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Rochas Ígneas Plutônicas do Acervo

101 – Granito Róseo 102 – Granito Róseo 103 – Granito PorVrítico 103a – Granito PorVrítico

104 – Granito Róseo 105 – Biotita Granito PorVrítico 105b – AnVbólio Monzogranito 107 – Aplito

108 – Pegmatito Granítico 112 – Charnockito Esverdeado 113 – Tonalito 117 – Sienito

121 – Biotita Diorito 124 – Gabro Alcalino 125 – Gabro médio 129 – Diabásio

132 – Anortosito 133 – Anortosito 134 – Nefelina Sienito 135 – Fonolito

137 – Carbonatito 138 – Eudialita Sienito 140 – Piroxenito 141 – Olivina Peridotito

143 – Kimberlito

Anortosito
Carbonatito
Charnockito
Diabásio
Diorito
Gabro
Granito
kimberlito
Peridotito
Piroxenito
Sienito
Tonalito

Rochas Ígneas Vulcânicas do Acervo

109 – Riolito 110 – VitróVro Negro 111 – Dacito vesicular 119 – Traquito

126 – Basalto 127 – Basalto PorVrítico 128 – Basalto Amigdaloídal 139 – Tefrito

142 – komatiito 145 – Aglomerado vulcânico 146 – Escória Riolítica

Aglomerado vulcânico (piroclástica)


Basalto
Dacito
Escória
Komatiito
Riolito
Traquito
Tefrito
Vidro vulcânico

Formação das rochas ígneas


As rochas ígneas ou magmáticas representam cerca de 80% em volume da crosta da Terra, e são formadas pelo
resfriamento e consequente cristalização de magmas. Os magmas são uma mistura de rochas fundidas, gases dissolvidos
(H2O, CO2, SO4, entre outros) e alguns cristais. O magma gerado em profundidade, na crosta e no manto, pode migrar do seu
local de formação devido a diferenças no gradiente de densidade entre sólido e líquido, e ascender (subir), podendo Vcar
alojado em regiões denominadas de câmaras magmáticas, ou então migrar por zonas de fraqueza na rocha até a superfície
terrestre. Assim, o magma pode se cristalizar em dois ambientes distintos: em profundidade (crosta e manto) ou na
superfície terrestre. Existem várias dezenas de rochas ígneas distintas.

Ambiente de cristalização
Em ambiente profundo (manto ou crosta) o magma cristaliza lentamente, originando uma rocha denominada de
plutônica ou intrusiva, que apresenta textura com grãos distinguíveis a olho nu, de tamanho variável, denominada de
textura fanerítica
fanerítica. Isto ocorre pois o magma perde a temperatura lentamente para as rochas do entorno, dando tempo para
a cristalização e crescimento dos minerais. O granito e gabro são exemplos típicos de rocha ígnea plutônica. Algumas
rochas, embora intrusivas, são de colocação rasa, sendo consideradas subvulcânicas, denominadas de rochas hipoabissais,
como por exemplo, o diabásio e o riolito.

Na superfície da terra
terra, o magma extravasa na forma de lava que cristaliza muito rapidamente (e.g., material expelido por
um vulcão), gerando uma rocha denominada de vulcânica ou extrusiva, que apresenta uma textura com grãos muito Vnos,
indistinguíveis a olho nu, denominada afanítica
afanítica. Isso se deve ao rápido resfriamento do magma ao entrar em contato com a
atmosfera. Desse modo, os minerais se cristalizaram, mas não há tempo hábil para o seu crescimento. O basalto é um
exemplo típico de rocha vulcânica.

O rápido resfriamento e solidiVcação do magma na superfície também pode impedir a formação de núcleos cristalinos
originando uma textura vítrea
vítrea; isto é, o magma resfria e solidiVca, mas não forma minerais. A obsidiana é um vidro
vulcânico.

ClassiVcação de rochas ígneas


As rochas ígneas podem ser classiVcadas em função de sua composição mineralógica e química. Com base na proporção
de minerais máVcos ou escuros (silicatos ricos em ferro e magnésio ou ferromagnesianos) e minerais félsicos ou claros
(silicatos pobres em ferro e magnésio) elas podem ser classiVcadas em:

félsica – rocha com menos de 15% de minerais máVcos (piroxênio, anVbólio e biotita), e rica em minerais félsicos
(feldspato e quartzo); também denominadas de hololeucocráticas-leucocráticas.
(Exemplos: granito e riolito)
intermediária – rocha de composição intermediária, com 15 a 35% de minerais máVcos (piroxênio, anVbólio e biotita);
também denominadas de mesocráticas.
(Exemplos: diorito e andesito)
máVca – rocha com 35 a 90% de minerais máVcos (olivina, piroxênio e biotita); também denominadas de
mesocráticas-melanocráticas.
(Exemplos: basalto e gabro)
ultramáVca – rocha com mais de 90% de minerais máVcos (olivina e piroxênio), e com pouco ou nenhum mineral
félsico; também denominadas de ultramelanocráticas.
(Exemplos: peridotito, piroxenito e komatiito)

As rochas ultramáVcas são também descritas como mais primitivas


primitivas, uma vez que apresentam composições mais próximas
dos materiais originais que deram origem ao nosso planeta, similar aos meteoritos condríticos
condríticos. Já as rochas félsicas são
descritas como mais evoluídas
evoluídas, uma vez que resultam da reciclagem contínua das rochas originais.

As rochas ígneas são predominantemente de composição silicática, ou seja, com predomínio de minerais silicáticos
silicáticos, e
assim podendo serem classiVcadas por seu conteúdo de sílica (SiO2):

ácida – rocha com teores de SiO2 superiores a 65%, são rochas ricas em quartzo, como por exemplo o granito;
intermediária – rocha com teores de SiO2 entre 65 e 52%, como por exemplo o diorito;
básica – rocha com teores de SiO2 entre 45 e 52%, com quartzo em quantidades diminutas ou ausente, como por
exemplo o basalto;
ultrabásica – Rocha com teores de SiO2 inferiores a 45%; onde quartzo é ausente, como por exemplo o peridotito.

Muito raros são os magmas de composição carbonática, ricos em CO2, considerados ultrabásicos, que dão origem aos
carbonatitos (rochas que contém mais de 50% de minerais carbonáticos em sua composição)..

Os termos básica, ácida e intermediária aqui utilizados não tem equivalência com os termos de igual nome utilizados em
química.

Viscosidade dos Magmas

A composição desempenha um papel fundamental no controle da


viscosidade dos magmas. Quanto mais rico em sílica (SiO2) for o
magma, mais polimerizado ele será, pois os tetraedros de Si-O tendem a
se ligar pelo compartilhamento de átomos de oxigênio com os
tetraedros vizinhos, aumentando assim a sua viscosidade ou resistência
ao uuxo. Além disso, em temperaturas mais elevadas os magmas
Tetraedro Si-O
apresentam menor viscosidade, ou seja, uuem mais facilmente.

Os magmas básicos são menos viscosos, mais quentes (1000 – 1200 °C) que os magmas ácidos, e tendem a formar uuxos
de lava mais uuidos e que resultam em derrames extensos e edifícios vulcânicos do tipo escudo vulcão, ou seja, um tipo
de cone amplo com baixo gradiente topográVco (por exemplo, o vulcão Mauna Loa, Havaí, EUA).

Os magmas ácidos apresentam alta viscosidade, menores temperaturas (700 – 900 °C) e alto conteúdo de gás dissolvido;
e sua alta resistência em uuir, juntamente com a expansão dos gases, pode acarretar em erupções explosivas. Nesse tipo
de erupção, durante a explosão, a lava se quebra em coágulos que voam pelo ar junto com cinzas vulcânicas e fragmentos
diversos (ex. bombas vulcânicas), e pode produzir um uuxo piroclástico
piroclástico. Esse tipo de erupção pode causar grandes
desastres ambientais. A deposição do material piroclástico ao redor da cratera do vulcão constrói um edifício vulcânico
formado por camadas estratiVcadas, resultando num estrato vulcão (ex. vulcão Monte Santa Helena, Washington, EUA).

Tipos de plútons
Plútons são grandes corpos ígneos formados pelo resfriamento do magma em grandes profundidades na crosta terrestre.

Batólito: corpo intrusivo discordante maior de 100 km2


Stock: corpo intrusivo discordante menor de 100 km2
Dique: corpo intrusivo tabular discordante
Sill: corpo intrusivo tabular sub-horizontal
Lacólito: corpo intrusivo concordante, menor que um batólito, com assoalho plano e teto convexo.

Diferenciação magmática
A evolução magmática é um conjunto de processos pelos quais um único tipo inicial de magma pode produzir uma grande
variedade de rochas ígneas diferentes, por vezes descritas como mais evoluídas. A evolução magmática ocorre em
diferentes graus na maioria dos corpos de magma. Os principais processos envolvidos na evolução magmática são:
cristalização fracionada, assimilação de rochas encaixantes, mistura de magmas e trocas de voláteis.

A cristalização fracionada (fracionamento) é o processo de separação dos minerais precocemente cristalizados do


magma que o gerou, impedindo assim que estes reajam com o magma, provocando um desequilíbrio. A separação se dá,
em geral, pela deposição dos minerais na base da câmara magmática, que afundam por gravidade e devido a sua maior
densidade em relação ao magma. Nesse processo o magma empobrece nos elementos químicos sequestrados pelos
cristais precocemente cristalizados. O processo de cristalização fracionada é responsável pela maior parte da diferenciação
que ocorre nas rochas ígneas.

A assimilação é o processo de diferenciação magmática onde o magma aquece a rocha encaixante, que pode fundir e se
misturar com esse magma, formando um magma diferente.

A mistura de magmas é o processo pelo qual os corpos adjacentes de magma se misturam nas câmaras magmáticas ou
durante a ascensão, formando um magma híbrido.

Os voláteis (H2O, CO2, SO2, O2, F2, Cl2) são encontrados em quantidades variadas em quase todas as rochas e magmas.
Esses voláteis participam das reações de formação dos minerais, permitindo a formação de minerais saturados nestas fases.

Série de reação de Bowen – Sequência de cristalização dos


minerais
Durante o resfriamento dos magmas silicáticos mais comuns nem todos os minerais se cristalizam na mesma temperatura.
Alguns minerais começam a se cristalizar enquanto a temperatura do magma ainda está muito quente. As séries de reação
de Bowen deVnem a ordem de cristalização dos diferentes minerais em função da temperatura e do teor de sílica (SiO2) do
magma inicial. São duas sequências de cristalização, a primeira descrita como descontínua é a dos minerais
ferromagnesianos/máVcos; e a segunda, que ocorre em paralelo, é a sequência contínua de cristalização do plagioclásio,
que varia de cálcico a sódico, com a diminuição da temperatura.

Um magma máVco, ou seja rico em ferro e magnésio, mas pobre em sílica, quando resfria, cristaliza inicialmente a olivina e o
plágioclásio cálcico. Na sequência da cristalização dos minerais máVcos (série descontínua), com a diminuição da
temperatura, cristalizam nesta ordem, o piroxênio, o anVbólio e a biotita. Os últimos minerais a se cristalizarem com o
resfriamento do magma são, nesta ordem, feldspato alcalino, muscovita e quartzo.

A série de reações de Bowen, embora muito genérica, permite prever, em uma primeira aproximação, a temperatura na qual
diferentes minerais começarão a cristalizar. Os minerais a serem cristalizados dependem da composição do original desse
magma.

No processo de fusão parcial de uma rocha, a sequência é praticamente inversa a da Série de Bowen, em resumo, os
minerais que se fundem primeiro são os que apresentam menor temperatura de cristalização. Por exemplo, o quartzo,
feldspato alcalino, muscovita e plagioclásio sódico serão os primeiros minerais a sofrerem fusão. E isso resulta em que o
primeiro fundido gerado seja mais rico em sílica do que a rocha original, e conforme a fusão continua, o magma vai se
tornando mais máVco a depender dos minerais presentes na rocha original.

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