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10 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Tipo de organização jurídica Descrição
Foram criadas por lei específica e com capital
exclusivamente p Úblico para prestar serviços à
comunidade. Podem ser municipais, quando ligadas à
prefeitura;estaduais,quandopertencemao governo
do Estado; ou federais, que pertencem e trabalham
PÚblicas parao governodo País.Emboranãopossamser
deficitárias, taisempresas não têm porobjetivo o
lucro, massimcumpriraquiloqueé estabelecidopelo
poder municipal, estadual ou federal. Exemplo: [...]
caixa Econômica Federal e as companhias estaduais
de água e esgoto.
Para finalizar esse assunto, vamos descrever quais são os principais tributos e im-
postos que toda empresa deve pagar, e que um assistente administrativo precisa
conhecer.
São três as esferas de tributaçãocom as quaisas empresasdevemlidar: federal, es-
tadual e municipal.
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Em relação à tributação federal, existem três possibilidades, mostradas no quadro
a seguir.
Tipo de opção
Descrição
tributária
Éumregimeespecialdetributaçãoparamicroepequenasempresasque
permite realizar o pagamento unificado de tributos, com tratamento jurídico
simples
simplificadoe diferenciado. as condiçõesgerais de opçãosãobaseadasno
nacional
faturamentoanual,excluindoasdeduçõeslegais,sendodeatéR$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais) para Microempresa, excluindo as vedações.[...]
olucropresumidoéumaformadetributaçãoparadeterminaçãodabasede
cálculo do imposto de Renda e da [contribuição social sobre o lucro líquido] –
lucro
csll das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro
presumido
real.nestecasodolucropresumido,oiRPJ[impostodeRendadePessoas
Jurídicas] e a csll são devidos trimestralmente.
Rosa, lucilene Faria. tributação: cartilha. Brasília: sebrae, 2012. p. 7-9. disponível em:
<http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/guias_cartilhas/na_medida_
tributacao.pdf>. acesso em: 26 mar. 2015.
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empresa. O termo organização, tal como utilizado na Ad-
ministração, vai além disso. Portanto, é importante que
você conheça e compreenda a definição do termo dada
pelasteoriasdaAdministração. Vejaaseguiruma delas.
Você sabia?
É comum que as empresas
definam e transmitam,
tanto para seus funcioná-
Uma organização é uma combinação de esforços rios quanto para seus
clientes e mercado em
individuais que tem por finalidade realizar propósitos geral, sua missão, visão e
coletivos. Por meio de uma organização torna-se valores. Esse conjunto de
possível perseguir e alcançar objetivos que seriam informações sobre a em-
presa representa sua iden-
inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa tidade organizacional.
ou umapequena oficina, um laboratórioou o corpo Por missão, entende-se
de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos uma breve definição do
queaempresa é, qual sua
exemplos de organizações. razão de existir, em ter-
Fonte: MaXiMiano, antônio césar amaru. introdução mos de definição da sua
à administração. 8. ed. são Paulo: atlas, 2011. atividade principal e do
papel da organização na
sociedade.
Já emrelaçãoaoconceitodeestrutura organizacional, Já a visão é algo que se
pode-se definir organização como sendo o conjunto das aproxima dameta do que
relações estabelecidas pelos indivíduos e pelas diferen- a empresa pretende ser,
ou seja, algo que a em-
tes áreas que formam o todo de uma empresa. presa ainda não é, mas
tem por objetivo concre-
É importante que você, comoassistenteadministrativo, tizar. Nesse sentido, dife-
re da missão, que é algo
conheçabema estrutura organizacionalda empresa em que a empresa já faz, en-
que atua, para que possa lidar com as suas diferentes quanto a visãoéalgo que
áreas e, principalmente, porque é essa estrutura que de- empresa e funcionários
almejam alcançar.
fine a organização de uma empresa.
Porfim, osvaloressãoos
princípios que orientam
Portanto, podemos dizer que a estrutura organizacio- as ações e práticas da em-
nal é fundamental para o funcionamento de qualquer presa e seus funcionários,
individual e coletivamen-
empresa, e dela depende, em grande medida, a forma te. Representam, portan-
como são organizadas, desenvolvidas e coordenadas to, a própria ética da
as atividades cotidianas da empresa. Em termos de empresa.
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comparação, pode-se dizer que a estrutura organizacional é a espinha dorsal de
toda empresa.
Vejaosbenefíciosqueaempresapossivelmenteteráse possuir umaestrutura organi-
zacional bem definida:
• facilidade na identificação das tarefas necessárias;
• maior organização das funções e suas respectivas responsabilidades;
organização formal
É aquela representada pelo organograma da empresa, que geralmente apresenta suas
divisões formais, apontando as posições existentes e suas respectivas responsabili-
dades. Veja a seguir um exemplo.
© daniel Beneventi
PRESIDENTE
Secretária Executiva
Auxiliar de Faturamento
Assistente Administrativo
Menor Aprendiz
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funções.Éimportantepercebertambémqueasposiçõesqueestãona partesuperiordo
organograma indicam as de maior responsabilidade e autonomia.
No exemplo dado, observa-se que o cargo máximo na hierarquia da empresa é o
do presidente, que ocupa o primeiro nível do organograma e estabelece comuni-
cação direta com as diretorias da empresa. No caso do exemplo, são: diretorias de
Marketing e Comercial, de Produção e Logística, Financeira e de Contabilidade e
de Recursos Humanos. O presidente mantém comunicação direta também com
quem ocupa o cargo de secretária executiva.
Já dentro de cada diretoria, como o traçado das linhas indica, são os diretores que
mantêm comunicação com os funcionários que ocupam os cargos e as funções
existentes na respectiva diretoria.
Outro elemento dessa estrutura organizacional formal são os manuais de procedi-
mentos, que muitas empresasdisponibilizamparaorientaçãodeseusempregados.
Nesses manuais, os funcionários da empresa encontram as definições sobre políticas,
normas e procedimentos adotados pela organização.
Porum lado, asempresaselaboramessasdefiniçõespara que sirvam como orienta-
çãopara a própria organização; por outro, osfuncionários devem conhecê-las para
orientar suas ações de forma alinhada aos conceitos e à cultura da empresa.
organização informal
Já a estrutura organizacional informal de uma empresa se caracteriza por ser o
conjunto das relações que surgem das interações entre seus funcionários, de forma
mais espontânea e não tão formal como aquela delineada nos organogramas, mas
que é dada pela própria organização do trabalho, como acontece, por exemplo, nas
pequenas empresas.
© mathisworks/digital vision vectors/Getty images
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Existe uma técnica chamada “5s”, que é uma metodolo-
gia japonesa comumente utilizada em empresas, inclusi-
ve no Brasil, com o objetivo de auxiliar na simplificação
dos processos e na otimização de recursos e do tempo.
veja o que cada “s” representa em português:
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Cultura organizacional
Porfim, vamos falar do que se entende na Administração por cultura organizacio-
nal. Antes, realize a atividade proposta.
atividade 1
C ompreensão de texto
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 17
© dmitriy shiron oso v/ala m y/latinstock
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com base nesse conjunto, pode-se dizer que a cultura organizacio-
nal onde você está inserido é representada pela forma como os
colaboradores em geral percebem as características da cultura da
empresa. [...]
sea empresaondevocêtrabalhapossuivaloresessenciaisbemdefinidos
e amplamente compartilhados, maior oimpacto positivo das lideranças
sobreocomportamentodosfuncionáriose, portanto, menorarotativi-
dade. issoé o que se pode chamar de culturaorganizacionalforte.
[...]
MEndEs, Jerônimo. oqueécultura organizacional? disponívelem:
<http://www.jeronimomendes.com.br/o-que-e-cultura-organizacional>.
acesso em: 26 mar. 2015.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 19
a) O que é cultura organizacional? Responda com as suas palavras.
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3. Reúna-se em grupo e discuta com os colegas sobre as experiências de trabalho
que vocês já tiveram, procurando refletir sobre a cultura organizacional dessas
empresas. Tentemlistaressascaracterísticas, arelaçãoeasimplicações que esse
tipo decultura teve como desenvolvimento doseu trabalho. Compartilhem suas
respostas com os demais grupos.
atividade 2
o que já aprendi sobre empresas
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3. Escrevacomassuaspalavrasoqueentendeporestru-
tura organizacional.
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Un Idade 8
PRINCIPAIS ROTINAS DO
SETOR COMERCIAL
Nesta Unidade, vamos conhecerum pouco mais sobre os seto-
res de marketing e comercial, espaços privilegiados deatuação
do assistente administrativo, quer dentro de grandes e médias
empresas, que geralmente possuem uma área dedicada a essa
função, quer em estabelecimentos menores, que também adotam
práticas administrativas de planejamento, organização e con-
trole de suas atividades.
Veja aseguir algumas das principais rotinas administrativas
relativas a esse setor. É importante saber que esse trabalho
de apoio administrativo dependerá muito do tipo de empre-
sa na qual se trabalha, seja indústria, comércio ou prestação
de serviços (por exemplo, um açougue ou um consultório
médico).
Funções do marketing
O marketing se configura como um elemento fundamental
dentro do setor comercial, sendo, portanto, muito importante
na sua formação como assistente administrativo conhecer alguns
de seus aspectos básicos, complementando assim sua aprendi-
zagem sobre algumas práticas do setor de comércio.
Para iniciar esse assunto, é preciso antes saber o que é marketing.
No Dicionário Aulete, encontramos as seguintes definições:
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• Publicidade feita para favorecer a venda de um
Neil H. Borden viveu de
1895 a 1980, e sua carrei- produto ou serviço, ou para influenciar o pÚblico
ra foi dedicada ao ensino favoravelmente em relação a uma ideia, pessoa,
e à pesquisa de publicida-
de na Harvard Business
empresa etc.
school (Escola de negó- © dicionário aulete. <www.aulete.com.br>
cios da Universidade de
Harvard), nos Estados Existemváriasaçõesde marketing, porém todas elasvi-
Unidos da américa (EUa).
sam não só à formação de uma clientela fiel, mas também
Ele publicou vários estu-
dos sobre o papel econô-
a obtenção de lucro, pois sem isso o comércio não sub-
mico da publicidade e sua siste. Écomessafinalidade que váriosestudiosos realizam
maior contribuição nesse
sentido foi o desenvolvi-
pesquisas e experimentos e, dependendo de seu resultado,
mento e a articulação do eles são publicados e seguidos, tal qual o “composto de
conceito de composto de marketing” (marketing mix, em inglês), desenvolvido por
marketing, que serviu de
base para muitos outros Neil H. Borden em 1949.
estudos e até hoje sobre-
vive em ações e compor- A teoria de Borden, que consistia em combinaruma
tamentos de estudiosos variação de elementos para atingir os objetivos de
do assunto.
marketing, foi aperfeiçoada por Edmund Jerome
McCarthy (1928-), professor da Universidade Esta-
dual de Michigan (EUA), que a resumiu em quatro
grupos, sendo conhecida atualmente como Pilares do
Marketing ou “os 4 P do marketing”, que são: produto,
preço, promoção e praça (ou ponto de venda).
Produto
daniel Beneventi
Praça
(Ponto de venda)
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atividade 1
a nalisando um ponto de venda
1. Sua decoração.
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Tipo de marketing Descrição
Procuradefinirosobjetivoseasmetasdaorganizaçãoeamelhor
maneira de alcançá-los. Para isso, estabelece ações de curto, médio e
Estratégico
longoprazos.o marketingestratégicoéocontráriodo marketing
pontual,em quea empresaapenasreage ao queacontece.
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Tipo de marketing Descrição
Procurainvestigarondeestão os pontosqueaindanãoforam
de nicho
convenientementeexploradoseatuadiretamentesobreeles.
Éfeitodentrodaprópriaempresa,procurandoeliminarproblemas,
Endomarketing
aprimorar qualidades e motivar os funcionários.
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atividade 2
i dentifiCando os tipos de marketing
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a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 29
Funções de compras
O setor de compras cuida de tarefas essenciais a toda a empresa, que dizem respei-
to aos produtos dos quais necessita para realizar a prestação de um serviço, como
também à compra de todo o material necessário para o consumo interno do esta-
belecimento.
Oassistenteadministrativodá apoio àsprincipaisfunçõesdecomprasdaempresa,
auxiliando, por exemplo, na identificação dos materiais que devem ser adquiridos
e na organização dos documentos necessários às compras.
Algumas etapas são importantes para a realização dessas atividades, como você verá
a seguir, mas éimportante saber que variaçõesnessesprocedimentospodemacon-
tecer, dependendo das escolhas de organização de cada empresa.
Conheça agora alguns dos documentos utilizados nas transações de compras, tal
como citado no quadro anterior.
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• Nota fiscal (NF) – principal documento de comprovação de uma transação co-
mercial ou prestação de serviços. Nela devem constar os principais dados da
empresa, como razão social, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), en-
dereço e inscrição estadual e/ou municipal. Além desses dados, devem também
ser registradas na NF informações do produto ou serviço, tais como sua descrição,
valor e data de realização. Serve ainda como documento-base para fiscalização
do governo e arrecadação de tributos e impostos. Atualmente, a empresa pode
optar ainda pela emissão da nota fiscal eletrônica.
© daniel Beneventi
RECEBEMOS OS PRODUTOS/SERVIÇOS CONSTANTES NA NF INDICADA AO LADO
NF-e
DATA DE RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR
Nº: 271
SÉRIE: 1
DANFE
Documento auxiliar da CONTROLE DO FISCO
Nota Fiscal Eletrônica
Giga Equipamentos e Suprimentos p/ Informática ME.
Saída: 1 1
Entrada: 2
Fone: (11) 5557-8555 Nº: 502 FL 1
Rua do Grafite nº 02 - Loja 2B - São Paulo/SP - CEP 02555-140
SÉRIE: 1
NATUREZA DA OPERAÇÃO
Venda de equipamentos e suprimentos para informática
INSCRIÇÃO ESTADUAL INSCR. EST. DO SUBST. TRIBUTÁRIO CNPJ CHAVE DE ACESSO DA NF E CONSULTA NO SITE WWW.NFEFAZENDA.GOV.BR
123.325.564.789 32.858.475/0001-85 0116546485497865456524646615441111153454004546
DNE
OS T(IRNAA
ME Z ÃT
OÁSR
O CIO
IAL/) REMETENTE CNPJ / CPF
DATA DA EMISSÃO
Jucleide da Cunha 318.852.758-99
23/02/2015
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP
DATA SAÍDA / ENTRADA
Rua das Cachoeiras nº 752 Vila Tupira 05862-012
23/02/2015
MUNICÍPIO FONE / FAX U.F. INSCRIÇÃO ESTADUAL
HORA DA SAÍDA
São Paulo (11) 7758-8897 SP
13:25:43
FATURA
NÚMERO DATAVENC. VALOR
052171 25/03/2015 R$ 720,00
CBÁ LC ULO DO IM POSTO
AS E DE C Á LCUL O DO IC M S VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTALDOS PRODUTOS
R$ 720,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 720,00
VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO DESCONTO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 720,00
TRANSPORTADOR
RAZÃO SOCIAL
/ VOLUMES TRANSPORTADOSFRETE POR CONTA CÓDIGO ANTT PLACA DO VEÍCULO U.F. CNPJ / CPF
Transportadora Vaivém 1 - EMITENTE
2 - DESTINATÁRIO 1 012345 DED 2310 SP 75.453.858/0001-45
ENDEREÇO MUNICÍPIO U.F. INSCRIÇÃO ESTADUAL
Rua das Encomendas, 745 - São Paulo/SP São Paulo SP 658974517548
QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO
1 Caixa 1 180 kg 180 kg
CÁLCULO DO ISSQN
INSCRIÇÃO MUNICIPAL VALOR TOTAL DOS SERVIÇOS BASE DE CÁLCULO DO ISSQN VALOR DO ISSQN
DADOS ADICIONAIS
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES RESERVADO AO FISCO
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 31
© daniel Beneventi
Data limite
Rua do Grafite nº 02 - Loja 2B - São Paulo/SP - CEP 02555-140 para emissão
27/06/2015
CF/DF: 55.452.850/002-44 – CNPJ: 65.405.858/0001-78
AIDF AUTORIZADA PARA ME OU EPP OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL PROCON: 151
Data da Emissão 18 / 02 / 15 Valor R$ 49,90
Nome: Joseildo
Endereço: Rua do Oito nº 15
CNPJ/CPF: 587.569.858-86 Fone: (11) 7224-4555
O ICMS está incluído no preço das mercadorias.
As informações abaixo deverão ser preenchidas somente a pedido do consumidor (Dados relativos ao consumidor ou usuário final).
TOTAL R$ R$ 49,90
Gráfica Impressão. CNPJ: 85.455.785/0001-78 – CF/DF: 98.457.789/454-01
10 BL 50x3 – 50x3 – 001 a 500 – AIDF 2-454-58585/4780
32 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
ilustrações:© daniel Beneventi
REQUISIÇÃO DEMATERIAL 00325 Data
18/02/15
Seção Administração Serviço Material deescritório
VALOR
Quant. Unid. Descrição
Unitário Total
12 Caneta esferográfica azul R$ 1,00 R$ 12,00
Observações:
18 / 02 / 15 19 / 02 / 15 19 / 02 /15
Código 12.455
C onstrutora
Mais Obras
Ordem de Compra Obra: Condomínio Viver
CEI:
Resp. confirmação: Oscar Vieira
Gerou O.C.: Oscar Vieira
Faturar para: Construtora Mais Obras Fax: (11) 2146-0637
Av. Engenheiro Luiz da Cunha nº 277
São Paulo/SP CEP 02126-400 Fone: (11) 2146-0635
CNPJ (MF): 25.828.401/0001-45 Insc. Estadual: ISENTO Insc. Municipal: Contato: Oscar Vieira
CNPJ (MF): 61.357.630/0001-17 Insc. Estadual: ISENTO Insc. Municipal: Contato: Juliana
Item Código Descrição Un. Marca Qtde. Preço Unit. % ICMS ICMS % IPI IPI Total
1 01527 Telha Romana m² Oplex 300 R$ 75,00 0,00 0,00 0,00 0,00 R$ 22.500,00
Total ICMS
R$ 0,00
Total R$ 22.500,00
Desconto R$ 0,00
Observações da Empresa:
Observações do Fornecedor:
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 33
• Fatura – outro documento que comprova a transação comercial, mas que é uti-
lizado apenas em vendas a prazo. Nele constam basicamente os mesmos dados
da nota fiscal, que serve como base para seu preenchimento.
© daniel Beneventi
Forma de pagamento: 30 / 45 / 60
34 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
• Duplicata – documento basicamente igual à fatura; sua importância se dá pois é
esse o documento utilizado como prova de existência de uma dívida a ser paga.
Nele consta a assinatura do cliente e, por isso, é usado como prova perante a
justiça, emcasosdenecessidadedecomprovaçãodeefetuaçãodeumatransação
comercial.
Reconhecemos a exatidão desta Duplicata de Venda Mercantil na importância acima, que pagaremos à
Damaceno Papelaria ME. ou a sua ordem na praça e vencimentos indicados.
Em 25 / 02/15
(Data do aceite)
NÃO SENDO PAGA NO VENCIMENTO,
COBRAR JUROS DE MORA E
DESPESAS FINANCEIRAS, NÃO
CONCEDER DESCONTOS MESMO
Juraci Assinatura
CONDICIONALMENTE
( + ) Outros Acréscimos
( = ) Valor Cobrado
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 35
• Cadastro de fornecedores – esse tipo de documento é organizado e arquivado com
o objetivo de manter atualizadas e disponíveis as principais informações dos
fornecedores da empresa. Atualmente, a maioria das empresas organiza esses
cadastros de forma eletrônica, por meio de programas específicos ou mesmo de
editores de texto ou planilhas.
ilustrações:© daniel Beneventi
Código 032
Nome Tel.
Gráfica Panda 11 7457-0001
Endereço Compl. site
Rua Pantanal nº 478 BL 2 www.graficapanda.com
Cidade e-mail
São Paulo UF SP graficapanda@pig.com.br
CEP
25400-000
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358.921.516.398 Salvar
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Calibri 11 A A Quebrar Texto Automaticamente Gera
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Colar ,0 ,00
Pincel de Formatação N A Mesclar e Centralizar % 000 ,00 ,0
A B C D E F G H
1 Empresa Contato Segmento Telefone 1 Telefone 2 Celular
13 Juca Móveis Carlos Movéis p/ escritório (11) 3333-4574 (11) 99100-5555
14 Papelaria Timbinha Jucleide Materiais p/ escritório (11) 7833-4577 (11) 99997-2222
15 Água na Fonte Mauro Água mineral (11) 5433-4701 (11) 5433-4700 (11) 94577-1112
16 Gráfica Maria Celso Impressões (11) 6764-2543 (11) 7884-0002
17 Alpha Elevadores João Manutenção Elevadores (11) 3337-0000 (11) 3337-0001 (11) 95554-0022
18 Papelaria Criativa Gisleide Materiais p/ escritório (11) 5472-3255 (11) 93333-5455
19
atividade 3
s imulando a rotina de um ComérCio
36 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Com a ajuda do monitor, forme um grupo com oscolegas. Vocêsvão realizar todas
asetapasprevistasparaarealizaçãodas compras necessárias paraofuncionamento
do estabelecimento. O desenvolvimento de cada etapa deve ser acompanhado do
preenchimento dos respectivos documentos disponíveis nas próximas páginas.
© daniel Beneventi
NOTA FISCAL DE VENDA
AO CONSUMIDOR
Modelo 002 Série D
Nome:
Endereço:
CNPJ/CPF: Fone:
O ICMS está incluído no preço das mercadorias.
As informações abaixo deverão ser preenchidas somente a pedido do consumidor (Dados relativos ao consumidor ou usuário final).
Código Quant. Discriminação Preço Un. Preço Total
TOTAL R$
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 37
ilustrações:© daniel Beneventi
Data
REQUISIÇÃO DE MATERIAL 00325
Seção Serviço
VALOR
Quant. Unid. Descrição
Unitário Total
TOTAL
Observações:
/ / / / / /
Código 12.455
C onstrutora
Mais Obras
Ordem de Compra Obra:
CEI:
Resp. confirmação:
Gerou O.C.:
Faturar para: Fax:
Fone:
CNPJ (MF): Insc. Estadual: Insc. Municipal: Contato:
Fornecedor: Fax:
Fone:
CNPJ (MF) Insc. Estadual: Insc. Municipal: Contato:
Item Código Descrição Un. Marca Qtde. Preço Unit. % ICMS ICMS % IPI IPI Total
Total ICMS
Total
Desconto
Total Líquido
Dept. Compras Diretoria
Observações Gerais:
Observações da Empresa:
Observações do Fornecedor:
38 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
© daniel Beneventi
FATURA Nº DATA:
DESTINATÁRIO:
TOTAL DA FATURA
Forma de pagamento:
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 39
ilustrações:© daniel Beneventi
Assinatura do emitente
Valor por
extenso
Reconhecemos a exatidão desta Duplicata de Venda Mercantil na importância acima, que pagaremos à
Damaceno Papelaria ME. ou a sua ordem na praça e vencimentos indicados.
Código
Nome Tel.
Cidade e-mail
UF
CEP
CNPJ
IE
Salvar
Funções de vendas
É igualmente importante que você conheça as funções relacionadas às vendas da
empresa. Nessesetor, o assistente administrativo dá apoio às principais funçõesde
vendas da empresa, que podem envolver atividades de atendimento aos clientes e
identificação de suas necessidades, auxiliandoassimnoprocessodevendadopro-
duto ou serviço oferecido pela empresa.
40 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Nesse contexto, o assistente poderá trabalhar realizando funções como lidar com
os pedidos feitos pelos clientes; fazer a manutenção dos cadastros dos clientes, fa-
cilitando assim o processo de venda e de futuras negociações; e ainda cuidar do
serviço de pós-venda, fornecendo, tanto para a própria empresa como para os
clientes, informações sobre a situação dospedidosdevenda, incluindo dadossobre
sua entrega.
O departamento de vendas de uma empresa geralmente trabalha de forma conjun-
ta com o de marketing, resultando assim em um processo de venda de maior qua-
lidade para o cliente e também para a organização da própria empresa.
Vejanoquadroa seguir os principais tipos devendasealgumasdesuascaracterísticas.
acompraéintermediadaporvendedores,quequasesempre
trabalham com comissões. o cliente pode ter acesso direto à
serviço completo ou venda
mercadoria,masdevenecessariamentepassarporumfuncionário
direta tradicional
paraefetuara venda.É muitousadopelosetordevarejoe porlojas
de vestuário, de eletrodomésticos e de móveis.
ovendedorvaiàcasaou aotrabalhodoclienteoferecerseus
venda de porta em porta
produtos. É uma das modalidades maisdifundidasno mundo.[...]
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 41
Alguns conhecimentos sobre rotinas de estoque
O controle deestoqueéumadasprincipaisrotinasadministrativasdesempenhadas
por um trabalhador administrativo em uma empresa. Portanto, é importante você
conhecer um pouco mais esse assunto.
Uma das técnicas mais comuns empregadas nos estoques é a chamada curva ABC
– um método declassificaçãode itens doestoque. Ele foi desenvolvido baseadonos
estudos feitos por Vilfredo Pareto (1848-1923) sobre distribuição de renda, que
concluíram que aproximadamente 20% da população controlava grande parcela da
riqueza, cercade 80%. Com basenessaanálise, foi elaboradoochamado princípio
de Pareto, queafirma que80% dasconsequências são geradaspor 20% dascausas.
A técnica leva em consideração o fato de que estoques são formados por itens que
possuem diferentes valores de custo; logo, são utilizados em diferentes volumes; e
têm diferentes graus de importância para a produção.
Com frequência, em média, 70% a 80% do valor dos materiais estocados corres-
pondea cercade 20% dos itens, que são osdemaior valor, sendo classificadoscomo
A; os classificados como B correspondem a 15% a 20% do valor do estoque; e os
considerados como C, a uma cifra em torno de 5%.
Fontes: salGado, tarcísio tito. logística: práticas, técnicas e processos de melhorias.
são Paulo: senac, 2013; vaGo, Fernando Rodrigues Moreira et al. a importância do
gerenciamento de estoque por meio da ferramenta curva aBc. sociais e Humanas, santa
Maria, v. 26, n. 3, set.-dez. 2013.
C
% Valor do
consumo
anual B
% Número de itens
42 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Nele, você pode identificar os itens classificados como:
• C, querepresentamositensdebaixarelevâncianosestoques.
Para obter essas informações, é preciso realizar um cálculo muito simples: de posse
do valor unitário de cada item estocado, multiplica-se esse valor pela quantidade
consumida ou vendida em uma medida de tempo que, em geral, é o de um semes-
tre ou de um ano, dependendo da velocidade em que, na história da empresa, se
dão as variações na demanda.
atividade 4
a Curva abC da minha Cozinha
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 43
Produto Unidades Custo unitário (R$) Custo total (R$)
sal 2 kg 2,27 4,54
total
Note que os números entre parênteses podem se modificar à medida que você for
preenchendo o restante da tabela. Desse modo:
carne
2. 12 14,59 175,08 (34,17) (68,68)
moída
5.
6.
7.
8.
9.
10.
44 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Para calcular as porcentagens (%), pegue o valor do qual quer saber qual é a porcentagem corresponden-
te e divida-o pelo valor total (que corresponde a 100%) movendo a vírgula duas casas à direita – ou crian-
do uma vírgula, se já não houver, duas casas à direita. na planilha eletrônica, a fórmula utilizada ficará da
seguinte maneira: porcentagem = valor/total. veja o exemplo a seguir.
imagine que você terá um desconto de R$ 90,00 na compra de uma geladeira de R$ 870,00 reais. nesse
caso, qual é a porcentagem do desconto? veja como a fórmula ficaria na planilha eletrônica:
A B C D E
1 =90/870
2
3
4
5
após inserir a fórmula, o resultado será dado em nÚmero decimal, igual a 0,103448. Para transformá-lo
em porcentagem, você tem algumas opções. a primeira é clicar no símbolo “%” na planilha, e o progra-
ma calculará automaticamente, apresentando o resultado de 10%. ou, ainda, você pode multiplicar esse
valor por 100, e será apresentado o resultado 10,3448, que seria 10,3448%.
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,0 ,00
Colar NI S A Mesclar e Centralizar % 000 ,
00 ,0
Pincel de Formatação
Área de Transferência Fonte Alinhamento Número
stilo de Porcentagem (Ctrl + Shift + %)
A1 =90/870 Formatar como uma porcentagem.
A B C D E F G H I J K L M N
1 0,103448
2
3
4
5
6
7
8
outro exemplo: carne moída: 175,08 5,1237 (512,37 com a vírgula já movida) = 34,17.
se usar calculadoras de mão, para calcular novas porcentagens sobre um mesmo total depois de ter
feito aprimeira conta, basta digitaronovovaloracalcularedaro total, poisaoperação se repete auto-
maticamente.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 45
5. Agora, classifique os itens segundo a curva ABC:
a) Quais são A?
b) Quaissão B?
c) Quais são C?
46 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Outros são desenvolvidos para objetivos mais específicos, sendo chamados de
softwares especialistas. Elespodemestardisponíveisno mercado ou vira ser espe-
cialmentedesenvolvidosparaumcliente, porumaempresadetecnologiada infor-
mação (TI), tendoem vistaumaáreade trabalho daempresa quenecessite dealgum
programa particular para atender a peculiaridades de seu funcionamento.
São diversos os programas destinados à gestão de estoques. Um sistema especialis-
ta voltado ao gerenciamento de um armazém, por exemplo, possui inúmeras funções
inter-relacionadas.
A abrangência dos programas é bastante extensa, permitindo registro e processa-
mentodetodasasoperações, bemcomodosprocedimentos envolvidos,inclusive o
rastreamento das mercadorias a partir do momento em que são recebidas na em-
presa até sua saída nos veículos que farão as entregas.
Além disso, esses programas possibilitam controle e precisão inventariais (de quan-
tidade de itens presentes no estoque) bastante altos. Por essa razão, eles são muito
utilizadosnão somente em indústrias, mas tambémnoscentrosdedistribuição, em
atacadistas, varejistas e operadores logísticos, que são empresas prestadoras de ser-
viços especializadas em armazenamento e distribuição.
Com tais programas, é possível efetuar inventários por produto ou por grupo de
produtos. Esses inventários costumam ser feitos com regularidade para que se tenha
o controle doestoque da formamaisprecisapossível, umavez que podemocorrer:
• danos e avarias em mercadorias manuseadas no depósito;
• furtos;
• edrurtoossd;e lançamento dos dados de notas fiscais nas entradas e/ou saídas dos pro-
• erros de identificação ou classificação de produtos;
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 47
É comum, dependendo do tipo de negócio e porte da
empresa, que se façam contagens físicas das mercado-
rias para confrontação com os dados numéricos, regis-
trados nos programas dos computadores ou em fichas
anotadas manualmente.
atividade 5
p rogramas espeCializados
48 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Un Idade 9
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 49
Função Descrição
[...]
todos os departamentos de uma empresa necessitam de recursos.
sendoassim,para que odepartamentocomercialpossa vender,é
necessáriotermercadoriasno estoque. Mas,paraque elasestejamno
estoque,éprecisocomprá-las.E,paraqueascomprassejamefetuadas, é
distribuição de preciso pagar por elas.
recursos
além disso, não se pode esquecer que em cada departamento da
empresahápessoasqueprecisamfazeroseutrabalhodireito,damaneira
corretae obedecendo aos prazosestabelecidos. se issonãoocorrer,
prejuízospodemsurgir.nessecaso,muitasvezeséprecisorealizar
treinamentoseelaborarregrasclarasparaquenãohajaconfusãoentreos
setoresou departamentossobrearesponsabilidadedecadaum.
50 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Agora que você conheceu um pouco mais sobre a orga-
nização e as funções do setor financeiro de uma empre-
sa, vamos apresentar a seguir algumas rotinas básicas que
você, como assistente administrativo, poderá exercer se
for trabalhar nesse setor.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 51
Porfim, deve-se obter a autorização da própria empresa
e concretizar o pagamento da conta.
Já o processo de contas a receber, oposto ao de contas a
pagar, diz respeito atodosospagamentos que devem ser
realizadosparaaempresa, incluindotodososseussetores.
Refere-se, portanto, ao montante de vendas efetuado
pelaempresa, seja de seus produtos oude seus serviços,
que também temde ser controladopelo setor financeiro
de forma integrada aos demais setores que compõem a
empresa.
Além disso, o assistente administrativo deve conhecer as
políticas de crédito praticadas pela empresa, que o aju-
darão na compreensão dessa atividade.
A organização de relatórios sobre esses pagamentos e
recebimentosdaempresa também é uma prática impor-
tante, mas que pode variar de acordo com cada lugar.
Outro procedimento importante está ligado aos dois
descritosanteriormente. Trata-se da conciliaçãobancária:
comparação entre o controle interno realizado pelo setor
financeiro da empresa e as contas bancárias.
Esse controle deve ser feito diariamente em função das
transações efetuadas, possibilitando assim uma checagem
das informações e a localização de possíveis inconsistências.
Uma checagem fundamental a ser executada, aliada às
anteriores, diz respeito aos saldos do controle interno e
Além do uso constante de bancário, que têm de ser equivalentes.
ferramentas de edição de texto e
produção de planilhas, existem
atualmente diversos programas Todos esses procedimentos são importantes e devemser
especialmente elaborados para
auxiliar no controle da gestão realizados constantemente, pois, caso seja encontrado
financeira das empresas. Se
possível, e com o auxílio do monitor, algum erro,é possívelcorrigi-lo, minimizandoassimos
faça uma pesquisa na internet para
conhecer alguns deles. prejuízos para a saúde financeira da empresa.
52 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Vamosfalaragora sobre outro importante aspectodagestãofinanceiradequalquer
empresa: o fluxo de caixa.
Segundo o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, o fluxo
de caixa tem o seguinte objetivo e funções:
atividade 1
montagem do fluxo de Caixa
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 53
Como administrar as saídas do fluxo de caixa?
Para o caso das pequenas empresas, o foco deve ser nos dois primei-
ros itens e analisar as saídas sob os aspectos do comportamento
desses valores, que podem ser divididos em dois grandes grupos:
custos fixos e variáveis.
os custos fixos são aqueles que existem mesmo que a empresa não
venda nada. Eles costumam ser mensais e incidem constantemente.
Já os custos variáveis são aqueles que flutuam para cima ou para
baixo de acordo com o volume de vendas da empresa ou alguma
decisão de aumento de estoques, por exemplo.
54 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Para cada um deles otratamento deve ser diferenciado, pois os pri-
meiros, os fixos, o administrador deve ter um levantamentoe perio-
dicamente controlar suas variações. o segundo tipo, os variáveis,
devem ser coletados a partir das estimativas de produção evendas da
organização e normalmente variam todos os meses.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 55
© daniel Beneventi
Data // // // // // / / // //
Dia da semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo Segunda-feira
Saldo do caixa – R$ 52,00 R$ 89,00 R$ 116,00 R$ 123,00 R$ 134,00 R$ 126,00 R$ 62,00
RECEBIMENTOS R$ 60,00 R$ 45,00 R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 55,00 R$ 80,00 R$ 80,00
Previsão de recebimento vendas R$ 20,00 R$ 45,00 R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 55,00 R$ 80,00 R$ 80,00
Outros recebimentos R$ 40,00
PAGAMENTOS R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 28,00 R$ 44,00 R$ 88,00 R$ 44,00
Retiradas dos sócios R$ 80,00
Vale-transporte R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00
Telefone
Fornecedor 1 R$ 20,00 R$ 36,00
Fornecedor 2
Fornecedor 3
Outros fornecedores R$ 40,00
Aluguéis R$ 4,00
Serviços contábeis
Empréstimos
Juros
Folha de pagamento
Outros pagamentos
Saldo do Dia R$ 52,00 R$ 37,00 R$ 27,00 R$ 7,00 R$ 11,00 - R$ 8,00 R$ 36,00
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 59
Escrituração
Nas empresas existem livrosespecíficos para registrar
tudo o que acontece em seu dia a dia e que está ligado
à gestão de seu patrimônio, isto é, que provoca alterações
nele.
O patrimônio varia constantemente a partir das ocorrên-
cias diárias, como compras, pagamentos, recebimentos
etc.,eseuregistrocontábilpossibilitaoacompanhamento
de sua oscilação.
São chamados fatos administrativos os eventos que
ocorrem na empresa modificando o seu patrimônio e,
justamente por esse motivo, precisam ser registrados
noslivrosdeescrituração. Essesfatospodemseragru-
pados em três tipos diferentes:
56 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
de títulos de cobrança bancária, fianças ou avais a favor de terceiros etc. Dessa
forma, sua contabilização é feita, atualmente, utilizando algumas provisões para
fazerfrenteaessaspossíveisobrigaçõesfuturas, comoavaisegarantias, conforme
orientações dadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (no CPC 25 – Pro-
visões, Passivo Contingente e Ativo Contingente), documento que regulamenta
essas questões conforme determinação das agências reguladoras brasileiras.
Esse registro, também chamado de “lançamento”, precisa ser feito em ordem cro-
nológica e especificar a natureza de cada operação. Deve ser efetuado no Livro
Diário, sendo imprescindível que esteja de acordo com os princípios da Contabili-
dade – Código Comercial brasileiro: Lei federal n o 556/1850 – e siga as normas
tributárias legais – Regulamento do Imposto de Renda (RIR): Decreto federal n o
3.000, de 1999.
Livro Diário Contábil
© daniel Beneventi
Folha nº 001
HISTÓRICO CÓDIGO CONTA VALOR
DATA D OC.
CÓD. DESCRIÇÃO DÉBITO C RÉDITO C ONTABILIZADO
Sempre que surge a necessidade de uma nova tomada de decisão na empresa, esses
livros são consultados, daí a importância deestarem constantementeatualizados e
com sua contabilidade impecável.
Aquantidadede livros e também os tipos que serãoutilizadospelaempresadepen-
dem não só de seu ramo de atividade, mas também de seu porte.
Eles podem ser classificados quanto à sua utilidade em principais, que são os usados
para o registro de todos os fatos administrativos: Livro Diário e Livro Razão;
e auxiliares, aqueles nos quais são registrados eventos específicos e que futuramente
servirão de base para o preenchimento do Livro Diário: Livro Caixa, Registro de
Duplicatas, Livro de Contas-correntes etc.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 59
© daniel Beneventi
REGISTRO DE DUPLICATAS
FATURA ORIGINÁRIA DUPLICATAS
PRAZO
IMPORT. COMPRADOR DATA
Nº DE DATA
VALOR IMPOSTO
Nº DE
DATA PROTESTO A ORDEM OBSERVAÇÕES
ORDEM DA EMISSÃO DA EXPED IÇÃO PAGO R$ ORDEM D E EMISSÃO DE EXPEDIÇÃO DATA
R$ NOME ENDEREÇO OFÍCIO DE PAGAMENTO D E BAIXA
Quanto à natureza dos registros, eles podem ser classificados em cronológicos, quan-
do seguem a ordem dos acontecimentos; e sistemáticos, quando são usadosparare-
gistrar eventos similares.
Levando em conta a finalidade dos livros contábeis, eles se classificam em obrigató-
rios, quando são exigidos pela legislação comercial, tributária e societária, sendo que
as leis queos exigemvariamdeacordocomoâmbitofederal, estadual ou municipal
onde se encontramasempresas; e facultativos, que são usadospelasempresaspara
auxiliara contabilização, mas não são exigidos por lei: Livrode Contas-correntes,
Livro de Controle de Contas etc.
livro de contas-
auxiliar sistemático Facultativo
-correntes
livro de Registro de
auxiliar sistemático obrigatório
duplicatas
lalur [livro
de apuraçãodo auxiliar sistemático obrigatório
lucro Real]
RiBEiRo, osni Moura. contabilidade geral fácil. 9. ed. são Paulo: saraiva, 2013. p. 81.
58 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
livros principais
O Livro Diário é obrigatório pela legislação tributária e também pelo Código Co-
mercial brasileiro. Está presente em todas as empresas, e seu registro deve ser feito
diariamente, pelo método das partidas dobradas.
o método das partidas dobradas foi criado pelo frei luca Pacioli (c. 1445-1517), com o objetivo de mostrar
as alterações ocorridas no patrimônio em determinado período, mantendo sempre um equilíbrio entre
os recursos (ativo) e sua aplicação (passivo).
Para demonstrar esse equilíbrio, registram-se sempre as operações, apontando a origem do recurso e
em que ele foi aplicado. assim, o mesmo valor é lançado sempre duas vezes, um de cada lado da planilha,
pois a cada gasto corresponde um bem ou direito.
Esse método consiste, essencialmente, no princípio de que, a cada débito feito em uma ou mais contas,
corresponde um créditoequivalente emumaoumaiscontas. nãoexistedébitosemcréditocorrespon-
dente, de tal forma que a soma dos débitos é igual à soma dos créditos.
Por exemplo: se o valor de um carro é 15 mil reais, ele vai entrar no balanço da seguinte forma:
ativo (R$)
• Carro = 15 000,00
Passivo (R$)
• Pagamento do carro = 15000,00
nesse caso, o ativo ficou igual ao passivo, o que significa que o balanço está equilibrado.
Épor meio desse método que as empresas oupessoas podem acompanhar, detalhadamente, a aplicação
de seus recursos, o que possibilita um melhor planejamento.
Para que sua escrituração seja confiável, os lançamentos devemseguir uma ordem
cronológica, eexistemalguns itens essenciaisnaformadeefetuaroregistro, obser-
vando a seguinte ordem: local e data em que ocorreu o fato; conta a ser debitada;
conta a ser creditada; histórico do acontecimento; valor.
Na hora de efetuar o registro, a primeira coisa a fazer, após identificar local e data
da ocorrência, é analisar os elementos envolvidos nas operações, isto é, para cada
fato administrativo sempre ocorre uma troca:
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 59
Depois, observe, para cada um dos elementos que com-
põem o fato administrativo, em qual tipo de conta ocor-
reráodébitoeemqualaconteceráocrédito. Tendoesses
dados em mãos, fica mais fácil proceder ao registro no
Livro Diário.
Para ficar mais claro, veja o registro, no Livro Diário,
dasoperaçõesocorridasnaempresa M, no mês dejanei- Atualmente, com o aumento do uso
do processamento eletrônico de
ro de 2000. dados, o Livro diário e todas as
outras escriturações contábeis estão
sendo substituídos por formulários
Título da conta / contínuos. As folhas do Livro Diário
Data Débito Crédito são numeradas automaticamente e,
Histórico ao final do período contábil, devem
ser impressas e encadernadas,
juntamente com os termos de
05/01/2000 Bancos c/movimento 23 000,00 abertura e de encerramento.
No entanto, até há pouco tempo, esse
livro necessitava, por força de lei, ser
impresso em tipografias, conter
folhas numeradas sequencialmente e
a caixa 23 000,00 possuir espaço próprio para a
abertura e o encerramento dolivro.
Depois de concluído esse
procedimento, precisava ser
depósito no Banco X autenticado no Registro do Comércio.
Estoque de material
12/01/2000 580,00
de consumo
a caixa 580,00
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 61
O uso da preposição a antes da indicação da conta credora tem origem no raciocí-
nio de que qualquer débito ocorrido corresponde a créditos, mas, atualmente, a
maior parte dos sistemas contábeis suprimiu esse uso, o que não impede logicamen-
te que o local onde você venha a trabalhar mantenha essa prática.
As folhas desse livro são numeradas e ele deve conter um termo de abertura e um
de encerramento, assinados pelo responsável da empresa e pelo contador, a todo
final de período. Nessa ocasião, o livro precisa ser autenticado na Junta Comercial
da sede da empresa, não podendo sofrer atraso superior a 180 dias, segundo o
Regulamento do Imposto de Renda (Decreto federal no 3.000/1999), o Código
Comercial (Lei federal no 556/1850) e o Código Civil (Lei federal no 10.406/2002).
A imagem a seguir mostra um modelo de Livro Diário adotado atualmente.
© daniel Beneventi
Livro Diário X
1/50 100%
LIVRO DIÁRIO
,0
,00 Nome: Oracle Com. de Equip. Eletrônicos ME.
CNPJ: 41.585.457/0001-75
Folha: 1
DATA CONTA DE DÉBITO CONTA DE CRÉDITO LANÇAMENTO HISTÓRICO VALOR DE DÉBITO VALOR DE CRÉDITO
01/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. POSTO DE GASOLINA R$ 750,00 R$ 750,00
01/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. IPTU 02/10 R$ 350,00 R$ 350,00
02/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. FORNECEDOR DE MEMÓRIAS R$ 1 200,00 R$ 1 200,00
02/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. FORNECEDOR DE PLACAS DE VIDEO R$ 2 700,00 R$ 2 700,00
02/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. PAPELARIA ALTA R$ 50,00 R$ 50,00
03/02/2015 3.0 .2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0 .01.00024 (0214) 032 PG. MECÂNICA R$ 850,00 R$ 850,00
O Livro Razão, também obrigatório pelas normas contábeis, é útil para a contabili-
dade da empresa, uma vez que seu registro se dá por meio de contas individualizadas,
o que permite um controle mais frequente de cada uma dessas contas.
Cada lançamento registrado no Livro Diário é transcrito para esse livro, porém
emcontas individuais, comocaixa, estoque, equipamentos etc., apresentando-se
em cada uma delas o detalhamento da movimentação ocorrida no caixa da
empresa, isto é, os débitos, os créditos e o saldo final das operações feitas em
determinada conta.
A escrituração manuscrita desse livro deve conter algumas informações primordiais,
por exemplo: nomedaconta; datadolançamento com indicação dedia, mês eano;
histórico de lançamento, ou seja, o detalhamento do fato administrativo; débito, isto
é, quanto foi debitado da conta; crédito, em que é indicado o valor que foi credita-
do na conta; saldo, que representa a diferença entre o débito e o crédito.
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ilustrações:© daniel Beneventi
LIVRO RAZÃO
Fábrica de Serras Jabur Ltda.
CNPJ: 75.253.125/0001-44
Conta-caixa
Débito Crédito
Data Histórico (Entradas) (Saídas) Saldo
Ref. à implantação do
27/02/2015 capital disponibilizado R$ 350.000,00 R$ 350.000,00
pela união societária
Ref. à aquisição de
16/03/2015 R$ 180.000,00 R$ 170.000,00
máquinas e equipamentos
Ref. à aquisição de
23/04/2015 R$ 80.000,00 R$ 90.000,00
móveis de escritório
OLivroRazãocostumaapresentarumaformamaissimplesderegistro,utilizandopara
issoum gráfico ou conta em T,também chamada de razonete. Emborasejainteressan-
te que o assistente administrativo conheça esse procedimento, é importante saber que
não ésuafunçãorealizá-lo,mas sim dosresponsáveispela contabilidadedaempresa.
livros auxiliares
O Livro Caixa serve para o registro de todo e qualquer fato administrativo que
envolvadinheiro na empresa. Ele é facultativo, mas de grande utilidade, principal-
mente quando se quer acompanhar detalhadamente o movimento financeiro da
organização. Poresse motivo, na maior parte das empresas, o preenchimento desse
livro fica acargo datesouraria, queéodepartamento responsável pelo recebimento
e pagamento de cada uma das despesas ocorridas no período.
É importante ressaltar, porém, que no caso de empresa que seja optante pelo Simples
Nacional, que você viu na Unidade 7,esse livro é obrigatório perante o fisco e deve
observar as exigências e formalidades constantes na Lei complementar n o 123, de
14 de dezembro de 2006.
01
DEVE CAIX A HAVER
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 63
Normalmenteo livro possuias seguintes colunas: data,
seguindo a ordem cronológicados acontecimentos; his-
tórico, que especifica cada um dos fatos administrativos;
parcelas, que indicam os valores de débito ou crédito,
quando parcelados; débito, que representa as entradas de
dinheiro; e crédito, no qual se registram as saídas de
dinheiro.
Os intocáveis (The Untouchables,
direção de Brian de Palma, 1987) é
um drama policial estadunidense, O movimento começa sempre com o saldo de débito do
baseado no livro de mesmo nome,
publicado em 1957. O filme, estrelado dia anterior e finaliza com o saldo final devedor, que é o
por Kevin Costner (o agente do
governo Eliot Ness) e Robert De Niro mesmo que aparecerá no início do dia seguinte, poden-
(líder de gangue Al Capone), segue o
relato autobiográfico de Ness e seus do ser diário ou mensal.
esforços para conduzir Capone à
justiça, durante a Lei Seca nos EUA.
Mostra o trabalho da contabilidade e Esse livro serve debaseparaaelaboraçãodo Livro Diá-
como a descoberta de seus livros
caixa levou à queda de seu império. rio e, posteriormente, do Livro Razão, sendo que tudo
queélançadonele, obrigatoriamente, deveaparecernos
outros dois, e o saldo apurado no Livro Caixa deve
corresponder ao saldo da conta caixa do Livro Razão.
© daniel Beneventi
Total do dia Total de Débito: R$ 1.800,00 Total de Crédito: R$ 800,00 Saldo: R$ 6.000,00
03/03/2015 8,00 3221 Prestação de serviços R$ 1.400,00
03/03/2015 7,00 4578 Venda de mercadorias R$ 700,00
03/03/2015 6,00 7665 IPTU (Parcela 02/10) R$ 200,00
Total do dia Total de Débito: R$ 2.100,00 Total de Crédito: R$ 200,00 Saldo: R$ 7.900,00
04/03/2015 9,00 4551 Compra de 01 computador p/ expedição R$ 2.500,00
Total do dia Total de Débito: R$ 0,00 Total de Crédito: R$ 2.500,00 Saldo: R$ 5.400,00
Total do dia Total de Débito: R$ 4.500,00 Total de Crédito: R$ 8.000,0 0 Saldo: R$ 1.900,00
Como no caso dos outros livros, esse também costuma, atualmente, ser feito por
meio de programas computadorizados.
64 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
ilustrações:© daniel Beneventi
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A22
A B C D E F G H
1 MOVIMENTO DO CAIXA
2 Data Descrição Detalhes Entrada Saída Saldo
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20 TOTAL DO MÊS
21 SALDO FINAL
22
23
01
DATA DÉ BITO CRÉ DITO D SALDO DATA DÉ BITO CRÉ DITO D SALDO
C C
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 65
© daniel Beneventi
X
CONTA DESCRIÇÃO
atividade 2
r etomando alguns ConCeitos de esCrituração
Junte-se a três ou quatro colegas. Nas questões 1 e 2, discutam cada uma delas
antesdeapontaraalternativacorreta. Emseguida, elaboremasrespostasdasques-
tões 3, 4 e 5.
66 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
3. Listem pelo menos três itens essenciais na escrituração do Livro Diário.
Classificação quanto a
livro diário
livro de contas-correntes
livro caixa
livro Razão
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 67
© daniel Beneventi
Para conhecer mais sobre esse e outros assuntos ligados à área de contabilidade,
acesse o material relativo ao Arco Ocupacional Administração, no qual você encon-
trará cadernose vídeos daocupação deauxiliar decontabilidade. Disponíveisem:
<http://www.viarapida.sp.gov.br>. Acesso em: 26 mar. 2015.
68 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Un Idade 10
PRINCIPAIS ROTINAS DO
SETOR DE RECURSOS
HUMANOS
Vamos agora tratar das principais rotinas que o assistente ad-
ministrativo precisa saber para trabalhar no setor de recursos
humanos, conhecido como RH, de uma empresa. Para tanto,
vamos a princípio entender um pouco mais sobre as funções
que se espera que o RH desempenhe.
Como o próprio nome diz, esse é o setor responsável por lidar
com todas as questões que dizem respeito às pessoas, aos fun-
cionários de uma empresa, desde sua contratação, passando pela
suaintegraçãocomaculturadaempresa,preocupação comsua
formação contínua, questões relativas a cargos e salários, até um
eventual processo de demissão. Todas essas são atividades e
responsabilidades do setor de recursoshumanos.
Grandes empresas costumam ter um setor de RH muito bem
estruturado, com profissionais especializados; já empresas
menores podem ter as atividades desse setor realizadas pelo
mesmo trabalhador que atua em outras práticas administra-
tivas, como controle de estoque ou setor decompras.
De uma forma ou de outra, todas as empresas que trabalham
com funcionários precisam adotar os procedimentos de RH;
portanto, para você que está buscando se aperfeiçoar nessa área,
tais informações são relevantes.
Sabendo que essa é a área da empresa que lida especificamente
comquestõesreferentesàcontrataçãodosfuncionários, bemcomo
o pagamento de seus salários e benefícios, vamos estudar mais
sobre essas questões, de acordo com a legislação brasileira.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 69
As característicasdo emprego na
atualidade: o empregoformal
Este conteúdo é importante não apenas porque você
pretende se qualificar para a ocupação de assistente ad-
ministrativo, mas também por tratar de uma questão
muitopresentena vidacotidianadamaioriadaspessoas,
seja para quem estáàprocuradoprimeiro emprego, seja
para quem está à procura de outro trabalho, seja para
aqueles que querem aprender uma nova ocupação e mu-
dar de emprego.
Um dos assuntos mais importantes no mundo do traba-
lho diz respeito ao tipo de contrato a que cada um é
submetido. E a forma de contratação de cada trabalhador
afeta diretamente a vida pessoal dele.
Você sabia?
Carteira de trabalho e O emprego formal é aquele que possui registro em car-
Previdência social, ex-
pedida pelo Ministério do
teira profissional ou na Carteira de Trabalho e Previ-
Trabalho e Emprego, é dência Social (CTPS). Nela, a empresa deve sempre
o documento obrigatório
para que os cidadãos pos-
anotar, nas páginas próprias para o “Contrato de traba-
sam ser empregados re- lho”, o nome da empresa, o número do CNPJ, oende-
gistrados. O emprego reço da empresa, a espécie de estabelecimento (comércio,
formal é conhecido popu-
larmente como “trabalho indústria etc.), o cargo para o qual o trabalhador está
com carteiraassinada”. sendo contratado, o código da sua ocupação na Classi-
Fonte: SÃO PAULO (Estado). Se-
cretaria de Desenvolvimento Eco-
ficação Brasileira de Ocupações (CBO), a data de admis-
nômico, Ciência e Tecnologia são, o número do registro, assim como o número da
(Sdect). Educação de Jovens e Adul-
tos (EJA) – Mundo do Trabalho. folha ou ficha do Livro de Registro de Empregados, e a
Geografia, História e Trabalho: 6º
ano/1º termo do Ensino Fundamen- remuneração do trabalhador.
tal. São Paulo: Sdect, 2011.
70 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
salário pago pelo empregador, sem contar os descontos obrigatórios que deverão
ser aplicados. Poucas pessoas realmente sabem o que são esses descontos e para
que eles servem, mas é muito importante conhecê-los, pois eles têm tudo a ver
com os direitos conquistados pelos trabalhadores e também com os nossos deve-
res como cidadãos.
Um dos descontos principais é o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). É
coma reserva criada com esse dinheiro que o governopaga asaposentadorias, auxílios-
-doença e outras formas de auxílio ao trabalhador. Ou seja, é uma contribuição exi-
gida pelogoverno, mas que deve retornarem benefíciospara o própriotrabalhador.
Além desse desconto para o INSS, outros descontos comuns são o do Imposto de
Renda eodo seguro-saúde. Algumas empresaspagam partedocustomensaldesse
seguro, ficando a outra parte por conta do funcionário.
Podemser descontadasdo salário, ainda, algumastaxasreferentesa benefícios que
a empresa ofereça, como vale-alimentação, vale-refeição etc. Embora sejam ofereci-
dos pelo empregador como benefícios, é comum que o funcionário contribua com
uma parte, que é descontada de seu salário.
Vejaaseguir, natabeladedescontosdo Imposto de Rendaeda Previdência Social,
os dois principais descontos realizados nossalários.
Tabela 1 – Descontos do Imposto de Renda sobre o salário bruto
Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Fí-
sica a partir do exercício de 2015, ano-calendário de2014.
Fonte: BRasil. Receita Federal. alíquotas do imposto sobre a Renda Retido na Fonte –
a partir do exercício de 2012. disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/
contribFont2012a2015.htm>. acesso em: 26 mar. 2015.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 71
Tabela 2 – Descontos do INSS sobre o salário bruto (jan. 2014)
72 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Compare esse exemplo com o exemplo apresentado no texto anterior. Quais dife-
renças e semelhanças você vê entre os descontos aplicados no primeiro caso e os
descontos aplicados neste último? Você acha que essas diferenças e semelhanças são
boas ouruins? Quemémaisafetadopelosdescontos? Reflitaarespeitoeanotesuas
conclusões.
Instituição
1932 1936 Criação
1939 da Consolidação
1943 1949
Instituição do do descanso
Justiça do das Leis do
salário mínimo semanal
Trabalho Trabalho
remunerad o
© Luís Dávila
Atividades e documentação do setor de
Recursos Humanos (RH)
O objetivo deste tópico éapresentar avocê as principais
práticas e atividades realizadas pelo setor de Recursos
Humanos. Vamos começar falando sobre as rotinas de
admissão e demissão de funcionários.
Cabe ao RH conduzir todo o processo de seleção dos
funcionários de uma empresa, mesmo que com o apoio
deprofissionais de outrasáreas. Essa seleção é feita por
meio de técnicas específicas que buscam selecionar os
candidatos mais qualificados para cada vaga.
Após a seleção do candidato, é função do RH realizar o
procedimento de integração dos novos funcionários
àempresa. Esseprocesso se inicia com toda atramitação
Existe uma grande diferença entre
rH e departamento de pessoal. relativa à documentação necessária para a admissão.
Enquanto o primeiro é a área da
empresa dedicada a lidar com todas O primeiro passo é solicitar a realização do exame mé-
as questões que envolvem o bem-
-estar e o crescimento profissional dico admissional e depois a entrega da documentação
dos funcionários, o segundo cuida
exclusivamente dosaspectos jurídicos necessária. Vejaa seguir quais são os documentos obri-
e legais da relação trabalhista entre
empregador e empregados. gatórios para a admissão.
76 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
• carteira de trabalho e Previdência social, para que sejam feitas as
devidas anotações.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 77
• atéo dia 7 do mês subsequenteao mês dereferência dasinformações,
a empresa deverá postar no correio um impresso por meio do qual
presta informação sobre o movimento de pessoal.
Demonstrativo de Pagamento
Empresa: Aquiles Com. Ltda. CNPJ: 55.452.125/0001-55
Endereço: Rua Doze nº 8
78 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Apósarealizaçãodopagamentodo salário, oempregadordevefornecerao empre-
gado um recibo desse pagamento, também conhecido como contracheque.
Empregador(a):
Empregado(a):
Período: / / a/ / .
Salário Contratual: R$
Descontos Efetuados:
Vale-transporte: R$
Contribuição Previdenciária (INSS): R$
Adiantamentos: R$
Total: R$
Local: Data: // .
SITUAÇÃO
Nº ADMISSÃO / CARGO SÍMBOLO QUINQUÊNIO
FUNCIONAL
ADM MAG
0035 - Motorista de caminhão MTC-35 Efetivado 0 3
Nº DESCONTOS DESCONTOS
TR. DESCRIÇÃO PARCELA VANTAGENS EFETUADOS
ADM. NÃO EFETUADOS
1 SALÁRIOS 2.500,00
2 INSS 275,00
3 IRFF S/SALÁRIO
54,83
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 79
Para orientar o preenchimento dessa folha de pagamento, bem como realizar o
controle cotidiano de entrada e saída dos funcionários, é obrigatório que toda em-
presa com mais de dez funcionários possua uma folha de ponto, que pode ser ma-
nual ou eletrônica. Veja a seguir.
© daniel Beneventi
©Fernandacatalão
Empregador Mês / Ano:
Empregado
Nome: CARLOS DIAS CPF: 329.458.458-86
Função: EDITOR CPTS (nº e série): 45878 254-SP
atividade 3
p reenChendo a folha de pagamento
Nesta atividade, você é convidado a preencher uma folha de pagamento fictícia para
que possa exercitar o conteúdo que aprendeu sobre esse assunto tão importante na
prática diária das atividades do assistenteadministrativo.
As empresas podem usar programas específicos para o cálculo da folha de pagamen-
to, mas para realizar esta atividade será utilizada uma planilha eletrônica.
80 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Com a ajuda do monitor, forme um grupo com três ou quatro colegas. No labora-
tório de informática, escolham uma ocupação de uma empresa fictícia para fazer o
cálculo. Para tanto, podem pesquisar um organograma qualquer que possa indicar
alguns cargos da empresa, tais como gerente, analista, secretária e o próprio assis-
tente administrativo.
Em seguida, incluam na planilha todas as informações que aprenderam nesta Uni-
dadeparafazeremo devido cálculo, simulando ovalor dosaláriobrutoe inserindo
os descontos devidos para chegar ao salário líquido que o trabalhador receberá.
Ao final, vocês deverão apresentar suas conclusões para os demais grupos, podendo
imprimir a folha de pagamento calculada para realizar essa apresentação.
Outras rotinas do RH
Casohajanecessidadederealizarademissãodealgumfuncionário, essa também é
uma atividade prevista na rotina do RH ou departamento de pessoal de uma em-
presa. A ação de finalizar um contrato de trabalho, do ponto de vista legal, deno-
mina-se homologação.
Nesse caso, é necessária a seguinte documentação:
Documentação necessária
notificação de demissão
comunicado da dispensa
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 81
Documentação necessária
82 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Exemplo de estrutura de Cargos e Salários
classe cargos salário médio (R$)
2 Recepcionista 1 201,29
Eletricista 1 485,15
Eletricista ii 1 841,97
almoxarife i 1 313,26
almoxarife ii 1 491,76
Outro aspecto importante da atuação do RH e que vem cada vez mais ganhando
espaçoe importância paraobom desenvolvimento do trabalho dosfuncionáriosde
uma empresa diz respeito à formação dessa força de trabalho.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 83
Muitas empresas estão, cada vez mais, investindo em cursos e treinamentos para seus
funcionários, possibilitando assim que eles possam aperfeiçoar seus conhecimentos
e trazer ainda mais qualidade para o desenvolvimento do trabalho cotidiano.
Algumas organizações fornecem auxílios no pagamento de cursos, totais ou parciais,
tais comocursodeidiomas ou especializações(atémesmo depós-graduação). Isso
porque as empresas vêm compreendendo a importância de seus funcionários estarem
sempre acompanhando e se atualizando em relação ao avanço das tecnologias, da
pesquisa, da ciência e do conhecimento.
atividade 4
por dentro das prátiCas de reCursos humanos
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 85
3. Alémdessesprocedimentoslegaisassociadosàadmissãodessesdoisfuncionários, em
quais outras atividades o RH poderáauxiliá-los?
84 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
atividade 5
uma pausa para reflexão
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 87
a) Vocêsacham que a letra da música expressa, de alguma forma, um certo tipo de
crítica? Se sim, o que está sendo criticado?
86 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
c) Quaisrelaçõespodemserestabelecidasentreamensagemdamúsicaeosistema
capitalista no qual vivemos?
3. Organizem uma apresentação da reflexão que fizeram sobre a música. Pode ser
em forma de peça de teatro, apresentação musical ou cartaz.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 89
Un Idade 11
O ASSISTENTE
ADMINISTRATIVO NAS
EMPRESAS DO SETOR
DE TRANSPORTES
Esta Unidadeé dedicada ao estudo das informações e dos proce-
dimentos específicos que um assistente administrativo precisa co-
nhecerao trabalhar em uma empresaligada ao setorde transportes.
O modal rodoviário é o mais utilizado para o transporte de
cargas em nosso país; segundo os dados da Agência Nacional
de Transportes Terrestres (ANTT) de 2014, esse modal foi
responsável pelo transporte de aproximadamente 61% do to-
tal das cargas transportadasem território brasileiro.
Paradarcontadessemontantede transportes realizados, em 13
de abril de 2015, esse setor contava com os seguintes registros
formais feitos pelo Registro Nacional de Transportadores Ro-
doviários de Cargas (RNTRC) na ANTT:
• 868 957 Transportadores Autônomos de Cargas (TAC);
• 174 311 Empresas de Transportes de Cargas(ETC);
90 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Veja o organograma a seguir, que define essas áreas e suas responsabilidades.
© daniel Beneventi
ADMINISTRAÇÃO MANUTENÇÃO OPERAÇÃO
• Mecânica
• Recursos Humanos
• Funilaria • Transporte
• Jurídico
• Pintura • Central de controle
• Contabilidade
• Eletricidade operacional
• Tesouraria
• Borracharia • Escala
• Finanças
• Tapeçaria • Programação
• Suprimento/Compras
• Limpeza • Movimento
• Tecnologia da
• Socorro mecânico • Planejamento
informação
• Almoxarifado
CLIENTE
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 91
É atribuição desse órgão realizar a habilitação dos trans-
portadores, que podem ser transportadores autônomos,
empresas de transporte de cargas ou cooperativas. Assim,
cabe à ANTT a responsabilidade de conceder aesses
trabalhadores e/ou empresas o RNTRC, que possibilita
e autoriza a realização do transporte de cargas no terri-
tório brasileiro.
Outra importante atribuição desse órgão é sua função
reguladora das ações das empresas transportadoras, como,
porexemplo,realizar o monitoramento dospreçoscobra-
dos pelos serviços detransporte.
92 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
além disso, o dnit é o órgão da União competente para exercer as
atribuições elencadas no art. 21 do código de trânsito Brasileiro: nas
rodoviasfederais, eleéresponsávelpela aplicaçãodemultas por exces-
so de peso e/ou de velocidade, por meio dos postos de pesagem e
das lombadas eletrônicas.
dEPaRtaMEnto nacional dE inFRaEstRUtURa dE tRansPoRtE
(dnit). apresentação. disponível em: <http://www.dnit.gov.br/acesso-a-
informacao/insitucional>. acesso em: 26 mar. 2015.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 93
insumos, suas embalagens, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, limi-
tes de contaminantes e resíduos de medicamentos veterinários.
As duas instituições compartilham as ações anteriormente citadas e também com os
Estados e municípios, que integram o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
Assim, os dois órgãos são importantes para o transporte rodoviário de cargas, pois
são também responsáveis pelo estabelecimento de normas e pela fiscalização do
transporte de produtosagropecuários (Mapa) edealimentos, medicamentos, agro-
tóxicos etc. (Anvisa).
A regulamentação do setor de transportes no Brasil é feita por meio da Lei federal
no 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o transporte coletivo rodoviá-
rio de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, conforme segue:
art. 1o. Esta lei dispõe sobre o transporte Rodoviário de cargas – tRc realizado em vias pÚblicas, no
território nacional, por conta de terceiros e mediante remuneração, os mecanismos de sua operação e a
responsabilidade do transportador.
§ 1o. no caso de transporte de produtos perigosos, será observado exclusivamente o disposto em lei fe-
deral, considerando-se as competências estabelecidas nos arts. 22 e 24 da lei no 10.233, de 5 de junho
de 2001. (incluído pela lei no 12.667, de 2012)
art. 2o . a atividade econômica de que trata o art. 1o desta lei é de natureza comercial, exercida por pessoa
física ou jurídica em regime de livre concorrência, e depende de prévia inscrição do interessado em sua
exploração no Registro nacional de transportadores Rodoviários de cargas – RntRc da agência nacio-
nal de transportes terrestres – antt [...]
BRasil. lei no 11.442, de 5 de janeiro de 2007. disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. acesso em: 26 mar. 2015.
94 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
CLASSE DE RISCO E RÓTULOS
daniel Beneventi
1 Explosivo 2 Gases 3 Líquidos
inflamáveis
1 2 2 2 3
PERIGOSO
COMBUSTÃO SÓLIDO QUANDO
ESPONTÂNEA INFLAMÁVEL MOLHADO
4 4 4
5.1 5.2 6 6
7 Materiais radioativos
7 7 7
8 9
96 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
documentação do transporte de carga
Outra questão que envolve o transporte de carga diz respeito a sua documentação.
Por isso, vamos estudar quais são os documentos essenciais para que o transporte
seja feito com segurança. Falaremos de três tipos de documentos: os do motorista,
os relativos ao veículo (caminhão) e à carga transportada.
Vamos então conhecer quais são os documentos solicitados para cada um desses
casos,e quejuntoscompõem adocumentaçãoobrigatoriamenteexigida, habilitan-
do o transportador para realizar seu trabalho de forma adequada.
Documentos do motorista
O motorista deve sempre estar de posse e apresentar quando solicitado apenas um
documento: a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). As categorias que habilitam
o motorista a dirigir veículos próprios para o transporte de carga são C, D ou E.
O motorista deve se lembrar de portar com ele a CNH original, pois nenhum tipo
decópiaserá aceito. Além disso, éimportante estar atento paraa datade vencimen-
to do documento, para evitar problemas. Atualmente, a CNH apresenta foto de
identificação do motorista e também informações como RG e CPF, sendo, portan-
to, aceita como documento de identificação válido em todo o território nacional.
© denatran
© detran/sP
O novo modelo da CNH (à esquerda), com mais de 20 itens de segurança, substituirá gradualmente o modelo emitido
até 2015 (à direita).
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 95
Documentação da carga
A carga a ser transportada necessita de uma série de documentos que regularizam
sua movimentação, que serão apresentados a seguir de acordo com o tipo de carga
transportada: produtos não perigosos e produtos perigosos.
Transporte de produtos não perigosos
DESTINATÁRIO/REMETENTE 00.00.00
NOME/RAZÃO SOCIAL CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO
DADOS DO PRODUTO
ALÍQUOTAS
CÓDIGO SIT. VALOR VALOR
DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CF UNID. QUANTIDADE VALOR DO IPI
PRODUTO TRIB. UNITÁRIO TOTAL
ICMS IPI
001448 Cx. lápis de cor aquarelável 48c. 1 009 Unid 1 57,00 57,00 0,00 0,00 0,00
747545 Pincel 15 mm p/ aquarela 1 007 Unid 1 7,00 7,00 0,00 0,00 0,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CALCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTIT. VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL PRODUTOS
0,00 64,00
TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF
1 EMITENTE
Transportadora Vaivém 2 DESTINATÁRIO 1 DAN 2302 SP 75.453.858/0001-45
ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL
1
DADOS ADICIONAIS
Nota Fiscal com dados e valores fictícios RESERVADO AOFISCO Nº DECONTROLE
DO FORMULÁRIO
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL
DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR
Nº 001.457
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 97
96 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
quanto mais distante e maior o tempo gasto para trans-
portar a carga, maior será o custo desse transporte. No
entanto, a distância é considerada fator preponderante na
definição doscustos, ficandoo tempoem segundo lugar.
As despesasnotransporte também podem ser divididas
em fixas e variáveis. Observe algumas delas:
Despesas fixas Despesas variáveis
seguro do veículo combustível
Pagamentodaprestaçãodefinanciamentoou
Pneus e óleo
empréstimo do veículo
salários,encargosebenefíciosdemotoristase
demaisdespesascommanutençãodoveículo
ajudantes
custos do frete
Vamos agora conhecer os principais conceitos envolvidos na
negociação de um frete. Primeiro, vamosver as definições
de cadaum dosagentesenvolvidosnessetipode serviço.
• Transportador – refere-se ao sujeito responsável por
realizar o transporte contratado pelo embarcador,
podendo ele ser um trabalhador autônomo ou uma
O Conhecimento de Transporte empresa de transporte, que receberá o frete como re-
Eletrônico (CT-e) é o documento mais
importante para a comprovação da muneração pelo trabalho realizado.
contratação do transportador pelo
embarcador. Para conhecer outras
informações fundamentais sobre o • Embarcador – essa denominação refere-se à empresa
transporte de cargas, você pode
acessar o material da ocupação de que necessita contratar algum tipo de transporte para
motorista de carga, do Arco
Ocupacional Transporte, no site do realizar a entrega das mercadorias e dos produtos co-
Programa Via Rápida Emprego.
Disponível em: mercializados a seus clientes, sendo a responsável pelo
<http://www.viarapida.sp.gov.br/>.
Acesso em: 26 mar. 2015. pagamento do frete.
102 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
A composição da tarifa a ser cobrada pelo serviço de transporte depende de cinco
fatores: frete-peso, frete-valor, taxas, Gerenciamento de Riscos (Gris) e pedágio. Veja
do que se trata cada um desses itens no quadro a seguir.
[...]parcelada tarifaquetemporfinalidaderemuneraro
transporte do bem entre os pontos de origem e de
destino. incluitantocustosdiretos quantocustos indiretos:
custos operacionais do veículo, despesas administrativas e
Frete-peso
de terminais,[custosde gerenciamentode riscos], custos
de capitaletaxa de lucrooperacional.asomadestes
constituiototaldocustooperacional,queéespecíficopara
cadatransportadoraeparacadatipodeserviçorealizado.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 103
Etapas da verificação
verificação simples
© luciana cassia/latinsto ck
104 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Inicialmente se costuma proceder a uma verificação simples, chamada “cega”, em
que se conferemapenasasquantidadesdascaixas ouembalagens entreguescomas
constantes na nota fiscal de entrega e do Manifesto de Carga, verificando assim se
os documentos estão de acordo com o pedido de compra de materiais.
© daniel Beneventi
CONFERÊNCIA DE QUANTIDADE
Fornecedor Nota Fiscal Nº Data
Observações:
Nome do conferente Assinatura Data
/ /
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 105
© luciana cassia/latin stock
Coleta de mercadorias
O segundo tipo de procedimento a ser realizado pelo motorista de carga no con-
texto de um armazém ou terminal de cargas é o de coleta de mercadorias. Esse
processo refere-se à retirada, à saída das mercadorias do armazém e ao respectivo
carregamento dos caminhões que vão transportá-las.
É, portanto, o processo inverso do que você acabou de estudar.
Esse procedimento começa dentro do armazém ou do depósito de onde as merca-
dorias serão coletadas. Em muitas empresas, existem esteiras rolantes que auxiliam
otrânsitodosprodutosnessaetapaecolaboramparaminimizardanosno manuseio,
ao mesmo tempo que facilitam o trabalho dos operadores, conduzindo os volumes
emdireçãodasrespectivas docasparaaoperaçãodecarga ou controlando automa-
ticamente os produtos que são encaminhados para aseparação.
A etapa da separação é feita tanto tendo como ponto de partida um pedido indivi-
dual quanto a partir de um produto para vários pedidos, conjuntamente.
106 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
No primeiro caso, toma-se o pedido em mãos e se procede à separação de todos os
seus itens; no segundo caso, toma-se um produto e ele é separado para todos os pe-
didos. É como se você fosse ao supermercado realizar compras para duas famílias:
você pode pegar um carrinho e apanhar todos os produtos da lista e, depois, pegar
outro carrinho e percorrer novamente todo o supermercado recolhendo eventualmen-
te vários produtos iguais; ou pegar um carrinho e recolher os produtos das duas
compras deumaúnicaveze, sendonecessário, pegaroutrocarrinhopara completar
as compras. Aescolhaporuma ou outraopçãoprovavelmente decorrerá da varieda-
de de produtos de cada compra – se são muitos ou poucos produtos iguais – ou da
quantidade de itens de cada uma.
Feita a separação, os produtos são embalados, não necessariamente apenas
quando enviados para fora da empresa – há produtos que devem estar perfei-
tamente embalados, mesmo em pequenas movimentações dentro da própria
empresa –, sendo então encaminhados à expedição.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 107
Elespodem ser acessadospordois lados (duasentradas)
ou pelos quatro lados (quatro entradas), sendo de uso
contínuo ou descartáveis (one way), de uma ou duas faces
(só a parte de cima é lisa ou tanto a de cima quanto a de
baixo são lisas) e mais ou menos reforçados, com a ca-
pacidade de aguentar diferentes pesos.
108 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Procedimentos internos da empresa
Para finalizar, você vai conhecer os procedimentos que devem ser realizados
internamente na empresa para que todo o processo de transporte de cargas e
mercadorias, descrito anteriormente, possa acontecer. É fundamental que o as-
sistente administrativo conheça todas essas rotinas e as respectivas atividades
que as acompanham.
Etapa Descrição
identificação da Paraqueamercadoriapossaserrastreadaédeextremaimportância
Mercadoria que seja realizada a identificação das mercadorias.
Éfundamentalaconferênciadaquantidadedevolumes,verificando
conferência da nota
assimse a quantidadecoletadaestá de acordocom os dizeres da
Fiscal
nota fiscal.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 109
Etapa Descrição
1100 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s is t e n te a d m i n i s t r a t i v o 2
Etapa Descrição
o comprovantede entrega é o registro de que todo o trabalho de uma
transportadora foi realizado por completo e de acordo com o
combinado,porisso,eleéonossodocumentomaisimportante.
nestecomprovantede entregadevemconstarosseguintesdadosde
comprovante de Entrega quem efetivamente recebeu a mercadoria:
• PessoaFísica– data, assinatura,hora, nomelegívele nº do RG.
• PessoaJurídica– data,carimbodaempresa,nomelegível,
assinatura e hora.
Parafechamentodaprestaçãodecontastodososdocumentos,
cheques, dinheiro, ctRcs, que ficaram para resolução de problemas
Prestação de contas ou que precisarão ser reprogramados, devem ser entregues para que
sejafeitaaconferênciaetomadasasdevidasprovidênciaspara
finalização desteprocesso.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 111
atividade 1
revendo o que aprendi sobre o setor de transportes
1. Quais são as principais áreas que compõem uma empresa de transportes? Rela-
cione asprincipais responsabilidades de cada uma delas.
112 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
112 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
4. Quaissãoas principais etapas que aempresadetransportesdeveseguirnapres-
tação do serviço de transporte de uma carga?
© Franck Boston/123RF
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 113
114 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Un Idade 12
REVENDO SEUS
CONHECIMENTO
S
Estamos chegando ao fim deste curso.
É hora de rever aquilo que você aprendeu nesse tempo no qual
se dedicou à formação básica na ocupação de assistente admi-
nistrativo.
É importante que você consiga identificar o que sabe em relação
a essa ocupação e que se sinta preparado para buscar uma vaga
no mercado de trabalho em uma empresa ou em algum dos
outros espaços nos quais os conhecimentos desse profissional
são requisitados.
Vamos, então, retomar o que você aprendeu.
atividade 1
r evisite seus ConheCimentos
116 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
O planejamento é um instrumento que deve ser revisto
de tempos em tempos, para não se tornar ultrapassado.
Ações e prazos podem, e devem, ser sempre atualizados.
Nãoadiantaprevermuitasaçõesdifíceis deexecutar. A
chance de você desanimar nesse caso é muito grande.
atividade 2
planeje seus próximos aprendizados
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 117
• cartas de recomendação;
• documentos pessoais.
Além do portfólio, você tem de fazer um currículo. Nele
você vai elaborar um resumo de tudo o que já fez, o que
sabe e o que pretende fazer.
Em português, é melhor usar o termo currículo, em vez
de curriculum ou curriculum vitae.
Antigamente, os currículos eram extensos, e todas as
informações constantes dele eram muito detalhadas.
Algumas pessoasatéinventavamdadospara tornarseu
currículo mais interessante.
Hoje, os currículos são curtos e objetivos. Vão direto ao
assuntoe,depreferência, ressaltamossabereseaspráti-
cas relacionados à ocupação ou ao cargo que a pessoa
pretende exercer.
Para tornar sua apresentação mais adequada, os dados
que sempre devem constar do currículosão:
a) Nome.
b) Dadospessoais(incluaapenasseuendereçocompletoe
idade; não precisa colocar estado civil, filhos etc. – essas
informações só devem aparecer se forem importantes
paraocargo oufunçãoquevocêtem intençãodeocupar).
118 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
c) Objetivo, ou seja, a vaga em que você estáinteressado.
d) Seus saberes e práticas mais adequados ao trabalhopretendido.
e) Históricoprofissional, isto é, os trabalhos que já teve. Se vocênão teve emprego
formal, escreva: “Principais experiências”. Siga a ordem cronológica inversa:
comece pelo mais atual e siga em ordem até o mais antigo.
f) Escolaridadeecursos, lembrandoque, nesse item, valequalquercursoquevocê
tenha frequentado – de idiomas, computação, oficinas de qualificação profissio-
nal relacionadas a suas áreas de interesse etc.
g) Trabalhos voluntários, passatempos e áreas de interesse.
h) Data (o dia da elaboração do currículo).
i) Assinatura.
atividade 3
C omo fazer um CurríCulo
1. Com base nas informações anteriores, elabore uma primeira versão de seu cur-
rículo.
a s s i s t e n t e a d m in i st ra t i v o 2 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o 119
2. Troqueideias com os colegas e o monitor, verificando se há alguma mudança a
fazer.
Última etapa
A última etapa a enfrentar é a entrevista ou seleção para o emprego que você pre-
tende.
Ao procurar um escritório, por exemplo, é provável que tenha de fazer uma entre-
vista, na qual vai relatar sua vida e sua experiência profissional.
Dependendo do tamanho e das características da empresa, a entrevista vai ser mais
ou menos formal e ter uma ou mais etapas. Em empresas maiores, o clima costuma
ser mais formal, e o processo de seleção, mais demorado. De qualquer forma, não se
intimide na entrevista. Procure mostrar o que sabe com tranquilidade.
Veja alguns princípios que poderão ajudá-lo:
• Itrnafboarm
lhae-msenaenlateestsco.bre a empresa: onde é, como se organiza, quantas pessoas
118 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
118 A R C o O C U PA C I O N A L A d m i n i s tr A ç ã o a s s i s t e n t e a d m i n i st ra t i v o 2
Técnico em Administração
Empreendedorismo
Inconfidentes
2014
EMPREENDEDORISMO
2
3
Empreendedorismo
O Empreendedorismo é a capacidade de agir para tornar real seus sonhos e fazer com que seus
sonhos, visões e projetos se tornem realidade. É utilizar a própria capacidade de combinar recursos
produtivos – capital, matéria prima e trabalho – para realizar obras, fabricar produtos e prestar serviços
destinados a satisfazer necessidade de pessoas.
O cientista americano Thomas Alva Edison pode ser tomado como um
exemplo clássico de empreendedor. Muitos dos produtos por ele criados foram o
início de indústrias (não no sentido de fábricas, mas de setores de negócios)
importantes para o século XX, sendo ainda importantes hoje em dia. A lâmpada
elétrica originou a indústria da iluminação pública e doméstica; a invenção do
fonógrafo possibilitou o surgimento da indústria fonográfica e o cinematógrafo,
como você já deve ter adivinhado, possibilitou a introdução do cinema como
entretenimento.
O Empreendedorismo é a força que existe por trás da inovação e do crescimento sustentável na
maioria das economias prósperas. Através dele, novas idéias e abordagens, tecnologias avançadas,
ferramentas para incremento da produtividade e produtos de alto valor agregado são continuamente
introduzido nos negócios e nos mercados, contribuindo fortemente para a permanência da mudança na
sociedade.
O empreendedorismo gera um auto grau de realização pessoal, esse é
mais um fator para se estimular o empreendedorismo.
O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de tempo, principalmente
no século XX, quando foi criada a maioria das invenções que revolucionaram o estilo de vida das
pessoas. Geralmente essas invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de
como utilizar coisas já existentes, mas que ninguém anteriormente ousou olhar de outra maneira.
4
Por trás dessas invenções, existem pessoas ou equipes de pessoas com características especiais,
que são visionárias, que questionam, que arriscam, que querem algo diferente, que fazem acontecer,
que empreendem. Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular,
apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas
e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Uma vez os empreendedores estão
revolucionando o mundo, seu comportamento e o próprio processo empreendedor devem ser estudados
e entendidos.
Alguns conceitos administrativos predominaram em determinados períodos do século XX, em
virtude de contextos sócio-políticos, culturais, de desenvolvimento tecnológico, de desenvolvimento e
consolidação do capitalismo, entre outros.
O papel do empreendedor foi sempre fundamental na sociedade. Então, por que o ensino do
empreendedorismo está se intensificando agora? O que é diferente do passado? Ora, o que é diferente
é que o avanço tecnológico tem sido de tal ordem que requer um número muito maior de
empreendedores. A economia e os meios de produção e serviços também se sofisticaram, de forma que
hoje existe a necessidade de se formalizar conhecimentos, que eram apenas obtidos empiricamente no
passado. Portanto, a ênfase em empreendedorismo surge muito mais como conseqüência das
mudanças tecnológicas e sua rapidez, e não apenas como um modismo. A competição na economia
também força novos empresários a adotar paradigmas diferentes.
Paradigma é a palavra utilizada para designar uma maneira de pensar ou agir
num determinado contexto ou época. Ou seja, é um modelo ou padrão seguido
pela maioria das pessoas. O termo também se refere a uma escola ou linha de
pensamento científico ou filosófico. Um exemplo para uma melhor
compreensão pode ser dado na física. Até o início do século XX o paradigma
existente era a física newtoniana (do físico britânico Isaac Newton [1642-
1727]). Com a publicação dos trabalhos de Albert Einstein (1879-1955) nos
primeiros anos do século XX, esse paradigma mudou – houve uma ruptura ou
quebra do paradigma anterior.
Por isso, o momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo, pois são os
empreendedores que estão eliminando barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias,
globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos
empregos, quebrando paradigmas e gerando riqueza para a sociedade.
Paradigmas
A percepção é o processo pelo qual a pessoa organiza, interpreta e traduz as informações que
vem através dos órgãos dos sentidos. A percepção é a base da compreensão do comportamento porque
é por meio do processo perceptivo que as pessoas constroem a sua própria realidade. É com base no
que é percebido que elas raciocinam, tomam decisões e agem.
Nossa percepção do mundo à nossa volta é amplamente guiada por nosso conhecimento
estruturado sobre o mundo, e sobre as coisas e pessoas que encontramos nele. Essas estruturas de
conhecimento, tipicamente chamadas de paradigmas (ou esquemas) e metáforas dominantes, nos
ajudam a identificar coisas (categorias) e a determinar o que elas significam e como nós devemos
responder a elas.
“Paradigma é a forma como você percebe o mundo. No entanto, ele está para você da mesma forma
como a água está para o peixe. O peixe não sabe que está dentro dela até que o tirem para fora.”
Adam Smith
Com essa frase, o economista inglês do século XVIII nos convida a pensar fora da caixa, isto é, a
percorrer os caminhos nunca dantes trilhados e a olhar o mundo sempre com novos olhos.
5
Paradigmas nos Negócios
Paradoxo: Quem descobriu o relógio eletrônico a quartzo foi um suíço. O problema é que quando o
paradigma muda, o conhecimento anterior vai à zero. Toda aquela tecnologia aprendida durante anos
de confecção de relógio mecânico não serviria muito para a produção dos novos relógios.
Resolução visual
O que você vê na figura A? Quantas bolas pretas você consegue enxergar na figura B
6
Razões do Empreendedorismo
O empreendedorismo busca a auto-realização de quem utiliza este método de trabalho,
estimulando o desenvolvimento como um todo e o desenvolvimento local, apoiando a pequena
empresa, ampliando a base tecnológica, criando empregos, evitando armadilhas no mercado que está
incidindo. Com isso em mente, é preciso reorientar o ensino brasileiro para a velocidade nas
mudanças, novas tendências internacionais, adaptando-se ao novo mercado, com ética e cidadania.
Partes envolvidas
Características Gerente Empreendedor Intraempreendedor
Liberdade de ação, Auto- Liberdade de ação e
Motivação Poder
motivação recompensa Organizacional
Arregaça as mangas,
Actividades Delega a sua autoridade Delega mas colabora
Colabora com os outros
Negócios, Gerência e Empreendedor com mais
Competência Administração, Política
Política habilidade Política
Acontecimentos Dentro e fora da empresa,
Interesses Tecnologia e mercado
internos da empresa mercado
Erros são evitados, mas
Erros Evitar erros Aprendizagem com erros
aprende-se com eles
Interage do assunto para Visão e decisão própria,
Decisões Fundamentação
depois delegar Acção versus Discussão
Se o sistema não o satisfaz, Acomoda-se ou provoca curto-
Sistema Burocracia o satisfaz
constrói o seu circuito
Relações Hierarquia Negociação Hierarquia "amiga
7
A Revolução do Empreendedorismo
Mas, afinal qual é a melhor definição para empreendedorismo? Muitas são as definições, mas
talvez uma das mais antigas e que talvez melhor reflita o espírito empreendedor seja a de Joseph
Shumpeter(1942):
“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos
produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos
recursos e materiais.”
Essa definição moderna de empreendedorismo foi cunhada pelo economista de origem austro-húngara
Joseph Schumpeter (1883-1950) em seu livro de 1942 Capitalismo, Socialismo e Democracia, no qual
expunha a sua teoria da Destruição Criativa ou Destruição Criadora.
Kirzne (1973) colocar a referência completa ao final tem uma abordagem diferente. Para esse
autor, o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em
um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Porém, ambos
são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um
indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu
conhecimento aumenta.
8
De acordo com Shumpeter, o empreendedor é mais conhecido como aquele que cria novos
negócios, mas pode também inovar dentro de negócios já existentes; ou seja, é possível ser
empreendedor dentro de empresas já constituídas.
Então o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar
sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se,
pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor:
Os dois exemplos acima servem para definir o conceito de inovação radical – a criação de algo
inexistente anteriormente, e da inovação incremental, na qual se adiciona algo a uma coisa
previamente existente. A fronteira entre a inovação radical e a incremental pode ficar meio confusa,
quando se considera que ciência e tecnologia existem geralmente sobre bases existentes anteriormente.
A inovação de Steve Jobs foi diminuir o tamanho dos computadores existentes, que podiam
ocupar um andar inteiro de um edifício para um conjunto que cabia em uma escrivaninha. Essa
diminuição é que possibilitou um maior acesso ao uso dos computadores e a revolução que se seguiu.
No entanto, a maioria dos empreendedores cria negócios em mercados já existentes, não
deixando de ser bem-sucedidos por isso.
Conceitos/significados de empreendedorismo/empreendedor
9
✓ “É o indivíduo capaz de identificar oprtunidade em seu ambiente atual, mesmo em
meio a crises”. (Kirner, 1973)
Conceitos e definições
Empreendedorismo é um “fenômeno cultural, expressão dos hábitos, práticas e valores das pessoas”.
Nível Primário: Familiares e conhecidos, ligações em torno de mais de uma atividade (é a principal
fonte de formação de empreendedores).
Nível Secundário: Ligações em torno de determinada atividade, redes de ligações.
Nível Terciário: Cursos, livros, viagens, feiras e congressos.
Inovador do ambiente
Conceito: Empreendedor é aquele que utiliza sua imaginação e sua capacidade de fixar metas para
seus desenvolvimentos com a finalidade de alcançar suas visões.
“Alguns homens vêem as coisas como são, e perguntam: “Por quê?”. Eu sonho com as coisas
que nunca existiram e pergunto: “Por que não?””
Bernard Shaw
➢ Inovador
➢ Inquieto
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➢ Criativo
➢ Planejador
➢ Sempre de olho no futuro
➢ O empreendedor tem um “modelo”, uma pessoa que o influencia.
➢ Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de
realização.
➢ Tem perseverança e tenacidade
➢ O fracasso é considerado um resultado como outro qualquer. Ele aprende
com os resultados negativos, com os próprios erros.
➢ Tem grande energia. É um trabalhado incansável.
➢ É apaixonado pelo que faz
Empresário: Condição jurídica da pessoa que foi ao órgão público e registrou uma
empresa no seu nome.
Exemplos de Empreendedor:
➢ Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de
administrar, vender, fabricar, distribuir, seja na forma de fazer propaganda dos seus produtos
e/ou serviços, agregando novos valores;
➢ Contudo, não se considera empreendedor uma pessoa que, por exemplo, adquira uma empresa
e não introduza nenhuma inovação (quer na forma de vender, de produzir, quer na maneira
de tratar os clientes), mas somente gerencia o negócio.
Globalização
Aumenta a competição
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Acirrada Dura, forte. Vivemos uma “guerra”
MITO 7: Se um empreendedor tem capital inicial suficiente, não pode perder a chance.
Realidade: Muito dinheiro cria euforia e a síndrome de criança estragada.
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1. São visionários
Eles têm a visão de como será o futuro para seu negócio e sua vida e, o mais importante: eles têm a
habilidade de implementar seus sonhos.
Eles não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões corretas na hora certa, principalmente nos
momentos de adversidade, sendo isso um fator chave para o seu sucesso. E mais: além de tomar
decisões, programam suas ações rapidamente.
Os empreendedores transformam algo de difícil definição, uma idéia abstrata, em algo concreto, que
funciona, transformando o que é possível em realidade. Sabem agregar valor aos serviços e produtos
que colocam no mercado.
Para a maioria das pessoas, as boas idéias são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não
identificaram algo prático para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e informações.
Conforme vimos anteriormente, tanto Schumpeter (1942) quanto Kirzener (1973) são enfáticos em
afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso
e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.
Eles implementam suas ações com total comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando
os obstáculos, com uma vontade impar de fazer acontecer. Mantêm-se sempre dinâmicos e cultivam
um certo inconformismo diante da rotina.
6. São dedicados
Eles de dedicam 24 hors por dia, 7 dias por semana, ao seu negócio. Comprometem o relacionamento
com amigos, com a família, e até mesmo com a própria saúde. São trabalhadores exemplares
encontrando energia para continuar, mesmo quando encontram problemas pela frente. São incansáveis
e loucos pelo trabalho.
Eles adoram o trabalho que realizam. E é esse amor ao que fazem o principal combustível que os
mantém cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os melhores vendedores de seus
produtos e serviços, pois sabem, como ninguém, como fazê-lo.
Eles querem estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem ser independentes,
em vez de empregados; querem criar algo novo e determinar os próprios passos, abrir os próprios
caminhos, ser o próprio patrão e gerar empregos.
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9. Ficam ricos
Ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Eles acreditam que o dinheiro é
consequencia do sucesso dos negócios.
São respeitados e adorados por seus funcionários, pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-
los, formando um time em torno de si. Sabem que para obter êxito e sucesso, dependem de uma equipe
de profissionais competentes. Sabem ainda recrutar as melhores cabeças para assessorá-los nos
campos onde não detém o melhor conhecimento.
Os empreendedores sabem construir uma rede de contatos que os auxilia no ambiente externo da
empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe.
Os empreendedores de sucesso planejam cada passo de ser negócio, desde o primeiro rascunho do
plano de negócios, até a apresentação do plano a investidores, definição das estratégias de marketing
do negócio, sempre tendo como base a forte visão de negócio que possuem.
Talvez essa seja a característica mais conhecida dos empreendedores. Mas o verdadeiro empreendedor
é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso.
Assumir riscos tem relação com desafios. E para o empreendedor, quanto maior o desafio, mais
estimulante será a jornada empreendedora. Assim como um praticante de esportes radicais, um
empreendedor não assume riscos desnecessários. O objetivo é superar barreiras e não cometer suicídio.
Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor para a sociedade, com a geração de
empregos, dinamizando a economia e inovando, sempre usando sua criatividade em busca de soluções
para melhorar a vida das pessoas.
16. Persistência
➢ Age diante de um obstáculo;
➢ Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar um
obstáculo;
➢ Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário para atingir metas e objetivos.
A persistência é uma das características do empreendedor. Todo negócio tem seus momentos
difíceis. Mas é preciso persistir e buscar superação.
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Descreva abaixo sua impressão sobre cada um desses termos:
Necessidades do Empreendedor
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1. Conhecimento dos aspectos técnicos relacionados com o negócio
Pergunte...
• Qual é o seu negócio?
• Você quer produzir?
• Você quer oferecer um serviço?
2. Experiência Técnica
3. Experiência Comercial
Conheça as diversas áreas que envolvem a comercialização de seu produto e/ou serviços, como:
• Distribuição
• Vendas
• Publicidade
• Pesquisa de mercado e
• Definição de novos produtos e/ou serviços
Se lhe faltar experiência nessa área, tenha alguém de confiança que possa lhe assessorar.
4. Escolaridade
Ter um nível mínimo de escolaridade facilita seu acesso e compreensão no mundo dos negócios,
enriquecendo sua experiência prática.
5. Experiência em empresas
6. Formação complementar
Refere-se à aquisição de informações ou o aprimoramento dos conhecimentos que já possui. Isto pode
partir de um interesse particular ou de uma necessidade gerada pelo próprio negócio.
Principais Habilidades
Habilidade de perceber o que os outros não percebem e de visualizar muito mais longe que os
demais.
Habilidade para utilizar sistematicamente operações mentais, a fim de, encontrar respostas, para
enfrentar os desafios e superar os obstáculos.
Antiguidade
Não há registros históricos ou arqueológicos de empreendedores individuais na Antiguidade, mas
sabe-se que o comércio tinha papel importante, mesmo nas comunidades neolíticas. Dentre as ruínas
mais antigas de aglomerações humanas estão as localizadas na atual Síria, na região de al-Jerf al-
Ahmar. O vilarejo neolítico datando de mais de 11 mil anos foi construído no entroncamento de rotas
de comércio já existentes, levando os cientistas a presumir que o comércio date de época anterior.
Você pode ver abaixo uma foto das ruínas de al-Jerf al-Ahmar. É interessante saber que muitas das
edificações tinham armazéns anexos ou subterrâneos:
QuickTime™ and a
decompressor Você pode ver mais informações a respeito no site
are needed to see this picture. em espanhol www.diplomatie.gouv.fr/es/.../siria-jerf-
el-ahmar/
Há muitos outros sítios arqueológicos com
evidências de atividades comerciais. Pesquise, por
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exemplo, os sítios de Göbekli Tepe e Çatalhöyük na Turquia.
Os arqueólogos modernos concordam que a escrita cuneiforme surgida na Mesopotâmia foi criada
inicialmente para registrar transações comerciais. Há diversas tabuletas de cerâmica com anotações de
mercadorias, suas quantidades e preços assim como há registros de impostos e doações aos templos
religiosos. A literatura foi um uso posterior da escrita.
Bem mais tarde, a Fenícia foi um conjunto de cidades-estado da Antiguidade que floresceu com o
comércio no mar Mediterrâneo. Uma de suas colônias mais famosas foi a cidade de Cartago, na costa
da atual Tunísia, uma potência comercial por cerca de 3 mil anos, atacada e destruída pelos romanos,
que buscavam o domínio das rotas comerciais do Mediterrâneo.
Roma costuma ser lembrada por seu poder militar, mas as bases que sustentavam o império eram
comerciais.
Na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava
grandes projetos de produção ou comércio. Nas vilas e cidades havia o sistema das Corporações de
Ofício, no qual profissionais das artes e ofícios, como marceneiros, pedreiros ou artistas, serviam um
período de aprendizagem na oficina de um mestre, até que pudessem provar para outros mestres
experientes serem capazes de exercer seu ofício por conta própria, tornando-se mestres também e
podendo aceitar aprendizes. O sistema era rígido e um mestre em um ofício – o de marceneiro, por
exemplo –, não podia atuar em outra área fora da marcenaria. Se precisasse de puxadores de ferro, por
exemplo, tinha que adquiri-los de um mestre ferreiro.
Esses empreendedores costumavam estabelecer-se com uma licença do nobre que governava a
vila ou cidade, devendo-lhe impostos. Vale observar que o conceito de nação não era ainda
estabelecido. Regiões como a França, a Itália e a Alemanha eram aglomerados de principados,
ducados, condados e baronatos unidos pelo sistema feudal a um rei, geralmente não muito poderoso.
No caso da França, por exemplo, os duques da Borgonha (região entre a França e a atual Bélgica)
foram durante anos mais ricos e poderosos que o rei, fazendo, inclusive, alianças com os inimigos do
rei, no caso a Inglaterra, durante a guerra dos cem anos.
A Borgonha era uma grande produtora de vinhos e tecidos finos, exportando-os para toda a
Europa, sem se importar com os interesses do rei. Produtores e comerciantes da Borgonha
funcionavam sob o regime das Corporações de Ofício, pagando impostos ao duque.
A Itália era um caso interessante, na medida em que sequer havia um rei. Cada cidade-estado
dominava uma pequena região, constituindo-se em principado, ducado ou até república, como nos
casos de Gênova e Veneza. Essas repúblicas eram governadas por comerciantes ricos e banqueiros,
que atuavam como capitalistas para comerciantes aventureiros, que cruzavam o Mediterrâneo em
busca de comércio e riquezas. Os riscos eram grandes e as perdas também. Veja o caso de Marco Polo
e seu pai e seu tio, exploradores de uma rota comercial terrestre até a atual China.
A respeito dos riscos, vale ler a peça famosa de William Shakespeare, O Mercador de Veneza,
uma história rica em aventura, temperada com vingança. Para quem não quiser ler (uma perda e tanto),
há um excelente filme recente com o ator Al Pacino, no papel de Shylok.
Livro: http://livros.universia.com.br/2012/10/17/baixe-gratis-o-livro-o-mercador-de-veneza-de-
william-shakespeare/
Filme: RADFORD, Michael. O Mercador de Veneza. Estados Unidos, 2004. 2h18min.
Durante a Idade Média, mais especificamente durante as Cruzadas, os cavaleiros
Templários, um grupo de religiosos guerreiros, dedicados à proteção dos peregrinos que
viajavam à Terra Santa, tornaram-se os primeiros banqueiros. Um viajante podia
depositar uma soma numa igreja dos templários em sua cidade e resgatar pequenas
somas ao longo da viagem, ou a soma total ao final dela, junto a outro grupo de
cavaleiros, mediante um documento assinado que ficou conhecido como carta de
câmbio ou letra de câmbio. A atividade de banqueiros disseminou-se entre outras
camadas sociais, depois que o rei Filipe o Belo da França, grande devedor da Ordem,
destruiu os Templários em 1314.
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As Grandes Navegações
Situadas historicamente no final do Renascimento, as chamadas Grandes Navegações Ibéricas
sustentavam-se sobre importantes inovações tecnológicas.
Vimos acima que durante séculos o comércio entre a Europa, o norte da África e o Oriente
Próximo se dava pelo mar Mediterrâneo. Arriscar-se além de seus limites era geralmente desastroso.
Os portugueses foram os introdutores da nau, um barco de bojo largo, construído para longas viagens
através do oceano Atlântico. A nau substituiu diversos modelos de barcos estreitos, como as galeras,
usadas para as curtas viagens mediterrâneas. Suas formas largas e fundo achatado resistiam melhor às
muitas tempestades de alto mar. As outras inovações foram o astrolábio e a bússola, adaptadas de
modelos existentes desenvolvidos pelos árabes. Ambos os instrumentos permitiam a navegação sem a
dependência da posição do sol ou das estrelas.
Inovações introduzidas por portugueses e espanhóis produziram o galeão, uma nau mais leve,
estreita e ágil, armada em guerra, isto é, transportando canhões, que permitiram a defesa das frotas
com as riquezas de além mar. Entretanto, mais para o final do século XVI, os ingleses criaram um
galeão ainda mais rápido, tornando-os uma potência marítima até o século XX.
Século XVII
Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos
como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o
empreendedor – aquele que assumia riscos – do capitalista – aquele que fornecia o capital.
O sistema das Corporações de Ofícios prevaleceu até a Revolução Francesa, no final do século
XVIII e o início da Revolução Industrial, ocorrido mais ou menos na mesma época.
No século XVII o conceito de nação se fortaleceu, com a figura do rei tendo mais poder e
concedendo alvarás e permissões especiais para a fabricação de produtos e de seu comércio.
Especiarias do Oriente e das Américas, madeiras nobres, sedas e produtos finos eram alvo
dessas concessões e explorados por companhias de empreendedores como a Companhia das Índias
Ocidentais, fundada por comerciantes holandeses, que chegaram a conquistar partes de Pernambuco e
do Maranhão da corôa portuguesa.
Houve três Companhias das Índias Orientais diferentes, fundadas por comerciantes franceses,
ingleses e holandeses, estabelecendo-se nas colônias recém descobertas, explorando-as
comercialmente.
Nesse contexto, vale lembrar o papel importante do corso, uma concessão
oficial dada por um governo a capitães de navios para atacar a marinha mercante de
países inimigos. Os ingleses Walter Raleigh e Francis Drake foram corsários
famosos, atacando os navios espanhóis cheios de ouro e outras preciosidades
coloniais. René Duguay-Trouin foi um corsário francês que, dentre outras façanhas,
atacou a cidade do Rio de Janeiro, exigindo um resgate para a sua retirada. Há
registros históricos evidenciando que Duguay-Trouin contou com o financiamento
de capitalistas franceses para o seu empreendimento, cabendo-lhe como almirante de
uma frota de 17 navios, 1/5 do butim.
Corsários eram diferentes de piratas, que não tinham a permissão de governo
algum e predavam navios de qualquer nação.
O destino de piratas ou corsários, quando capturados, costumava ser a forca.
Séculos XIX e XX
Empreendedorismo no Brasil
Durante o período colonial era proibido estabelecer indústrias no país. Havia umas poucas
manufaturas comandadas por artesãos em moldes medievais. A confecção de móveis floresceu no
Brasil, com muitas peças mais ricas e detalhadas do que suas congêneres produzidas em Portugal. O
estado de Minas Gerais era um dos centros produtores e seus museus e arquivos ainda guardam
exemplares dessa arte. Uma das metas dos inconfidentes mineiros era a independência e a liberdade
para que nativos do Brasil pudessem empreender livremente.
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As primeiras indústrias foram estabelecidas no Brasil com a chegada da Família Real
portuguesa em 1808. D. João VI estabeleceu uma fábrica de pólvora no Rio de Janeiro e permitiu a
criação de outras pequenas indústrias.
Um exemplo de empreendedor brasileiro no século XIX é Irineu Evangelista de Souza, o barão
e depois visconde de Mauá. Mauá foi um banqueiro, um industrial arrojado e um grande
empreendedor na área de ferrovias, muitas vezes com o apoio de financistas ingleses.
O visconde teve também diversos fracassos empresarias sem, no entanto, se deixar abater.
Veja o filme: REZENDE, Sérgio. Mauá – o Imperador e o Rei. Cor, 135 min. Brasil, 1999.
No relatório executivo da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil aparece como o país
que possui a melhor relação entre o número de habitantes adultos que começam um novo negócio e o
total dessa população:
Para leitura:
“Com as atuais mudanças na Economia e nas Relações Trabalhistas, que fazem com que o
emprego, com carteira assinada, torne-se cada vez mais instável e escasso, mais pessoas têm
“surfado” na onda empreendedora e estão abrindo seus próprios negócios”.
Você já leu algum artigo que começasse da forma descrita acima? Eu já, muitos...
Existe uma confusão reinante em nossa sociedade entre o que é ser empreendedor e o que é
ser empresário. Empreendedor, para muitos (muitas vezes pessoas importantes e formadores de
opinião) é simplesmente aquela pessoa que abre um negócio.
Para nós, este é o empresário. O empreendedor é muito mais do que isso, mas, muitas vezes,
nem precisa ser isso...
Empreendedorismo está intimamente ligado a uma realização pessoal e profissional. O
empreendedor não precisa abrir seu próprio negócio... Ele pode participar do negócio de outrem,
mas de uma forma pró-ativa e, antes de tudo, deve sentir-se realizado por assim proceder.
Estudiosos do comportamento humano afirmam que o homem não vive no mundo que o
cerca, mas sim em uma representação deste mundo, por ele criada a partir da percepção e
processamento daquilo que está à sua volta.
Essa “realidade virtual” é criada através da utilização de uma combinação de percentuais
dos cinco sentidos conhecidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), de uma forma singular para
cada indivíduo, quase uma impressão digital.
Aliado a esses cinco sentidos, existe dentro de nós, um sexto, muitas vezes adormecido, que
quando despertado faz com que nos tornemos cientes de nossos sonhos e das oportunidades a nossa
volta e que nos compele à realização pessoal e profissional. Esse sexto sentido tem um nome:
Empreendedorismo.
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Por isso, diante da eterna discussão se o empreendedor já nasce feito ou pode ser formado, a
nossa posição é a seguinte:
“O Empreendedorismo, nosso sexto sentido, existe dentro de cada um de nós, nasce conosco,
só precisa ser resgatado”.
Como resgatar essa capacidade de ser empreendedor? Esta é a proposta deste curso.
Para isso ser possível, é preciso antes de tudo retirar o gesso, a camisa de força que é colocada
em nós, desde pequenos, pelo sistema educacional e pela sociedade.
Importante: Fazer a dinâmica teste sua criatividade, do livro Empreendedorismo Transformando ideias em Negócios –
José Carlos Assis Dornelas, pág. 45
Está disponível em algum lugar?
Leitura:
Orientação empreendedora como diferencial para as organizações
Seria interessante ter as referências e o texto completo, com o nome do autor.
23
corrobora os estudos de Miller (1983), que apontam para o fato de que o empreendedorismo é
integralmente relacionado a variáveis de ambiente, estrutura, estratégia e personalidade do líder, e que
este relacionamento varia sistematicamente e logicamente de um tipo de organização para outro.
Zahra e Covin (1995), apontam para o fato de que organizações empreendedoras têm um
impacto positivo nas medidas de performance financeira. Segundo os autores, estes efeitos na
performance tendem a ser modestos ao longo dos primeiros anos e crescem ao longo do tempo,
sugerindo que um comportamento empreendedor pode, de fato, contribuir para o progresso da
performance financeira da organização a longo prazo.
Bernardi (2003) afirma que empresas empreendedoras, com alta capacidade competitiva,
centram suas atenções no cliente, nas percepções de valor e utilidade, bem como nas formas sistêmicas
adequadas a cumprir bem seu papel no ambiente. De acordo com Freitas (1993), para uma empresa ser
sempre competitiva deve ser capaz de reagir rapidamente aos eventos para atingir os objetivos fixados
a curto termo, bem como antecipar e evoluir em harmonia com seu ambiente, para garantir a
perenidade a longo prazo.
Para Chagas e Freitas (2001), a empresa empreendedora é aquela que consegue olhar além do
usual, possuindo habilidade de assumir a direção dos processos de transformação e o mudança de
direção de seus recursos. Lesca (apud Freitas, 1993) apontam para uma empresa ideal, com as
seguintes características:
- Rentável a curto prazo e viável a longo prazo;
- Possui uma identidade clara, sabendo o que é, o que quer vir a ser, e como agir;
- É comunicante e participativa, vigilante e previdente;
- É capaz de adaptação à mudança e de aprendizagem inovadora;
- É capaz de esforços para aperfeiçoamento de seus membros;
- É capaz de mobilizar energia e inteligência para atingir seus objetivos.
Plano de Negócios
Quando se fala em empreendedorismo, remete-se naturalmente ao termo plano de negócios. O
plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor. Empreendedores precisam saber
planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento.
A principal utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta de gestão para o
planejamento e desenvolvimento inicial de uma empresa.
Plano de negócios (do inglês Business Plan), também chamado "plano
empresarial", é um documento que especifica, em linguagem escrita, um negócio
que se quer iniciar ou que já está iniciado.
Geralmente é escrito por empreendedores, quando há intenção de se
iniciar um negócio, mas também pode ser utilizado como ferramenta de
marketing interno e gestão. Pode ser uma representação do modelo de negócios
a ser seguido. Reúne informações tabulares e escritas de como o negócio é ou
deverá ser.
A principal utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta
de gestão para o planejamento e desenvolvimento inicial de uma empresa.
De acordo com o pensamento moderno, o plano de negócio é um
documento vivo, no sentido de que deve ser constantemente atualizado para que
seja útil na consecução dos objetivos dos empreendedores e de seus sócios.
O plano de negócios também é utilizado para comunicar o conteúdo a
investidores de risco, que podem se decidir a aplicar recursos no
empreendimento.
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Para E. Bolson, plano de negócio "é uma obra de planejamento dinâmico que
descreve um empreendimento, projeta estratégias operacionais e de inserção no
mercado e prevê os resultados financeiros". Segundo o mesmo autor, a
estratégia de inserção no mercado talvez seja a tarefa mais importante e crucial
do planejamento de novos negócios.
O plano de negócios é um documento escrito que tem o objetivo de estruturar as principais idéias e
opções que o empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade da empresa a ser criada.
Também é utilizado para a solicitação de empréstimos e financiamento junto a instituições financeiras,
bem como para expansão de sua empresa.
Uma dica importante sobre a elaboração de um plano de negócios é encará-lo como
uma importantíssima peça de marketing. Para o empreendedor e seus liderados é um
norte, uma meta a ser alcançada. Deve, portanto, ser inspiradora e capaz de,
efetivamente, apontar rumos a serem tomados. Para investidores, sejam capitalistas ou
bancos de investimento, a peça deve ser capaz de motivá-los a acreditar e investir no
projeto.
Em princípio, espera-se que uma empresa seja capaz de gerar lucro. Ter um plano bem
estruturado é um caminho para a consecução desse objetivo. De fato, uma pesquisa realizada com ex-
alunos de administração da Harvard Busines School, nos Estados Unidos, concluiu que o plano de
negócios aumenta em 60% a probabilidade de sucesso dos negócios. É óbvio que sempre haverá
pessoas de sorte, com sucesso nos negócios, sem plano, e também aquelas que ganham na loteria. Mas
serão casos mais isolados. Através do plano é possível:
➢ Quais são as projeções financeiras para fluxo de caixa, receitas, despesas, custos e lucros.
25
➢ Procura avaliar as diversas influências ambientais incidentes sobre o seu novo negócio,
podendo assim, minimizar o seu risco.
➢ Fornece informação financeira detalhada que mostra como seu negócio terá sucesso na busca
do lucro.
Não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um plano de negócios, pois cada
negócio tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão de plano de
negócios que seja universal e aplicado a qualquer negócio. Uma empresa de serviços é diferente de
uma empresa que fabrica produtos ou bens de consumo, por exemplo. Porém, qualquer plano de
negócios deve possuir um mínimo de seções as quais proporcionarão um entendimento completo do
negócio. Estas seções são organizadas de forma a manter uma seqüência lógica que permita a qualquer
leitor do plano entender como a empresa é organizada, seus sócios e suas qualificações, seus objetivos,
seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e sua situação financeira.
1. Capa. A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do plano de
negócios, pois é a primeira parte que é visualizada por quem lê o plano de negócios, devendo portanto
ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes.
2. Sumário. O sumário deve conter o título de cada seção do plano de negócios e a página
respectiva onde se encontra, bem como os principais assuntos relacionados em cada seção. Isto facilita
ao leitor do plano de negócios encontrar rapidamente o que lhe interessa.
4. Análise Estratégica. Nesta seção são definidos os rumos da empresa, sua visão e missão,
sua situação atual, as potencialidades e ameaças externas, suas forças e fraquezas, seus objetivos e
metas de negócio. Esta seção é na verdade a base para o desenvolvimento e a implantação das demais
ações descritas no plano.
6. Produtos e Serviços. Esta seção do plano de negócios é destinada aos produtos e serviços da
empresa: como são produzidos, quais os recursos utilizados, ciclo de vida, os fatores tecnológicos
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envolvidos, o processo de pesquisa e desenvolvimento, os principais clientes atuais, se a empresa têm
marca e/ou patente de algum produto.
7. Plano Operacional. Esta seção deve apresentar as ações que a empresa está planejando em
seu sistema produtivo e o processo de produção, indicando o impacto que estas ações terão em seus
parâmetros de avaliação de produção.
10. Estratégias de Marketing. Deve-se mostrar como a empresa pretende colocar seu
produto/serviço no mercado e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a
demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o
cliente, política de preços, principais clientes, canais de distribuição e estratégia de
promoção/comunicação e publicidade. Nesta seção deve-se focar o composto de marketing: produto,
preço, praça e propaganda.
11. Plano Financeiro. A seção de finanças deve apresentar em números todas as ações
planejadas para a empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quanto necessita de
capital, quando e com que propósito) de sucesso do negócio. Deve conter demonstrativos de fluxo de
caixa com horizonte de, pelo menos, três anos; balanço patrimonial; análise do ponto de equilíbrio;
necessidades de investimentos; demonstrativos de resultados; análise de indicadores financeiros do
negócio, como faturamento previsto, margem prevista, prazo de retorno sobre o investimento, etc.
A análise apresentada deve ser realista. É costume desenharem-se cenários, com uma visão
otimista, uma realista ou conservadora e uma pessimista, caso fatores adversos externos apareçam.
Lembre-se que investidores são especialistas em finanças, buscando sempre o retorno de seu
investimento. Projeções irrealistas são facilmente detectáveis.
12. Anexos. Esta seção deve conter informações adicionais julgadas relevantes para o melhor
entendimento do plano de negócios. Por isso, não tem um limite de páginas ou exigências a serem
seguidas. A única informação que não se pode esquecer de incluir é a relação dos currículos dos sócios
e dirigentes da empresa. Pode-se anexar informações como fotos de produtos, plantas da localização,
roteiros e resultados completos das pesquisas de mercado que foram realizadas, material de divulgação
do negócio, folders, catálogos, contrato social da empresa, etc.
Atualmente encontram-se no mercado através de livros e também pela internet vários modelos
de Plano de Negócios, estruturas e programas que auxiliam o empreendedor a elaborar um Plano de
Negócios. O SEBRAE oferece em seu site um programa dinâmico e de fácil manuseio, basta o
empreendedor acessar o site e se cadastrar para pode usufruir deste software. Outro software também
muito conhecido e recomendado por muitos é o Make Money.
27
Leitura:
Incubadoras de Empresas
Seria interessante ter as referências e o texto completo, com o nome do autor.
Desde o surgimento do primeiro parque tecnológico que se tem notícia, no final da década de 1940,
em Palo Alto, na Califórnia, caracterizado pelo estreito relacionamento com a Universidade de Stanford
(Broadhurst, 1988), e que serviu de modelo para outros países desenvolverem os seus pólos tecnológicos
(Torkomian, 1992), conceitos como capital de risco, empreendedorismo e incubadoras de empresas são
considerados condições básicas para o desenvolvimento econômico regional, pela transferência de
tecnologia (Gibb, 1992; Spolidoro, 1999; Dornelas et al., 2000). É importante notar que a participação dos
governos no incentivo às empresas de base tecnológica tem sido fundamental, assim como no caso dos
parques e pólos tecnológicos, direcionando os esforços de pesquisa para setores considerados prioritários,
como ocorreu nos Estados Unidos (Medeiros et al., 1992), Japão, França, Canadá, Alemanha, Itália,
Inglaterra e, mais recentemente, em países em desenvolvimento como Israel (Khavul et al., 1998), China e
México (Lalkaka & Bishop, 1996).
No Brasil, os primeiros pólos tecnológicos foram criados a partir de 1984, por meio de convênios
do CNPq com instituição localizadas em São Carlos–SP, Joinvile-SC, Campina Grande-PB, Manaus-AM e
Santa Maria-RS, com o intuito de criar empresas de base tecnológica nessas regiões (Medeiros et al., 1992;
Torkomian, 1992). Essas experiências iniciais motivaram o surgimento de parques e pólos tecnológicos em
outras regiões do Brasil, que atualmente possui dezenas dessas iniciativas. Com a criação dos pólos e
parques tecnológicos, o surgimento do conceito de incubadora de empresas de base tecnológica foi natural,
já que para abrigar as iniciativas empreendedoras havia a necessidade de se construir espaços que
proporcionassem um perfeito desenvolvimento desses negócios inovadores e acelerassem sua
consolidação.
As incubadoras de empresas são entidades sem fins lucrativos destinadas a amparar o estágio
inicial de empresas nascentes que se enquadram em determinadas áreas de negócios. Uma incubadora de
empresas pode ser definida como um ambiente flexível e encorajador no qual são oferecidas facilidades
para o surgimento e o crescimento de novos empreendimentos (ANPROTEC, 1998). Além de assessoria na
gestão técnica e empresarial da organização, a incubadora oferece a possibilidade de serviços
compartilhados como laboratórios, telefones, internet, fax, telex, copiadoras, correio, luz, água, segurança,
aluguel de área física e outros. Assim, uma incubadora de empresas é um mecanismo – mantido por
entidades governamentais, universidades, grupos comunitários etc. – de aceleração do desenvolvimento de
empreendimentos (incubados ou associados), por meio de um regime de negócios, serviços e suporte
técnico compartilhado, além de orientação prática e profissional. A empresa incubada não encontrará fora
da incubadora as facilidades existentes dentro dela, a preços tão competitivos e de forma tão integrada. Por
isso, a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas em geral, e a procura por vagas em incubadoras,
por parte das empresas nascentes, vem aumentando no país.
Mas o principal objetivo de uma incubadora de empresas deve ser a produção de empresas de
sucesso, em constante desenvolvimento, financeiramente viáveis e competitivas em seu mercado, mesmo
após deixarem a incubadora, geralmente em um prazo de três a quatro anos. Ou seja, todo empreendedor e
sua empresa passam por um processo de seleção para serem admitidos em uma incubadora, devendo
apresentar, entre outros documentos, um plano de negócios de seu empreendimento.
O número de incubadoras de empresas tem crescido rapidamente nos últimos anos, tanto no
exterior, como no Brasil. Nos Estados Unidos, até o início da década de 1980, havia apenas cerca de dez
incubadoras. Esse número cresceu rapidamente na década seguinte e, em 1997, já havia mais de quinhentas
incubadoras naquele país. Em 1999, o número de incubadoras nos Estados Unidos era superior a
oitocentos. No Brasil, mais recentemente, vem ocorrendo algo semelhante. A primeira incubadora de
empresas do país foi criada em São Carlos-SP, em 1984, e está vinculada à Fundação Parque de Alta
Tecnologia de São Carlos, entidade mantenedora da incubadora. Desse período até os dias atuais, o número
de incubadoras de empresas no país aumentou consideravelmente. Atualmente, principalmente no estado
de São Paulo, cria-se, em média, uma incubadora de empresas por mês. É importante ressaltar que essas
incubadoras são de caráter bastante eclético: tecnológicas (que abrigam empresas de base
tecnológica, por exemplo, software, eletrônica, biotecnologia, etc), convencionais ou tradicional (que
abrigam empresas industriais e de serviços onde a tecnologia não é o fim, mas pode ser utilizada no
processo de produção do bem ou serviço, por exemplo, vestuário, calçados, etc), e mistas (que
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abrigam ambos os tipos de empresas). Há também as incubadoras criativas, que abrigam empresas
das chamadas indústrias criativas, como produtoras cinematográficas e teatrais, empresas de design
e de moda, empresas de efeitos especiais para filmes e jogos, etc.
Em todo o país, o número de incubadoras de empresas já é superior a 135 (ANPROTEC, 2000),
sendo o Brasil o país que experimenta a maior taxa de crescimento em todo o mundo. No estado de São
Paulo existem cerca de 40 incubadoras de empresas, correspondendo a esse explosivo crescimento do
número de incubadoras no país, nos últimos três anos, deve-se ao fato de o SEBRAE nacional e estaduais
terem financiado grande parcela dessas incubadoras nascentes, com renovação anual dos convênios
firmados.
Para saber se existe uma incubadora em sua região, acesse o site da ANPROTEC, entidade que
representa o movimento de incubadoras no Brasil, WWW.anprotec.org.br, que contém uma relação dos
parques tecnológicos e das incubadoras de empresas a eles associadas. Outra alternativa são os Sebrae
estaduais, as prefeituras municipais, as universidades, que também apóiam o movimento e podem
encaminhar os empreendedores interessados.
Na versão online de nosso curso nós teremos uma maior ênfase na parte prática,
tendo como base conceitual maior o trabalho de Bill Aulet. Segundo este
trabalho, há 24 passos estruturados para se estabelecer um empreendimento de
sucesso. Juntamente com esse passo-a-passo, teremos uma amarração com o
plano de negócios. Esperamos que, ao final da disciplina, você seja capaz de
definir um empreendimento, estabelecer a sequência dos passos para pô-lo em
prática e produzir um documento escrito com essas informações.
Bom proveito!
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Unidade1
A Importância do Profissional de Operador de Caixa
Operador de Caixa
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Unidade 2
Marketing e Vendas
Figura2: Marketing
Fonte: http://www.smartmkt.com.br/blog/dicas-de-marketing-para-sua-empresa/ .Acesso em 22/09/2014.
Necessidades
A Coca-Cola sabe que são colocados 3,3 cubos de gelos no copo de seus clientes,
que são vistos 69 dos seus comerciais ao ano, e a preferência é para as latas bem
geladas.
Cada cidadão nos Estados Unidos gasta 20 dólares por ano com flores.
Pronatec
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Assim a maioria das empresas que se utilizam do marketing obtém respostas para
todas as situações que envolvem seus clientes. Essas informações são de suma
importância para elaborarem as suas estratégias de marketing, com o objetivo de
alcançar cada vez mais seus clientes e fidelizar os já alcançados.
Assim é importante para você futuro profissional Operador de Caixa conhecer seus
clientes, e utilizar desse conhecimento para aprimorar seu atendimento, ofere-
cendo produtos e serviços que satisfaçam cada vez mais as necessidades e desejos
dos seus clientes!
Desejos
Operador de Caixa
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Vamos entender agora como funciona a demanda? Veja e entenda como a deman-
da está relacionada ao conceito de desejos! Vamos lá?
Demanda
As pessoas buscam os produtos e serviços que lhes proporcionem cada vez mais
benefícios, satisfação, de acordo com seus desejos, necessidades e recursos finan-
ceiros. Dessa forma:
Produto
O conceito de produto envolve aquilo que possa ser oferecido ao mercado para
satisfazer as necessidades ou desejos dos clientes. É importante entendermos que
o conceito de produto envolve os objetos físicos como (mercadorias em geral) e
também aquilo que não é físico, certo? Por exemplo, as prestações de serviços por
outras empresas. Então os produtos podem ser bens físicos, ou tangíveis, que são
aqueles que podemos tocar ou sentir, ou os produtos poder ser bens intangíveis, ou
aquilo que não podemos pegar ou sentir.
Pronatec
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Produtos são bens e serviços, onde bens são tangíveis e serviços intangíveis!
Você aprenderá agora como os clientes percebem o valor do produto, certo? Assim,
além do valor financeiro do produto, você pode agregar valor aos produtos quando,
por exemplo, faz um excelente atendimento! Vamos conhecê-lo?
Valor
Ao se decidirem sobre quais bens e serviços irão adquirir os clientes baseia-se nos
valores que os serviços ou bens podem lhe proporcionar, certo? Assim, os clientes
agem sobre o valor percebido. Por exemplo, quando se compra um carro, o cliente
busca comprar comodidade, rapidez e conforto. Dependendo das necessidades ou
desejos, existirão clientes que comprarão um carro, buscando mostrar status, luxo
e poder aquisitivo, certo?
Então é importante que você, futuro profissional Operador de Caixa, saiba agregar
valor aos produtos e serviços oferecidos empresa que você trabalha. Como?
Saber agregar valor ao produto é uma das fases que você pode utilizar para suprir
as expectativas do cliente! Quando se alcança isso você gera satisfação no cliente!
E um cliente satisfeito retornará sempre a empresa! Vamos então entender um
pouco sobre satisfação.
Satisfação
Operador de Caixa
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Qualidade
Troca
Transações
Relacionamentos
Pronatec
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Mercados
Até vimos como os conceitos necessidades, desejos, demanda, produto, valor, sa-
tisfação, qualidade, troca, transações, relacionamentos e mercado estão inte-re-
lacionados nas empresas, ou seja, estão relacionadas entre si. Assim é de suma
importância que você, futuro profissional Operador de Caixa, entenda todo esse
processo na área de marketing e como você pode usas essas ferramentas para ter
sucesso em sua profissão!
Operador de Caixa
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TRABALHO EM EQUIPE
1. Em duplas, faça uma pesquisa sobre uma empresa de qualquer ramo e identifi-
que os produtos ou serviços oferecidos ao mercado por essa empresa.
Toda estratégia que leve a imagem do profissional até o consumidor final, o cliente
recebe o nome de marketing pessoal (SANTOS, 2002).
Pronatec
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Assim enquanto o marketing concentra seu foco nas trocas, o marketing pessoal
concentra seu foco na transformação, ou seja, o marketing pessoal por meio da
imagem e características dos profissionais promove as transformações necessárias,
para tornar os colaboradores da empresas, profissionais eficientes. O marketing
pessoal, por exemplo, permite que os profissionais projetem uma boa imagem da
empresa em que trabalham.
Uma empresa utiliza o Marketing para fazer com que seus produtos sejam conhe-
cidos, apreciados e comprados, no Marketing Pessoal um profissional faz o mesmo,
mas em benefício a sua carreira! (MANSUR,1998).
Operador de Caixa
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• Ser íntegro: executar o seu trabalho sem prejudicar ninguém. Não ser exage-
radamente ambicioso e atropelar quem aparece pela frente.
• Paciência: esperar o tempo certo para sua promoção, saber escutar o colega
de trabalho sempre!
• Saber receber feedback: o feedback é o retorno sobre o seu trabalho. Por meio
desse retorno, que geralmente é realizado pelo seu superior, você fica sabendo
o que se espera de você e o que você alcançou e o que poderá melhorar nas
atividades. Então, escute com paciência e procure sempre ser o melhor no que
desempenha!
Numa empresa séria quem tem marketing pessoal sempre recebe atenção da
chefia e apoio dos colegas!
Pronatec
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• Preço: na empresa, o preço deve ser compatível com o produto, suas atribui-
ções e qualidade! Em relação à você, o preço ou remuneração atribuída a você
no mercado de trabalho, deve ser compatível com suas qualificações, habili-
dades e escolaridade, por isso, qualifique-se sempre!!
Operador de Caixa
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Pronatec
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• Declínio: forte queda nas vendas, nos lucros e os clientes tendem a desapare-
cer sensivelmente.
Por isso, é importante conhecermos os 4p’s e como o marketing atua, sendo neces-
sário sempre posicionar o produto ou serviço de forma competitiva no mercado.
É importante apresentar e descobrir o que diferencia seu produto ou serviço do
concorrente e sempre deixar os clientes totalmente informados sobre o diferencial
do seu produto ou serviço, certo?
Você observou o quanto que o marketing pode ajudá-lo no bom atendimento. Abai-
xo algumas habilidades para realizar um bom atendimento (ROLIM, 2013):
• Apresentação Pessoal: ter uma boa apresentação pessoal, ter zelo e cuidado
consigo, ou seja, cuidados básicos com higiene e vestimentas!
Operador de Caixa
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TÍTULO I
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final.
CAPÍTULO III
Pronatec
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IX - (Vetado) ;
ATIVIDADES EM EQUIPE
Operador de Caixa
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Unidade 3
Ética Profissional
Agora você aprenderá como a ética é importante para a construção de uma postura
profissional adequada no ambiente de trabalho. Veja que, por exemplo, a ética
está relacionada às normas e regras da empresa.
Assim, dentre os vários conceitos que existem, a ética profissional está relacio-
nada ao comportamento das pessoas. Nas empresas a ética é de fundamental im-
portância, pois estão ligadas as normas de conduta que a empresa possui e seu
cumprimento ou não pelos trabalhadores. Então é sempre importante, você ao ser
contratado por uma empresa buscar conhecer quais as regras e regulamentos e as
normas de conduta que regem o seu ambiente de trabalho.
• Isso é certo?
• Isso é justo?
Devemos procurar ser éticos em todos os aspectos da nossa vida, que englobam
desde a vida pessoal à vida profissional. Você como futuro profissional operador
de caixa, deve prezar pela ética em seus relacionamentos com o cliente e com os
colegas de trabalho. Para ser um excelente profissional você não precisa desfazer
e nem expor a situação do outro colega de trabalho e muito menos a empresa
concorrente. A ética envolve vários conceitos, como a integridade, o caráter, e a
honestidade das pessoas. Lembre-se:
Pronatec
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1. Como conseguimos levar a ética para dentro de nossa vida profissional? Discuta
com os colegas de sala, exemplifique uma situação antiética no trabalho e uma
situação considerada ética, escreva a situação nas linhas abaixo.
Operador de Caixa
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Unidade 5
O Operador de Caixa e suas Múltiplas Funções
• Cuidar dos equipamentos utilizados durante o seu trabalho, zelando por sua
conservação;
• Supermercados;
• Mercadinhos;
Operador de Caixa
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• Hortifrutis;
• Atacarejos;
• Lojas de conveniência;
• Instituições financeiras;
• Farmácias e drogarias;
• Escolas e cursos.
Segundo a autora Rolim (2013), é necessário ainda a você futuro profissional ope-
rador de caixa seguir todas as especificações indicadas pelo fabricante durante
Pronatec
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• Teclado: local no qual são digitadas as opções desejadas no sistema que é rea-
lizada a transação financeira.
• Impressora de cupom fiscal: é uma pequena impressora que serve para, ao fi-
nal da transação financeira, emitir o “relatório de compra” ou o cupom fiscal.
É importante que você operador de caixa seja treinado para repor o rolo de
papel quando este mesmo acabar na impressora!
Operador de Caixa
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Vamos conhecer agora alguns procedimentos que você futuro Operador de Caixa
executará! Vamos lá?
• Troca: O cliente pode necessitar efetuar alguma troca, então encante o cliente
sempre no seu atendimento e conheça as normas para as trocas no estabele-
cimento no qual você irá trabalhar, não se esquecendo dos direitos do cliente
perante o código de defesa do consumidor, certo?
Pronatec
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Atividade em Equipe
1. Faça uma visita a algum estabelecimento e realize uma entrevista com opera-
dor de caixa e com o seu supervisor. Faça as seguintes perguntas ao operador
de caixa (Lembre-se de que você não precisa citar o nome do estabelecimento)
e apresente às respostas a sua turma de curso, ok?
b) Há quanto tempo você trabalha como operador de caixa? Você é feliz com a
profissão?
c) Qual o perfil profissional para quem deseja atuar na área de operação de caixa?
d) Aproveite o momento para fazer outras perguntas que você achar interessan-
te, lembre-se de que não precisa gravar essa entrevista, é só você transcrever
as respostas.
Boa Sorte!
Operador de Caixa
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Unidade 7
Operador de Caixa e a Sáude
Para um bom desempenho de suas atividades, é de fundamental importância que
o operador de caixa esteja desfrutando de boa saúde. Nesse módulo destacaremos
alguns pontos sobre o respeito à saúde e indicamos alguns exercícios de ginástica
laboral para o operador de caixa.
Profissão e Saúde
Toda profissão está sujeita aos riscos ocupacionais (ROLIM, 2013), riscos ocupacio-
nais são os problemas que podem ser ocasionados no ser humano, decorrentes da
prática de uma atividade ou ocupação. O operador de caixa como todo profissio-
nal, se expõe a fatores de risco durante o desenvolvimento de suas atividades que
podem desencadear doenças ou não (ROLIM, 2013). Situações como trabalhar em
pé ou sentado durante longos períodos de tempo, manter posturas inadequadas,
estar exposto a ruídos constantes, podem facilitar o aparecimento de doenças no
sistema circulatório ( má circulação sanguínea), problemas nas articulações ( LER-
Lesão por Esforço Repetitivo), problemas na audição ( surdez). O principal respon-
sável pela saúde do profissional é você, então veja abaixo algumas orientações
relacionadas à saúde do operador de caixa:
7.1. Ergonomia e Nr 17
Ergonomia é uma palavra derivada da junção de duas palavras gregas: Ergon (tra-
balho) e nomos (normas, regras) e significa o estudo da adaptação do trabalho e
seus aspectos relacionados às características dos indivíduos trabalhadores (ROLIM,
2013).
1. Faça uma pesquisa sobre a NR17 em equipe e apresente alguns trechos sobre a
Norma Regulamentadora. Siga as orientações abaixo:
Pronatec
34
• Faça uma apresentação bem dinâmica, utilizando cartazes, slides, use sua
criatividade!
Operador de Caixa
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Referências Bibliográficas
SANTOS, Lígia. Marketing Pessoal e sucesso profissional. Campo Grande: UCDB.
2002, 90 p.
NASH, Laura L. Ética nas empresas. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2001.
240 p.
CRESPO, Antônio Arnot. Matemática comercial e financeira fácil. 13. ed. São Pau-
lo: Saraiva, 1999. 238 p.
MANSUR, Maurício; VILELA, Andréa. Marketing pessoal passo a passo. Belo Hori-
zonte: Autêntica, 1998.77p
Pronatec
iNSTITUTO FEDERAL
Conhecimentos Bancários
Transações Financeiras: Formas de Pagamento
Aqui você aprenderá como ocorrem as transações no dia a dia de um operador de
caixa. Então, você verá o que o operador de caixa poderá utilizar ou receber para
executar essas transações, certo? Vamos lá?
Quando se finaliza uma compra, o cliente realiza o pagamento pelo produto ou ser-
viço que adquiriu (ROLIM, 2013). Assim a transação é uma permuta, que é o mesmo
que troca, ou seja, acontece a permuta de um serviço ou produto, por um valor
que pode ser oferecido em moeda de comum acordo ou título de crédito (ROLIM,
2013, p.55). Dessa forma o cliente pode realizar o pagamento em dinheiro (moeda
corrente adotada no país no qual está localizado o estabelecimento, essa moeda
pode está em forma de cédulas e moedas) ou o cliente pode realizar o pagamento
por meio do título de crédito. O que é título de crédito? Veja abaixo na descrição
de (ROLIM, 2013, p.55):
• Cheques;
• Promissórias;
• Boletos bancários;
• Carnês.
Antes de iniciarmos o estudo sobre cada um desses títulos de crédito, vamos estu-
dar um pouco sobre o dinheiro, ok?
6.1 Transação Financeira: Dinheiro- Dispositivos de
Verificação ee Segurança do Dinheiro
• Marca d’água;
• Alto-relevo;
• Faixa holográfica;
• Número escondido.
Observando a imagem acima veja que existem três linhas de igual tamanho, as
duas primeiras linhas são para o preenchimento do valor do cheque escrito por
extenso e a última linha serve para nominar o cheque, ou seja, colocar o nome da
pessoa ou empresa para a qual o cheque está destinado (ROLIM, 2013).
Figura 25: Exemplo de cheque preenchido.
Imagem disponível em: http://lookfilmes.blogspot.com.br/2011/01/chque-de-pagamento-de-aluguel.html. Acesso em 22/09/2014.
Dando continuidade, as duas últimas linhas do cheque são reservadas para o espa-
ço, para a data e a linha de assinatura na qual as pessoas assinam, ao lado destas
linhas estão a logomarca do banco e o endereço da agência na qual se situa a
conta e, abaixo, o nome do titular do cheque e a numeração de seus documentos
de identificação.
Sujeitos da Transação
Segundo a autora Rolim (2013), quando é realizada uma transação com título de
crédito caracterizamos dois sujeitos: a pessoa que emite o título de crédito e a
pessoa que recebe (física ou jurídica).
Veja a diferença:
Algumas ações devem ser tomadas para garantir a segurança ao receber um che-
que (ROLIM, 2013), veja abaixo:
Cada empresa possui as suas normas para o recebimento de cheques. Então é im-
portante que você conheça as normas da empresa que você irá trabalhar, e adap-
tar-se a elas! Algumas empresas, por exemplo, só recebem cheques previamente
cadastrados de seus clientes!
Serasa significa Centralização de Serviços dos Bancos, e não é uma sigla, sendo uma em-
presa privada brasileira, que faz análises e pesquisas de informações econômico-financeiros
das pessoas, para apoiar decisões de crédito, como empréstimos. Criada pelos bancos, com
o objetivo de centralizar informações, e fazer com que seus custos administrativos diminu-
íssem e diminuir também a margem de erros sobre as informações para emprestar crédito a
pessoas, a Serasa fornece a empresa consultas sobre seus clientes, diretos e indiretos verifi-
cando os indivíduos que constam em seu banco de dados, ou seja, quando uma pessoa deve
algum valor para um estabelecimento comercial, a Serasa então inclui a pessoa nessa lista,
e é possível então pagar para fazer a consulta nesse banco de dados. A Serasa então divulga
os dados aos seus associados, especialmente os bancos e estabelecimentos comerciais, e
caso o nome de um indivíduo seja incluído no banco de dados, apenas após o pagamento da
dívida, o banco pode solicitar a exclusão do nome desse banco de dados.
Vamos às atividades?
• Número do cartão;
• Data de validade;
• Bandeira;
• Chip de dados;
• Tarja magnética;
• Número de segurança.
Veja abaixo as descrições dos envolvidos neste tipo de transação financeira (RO-
LIM, 2013):
Abaixo alguns passos importantes ao receber cartões durante uma transação fi-
nanceira:
• Sempre solicite um documento com foto e confira, além de foto, a assinatura
do cliente;
Os passos acima são muito importantes, pois, como muito cartões trabalham
apenas com senhas, sendo que nada mais é solicitado, se acontecer algum
uso que não seja realizado pelo titular do cartão, a transação é caracteriza-
da como crime, podendo você operador de caixa e o cliente penalizados por
isso! (ROLIM,2013).
Crédito: função que permite ao portador utilizar o cartão com o crédito do emis-
sor, permitindo parcelamentos!
Vamos às atividades?
O boleto é formado por diversos campos. Cada campo possui um dado, uma infor-
mação referente a transação. Veja a seguir os principais campos do boleto bancário:
• Sacado: Identificação do cliente que irá pagar o boleto bancário ( nome, en-
dereço, etc).
• Vencimento: 27/10/2013;
A nota promissória também pode ser endossada, ou seja, transferida a outras pes-
soas (ROLIM,2013). Ao assumir uma dívida em nota promissória o emitente com-
promete-se a pagar aquele valor em determinada pré-acordada: é a data de ven-
cimento. Se não for realizado o pagamento a nota promissória pode ser protestada
em cartório, negativando o nome do devedor (o que impossibilita a tomada de
outras linhas e crédito, financiamentos ou crediários), podendo ainda ser acionado
a cobrança judicial (ROLIM, 2013).
• O local do pagamento da dívida (caso este campo não seja preenchido, será
considerado o domicílio do emitente).
• A assinatura do emitente.
• Caso solicitado, o nome e dados do avalista;
Lembre-se de que tal qual o cheque, a nota promissória não pode ser rasura-
da, pois pode perde o seu valor e sua utilidade (ROLIM, 2013).
1. Usando o modelo acima de nota promissória, crie uma nota promissória co-
locando os campos obrigatórios em relação a sacado e cedente. Desenhe no
espaço abaixo.
2. O que é recibo?
Bons estudos!
Introdução à Matemática Financeira e sua
Importância para o Profissional
Objetivos da Aprendizagem: Neste módulo o aluno terá a oportunidade de ve-
rificar que a Matemática Financeira fornece instrumentos para estudar e avaliar
as formas de aplicação do dinheiro bem como de pagamentos de empréstimos.
Com isso você, aluno, futuro Profissional Operador de caixa, terá a oportunidade
de conhecer alguns conceitos dessa disciplina tão interessante e poderá aplicá-la
nas suas atividades profissionais.Os conceitos abordados contribuirão para você
compreender melhor como funciona a parte de porcentagem e juros no mercado
de trabalho, o que permitirá a você aluno agregar valor à sua futura profissão e
a empresa na qual desempenhará a função de Operador de Caixa. Bons estudos!
Antes de iniciarmos o nosso estudo sobre finanças, colocarei aqui para você enten-
der melhor como surgiu às finanças durante o desenvolvimento da sociedade. Isso
será importante, pois você verá que envolver todos os conceitos que já trabalha-
mos até aqui. Vamos lá?
A moeda então surgiu como intermediário para este processo sendo a forma de
acumular valor e gerar riquezas, e o preço passou a ser a medida de valor dos bens
(GOMES; MATHIAS, 1981).
Assim as pessoas poderiam vender seus bens ou comprá-los para consumir no fu-
turo, surgindo a noção de juros. Em outras palavras as pessoas que preferissem
consumir seus bens no futuro, exigiam uma recompensa por isso. Essa recompensa
recebe o nome de juro (GOMES; MATHIAS, 1981). O juro pode ser explicado como:
Esse valor a quem nos referimos na Matemática Financeira recebe o nome Capital,
representado pela letra C
As taxas de juros podem ser apresentadas de duas formas (GOMES; MATHIAS, 1981):
• Forma porcentual;
• Forma Unitária.
Na forma porcentual a taxa vêm com o símbolo % que significa por centos do ca-
pital.Vejamos o exemplo abaixo:
Exemplo: Qual o juro que rende um capital de R$1.000 aplicado por 1 ano à taxa
de juros de 10% ao ano? Calcularemos mais adiante.
Exemplo: Qual o juro que rende um capital de R$1.000 aplicado por 1 ano à taxa
de juros de 0,10 ao ano? Calcularemos mais adiante.
Na forma unitária a taxa já se apresenta transformada, então é importante que
sempre que você for calcular os juros prestar atenção na taxa, se ela apresentar
o símbolo % deverá ser transformada em forma unitária. Para transformar a forma
porcentual em unitária é bem simples é só dividir o valor da taxa que virá acompa-
nhada pelo símbolo % por 100 (CRESPO, 1999). Veja o exemplo abaixo:
Quando apenas o capital produz juros durante toda a sua aplicação, o juro no fim
do prazo recebe o nome de juros simples (JUNIOR, 1981). Nesse regime de juros
simples os juros calculados são sempre sobre o mesmo Capital. Antes de iniciarmos
os nossos cálculos sobre os juros é importante conhecermos alguns conceitos onde:
• n é o número de períodos.
Dessa forma os juros simples é representado pela simples fórmula abaixo:
J=C.i.n
• C é o capital; e
M = C(1+i.n)
• C= R$ 1.000;
• n= 1 ano;
• i= 0,10 a.a
Observa-se que nesse caso a taxa de juros está em forma unitária, caso viesse com
o símbolo % precisaríamos dividi-la por 100, certo?
Assim como J= C.i.n teremos 1000 x 1x 0,10= J=R$100
M= 1000(1+0,10.1)= R$ 1.100, simples não é? Bom o segredo para o bom uso des-
tas fórmulas é lembrar que a taxa de juros i e o período n devem estar na mesma
unidade de tempo. Por exemplo, se em uma questão sobre juros a taxa for i= 6%
ao ano e o período n= 36 meses, antes de colocarmos direto nas fórmulas devemos
colocar o período e a taxa na mesma unidade de tempo, certo? Observe os exem-
plos abaixo:
Você pode ainda usar o período de 36 meses e transformar a taxa que foi dada em
ano em meses, certo? Dessa forma:
Abaixo você fará anotações sobre esta aula e logo após fará a bateria de exercí-
cios, para facilitar as respostas
1. Uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime
de juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Calcule o valor dos juros.
4. Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de
juros em 75 dias?
1. R$160;
2. R$72.960,42;
3. R$5000,00;
4. R$116.666,67;
Exemplo:
Solução:
Juros Montante
1° mês=0,1 x 1000 = 100 Montante após esse mês = 1100
2° mês: 0,1 x 1100 = 110 Montante após esse mês = 1210
3° mês: 0,1 x 1210=121 Montante após esse mês = 1331
4° mês: 0,1 x 1331 = 133,10 Montante (final) = 1464,10
Exemplo: Quanto receberá de juros uma pessoa que aplicou R$3.000, a juros
compostos, durante 3 meses, a uma taxa de 1% ao mês?
C=3000;
n=3 meses;
i=1%;
M = C × (1 + i)n M= 3000 .(1+0,01)3 ( calculado com o auxílio da cal-
culadora);
Exemplo: Calcular a aplicação inicial que, empregada por 1 ano e seis meses, à
taxa de juros compostos de 3% ao trimestre, se torna igual a R$ 477,62?
M = R$ 477,62
i = 3% = 0,03
M = C × (1 + i)n
C=
C = R$ 400,00
Com a mesma fórmula de juros compostos você poderá encontrar outras variáveis:
M = C × (1 + i)n e C= M/ (1 + i)n
O ano civil ou exato possui 365 dias ou 366 (bissexto) e o ano comercial 360
dias!
Saiba que:
Abreviatura Significado
a.d. ao dia
a.m. ao mês
a.b. ao bimestre
a.t. ao trimestre
a.q. ao quadrimestre
a.s. ao semestre
a.a ao ano
Observe que a diferença dos juros simples e compostos é que quem financia
por juros simples, obtém um montante (valor total a pagar) inferior ao que
financia por juros compostos. Compare: Se uma pessoa empresta a outra a
quantia de R$ 2.000,00, a juros simples, pelo prazo de 3 meses, à taxa de 3%
ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?
2. Qual o juro que se obtém de um capital R$ 1.500 aplicado sob a taxa de 10%a.a
e no período de 10 anos?
7. Aplicação de R$ 5.000,00 a taxa de juros compostos de 20% a.m. irá gerar, após
quatro meses, qual montante?
8. Considerando um capital de R$ 5.000,00 e que você receba juros compostos de
6% a.a., calcule os juros e o montante depois de decorrido o prazo de um ano.
Respostas
1. R$ 24.883,20
2. R$2.390,61
3. R$1.126,00
4. R$1.020,00
5. R$1.574.809,600
6. R$16.216,56379
7. R$10.368
8. M= R$5.300 e J= R$ 300
Caro aluno, agora que você aprendeu sobre juros, aprenderá sobre porcentagem.
São simples os cálculos e isso é muito importante mesmo para você, por exemplo,
conceder um desconto ao cliente, saber proceder nesses cálculos e explicar esses
cálculos aos clientes que questionam muito isso! Vamos lá?
a) ¼ =25/100=0,25=25%
b) 7/100= 7%=0,07;
c) 8/100=8%=0,008;
d) 50/100=50%=0,50= 1/2
e) 7,5/100= 7,5%=0,075;
f) 141,5/100=141,5%=1, 415;
Vamos exemplificar! Uma loja oferece um desconto de 15% de desconto para pa-
gamento à vista na compra de um automóvel que custa R$80.000,00.Quanto uma
pessoa irá pagar por esse carro, à vista?
Outro exemplo: Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52% dessas
fichas estão etiquetadas com um número par. Quantas fichas têm a etique-
ta com número par? Quantas fichas têm a etiqueta com número ímpar?
Vamos Praticar?
Exercícios sobre Porcentagens
1. Na sua primeira ida ao Shopping, você olhou uma calça que custava R$150,00.
Na semana seguinte, você decidiu comprar a calça, mas esta tinha sofrido um au-
mento de 10% do valor anterior. Qual o novo preço da calça?
5. Você quer comprar um sapato. Pagando à prazo, o sapato sai por R$ 56,00 á
vista, tem um desconto especial de 10% .
6. Após uma pesquisa de opinião, apurou-se que 20% da população de uma cidade
com 25000 mil habitantes, lê o Jornal A. Quantas pessoas não lêem este jornal,
nesta cidade?
Respostas
1. R$165,00;
2. R$240,00;
3. 3,5 km;
4. R$7,20;
5. R$ 50,40;
6. 20000;
7. R$9,00;