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Unidade II
3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Tendo conhecido a base de sustentação da TI, que é a sua infraestrutura, passemos agora a um
estudo dos sistemas de informação (SI).
Na segunda parte teremos como foco os sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP),
mencionando o seu papel de integrador das áreas do ambiente organizacional, além das suas vantagens
e desvantagens.
Lembrete
Toda TI é uma tecnologia, mas nem toda tecnologia é TI. Por exemplo,
os modelos mais antigos de relógios nada têm a ver com computação e
informática, porém representam uma tecnologia.
O conceito de sistema é bem mais amplo que o de SI. Por isso, Batista (2012, p. 24) menciona que:
Assim, a partir deste conceito, podemos observar ao nosso redor e em nosso dia a dia diversos
sistemas e muitas vezes nós mesmos integramos algum sistema. Por exemplo, quando dirigimos o carro
ou pegamos o transporte público em uma cidade estamos utilizando e (também) integrando um sistema
de mobilidade urbana. Outra situação seria o nosso próprio corpo humano, que é considerado também
um sistema composto de vários elementos unidos, que conduzem a um objetivo.
A Teoria Geral dos Sistemas (TGS) apresenta um sistema como uma caixa fechada que possui entradas,
saídas, mecanismos de processamento e mecanismos de realimentação ou feedback. A figura 20 exibe
um exemplo baseado em um sistema de lava-rápido (lava a jato) de carros.
Conforme pôde ser visto na figura 20, consta na entrada um carro muito sujo e na saída um veículo
limpo. O mecanismo de processamento envolve todo o maquinário adequado para limpeza do automóvel.
A avaliação feita pelo cliente e a sua satisfação representam a realimentação e o feedback.
Os elementos que compõem um sistema são chamados de objetos e geralmente são arranjados de
modo que possam interagir para executar um ou mais objetivos determinados para o sistema, podendo
ser classificados em objetos inerentes ou objetos transientes. Eles são inerentes quando se situam no
sistema e dele não saem. Por outro lado, são transientes quando o objeto entra no sistema e sai após
experimentar um processo de transformação de conhecimento, para na sequência ser retirado dele.
Sobre as tipologias de classificação dos sistemas, podemos mencionar pelo menos três. A primeira
apresenta os sistemas como abertos ou fechados. No sistema aberto verificamos que há constantes ações
de pressões externas oriundas de outros sistemas ou subsistemas. Já o sistema fechado não estabelece
quaisquer relações com o ambiente externo, consistindo em uma interação entre os seus elementos
(AUDY; ANDRADE; CIDRAL, 2007).
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Unidade II
Observação
Os sistemas são criados para atender a um determinado objetivo e medir o seu desempenho é
de fundamental importância. Existem diversas formas de aferir a performance dos sistemas, entre
elas estão: apontar as medidas de eficiência e de eficácia com aquelas que melhor representam o
seu desempenho.
É possível, ao olhar para os sistemas, encontrar algumas propriedades. Audy, Andrade e Cidral (2007)
mencionam pelo menos quatro delas: adaptabilidade, homeostase, sinergia e entropia. O quadro 9
apresenta as características individuais das propriedades citadas.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Propriedade Descrição
Trata-se da capacidade que os sistemas têm de se adaptar ao
Adaptabilidade ambiente por meio de processo contínuo de aprendizagem e de
auto‑organização.
Trata-se da capacidade que os sistemas têm de retornar a um estado
Homeostase de equilíbrio por meio do mecanismo de controle e feedback próprios.
Trata-se da capacidade que os sistemas têm de produzir ações
Sinergia cooperativas de agentes independentes, gerando efeitos totais maiores
que as somas deles de modo independente.
Trata-se da capacidade que os sistemas têm de produzir a desordem e
Entropia a aleatoriedade.
Saiba mais
De forma geral, podemos definir sistema de informação como um software utilizado nos
computadores das organizações para suportar os processos do negócio nos mais variados níveis
hierárquicos e departamentais.
Sem prejuízo dessa concepção inicial de SI e de forma bem acadêmica, Stair e Reynolds (2015, p. 9)
definem que:
Assim, todo SI é destinado a um objetivo que pode abranger desde o processamento de dados até o
suporte à tomada de decisões mais difíceis. Sob o aspecto estratégico, encontramos diversos propósitos
a serem atingidos por meio da utilização de um SI. Entre eles:
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Unidade II
• lançamento de novos produtos ou serviços baseados em SI, principalmente por meio da internet;
• estabelecimento de uma relação mais estreita com os clientes por meio dos sistemas de
gerenciamento do relacionamento com o cliente (Customer Relationship Management – CRM);
O processamento é a segunda ação executada por um SI quando ocorre a transformação dos dados
em alguma informação útil para o usuário. Por exemplo, em um SI de controle de contas a pagar, ocorre
o processamento das contas a serem pagas em uma determinada data de competência.
A saída é a terceira ação executada por um SI quando existe a necessidade da entrega das
informações para o usuário. Por exemplo, em um SI utilizado para processamento da folha de pagamento
que entrega de forma impressa a relação de funcionários e as suas respectivas remunerações.
A dimensão humana está relacionada à importância das pessoas e ao seu uso do SI. Por exemplo: as
interfaces utilizadas pelo usuário, a manipulação dos sistemas por parte das pessoas e o treinamento
para o uso mais adequado da plataforma do sistema.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Observação
Encontramos algumas classificações dos sistemas de informações. Vamos mencionar duas delas:
a primeira divide o SI quanto à abrangência nas estruturas organizacionais das empresas. A figura 21
apresenta essa classificação.
Sistemas de informações
empresariais
Quanto à abrangência
O segundo tipo inclui os sistemas de informação integrados que, de acordo com o próprio nome,
objetivam favorecer a lógica integradora e automatizada interna nas empresas, fazendo com que todas
as áreas do ambiente organizacional utilizem de forma integrada o mesmo sistema, ou seja, um único
banco de dados. Esses sistemas também são conhecidos como ERP.
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Unidade II
Observação
O próximo tipo de SI é o dos interorganizacionais, que tem como objetivo favorecer de forma
conjunta a integração entre mais de uma organização com titularidades e gerências juridicamente
independentes. Um bom exemplo é o sistema que integra uma montadora de veículos e os fabricantes
de determinadas peças, como pneus.
Observando por uma ótica diferente, podemos considerar também o processo de tomada de decisão
para estabelecer outra tipologia para os sistemas de informação, conforme pode ser visto na figura 22.
Sistemas de informações
empresariais
Quanto ao nível decisório
Na figura 22 encontramos o primeiro tipo de SI, que é conhecido como sistema de processamento
de transações (SPT). Ele oferece subsídio mínimo para tomada de decisão, tendo a sua utilização
limitada apenas ao processamento de transações do negócio. Um bom exemplo é o SI utilizado para
processamento de compras no departamento comercial de uma empresa.
O sistema de informações gerenciais (SIG) é aquele que suporta os tomadores de decisão estruturada
em um âmbito gerencial tático. O contexto de utilização do SIG não está relacionado à operação e
ao processamento de transações, mas às ações de planejamento, que envolvem decisões estruturadas
e rotineiras.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Podemos dispor os SI que envolvem a tomada de decisão desta tipologia no formato de uma pirâmide.
A figura 23 apresenta a relação desses sistemas com os dados, as informações e o conhecimento.
Conhecimento
Sistemas de
SAEs apoio aos Alta gestão
executivos Nível
estratégico
Sistemas de SISs
SADs apoio à decisão Gerência sênior
Informações
Sistemas de Gerência
SIGs intermediária
informações gerenciais
Nível
SPTs Sistemas de operacional
processamento de transações
Dados
Saiba mais
Antes de estudarmos os sistemas ERP, convém compreendermos bem o papel do seu antecessor, que
é o sistema de processamento de transações (SPT), também conhecido por TPS (Transaction Processing
System). A finalidade do SPT é prover o processamento de uma transação em um processo organizacional.
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Unidade II
Observação
Os SPTs coletam, guardam, modificam e recuperam as transações de uma organização. Seus principais
componentes podem ser vistos na figura 24.
Entrada de Documentos
Processamento e relatórios
dados
Armazenamento
A entrada de dados no SPT ocorre por meio da digitação do usuário, escaneamento de imagens etc.
Já as saídas podem acontecer através de alguma informação em tela ou em documentos e relatórios
disponibilizados para o usuário.
De forma geral, podemos classificar os SPTs em batch ou on-line. Os SPTs batch efetuam o
processamento das atualizações na forma de lotes, que são recebidos em intervalos, não apresentando
os resultados em tempo real. Já os SPTs on-line efetuam o processamento de dados em tempo real, ou
seja, no momento do input (entrada) do dado no sistema.
Os SPTs batch não fazem acesso ao banco de dados em tempo real, diferentemente dos SPTs on‑line,
permitindo maior rapidez e precisão nos seus resultados. A figura 25 apresenta o processamento de
transações dos SPTs batch e on-line.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Saída
Terminal
Saída
Terminal
Terminal
Terminal
A figura 26 apresenta uma série de processos e transações executados por meio de SPTs contendo
atores como clientes, funcionários e fornecedores, além de fluxos de entradas e saídas.
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Unidade II
- Matérias‑primas
- Materiais de embalagem
Estoque de produtos Planejamento
acabados de envios - Peças sobressalentes
- Estoque
Itens e quantidades Lista de seleção Relatório de status do estoque
escolhidos para cada pedido
Pedido de
ordem de
compra
Custos
Folha de trabalhistas Verificar
Livro‑razão Orçamento
pagamentos
Transações
de despesas
Nos dias de hoje, não é mais concebível aplicações isoladas e silos organizacionais. Desta forma,
a exigência de interface e integração entre as aplicações para atender a uma necessidade de
negócios é mandatária, a fim de lidar com diversos desafios, entre eles: conectividade, confiabilidade,
disponibilidade etc.
A falta de integração gera inevitavelmente três outros problemas, que são: natural redundância
de dados, retrabalho nos processos de negócios, além da falta de integridade de informações
e dos dados.
O primeiro grande problema é a redundância de dados. Nós podemos observá-lo quando existem
diversas bases de dados repetidas, em consequência de vários processos de negócios operando com
os mais variados sistemas. O segundo deles é o retrabalho, considerado uma consequência direta de
processos interligados, mas com sistemas independentes. Por exemplo, um sistema em que a sua
saída precisa ser digitada na entrada de outro sistema, gerando o retrabalho e o emprego de mão de
obra desnecessária.
Com o objetivo de resolver esses problemas, podem ser desenvolvidos sistemas integrados,
capazes de apresentar diversos benefícios tangíveis e intangíveis. Entre eles: redução de pessoal,
aumento de produtividade, elevação de receitas/lucros e entregas pontuais. Fazem parte dos
benefícios intangíveis, entre outros: aprimoramento dos processos, padronização dos processos,
além de flexibilidade e agilidade.
Como o ERP utiliza um BD único, ele pode promover a integração de dados de todos os
departamentos da organização. O princípio central da operação do ERP é a disponibilização de um
conjunto de módulos de software integrados e utilizados por cada uma das áreas da empresa.
Os sistemas ERP promovem a integração das organizações sob a perspectiva funcional (envolvendo
diversos departamentos) e a perspectiva sistêmica (incluindo os mais variados sistemas classificados
segundo as tipologias já mencionadas). A figura 27 apresenta a ideia de integração.
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Unidade II
- Dinheiro em caixa
Finanças e - Contas a receber
contabilidade - Crédito ao cliente
- Receita
Ainda sobre os sistemas ERP, Caiçara Junior (2015, p. 98) menciona que:
Para proporcionar a integração de dados em tempo real, o ERP opera com um banco de dados próprio,
utilizado por todos os módulos do ambiente organizacional, conforme perfis de acesso determinados
pelas regras de negócio. Esses módulos construídos em software constituem o ERP e atendem às mais
diversas demandas de processamento e de integração de dados e informação em uma organização.
• Módulos verticais: representam os módulos específicos de cada ramo de negócio. Por exemplo:
módulo de gestão escolar utilizado por escolas, faculdades, universidades, empresas de agronegócio,
entre outros.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
• Altos custos na implementação da solução do ERP, que em muitas situações não são bem
contextualizados pelos gestores de TI para alta direção.
Saiba mais
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Unidade II
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
esses níveis, nos quais posteriormente encontraremos as ferramentas tecnológicas mais adequadas para
suportar o processo.
Estrutura de decisão Características da informação
- Sob medida
- Não programada
- Resumida
Gerenciamento - Infrequente
Não estruturada estratégico - Voltada ao futuro
Executivos e diretores - Externa
Inf
es
- Escopo amplo
or
isõ Gerenciamento tático
ma
c
De
çõ
Semiestruturada Gerentes das unidades de negócios - Pré‑especificada
es
e equipes autodirigidas - Programada
- Detalhada
- Frequente
Gerenciamento operacional - Histórica
Estruturada Gerentes operacionais e equipes autodirigidas - Interna
- Foco limitado
Figura 28 – Níveis hierárquicos na tomada de decisão
Observação
O quadro 10 apresenta as características de cada uma das decisões e a quem elas competem.
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Unidade II
Todo o processo de tomada de decisão precisa ser conduzido a partir de um embasamento técnico.
Assim, é necessário que independentemente de qual seja o tipo de decisão a ser tomada, a qualidade
no processo tem ou deve ser sempre perseguida. O quadro 11 apresenta as dimensões da qualidade na
tomada de decisão, bem como uma descrição delas.
• Sistema de informação gerencial (SIG): deve ser criado, desenvolvido e operado para a resolução
de problemas estruturados a partir de decisões estruturadas.
• Sistema de apoio à decisão (SAD): deve ser criado, desenvolvido e operado para a resolução
de problemas semiestruturados e não estruturados a partir de decisões semiestruturadas e
não estruturadas.
Lembrete
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A tomada de decisão é um processo composto de tarefas executadas por meio de técnicas em vista
de se atingir o objetivo. Este processo deve ser o mais racional e reflexivo possível, além de fazer o
uso de um ferramental adequado em cada uma das fases na tomada de decisão, sempre baseado em
indicadores e prezando pela criatividade e inovação (COSTA NETO, 2007).
Stair e Reynolds (2015) mencionam cinco etapas que cobrem todo o processo de tomada de decisão
para a resolução dos problemas e/ou aproveitamento de oportunidades: inteligência, projeto, escolha,
implantação e monitoração. A figura 29 apresenta o processo e suas etapas.
Inteligência
Tomada
de decisão Projeto
Escolha Solução do
problema
Implantação
Monitoração
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Unidade II
Observe que as três primeiras etapas (inteligência, projeto e escolha) constituem a tomada de
decisão propriamente dita, acompanhada de outras duas (implantação e monitoração) que permitem o
estabelecimento das decisões com as suas consequências e um eventual monitoramento.
• Projeto: consiste na análise de todas as soluções possíveis para resolver o problema ou aproveitar
a oportunidade. A pergunta-chave a ser feita é: quais são as soluções possíveis com as quais nos
identificamos?
• Escolha: consiste na seleção de uma das alternativas identificadas na etapa anterior. A pergunta‑chave
da etapa é: qual é a melhor solução que poderemos escolher para aproveitar a oportunidade ou
resolver o nosso problema.
• Implantação e monitoração: alguns autores, como Laudon e Laudon (2013), sustentam que
ambos os itens integram a mesma etapa. Já Stair e Reynolds (2015) defendem que elas são
diferentes, sendo a quarta relacionada ao funcionamento da escolha e a quinta associada ao
monitoramento da solução escolhida. As perguntas-chaves que circundam as etapas são:
Na segunda etapa (projeto), foram levantadas pelos menos duas alternativas que poderiam ser
utilizadas para minimizar os problemas:
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Na terceira etapa (escolha), verificou-se que, como os maiores problemas apresentados estavam
relacionados a processos e tecnologias, optou-se pela alternativa 1.
Exemplo de aplicação
Tente executar o processo de tomada de decisão de um problema genérico que esteja presente no
dia a dia da sua vida profissional ou pessoal.
O sistema de informação gerencial (SIG) pode ser concebido como uma aplicação tecnológica que
auxilia na tomada de decisão estruturada. Ele também é conhecido pelo seu acrônimo em inglês MIS
(Management Information System) e pode ter o seu uso nos níveis gerencial, operacional e tático.
Consequentemente, tendo por base informações e dados oriundos dos outros sistemas de informação
da organização, mas também de dados externos, o SIG suporta a tomada de decisão na empresa,
atendendo às necessidades estratégicas. Baseando-se assim em todo o processamento desses dados, o
SIG entrega as informações gerenciais e/ou táticas que serão utilizadas.
Os SIGs operam com dados sintetizados, podendo agrupar funções empresarias da organização e
departamentos dela, como, por exemplo, recursos humanos, financeiro, compras, operação, produção,
marketing, comercial, entre outros. Tudo isso ocorre de forma sinérgica entre as unidades negócios, caso
existam filiais ou empresas coligadas.
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Unidade II
Funcionários
Banco de Banco
dados internos de dados Intranet
corporativos externos corporativa
Sistemas de apoio
à decisão
Sistemas de apoio
Banco de Banco de às informações
Cadeia de fornecimento e Sistemas ERP dados com Sistema de
transações empresariais e TPSs informação dados de executivas
transações aplicativos
válidas Sistemas de
informações
Relatórios detalhados especializadas
Inserções e Relatórios de exceções
Banco listas de erros Relatórios solicitados
de dados Relatórios sobre os
operacional indicadores-chave
Relatórios agendados
Figura 30 – SIG
Estando tanto no nível mais tático quanto no operacional, todo o trabalho do SIG se concentra
no processo de tomada de decisão estruturada, em vista da resolução de problemas (que também são
estruturados) e/ou aproveitamento de oportunidades (que também são estruturadas).
Lembrete
Como saída do SIG, nós encontramos os relatórios que são gerados. Eles suportam a tomada de
decisão, apresentando os contextos, as situações e a performance da organização, nas mais diversas
áreas ou setores. Desta forma, é possível efetuar o controle e monitoramento da operação do negócio
como um todo, atuando de maneira proativa.
Outras entradas utilizadas pelo SIG originam-se das fontes externas de informações de clientes,
fornecedores, novos entrantes, concorrentes, produtos substitutos e acionistas, além de outros dados
que não são entregues pelos sistemas de operação do negócio.
Os três sistemas entregam saídas de dados para a montagem dos arquivos trabalhados pelo SIG em
seu banco de dados próprio. Assim, o SIG consegue executar a geração de relatórios direcionados para
a tomada de decisão tática ou mesmo em displays ou dashboards.
Sistemas de processamento de transações Sistemas de informações gerenciais
Arquivo de Sistema de
processamento Arquivos do SIG
pedidos
de pedidos
Dados de
vendas
Sistema de Dados
Arquivo planejamento de custo
mestre de de recursos unitário de
produção SIG Gerentes
materiais produtos
Dados de
modificação Relatórios Painéis e
de produtos displays on‑line
Arquivo de Sistema de
contabilidade livro-razão Dados de
despesas
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Unidade II
Esses relatórios, descritos no sistema da figura 31, podem apresentar comparações de produtos,
resultados de vendas, relação entre matéria-prima adquirida e produtos fabricados, entre diversas
outras informações importantes para os gerentes de camada mediana, ou seja, que operam no
nível tático.
Tudo gerado por meio de rotinas relativamente simples, sem o uso de modelos matemáticos
avançados. Por isso, os SIGs têm um desempenho analítico parcialmente reduzido, quando comparado
a outros que suportam decisões não estruturadas, como, por exemplo, os sistemas de apoio à
decisão (SAD).
• Geração de relatórios que permitem melhor análise de fatores internos e identificação de aspectos
das melhorias dos processos de negócios.
Como uma organização é formada por diversos departamentos, é possível que se implemente um
SIG de acordo com as características ou os aspectos funcionais. É viável inclusive a divisão de um mesmo SIG
em vários outros, em vista do atendimento e suporte da decisão gerencial.
Observação
A figura 32 apresenta o SIG observado a partir dos aspectos funcionais, envolvendo as áreas
financeiro, produção, comercial, recursos humanos etc.
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
O MIS de uma
organização Relatórios sob demanda
Relatórios de
indicadores-chave
Relatórios programados
Intranet MIS
financeiro
Relatórios detalhados
Cadeia de suprimentos e Relatórios de exceções
transações empresariais Relatórios sob demanda
Relatórios de
indicadores-chave
Relatórios programados
Cadeia de suprimentos e Sistemas Banco de MIS
transações empresariais ERP e TPSs dados com financeiro
transações
válidas
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
Cadeia de suprimentos e Relatórios sob demanda
transações empresariais
Relatórios de
indicadores-chave
Relatórios programados
MIS comercial
Extranet
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
Banco
de dados Relatórios sob demanda
externos
Relatórios de
indicadores-chave
Relatórios programados
MIS de
recursos
humanos
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
Relatórios sob demanda
Relatórios de
indicadores-chave
Relatórios programados
Outros MISs
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Unidade II
Observação
O SIG financeiro entrega os seguintes relatórios, que podem suportar tarefas relativas a pedidos
de compras, pedidos de vendas, decisões simples referentes a investimentos e ofertas de ações, entre
outros. Exemplos: demonstrativos financeiros, utilização e gestão de fundos e estatísticas financeiras
para controle. Encontramos ainda neste SIG alguns subsistemas, como: custo e lucro/preço, auditoria,
além de utilização e gestão de fundos.
- Contas a receber
- Contas a pagar Banco de Banco
dados internos de dados
- Ativo corporativos externos
- Gestão de faturamento adicional
DSS financeiros
- Livro-razão
Banco de Banco de
Cadeia de suprimentos e Sistemas ERP dados com MIS GSS financeiros
dados de
transações empresariais e TPSs transações financeiro aplicação
válidas de financeira Sistemas
cada TPS especializados
Cadeia de suprimentos e - Sistema de custo e lucro/perda de informação
transações empresariais - Auditoria financeira
- Utilização e gestão de fundo
Banco
de dados Demonstrativos
operacional financeiros
Intranet ou
Extranet Utilização e
gestão de fundos
Estatísticas financeiras
para controle
Cadeia de suprimentos e Clientes
transações empresariais fornecedores
78
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Observando por outro aspecto funcional, encontramos o SIG de fabricação de produtos, conhecido
como SIG de fabricação. Ele também é conhecido como SIG de produção, sendo intensamente utilizado em
indústrias nas questões que envolvem monitoramento e controle de fluxo de materiais, produtos e serviços.
- Recepção e inspeção
de estoque Banco Banco
- Pessoal de dados de dados
- Produção internos externos
DSS de fabricação
- Processamento
de pedido
Transações de Banco de
Cadeia de fornecimento e Sistemas negócios e TPS MIS de dados de ESS de fabricação
transações empresariais ERP e TPSs de transações fabricação aplicativos da
válidas de fabricação Sistemas de
cada TPS - Projeto e engenharia informação
Cadeia de fornecimento e - Programação de produção especializados
transações empresariais - Controle de estoque para a fabricação
- MRP (sistema de planejamento
Banco de pedidos de material) e MRPII
de dados - Just in time
operacional - Controle de processo
Intranet ou - Controle de qualidade
Extranet
Relatórios do
controle de qualidade
Controle do processo
Clientes
fornecedores Relatórios JIT
Relatórios MRP
Programação
da produção
Produção do CAD
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Unidade II
Tratando agora das áreas de negócios, encontramos o SIG de marketing. Ele é chamado também de
SIG comercial e suporta tarefas relativas à administração no desenvolvimento do produto, decisões
de preços, além de medir a eficácia da publicidade realizada pela organização.
Banco Banco
de dados de dados
internos externos
- Sistemas de DSS comercial
processamento
de pedidos
Banco de
Cadeia de suprimentos e Sistemas Base de dados dados de GSS comercial
de transações MIS comercial aplicativos
transações empresariais ERP e TPSs
válidas de comerciais
cada TPS Sistemas
- Pesquisa comercial especializados
- Desenvolvimento do produto de informações
comerciais
- Promoção e publicidade do
produto
Banco - Preços de produtos
de dados
operacional Vendas por cliente
Vendas por vendedor
Vendas por produto
Relatório de preços
Total de camadas
do serviço
Satisfação do cliente
Outro interessante SIG por aspectos funcionais é o responsável pelos recursos humanos, conhecido
como SIG de pessoal. Ele cuida do processo de tomada de decisão relacionado a tarefas da área de RH e
de departamento pessoal da organização.
80
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Banco Banco
de dados de dados
- Folha de pagamento internos externos
- Sistemas de processamento DSS de recursos
de pedidos humanos
- Pessoal
MIS de Banco de GSS de recursos
Cadeia de suprimentos e Sistemas dados para humanos
recursos
transações empresariais ERP e TPSs Base de dados recursos
humanos
de transações humanos Sistemas
válidas de especializados de
cada TPS - Necessidades e avaliações informações para
de planejamento recursos humanos
- Recrutamento
Banco - Desenvolvimento de
de dados treinamentos e habilidades
operacional - Programação e designação
- Benefícios do funcionário
- Recolocação
Relatórios de benefícios
Pesquisas salariais
Relatórios de programas
Treinamento marcação
de teste
Perfis de solicitação
de trabalho
Relatórios de
necessidades e
planejamento
Embora guardem algumas semelhanças com o SIG, os sistemas de apoio à decisão (SAD)
auxiliam no processo de tomada de decisões estratégicas de negócio. Eles permitem e contribuem
para o aproveitamento de oportunidades e/ou a solução para problemas não estruturados e não
rotineiros, ou seja, aqueles cujos relacionamentos e consequências não se conhecem bem.
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Unidade II
A ideia do SAD é oferecer um tipo de solução com rápido acesso a informações e dados, além de
fomentar a cultura data driven em uma organização. Com essa cultura assimilada pela administração,
as decisões são totalmente direcionadas por dados corporativos, valiosos e estratégicos. As entradas
utilizadas neles são provenientes dos sistemas internos (sistemas de processamento de transações)
das organizações e de dados externos, combinando aspectos endógenos e exógenos ao negócio.
Os componentes de um SAD podem ser vistos na figura 37.
Dados
TPS externos
Banco de
dados SAD
Interface de usuário
Usuário
A ideia principal do SAD é promover uma solução que resolva problemas únicos e que sofrem
alterações rápidas. Eles não têm uma solução preconcebida, mas uma vez sendo encaminhadas por meio
de análise complexas, sofisticadas e com abordagens otimizadas e satisfatórias, conduzem à entrega de
valor que os negócios esperam das ferramentas tecnológicas.
82
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
PC
Arquivo de restrições de
atracamento
Arquivo de custos de
consumo de combustível
Banco de dados
de modelos
analíticos
Arquivo de histórico de
custo de fretamento
do navio
Arquivo de aduana
Consultas
on‑line
Para que haja a operação satisfatória do SAD descrito na figura 38, utiliza-se um computador de
alta capacidade de processamento interligado ao banco de dados de modelos analíticos que colhem
informações sobre navios, restrições de atracamento, custos de consumo de combustível, histórico de
custo de fretamento do navio e de aduana.
A fim de atingir os seus objetivos, os SADs necessitam de regras de negócio e funções bem
estabelecidas e definidas no processo de tomada de decisão, além de precisarem de contextos adequados
para as decisões específicas. Eles também devem funcionar com uma adequada base de conhecimento,
chamada base de modelos, que contém informações, subprogramas administrativos e sistemas
geradores de relatórios.
Para evitar confusão entre as características do SAD e do SIG, o quadro 12 apresenta as diferenças
entre os dois tipos de sistemas.
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Unidade II
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Resumo
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Unidade II
Exercícios
• a entrada de dados;
• o processamento de dados;
• a saída de informações;
III – A ação de saída corresponde à entrega das informações para o usuário e sua execução faz com
que não seja necessária a realização de mecanismos de realimentação.
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Análise da questão
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PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Vale destacar que a ação de saída das informações para o usuário não dispensa a realização necessária
de mecanismos de realimentação.
I – Muitos dos sistemas de processamento de transações (SPT) têm foco departamental e são
construídos com a finalidade de automatizar processos ou auxiliar em um ou mais processos ligados
a uma área específica. Um exemplo pode ser visto nos sistemas de contas a pagar empregados em
departamentos financeiros.
II – Os sistemas de informações gerenciais (SIG) são utilizados para auxiliar a tomada de decisões
gerenciais e correspondem a um tipo de sistema de processamento de transações.
III – Os sistemas de apoio à decisão (SAD) são um subtipo dos sistemas de processamento de
transações e não estão relacionados aos sistemas de informações estratégicas (SIE).
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
I – Afirmativa correta.
87
Unidade II
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: os sistemas de apoio à tomada de decisões (SAD) não são um subtipo dos sistemas
de processamento de transações (SPT). Na realidade, eles são um subtipo dos sistemas de informações
estratégicas (SIE).
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