Você está na página 1de 15

Ano Letivo 2017-18 | Unidade Curricular de Toxicologia | Professor Doutor Rui

Morais | Professora Irina Moreira

Efeito da salinidade da água de rega


na germinação e crescimento de
Lactuca sativa e Helianthus annuus
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

Índice

Introdução 3

Materiais e Métodos 5

Resultados Obtidos 6

Discussão de Resultados 9

Referências Bibliográficas 10

Anexos 11

2
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

3
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

Introdução

O objetivo da atividade laboratorial prende-se em concluir quantas sementes


germinaram em condições atípicas, isto é, quando sujeitas a ambientes não propícios ao
seu desenvolvimento (condições de stress), a várias concentrações do tóxico sódio
(Morais, 2017). Como tal, procedeu-se á medição da raiz e caule de sementes, a fim de
descobrir qual o valor de EC50 através de curvas de inibição. Entende-se por EC50
como sendo a concentração efetiva média que se baseia na concentração estimada de
uma substância presente no meio ambiente, em que se espera que surta efeito sobre 50%
dos casos em análise, mediante condições definidas (Morais, 2017).
Entende-se como germinação o processo biológico que segundo os Botânicos é
uma retoma do desenvolvimento embrionário, com a consequente rotura do tegumento
pela radícula. Este processo é influenciado tanto em associação, como individualmente
por fatores externos (ambientais) e interno (dormência, inibidores e promotores da
germinação das sementes). Entre os principais fatores influenciadores tem-se a luz, a
temperatura, a disponibilidade o oxigênio e a água, sendo que este último é o fator
primordial do processo germinativo (Morais, 2017). A absorção de água provoca uma
nova hidratação tecidular, com o consequente aumento tanto da respiração como das
outras atividades metabólicas que provocam o abastecimento energético essencial para o
crescimento do embrião. As utilizações de águas de rega de má qualidade, como águas
de elevado teor salino, afetam o processo germinativo (Morais, 2017). A concentração
de sais determina a qualidade da água de rega que influencia não só a rega, como
também os solos e a matriz de crescimento vegetal (Morais, 2017).
O aumento do teor de sais solúveis do solo provoca o acréscimo do seu potencial
osmótico, danificando as plantas pelo declínio da disponibilidade da água presente do
solo. A extração de água por parte das plantas, acontece quando as forças de absorção
das raízes são maiores do que as forças de retenção praticadas pelo solo. O que significa
que este par de forças é inversamente proporcional e para as forças de retenção de água
do solo, tornam-se superiores às de absorção, á medida que a água é retirada do solo
(Morais, 2017). O estado de desidratação da planta ocorre, quando as forças de retenção
são superiores às de extração de água do solo. As forças de retenção elevam o seu

4
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

potencial pela presença de sais dissolvidos no solo, pelo efeito de osmose, logo induz o
estado de desidratação na planta (Morais, 2017).
A toxicidade de iões específicos, como sódio, boro e cloreto, é outro fator a ter
em conta da salinização, pois pode causar danos no citoplasma e a diminuição do
aproveitamento das culturas sensíveis (Morais, 2017). Espécies distintas possuem
diferentes graus de limitação de concentrações salinas, o que fomenta um
desenvolvimento variado destas.
Caso as concentrações de salinidade sejam elevadas, o processo de germinação
encontra-se ameaçado, pois uma concentração alta de sais causa inibição no crescimento
da planta, pois a água disponível decresce devido á aglomeração de iões (Morais, 2017).
Isto, ainda pode originar toxicidade iónica ou desequilíbrio nutricional ou ainda ambos
(Morais, 2017).
A fim de avaliar a atividade germinativa a atividade laboratorial debruçou-se
sobre a análise de dois tipos diferentes de amostras, as sementes de alface (Lactuca
sativa) e as sementes de girassol (Helianthus annuus). Uma vez que estas são
frequentemente usadas em teste de caráter fitotóxico. Tanto a Lactuca sativa como a
Helianthus annuus pertece á família da Asteraceae. A alface é uma herbácea de caule
pequeno, comummente usada para consumo humano, esta apresenta como caraterísticas
o facto de oferecer um baixo valor energético e um grande aporte hídrico, vitamínico e
mineral (Courteau J. ND). O sistema radicular muito ramificado e superficial da alface
atribui a esta planta características delicadas e sensíveis ao uso de águas de má
qualidade.
Já as sementes de girassol são uma espécie anual de herbácea dicotiledónea
(Lady Bird Johnson, Wildflower Center, 2016). O seu sistema radicular é axial, podendo
chegar atingir os dois metros de profundidade, as suas raízes desenvolvem-se
lateralmente o que possibilita uma maior e mais eficiente absorção de água do solo e
ainda uma melhor investigação de nutrientes para além de um maior suporte que
asseguram á planta. O seu caule é carnudo, crespo, rígido, ereto e não apresenta
ramificações, contudo suporta folhas de grande calibre (coriáceas) e com pecíolo
alongado. Durante a estação mais quente do ano, desenvolve-se no ápice do caule um
capítulo, que se movimenta consoante a posição do sol, por causa do distinto
crescimento do caule (Dickmann et al., 2005).

5
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

As plantas apresentam diferentes graus de tolerância á salinidade, sendo as


plantas halóficas as mais toleráveis, pois o seu crescimento dá-se mesmo em valores de
concentração salina na ordem do 50 a 500Mm. Por outro lado, as plantas glicófitas vêm
o seu crescimento inibido quando a salinidade ambiente se encontra a valores superiores
de 10mM (Willadino L.; Camara T., 2010).
O teste da capacidade germinativa das sementes a várias concentrações salinas,
permitiu achar a tolerância das plantas ao sal, avaliando os seus efeitos. Os testes de
germinação decorrem em dois passos, sendo que o primeiro é a contagem do número de
sementes germinadas e o segundo é a avaliação do crescimento da raiz e caule respetivo
(Morais, 2017).
O uso de sementes na avaliação da toxicidade de águas de rega dá-se, pois o
método é fácil, rápido e não necessita de um meio ambiente controlado (Morais, 2017).

6
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

Materiais e Métodos

7
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

Resultados Obtidos

Através da colheita de todos os dados, foram realizadas as diversas médias, desvios


padrão, percentagem de inibição de crescimento (anexos) e os gráficos correspondentes
para as espécies em estudo. Apresentam-se a seguir os resultados obtidos deste trabalho
laboratorial:

I. Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de


Lactuca sativa.

Tabela 1 – Resultados obtidos relativamente ao efeito das diferentes concentrações de


NaCl (mol/L) na germinação de Lactuca sativa.

Concentração Média de sementes % Inibição de germinação


de NaCl (mol/L) germinadas e desvio padrão
0 3,00 ± 1,00 -
0,01 5,00 ± 2,00 -67%
0,03 1,67 ± 1,15 44%
0,05 2,67 ± 1,15 11%
0,08 1,00 ± 1,00 67%
0,1 1,00 ± 1,73 67%
0,2 0,00 ± 0,00 100%
0,3 0,00 ± 0,00 100%
0,4 0,67 ± 1,15 78%

Tabela 2 –Resultados obtidos relativamente ao efeito das diferentes concentrações de


NaCl (mol/L) na germinação de Lactuca sativa.

Concentração Média do comprimento da % Inibição de crescimento da


de NaCl (mol/L) raiz e desvio padrão (mm) raiz
0 3,00 ± 2,06 -
0,01 4,60 ± 6,33 -53%
0,03 3,80 ± 1,92 -27%
0,05 4,13 ± 2,80 -38%
0,08 3,33 ± 2,08 -11%
0,1 1,67 ± 1,15 44%
0,2 0,00 ± 0,00 100%
0,3 0,00 ± 0,00 100%
0,4 3,50 ± 3,54 -17%

8
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

Tabela 3 –Resultados obtidos relativamente ao efeito das diferentes concentrações de


NaCl (mol/L) na germinação de Lactuca sativa.

Concentração Média do comprimento do % Inibição de crescimento da


de NaCl (mol/L) caule e desvio padrão (mm) raiz caule
0 20,00 ± 10,49 -
0,01 19,27 ± 10,38 4%
0,03 25,00 ± 8,72 -25%
0,05 24,88 ± 10,43 -24%
0,08 16,00 ± 8,54 20%
0,1 11,67 ± 11,55 42%
0,2 0,00 ± 0,00 100%
0,3 0,00 ± 0,00 100%
0,4 3,50 ± 3,54 83%

Gráfico 1 – Curva da inibição da germinação, do crescimento da raiz e do caule da


espécie Lactuca sativa.

9
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

II. Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de


Helianthus annuus.

Tabela 4 –Resultados obtidos relativamente ao efeito das diferentes concentrações de


NaCl (mol/L) na germinação de Helianthus annuus.

Concentração Média de sementes % Inibição de germinação


de NaCl (mol/L) germinadas e desvio padrão
0 1,25 ± 0,96 -
0,01 3,50 ± 0,58 -180%
0,03 2,00 ± 0,82 -60%
0,05 1,75 ± 0,50 -40%
0,08 1,75 ± 1,50 -40%
0,1 1,25 ± 0,50 0%
0,2 1,50 ± 1,00 -20%
0,3 1,75 ± 0,96 -40%
0,4 0,75 ± 0,96 40%

Tabela 5 –Resultados obtidos relativamente ao efeito das diferentes concentrações de


NaCl (mol/L) na germinação de Helianthus annuus.

Concentração Média do comprimento da % Inibição do crescimento da


de NaCl (mol/L) raiz e desvio padrão (mm) raiz
0 5,00 ± 3,74 -
0,01 11,21 ± 16,87 -124%
0,03 20,13 ± 25,27 -303%
0,05 8,43 ± 4,69 -69%
0,08 9,57 ± 11,16 -91%
0,1 6,60 ± 3,65 -32%
0,2 13,00 ± 8,10 -160%
0,3 2,57 ± 1,62 49%
0,4 5,33 ± 0,71 -7%

10
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

Tabela 6 –Resultados obtidos relativamente ao efeito das diferentes concentrações de


NaCl (mol/L) na germinação de Helianthus annuus.

Concentração Média do comprimento do % Inibição do crescimento do


de NaCl (mol/L) caule e desvio padrão (mm) caule
0 11,40 ± 10,67 -
0,01 31,57 ± 24,03 -177%
0,03 36,25 ± 36,25 -218%
0,05 27,00 ± 24,47 -137%
0,08 19,29 ± 8,38 -69%
0,1 26,00 ± 7,84 -128%
0,2 29,00 ± 24,12 -154%
0,3 12,86 ± 9,03 -13%
0,4 19,50 ± 15,29 -71%

11
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

Gráfico 2 – Curva da inibição da germinação, do crescimento da raiz e do caule da


espécie Helianthus annuus.

III. Determinação do valor EC50 para a inibição da germinação, do


crescimento da raiz e do caule.

Através das análises dos gráficos determinou-se o valor aproximado em que a


concentração de NaCl causa a inibição de cada parâmetro em um 50%. A seguir,
apresentam-se os resultados obtidos em cada uma das espécies em estudo:

Valor de EC50 - Valor de EC50 - Valor de EC50 -


Inibição da Inibição do Inibição do
germinação crescimento da Crescimento do
raiz Caule
Lactuca sativa 0,05 – 0,1 0,1 – 0,15 0,1 – 0,15
Helianthus annuus - 0,3 -

12
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

Discussão de Resultados
O presente estudo laboratorial teve como principal objetivo já referido, o de verificar
o efeito da salinidade estudo do efeito da salinidade da água na germinação de duas
espécies distintas de plantação: alface - Lactuca sativa – e, de girassol - Helinathus
annus. Posto isto, seguindo a literatura, era esperado que quanto maior fosse a
concentração em NaCl da solução onde as mesmas estariam incluídas, menor seria o
processo germinativo das duas espécies, visto o excesso de salinidade, bem como
temperaturas extremas, constituem os fatores de stress mais apontados. Após análise dos
dados recolhidos de medições de raíz e caule e, observação atenta dos gráficos, para
Lactuca sativa, deveria verificar-se que com o aumento consecutivo da concentração de
NaCl, levaria a um decréscimo constante de germinação. No entanto por obtenção de
resultados díspares entre grupos de trabalho, tal não se verifica. Este facto pode ser
explicado pelo facto de em algumas placas, não todas, devido às condições de
humidade, surgiram o crescimento de fungos que, segundo De Cremer K., et al 2013,
levando a um decréscimo não constante e interruptivo da germinação de plantas.
Para a espécie Helinathus annus, seria igualmente de esperar de igual que com o
aumento da concentração da salinidade, no entanto tal ideal constante consecutivo não
se verifica, pois era de esperar, por exemplo, que na concentração mais elevada a
percentagem de germinação fosse perto de 0, pois como descrito na literatura, o
aumento de iões Na+ e Cl- no solo reduz a disponibilidade de água no mesmo pela raiz,
ou seja, um baixo potencial osmótico, diminuindo então a germinação. Um dos fatores
que pode ter influenciado estes resultados além da presença de fungos como já referido,
certamente seriam erros por parte do operador, tanto na elaboração das soluções padrão
como na inserção das mesmas nas placas.
Apesar dos resultados algo inconclusivos e com bastantes divergências, fica
percetível que a solução salina nas mais diversas concentrações insurge numa
interferência do crescimento normal das mesmas, tanto no processo de germinação,
como no tamanho das raízes e caules, designando-se estas plantas por Glicófitas, como
explicado na secção Introdução da presente monografia. Além disso e, de forma a
concluir, deve ainda verificar-se que a concentração de NaCl ainda que em baixas
concentrações induzirá provavelmente num estímulo de crescimento para as plantas,

13
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

pois encontrando-se em concentrações baixas, esta solução oferece nutrientes chave


para o crescimento das mesmas.

Referências Bibliográficas

o Courteau J. (ND). Lactuca sativa. Encyclopedia of Life. Acedido em


www.eol.org/pages/468144/overview a 19 de Outubro de 2017.;
o De Cremer, K., et al. (2013). RNA seq-based transcriptome analysis of Lactuca
sativa infected by the fungal necrotroph Botrytis cinerea. Plant Cell Environ.
36(11): 1992-2007;
o Dickmann, L., et al. (2005) Comportamento de sementes de girassol (Helianthus
annuus L.) submetidas a estresse salino. Revista de Ciências Agro-Ambientais,
3:64-75;
o Lady Bird Johnson Wildflower Center (2016). Helianthus annuus. The
University of Texas at Austin. Acedido em
www.wildflower.org/plants/result.php?id_plant=HEAN3 a 19 de Outubro de
2017;
o Morais, R., et al (2017). Trabalho prático 3: Efeito da salinidade da água de
rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helinathus annuus.
Universidade Católica Portuguesa-Escola Superior de Biotecnologia;
o Willadino, L..; Camara, T. (2010) Tolerância das plantas à salinidade: aspetos
fisiológicos e bioquímicos. Enciclopédia biosfera, 6(11): 1-23.

14
“Efeito da salinidade da água de rega na germinação e crescimento de Lactuca sativa e Helianthus annuus”

Anexos

Equações utilizadas para o cálculo das percentagens de inibição da germinação,


do crescimento da raiz e do caule.

1. % Inibição da germinação =
𝑛º 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑔𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑜−𝑛º 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑔𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑙𝑢𝑖çã𝑜 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑎
𝑛º 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑔𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑜
×100

𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝑑𝑎 𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑜−𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝑑𝑎 𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑙𝑢𝑖çã𝑜 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑎


2. % Inibição do crescimento da raiz = 𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝑑𝑎 𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑜
×100

3. % Inibição do crescimento do caule =


𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑢𝑙𝑒 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑜−𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑢𝑙𝑒 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑙𝑢𝑖çã𝑜 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑎
𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑢𝑙𝑒 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑜
×100

15

Você também pode gostar