Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
com/static/uploads/photo/2012/12/21/10/06/agriculture-
71511_640.jpg
2
José Francisco de Assis DIAS
DÍZIMO:
FÉ COMPROMETIDA
Análise Canônico-Pastoral do Sistema do Dízimo
Reimpressão
3
Copyright 2009 by Humanitas Vivens Ltda
EDITOR:
Prof. Dr. José Francisco de Assis DIAS
CONSELHO EDITORIAL:
Prof. Ms. José Aparecido PEREIRA
Prof. Ms. Leomar Antonio MONTAGNA
Prof. Gunnar Gabriel ZABALA MELGAR
REVISÃO ORTOGRÁFICA E ESTILO:
Anna Ligia CORDEIRO BOTTOS
CAPA, DIAGRAMAÇÃO E DESIGN:
Agnaldo Jorge MARTINS
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Dias,José Francisco de Assis
D541d Dízimo: fé comprometida.
Análise canônico pastoral do
sistema dízimo. / José Francisco
de Assis Dias. -- Sarandi :
Humanitas Vivens, 2009.
248p.
ISBN 978-85-61837-14-3
4
Ao Giovanni, filho querido,
na sua condição de ‘humanitas vivens’,
dotado de ímpar dignidade humana;
na sua condição de ‘imago Dei’ redimida,
elevado à dignidade de ‘filho de Deus’.
5
Sumário
CAPÍTULO I:
INICIATIVAS PASTORAIS ............................................ 16
16
1. Iniciativas a Nível Nacional .............................................
2. As Comunidades Eclesiais de Base ................................. 22
24
2.1. A Igreja como Povo de Deus .....................................
25
2.2. A Igreja como comunhão .........................................
2.3. O papel insubstituível do Cristão Leigo ................... 26
3. Diocese de Umuarama:
36
Uma Experiência Válida .......................................................
CAPÍTULO II:
O SISTEMA DO DÍZIMO ................................................ 52
1. Os Fins da Igreja e seu Direito aos Bens .......................... 52
2. A Instituição do Dízimo Bíblico ...................................... 66
74
3. O Dízimo na História ........................................................
3.1. Domínio universal do Criador sobre tudo ................. 75
3.2. Testemunho ao Mundo ..............................................77
3.3. Membros vivos do Povo de Deus ............................. 77
3.4. Regulamentação eclesiástica do
80
dever divino–natural ........................................................
3.5. Sistema de Taxas:
inadequado às exigências pastorais de nossos dias........... 81
6
4. Peculiaridades do Sistema do Dízimo .............................. 82
82
4.1. Conceituação .............................................................
87
4.2. Peculiaridades ...........................................................
4.3. Conseqüências.................................................... 93
CAPÍTULO III:
A ADMINISTRAÇÃO DO DÍZIMO ............................... 100
1. Noções de Administração ................................................ 100
103
1.1. Alienação .................................................................
1.2. Determinações da CNBB ......................................... 105
1.3. Abrangência do conceito de “alienação” ................. 107
2. O Conselho Paroquial do Dízimo (CPD) ........................ 109
111
2.1. Atribuições ..............................................................
113
2.2. Transparência ..........................................................
2.3. O Papel do Pároco ................................................... 114
2.4. Honesta Sustentação dos Ministros ........................ 117
2.5. Previdência Social .................................................. 121
2.6. Patrimônio Comum ................................................. 122
2.7. Remuneração das Religiosas e Religiosos .............. 126
127
2.8. Funcionários ............................................................
CAPÍTULO IV:
IMPLANTANDO E ORGANIZANDO
O “SISTEMA DO DÍZIMO” ............................................ 128
128
1. Pastoral do Dízimo ...........................................................
1.1. Aspectos sociológicos da Pastoral do Dízimo ......... 129
1.2. Aspectos Pastorais do
134
Sistema do Dízimo ..........................................................
1.3. Sentido Comunitário da
140
Pastoral do Dízimo ..........................................................
1.4. Riscos históricos do Sistema do Dízimo ................... 142
1.5. O Sustento dos Ministros e a
145
Pastoral do Dízimo ...........................................................
7
2. Implantando o Sistema do Dízimo ..................................... 148
2.1. Passos no Processo de Implantação ........................... 148
2.2. Cronograma ................................................................
163
2.3. Temas de Reflexão ..................................................... 165
3. Organizando o Sistema do Dízimo .................................... 202
3.1. Dízimo Mirim ............................................................ 203
3.2. Arrecadação ...............................................................
204
3.3. Modelo de Carnê ....................................................... 207
3.4. Organograma do Dízimo:
nível paroquial ..................................................................
209
3.5. Organograma do
Conselho Paroquial de Pastoral (CPP) ............................. 210
3.6. Organograma da
Equipe Paroquial de Pastoral do Dízimo (EPPD) ............. 211
3.7. Organograma do
Conselho Paroquial do Dízimo (CPD) .............................. 212
3.8. Organograma do Dízimo: nível setorial ..................... 213
Conclusão ..............................................................................214
Fontes e Bibliografia ............................................................ 231
1. Fontes .................................................................................
231
2. Bibliografia ........................................................................235
8
Siglas e Abreviações
9
litt. past. - Littera Pastoralis.
m.p. - Motu Proprio.
n. - Numerus.
o.c. - Opus Citatum.
pl. past. - Plano de Pastoral de Conjunto
S. - São.
V. - Volumen.
VV. - Columina.
10
Introdução
3
Cf. SYNODUS EPISCOPORUM, doc. Ultimis Temporibus, 30 de
novembro de 1971, II, 2,4.
4
Cf. At. 8,18-25.
5
Cf. A. MOSTAZA RODRIGUES, “Diritto Patrimoniale Canonico”,
in Corso di Diritto Canonico, I, Cremona 1975, 317.
6
Cf. L. DE ECHEVERRIA, ( a cura de), Código de Derecho
Canónico, Edicion Bilingüe Comentada por los Professores de la
Facultad de Derecho Canonico de la Universidad Pontificia de
Salamanca (B.C.A. 442), 7ª ed., Madrid 1986, 600.
12
A nova legislação deveria ser impostada de modo a
considerar uma mentalidade largamente difusa hoje, de que
o testemunho da Igreja na moderna sociedade laicizada e
consumista se torna eficaz se puramente religiosa e não
suspeita de interesses temporais próprios7.
Sou movido pelo desejo de dar à experiência do
Dízimo como Fé e Amor à Comunidade dos irmãos as luzes
da Vigente Legislação Canônica, as quais são, muitas vezes,
ignoradas pelas Legislações Particulares, quando concebidas
e promulgadas.
Recorro ao auxílio de autores qualificados que, com
comentários e reflexões, deram sua contribuição ao Direito
Patrimonial Canônico, em especial ao Instituto do Dízimo.
Para maior aprofundamento do Instituto do Dízimo e dos
princípios gerais do direito patrimonial da Igreja, ofereço
um elenco de fontes e bibliografia.
7
Cf. G. ZANNONI, I Beni Temporali della Chiesa nel Nuovo Codice
di Diritto Canonico, Lámico del Clero 65(1983)154.
13
Quero manifestar meu sincero agradecimento àqueles
que me apoiaram e sustentaram na pesquisa e elaboração
deste trabalho. Primeiramente agradeço ao Senhor, Supremo
Legislador, de quem toda Ordem procede.
Agradeço ao Prof. V. De Paolis, moderador de minha
monografia de Mestrado em Direito Canônico, na Pontifícia
Universidade Urbaniana, da qual parti para a realização
deste “trabalho”. De fato ele ocupou lugar fundamental na
minha pesquisa e reflexão, sempre solícito em corrigir-me e
orientar-me para chegar a uma apresentação satisfatória do
tema a que me propus.
Quero lembrar o Prof. E. Sastre Santos, pelas suas
indispensáveis lições de Metodologia Jurídica junto à
Pontifícia Universidade Urbaniana, sempre pronto para
colaborar na pesquisa e elaboração metodológica de nossos
trabalhos.
14
estudar este tema tão vivo na Missão da Igreja. Tema que
figura entre os mais delicados pelas conseqüências que dele
derivam à imagem da Igreja8.
8
Cf. G. ZANNONI, o.c., 154.
15
CAPÍTULO I:
INICIATIVAS PASTORAIS
9
. Rio de Janeiro, fevereiro de 1967.
10
. R. CARAMURU DE BARROS, Bens Temporais Numa Igreja
Pobre (Novos Caminhos 31), Petrópoles 1968.
11
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, est.
Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 7.
16
Por ocasião da X Assembléia Geral do Episcopado
Brasileiro12, os Bispos do Brasil, respondendo a uma
insistente solicitação dos presbíteros, classificou como
“pastoralmente inadequado o atual sistema de taxas” e
votou que se fizesse “um estudo teológico e científico
sobre o dízimo, a ser aplicado sistematicamente”. Confiou-
se à Coordenação Nacional da Campanha da Fraternidade
a realização de um levantamento e apresentação de
sugestões para a adoção do Dízimo no Brasil. Como fruto
desses primeiros estudos temos o folheto “Campanha
Nacional do Dízimo”13.14
Durante a XI Assembléia Geral15 foi nomeada uma
Comissão Especial para prosseguir os estudos já iniciados.
Um amplo inquérito foi elaborado e enviado a todas as
Dioceses brasileiras. Baseando-se em seus resultados, esta
Comissão elaborou um “plano” para implantação do
Dízimo, em âmbito Nacional, aprovado pelo episcopado na
XII Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil16.17
12
. S. Paulo, 1969.
13
. Maio de 1970.
14
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, est.
Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 8.
15
. Brasília, maio 1970.
16
. Belo Horizonte, fevereiro de 1971.
17
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, est.
Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 8.
18
Cf. Ibidem
17
Nos anos de 1971 a 1974 vários Regionais
começaram a tomar as primeiras iniciativas para a
implantação deste Sistema. Ao mesmo tempo algumas
Igrejas Particulares adotaram o Dízimo em âmbito
diocesano.19
Foi neste ano de 1974 o início, com o primeiro pl.
past., dos preparativos para a implantação do Sistema do
Dízimo na então Jovem Diocese de Umuarama, Diocese
que será nosso laboratório para aferir a aplicabilidade do
“Dízimo Radical” na realidade pastoral.
A XIII20 e a XIV21 Assembléias Gerais voltaram a
refletir sobre o problema do Dízimo como substituto do
Sistema de Taxas. Ao mesmo tempo que fortalecia sua
opção pelo Sistema do Dízimo, constatava-se
progressivamente a inviabilidade de sua implantação
através de um “plano nacional” onde as etapas e datas
fossem idênticas para todas as Igrejas Particulares, dadas
as diversas realidades existentes nas várias Regiões
Brasileiras.22
19
Cf. Ibidem
20
. S. Paulo 1973.
21
. Itaici 1974.
22
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, est.
Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 8-9.
18
que substitua progressivamente o sistema de
taxas”;
23
Cf. Ibidem, 9.
19
era uma mera “exortação pastoral” ou um “objetivo
desejável”. As Igrejas Particulares “deviam” buscá-la:
tratava-se de um “compromisso pastoral” sério, cuja
consciência emergiu de um longo período de reflexão que
remonta o ano de 1967.24
Tanto se tratava de um dever pastoral sério a ser
concretamente realizado, que a própria Assembléia Geral
decidira que fosse realizado, em todas as Igrejas
Particulares, um “intenso trabalho de conscientização” e
uma “progressiva organização do sistema do Dízimo” e a
definição de uma data a partir da qual seria obrigatória a
implantação do mesmo.25
24
Cf. Ibidem, 9-10.
25
Cf. Ibidem
26
Cf. Ibidem, 10.
20
O que mantém o Dízimo, como Sistema Radical e
sustento da Paróquia, são as pequenas comunidades. De
modo especial as CEBs são instrumentais adequados, pois
através delas é possível a conscientização do povo. Através
delas, também, é que se viabiliza a arrecadação mais eficaz,
bem como a prestação de contas.
Sem o espírito comunitário que se adquire através das
CEBs, o Sistema do Dízimo, certamente não sobrevive nem
dá os frutos pastorais de engajamento comprometido e
responsável do fiel em relação à Comunidade Paroquial.27
Esta constatação exige de nós maior conhecimento
sobre as Comunidades Eclesiais de Base, para nos
tornarmos capazes de entender bem o processo de
implantação deste Sistema do Dízimo, em sua forma radical,
como a propomos.
Para tanto, reservo o próximo item. Apresentarei,
mesmo que sumariamente, alguns elementos e princípios
gerais sobre a sua constituição e atuação, como “Igreja
Base”.
27
Cf. J.M.MAIMONE, o.c., 13.
21
2. As Comunidades Eclesiais de Base.
28
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, pl.
past. Plano de Emergência, Rio de Janeiro 1962, 5.4.
29
Cf. Ibidem, 5.5.
30
Cf. Ibidem, 5.6.
22
Encontramos, nestas afirmações, já em germe alguns
dos traços característicos constitutivos daquilo que seria a
Comunidade Eclesial de Base.31
31
Cf. IDEM, doc. As Comunidades Eclesiais de Base na Igreja do
Brasil, 23-26 de novembro de 1982, 10.
32
Cf. IDEM, pl. past. Plano de Emergência, 38-39.
33
. Pode-se cf. estes planos: CONFERÊNCIA NACIONAL DOS
BISPOS DO BRASIL, doc. III Plano Bienal dos Organismos
Nacionais 1975-1976, S. Paulo 1975; IDEM, doc. IV Plano Bienal dos
Organismos Nacionais 1977-1978, Brasília 1977.
23
de que a Comunidade deve se tornar “Instrumento de
Evangelização”.34
34
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
doc. As Comunidades Eclesiais de Base na Igreja do Brasil, 23-26 de
novembro de 1982, 11.
24
Povo de Deus. Na verdade os que crêem em Cristo,
os que renasceram não de semente corruptível mas
incorruptível pela palavra do Deus vivo (cf. 1 Pd
1,23), não da carne mas da água e do Espírito Santo
(cf. Jo 3,5-6), são finalmente constituídos “em
linhagem escolhida, sacerdócio régio, nação santa,
povo adquirido ... que outrora não eram, mas agora
são povo de Deus” (1 Pd 2,9-10). ”35.
35
Cf. const. dogm. Lumen Gentium, 21 de novembro de 1964, 9.
36
. Ibidem, 1.
25
2.3. O papel insubstituível do Cristão Leigo
37
Cf. Ibidem, 38.
26
Igreja Povo de Deus, na qual o Espírito Santo age sem
cessar.38
38
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
doc. As Comunidades Eclesiais de Base na Igreja do Brasil, 23-26 de
novembro de 1982, 7.
39
Cf. Ibidem, 1.
40
Cf. Ibidem, 3.
41
Cf. Ibidem, 4.
27
reconhecimento oficial, indicava-lhes condições de ser lugar
e meio de evangelização42.
29
sociológica. Não poderiam, sem abuso de linguagem,
intitular-se “Comunidades Eclesiais de Base”. Essa
designação pertence àquelas que se reúnem em Igreja, para
se unir à Igreja e para fazer crescer a Igreja.
Estas, sim, serão um “lugar de evangelização”, para
benefício das Comunidades mais amplas, especialmente das
Igrejas Particulares. Serão uma esperança para a Igreja
Universal, na medida em que:
30
único depositário do Evangelho; conscientes de
que a Igreja é muito mais vasta e diversificada,
aceitem que esta Igreja se encarna de outras
maneiras, que não só através delas;
6. progridam cada dia na consciência do dever
missionário e em zelo, aplicação e irradiação
neste aspecto;
43
Cf. PAULUS VI, adh. ap. Evangelii Nuntiandi, 8 de dezembro de
1975, 58.
44
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
doc. As Comunidades Eclesiais de Base na Igreja do Brasil, 23-26 de
novembro de 1982, 21.
31
As “comunidades de base que, em 1968, eram apenas
uma experiência incipiente, amadureceram e
multiplicaram-se. Em comunhão com os seus bispos,
converteram-se em centros de evangelização e em motores
de libertação e desenvolvimento”45.
Os Bispos Latino-americanos constataram, ainda, que
“nas pequenas comunidades, mormente nas mais bem
constituídas, cresce a experiência de novas relações
interpessoais na fé, o aprofundamento da palavra de Deus,
a participação na Eucaristia, a comunhão com os pastores
da Igreja particular e um maior compromisso com a justiça
na realidade social dos ambientes em que se vive”46.
49
Cf. IDEM, Ibd.; cf. também A. BARREIRO, A Eclesialidade das
CEBs, Revista Eclesiástica Brasileira 46(1986) 631-649; IDEM,
Raízes da Consciência Eclesial das CEBs, Convergência 17(1982)
602-649.
50
Cf. Ibidem; cf. também const. dogm. Lumen Gentium, 21 de
novembro de 1964, 26.
33
que se referem é de caráter nitidamente eclesial e não
meramente sociológico ou outro”51.
51
Cf. IONNIS PAULUS II, disc. Vosso Desejo, 11 de julho de 1980,
3.
52
Cf. Ibidem, 4.
34
grande comunidade da Igreja universal, abertura que
evitará toda tentação de sectarismo”53.
55
Cf. pl. past. A Pastoral de Conjunto na Diocese de Umuarama –
1974, 1º de janeiro de 1974, 7.
56
Cf. Ib., 8.
37
do “direito/dever” de todo fiel na manutenção da
Comunidade Eclesial.57
57
Cf. litt. past. Sobre o Dízimo, 21 de novembro de 1978, 7; cf.
também CIC83 c. 222§1.
58
Cf. Ib.; pl. past. A Pastoral de Conjunto na Diocese de Umuarama –
1975, 14.
59
Cf. pl. past., A Pastoral de Conjunto na Diocese de Umuarama –
1974, 1º de janeiro de 1974, 14.
60
Cf. cf. Ib.
38
Umuarama , uma equipe nomeada pelo Bispo Diocesano no
ano de 1977 elaborou temas de reflexão para que clérigos e
agentes de pastoral leigos pudessem conscientizar-se do
“sentido e conveniência” deste Sistema.
No ano de 1978 o trabalho de conscientização foi para
todos os fiéis leigos. Para atingir este escopo a Comissão
Diocesana ofereceu um texto de reflexão para o debate nos
Grupos de Reflexão e nas Reuniões mensais das
Comunidades Eclesiais de Base.
61
Cf. CIC83 c. 222§1 com suas fontes: CIC17 c. 1496; decr.
Apostolicam Actuositatem, 18 de novembro de 1965, 21; decr. Ad
Gentes, 7 de dezembro de 1965, 36; decr. Presbyterorum Ordinis,
39
merecem todo respeito. Porém, muitas delas não atuam sua
“eclesialidade”62.
62
Cf. PAULUS VI, adh. ap. Evangelii Nuntiandi, 8 de dezembro de
1975, 58.
63
Cf. Ibidem
40
O segundo pl. past. para o ano de 1975, mantinha a
prioridade “Comunidades Eclesiais de Base” e dava pistas
pastorais mais precisas. Apresentava-as como “esperança”.
64
Cf. J.M.MAIMONE, o.c., 11.
65
Cf. pl. past. A Pastoral de Conjunto na Diocese de Umuarama –
1975, 1º de janeiro de 1975, 8.
66
Cf. PAULUS VI, adh. ap. Evangelii Nuntiandi, 8 de dezembro de
1975, 58.
41
e irradiando a fé, esperança e amor dentro da Grande
Comunidade Paroquial.67
67
Cf. pl. past. A Pastoral de Conjunto na Diocese de Umuarama –
1975, 1º de janeiro de 1975, 9; cf. as palavras de PAULO VI, adh. ap.
Evangelii Nuntiandi, 58 E.
68
Cf. pl. past. A Pastoral de Conjunto na Diocese de Umuarama –
1975, 1º de janeiro de 1975, 10.
42
Sob o item “Comunidades Eclesiais de Base”69 se
encontra uma “Constatação da Realidade”, uma
“Fundamentação Teológica” e “Pistas Pastorais” a nível de
Grupos de Reflexão, de Igreja Base, de Igreja Paroquial, de
Igreja Decanal e de Igreja Particular.70
O quarto pl. past., para orientar a ação Pastoral no ano
de 1977, foi promulgado a partir das conclusões da I
Assembléia Diocesana71 - novembro de 1976. Esta
Assembléia insistiu ainda na concentração de esforços para
a formação das CEBs, e pediu que fosse dado prioridade à
formação dos “Agentes Leigos de Pastoral”.
Depois de indicar o que as CEBs esperavam do clero,
a I Assembléia cobrava alguma coisa das Paróquias
omissas, pedindo que até julho daquele ano, toda Paróquia
tivesse iniciado a formação dos Grupos de Reflexão. Todas
as Paróquias deveriam formar a sua “Equipe Paroquial de
Pastoral das CEBs”.72
69
Cf. pl. past. A Pastoral de Conjunto na Diocese de Umuarama –
1976, 1º de janeiro de 1976, 7.
70
Cf. Ibidem
71
. Assembléia Diocesana é o órgão de máxima participação de todos
os níveis da Igreja Particular congregada sob a presidência do Bispo
Diocesano, para o planejamento da ação pastoral. O CIC83 disciplina,
nos cc. 460-466 o Instituto do Sínodo Diocesano. A Assembléia
Diocesana, porém, segue todas as suas formalidades jurídicas,
segundo os cc. citados. Suas conclusões adquirem força vinculante
com a promulgação segundo o c. 466: “O único legislador no sínodo
diocesano é o Bispo diocesano, tendo os outros membros do sínodo
voto somente consultivo; só ele assina as declarações e decretos
sinodais, que só por sua autoridade podem ser publicados”.
72
Cf. pl. past. A Pastoral de Conjunto na Diocese de Umuarama –
1980-81, 1º de janeiro de 1980, 23; CONSELHO EPISCOPAL
43
No quinto pl. past. promulgado a partir das
conclusões da II Assembléia Diocesana – novembro de
1977, para o ano de 1978, encontramos uma exposição
sobre o que é “Comunidade”, o que significa “Base”, e o
que se exige para que uma comunidade de Base seja
“Eclesial”. Utilizou-se para isto, basicamente, os
documentos já apresentados no ítem anterior deste Capítulo.
75
Cf. Ibidem, 12.
76
Cf. litt. past. Sobre o Dízimo, 21 de novembro de 1978, 24.
45
projetar o futuro da sua atuação dentro das Pequenas
Comunidades desenvolvidas a partir de 1974.
77
Cf. cf. pl. past. A Pastoral de Conjunto na Diocese de Umuarama
1982-84, 2 de fevereiro de 1982,25.
78
Cf. G.DALLA TORRE, o.c., 510.
46
não ser aquilo que recebem por ocasião dos atos de
ministério79.
79
Cf. Comm. 1980, 403, c. 6.
80
Cf. SYNODUS EPISCOPORUM, doc. Ultimis Temporibus, 30 de
novembro de 1971, II, 2,4.
81
Cf. L. CHIAPPETTA, Il Codice di Diritto Canonico, Commento
Giuridico-pastorale, 2 vv., Napoli 1988, 4139; L. DE ECHEVERRIA,
o.c., 600-601.
47
apostolado e de caridade e para o honesto sustento
dos ministros”82.
82
Cf. CIC83 c. 222§1.
83
Cf. CIC83 c. 1261§1.
84
Cf. L.RISTITS, o.c., 77.
85
Cf. litt. past. Sobre o Dízimo, 21 de novembro de 1978, 30.
48
somente elas são aptas a levar os fiéis à Consciência de Ser
Igreja. A resposta tem, necessariamente, de ser “Não”.
86
Cf. PAULUS VI, adh. ap. Evangelii Nuntiandi, 8 de dezembro de
1975, 58.
49
substituição ao inadequado Sistema de Taxas87, como
veremos no primeiro item do quarto capítulo reservado à
“Pastoral do Dízimo”.
87
Cf. litt. past. Sobre o Dízimo, 21 de novembro de 1978, 23.
88
Cf. Ibidem, 24.
89
Cf. CIC83 c. 1254§2; também litt. past. Sobre o Dízimo, 21 de
novembro de 1978, 14.
50
Taxas, a qual se oferece para pagar um trabalho ou um bem
recebido.90
90
Cf. J.M.MAIMONE, o.c., 15; litt. past. Sobre o Dízimo, 21 de
novembro de 1978, 13.
91
Cf. litt. past. Sobre o Dízimo, 21 de novembro de 1978, 80.
92
Cf. CIC83 c. 1254§1.
93
Cf. CIC83 c. 222§1.
51
CAPÍTULO II:
O SISTEMA DO DÍZIMO
52
Estes “fins” são ordenados em modo hierárquico mas
pertencem igualmente à missão da Igreja, também as obras
de caridade, especialmente para com os pobres.94
- a celebração do culto,
- o governo pastoral,
- a atividade missionária e a
- prática da caridade evangélica.
94
Cf. V. DE PAOLIS, o.c., 19.
95
Cf. F. COCCOPALMERIO, “Diritto Patrimoniale della Chiesa”, in
PONTIFICIUM INSTITUTUM UTRIUSQUE IURIS, Il Diritto nel
Mistero della Chiesa, IV, Diritto Patrimoniale, Tutela della
Comunione e dei Diritti, Chiesa e Comunità Politica (Quaderni di
Apollinaris 4), Roma 1980, 5,15.
96
Cf. L.CHIAPPETTA, o.c., 5371-5372, 2913.
53
“(...) a salvação das almas que, na Igreja, deve ser
sempre a lei suprema”97.
97
Cf. CIC83 c. 1752.
98
Cf. “Ecclesiae nativum est exigendi a christifidelibus, quae ad fines
sibi proprios sint necessaria”, CIC83 c. 1260.
99
.cf. V. FAGIOLO, Adempimenti Amministrativi degli Enti
Ecclesiastici, L’amico del Clero 66(1984)155; L DE ECHEVERRIA,
o.c., 597; L. RISTITS, I Beni Temporali della Chiesa nel Nuovo CIC,
Libro V, L’amico del Clero 66(1984)256; G. DALLA TORRE, o.c.,
277; “Il criteiro della necessità o non necessità è discriminante tra
possesso legitimo e illegitimo. La necessità è da valutare in concreto,
com riferimento alle circostanze di luogo e di tempo, alla natura
dellístituzione, alla sensibilità degli amministratori ecc.”: V. Rovera,
“Il Livro V: I Beni Temporali della Chiesa”, in Il Nuovo Codice di
Diritto Canonico, Studi, Torino 1985, 232.
54
Os bens materiais ao serviço da “missão Salvífica” da
Igreja são acessórios e instrumentais.100 Enquanto Ela vive e
realiza a sua “missão salvífica” no tempo, não pode deixar o
auxílio dos bens temporais, mesmo daqueles de ordem
econômica. Esta necessidade deriva da sua própria estrutura,
querida pelo Fundador. Logo, este direito tem sua fonte na
mesma vontade do Fundador.101
Precisemos:
100
Cf. M. LOPEZ ALARCON, “La Titularidad de los Bienes
Eclesiásticos”, in Espana, XIX Semana Espanola de Derecho
Canónico, Celebrada en Salamanca del 17 al 21 de Septiembre de
1984 (Biblioteca Salamanticencis – Estudos 75), Salamanca 1985, 23;
V. FAGIOLO, o.c., 156.
101
Cf. V. DE PAOLIS, o.c., 18.
102
Cf. CIC83 c. 1254§1.
103
Cf. CIC83 1254§2.
55
- “alienar” significa a faculdade de transferir a
outra pessoa a titularidade sobre determinado
bem.104
104
Cf. M. LOPEZ ALARCON, o.c., 22.
105
Cf. CIC83 c. 1254§1.
106
Cf. CIC83 c. 204§2; cf. também const. dogm. Lumen Gentium, 21
de novembro de 1964, 8, 9,14,22,38; const. past. Gaudium et Spes, 7
de dezembro de 1966, 40.
107
Cf. V. DE PAOLIS, o.c., 19.
56
comunhão eclesiástica, a não ser que se oponha uma
sanção legitimamente infligida”108. 109
108
Cf. CIC83 c. 96; cf. também CIC17 c. 87.
109
Cf. V. DE PAOLIS, o.c., 19.
110
Cf. CIC83 c. 1258.
111
Cf. V. DE PAOLIS, o.c., 19, 20.
112
Cf. Ibidem, 22.
57
mesma113, com todos os meios justos de Direito Natural e
Positivo114:
113
Cf. L. CHIAPPETTA, o.c., 4117.
114
Cf. CIC83 c. 1259.
115
Cf. CIC83 c. 1255.
116
Cf. CIC83 c. 1254§1.
117
Cf. CIC83 c. 1260.
118
Cf. CIC17 cc. 1495, 1496, 1499; cf. também const. past. Gaudium
et Spes, 7 de dezembro de 1965, 71; cf. também o estudo de A.
MOSTAZA RODRIGUEZ, o.c., 434.
119
Cf. L. DE ECHEVERRIA(a cura de), o.c., 599.
58
especialíssimo, dentro do Sistema do Dízimo, como
veremos no terceiro item deste Capítulo.
120
Cf. V. ROVERA, o.c., 229.
121
Cf. decr. Presbyterorum Ordinis, 7 de dezembro de 1965, 17.
122
Cf. A. D. DE SOUSA COSTA, Posizione di Giovanni di Dio,
Andrea Dias de Escobar e Altri Canonisti sulla Funzione Sociale delle
Decime, Roma s.d., 411.
59
Em particular quanto aos bens provenientes do
exercício dos ofícios eclesiásticos, o Concílio afirma o dever
tanto dos presbíteros quanto dos bispos de aplicá-los
principalmente para o próprio honesto sustento e para o
cumprimento dos deveres do próprio estado, destinando o
restante para o bem da Igreja e para as obras de caridade:
“Os bens que porém lhes advierem no desempenho de
algum ofício eclesiástico, salvo algum direito
particular, empreguem-nos os Presbíteros, como
aliás também os Bispos, sobretudo para seu sustento
honesto e para o cumprimento dos deveres do próprio
estado. O que porém sobrar queiram destiná-lo em
benefício da Igreja ou às obras de caridade. Não lhes
sirva o ofício eclesiástico para fins de lucro, nem
empatem rendas que daí provenham para aumento de
seu patrimônio”123.124
123
Cf. decr. Presbyterorum Ordinis, 7 de dezembro de 1965, 17.
124
Cf. A. D. DE SOUSA COSTA, o.c., 411.
60
gratuito de Deus deve ser dado de graça, sabendo
viver na abundância e na penúria. Mesmo assim,
algum uso comunitário das coisas, à imitação da
comunhão de bens que mereceu destaque na história
da Igreja primitiva, abriria do melhor modo o
caminho para a caridade pastoral. Por tal forma de
vida, os Presbíteros poderiam levar honrosamente à
prática o espírito de pobreza recomendado por
Cristo”125.126
131
Cf. decr. Presbyterorum Ordinis, 7 de dezembro de 1965, 20.
132
Cf. A. D. DE SOUSA COSTA, o.c., 411-412.
133
Cf. SYNODUS EPISCOPORUM, doc. Ultimis Temporibus, 30 de
novembro de 1971, II, 2, 4; cf. também o estudo de A. D. DE SOUSA
COSTA, o.c., 412.
62
Quanto à “retribuição dos sacerdotes” diz que deve
ser determinada em espírito de pobreza evangélica, mas, por
quanto seja possível, suficiente e com equidade. É uma
questão de justiça e deve compreender a previdência social.
É necessário abolir, em tal setor, as excessivas
desigualdades, sobretudo entre os presbíteros de uma
mesma Igreja Particular, em referência também com a
condição comum da gente daquela região.134
134
Cf. Ibidem
135
Cf. SYNODUS EPISCOPORUM, doc. Ultimis Temporibus, 30 de
novembro de 1971, II, 2, 4.
136
Cf. A. D. DE SOUSA COSTA, o.c., 412.
137
Cf. Comm. 1980, 403, c. 6.
138
Cf. A. D. DE SOUSA COSTA, O.C., 412.
63
A pertença ao “Povo de Deus”, com a comunhão e
participação na Vida e na Missão da Igreja, determina
direitos e deveres especificados pelo “Titulo I: Das
Obrigações e Direitos de todos os fiéis”, “Parte I: Dos
Fiéis”, do “Livro II: Do Povo de Deus”, do CIC83.
Entre os “deveres” é incluído o de subvencionar as
necessidades da Igreja, no exercício da sua missão, como já
vimos acima139. O c. 222§1, de fato, impõe um preciso
dever jurídico, teologicamente fundado e pastoralmente
válido.
A obrigação de todos os fiéis de socorrer às
necessidades da Igreja, das quais fala este c. 222§1 é bem
diversa, sob o ponto de vista pastoral e estritamente jurídico,
das ofertas feitas em ocasião da administração dos
sacramentos e dos sacramentais, das quais trata os cc. 1264
n. 1; 952, §1; 1181.
140
Cf. G. DALLA TORRE, o.c., 512; V. FAGIOLO, o.c., 157.
141
Cf. CIC83 c. 1260.
142
Cf. CIC83 c. 1254.
143
Cf. CIC83 c. 222§1.
144
. Para um aprofundamento sobre a Instituição do Dízimocf.
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, est.
Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 28-43; “Decimae”, in FERRARI,
F.L., Biblioteca Canonica Iuridica Moralis Theologica necnon
Ascetica Polemica Rubricistica Historica, III, Romae 1886, 11-35;
também a bibliografia ali citada; P. CIPROTTI, “Decima”, in
Enciclopedia del Diritto, XI, Varese 1962, 805-809; A. BURDESE,
“Decime (Diritto Romano)”, in AZARA,A., - EULA,E.(a cura de),
Novissimo Digesto Italiano, V, Torino 1960, 257-258; G. CASSANI,
Origine Giuridica delle Decime Ecclesiastiche in Generale e delle
Centesi in Particolare, Bologna 1894; N.D’AMATI, “Decime (dir.
trib.)”, in Enciclopedia Giuridica, X, Roma 1988, 1-3; E. DE
RUGGIERO, “Decuma”, in Dizionario Epigrafico di Antichità
Romane, II, 2, Spoleto 1910, 1502; M. FERRABOSCHI, Il Diritto di
Decima, Padova 1949; C. JANNACCONE, “Decime (diritto
65
2. A Instituição do Dízimo Bíblico.
148
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
est. Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 16.
149
Cf. Gn. 30,43; 31,1.
150
Cf. Gn. 31-33
151
Cf. Gn 28,20-22.
152
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
est. Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 17.
153
Cf. Ibidem
67
“Não tardarás em oferecer de tua abundância e do
teu supérfluo. O primogênito de teus filhos, tu mo
darás. Farás o mesmo com os teus bois, e com as tuas
ovelhas; durante sete dias ficará com a mãe, e no
oitavo dia mo dará”154.155
O Profeta Samuel recorda aos israelitas, os quais lhe
pediam um “Rei”, os direitos do rei:
154
Cf. Ex 22,28-29.
155
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
est. Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 18.
156
Cf. Sam. 8,15-17.
157
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
est. Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 18.
68
passa sob o cajado do pastor é coisa consagrada a
Iahweh. Não se deve observar se é bom ou mau e não
se fará substituição: se isto se der, tanto o animal
consagrado como aquele que o substitui serão coisas
consagradas, sem possibilidade de resgate. Estes são
as ordens que Iahweh deu a Moisés, no monte Sinai,
para os filhos de Israel”158.159
158
Cf. Lev. 27,30-34.
159
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
est. Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 19.
160
Cf. Dt. 14,28-29.
161
Cf. Dt. 26,12-15.
162
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
est. Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 19.
163
Cf. Ibidem, 20.
69
este termo, como o aprofundaremos no próximo item, quer
significar a “oferta” generosa, espontânea, livre, dada
familiar e comunitariamente pelo fiel, enquanto membro de
uma Comunidade – Igreja – que tem necessidades materiais.
Usamos a terminologia bíblica porque é desta fonte
que a Conferência Episcopal bebe quando empreende a
iniciativa de buscar um sistema alternativo, mais pastoral e
apto para substituir o Sistema das Taxas, então vigente,
como vimos no primeiro item do Capítulo anterior.
164
Cf. 2Cr. 31.
165
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
est. Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 20.
166
Cf. Ne 10,36ss.
70
suas funções. Então todo o judá trouxe para os
armazéns o dízimo do trigo, do vinho e do azeite”167.
169
Cf. Ml 3,6-12
170
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
est. Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 21.
171
Cf. Mt 23,24; também cf. Lc. 11,42.
172
Cf. Lc 10,7; também Mt 10,10; Mc 12,13-17; At 5,1ss; 11,27-30;
2Cor 8,1-9.15; Rom 15,26s; Gl 6,6; 1Cor 9,4.6-11.13-14.
72
dinheiro ou em espécie, ofertas das quais já nos fala S.
Lucas no Livro dos Atos 4,32-35:
173
Cf. 2Cor 8,1-6.
73
Carentes de capacidade patrimonial civil, as
Comunidades cristãs se viam obrigadas a possuir seus bens
indispensáveis por meio de pessoas interpostas, com os
riscos que isso implicava quando essa pessoa apostatava da
fé ou rompia o compromisso de fidelidade assumido.174
Presentes estes elementos bíblicos da Instituição do
Dízimo, que foram “fonte” para a iniciativa de implantação
do Sistema do Dízimo, a nível nacional e a nível diocesano
em várias Igrejas Particulares, podemos analisar “O Dízimo
na História”.
3. O Dízimo na História.
174
Cf. IDEM,Ib.; cf. A. MOSTAZA RODRIGUEZ, o.c., 428;
R.NAZ(a cura de), o.c., 227.
175
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, o.
c., 36.
74
Se ampliarmos a cosmovisão destes textos do Antigo
Testamento, podemos afirmar algumas premiças sobre o
Dízimo.
75
Tais ofertas estavam destinadas à manutenção do
Culto e de seus Ministros. Além destas finalidades, digamos
espirituais ou religiosas, existia a dimensão social de tais
ofertas: eram aplicadas no auxílio dos irmãos necessitados.
Esta mesma atitude social, não só de assistência, mas
também de promoção social, apregoamos no Sistema do
Dízimo, com as características tomadas por este Sistema
atualmente.
Sentiam como “dever” a necessidade de prover aos
interesses dos irmãos e ao Culto divino. Trata-se de
verdadeiro direito “divino – natural”. Sua forma de
execução ou regulamentação canônica , porém, é de direito
eclesiástico.
176
Cf. Ibidem, 36-37.
76
3.2. Testemunho ao Mundo.
177
Cf. Lc 12, 21.
178
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS, o. c., 37.
77
divina. E, caídos em Adão, não os abandonou,
oferecendo-lhes sempre os auxílios para a salvação,
em vista de Cristo, o Redentor, “que é a imagem de
Deus, o primogênito de toda a criatura” (Col 1,15). A
todos os eleitos o Pai, desde a eternidade, “conheceu
e predestinou a serem conforme a imagem de seu
Filho, para que Ele fosse o primogênito entre muitos
irmãos”(Rom 8,29). Assim estabeleceu congregar na
santa Igreja, os que crêem em Cristo. Desde a origem
do mundo a Igreja foi prefigurada. Foi
admiravelmente preparada na história do povo de
Israel e na antiga aliança. Foi fundada nos últimos
tempos. Foi manifestada pela efusão do Espírito. E
no fim dos tempos será gloriosamente consumada,
quando, segundo se lê nos santos Padres, todos os
justos desde Adão, “do justo Abel até o último
eleito”, serão congregados junto ao Pai na Igreja
universal.”179
179
Cf. const. dogm. Lumen Gentium, 21 de novembro de 1964, 2.
78
pai, tornando os homens todos participantes da
redenção salutar e orientando de fato através deles o
mundo inteiro para Cristo. Todo o esforço do Corpo
Místico de Cristo que persiga tal escopo recebe o
nome de apostolado. Exerce-o a Igreja através de
todos os seus membros, embora por modos diversos.
Pois a vocação cristã é, por sua natureza, também
vocação para o apostolado. Como não organismo de
um corpo vivo, nenhum membro se porta de maneira
meramente passiva, mas, unido à vida do corpo,
também compartilha a sua operosidade, da mesma
forma no Corpo de Cristo, que é a Igreja, todo o
corpo “segundo a atividade destinada a cada
membro, produz o engrandecimento do corpo”(Ef
4,16). Mais. Tão grande é neste corpo a conexão e a
coesão dos membros (cf. Ef 4,16), que o membro que
não trabalha para o aumento do Corpo segundo sua
medida, deve considerar-se inútil para a Igreja e
para si mesmo.
79
característico do estado leigo viver em meio ao
mundo e aos negócios seculares, são eles chamados
por Deus para, abrasados no espírito de Cristo,
exercerem o apostolado a modo de fermento no
mundo.”180.181
180
Cf. decr. Apostolicam Actuositatem, 18 de novembro de 1965, 2.
181
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, o.
c., 38.
80
materiais básicos, indispensáveis na realização de sua
missão salvífica e profética no Mundo. Neste contexto
avultou-se a solicitação de ofertas dos fiéis por ocasião das
prestações ministeriais, resultando no Sistema de Taxas.
Juntamente com este reforçam-se as espórtulas pelos
sacramentos e coletas em geral.182
182
Cf. Ibidem, 38-39.
81
concepção de Deus Criador e dador de tudo a todos. A
retribuição a Deus deveria ser a mola propulsora da oferta
do fiel, ao contrário, no sistema de taxas, percebe-se mais a
relação de contratação privada de serviços ou a compra de
um produto qualquer.
O sistema de taxas ignora também a diversidade e
desigualdade financeira entre os cristãos: o pobre e o rico
pagam a mesma quantia pela prestação. Como se todos
pudessem arcar igualmente com as mesmas despesas.183
4. Peculiaridades do Sistema do
Dízimo.
4.1. Conceituação.
185
Cf. P.CIPROTTI, “Decima”, in Enciclopedia del Diritto, XI,
Varese 1962, 805; cf. também “Decimae”, in FERRARIS,F.L.,
Bibliotheca Canonica Iuridica Moralis Theologica necnon Ascetica
Polemica Rubricistica Historica, III, Romae 1886, 11; “Oblationes”, in
FERRARIS, F.L., Bibliotheca Canonica Iuridica Moralis Theologica
necnon Ascetica Polemica Rubricistica Historica, IV, Romae 1889,
817-823.
83
“Os fiéis têm obrigação de socorrer às necessidades
da Igreja, a fim de que ela possa dispor do que é
necessário (....)”186.187
186
Cf. CIC83 c. 222§1.
187
Cf. F.COCCOPALMERIO, o.c., 36.
188
Cf. L. CHIAPPETTA, o.c., 4135.
189
Cf. CIC83 1263.
190
Cf. A. MOSTAZA RODRIGUEZ, “Derecho Patrimonial”, in DE
ECHEVERRIA, C. (a cura de), Nuevo Derecho Canónico, Manual
Universitário (B.A.C. 445), 2º ed. , Madrid 1983, 435.
84
um serviço ou de uma concessão que tem caráter
de interesse ou de vantagem privada.191
191
Cf. Ibidem; L. RISTITS, o.c., 79; L. DE ECHEVERRIA (a cura
de), Código de Derecho Canónico, Edición Bilingue Comentada por
los Professores de la Facultad de Derecho
192
Cf. R. NAZ ( a cura de), o.c., 235; L. RISTITS, o.c., 76; P.G.
CARON, O.C., 190, n. 1; A. MOSTAZA RODRIGUEZ, o.c., 436.
193
Cf. CIC17 c. 1502.
194
Cf. G. DALLA TORRE, o.c., 511; A. MOSTAZA RODRIGUEZ,
o.c., 320; IDEM, o.c., 437; L. DE ECHEVERRIA, o.c., 601; F.
COCCOPALMERIO, o.c., 39-40; S.A.MORAN,-M.CABREROS DE
ANTA, o.c., 153; P. G. CARON, o.c., 190.
85
As oblações, em sentido lato, pode definir-se
“ofertas espontaneamente dadas para o culto
divino e para sustentação dos ministros”. Neste
largo significado as oblações compreendem todas
as disposições patrimoniais a favor de qualquer
pessoa ou Ente Eclesiástico, feitas por qualquer
pessoa com finalidade sobrenatural – “ad causas
pias” - , seja por “actum inter vivos” (doações)195,
seja por “actum mortis causa” (testamento)196.197
195
. “Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por
liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de
outra, que os aceita”, cf. art. 1.165 do Código Civil brasileiro; “In
sostanza a donazione non è che un atto di liberalità spontaneo con il
quale il donante apporta un vantaggio economico ad altra persona.
Esso piò concretarse o disponendo di un diritto (per esempio,
trasferimento del diritto di proprietà su un immobile a favore dell’altra
persona) o dichiarandosi debitore verso la stessa persona in relazione
ad una precisa obbligazione”: A. FAVATA, Dizionario dei Termini
Giuridici, 12ª ed., Piacenza 1990, 149.
196
Cf. A. FAVATA, o.c., 442.
197
Cf. F. COCCOPALMERIO, o.c., 39-40; P.G. CARON, o.c., 190;
A.MOSTAZA RODRIGUEZ, o.c., 436-437; G. DALLA TORRE,
o.c., 510; L. DE ECHEVERRIA, o.c., 601; L. RISTITS, o.c., 78;
A.DE ANGELIS, “I Consigli per gli Affari Econômici: Statuti e
Indicazioni Applicative”, in I Beni Temporali della Chiesa in Italia:
Nuova Normativa Canonica e Concordataria (Studi Giuridici 11),
Città del Vaticano 1986, 57; G. FORCHIELLI, “Oblazione ( dir. can.)
“, in AZARA,A.,-EULA,E.(a cura de), Novíssimo Digesto Italiano,
XI, Torino 1965, 721.
86
4.2. Peculiaridades.
1. pessoal;
2. livre (enquanto ninguém pode ser obrigado por lei
a ser dizimista; trata-se de um compromisso
religioso e moral, não jurídico);
A) Pessoalidade.
A primeira das características do Sistema do Dízimo,
as quais chamamos peculiaridades, é a sua dimensão
pessoal. Falamos de um Dízimo que é resultado do direito /
dever do fiel em manter a Obra Evangelizadora da Igreja,
retribuir amorosamente a Deus por tudo o que Ele dá sinal
de uma nova sociedade onde reine a justiça e a fraternidade.
87
Não se trata de “individualismo” mas sim
compromisso pessoal e insubstituível do fiel para com sua
Comunidade e seu Deus. Não podemos permitir que fiéis
irresponsáveis se escondam atrás de um Dízimo
“supostamente familiar” para se omitir neste dever divino
– natural.
Dói muito a sensibilidade pastoral ver, onde existe o
Dízimo familiar, filhos e maridos que trabalham, têm renda,
gastam com tudo “pessoalmente”, porém na hora de dar o
Dízimo se escondem atrás do dinheirinho suado da esposa e
mãe que dá seu Dízimo em nome da Família.
O sentido pastoral do Dízimo Familiar é profundo.
Cada fiel, mensalmente sentaria com sua família e, enquanto
Igreja doméstica, colocaria em comum seus ganhos e
despesas. O Pai de família recolheria as ofertas “pessoais”
de toda a família e daria numa única oferta “familiar”.
88
B) Liberdade.
A segunda nota que caracteriza e distingue o Sistema
do Dízimo daquela Instituição Bíblica é a liberdade na
oferta. Esta deve ser livremente decidida. Não desejamos
uma alíquota tributável. Conseqüência da espontaneidade –
própria da oblação – o Sistema do Dízimo quer que o
volume da oferta seja livremente decidido. Só assim o
Dízimo refletirá o amadurecimento da fé de uma
Comunidade Eclesial.
Cada fiel que se disponha a oferecer o Dízimo o fará
conforme suas posses e segundo sua sensibilidade para com
as necessidades da Igreja. Não se quer impor alíquota, pois
cairíamos no inadequado Sistema das Taxas. Pretende-se
levar aos fiéis o espírito evangélico de desapego aos bens
materiais e gratidão a Deus.
C) Espontaneidade.
A espontaneidade na decisão donativa, da parte do
fiel – fruto de conversão e compromisso para com sua Igreja
– é a terceira das suas notas a merecer nossa atenção.
O Sistema do Dízimo quer fundar-se na espontânea e
generosa disposição em atender às necessidades da Igreja,
fruto de conversão, da consciência eclesial, adquirida com
89
uma intensa participação na Vida da sua Comunidade
Eclesial.198
D) Sistematicidade.
A concepção do dízimo como um sistema de
contribuição sistemática (não ocasional) por um lado, e de
contribuição livre, fruto de obrigação moral ( e não legal ou
jurídca) de outro, impõe a busca de caminhos próprios de
implantação, que não desdigam na prática os valores
pastorais que se querem realizar.
91
preocupação aritmética e impessoalidade, estaria excluída
pelo próprio sentido do Dízimo.
92
descobrir um tipo de organização que não sufoque a
expressão da liberdade pessoal, mas, ao mesmo tempo, não
sucumba a seus defeitos? Ou ainda, como usar os meios
modernos de oraganização, corrigindo sua frieza e
impessoalidade? Como usar a informática a serviço da
Pastoral do Dízimo?
Mais do que em outros aspectos, parece importante
aqui uma elástica variedade de meios, que atendam às
diferenças culturais regionais.199
4.3. Conseqüências.
199
Cf. Ibidem, 56-57.
93
Deve ser grande preocupação da Pastoral dos
Sacramentos afastar toda e qualquer impressão de Simonia.
Procuramos afastar até mesmo a mais sutil aparência de
“negócio ou comércio” dos serviços, principalmente
daqueles de natureza sacramental:
“Deve-se afastar completamente (...) até mesmo
qualquer aparência de negócio ou comércio”200.
200
Cf. CIC83 c. 947.
201
Cf. PAULUS VI, m.p. Firma in Tradione, 13 de junho de 1974,
AAS 66(1974)308.
202
Cf. CIC83 c. 946.
94
O Sacerdote é obrigado à aplicação de Ss. Missas
distintas por cada intenção pela qual foi oferecida e aceita
uma oferta:
203
Cf. CIC83 c. 948.
204
Cf. CONGREGATIO PRO CLERICIS, decr. Mos Iugiter, 22
fevereiro de 1991, art. 1§1.
205
Cf. Ibidem, art. 1§2.
206
Cf. Ibidem, art. 2§1.
95
não mais de duas vezes por semana207, para manifestar seu
caráter de “exceção”, e seu alargar-se deve ser considerado
como um abuso208.
207
Cf. Ibidem, art. 2§2.
208
Cf. Ibidem, art. 2§3.
209
Cf. CIC83 c. 281§1.
96
cumpri-la, por um dever de justiça, ou pessoalmente,
ou então confiando a realização a outro Sacerdote,
independentemente da importância da oferta”210.
Continua:
“A praxe anômala, ao invés, consiste em aceitar, ou
em recolher, indistintamente ofertas para a
celebração de Ss. Missas, segundo as intenções dos
ofertantes, cumulando as ofertas e as intenções
pretendendo de satisfazer às obrigações que delas
derivam com uma única S. Missa celebrada segundo
uma intenção que é realmente coletiva. Nem vale o
pretexto que nestes casos as intenções dos ofertantes
sejam especificadas durante a celebração, porque
não se vê em que medida este procedimento satisfaça
a obrigação da qual o c. 948 do CIC83, de aplicar
tantas Missas quantas são as intenções”211.
E conclui:
212
Cf. Ibidem
213
Cf. P. LOMBARDIA, -J.I.ARRIETA(a cura de), Codigo de
Derecho Canonico, Edición Anotada, Pamplona 1983, 373-374;
L.CHIAPPETTA, o.c., 2310; P.V.PINTO(a cura de), Commento al
Codice di Diritto Canonico, Roma 1985, 322; L.DE ECHEVERRIA(a
cura de), o.c., 287-288.
98
tal impedimento não o exime da obrigação –
“imprescritível”.214
214
Cf. L.CHIAPPETTA, o.c., 2310.
99
CAPÍTULO III:
A ADMINISTRAÇÃO DO DÍZIMO
1. Noções de Administração.
100
pelos quais se recebe os seus frutos no tempo
devido e convenientemente os aplica.215
220
Cf. Ibidem
102
ordinária, a não ser que previamente tenham obtido,
por escrito, a autorização do Ordinário.”221
1.1. Alienação.
225
Cf. CIC83 c. 1292.
105
a quantia mínima é a de cem vezes o mesmo
salário.”226
Preço da alienação:
“§ 1. Ordinariamente não se pode alienar uma coisa
por preço inferior ao indicado na avaliação.
§ 2. O dinheiro recebido pela alienação seja
cuidadosamente investido em favor da Igreja, ou
então prudentemente empregado de acordo com as
finalidades da alienação.”228
226
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
Legislação Complementar ao Código de Direito Canônico, c. 1292.
227
Cf. CIC83 c. 1293.
228
Cf. CIC83 c. 1294.
106
1.3. Abrangência do conceito de
“alienação”.
229
Cf. CIC83 c. 1295.
230
Cf. Ibidem
231
Cf. CIC831281§2; cf. também V. DE PAOLIS, o.c., 90.
107
“Cabe ao Ordinário local supervisionar
cuidadosamente da administração de todos os bens
pertencentes às pessoas jurídicas públicas que lhe
estão sujeitas, salvo títulos legítimos pelos quais se
atribuam maiores direitos ao Ordinário.”
O Romano Pontífice, em virtude do primado de
governo, é o administrador supremo dos bens eclesiásticos
na Igreja Universal. O Bispo Diocesano, em virtude da sua
autoridade pastoral, é o primeiro responsável pela
administração dos bens eclesiásticos, compreendidos no
âmbito da Igreja Particular e pertencentes às pessoas
jurídicas públicas sujeitas à sua jurisdição.
232
Cf. L. CHIAPPETTA, o.c., 4181.
108
§2. Com o nome de Ordinário local se entendem
todos os mencionados no §1, exceto os Superiores dos
Institutos religiosos e das sociedades de vida
apostólica.”233
233
Cf. CIC83 c. 134§1-2.
109
ajudem o administrador no desempenho de suas
funções, segundo os estatutos.”
234
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
Código de Direito Canônico, 2ª Edição revista e ampliada com a
legislação complementar da CNBB, S. Paulo 1987, 255.
110
2.1. Atribuições.
- remuneração de irmãs;
111
- despesas com o Culto de todas as Comunidades da
Paróquia;
112
2.2. Transparência.
235
Cf. nos cc. 591, 593, 532 a situação dos Institutos de Direito
Pontifício.
113
passará pelo exame colegial do Conselho Diocesano para
Assuntos Econômicos236:
236
Cf. L. CHIAPPETTA, o.c., 4203.
114
legítimo costume, e salvo o direito do Ordinário de
intervir em caso de negligência do administrador”237
237
Cf. CIC83 c. 1279§1.
238
Cf. L. DE ECHEVERRIA( a cura de), o.c., 286.
115
também cumular, ad normam iuris universal,
particular e dos próprios estatutos”239.
239
Cf. V. DE PAOLIS, o.c. 80.
240
Cf. CIC83 c. 532.
241
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
Código de Direito Canônico, S. Paulo 1983, 252.
116
2.4. Honesta Sustentação dos Ministros.
- Casa mobiliada,
- Combustível,
- Água,
- Luz,
- Telefone,
- Reformas,
117
Casa Paroquial” – também chamada em algumas regiões
de “Canônicas”.
118
às necessidades de sua vida e também à justa
retribuição daqueles de cujo serviço necessitam”.242
245
Cf. IDEM, o.c., 342; para um maior aprofundamento do tema
“sustentação do clero” cf. M. PIACENTINI, “Congrua”, in
AZARA,A.,-EULA,E., Novissimo Digesto Italiano, IV, Torino 1959,
96-108; M. FERRABOSCHI, “Congrua”, in FAVALA,A.(a cura de),
I Sacerdoti nello Spirito del Vaticano II, Torino 1968, 1035-1078;
IDEM, La Posizione Economica del Clero Nelle Principali Esperienze
del Mundo Contemporaneo, L’amico del Clero 47(1975)300-322; V.
DE PAOLIS, “Il Sostentamento del Clero dal Concilio al Codice di
Diritto Canonico”, in LATOURELLE,R.(a cura de), Vaticano II:
Bilancio e Prospettive Venticinque Anni Dopo(1962-1987), Assisi
1987, 571-595.
120
mundo da Política. Lembrando sempre que não se trata do
Sacerdote despir-se da sua identidade Sacerdotal e tornar-se
um professor ou um político que reza missas. Trata-se de ser
Sacerdote nos vários campos onde exerce este e outros
encargos próprios do mundo do trabalho.
246
. Para uma fundamentação, cf. decr. Christus Dominus, 28 de
outubro de 1965, 16; decr. Presbyterorum Ordinis, 7 de dezembro de
1965, 21; PAULUS VI, m.p. Ecclesiae Sanctae
121
“Onde a previdência social em favor do clero não
está devidamente constituída, cuide a Conferência
dos Bispos que haja um instituto, com o qual se
providencie devidamente à seguridade social dos
clérigos.”247
247
Cf. V. DE PAOLIS , o.c., 86.
248
Cf. o comentário de L. CHIAPPETTA, o.c., 4175.
122
primeiramente as dioceses, às quais, se equiparam,
não constando o contrário, a prelazia territorial, a
abadia territorial, o vicariato apostólico, a prefeitura
apostólica e a administração apostólica estavelmente
erigida.”
e também em prelasias pessoais, segundo o c. 295§2:
“O Prelado deve prover à formação espiritual e
digna sustentação dos que tiver promovido pelo
referido título”.
Este patrimônio comum tem múltiplos fins:
- satisfazer às obrigações para com outras pessoas
que estejam a serviço da Igreja,
249
Cf. V. DE PAOLIS, o.c., 85.
250
Cf. litt. past. Sobre o Dízimo, 21 de novembro de 1978, 25.
123
As Igrejas Particulares tributariam as Paróquias em
10% do Dízimo arrecadado, daquelas Paróquias entregues à
cura pastoral de Sacerdotes Seculares do Clero Diocesano e
em 5% do Dízimo e demais arrecadações daquelas
Paróquias entregues à cura pastoral dos demais Sacerdotes.
O Instituto ou a Congregação destes últimos receberão 5%
do Dízimo arrecadado nestas Paróquias.
252
Cf. L. DE ECHEVERRIA (a cura de), o.c., 600; V. DE PAOLIS,
o.c., 12; G. DALLA TORRE, o.c., 511; A. MOSTAZA
RODRIGUEZ, o.c., 436.
125
resolvido com o recurso fácil a uma taxa percentual: um
percentual “X” do que cada Comunidade Paroquial
arrecadar será “pago” à Diocese. Assim como para o
Dízimo a nível de Paróquia, seria voltar simplesmente a
uma visão jurídica, que obrigaria Comunidades pobres e
ricas ao mesmo ônus. Trataria de cobrar mais de quem tem
menos e menos de quem tem mais.253
253
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, O.
C., 54-56.
126
2.8. Funcionários.
127
CAPÍTULO IV:
IMPLANTANDO E ORGANIZANDO
O “SISTEMA DO DÍZIMO”
1. Pastoral do Dízimo.
128
1.1. Aspectos sociológicos da Pastoral do
Dízimo.
129
elemento justifica-se e explica-se na vida da Comunidade
como tal.254
254
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, o.
c., 44.
255
Cf. P.A.RIBEIRO DE OLIVEIRA, O Papel do Padre, Rio de
Janeiro 1968, vol. I, 16.
130
Na Comunidade de Culto, todo tipo de relação
pessoal deve ser expressão de uma realidade comunitária;
seja ela enquanto existente ou enquanto tendência de
estreitamento dos laços pessoais entre as pessoas do grupo.
Sob este prisma é que se pensa a reforma do Sistema de
Sustentação material da Igreja, de modo especial o Sistema
de Taxas exigidas por ocasião das prestações ministeriais.
256
Cf. Ibidem, 45.
131
dirige-se no sentido de reacender o espírito comunitário de
seus fiéis; levá-los a modelos de comportamento queridos
por Ela, criando neles uma atitude de pertença ao Corpo de
Cristo.
A renovação litúrgica também tem este escopo.
A tentativa de implantação do Sistema do Dízimo
enquanto modo concreto de participação sistemática na Vida
da Comunidade se coloca em consonância com o esforço de
renovação da Igreja universal. Este esforço de renovação da
Igreja deve preceder ao Sistema do Dízimo, criando os
condicionamentos mentais e sócio – culturais para sua
implantação eficaz.257
257
Cf. Ibidem, 46.
132
Comunidade perfeita que um dia será realizada
com a Parusia de Cristo.258
258
Cf. IDEM Ib., 46-47,
259
Cf. Ibidem, 47.
133
Toda Comunidade, é bastante ciosa do que por
origem e destinação lhe pertence. Daí o Sistema do Dízimo
exigir, em contrapartida, uma correspondência de vida dos
ministros, ou pessoas a serviço da Comunidade, expressa
na sobriedade perante o uso dos bens.
Do contrário o Sistema fracassaria e cresceria o
descontentamento por parte dos fiéis em relação à
destinação dos Dízimos ofertados. Daí ser imprescindível
uma clara prestação de contas e administração transparente
como vimos no capítulo anterior.260
260
Cf. Ibidem, 48.
134
o que melhor exprima o sentido religioso e cristão dos dons
materiais em benefício da Comunidade.261
261
Cf. Ibidem, 49.
135
espontâneas sejam sempre dissociadas das prestações
ministeriais de caráter sacramental.
136
Trata de um erro metodológico – pastoral que
algumas Comunidades cometem. Sob uma suposta
solidariedade e unidade na oferta, pede-se menos de quem
tem mais e pede-se mais de quem, na verdade, tem
menos.262
O Dízimo é pastoralmente rico, enquanto Sistema de
contribuição:
262
Cf. Ibidem, 50-51.
263
Cf. Ibidem, 51.
137
Mesmo antes da legislação mosaica, o Dízimo já era
enfocado em seu sentido religioso de reconhecimento do
Poder Divino e da fraqueza humana. Nas primeiras páginas
do Livro do Gênesis, preocupado em delinear a posição do
homem diante de seu Deus e do mundo, encontramos
claramente este sentido religioso do Dízimo.
O Dízimo é uma catequese permanente e viva que dá
mais vida à Comunidade. Reeduca as atitudes religiosas do
homem vitimado pela cultura da técnica que afronta Deus
com seu poder “quase absoluto e ilimitado”. Restaurar este
Sistema do Dízimo renovado e radical é levar o mundo
hodierno a descobrir seus limites e a abrir-se ao Absoluto,
colocando-se nas mãos de Deus.
264
Cf. Ibidem, 52.
138
responsabilidade para com as necessidades da Comunidade.
Sente estranheza e mal-estar frente a deveres de contribuir
monetariamente com sua Comunidade.
265
Cf. Ibidem, 54.
266
Cf. Ibidem, 52-54.
139
1.3. Sentido Comunitário da Pastoral do
Dízimo.
140
Para a formação da consciência responsável e
comprometida em vista da superação de uma mera
obrigação jurídica de que falávamos acima, o espírito
comunitário é o clima, o meio ambiente natural e
necessário.
Objetivação do sentido religioso da doação material é
a comunidade viva, em suas necessidades concretas. A
oferta é feita a Deus com o sentido preciso de socorrer as
necessidades da Comunidade de Fé, uma vez que Deus não
necessita de coisa alguma. Na vida comunitária o Sistema
do Dízimo vê seu sentido alargado em direção à
fraternidade e corresponsabilidade na vivência da Fé em
busca de uma sociedade mais justa e digna.
141
ricas ao mesmo ônus. Trataria de cobrar mais de quem tem
menos e menos de quem tem mais.267
267
Cf. Ibidem, 54-56.
142
Colocando-se numa atitude de se sentir melhor e
mais perfeito do que os outros que não dão o
Dízimo. O farisaísmo do Dízimo faz com que os
fiéis que dão sejam enaltecidos e os outros
desprezados e humilhados através das “listas de
Dízimos” com nomes e valores: atitude altamente
condenável. Este é um recurso que um bom
Sistema de Gestão Canônico-Pastoral deve ter,
mas para uso interno da Pastoral do Dízimo, não
para ser afixada no mural da Igreja ou distribuída
aos fiéis.
A “razão” pastoral nos leva a termos presentes tais
riscos, que são reais, para não cairmos na euforia otimista de
haver encontrado um Sistema perfeito. As inúmeras
qualidades e vantagens do Sistema do Dízimo, bem
realçadas por nós neste trabalho, não podem encobrir os
riscos, abusos e perigos inerentes igualmente a ele.
143
pastorais de tais abusos são por demais patentes para serem
analisados por nós neste trabalho. Basta lembrarmos, como
vimos no capítulo anterior, que tais abusos devem ser
coibidos e punidos segundo o rigor do direito penal
canônico.
Sobre o modo de proceder quanto à administração do
Dízimo e outras entradas ordinárias da Comunidade tenha-
se presente o capítulo anterior, todo ele reservado à
Administração.
144
sentimento global de quitação e de direitos adquiridos,268
próprios da mentalidade farisaica.
268
Cf. I.d, Ib., 58-61.
145
- em razão pastoral: tendo seu sustento garantido
tem mais serenidade para se empenhar no trabalho
pastoral em prol da Comunidade. Podem acontecer
situações históricas concretas, que evidenciem
conflito entre a exigência do direito e os interesses
pastorais. A solução deve ser pensada a partir do
bem pastoral. Assim o fez também São Paulo, que
preferiu renunciar ao direito de viver da
Comunidade e viver do trabalho das próprias mãos
pois lhe parecia mais pastoral.
146
missão profética, tanto mais difícil num Mundo
secularizado como o é o Mundo de hoje?
269
Cf. Ibidem, 61-63.
147
2. Implantando o Sistema do Dízimo.
148
Uma vez decidia pelo Sistema do Dízimo a Paróquia
deve criar uma Equipe de Pastoral do Dízimo (PD). Esta
deve congregar seus membros dentre as principais
lideranças da Paróquia. Deve ser uma representação
paroquial.
Pode ser constituída dos seguintes membros:
- Coordenador (a);
- 1º Vice-coordenador (a);
- 2º Vice-coordenador (a);
- Secretário (a);
- Vice-secretário (a);
- Um ou dois responsáveis pela animação dos
trabalhos: cantos, instrumentos, etc...
149
Este conselho deve ser formado pelos seguintes
membros:
- 2º Vice-Presidente;
- Ecônomo (a);
- Vice-Ecônomo (a);
- Secretário (a);
- Vice-Secretário (a);
- 1º Conselheiro (a);
- 2º Conselheiro (a);
- 3º Conselheiro (a).
Este Conselho pode tomar novas configurações
segundo a realidade própria de cada Paróquia.
151
Para conseguir o objetivo, será preciso localizar uma
a uma as famílias católicas, que moram na Paróquia.
Para tanto, é necessário realizar um levantamento
paroquial.
Este levantamento poderá ser de dois tipos:
a) um levantamento completo que dê um
conhecimento mais amplo de toda a realidade
humana existente no território da Paróquia, em
vista a outros trabalhos paroquiais: condições
sócio – econômicas, culturais, etc.;
b) um levantamento simples, procurando obter
somente os dados essenciais para o Dízimo.
152
- possibilitar relatórios diários e no período
(mensais e anuais);
153
À medida em que se obtêm respostas, vai se
organizando a lista dos dizimistas para o cadastro no
Sistema de Gestão Canônico-Pastoral do Computador.
154
Dízimo acontecerá a medida do crescimento da própria
Comunidade.
270
Cf. Ibidem, 74-79.
155
Ficha Cadastral para o levantamento.
________________________________________________
________________________________________________
Comunidade: ____________________________________
Grupo de Reflexão: _______________________________
Ministérios: _____________________________________
Movimentos: ____________________________________
Pastorais: _______________________________________
Batizado(a)? _____; Data: ____/____/_____;
Paróq.:__________________________________________
156
Diocese: ________________________________________;
L.:____; Fl.:_____; N.:____
Crismado(a)? __________;
Catequizando(a)?_______;
Casados no Relig.? _______; Dizimista?_______;
Cód.:_______
Atividade Econ.:__________________;
Habitação:____________________ Moradia:_________;
Luz:__________; Água:___________; Sanitários:______
Quintal/Horta:______; Meio Transp.:_______________
Computador?____________________;
Cor/Raça:______________________________
Plano Saúde:_______; Combustível Coz.:____________
Cômodos Casa:______; Animal Doméstico:___________
Deficiência Física:________________;
Escolaridade:___________________________
Vícios:_________________________; Profissão
Fiel:____________________________
Rede Vida:______________________;
Habilidades:____________________________
157
5.º Passo: Conscientização dos fiéis em geral.
158
mais questão de consciência pastoral que de existência de
meios concretos de conscientização do povo.271
271
Cf. Ibidem, 72-74.
159
participação real na vida da Comunidade. Fiel
engajado pastoralmente é fiel naturalmente
Dizimista;
161
um “Animador” destes para cada “quadra”
seguindo como critério as divisões próprias do
Município; para que se crie o maior número
possível de grupos de reflexão; em torno de cada
animador do Dízimo deve surgir um novo grupo
de reflexão;
- quarto passo é realizar em todos os setores ou
Comunidades e em cada quadra do território
paroquial todos os encontros de conscientização
sobre o Dízimo;
- quinto passo pode ser a escolha, dentro de cada
grupo nascente, de um Animador do Grupo.
Assim cada grupo de família ou reflexão, terá dois
animadores: um responsável ordinário pelo grupo
e um outro responsável em manter o Dízimo ativo
nas mentes e corações dos membros após o
processo de conscientização.
2.2. Cronograma.
164
para celebrarem juntos o marco inicial de uma caminhada de
maior compromisso com a Comunidade dos irmãos.
1º Encontro:
A Criação.
Idéia Chave:
Deus cria o Homem e a Mulher e tudo o que existe e entrega
a eles para que preservem e completem a Criação
colaborando racionalmente com Ele.
Atitude a Despertar:
Gratidão e reconhecimento a Deus por tudo o que Dele
recebemos para preservarmos e completarmos Sua Obra.
165
resposta da fé cristã à pergunta elementar feita pelos
homens de todas as épocas: “De onde viemos?”
“Para onde vamos?” “Qual é a nossa origem?”
“Qual é a nossa meta?” “Donde vem e para onde vai
tudo o que existe?”. As duas questões, a da origem e
a do fim, são inseparáveis. São decisivas para o
sentido e a orientação da nossa vida e do nosso agir.
A verdade da criação é tão importante para toda a
vida humana que Deus, na sua ternura, quis revelar a
seu Povo tudo o que é salutar que se conheça a este
respeito. Para além do conhecimento natural que
todo homem pode ter do Criador, Deus revelou
progressivamente a Israel o mistério da criação. Ele,
que escolheu os patriarcas, que fez Israel sair do
Egito, e que, ao escolher Israel, o criou e o formou,
se revela como Aquele a quem pertencem todos os
povos da terra, e a terra inteira, como o único que fez
“fez o céu e a terra” (Sl 115,15; 124,8; 134,3).”(cf.
Catecismo da Igreja Católica, Petrópolis 1992,
282.287).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto (previamente escolhido);
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- Arroz, feijão (...) representam todos os alimentos
que Deus dá a nós para o nosso bem;
166
- A terra simboliza o trabalho humano; é a mãe de
todos nós, dela saímos e para ela voltaremos, dela
tiramos nosso alimento; dela devemos cuidar para
deixá-la aos nossos filhos.
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos.
5. Oração do Dizimista:
“Senhor, você criou tudo o que existe:
Animais, vegetais e minerais são seus.
Eu e meus familiares
Meus irmãos e irmãs de Comunidade,
Tudo o que penso ser meu;
Tudo, na verdade, é seu.
Senhor, Deus Pai e Mãe,
Ensina-me a reconhecê-lo,
Nos rostos de meus irmãos e irmãs,
Como Deus próximo de mim;
Ensina-me a não reter tudo o que você me dá;
Ensina-me a fazer “fluir” os bens materiais,
De minhas mãos para as mãos de meus irmãos e
irmãs.
Ensina-me a sentir, como minha:
A dor de meus irmãos e irmãs,
A Pobreza de minha Comunidade,
167
Os pecados da Igreja.
Senhor, louvado seja seu Nome,
Por que me fez Dizimista,
Agente da Fé comprometida,
Instrumento da sua Palavra.
Amém!”
168
2º Encontro:
O Batismo.
Idéia Chave:
Pelo Batismo nos tornamos membros da Comunidade, com
Direitos e Deveres: nos tornamos Igreja.
Atitude a Despertar:
Compromisso com a Comunidade e suas necessidades
tomando consciência de que os Problemas dela são os meus
problemas.
169
maravilhosa” (1Pd 2,9). O Batismo faz participar do
sacerdócio comum dos fiéis.
Feito membro da Igreja, o batizado não pertence
mais a si mesmo (1Cor 6,19), mas àquele que morreu
e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter-se
aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser
“obediente e dócil” aos chefes da igreja (Hb 13,17) e
a considerá-los com respeito e afeição. Assim como o
Batismo é a fonte de responsabilidade e de deveres, o
batizado também goza de direitos dentro da Igreja: a
receber os sacramentos, a ser alimentado com a
Palavra de Deus e a ser sustentado pelos outros
auxílios espirituais da Igreja.”(cf. Catecismo da
Igreja Católica, Petrópolis 1992, 1267-1269).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto: (previamente escolhido);
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- As varetas representam a comunidade: posso
quebrar uma vareta isolada, mas se tento quebrar o
feixe inteiro não consigo;
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos.
170
4. A Palavra de Deus: Mt 28,16-20; Mc 16,14-16; At
2,37-41;
(refletir sobre a palavra de Deus. Após todos darem sua
opinião o animador deverá explicar o sentido do batismo –
passo a ser Sacerdote, Profeta e Pastor; tendo presente a
Idéia Chave e a Atitude a Despertar).
171
3º Encontro:
Desapego.
Idéia Chave:
Se tudo o que temos recebemos gratuitamente de Deus e Ele
não nos abandona jamais, por quê somos apegados aos bens
materiais? A nossa segurança está no Nome do Senhor!
Atitude a Despertar:
Vencer o apego e a mesquinhez em relação aos bens de
modo especial ao dinheiro, tomando consciência que devo
fazê-los fluir de minhas mãos para as mãos de meus irmãos.
Material: Copo com água; rosas vermelhas; Crucifixo;
Bíblia; vela acesa.
172
Que clareia o dia
E com sua luz nos alumia.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Água.
Que é muito útil e humilde
E preciosa e casta....
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã, a mãe Terra,
Que nos sustenta e governa,
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas.
Louvai e bendizei a meu Senhor,
E dai-lhe e bendizei a meu Senhor,
E dai-lhe graças,
E servi-o com grande humildade.’”(cf. Catecismo
da Igreja Católica, o. c., 342-344).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto (previamente escolhido);
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- As rosas vermelhas representam o Amor
incondicional de Deus por nós;
- O Crucifixo nos lembra até aonde o Amor
incondicional de Deus por nós foi capaz de chegar:
dar seu Filho na cruz por nós;
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
173
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos. As rosas representam o Amor
incondicional de Deus por nós;
-
4. A Palavra de Deus: At 5,1-11;
(refletir e trocar idéias sobre o desapego aos bens materiais
tendo presentes a Idéia Chave e a Atitude a Despertar)
174
4º Encontro:
Deus é o Senhor de nossas Vidas.
Idéia Chave:
Deus é o Senhor Absoluto de tudo o que existe e de minha
vida e também da sociedade: tudo existe Nele, por Ele e
para Ele.
Atitude a Despertar:
Serenidade diante da Vida e seus problemas, sabendo que
Deus cuida de cada fio de cabelo de nossas cabeças;
coragem e confiança em lutar por um mundo mais humano e
justo.
Material: Copo com água; 1 passarinho; Bíblia; vela acesa.
Reflexão para o Animador(a):
“Crer em Deus, o Único, e amá-lo com todo o seu
ser, têm conseqüências imensas para toda a nossa
vida:
Significa conhecer a grandeza e a majestade de
Deus: “Deus é grande demais para que o possamos
conhecer.”(Jó 36,26). É por isso que Deus deve ser o
“primeiro a ser servido”.
Significa viver em ação de graças: Se Deus é o
Único, tudo o que somos e tudo o que possuímos
vem dele: “Que é que possuis, que não tenhas
recebido?” (1Cor 4,7). “Como retribuirei ao Senhor
todo o bem que me fez?” (Sl 116,12).
Significa conhecer a unidade e a verdadeira
dignidade de todos os homens: Todos eles são feitos
“à imagem e à semelhança de Deus”(Gn 1,27).
Significa usar corretamente das coisas criadas: A fé
no Deus Único nos leva a usar de tudo o que não é
ele na medida em que isto nos aproxima dele, e a
175
desapegar-nos das coisas na medida em que nos
desviam dele:
Meu Senhor e meu Deus, tirai-me tudo o que me
afasta de vós. Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo
o que me aproxima de vós. Meu Senhor e meu Deus,
desprendei-me de mim mesmo para doar-me por
inteiro a vós.
Significa confiar em Deus em qualquer
circunstância, mesmo na adversidade. Uma oração
de S. Teresa de Jesus exprime-0 de maneira
admirável:
Nada te perturbe / Nada te assuste
Tudo passa / Deus não muda
A paciência tudo alcança / Quem a Deus tem
Nada lhe falta / Só Deus basta.” (cf. Catecismo da
Igreja Católica, o. c., 222-227).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto: (previamente escolhido);
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- Os pássaros não semeiam, nem colhem mas o
Senhor os alimenta e cuida deles; do mesmo modo
conosco.
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
176
a nossos filhos. As rosas representam o Amor
incondicional de Deus por nós;
177
5º Encontro:
“Homem Algum é uma Ilha.”
Idéia Chave:
Homem algum é uma Ilha: o homem/mulher se humaniza
conforme se relaciona com os irmãos. Somos membros do
Corpo de Cristo.
Atitude a Despertar:
Gratidão e reconhecimento a Deus por tudo o que Dele
recebemos; compromisso com os irmãos na partilha
fraterna.
178
o.c., 781). Tornamo-nos membros deste povo pelo
Batismo.
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto: (previamente escolhido);
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- Através do Mapa “Mundi” podemos ver o quê é
uma ilha, sua insignificância diante do Continente
e seu isolamento que a enfraquece em meio às
águas.
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos. As rosas representam o Amor
incondicional de Deus por nós;
179
vida que brota e cresce proclama o compromisso
abaixo):
180
6º Encontro:
Dar o Dízimo Empobrece?
Idéia Chave:
Dar o Dízimo não empobrece ninguém. Muito pelo
contrário: quem dá o Dízimo piedosamente tem sua vida
financeira abençoada por Deus.
Atitude a Despertar:
Aceitar o desafio de Deus no Livro de Malaquias e fazer a
experiência do Dízimo pela Comunidade e em sinal de uma
sociedade justa e fraterna, verdadeiro “Povo de Deus”, onde
a Lei suprema é o “Amor”, sinônimo de compromisso
responsável.
181
Na linguagem cristã, a palavra “Igreja” designa a
assembléia litúrgica, mas também a comunidade
local ou toda a comunidade universal dos crentes.
Na verdade, estes três significados são inseparáveis.
“A Igreja” é o Povo que Deus reúne no mundo
inteiro. Existe nas comunidades locais e se realiza
como assembléia litúrgica, sobretudo eucarística.
Vive da Palavra e do Corpo de Cristo e ela mesma
se torna assim Corpo de Cristo.”(cf. Catecismo da
Igreja Católica, o. c., 781-752).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto: (previamente escolhido);
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- Arroz, feijão (...) representam todos os alimentos
que Deus dá a nós para o nosso bem;
- A terra é a mãe de todos nós, dela saímos e para
ela voltaremos, dela tiramos nosso alimento; dela
devemos cuidar para deixá-la aos nossos filhos..
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos.
182
(refletir sobre o Dízimo em relação à pobreza, à luz das
palavras de Deus em Malaquias, tendo presentes a Idéia
Chave e a Atitude a Despertar).
183
7º Encontro:
A Comunidade dos Primeiros Cristãos.
Idéia Chave:
Onde existe a Partilha Fraterna não existe necessitados:
Atitude a Despertar:
A dor e miséria de meu irmão é a minha dor e a minha
miséria.
184
padecem com ele; ou se um membro é honrado,
todos os membros se regozijam com ele”.
Finalmente, a unidade do Corpo Místico vence
todas as divisões humanas: “Todos vós, com
efeito, que fostes batizados em Cristo, vos vestistes
de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo
nem livre, não há homem nem mulher; pois todos
vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,27-28). (cf.
Catecismo da Igreja Católica, o. c., 790-791).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto: (previamente escolhido);
3. Símbolos: Copo com água; punhado de varetas; 1
pãozinho francês; Bíblia; vela acesa
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- O feixe de varetas representam a Comunidade:
posso quebrar uma vareta isolada, mas se tento
quebrar o feixe inteiro não consigo;
- Veremos como que apenas um pãozinho destes é
suficiente para que todos comam um pedacinho: é
o milagre da Partilha do Pão;
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos.
185
(traçar um perfil da Comunidade dos primeiros cristãos e
fazer um paralelo com a nossa Comunidade atual: levantar
pontos positivos e negativos; tendo presentes a Idéia Chave
e a Atitude a Despertar).
186
8º Encontro:
Deus Ama quem dá com Alegria.
Idéia Chave:
Deus abençoa quem dá aos irmãos e à Comunidade com
alegre generosidade, sem lamúrias e reclamações.
Atitude a Despertar:
Mudar o jeito de dar a Deus – Comunidade – e aos irmãos:
dar com alegria e Fé.
187
vez para sempre transmitida aos santos’, e aprofunda
a compreensão e torna-se testemunha de Cristo no
meio deste mundo.
O Povo de Deus participa finalmente da função régia
de Cristo. Cristo exerce sua realeza atraindo a si
todos os homens pela sua morte e Ressurreição.
Cristo, Rei e Senhor do universo, se fez servidor de
todos, não veio ‘para ser servido, mas para servir e
para dar sua vida em resgate por muitos’ (Mt 20, 28).
Para o cristão, ‘reinar é servir’, particularmente ‘nos
pobres e nos sofredores, nos quais a Igreja reconhece
a imagem do seu Fundador pobre e sofredor’. O povo
de Deus realiza sua ‘dignidade régia’ vivendo em
conformidade com esta vocação de servir com
Cristo.” (cf. Catecismo da Igreja Católica, o. c., 783-
786).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto: (previamente escolhido);
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- A moeda de um centavo é a menor moeda
brasileira: representa a menor quantia que alguém
pode possuir: nos lembra a oferta da pobre viúva.
A quantidade não importa, o que importa é o modo
como se dá.
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
188
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos.
189
9º Encontro:
Dar a Deus o que é de Deus.
Idéia Chave:
O Dízimo é de Deus e de sua Comunidade de Fé: não é meu
nem do Estado. O que é de Deus comigo não fica, se não
dou a Ele, darei ao médico, ao mecânico, à farmácia ...etc.
Atitude a Despertar:
Dar o Dízimo Integral a Deus, pois é assim que a
Comunidade se mantêm e mantêm suas obras de caridade,
retornando a mim em bênçãos e assistência material
também; manifestando a união “conjugal” entre a Igreja e
Deus na pessoa de Jesus Cristo.
190
não cessa de tomar cuidado como do seu próprio
Corpo:
Eis o Cristo total, Cabeça e Corpo, um só formado
por muitos... Quer seja a cabeça a falar, quer os
membros, é sempre Cristo quem fala. Fala na
pessoa da Cabeça fala na pessoa do Corpo.
Conforme o que está escrito: “Serão dois em uma só
carne. Eis um grande mistério: refiro-me a Cristo e
à Igreja” (Ef 5, 31-32). E o Senhor mesmo no
Evangelho: “Já não são dois, mas uma só carne”
(Mt 19,6). Como vistes, há de fato duas pessoas
diferentes, e todavia elas constituem uma só coisa
no amplexo conjugal. Na qualidade de Cabeça ele
se diz “Esposo”, na qualidade de Corpo se diz
“Esposa”.”(cf. Catecismo da Igreja Católica, o. c.,
796).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto;
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- O carnê de IPTU representa nosso nossas
obrigações para com o Estado/Município;
- O carnê (envelope, carteira) do Dízimo representa
nossas obrigações para com Deus e sua
Comunidade;
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
191
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos.
192
10º Encontro:
“Quanto custa a Missa, Padre?”
Idéia Chave:
A Missa e demais Sacramentos e Sacramentais não têm
preço. O Dízimo garante a manutenção da Igreja e preserva
a dignidade e santidade dos Sacramentos.
Atitude a Despertar:
Valorização do Dízimo como substituto adequado das
“Taxas” pelos Sacramentos.
193
outro, é para a Igreja crescimento na caridade e na
sua missão de testemunho.” (cf. Catecismo da Igreja
Católica, o. c., 1131-1134).
“A Eucaristia é o coração e o ápice da vida da
Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os
seus membros a seu sacrifício de louvor e de ação de
graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu
Pai; pelo seu sacrifício ele derrama as graças da
salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja.”(cf.
Catecismo da Igreja Católica, o. c., 1407).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto: (previamente escolhido);
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- A lata de óleo representa a mercadoria que a gente
compra no mercado: “Quanto custa esta lata de
óleo?” - perguntamos ao balconista;
- A nota fiscal representa o título da posse e a prova
de que eu não roubei esta mercadoria: paguei por
ela;
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos.
4. A Palavra de Deus: At 8, 14-25;
(refletir sobre o pecado grave de se vender o Dom de Deus
tendo presentes a Idéia Chave e a Atitude a Despertar)
194
5. Oração do Dizimista: (a mesma do 1º Encontro)
195
11º Encontro:
Quem trabalha no Altar deve viver do altar.
Idéia Chave:
Os Sacerdotes e outros Ministros que servem a Comunidade
a tempo integral devem tirar seu sustento da Comunidade
para quem trabalham, assim podem se dedicar mais e
melhor pelo Reino de Deus.
Atitude a Despertar:
A consciência do dever, enquanto fiel, de dar o Dízimo à
Comunidade e a Deus; e o direito dos ministros de
receberem da Comunidade o necessário para seu digno
sustento.
196
vez por todas. O sacramento da Ordem também
confere um caráter espiritual indelével e não pode
ser reiterado nem conferido temporariamente. (...)
Como, afinal de contas, quem age e opera a
salvação é Cristo através do ministro ordenado, a
indignidade deste não impede Cristo de agir.”(cf.
Catecismo da Igreja Católica, o.c., 1581-1584).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto: (previamente escolhido);
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos.
197
olhando as sementes germinadas, refletindo o mistério da
vida que brota e cresce proclama o compromisso abaixo):
198
12º Encontro:
Pastoral do Dízimo.
Idéia Chave:
O Dízimo ajuda a Comunidade a melhorar seu desempenho
Pastoral. Sendo ele pessoal, livre, espontâneo e Sistemático
leva o fiel a sair do seu individualismo, abrindo-se para a
Comunidade de Fé, até chegar ao compromisso maduro com
a Sociedade justa e fraterna querida por Deus.
Atitude a Despertar:
Meu Dízimo é expressão de meu compromisso familiar,
livremente decidido, espontaneamente dado, para o bem da
Comunidade Paroquial onde pratico minha fé.
199
exigências da doutrina e da vida cristãs. Esta
iniciativa é um elemento normal da vida da
Igreja:
Os fiéis leigos estão na linha mais
avançada da vida da Igreja: por eles a
Igreja é o princípio vital da sociedade
humana. Por isso, especialmente eles
devem ter uma consciência sempre mais
clara, não somente de pertencerem à
Igreja, mas de serem Igreja, isto é, a
comunidade dos fiéis na terra sob a direção
do Chefe comum, o Papa, e dos Bispos em
comunhão com ele. Eles são Igreja.”(cf.
Catecismo da Igreja Católica, o. c., 898-
899).
Desenvolvimento do Encontro:
1. Acolhida;
2. Canto: (previamente escolhido);
3. Símbolos:
- A água representa a vida que Deus faz brotar na
face da terra; sacia nossa sede e lava nosso corpo;
dela devemos cuidar para que sempre tenhamos
água viva.
- O Sal é o elemento que dá sabor. Para que ele seja
eficaz em sua finalidade não se pode morder o sal
quando se come o alimento, apenas sentir seu
sabor;
- Bíblia: Palavra de Deus, fonte de iluminação para
nossos passos na vida;
- Vela acesa: Luz que Deus separa das trevas para
guiar nossos passos. Sinal da Fé que transmitimos
a nossos filhos.
200
4. A Palavra de Deus: At 4, 32-37.
(refletir sobre o Dízimo enquanto ação pastoral em vista da
conversão e mudança de atitude diante dos irmãos, tendo
presentes a Idéia Chave e a Atitude a Despertar; pode ser
apresentado ao grupo quem compõem esta Pastoral na
Paróquia).
201
3. Organizando o Sistema do Dízimo.
272
Cf. Ibidem, 104-107.
273
Cf. Ibidem, 107.
202
3.1. Dízimo Mirim.
203
inúmeras vocações sacerdotais e religiosas surgirão dentre
eles.
3.2. Arrecadação.
204
encontro. Semanalmente receberá as ofertas do Dízimo de
quem desejar “oferecer” naquele momento.
205
Paróquia. Com estes dados será possível a cada semana ou
mês gerar os diversos relatórios para colocar a Comunidade
ao par de tudo o que arrecada e onde gasta seu dinheiro.
206
3.3. Modelo de Carnê.
Frente:
PARÓQUIA NOSSA SENHORA
Arquidiocese de Maringá – PR.
DÍZIMO:
SINAL DE MINHA FÉ EM DEUS E
COMPROMISSO COM A COMUNIDADE
POR UMA SOCIEDADE JUSTA E FRATERNA
Verso:
Rosto:
.
Nome: _____________________________ ; N.º ___________
Dar o Dízimo é querer uma Igreja Nova e uma sociedade justa
eComunidade:
fraterna! _______________________________________
Grupo: ______________________________________________
207
Folha do mês: são doze folhinhas destas. Cada uma
para um mês:
208
3.4. Organograma do Dízimo: nível
paroquial.
SECRETARIA COORDENADORES
DO DÍZIMO DO DÍZIMO
209
3.5. Organograma do Conselho Paroquial de
Pastoral (CPP):
PRESIDENTE
1º VICE - 2º VICE -
PRESIDENTE PRESIDENTE
1º 2º
SECRETÁRIO(A) SECRETÁRIO(A)
1º VICE- 2º VICE-
SECRETÁRIO(A) SECRETÁRIO(A)
CONSELHEIROS – REPRESENTANTES DE
TODOS OS SEGUIMENTOS PASTORAIS
210
3.6. Organograma da Equipe Paroquial de
Pastoral do Dízimo (PD):
COORDENADOR (A)
1º VICE – 2º VICE –
COORDENADOR(A) COORDENADOR(A)
SECRETÁRIO(A) ANIMAÇÃO
VICE- DIVULGAÇÃO
SECRETÁRIO(A)
211
3.7. Organograma do Conselho Paroquial
do Dízimo (CPD):
PRESIDENTE
1º VICE – 2º VICE –
PRESIDENTE PRESIDENTE
SECRETÁRIO(A) TESOUREIRO
VICE- VICE-
SECRETÁRIO(A) TESOUREIRO
CONSELHEIROS
212
3.8. Organograma do Dízimo: nível setorial.
213
Conclusão
274
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, pl.
past. Plano de Emergência, Rio de Janeiro 1962, 5.4.
275
Cf. Ibidem, 5.5.
276
Cf. Ibidem, 5.6.
214
traços característicos constitutivos daquilo que seria a
Comunidade Eclesial de Base.277
277
Cf. IDEM, doc. As Comunidades Eclesiais de Base na Igreja do
Brasil, 23-26 de novembro de 1982, 10.
278
Cf. const. dogm. Lumen Gentium, 21 de novembro de 1964, 9.
279
Cf. V. DE PAOLIS, o.c., 19.
215
Enfim, atuação de quanto pertence à “missão” recebida do
seu Fundador: Jesus Cristo.280
280
Cf. F. COCCOPALMERIO, “Diritto Patrimoniale della Chiesa”, in
PONTIFICIUM INSTITUTUM UTRIUSQUE IURIS, Il Diritto nel
Mistero della Chiesa, IV, Diritto Patrimoniale, Tutela della
Comunione e dei Diritti, Chiesa e Comunità Politica (Quaderni di
Apollinaris 4), Roma 1980, 5,15.
281
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
est. Pastoral do Dízimo, S. Paulo 1975, 13.
282
Cf. Ibidem, 14.
283
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, o.
c., 36.
284
Cf. Ibidem, 36-37.
285
Cf. Lc 12, 21.
216
Deus287; regulamentação eclesiástica do dever divino –
natural em manter a Comunidade288; Sistema de Taxas:
inadequado às exigências pastorais de nossos dias.
As iniciativas de taxas, espórtulas e coletas foram
satisfatórias para seus fins econômicos e, por que não dizer,
também pastorais. Hoje, porém, a mentalidade e a Pastoral
atual não aceitam mais tais iniciativas. As espórtulas ou
ofertas por ocasião das prestações ministeriais gerou em
muitos fiéis a idéia de simonia ou comércio das coisas
sagradas. Como se os sacramentos fossem comprados com
dinheiro.
O sistema de taxas ignora também a diversidade e
desigualdade financeira entre os cristãos: o pobre e o rico
pagam a mesma quantia pela prestação. Como se todos
pudessem arcar igualmente com as mesmas despesas.289
Estas são razões que levaram a CNBB a optar pelo Sistema
do Dízimo, dando-lhe porém uma nova configuração.
Configuração esta que estamos trabalhando já ao longo
dessa análise canônico-pastoral do Sistema do Dízimo.290
286
Cf. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS, o. c., 37.
287
Cf. const. dogm. Lumen Gentium, 21 de novembro de 1964, 2.
288
Cf. Ibidem, 38-39.
289
Cf. Ibidem, 39.
290
Cf. Ibidem
217
fraternidade. Não se trata de “individualismo” mas sim
compromisso pessoal e insubstituível do fiel para com sua
Comunidade e seu Deus. Não podemos permitir que fiéis
irresponsáveis se escondam atrás de um Dízimo
“supostamente familiar” para se omitir neste dever divino
– natural.
Liberdade na oferta: esta deve ser livremente
decidida. Não desejamos uma alíquota tributável.
Conseqüência da espontaneidade – própria da oblação – o
Sistema do Dízimo quer que o volume da oferta seja
livremente decidido. Só assim o Dízimo refletirá o
amadurecimento da fé de uma Comunidade Eclesial.
291
Cf. litt. past. Sobre o Dízimo, 21 de novembro de 1978, 52.
218
implantação, que não desdigam na prática os valores
pastorais que se querem realizar.
219
O problema pastoral que se coloca, portanto, é
encontrar caminhos que sejam realmente pastorais (não
meramente técnicos), e, ao mesmo tempo, acessíveis à
mentalidade do homem de hoje. Em outros termos, como
descobrir um tipo de organização que não sufoque a
expressão da liberdade pessoal, mas, ao mesmo tempo, não
sucumba a seus defeitos? Ou ainda, como usar os meios
modernos de oraganização, corrigindo sua frieza e
impessoalidade? Como usar a informática a serviço da
Pastoral do Dízimo?
293
Cf. CIC83 c. 947.
294
Cf. PAULUS VI, m.p. Firma in Tradione, 13 de junho de 1974,
AAS 66(1974)308.
295
Cf. CIC83 c. 946.
221
Toda Paróquia deve criar seu Conselho do Dízimo
que se encarregará de administrá-lo, como veremos mais
detalhadamente no próximo capítulo.
222
Sob o ponto de vista da Pastoral é notória a
preocupação de buscar os meios financeiros para a
manutenção dos serviços da comunidade cristã. Esta
preocupação do Sistema do Dízimo é Pastoral na medida
que inclui outros critérios que a coloquem dentro de todo o
sentido da ação pastoral da Igreja no mundo, enquanto
Comunidade de Salvação.
296
Cf. Ibidem, 49.
223
Sistema do Dízimo que beba nas fontes bíblicas, sustente-se
na força da história da Igreja e sua praxe; reforçando a
eqüidade da oferta dada, manifestando os caminhos para
uma sociedade nova, pautada pela justiça e fraternidade à
luz do Evangelho.
O Dízimo “percentual” impõe uma obrigação
matematicamente igual a todos, mas realmente diferente a
cada um, uma vez que é muito mais difícil para quem ganha
um (1) salário mínimo dar Dízimo de 10% do que para
quem ganha cinco ou dez salários.
Trata de um erro metodológico – pastoral que
algumas Comunidades cometem. Sob uma suposta
solidariedade e unidade na oferta, pede-se menos de quem
tem mais e pede-se mais de quem, na verdade, tem
menos.297
O Dízimo é uma catequese permanente e viva que dá
mais vida à Comunidade. Reeduca as atitudes religiosas do
homem vitimado pela cultura da técnica que afronta Deus
com seu poder “quase absoluto e ilimitado”. Restaurar este
Sistema do Dízimo renovado e radical é levar o mundo
hodierno a descobrir seus limites e a abrir-se ao Absoluto,
colocando-se nas mãos de Deus.
297
Cf. Ibidem, 50-51.
298
Cf. Ibidem, 52.
224
A ligação entre a Comunidade religiosa e o Sistema
do Dízimo – enquanto sistema de contribuição constante e
não apenas ocasional – é ressaltada quando analisamos
sociologicamente a Pastoral do Dízimo.
O Sistema do Dízimo, assim, podemos dizer que é
muito mais autêntico e verdadeiro para expressar a ligação
do fiel com sua Comunidade, na qual celebra os mistérios da
Fé. O Dízimo é, portanto, um instrumento prático de
inestimável valor na superação do individualismo que
destrói e na promoção do “Espírito Comunitário”.
O restabelecimento do Sistema do Dízimo se situa no
esforço pastoral primordial da Igreja e oferece um
instrumental a mais de realização desse mesmo esforço. É
expressão do espírito comunitário já existente e o
instrumento pedagógico de formação e aprofundamento
deste mesmo espírito.
225
A “razão” pastoral nos leva a termos presentes tais
riscos, que são reais, para não cairmos na euforia otimista de
haver encontrado um Sistema perfeito. As inúmeras
qualidades e vantagens do Sistema do Dízimo, bem
realçadas por nós neste trabalho, não podem encobrir os
riscos, abusos e perigos inerentes a ele.
A implantação do Sistema do Dízimo como sistema
de arrecadação e instrumento pastoral de altíssima eficácia
no crescimento do Espírito Comunitário e de transformação
da Sociedade pode seguir os passos:
- organizar uma Equipe de Pastoral do Dízimo (PD);
- organizar um Conselho Paroquial do Dízimo
(CDP);
227
animador do Dízimo deve surgir um novo grupo
de reflexão;
228
- 3º, 4º e 5º meses: auto – formação da equipe de
Pastoral do Dízimo (PD) e do Conselho
Paroquial do Dízimo (CPD) usando os “Temas
de Reflexão” do último item deste capítulo;
- 6 º e 7º meses: levantamento e cadastramento de
todos os fiéis a nível Paroquial com a ficha
cadastral apresentada acima para coleta de dados o
mais completa possível, para que se possa
alimentar o Sistema de Gestão Canônico-
Pastoral, adotado pela Paróquia; durante este
tempo também já se agiliza, onde ainda não
existem, a criação dos grupos de reflexão para
casais, jovens e adolescente em torno da Palavra
de Deus e a reestruturação da Paróquia em
pequenas Comunidades setoriais;
- 8º, 9º e 10º meses: conscientização dos fiéis em
geral através dos grupos de reflexão de casais,
jovens e adolescentes; através de celebrações
especiais do Dízimo, no mínimo três durante este
trimestre, nunca com tônica de cobrança ou
amedrontamento, mas conscientizador e
comprometedor. É importantíssimo que durante
este período todos os seguimentos sejam
mobilizados, inclusive a catequese infantil;
adolescente e crismal;
229
Esperamos que nossas reflexões e sugestões acima
sejam úteis para a Implantação e manutenção do Sistema do
Dízimo, dando a esta Pastoral um novo impulso e
revigoramento neste final de século e milênio. Posso dizer
que, com este trabalho, modesto sim, mas repleto de amor e
esperança na capacidade que a Igreja tem em se auto
renovar buscando novos caminhos e novos métodos para
sua ação no mundo.
230
Fontes e Bibliografia
1. Fontes.
Codex Iuris Canonici Autorictate Ioannis Pauli Pp II
Promulgatus, AAS 75(1983)1-310.
232
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
pl. past. Plano de Pastoral de Conjunto 1966-
1970, Rio de Janeiro 1966.
233
MAIMONE,J.M., decr. Sobre a Porcentagem das Festas e
Campanhas, 5 de março de 1980.
234
MAIMONE,J.M., pl. past. A Pastoral de Conjunto na
Diocese de Umuarama – 1988-1991, 25 de
dezembro de 1987.
2. Bibliografia.
235
Polemica Rubricistica Historica, III, Romae
1886, 11-35.
236
BARREIRO,A., A Eclesialidade das CEBs, Revista
Eclesiástica Brasileira 46(1986)631-649.
237
BONICELLI,G., La Posizione Economica del Clero Nelle
Principali Esperienze del Mondo
Contemporaneo, L’amico del Clero
47(1975)300-322.
BOZAL JIMENEZ,J., Función Teológico-Social de los
Bienes Eclesiásticos en los Primeros Siglos de
la Iglesia, Madrid 1962.
238
CIPROTTI,P., “Decima”, in Enciclopedia del Diritto, XI,
Varese 1962, 805-809.
239
CONDORELLI,M., Spunti Ricostrutivi per la
Qualificazione del Potere del Pontefice sul
Patrimonio Ecclesiastico, Il Diritto
Ecclesiastico 69(1950)113-159.
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL,
Código de Direito Canónico, S. Paulo 1983.
D’AMATI,M., “Decime (dir. trib.)”, in Enciclopedia
Giuridica, I, Roma 1988, 1-3.
240
DE ECHEVERRIA,L., “Estructura Ideal del Patrimonio
Eclesiástico”, in El Património Eclesiástico,
Trabalhos de la III Semana de Derecho
Canónico, Salamanca 1950, 67-95.
DE LUIS DIAZ,-MONASTERIO,F., “Regimen Tributario
de la Iglesia Catolica en Espana”, in El
Derecho Patrimonial Canónico en Espana, XIX
Semana Espanola de Derecho Canónico,
Celebrada en Salamanca del 17 al 21 de
Septiembre de 1984 (Bibliotheca
Salmanticensis – Estudios 75), Salamanca
1985, 321-347.
241
DE PAOLIS,V., De Bonis Ecclesiae Temporalibus in Novo
Codice Iuris Canonici, Periodica 73(1984)113-
151.
242
FALTIN,D., De Recto Usu Bonorum Ecclesiasticorum ad
Mentem Concilii Vaticani II, Apollinaris
40(1967)424-437.
243
Semana de Derecho Canónico, Salamanca
1950, 99-118.
244
LOPEZ ALARCON,M., Apuntes para una Teoria General
del Património Eclesiástico, Ius Canonicum
6(1966)111-151.
245
MESTER,S., “I Beni Temporali della Chiesa”, in Il Nuovo
Codice di Diritto Canonico, Roma 1983, 296-
306.
246
MORONI,A., Contibuto allo Studio sulla “deputatio ad
cultum”, Milano 1954.
247
PIMERO CARRION,J.M., “La Nueva Ordenación
Económica de la Iglesia”, in Instituciones
Canónicas y Reordenación Jurídica, Salamanca
1979, 115-152.
PIMERO CARRION,J.M., El Dinero de la Iglesia en que se
Gasta, como se administra, Sevilla 1980.
PINERO CARRION,J.M., La Sustentación del Clero,
Sintesis Histórica y Estúdio Jurídico, Sevilla
1963.
PINERO CARRION,J.M., Nuevo Derecho Canónico,
Manual Práctico, Madrid 1983.
PINTO,P.V.(a cura de), Commento al Codice di Diritto
Canonico, Roma 1985.
248
ROGENDORF,J., El Sistema del Impuesto Eclesiástico en
la República Federal Alemania, Ius Canonicum
21(1981)739-981.
249
SERPICELLI, La Previdenza Sociale per il Clero, Roma
1953.
250
O AUTOR:
Prof. Dr. José Francisco de
Assis DIAS, Brasileiro, nasceu a
16 de Março de 1964, em
Umuarama-Pr; estudou Filosofia
no Instituto Filosófico N. S. da
Glória, Maringá-Pr (1983-
1985); e Teologia no Instituto
Teológico Paulo VI, Londrina-
Pr (1986-1989); obteve a
Licenciatura Plena em Filosofia
na Universidade de Passo
Fundo-RS (1996).
É mestre em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade
Urbaniana, Cidade do Vaticano (1990-1992), com a
monografia "DE ACQUISITIONE BONORUM", Na
Legislação Particular da Diocese de Umuarama-Pr;
É mestre em Filosofia pela mesma Pontifícia Universidade
Urbaniana, Cidade do Vaticano (2004-2006), com a
monografia "CONSENSUS OMNIUM GENTIUM", O
Problema do Fundamento dos Direitos Humanos no
Pensamento de Norberto Bobbio (1909-2004);
É doutor em Direito Canônico também pela Pontifícia
Universidade Urbaniana, Cidade do Vaticano (2003-2005),
com a tese DIREITOS HUMANOS, Fundamentação Onto-
teleológica dos Direitos Humanos, com especialização em
Filosofia do Direito;
É doutor em Filosofia pela mesma Pontifícia Universidade
Urbaniana, Cidade do Vaticano, com a tese NÃO MATAR!
O Princípio Ético Não Matar como 'Imperativo Categórico'
no Pensamento de Norberto Bobbio (1909-2004).
251
Publicou:
252