já testadas pela Bionatur, quanto ao uso de


biofertilizantes em culturas:

Milho – 3 aplicações:

• 1ª aplicação, quando a planta apresentar 4 folhas (2% diluído em água);


• 2ª aplicação, quando a planta apresentar 6 a 8 folhas (4% diluído em água); e
• 3ª aplicação, quando a planta apresentar 10 folhas (5% diluído em água).

Feijão – 3 aplicações:

• 1ª aplicação, com 30 dias (2% diluído em água);


• 2° aplicação, com 45 dias (4% diluído em água);
• Durante o florescimento (5% diluído em água).

Hortaliças:

• aplicações semanais (1% a 5% diluído em água), tomando cuidado com a


fitotoxidez para alface.

Arroz de sequeiro – 2 aplicações:

• 1ª aplicação, no início do perfilhamento; e


• 2ª aplicação, na diferenciação do primórdio floral.
• Arroz irrigado: Aplicação na entrada de água método pinga-pinga, de 15 em 15
dias.

• Produção de sementes de hortaliças: Aplicações semanais a quinzenais, até o


florescimento e pós florescimento (1 a 5% diluído em água).

Enriquecimento de sementes: de leguminosas (feijão, feijão de vagem), cenoura,


crucíferas de 0,5 a 1%.

• A aplicação deve ser realizada nos períodos de temperatura mais amena, ou seja,
logo após o orvalho pela manha e bem à tardinha.
• Adicionar 100 gramas de farinha de trigo como espalhante adesivo,
principalmente em plantas que possuem serosidade e poucos pelos nas folhas,
como no caso das crucíferas, cebolas e alho, folhosas em geral.

Observações:

• A aplicação deve ser realizada nos períodos de temperatura mais amena, ou seja,
logo após o orvalho pela manha e bem à tardinha.
• Adicionar 100 gramas de farinha de trigo como espalhante adesivo,
principalmente em plantas que possuem serosidade e poucos pelos nas folhas,
como no caso das crucíferas, cebolas e alho, folhosas em geral.

Captação de água da chuva

Sabe-se que no Bioma Cerrado temos uma


precipitação anual média de 1.600 mm, distribuídos em apenas 7 meses de
chuva. Neste sentido, a captação e o armazenamento de água da chuva em
cisternas de ferrocimento representam uma boa estratégia de adaptação às
nossas necessidades e as condições climáticas, principalmente quando
consideramos que nós, os seres humanos, estamos poluindo os lençóis freáticos
e os mananciais num ritmo sem precedentes.
Não há riscos de contaminação pelo uso da água da chuva no Distrito Federal
porque ainda não temos grandes emissões de poluentes no ar. Estas cisternas
de ferrocimento, construídas em material constituído de argamassa de cimento e
de areia, na proporção 2:1, envolvendo uma grande gaiola de aramado de
vergalhões finos e telas.

O cimento é colocado em camadas finas de 02 a 03 cm de espessura, com o


objetivo de envolver o aramado de ferro. Esta construção é feita sem o auxilio de
formas, apenas com aparas de chapas de zinco galvanizado. O aramado do
ferrocimento, a gaiola citado acima, é composta por vergalhões finos, de bitola
3.4 mm ou 4.2 mm, amarrados com arame recozido e malha de tela hexagonal
sobreposta aos vergalhões. Na maioria dos casos, utiliza-se a tela de arame
para criação de pintos.

Terraços

Os terraços podem ser definidos como sulcos ou


barreiras físicas acima do solo, construídas transversalmente à direção do maior
declive. Com a adoção desta prática de coservação é possível manter a
fertilidade do solo e evitar problemas comuns, o que permitirá o controle da
erosão, da compactação e o aumento da umidade do solo. São indicados para
terrenos com declividade variando entre 4 a 50%. Em situações onde a
declividade for inferior a 4%, podem ser implementados juntamente com as
faixas de retenção, plantio em nível, rotação de culturas e culturas em faixas.
Dentre os objetivos dos terraços, os principais são:

• Reduzir a velocidade e o volume da enxurrada.


• Reduzir as perdas de nutrientes e matéria orgânica do solo.
• Promover a saturação do solo por acúmulo de água.
• Amenizar a topografia e melhorar as condições de mecanização das
áreas agrícolas.

COMO TIRAR NÍVEIS

• Teodolito, um equipamento de alta precisão, porém seu custo é elevado;


• Pé de Galinha – Marca-se o ponto zero, e a partir deste ponto iniciamos a
demarcação com um giro de 180º de uma das pernas de nosso Pé de galinha (uma
compassada) para marcarmos o 2º ponto e assim sucessivamente. A corda com o
pêndulo (peso) tem que coincidir com o meio do Pé de Galinha que já foi medido
e marcado previamente;

Mangueira com Água – Marca-se o ponto zero, e a partir do nível de água das 2
pontas da mangueira já marcadas nas estacas no ponto de saída, começamos a
esticar uma das pontas da mangueira e levamos a outro ponto até a água das 2
pontas da mangueira estarem nos níveis marcados nas estacas anteriormente.
Importante é não deixar vazar água em nenhuma das pontas da mangueira,
caso aconteça, teremos que iniciar todo o processo novamente.

Canais de infiltração

São valas cavadas no mesmo nível ao redor do terreno para que proporcione
uma maior infiltração de água no solo, por meio das interrupções no escoamento
da água.
Cava-se uma vala em nível. A primeira camada de terra (solo) será colocada por
cima do restante da terra que foi tirada da vala (subsolo). O solo é uma porção
da terra que acontece vida bacteriana aeróbica, já no subsolo é anaeróbica;

• Com os canais de infiltração estaremos diminuindo a velocidade com que a água


passa pelo nosso terreno. Cria-se um bolsão de retenção de água, e a partir daí, a
água vai percolando pelo subsolo até chegar ao curso d’água novamente,
gastando-se apenas mais tempo para este percurso;

• A distância ideal de um canal-de-infiltração para outro é de +/- 20 vezes a sua


largura dele;

• Para solos Argilosos: Canais-de-infiltração mais profundos e mais estreitos – 0,80


m (profundidade) X 1 m (largura);

• Para solos Arenosos: Canais-de-infiltração mais rasos e mais largos – 0,40 m


(profundidade) X 4 m (largura);

Os Canais-de-infiltração devem ser projetados para comportarem os episódios


máximos de chuva, assim não há possibilidade de vazamento de água. Como
parte do projeto deve estar prevista uma alternativa para onde esta água deve
escoar em caso de excesso (açude, vala de infiltração, horta, riacho, etc), assim
não há desperdício nem estrago no terreno;
CÍRCULO DE BANANEIRAS

- Ao centro do círculo-de-bananeiras cavamos um buraco de mais ou menos


1m (diâmetro) X 0,80 m (profundidade) para depositarmos a matéria orgânica
que irá se decompor. Sendo que no fundo depositaremos o material de
decomposição mais lenta e na superfície os de decomposição mais rápida, que
por sua vez necessitará ser reposta com freqüência.

Neste ponto introduziremos algumas leguminosas para melhorar a qualidade


do solo e mais tarde poderemos substituí-la por mamoeiros ou outro alimento
qualquer;

Neste ponto plantaremos as Bananeiras e entre elas as leguminosas, com a


função de melhorar o solo e produzir biomassa para cobertura do solo. O
manejo das bananeiras consiste em criar condições para que as filhas e as
netas nasçam na borda dos círculos. Em cada círculo podemos plantar
bananeiras de variedades diferentes, pois assim teremos uma maior diversidade
e menor riscos de doenças. Durante o processo de manejo retiramos as mudas
excedentes e as aproveitamos para iniciarmos outros círculos. A melhor época
para desmembrar uma touceira de bananeiras é sempre durante a lua
minguante.

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