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11532020 2469
artigo article
reflexões sobre sua determinação social
Abstract This paper aims to perform a theo- Resumo Este artigo possui o objetivo de realizar
retical reflection on the historical-social founda- uma reflexão teórica sobre os fundamentos histó-
tions of the COVID-19 pandemic. The “capital rico-sociais da pandemia de COVID-19. A partir
worldization”, “capital-imperialism”, “space- da matriz teórica materialista histórica, evoca-se
time compression”, and “structural crisis of cap- as categorias da “mundialização do capital”, “ca-
ital” categories are conjured from the historical pital-imperialismo”, “compressão espaço-tempo” e
materialistic-theoretical matrix, outlining a “crise estrutural do capital” traçando um percurso
course that transcends the limits of Health Sci- que ultrapassa os limites das Ciências da Saúde
ences to understand global health, of which the a fim de entender a saúde global, da qual a pan-
COVID-19 pandemic is an expression. We then demia de COVID-19 é expressão. Posteriormen-
return to the field of health, when the category te, faz-se o retorno ao campo da saúde, quando
of “social determination of health” allows elu- a categoria da “determinação social da saúde”
cidating the bases of the pandemic studied. We permite elucidar as bases da pandemia estudada.
show that, other elements typical of the current Demonstra-se que, para além das características
phase of contemporary capitalism have become próprias do SARS-CoV-2 ou da dinâmica de rá-
universal besides the SARS-CoV-2 characteris- pido trânsito de pessoas e objetos pelo mundo, há
tics or the dynamics of the rapid movement of outros elementos típicos da atual fase do capita-
people and objects around the world, unifying lismo contemporâneo que se tornaram universais,
the health social determination process. unificando o processo de determinação social da
Key words Capitalism, Coronavirus, Health- saúde.
disease process, Global health, Public health Palavras-chave Capitalismo, Coronavírus, Pro-
cesso saúde-doença, Saúde global, Saúde pública
1
Universidade Federal
de Alagoas. Av. Manoel
Severino Barbosa, Bom
Sucesso. 57309-005
Arapiraca AL Brasil.
enf_ufal_diego@
hotmail.com
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Souza DO
Essa expansão desesperada exprime a dinâ- complexos sociais, a exemplo dos efeitos incisivos
mica de um sistema estruturalmente em crise, que se percebem hoje na saúde, cuja pandemia da
que chegando aos seus limites, parece não mais COVID-19 é o exemplo mais eminente.
caber nas fronteiras mundiais, a não ser pela
fantasia de novas fronteiras criadas digitalmente Algumas considerações sobre a saúde
na dinâmica financeira. A nosso ver, Mészáros7 globalizada
não deixa dúvida sobre a raiz mais profunda
desse movimento contemporâneo, uma vez que A dinâmica que vimos descrevendo parece
localiza a reconfiguração produtiva, na sua fle- ter uma clara ligação com a pandemia da CO-
xibilidade e votabilidade, no bojo das respostas VID-19, porquanto a nova dinâmica espaço-
do capital à sua própria crise, agora com caráter temporal permitiu que, rapidamente, o vírus se
diverso dos ciclos críticos anteriores, sendo, mes- disseminasse. Para chegar a tal conclusão não é
mo, estrutural, global e rastejante. Apenas uma necessário nenhuma reflexão teórica mais com-
crise dessas proporções (que se arrasta da década plexa. Todavia, o que queremos salientar aqui é
de 1970 até hoje, embora com ciclos internos de que: 1) essa dinâmica não representa um mero
deslocamentos e disfarces) poderia gerar respos- fenômeno natural, revestido de neutralidade
tas de tal magnitude, em uma tentativa de o capi- para unificar o mundo e permitir o progresso; 2)
tal remediar o irremediável. para além do trânsito de pessoas e objetos de am-
Para Mészáros7, as contradições do capital se plo e rápido alcance, há uma unificação do pro-
tornam mais claras do que nunca, sobretudo pe- cesso de determinação social no mundo.
los seus defeitos estruturais. Aqui, convém men- Sobre a primeira questão, já vimos descreven-
cionar a contradição que o autor aponta na re- do sua origem econômica, quando no último ter-
lação entre produção e circulação, reverberando ço do século XX se tornou madura ao ponto de
noutro paradoxo, constituído do conflito entre a conferir às grandes empresas o caráter de mun-
dinâmica universalizante do capital e os interes- diais. Ressaltamos que tal fase foi a convergência
ses das burguesias nos limites nacionais. de um processo de expansão do capital que se
Isso porque cada nação, internamente, vê insinuava desde a transição do feudalismo para
seus interesses particulares ameaçados por uma o capitalismo, especialmente pelas navegações
demanda vital ao sistema como um todo, qual na corrida por conquistas coloniais a partir das
seja: eliminar as fronteiras para o capital, o que quais foi possível impulsionar a acumulação pri-
pode levar a desvantagens ao mercado interno. A mitiva de capital nas nações de capitalismo clás-
saída encontrada no interior do sistema, segundo sico. Desde esse período, os efeitos sobre a saúde
o autor, é a de constituir uma hierarquização en- global são sentidos. Berlinguer11 afirma que “a
tre as nações, com orientações econômicas e po- globalização das doenças, ou seja, a difusão dos
líticas que são diferentes a depender da posição mesmos quadros mórbidos por todas as partes do
da nação nessa hierarquia e que, assim, determi- mundo começou no ano de 1492, com a desco-
narão quais nações terão seus interesses internos berta (ou conquista) da América, que assinalou,
mais ou menos atendidos. Entretanto, o caráter para povos e doenças, a passagem da separação
estrutural da crise coloca esse sistema sob bases à comunicação. Antes disso, diferentes condições
tão frágeis, que o menor abalo de economias na- de ambiente, de nutrição, de organização social
cionais é capaz de fazer transparecer o caráter e cultural, de presença ou ausência de agentes e
estrutural, por vezes latente, da crise. Portanto, de vetores biológicos das doenças transmissíveis
esse movimento de articulação (hierarquizada) haviam criado quadros epidemiológicos muito
do mundo é a resposta do capital ao seu período desiguais, no velho e no novo mundo”.
estruturalmente mais crítico, porque crônico, o A reprodução da dinâmica universal do ca-
que gera as já citadas consequências no tempo, pital se particulariza, entre outras mediações, na
espaço, cultura etc. Sendo que, deixe-se registra- (e pela) saúde, evidenciando seu caráter social.
do, tais respostas vêm se revelando tóxicas em vez Como afirma Laurell8, isso vale tanto para o ní-
de remediantes7. vel individual de saúde, quanto para o coletivo e,
Como vimos, alguns autores já se propuse- no caso ora analisado, em termos globais. Aqui
ram a explicar essa dinâmica mundial para além convém a ressalva de que reconhecer tal caráter
de sua aparência, elucidando uma tendência de não significa anular as determinações biológicas
generalização da forma como nos movimenta- da saúde, ao contrário disso, significa elevá-la a
mos, pensamos, agimos e em qual tempo e com um novo patamar de existência. Lembremos a
quais objetivos, o que reverbera em todos os reflexão luckacsiana sobre o caráter geral do ser
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sem tanta pujança, tendo em vista as diferenças saúde globalizada é resultado de uma dinâmi-
no estilo de vida8. ca capitalista também globalizada. Consoante à
A partir disso, em que pese as mediações tem- epidemiologia tradicional, costuma-se alertar
porais a serem consideradas, pode-se refutar a para a importância das variáveis espaço, tempo e
ideia de que a mudança do perfil epidemiológico pessoa; em uma perspectiva crítica também não
se deve, simplesmente, ao envelhecimento popu- se pode ignorá-las, mas se deve avançar para o
lacional, relegando todo um padrão de organiza- entendimento do que a elas subjaz. Nesse ínte-
ção da vida social corolário à compressão espaço- rim, revela-se a compressão espaço-tempo, assim
tempo e que é hostil à saúde de formas diferentes como a formação de uma cidadania cosmopoli-
e mais agressivas. Com isso, chegamos à segunda ta5, enquanto mediações que unificam o processo
questão antes mencionada: a unificação do pro- de determinação social da saúde no mundo.
cesso de determinação social da saúde. Tal unifi- Convém aqui lembrar que utilizamos o termo
cação não pode ser entendida como homogenei- “unificação” inspirados em Berlinguer11, quando
zação, haja vista as diferenças aqui já abordadas argumenta que a corrida marítima do capitalis-
nas vias de desenvolvimento capitalista nas várias mo, em estágio de formação, na busca por rique-
nações. Em vez disso, queremos apontar o proces- zas nas colônias gerou a “unificação microbiana”
so de universalização de alguns elementos-chave do mundo. Todavia, acreditamos que o termo
do capitalismo, amadurecidos ante o fenômeno “microbiana” se tornou obsoleto no âmbito das
da mundialização e que, nessa nova dinâmica, Ciências da Saúde, assim como não é suficiente
consubstanciam uma unidade heterogênea. para explicar o status de unidade heterogênea
Novamente, parte da epidemiologia tradicio- que a saúde global passa a ter, em virtude de se
nal consegue perceber essa transformação em ní- referir às doenças transmissíveis.
vel fenomênico, mas não em suas determinações Atualmente, há algumas doenças conside-
mais profundas. Ao menos, alguns autores aban- radas mundiais, conforme a OMS16 demonstra
donam a ideia de transição epidemiológica com- ao observar que 54% das mortes no mundo se
pleta ou incompleta e passam a visualizar um devem a dez causas, a maior parte delas, crôni-
perfil de saúde globalizado: “uma das principais co-degenerativas. Porém, tal qual a antítese es-
características da Saúde Global, e que a diferencia paço-lugar, algumas doenças permanecem como
das formas tradicionais da saúde internacional, é típicas, sejam como endemias sejam com ciclos
o reconhecimento dos contextos regionais e lo- epidêmicos, em certas regiões do mundo, basta
cais, das diferenças políticas, econômicas, sociais lembrar que o vírus do Ebola tem circulação ir-
e culturais entre os países e as internas, em cada relevante fora do continente africano ou que a
um, assim como as consequências e as respostas malária ainda é típica em países tropicais.
diferenciadas a eventos globais”15. Ademais, lembremos que as mediações unifi-
Embora esse raciocínio sirva para explicar as cadoras que citamos não se resumem ao trânsito
transformações mais superficiais, não atinge a de pessoas e objetos, mas se referem a todo um
correlação do processo expansivo do capital na estilo de vida, de cultura, filosofia e arte, de or-
tentativa de reverter sua queda tendencial na taxa ganização política etc. que espelham a dinâmica
de lucros, com as consequentes financeirização e econômica. É evidente, como já mencionamos,
mundialização. Portanto, as raízes materiais do que a causalidade própria, por exemplo, do novo
processo que se popularizou pela pecha de glo- coronavírus e o referido trânsito foram, sem dú-
balização são deixadas de lado. Breilh9 faz ressal- vida, aspectos relevantes para a efetivação do ca-
vas sobre essa forma de avaliação da saúde por ráter pandêmico da COVID-19. Contudo, outros
parte da epidemiologia tradicional, defendendo elementos que são universais no espaço e no tem-
outro caminho metodológico, que ele denomi- po contemporâneo contribuíram decisivamente
nou de epidemiología de la determinación de la para tal, sem que precisassem fazer nenhuma
salud. Para o autor “[…] la epidemiología para viagem, porquanto já sejam universais. Alguns
tornarse emancipadora, a la par que requirió una desses elementos vão emergir com as feições con-
revolución metodológica, debió adquirir una traditórias tipicamente capitalistas, como apon-
identidad contestaría, que sólo podía ser legítima taremos nas reflexões finais.
adhiriendo a la visión profunda de un câmbio
civilizatorio frente a un sistema social inviable e Algumas reflexões finais (por ora)
incompatible con la vida y la salud”9.
Na esteira das teorias mais críticas da Saú- Aqui, visando encerrar a nossa concatenação,
de Coletiva, portanto, fica clarividente que uma apresentamos alguns elementos (mas existem
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Tal condição é inflada quando a venda de in- mas que acumulavam cerca de 142 trilhões de
formação atende a interesses econômico-políti- dólares (44,8% da riqueza mundial). Ao mesmo
cos, enquanto signos que contribuem para algum tempo, havia 3.211 bilhões de adultos na cama-
favorecimento na dinâmica capitalista, da pro- da de menor renda, ou 70,1% da população, que
dução ao consumo. É claro que esse caráter das possuíam 6,2 trilhões de dólares, apenas 1,9% da
comunicações, hoje, contribui para a instantânea riqueza total23. Já o desemprego é um dos mo-
reprodução de informações equivocadas sobre a tores dessa desigualdade, sendo que Organiza-
pandemia, gerando incerteza e confusão. ção Internacional do Trabalho (OIT) informou
6) Os diferentes impactos que as doenças que em 2019 a taxa de desemprego global era de
geram nas classes sociais, sobretudo nos grupos 5,4%, devendo aumentar em 2020. Para a OIT,
mais pauperizados. De fato, a mundialização isso representa uma mudança na tendência de
do capital gera ainda mais pobreza, e isso é re- declínio constatada entre 2009 e 2018. Contudo,
conhecido pelos autores de diversas perspectivas a mesma instituição apresenta dados que permi-
teóricas. As diferenças de riqueza entre classes ou tem contestar essa tendência, demonstrando que,
indivíduos se reflete em indicadores de saúde, na verdade, há um deslocamento dos desempre-
revelando maior gravidade, sobretudo, de certas gados para o grupo dos subempregados ou de-
doenças infecciosas22. Esse panorama permite re- salentados (470 milhões de pessoas em 2019)24.
fletir sobre a gravidade com a qual a pandemia Com efeito, são as medidas econômicas e po-
pode impactar nas comunidades mais pauperi- líticas demandadas pelo enfrentamento da crise
zadas, especialmente nos países de capitalismo estrutural que aumentaram a desigualdade e o
dependente, devido ao baixo acesso à água trata- desemprego para níveis alarmantes. Portanto,
da, saneamento e estrutura e renda que permita não é a pandemia da COVID-19 a responsável
adotar as medidas de prevenção. pela da fome e pela miséria, por levar à morte os
Nesse quesito, não se pode deixar de reconhe- indivíduos pauperizados da classe trabalhadora,
cer que a pandemia, evidentemente, agravará al- mas o próprio modus operandis do capitalismo,
gumas expressões da questão social, especialmen- na efetivação diária do seu caráter destrutivo,
te, o desemprego. Inclusive, a narrativa neoliberal sobretudo por possibilitar o acúmulo de riqueza
oscila entre um discurso a favor das medidas de nas mãos de poucos e a pauperização daqueles
prevenção (como o afastamento social) e a fami- que produzem tal riqueza. A pandemia, então, se
gerada defesa da economia, sob o subterfúgio de constitui enquanto mais um elemento soerguido
que a bancarrota (e a miséria que supostamente das bases objetivas do capital mundializado e que
surge daí) matará mais do que a COVID-19. É adentra nessa espiral contraditória, estabelecen-
necessário analisar essa questão tendo em vista do uma relação de determinação recíproca para
sua dimensão histórico-social, bem como sope- com as mesmas, mas estando longe de ser a raiz
sar esse discurso, uma vez que boa parte dos seus dos problemas sociais.
porta-vozes são grandes empresários, personifi- Com essas reflexões, encerramos o ensaio,
cações do grande capital, ou ainda, seus aliados mas o debate apenas se inicia. A nosso ver, são
no âmbito político e midiático. Trata-se de uma pontos importantes para entender o que se passa,
tergiversação que ignora ou falsifica o fato de que ao menos por ora, quando estamos mergulhados
é o capitalismo que, historicamente, gera a desi- no fato histórico. Post factum poderemos e deve-
gualdade social e o desemprego, sendo elementos remos recuperar essas e outras questões, a fim de
que lhes são estruturais. fortalecer um caminho científico e filosófico que
Em 2018, existiam 42 milhões de milionários, rompa com a efemeridade da razão contempo-
o que corresponde a 0,8% da população mundial, rânea.
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sas-de-morte-no-mundo&Itemid=0 Versão final apresentada em 28/04/2020
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