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Visão geográfica de um documento fotográfico

Figura 1 Penafiel vista do Santuário da Nossa Senhora do Sameiro

Esta foto foi captada por mim numa elevação da cidade onde se encontra a Igreja do
Sameiro. Foi registada numa manhã de nevoeiro durante uma visita de campo na disciplina de
Geografia e figura-se nesta fotografia a parte de Penafiel com que eu estou mais familiarizado
daí ter escolhido esta foto para representar a cidade.

Penafiel, originalmente Subarrifana, constituía num importante centro regional tendo


sido durante a sua formação um ponto de descanso de peregrinos que pernoitavam em lugares
específicos. Graças ao facto de Penafiel, no tempo medieval, ficar a apenas um dia da cidade do
Porto muitos comerciantes e muitos estabelecimentos se formaram como tabernas e estalagens
aumentando o prestígio da cidade uma prova deste facto foi que, alguns anos mais tarde,
Penafiel passou a ter um bispo bem como uma sé (a atual Igreja da Santa Casa da Misericórdia)
estatuto que só era reconhecido a uma cidade desenvolvida por completo.
Sendo Penafiel um concelho com bastantes pedreiras, desde cedo, a pedra começou a
evidenciar-se como o Ex Libris desta região tendo sido usado como recurso para a construção de
muitos edifícios locais até ao dia de hoje. Além do fator económico como as pedreiras e a sua
localização estratégica excelente como ponto de descanso para comerciantes e peregrinos, o
concelho de Penafiel ganhou uma maior notoriedade ao nível nacional com a construção da
estação termal de S. Vicente que impulsionou o número de visitantes do concelho e da cidade
propriamente dita.

A partir do século XVIII a cidade começou a expandir-se criando-se novas ruas como a
Rua Formosa a atual Rua Sacadura Cabral e consequentemente mais edifícios que hoje são
património cultural. Estas expansões bem como a fama ganha pela região fez com que Penafiel e
a região do Vale de Sousa fosse mencionada por Eça de Queirós em duas das suas obras: “Os
Maias” (na página 323) e “A Cidade e as Serras” (na página 217) despertando a curiosidade do
povo português.

Para concluir esta análise do concelho penafidelense, termino por referir que a foto
disponibilizada no início do documento em questão, está situada num local conhecido outrora
como “cimo de vila”. Tal como o nome indica, era o sítio perfeito para criar um ajuntamento
castrejo para comunicar, por exemplo com outros castros que se situavam em concelhos à volta
nomeadamente Lousada. Este foi o início da fundação de Penafiel e das freguesias limítrofes
tornando-se nos dias de hoje naquilo que podemos ver agora no século XXI a que nós chamamos
de “Penafiel”.

David Fernandes

Nº9

11ºJ

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