Você está na página 1de 20

1

SIG: SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL COMO FERRAMENTA DE


APOIO AS EMPRESAS.

Gláucia Maria Carteri1


Pabblo Abadia Miranda Rodrigues2

RESUMO

O presente artigo abordará alguns assuntos relacionados com Sistema de informação gerencial
(SIG), e terá como objetivo identificar, analisar e reconhecer as técnicas, métodos e
procedimentos que são utilizados por esse, no processo administrativo das empresas. Avaliará
a importância do mesmo como ferramenta indispensável para os gestores na tomada de
decisão, principalmente nos dias atuais, por ocasião das freqüentes mudanças, que acontecem
tanto dentro quanto fora do âmbito organizacional e empresarial. Diante disso, é de suma
importância que a organização disponha de um bom sistema de informação, para que venha a
desenvolver um gerenciamento de forma eficaz, com maior agilidade, segurança, e assim os
gestores terão subsídios para tomarem sempre as decisões mais corretas.

Palavras-Chave: Sistema; Informação; Organização; Tomada de Decisões.

ABSTRACT
This article will address some issues related to management information system (GIS),
and will aim to identify, analyze and recognize the techniques, methods and procedures that
are used by that in administrative proceedings of companies. Assess its importance as an
indispensable tool for managers in decision making, especially nowadays, when the
frequent changes that take place both inside and outside the organization and
business. Therefore, it is extremely important that the organization has a good information
system, that will develop a management effectively, with greater speed, security, and so the
managers will always make allowances for Better Decisions.

Key - words: System, Information, Organization, Decision Making.

___________________________________
1
Gláucia Maria Carteri. Professora Especialista em Gestão Empresarial e Controladoria em
Ciências Contábeis, Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis, das Faculdades Unidas do
Vale do Araguaia, email: glaucia@univar.edu.br
2
Pabblo Abadia Miranda Rodrigues Professor dos cursos Administração, Ciências Contábeis e
TADS Tecnologia e Análise de Desenvolvimento de Sistemas das Faculdades Unidas do Vale
do Araguaia e Especialista em Gestão Empresarial, email: pabblo.miranda@gmail.com e
pabblo@univar.edu.br.
2

INTRODUÇÃO

Observando uma crescente quantidade de empresas emergentes em nosso cotidiano e


que, muitas vezes, fecham suas portas em poucos anos, despertou-nos a curiosidade em saber
o porquê desse fenômeno. Será que elas encontram-se preparadas para enfrentar o mercado de
trabalho? Essas entidades possuem um Sistema de Informação Gerencial para que elas
possam tentar sobreviver no cenário atual?
Com o avanço da concorrência e a carência de recursos disponíveis terem contribuído
para as constantes alterações na gestão dos negócios e em todos os seguimentos, acentua-se a
necessidade de informações que possam auxiliar os executivos nas tomadas de decisão do dia
a dia. O SIG – Sistema de Informação Gerencial vem completar esse espaço, produzindo
informações objetivas, claras, úteis e relevantes, através da combinação de feramentas
indispensáveis nas diversas áreas do conhecimento dos negócios. Neste processo, a
comunicação terá um papel significativo para os tomadores de decisões.
É importante observar que as informações geradas são de grande relevância à medida
em que os gestores consigam identificar tanto as ameaças quanto as oportunidades que o
ambiente proporciona às empresas. O desafio do SIG é colaborar para o aprimoramento da
interpretação desse ambiente organizacional, demonstrando a aplicabilidade do SIG como
instrumento para tomada de decisão dos gestores, selecionar e apresentar ferramentas
gerenciais, que sirvam de suporte para uma nova abordagem de tomada de decisões e, com
isso, auxiliar o empreendedor para uma gestão de sucesso.

SISTEMA

Quando se ouve falar em Sistema, o que nos vem à mente é uma interligação entre um
conjunto de elementos nos quais tenham alguma relação. De fato, isso não está errado, mas
como vamos lidar com sistemas de uma empresa, vamos visualizar esse sistema como sendo a
ligação entre os setores da empresa, tais como Administrativo, Financeiro, Recursos
Humanos, Tecnológicos dentre outros, que tem como objetivo a maior obtenção de
informações possíveis, que possam auxiliar os gestores em suas decisões.
De acordo com Bio (1985 p. 18) “considera-se sistema um conjunto de elementos
interdependentes, ou seja, um todo organizado, ou partes que se interagem formando um todo
unitário e complexo”.
3

Oliveira, Junior e Silva (2009, p. 54) mencionam que “sistema é um conjunto de


funções e processos, logicamente estruturados, de modo a possibilitar o planejamento, a
coordenação e o controle das atividades organizacionais, com a finalidade de atender aos
objetivos empresariais”.
Já para Oliveira (2001, p. 23) “sistema é um conjunto de partes interagentes e
interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e
efetuam determinada função”.
Churchmam (1972, p. 50 citado por Nascimento e Reginato, 2007, p. 19) afirma que
sistema é “um conjunto de partes coordenadas para realizar um conjunto de finalidades”.
Por sua vez, Optner (1973, apud Nascimento e Reginato, 2007, p. 19) “sistema é um
conjunto objetos que possui determinadas relações entre eles e seus atributos”.
Segundo ainda Oliveira, Junior e Silva (2009, p. 54) expressa um conceito
mundialmente aceito para qualquer sistema que seria o seguinte: “Sistema é um conjunto de
partes e componentes, logicamente estruturados, com a finalidade de atender a um objetivo”.
Para Padoveze (2009, p. 46) “Sistema pode ser definido como complexo de elementos
em interação”.

Entradas Processamento Saídas

FIG 1 Caracterização e Funcionamento básico de um sistema. Fonte PADOVEZE, 2007.

Em outras palavras sistema é um conjugado de elementos que se interatuam para que


as metas ou os objetivos almejados pela empresa possam ser atingidos. Analisando o gráfico
acima, podemos dizer que um sistema é formado essencialmente dos seguintes elementos:
As entradas abrangem a captação e aglomeração dos componentes que adentram no
sistema, e com isso serão processados. Já o processamento, é o método de modificação ou
transformação que resume o insumo, que é a (entrada) em produto pronto. E as saídas dizem
respeito à passagem de elementos que foram produzidos por um processo de transformação ou
modificação até o seu destino final.
4

Padoveze define ainda sistema:

Como uma resultante do enfoque sistêmico, o todo deve ser mais que a soma
das partes. No ambiente empresarial, esta resultante tem sido denominada de
sinergia, que significa que a ação conjunta de diversos componentes
sistêmicos ou entidades podem obter desempenho melhor do que aquele
possível de se obter isoladamente. Em outras palavras, por mais que se
estudem as partes para entender o todo, é necessário considerar as inter-
relações e o contexto em que estão inseridas. Dessa maneira, as inter-
relações existentes permitem que o todo seja maior que a soma isolada das
partes, ou seja, no agregado encontramos características muitas vezes não
encontradas nos componentes isolados. Fundamentamentalmente, o
funcionamento de um sistema configura-se com um processamento de
recursos (entradas do sistema), obtendo-se, com esse processamento, as
saídas ou produtos do sistema (entradas, processamento, saídas).
(PADOVEZE, 2007, p. 8 e 9).

Dessa forma podemos dizer que sistema seria um conjunto de elementos coordenados
interdependentes e em constante interação, sempre em busca da melhor eficácia para atingir
determinado objetivo para o todo da organização. Por sua vez Mello (1999, p. 21) apresenta
um conceito ainda mais resumido e objetivo sobre sistema, definindo-o [...] como sendo um
conjunto de elementos, ou de componentes que mantêm relações entre si. Em outras palavras
podemos definir sistema como um conjunto de partes e componentes, totalmente formado,
que tem como finalidade atender um objetivo.

DADO X INFORMAÇÃO

Antes de falarmos de informação, primeiramente, temos que saber distinguir e abordar


o significado de duas palavras que estão ligadas diretamente a ela, que são, os dados e a
informação, pois para um processo de gerenciamento bem sucedido, é de fundamental
importância que se tenha bem claro, o que cada uma delas representa dentro do sistema de
informação.

Dado

Toda e qualquer entidade se utiliza de dados, mas, por sua vez, os dados são eventos
que ocorrem de forma primária e bruta, e que necessitam de organização, para serem
transformados em informações.
5

Segundo Mello (199, p. 30) “[...] dado é a expressão lógica de um fato isolado e uma
informação é a expressão lógica de um fato global”.
Padoveze (2007, p. 27) diz que “dado é o registro puro, ainda não interpretado,
analisado e processado”.
De acordo com Oliveira (2001, p. 36) “dado é qualquer elemento identificado em sua
forma bruta que, por si só, não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação”.
Já Frezatti, Rocha, Nascimento e Junqueira mencionam que

Dado é uma descrição ou mensuração de um objeto, de um atributo do


objeto ou de um evento que, alternativamente: (a) já é conhecido por quem
recebe; (b) não é conhecido, mas também não lhe interessa conhecer; ou (c)
não contribui para melhorar a compreensão de alguma situação ou problema.
(FREZATTI, ROCHA, NASCIMENTO e JUNQUEIRA, 2009, p. 70)

Conforme Rezende

Dados incluem os itens que representam fatos, textos, gráficos, imagens


estáticas, sons, segmentos de vídeo analógico ou digital etc. Os dados são
coletados, por meio de processos organizacionais, nos ambientes interno e
externo. Em suma, dados são sinais que não foram processados,
correlacionados, integrados, avaliados ou interpretados de qualquer forma.
Os dados representam a matéria-prima a ser utilizada na produção de
informações. (REZENDE 2003, APUD SCHMIIDT e SANTOS, 2006, p.
179)

Oliveira, Junior e Silva trazem a seguinte definição:

Dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta, que por si só não
conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação. Pode ser
entendido como a “matéria prima” que necessita ser trabalhada dentro de
determinado contexto para, de forma sistêmica e ordenada, transformar-se no
“produto acabado”, representado pela informação. (OLIVEIRA, JUNIOR e
SILVA, 2009, p. 54).

Mañas (1999, p. 64) diz que “dado não é informação. Dado é a expressão em estado
bruto e não interpretada de um fato”.
Sendo assim a transformação de dados em informação passa por um processo e uma
série de trabalhos logicamente pautados, realizados para atingir um resultado determinado.
6

Informação

Podemos dizer que a informação é o recurso de maior importância e relevância dentro


de uma empresa, e que ela é o resultado da organização, coordenação e analise dos dados.
Dessa forma a qualidade da informação é muito mais importante do que a quantidade. Porém
em várias ocasiões a informação acaba sendo confundida com dado.
Conforme Mañas

A informação passou a ser analisada sob o aspecto estratégico de maior


relevância de uma empresa. Só o homem o supera, pois o conhecimento
obtido por um homem pode levá-lo a resultados melhores ou piores. É
preciso coadunar um homem e a informação que ele detém pra que surtam
efeitos, os mais produtivos e positivos possíveis. (MAÑAS, 1999, p. 63).

Segundo Oliveira (2001, p. 36) “informação é o dado trabalhado que permite ao


executivo tomar decisões”.
Por outro lado, Frezati, Rocha, Nascimento e Junqueira (2009, p. 70) dizem que
“informação é a descrição ou mensuração de um objeto ou evento que: (a) provoca surpresa
em quem recebe; (b) reduz suas incertezas; e (c) ajuda-o a tomar decisões”.
Mañas (1999, p. 54) define ainda em sua obra que informação “é o processo pelo qual
a empresa informa-se sobre ela própria e seu ambiente, e por ele informa ao seu ambiente
sobre ela mesma”.
Já Oliveira, Junior e Silva (2009, p. 54) afirmam que “informação trata-se do ‘produto
acabado’ em decorrência da ‘lapidação’ dos dados disponíveis, pronto para ser consumido
pelos gestores da corporação, de forma útil e capaz de proporcionar o retorno necessário à
realização dos objetivos estratégicos estabelecidos”.
Para Padoveze (2007, p. 27) “informação é o dado que foi processado e armazenado
de forma compreensível para seu receptor e que apresenta valor real ou percebido para suas
decisões correntes ou prospectivas”.
Mañas (1999, p. 64) traz ainda em sua obra que “informação é um dado registrado,
classificado, organizado ou interpretado dentro de um contexto, exprimindo significado. É um
acréscimo de conhecimento”.
Rezende (2003) menciona que informação:

Os dados passam por algum tipo de processamento para serem exibidos em


uma forma inteligível às pessoas que irão utilizá-los. O processo de
7

transformação envolve a aplicação de procedimentos, que incluem


formatação, tradução, fusão, impressão e assim pro diante. A maior parte
desse processo pode ser executada automaticamente. Uma vez que dados
tenham sido transformados em informações, pelo menos em uma
interpretação inicial, é possível refinar as informações mediante um processo
de elaboração. As informações resultantes desse processo incluem
características adicionais do problema, geram hipóteses, conseqüências das
hipóteses, sugerem soluções para problemas, explanação e justificativas de
sugestões, crítica de argumentos etc.; (REZENDA 2003, APUD SCHMIDT
e SANTOS, 2006, p. 179)

O que pode diferenciar o dado da informação, está unido ao conhecimento que cada
uma delas poderá nos proporcionar para a tomada de decisão especialmente a informação. Já
que a informação de forma abreviada é o dado processado de forma a ser entendido pelo
receptor, e dessa forma a permuta de é a conversação. Em outras palavras, a informação é um
processo pelo qual a organização recebe informações da mesma e de seu espaço, e através
dela informa o seu ambiente a respeito da mesma, por meio da comunicação, da visão ou
criação, do tratamento e da retenção dessas informações em suas formas mais diferentes.

COMPONENTES DO SISTEMA

De acordo com Padoveze (2007, p. 9) “os componentes ou elementos básicos que


compõem um sistema são: objetivos do sistema, ambiente do sistema ou processamento,
recursos ou as entradas do sistema, componentes do sistema, saídas do sistema, administração
ou controle e avaliação do sistema”.
Churchmam (1972, p. 51 citado por Padoveze, 2007, p. 10) menciona que os
componentes de um sistema são:
1. Os objetivos totais do sistema, e, mais especificamente, as medidas de rendimento do
sistema inteiro.
2. O ambiente do sistema: coações fixas.
3. Os recursos do sistema.
4. Os componentes do sistema, suas atividades, finalidades e medidas de rendimento.
5. A administração do sistema.
Oliveira (2001, p. 23) define que “Os sistemas apresentam alguns componentes, a
saber,”?
8

- os objetivos, que se referem tanto aos objetivos dos usuários do sistema


quanto aos do próprio sistema. O objetivo é a própria razão de existência do
sistema, ou seja, é a finalidade par qual o sistema foi criado;
- as entradas do sistema, cuja função caracteriza as forças que fornecem ao
sistema o material, a energia e a informação (que é o item básico abordado
neste livro) para a operação ou processo, o qual gera determinadas saídas do
sistema que devem estar em sintonia com os objetivos anteriormente
estabelecidos;
- o processo de transformação do sistema, que é definido como a função que
possibilita a transformação de um insumo (entrada) em um produto, serviço
ou resultado (saída). Esse processador é a maneira pela qual os elementos
componentes do sistema interagem no sentido de produzir as saídas
desejadas;
- as saídas, que correspondem aos resultados do processo de transformação.
As saídas podem ser definidas como finalidades para quais se uniram
objetivos, atributos e relações do sistema. As saídas devem ser, portanto,
coerentes com os objetivos do sistema; e, tendo em vista o processo de
controle e avaliação, devem ser quantificáveis, de acordo com critérios e
parâmetros previamente fixados.
- os controles e as avaliações do sistema, principalmente para verificar e as
saídas estão coerentes com os objetivos estabelecidos. Para realizar o
controle e a avaliação de maneira adequada, é necessária uma medida do
desempenho do sistema, chamada padrão; e
- a retroalimentação, ou realimentação, ou feedback do sistema, que pode ser
considerada como a reintrodução de uma saída sob a forma de informação. A
realimentação é um processo de comunicação que reage a cada entrada de
informação incorporando o resultado da ação-resposta desencadeada por
meio de nova informação, a qual afetará seu comportamento subseqüente, e
assim sucessivamente. Essa realimentação é um instrumento de regulação
retroativa ou de controle, em que as informações realimentadas são
resultados das divergências verificadas entre as respostas de um sistema e os
parâmetros previamente estabelecidos. Portanto, a finalidade do controle é
reduzir as discrepâncias ao
mínimo, bem como propiciar uma situação em que esse sistema se torne
auto-regulador. (OLIVEIRA, 2001, p. 23).

Os componentes de um sistema podem ser visualizados na figura abaixo

FIG 2 Componentes de um sistema. Fonte OLIVEIRA, 2001.


9

Podemos dizer que as entradas são as nascentes que sustentam o sistema. Elas, por sua
vez, quando fornecidas ao sistema vão originar as saídas, sempre de forma alinhada aos
objetivos do sistema.
O processo de transformação pode ser definido como a entrada de um insumo e sua
transformação em um produto, serviço ou resultado que será a saída. É o modo como os
componentes do sistema se interatuam para produzirem as saídas esperadas.
As saídas compreendem os resultados alcançados pelo processo de transformação.
Esses, por sua vez precisam ser coesos com o escopo do sistema e também quantificáveis
conforme os critérios e parâmetros antecipadamente fixados.
Os controles e avaliações, por sua vez observam se as saídas que foram geradas estão
coesivas com os objetivos que foram estabelecidos. E são alcançados conforme um padrão
estabelecido, como uma avaliação de atuação do sistema.
Por fim a retroalimentação ou feedback do sistema que pode ser analisado como a
reintrodução de uma saída que foi fornecida sob a formato de informação. O feedback tem
como finalidade ajustar as informações que foram realimentadas, resultantes dos desacordos
observados entre os objetivos que foram definidos e as saídas que serão produzidas.

OBJETIVOS DOS SISTEMAS

Os objetivos de um sistema é um dos pontos mais importantes, dentro da organização,


pois representa basicamente o que queremos que o sistema nos realize. Esses objetivos estão
ligados de forma direta com a missão e nossa responsabilidade dentro da empresa.
Oliveira (2001, p. 23) menciona que [...] o objetivo é a própria razão de existência do
sistema, ou seja, é a finalidade para qual o sistema foi criado [...]. Nesse sentido podemos
dizer que toda formação de um sistema tem início a partir da precisa significação e definição,
transparente de seus objetivos.

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS

Os sistemas podem ser classificados de várias formas, porém para decorrência deste
trabalho, serão classificados em abertos e fechados, mas como seriam na íntegra esses
sistemas.
10

Sistemas Abertos

Para Bio (1985, p. 19) “os sistemas abertos envolvem a ideia de que determinamos
inputs são introduzidos no sistema e, processados, geram certos outputs. Com efeito, a
empresa vale-se de recursos materiais, humanos e tecnológicos, de cujo processamento
resultam bens ou serviços a serem fornecidos ao mercado”.
Mañas (1999, p. 62) diz que “sistema aberto pode ser interpretado como um conjunto
de partes em constante interação, constituindo um todo orientado para determinados fins e em
permanente relação de interdependência com o ambiente externo”.
Conforme Nakagawa (1993, apud Oliveira, Junior e Silva 2009, p. 135) “a noção de
um sistema aberto implica a ideia de que o sistema importa recursos diversos que, após serem
transformados em produtos e serviços, são exportados para o ambiente externo da empresa, ou
seja, para o mercado”. A figura 3 a seguir mostra o grau de influência que o ambiente externo
tem sobre um sistema empresarial.
Frezatti, Rocha, Nascimento e Junqueira (2009, p. 46) mencionam que “sistemas
abertos são os que integram com seu ambiente, em relação ao qual recebem e transmitem
energia, informações e produtos. Uma organização com ou sem fins lucrativos é um exemplo.
O ser humano é outro exemplo”.

Mercado e mão-de-obra

Governo Concorrência

Fornecedores
Empresa Consumidores

Sistema Financeiro Comunidade

Sindicatos Tecnologia

FIG 3 Ambiente de um sistema empresarial. Fonte OLIVEIRA, JUNIOR E SILVA, 2009.


11

Assim os sistemas abertos são aqueles que dependem do ambiente externo, pois estão
em uma constante interação com a sociedade como um todo, mantendo sempre uma relação
de troca com o ambiente que o cerca, e uma estável permuta de energia, considerando sempre
a complexidade dos componentes em constantes interações por meio do curso de entradas e
saídas, bem como a obrigação de adequação devido ao estável curso de recursos, e com isso
formando um processo contínuo de aprendizagem e autorealização.

Sistemas Fechados

Conforme Padoveze (2009, p. 46) [...] Os sistemas fechados não integram com o
ambiente externo, enquanto que os sistemas abertos caracterizam-se pela interação com o
ambiente externo, suas entidades e variáveis.
Para Frezatti, Rocha, Nascimento e Junqueira (2009, p. 46) “sistemas fechados são os
que não integram com seu ambiente, ou seja, as interações nele observadas ocorrem apenas
entre as partes ou elementos que os compõem. Exemplo: um relógio”.
Analisando o que foi dito pelos autores, podemos concluir que o sistema fechado é
aquele que não depende do ambiente externo para desenvolver suas funções pois trabalham
separados e de forma isolada em relação ao ambiente que o cerca.

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

O sistema de informação nos dias atuais se tornou um elemento indispensável para dar
suporte e apoio às operações e principalmente às tomadas de decisões nas organizações da era
globalizada.
Oliveira, Junior e Silva (2009, p. 54) afirmam “Sistema de informação é a combinação
de um conjunto de dados sobre os quais se aplica determinada rotina de trabalho, manual e/ ou
com a utilização dos recursos computacionais, para obtenção de informação de saídas”.
Gil (1992, p. 14 apud Padoveze 2007, p. 32) por sua vez menciona que “Sistema de
Informação compreendem um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos, e
financeiros agregados segundo uma seqüência lógica para o processamento dos dados e a
correspondente tradução em informações”.
De acordo com Mañas (1999, p. 55) o sistema de informação pode ser definido como
[...] o conjunto interdependente das pessoas, das estruturas da organização, das tecnologias da
12

informação (hardware e software), dos procedimentos e métodos que deveriam permitir à


empresa dispor, no tempo desejado, das informações que necessita (ou necessitará) para seu
funcionamento atual e para sua evolução [...].
Mosimann e Fisch (2008, p. 54) dizem que “sistema de informação pode ser
conceituado como uma rede de informações cujos fluxos alimentam o processo de tomada de
decisões, não apenas da empresa como um todo, mas também de cada área de
responsabilidade”.
Conforme Padoveze:

Podemos definir Sistema de Informação como um conjunto de recursos


humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma
sequência lógica para o processamento dos dados e tradução em
informações, para com seu produto, permitir às organizações o cumprimento
de seus objetivos principais. (PADOVEZE, 2009, p. 46).

Dessa forma podemos dizer que sistema de informação é um tipo especializado de


sistema, que pode ser definido como um conjugado de itens inter-relacionados, trabalhando
unidos para arrecadar, readquirir, processar, registrar e difundir as informações com a
intenção de facilitar o planejamento, controle, coordenação, análise e o mais importante o
processo decisório nas empresas, entidades e organizações. Pois o mesmo dispõe de
informações sobre as pessoas, lugares e coisas de interesse, no espaço, ao redor e dentro da
própria organização.
O que não podemos deixar de acrescentar é o valor do recurso humano, que faz parte
do sistema, isso porque nenhum sistema é mais perfeito que os indivíduos que irão
operacionalizá-los.

SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL (SIG)

Segundo Frezati, Rocha, Nascimento e Junqueira (2009, p. 71 e 72) [...] Sistema de


Informações Gerenciais (SIG) como um conjunto de recursos e procedimentos
interdependentes que interagem para produzir e comunicar informações para gestão.
Para Oliveira (2001, p. 40) “Sistema de Informações Gerenciais (SIG) é o processo de
transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa,
proporcionando, ainda, a sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados”.
13

Oliveira (2001, p. 143) nos apresenta em sua obra, uma estrutura onde são
apresentados os componentes do SIG em forma de um processo.

FIG 4 Fonte: Adaptado de OLIVEIRA, 2001.


De acordo com Gil e Oliveira (GIL, 1978 e OLIVEIRA 1997, p. 39 citado por
Nascimento e Reginato, 2007, p. 67) definem sistema de informação gerencial:

Gil (1978) considera o sistema de informações gerenciais como o conjunto


de recursos humanos e materiais responsável pela coleta e processamento de
dados para produzir informações que sejam úteis a todos os níveis de
gerência, enquanto que Oliveira (1997, p. 39) define como processo de
transformação de dados em informações que buscam contribuir para
melhorar a qualidade das decisões e com isso a otimização dos resultados
delas decorrentes.
14

Para Oliveira, Junior e Silva (2009, p. 55) “Sistema de informação gerencial (SIG) é o
processo de transformação de dados em informações, que são utilizadas na estrutura decisória
da empresa como ferramenta que possibilita a sustentação administrativa para otimizar os
resultados esperados”.

CONTROLADORIA

Entrada de dados Processamentos de Utilização de dados do


externos dados arquivo

SAÍDA DAS INFORMAÇÕES

Demonstrações contábeis
Relatórios gerenciais
Demonstrativos de desempenhos
Mapas analíticos
Tabelas e quadros
Informativos genéricos

FIG 5 Sistema de informações gerenciais. Fonte OLIVEIRA, JUNIOR E SILVA, 2009.

Mediante aos conceitos apresentados podemos definir que o Sistema de Informação


Gerencial (SIG) é um processo de recepção, analise e utilização dos dados transformando os
em informação úteis e relevantes para o processo de tomada de decisão dentro de uma
empresa.

Importância do Sistema de Informação Gerencial

Antes de falarmos da importância do SIG, precisamos identificar para que serve o


Sistema de Informação Gerencial, como ele deve ser entendido e como funciona. Segundo
Frezatti, Rocha, Nascimento e Junqueira (2009, p. 72) “Sua utilidade é gerar informações que
atendam às necessidades dos tomadores de decisões, dando suporte ao processo de gestão em
todas as suas etapas: planejamento, execução e controle”.
15

Frezatti, Rocha, Nascimento e Junqueira (2009, p. 72) mencionam que o SIG “deve
ser entendido como um subsistema da organização e, para que seja eficaz, deve ser projetado
em consonância com a estrutura organizacional e com modelo de gestão da entidade”.
Os mesmos autores afirmam que quanto ao seu funcionamento

Um Sistema de Informações Gerenciais consiste em captar e identificar os


eventos econômicos, interpretar, analisar, registrar e acumular os dados
relativos aos eventos e processar os dados transformando-os em informações
que possam ser, de fato, utilizadas nas decisões dos gestores, dando
sustentação à administração, para que atinja seus objetivos e otimize os
resultados esperados”. (FREZATTI, ROCHA, NASCIMENTO,
JUNQUEIRA, 2009, p. 54).

O SIG é uma ferramenta de suma importância, para os gestores das empresas, Oliveira
(2001, p. 44) [...] afirma que o Sistema de Informações Gerenciais, sob determinadas
condições, proporciona os seguintes benefícios para as empresas:

 Redução dos custos das operações;


 Melhoria no acesso às informações, propiciando relatórios mais
precisos e rápidos, com menor esforço;
 Melhoria na produtividade, tanto setorial quanto global;
 Melhoria nos serviços realizados e oferecidos;
 Melhoria na tomada de decisões, através do fornecimento de
informações mais rápidas e precisas;
 Estímulos de maior interação entre os tomadores de decisão;
 Fornecimento de melhores projeções dos efeitos das decisões;
 Melhoria na estrutura organizacional, por facilitar o fluxo de
informações
 Melhoria na estrutura de poder, propiciando maior poder para aqueles
que entendem e controlam o sistema;
 Redução do grau de centralização de decisões na empresa;
 Melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos
não previstos, a partir das constantes mutações nos fatores ambientais;
 Otimização na prestação dos serviços aos clientes;
 Melhor interação com os fornecedores;
 Melhoria nas atitudes e atividades dos funcionários da empresa;
 Aumento do nível de motivação das pessoas envolvidas;
 Redução dos sustos operacionais;
 Redução da mão-de-obra burocrática; e
 Redução dos níveis hierárquicos.

No entanto observamos que o Sistema de Informação Gerencial (SIG), exerce um


papel fundamental dentro da empresa, executando processos capazes de gerar e transformar os
16

dados obtidos em informações úteis para a tomada de decisão, vindo a nos beneficiar de
diversas formas, principalmente na redução de custos, que é o ponto mais exigido dentro das
organizações.

Níveis de influência do SIG

O Sistema de Informação Gerencial (SIG) esta subdividido em três níveis que


influenciam diretamente na organização, Oliveira descreve em sua obra quais são esses níveis
de influência, conforme disposto abaixo:

 Nível estratégico, que considera a interação entre as informações do


ambiente empresarial (estão fora da empresa) e as informações internas
da empresa. Corresponde ao SIE – sistema de informações estratégicas.
 Nível tático, que considera a aglutinação de informações de uma área de
resultado e não da empresa como um todo. Corresponde ao SIT –
sistema de informações táticas.
 Nível operacional, que considera a formalização, principalmente através
de documentos escritos, das várias informações estabelecidas na
empresa. Correspondendo ao SIO – sistema de informações
operacionais. (OLIVEIRA, 2001, p. 136-137).

Os três níveis de influência do SIG podem ser observados, na estrutura abaixo:


ESTRATÉGICO (SIE)

TÁTICO (SIT)

OPERACIONAL (SIO)

FIG 6 Níveis de influência do SIG. Fonte OLIVEIRA, 2001.

O motivo básico de se trabalhar os três níveis descritos de modo separado, é porque


cada um deles possui um tipo de influência e intensidade sobre o Sistema de Informação
Gerencial (SIG), como, por exemplo: o nível estratégico está ligado a parte econômica da
empresa, já o nível tático podemos citar como exemplo o plano de marketing da empresa,
analisando o mercado em que ela está inserido, o preço produto, a distribuição, dentre outros
componentes que fazem parte do marketing, e para o nível operacional podemos citar como
exemplo o controle de pagamentos da empresa.
17

A separação desses níveis, na realidade, tem efeito direto aos três níveis de
planejamento da empresa, que são o Planejamento Estratégico, o Planejamento Tático e O
planejamento Operacional, pois propiciam uma condição de interligação entre eles. Não
deixando de salientar que esses três tipos de planejamento podem ser analisados como início
do método utilizado no molde geral do Sistema de Informação Gerencial da empresa. Mas o
que vem a ser Planejamento?
Segundo Oliveria (2001, p. 137) “Planejamento é a função administrativa de se
estabelecer uma situação futura desejada e os meios (inclusive alternativos) de se chegar à
situação idealizada”. Sendo assim através da definição da função de planejamento podemos
coligar este conceito ao significado de cada um dos planejamentos citados acima.
Oliveira menciona da seguinte forma esses tipos de planejamentos:

 Planejamento estratégico é a metodologia gerencial que permite


estabelecer a direção a ser seguida pela empresa, visando a maior
interação com o ambiente.
 Planejamento tático é a metodologia gerencial que tem por
finalidade otimizar uma situação futura desejada de determinada
área da empresa.
 Planejamento operacional é a formalização das metodologias de
desenvolvimento e de implementação de resultados específicos a
serem alcançados pelas áreas funcionais da empresa. (OLIVEIRA,
2001, p. 138).

Contudo podemos analisar que cada um dos tipos de planejamento apresentados


possui uma função estratégica dentro da empresa, auxiliando a mesma no decorrer de suas
funções, para o alcance de seus objetivos.
18

Considerações Finais

O crescimento, o desenvolvimento, a visão de futuro, a cada dia que passa é uma


realidade que ocorre no mundo inteiro. A ação de mudanças em toda esfera global faz com
que as empresas busquem a cada dia maiores informações capazes de auxiliar e garantir sua
sobrevivência no mercado.
No entanto ainda nos dias atuais nos deparamos com empresas que persistem em
desenvolver suas atividades de forma aleatória, sem nenhum planejamento, fazendo com que
as mesmas passem por constantes dificuldades ou até mesmo fechem suas portas, por falta de
controle na utilização das informações gerencias geradas e recebidas pelas mesmas.
Portanto, observamos que as empresas que dispõem de um bom sistema de informação
gerencial, independentemente de sua estrutura, destacam-se no cenário empresarial, como foi
visto no estudo apresentado as ferramentas para a execução do SIG, são de fácil aplicação,
mas que, na maioria das vezes, não são utilizadas por falta de conhecimento por parte dos
gestores das empresas.
19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABEC - Elaborando Trabalho Científicos. Normas para apresentação e elaboração. Univar


– Faculdades Unidas do Vale do Araguaia. Barra do Garças (MT): Editora ABEC, 2011.

BIO, Sérgio Rodrigues. Sistema de Informação: Um Enfoque gerencial. 1.ed., São Paulo:
Atlas, 1985.

CARDOSO, Ricardo Lopes; MÁRIO, Poueri do Carmo; AQUINO, André Carlos Busaneli
de. Contabilidade Gerencial: Mensuração, Monitoramento e Incentivos. 1.ed., São Paulo:
Atlas, 2007.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: Teoria e Prática. 3.ed., São Paulo:
Atlas, 2004.

FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo Cesar. Controladoria: Teoria e Pratica. 3.ed.,


São Paulo: Atlas, 2006.

FREZATTI, Fábio; ROCHA, Welington; NASCIMETO, Artur Roberto do; EMANUEL,


Junqueira. Controle gerencial: Uma abordagem da contabilidade gerencial no contexto
econômico, comportamental e sociológico. 1.ed., São Paulo: Atlas, 2009.

GONÇALVES, Rosana C. M. Grillo; RICCIO, Edson Luiz: Sistemas de Informação: Ênfase


em Controladoria e Contabilidade. 1.ed., São Paulo: Atlas, 2009.

MAÑAS, Antonio Vico. Administração de Sistemas de Informação: como otimizar a


empresa por meio dos sistemas de informação. 2.ed.; São Paulo: Érica, 1999.

MELLO, Ivo Soares. Administração de Sistemas de Informação. 1.ed., São Paulo:


Pioneira, 1999.

MOSIMANN, Clara Pellegrinello, FISCH, Sílvio. Controladoria: Seu Papel na


Administração de Empresas. 2.ed., São Paulo: Atlas, 2008.
20

NASCIMENTO, Auster Moreira; REGINATO, Luciane. Controladoria: Um Enfoque na


Eficácia Organizacional. 1.ed., São Paulo: Atlas, 2007.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistema de Informações Gerenciais: Estratégicas


Táticas Operacionais. 7.ed., São Paulo: Atlas, 2001.

OLIVEIRA, Luís Martins; JUNIOR, José Hernandez Perez; SILVA, Carlos Alberto dos
Santos. Controladoria Estratégica. 5.ed., São Paulo: Atlas, 2009.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Básica. 1.ed., São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2004.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Sistemas de Informações Contábeis: Fundamentos e Análise.


5.ed., São Paulo: Atlas, 2007.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: Um enfoque em sistema de informação


contábil. 6.ed., São Paulo: Atlas, 2009.

SOUSA, Luiz Carlos de. CONTROLADORIA: Aplicada aos Pequenos Negócios. 1.ed.,
Curitiba: Juruá, 2008.

SCHMIDT, Paulo; SANTOS, José Luiz dos. Coleção Resumos de Contabilidade:


Fundamentos de Controladoria. 1.ed., São Paulo: Atlas, 2006.

Você também pode gostar