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RESUMO
O presente artigo abordará alguns assuntos relacionados com Sistema de informação gerencial
(SIG), e terá como objetivo identificar, analisar e reconhecer as técnicas, métodos e
procedimentos que são utilizados por esse, no processo administrativo das empresas. Avaliará
a importância do mesmo como ferramenta indispensável para os gestores na tomada de
decisão, principalmente nos dias atuais, por ocasião das freqüentes mudanças, que acontecem
tanto dentro quanto fora do âmbito organizacional e empresarial. Diante disso, é de suma
importância que a organização disponha de um bom sistema de informação, para que venha a
desenvolver um gerenciamento de forma eficaz, com maior agilidade, segurança, e assim os
gestores terão subsídios para tomarem sempre as decisões mais corretas.
ABSTRACT
This article will address some issues related to management information system (GIS),
and will aim to identify, analyze and recognize the techniques, methods and procedures that
are used by that in administrative proceedings of companies. Assess its importance as an
indispensable tool for managers in decision making, especially nowadays, when the
frequent changes that take place both inside and outside the organization and
business. Therefore, it is extremely important that the organization has a good information
system, that will develop a management effectively, with greater speed, security, and so the
managers will always make allowances for Better Decisions.
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Gláucia Maria Carteri. Professora Especialista em Gestão Empresarial e Controladoria em
Ciências Contábeis, Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis, das Faculdades Unidas do
Vale do Araguaia, email: glaucia@univar.edu.br
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Pabblo Abadia Miranda Rodrigues Professor dos cursos Administração, Ciências Contábeis e
TADS Tecnologia e Análise de Desenvolvimento de Sistemas das Faculdades Unidas do Vale
do Araguaia e Especialista em Gestão Empresarial, email: pabblo.miranda@gmail.com e
pabblo@univar.edu.br.
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INTRODUÇÃO
SISTEMA
Quando se ouve falar em Sistema, o que nos vem à mente é uma interligação entre um
conjunto de elementos nos quais tenham alguma relação. De fato, isso não está errado, mas
como vamos lidar com sistemas de uma empresa, vamos visualizar esse sistema como sendo a
ligação entre os setores da empresa, tais como Administrativo, Financeiro, Recursos
Humanos, Tecnológicos dentre outros, que tem como objetivo a maior obtenção de
informações possíveis, que possam auxiliar os gestores em suas decisões.
De acordo com Bio (1985 p. 18) “considera-se sistema um conjunto de elementos
interdependentes, ou seja, um todo organizado, ou partes que se interagem formando um todo
unitário e complexo”.
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Como uma resultante do enfoque sistêmico, o todo deve ser mais que a soma
das partes. No ambiente empresarial, esta resultante tem sido denominada de
sinergia, que significa que a ação conjunta de diversos componentes
sistêmicos ou entidades podem obter desempenho melhor do que aquele
possível de se obter isoladamente. Em outras palavras, por mais que se
estudem as partes para entender o todo, é necessário considerar as inter-
relações e o contexto em que estão inseridas. Dessa maneira, as inter-
relações existentes permitem que o todo seja maior que a soma isolada das
partes, ou seja, no agregado encontramos características muitas vezes não
encontradas nos componentes isolados. Fundamentamentalmente, o
funcionamento de um sistema configura-se com um processamento de
recursos (entradas do sistema), obtendo-se, com esse processamento, as
saídas ou produtos do sistema (entradas, processamento, saídas).
(PADOVEZE, 2007, p. 8 e 9).
Dessa forma podemos dizer que sistema seria um conjunto de elementos coordenados
interdependentes e em constante interação, sempre em busca da melhor eficácia para atingir
determinado objetivo para o todo da organização. Por sua vez Mello (1999, p. 21) apresenta
um conceito ainda mais resumido e objetivo sobre sistema, definindo-o [...] como sendo um
conjunto de elementos, ou de componentes que mantêm relações entre si. Em outras palavras
podemos definir sistema como um conjunto de partes e componentes, totalmente formado,
que tem como finalidade atender um objetivo.
DADO X INFORMAÇÃO
Dado
Toda e qualquer entidade se utiliza de dados, mas, por sua vez, os dados são eventos
que ocorrem de forma primária e bruta, e que necessitam de organização, para serem
transformados em informações.
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Segundo Mello (199, p. 30) “[...] dado é a expressão lógica de um fato isolado e uma
informação é a expressão lógica de um fato global”.
Padoveze (2007, p. 27) diz que “dado é o registro puro, ainda não interpretado,
analisado e processado”.
De acordo com Oliveira (2001, p. 36) “dado é qualquer elemento identificado em sua
forma bruta que, por si só, não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação”.
Já Frezatti, Rocha, Nascimento e Junqueira mencionam que
Conforme Rezende
Dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta, que por si só não
conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação. Pode ser
entendido como a “matéria prima” que necessita ser trabalhada dentro de
determinado contexto para, de forma sistêmica e ordenada, transformar-se no
“produto acabado”, representado pela informação. (OLIVEIRA, JUNIOR e
SILVA, 2009, p. 54).
Mañas (1999, p. 64) diz que “dado não é informação. Dado é a expressão em estado
bruto e não interpretada de um fato”.
Sendo assim a transformação de dados em informação passa por um processo e uma
série de trabalhos logicamente pautados, realizados para atingir um resultado determinado.
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Informação
O que pode diferenciar o dado da informação, está unido ao conhecimento que cada
uma delas poderá nos proporcionar para a tomada de decisão especialmente a informação. Já
que a informação de forma abreviada é o dado processado de forma a ser entendido pelo
receptor, e dessa forma a permuta de é a conversação. Em outras palavras, a informação é um
processo pelo qual a organização recebe informações da mesma e de seu espaço, e através
dela informa o seu ambiente a respeito da mesma, por meio da comunicação, da visão ou
criação, do tratamento e da retenção dessas informações em suas formas mais diferentes.
COMPONENTES DO SISTEMA
Podemos dizer que as entradas são as nascentes que sustentam o sistema. Elas, por sua
vez, quando fornecidas ao sistema vão originar as saídas, sempre de forma alinhada aos
objetivos do sistema.
O processo de transformação pode ser definido como a entrada de um insumo e sua
transformação em um produto, serviço ou resultado que será a saída. É o modo como os
componentes do sistema se interatuam para produzirem as saídas esperadas.
As saídas compreendem os resultados alcançados pelo processo de transformação.
Esses, por sua vez precisam ser coesos com o escopo do sistema e também quantificáveis
conforme os critérios e parâmetros antecipadamente fixados.
Os controles e avaliações, por sua vez observam se as saídas que foram geradas estão
coesivas com os objetivos que foram estabelecidos. E são alcançados conforme um padrão
estabelecido, como uma avaliação de atuação do sistema.
Por fim a retroalimentação ou feedback do sistema que pode ser analisado como a
reintrodução de uma saída que foi fornecida sob a formato de informação. O feedback tem
como finalidade ajustar as informações que foram realimentadas, resultantes dos desacordos
observados entre os objetivos que foram definidos e as saídas que serão produzidas.
Os sistemas podem ser classificados de várias formas, porém para decorrência deste
trabalho, serão classificados em abertos e fechados, mas como seriam na íntegra esses
sistemas.
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Sistemas Abertos
Para Bio (1985, p. 19) “os sistemas abertos envolvem a ideia de que determinamos
inputs são introduzidos no sistema e, processados, geram certos outputs. Com efeito, a
empresa vale-se de recursos materiais, humanos e tecnológicos, de cujo processamento
resultam bens ou serviços a serem fornecidos ao mercado”.
Mañas (1999, p. 62) diz que “sistema aberto pode ser interpretado como um conjunto
de partes em constante interação, constituindo um todo orientado para determinados fins e em
permanente relação de interdependência com o ambiente externo”.
Conforme Nakagawa (1993, apud Oliveira, Junior e Silva 2009, p. 135) “a noção de
um sistema aberto implica a ideia de que o sistema importa recursos diversos que, após serem
transformados em produtos e serviços, são exportados para o ambiente externo da empresa, ou
seja, para o mercado”. A figura 3 a seguir mostra o grau de influência que o ambiente externo
tem sobre um sistema empresarial.
Frezatti, Rocha, Nascimento e Junqueira (2009, p. 46) mencionam que “sistemas
abertos são os que integram com seu ambiente, em relação ao qual recebem e transmitem
energia, informações e produtos. Uma organização com ou sem fins lucrativos é um exemplo.
O ser humano é outro exemplo”.
Mercado e mão-de-obra
Governo Concorrência
Fornecedores
Empresa Consumidores
Sindicatos Tecnologia
Assim os sistemas abertos são aqueles que dependem do ambiente externo, pois estão
em uma constante interação com a sociedade como um todo, mantendo sempre uma relação
de troca com o ambiente que o cerca, e uma estável permuta de energia, considerando sempre
a complexidade dos componentes em constantes interações por meio do curso de entradas e
saídas, bem como a obrigação de adequação devido ao estável curso de recursos, e com isso
formando um processo contínuo de aprendizagem e autorealização.
Sistemas Fechados
Conforme Padoveze (2009, p. 46) [...] Os sistemas fechados não integram com o
ambiente externo, enquanto que os sistemas abertos caracterizam-se pela interação com o
ambiente externo, suas entidades e variáveis.
Para Frezatti, Rocha, Nascimento e Junqueira (2009, p. 46) “sistemas fechados são os
que não integram com seu ambiente, ou seja, as interações nele observadas ocorrem apenas
entre as partes ou elementos que os compõem. Exemplo: um relógio”.
Analisando o que foi dito pelos autores, podemos concluir que o sistema fechado é
aquele que não depende do ambiente externo para desenvolver suas funções pois trabalham
separados e de forma isolada em relação ao ambiente que o cerca.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
O sistema de informação nos dias atuais se tornou um elemento indispensável para dar
suporte e apoio às operações e principalmente às tomadas de decisões nas organizações da era
globalizada.
Oliveira, Junior e Silva (2009, p. 54) afirmam “Sistema de informação é a combinação
de um conjunto de dados sobre os quais se aplica determinada rotina de trabalho, manual e/ ou
com a utilização dos recursos computacionais, para obtenção de informação de saídas”.
Gil (1992, p. 14 apud Padoveze 2007, p. 32) por sua vez menciona que “Sistema de
Informação compreendem um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos, e
financeiros agregados segundo uma seqüência lógica para o processamento dos dados e a
correspondente tradução em informações”.
De acordo com Mañas (1999, p. 55) o sistema de informação pode ser definido como
[...] o conjunto interdependente das pessoas, das estruturas da organização, das tecnologias da
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Oliveira (2001, p. 143) nos apresenta em sua obra, uma estrutura onde são
apresentados os componentes do SIG em forma de um processo.
Para Oliveira, Junior e Silva (2009, p. 55) “Sistema de informação gerencial (SIG) é o
processo de transformação de dados em informações, que são utilizadas na estrutura decisória
da empresa como ferramenta que possibilita a sustentação administrativa para otimizar os
resultados esperados”.
CONTROLADORIA
Demonstrações contábeis
Relatórios gerenciais
Demonstrativos de desempenhos
Mapas analíticos
Tabelas e quadros
Informativos genéricos
Frezatti, Rocha, Nascimento e Junqueira (2009, p. 72) mencionam que o SIG “deve
ser entendido como um subsistema da organização e, para que seja eficaz, deve ser projetado
em consonância com a estrutura organizacional e com modelo de gestão da entidade”.
Os mesmos autores afirmam que quanto ao seu funcionamento
O SIG é uma ferramenta de suma importância, para os gestores das empresas, Oliveira
(2001, p. 44) [...] afirma que o Sistema de Informações Gerenciais, sob determinadas
condições, proporciona os seguintes benefícios para as empresas:
dados obtidos em informações úteis para a tomada de decisão, vindo a nos beneficiar de
diversas formas, principalmente na redução de custos, que é o ponto mais exigido dentro das
organizações.
TÁTICO (SIT)
OPERACIONAL (SIO)
A separação desses níveis, na realidade, tem efeito direto aos três níveis de
planejamento da empresa, que são o Planejamento Estratégico, o Planejamento Tático e O
planejamento Operacional, pois propiciam uma condição de interligação entre eles. Não
deixando de salientar que esses três tipos de planejamento podem ser analisados como início
do método utilizado no molde geral do Sistema de Informação Gerencial da empresa. Mas o
que vem a ser Planejamento?
Segundo Oliveria (2001, p. 137) “Planejamento é a função administrativa de se
estabelecer uma situação futura desejada e os meios (inclusive alternativos) de se chegar à
situação idealizada”. Sendo assim através da definição da função de planejamento podemos
coligar este conceito ao significado de cada um dos planejamentos citados acima.
Oliveira menciona da seguinte forma esses tipos de planejamentos:
Considerações Finais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIO, Sérgio Rodrigues. Sistema de Informação: Um Enfoque gerencial. 1.ed., São Paulo:
Atlas, 1985.
CARDOSO, Ricardo Lopes; MÁRIO, Poueri do Carmo; AQUINO, André Carlos Busaneli
de. Contabilidade Gerencial: Mensuração, Monitoramento e Incentivos. 1.ed., São Paulo:
Atlas, 2007.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: Teoria e Prática. 3.ed., São Paulo:
Atlas, 2004.
OLIVEIRA, Luís Martins; JUNIOR, José Hernandez Perez; SILVA, Carlos Alberto dos
Santos. Controladoria Estratégica. 5.ed., São Paulo: Atlas, 2009.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Básica. 1.ed., São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2004.
SOUSA, Luiz Carlos de. CONTROLADORIA: Aplicada aos Pequenos Negócios. 1.ed.,
Curitiba: Juruá, 2008.