Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SÃO PAULO
2018
ANA CAROLINA DE FALCO
SÃO PAULO
2018
ANA CAROLINA DE FALCO
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
______________________________________
______________________________________
_______________________________________
Prof. Dr. Reginaldo de Carvalho Silva Filho
Co-orientador
Primeiramente agradeço à EBRAMEC, onde passei uma boa parte do meu tempo nesses 2
anos, estudando e aprendendo e onde pretendo continuar frequentando, para acrescentar mais aos
meus conhecimentos sobre a Medicina Chinesa, esta que tanto me encanta e fascina.
Agradeço aos meus orientadores, Reginaldo Filho e Sérgio Pavliuk, pela paciência, apoio e
confiança para realização desse trabalho.
Ao meu marido, Tércio, pelo apoio e incentivo incondicional, em tudo o que me dedico a
fazer.
E aos meus pais que me criaram, educaram e sempre me incentivaram a correr atrás dos
meus sonhos, o que fez com que me tornasse a pessoa que sou hoje.
RESUMO
A Espondilite Anquilosante traz, para os indivíduos diagnosticados com a doença, dor e limitação
na amplitude de movimento impactando de maneira significativa sua qualidade de vida.
Esse trabalho teve como objetivo fazer um estudo sobre a Espondilite Anquilosante na Medicina
Ocidental Convencional e na Medicina Chinesa, analisando os benefícios da associação dos
métodos convencionais de tratamento com a técnica de Koryo da Acupuntura, na qualidade de vida,
na movimentação e alívio das dores em indivíduos acometidos pela doença. Enquadrar a
Espondilite Anquilosante na visão oriental, para uma melhor compreensão do seu diagnóstico e
tratamento na Medicina Chinesa. O estudo proposto nesse trabalho foi de criar um protocolo de
tratamento com uso da técnica de Acupuntura Koryo para ser aplicada em indivíduos
diagnosticados com Espondilite Anquilosante. Conclusão: A criação de um protocolo de tratamento
tem como objetivo ampliar a resolutividade, facilitando e otimizando o atendimento durante as
sessões de acupuntura na aplicação do método de Koryo, e servindo como subsídio para a
qualificada tomada de decisão por parte dos acupunturistas, de acordo com aspectos essências para
o tratamento de pacientes portadores de Espondilite Anquilosante.
The Ankylosing Spondylitis brings to individuals diagnosed with the disease, pain and limiting the
movements impacting significantly their quality of life.
This paper aims to make a study of the context of Ankylosing Spondylitis in Conventional Western
Medicine and Chinese Traditional Medicine, analyzing the benefits of the association of
conventional methods of treatment and Koryo Acupuncture technique, quality of life, movement
and relief of in individuals affected by the disease. Frame the Ankylosing Spondylitis within each
system of the Eastern view to a better understanding of their diagnosis and treatment of Traditional
Chinese Medicine.
The study proposed in this work will be to create a treatment protocol using the Koryo Acupuncture
technique to be applied in individuals diagnosed with Ankylosing Spondylitis.
Conclusion: The creation of a treatment protocol aims to increase the resolution, facilitating and
optimizing the care during the acupuncture sessions in the application of the Koryo method, and
serving as a subsidy for qualified decision making by acupuncturists, according to with essential
aspects for the treatment of patients with Ankylosing Spondylitis.
2 - OBJETIVO 10
3.2- Etiologia 12
3.5- Tratamento 16
4.1 – Sintomas18
6 - MATERIAS E MÉTODO..........................................................................................................33
7 - DISCUSSÃO................................................................................................................................34
8 - CONCLUSÃO.............................................................................................................................35
9 - REFERÊNCIAS..........................................................................................................................37
ANEXO..............................................................................................................................................39
1 –INTRODUÇÃO
A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica, hereditária, que afeta
inicialmente a coluna lombar e as estruturas adjacentes. Se caracteriza por dor e rigidez na parte
inferior das costas; posteriormente ocorre perda da lordose lombar e diminuição da flexão e
extensão da coluna (RIVAS, 1997).
Essa doença traz diversas complicações físicas, sociais, econômicas e emocionais para os
seus portadores. Os indivíduos com EA apresentam na maioria das vezes sintomas desagradáveis
como uma intensa dor aguda que altera sua qualidade de vida (REVISA UNINGÁ REVIEW, 2012).
A EA é um tipo de inflamação que afeta os tecidos conjuntivos, caracterizando-se pela
inflamação das articulações da coluna e das grandes articulações. Embora não exista cura para a
doença, o tratamento precoce e adequado consegue tratar os sintomas, como inflamação e dor,
estacionar a progressão da doença, manter a mobilidade das articulações acometidas e manter uma
postura ereta (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2012).
O tratamento desses indivíduos pode ser de duas maneiras: através de medicamentos
(tratamento farmacológico) onde os pacientes utilizam-se de drogas sintomáticas, paliativas ou
anti-inflamatórios não hormonais (AINHs), que minimizam a dor ou interrompem a evolução da
doença, ou através de tratamento não-farmacológico, que incluem a fisioterapia, piscina terapêutica,
acupuntura, além de outros que mantêm e melhoram a mobilidade da coluna e a postura,
diminuindo as incapacidades físicas do paciente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
REUMATOLOGIA, 2012).
Um número crescente de pacientes busca modalidades de tratamento não convencionais para
alívio sintomático na EA. Pesquisas vêm sendo realizadas pela Medicina Chinesa (MC) sobre
técnicas mais eficazes de tratamento da EA e demonstraram que 39 de 65 pacientes com EA
utilizam algum tipo de tratamento não tradicional; a Acupuntura foi o tratamento de escolha para 15
pacientes (CURDA et al, 2000). Há alguma evidência de que o uso da Acupuntura para lombalgia
crônica (LEIBING et al, 2002) e também foi demonstrado seu benefício para a artralgia entre
pacientes com artrite reumatoide (CASIMIRO et al, 2005).
Na Acupuntura Coreanas nas Mãos, Koryo Sooji Chim, a mão corresponde a todo o corpo,
desta forma estão representados todos os meridianos e pontos da Acupuntura Sistêmica, sendo eles
susceptíveis de tratamento, é de fácil acesso não havendo necessidade de o paciente despir-se ou
posicionar-se deitado, isto é essencial para o tratamento de pacientes portadores da EA, que
algumas vezes podem apresentar limitações físicas que dificultam ou impossibilitam o tratamento
na Acupuntura Sistêmica (KIM, 2014).
2 - OBJETIVO
O objetivo proposto nesse trabalho foi o de criar um protocolo de tratamento com uso da
técnica de Acupuntura Coreana nas Mãos – Koryo Sooji Chim para ser aplicada em indivíduos
diagnosticados com Espondilite Anquilosante.
3 - A ESPONDILITE ANQUILOSANTE - VISÃO OCIDENTAL
A incidência da doença desde 1935 é de 7,3 em cada 100 mil pessoas por ano e não parece
ter se modificado. A doença acomete ambos os sexos, no Brasil, ocorrem em dez homens para uma
mulher. A grande maioria dos pacientes desenvolve os sintomas entre 20 e 35 anos. Nas mulheres, o
quadro tende a ser mais ameno. A EA é rara em negros africanos e asiáticos (REVISA UNINGÁ
REVIEW, 2012).
A EA acomete, principalmente, indivíduos caucasianos, possivelmente pela maior incidência
de HLA-B27 nessa amostragem e é enfermidade relativamente comum, surgindo em cerca de 0,1 a
0,2 % da população geral (ANEA- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE
ANQUILOSANTE, 2009).
Estima-se que apenas 10% dos filhos de um portador de EA apresentam a probabilidade de
desenvolver a doença (AZEVEDO, MEIRELLES, 2009).
3.2 – Etiologia
Sua etiologia permanece desconhecida, porém, estudos realizados vêm comprovando que a
EA mantém uma estreita vinculação com o antígeno de histocompatibilidade HLA-B27.A patogenia
da EA não está totalmente esclarecida, porém, estudos comprovam que é quase certamente
desencadeada por mecanismos imunes. Não foi identificado evento algum ou agente exógeno
específico capaz de desencadear o início da doença, embora certas características de superposição
com a artrite reativa e a doença inflamatória intestinal (DII) sugiram que a presença de bactérias
entéricas pode desempenhar algum papel. Acredita-se que o desenvolvimento da EA é muito mais
comum em indivíduos positivos para o HLA-B27 e entre parentes de primeiro grau (REVISA
UNINGÁ REVIEW, 2012).Cerca de 95% dos pacientes com EA apresentam positividade para um
glóbulo branco e marcador genético HLA-B27 (AZEVEDO, MEIRELLES, 2009).
Apesar de existir forte relação entre o HLA-B27 e a espondilite, já se conhece pacientes com
espondilite nos quais o HLA-B27 não está presente (5 a 10% dos casos). Assim, observa-se que sua
presença não é obrigatória para o desenvolvimento da doença. Acredita-se na possibilidade de
existir outros marcadores genéticos, diferentes do HLA-B27, que, quando em associação com
agentes ambientais, estariam associados ao desenvolvimento da espondilite. Conclui-se, após a
discussão acima, que a origem da espondilite é multifatorial e depende da inter-relação de fatores
genéticos e ambientais (AZEVEDO, MEIRELLES, 2009).
A espondilite anquilosante não é transmitida por contágio ou por transfusão sanguínea
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2012).
3.3–Sintomas
Os sintomas, que indicam a presença da EA, são observados pela primeira vez no final da
adolescência ou no início da idade adulta, esses sintomas são caracterizados primeiramente por
febre, perda de peso, fadiga, além de queixa de dor surda, insidiosa na região lombar baixa e na
parte inferior da região glútea; rigidez matinal ou após o repouso que apresenta um certo grau de
melhora quando o portador se movimenta ou realiza exercícios, é mais um dos sintomas aparentes
na EA (REVISA UNINGÁ REVIEW, 2012).
A inflamação das articulações entre as costelas e a coluna vertebral pode causar dor no peito,
que piora com a respiração profunda, sentida ao redor das costelas, podendo ocorrer diminuição da
expansibilidade do tórax durante a respiração profunda. Os indivíduos que apresentam limitação
significativa da expansibilidade do tórax não devem de forma alguma fumar, pois seus pulmões,
que já não expandem normalmente, estariam ainda mais suscetíveis a infecções (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2012).
A redução da mobilidade da coluna pode provocar espasmos musculares, contratura do
tecido mole ou anquilose de áreas da coluna além de uma intensa dor aguda. A EA pode alterar em
grande proporção a qualidade de vida do indivíduo espondilítico, dependendo de sua gravidade e
atividade, a mesma acarreta diferentes graus de incapacidade física, social, econômica e/ou
psicológica (REVISA UNINGÁ REVIEW, 2012).
3.4- Diagnóstico
3.5 – Tratamento
Não há cura para a espondilite anquilosante e, embora a doença tenda a ser menos ativa
conforme a idade avança, o paciente deve estar consciente de que o tratamento deve durar para
sempre. O tratamento objetiva o alívio dos sintomas e a melhora da mobilidade da coluna onde
estiver diminuída, permitindo ao paciente ter uma vida social e profissional normal. O tratamento
engloba uso de medicamentos, fisioterapia, correção postural e exercícios, que devem ser adaptados
a cada paciente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2012).
Os remédios podem ser sintomáticos como os analgésicos e os relaxantes musculares, ou
então modificadores da evolução da doença. Como existem estudos indicando que o uso contínuo
de anti-inflamatórios não-hormonais (AINHs) pode reduzir a progressão radiológica da EA, estes
medicamentos também são considerados modificadores de doença (AZEVEDO, MEIRELLES,
2009). Terapias biológicas representam um significativo avanço no tratamento dos portadores de
EA, que não responderam ao tratamento convencional. A terapia biológica consiste em injeções
subcutâneas ou intravenosas de medicações que combatem a dor, inflamação e as alterações da
imunidade (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2012).
Como alternativa, o paciente pode utilizar o calor que, em todas as suas variadas formas,
ajudará no alívio dador e rigidez. Um banho quente, uma bolsa de água quente ou um cobertor
elétrico podem ser suficientes. A Acupuntura também por ser utilizada como tratamento, já que
existem evidências de que essa terapia, desde que realizada por profissional habilitado, apresenta
bons resultados no alívio da dor crônica (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA,
2012).
A Acupuntura é uma técnica que vem sendo utilizada desde os tempos mais antigos até o
atual, esse tipo de tratamento tem por objetivo diagnosticar doenças e promover a cura através da
estimulação da força de auto cura do corpo. Esse processo se dá pelo realinhamento e
redirecionamento da energia, por meio da estimulação de pontos de Acupuntura por agulhas finas
metálicas, laser, pressão e outras formas de abordagem (REVISA UNINGÁ REVIEW, 2012).
Atualmente as perspectivas de tratamento para portadores de EA são muito melhores do que
há pouco mais de uma década. É necessário que a abordagem de pacientes espondilíticos seja feita
de forma multiprofissional. Da equipe de atendimento devem fazer parte fisioterapeutas, psicólogos,
terapeutas ocupacionais, dentre outros profissionais da área de saúde (AZEVEDO, MEIRELLES,
2009).
A intervenção cirúrgica é indicada quando a progressão da EA leva a deformidades no
esqueleto axial ou quando há fratura na região toracolombar. Também pode ser indicada quando há
deformidades na região cervical ou sacrilíaca (RADIOL, 2015).
Figura 4 – A indicação de correção cirúrgica é maior quanto maior o ângulo ente A e B. Fonte: ESPONDILITE ANQUILOSANTE: ONTEM E HOJE
- Manual do Portador - 1.ª Edição.
4 - A ESPONDILITE ANQUILOSANTE – VISÃO DA MEDICINA CHINESA
4.1 – Sintomas
Koryo Sooji Chim é uma técnica coreana de Acupuntura aplicada nas mãos, criada em 1971,
pelo PHD Dr. Tae Woo Yoo. Por meio de pesquisas, ele identificou 14 canais e 345 pontos de
Acupuntura somente nas mãos, os quais estão relacionados com diversos órgãos, representando um
microcosmo de todo o corpo humano. Sendo apresentada sua teoria no boletim da Sociedade
Coreana dos Especialistas em Acupuntura e Moxabustão. Em pouco tempo o método se espalhou
para o Japão e para 50 países. A cada dia mais estudos são realizados e novos materiais de
tratamento são desenvolvidos. Hoje, existe uma variedade de instrumentos terapêuticos e de
diagnósticos (EBRAMEC – APOSTILA DE KORYO, 2017).
Por ser considerado um Microssistema, quando surge uma doença no nosso corpo, as mãos
apresentaram sensibilidade maior nos pontos correspondentes ao órgão adoentado. Portanto, o
tratamento consiste em estimular os pontos em questão para obter alívio de dores. Além dessa
técnica de estimular os Pontos Correspondentes, a Acupuntura Coreana também, segue o padrão de
tratamento milenar da Acupuntura Chinesa Sistêmica. Com isso podem-se associar todos os
conhecimentos de Acupuntura Chinesa na Mão (KIM, 2014).
Figura 6 – Órgãos Correspondentes na Palma da Mão. Fonte: http://www.barrasvirtual.com.br/conheca-melhor-a-sua-palma-da-mao
• Agulhas de 7 a 8 mm;
• Aplicador de agulhas, para na posição vertical introduzir a agulha na pele;
• Lancetas para Sangria;
• Apalpador para a localização dos pontos estimulados nas mãos;
• Massageador de mão para estimular a circulação, melhorando a sensibilidade da região;
• Pastilhas de imã magnetizadas, utilizadas para equilíbrio do Fluxo Energético;
• Ap-bongs, círculos adesivos com esfera metálica, aplicados para estimular o ponto;
• Moxa botão, que preservam as mesmas funções da Moxa convencional.
5.1.3 – Aplicação das Agulhas na Koryo
A VC (Vaso Concepção) 33
B VG (Vaso Governador) 27
C P (Pulmão) 13
D IG (Intestino Grosso) 22
E E (Estômago) 45
F BA (Baço) 22
G C (Coração) 15
H ID (Intestino Delgado) 14
I B (Bexiga) 39
J R (Rim) 38
K PC (Pericárdio) 15
L TA (Triplo Aquecedor) 12
M VB (Vesícula Biliar) 32
N F (Fígado) 18
Tabela 2 - Correlação dos Ki Mek com os pontos da Acupuntura Sistêmica. Fonte: YOO, 2003; EBRAMEC – APOSTILA DE KORYO, 2017.
Figura 10 – Mapa dos Pontos de Koryo na palma da mão. Fonte: EBRAMEC – APOSTILA DE COMPLEMENTO DE KORYO 1, 2017.
Figura 11 – Mapa dos Pontos de Koryo no dorso da mão. Fonte: EBRAMEC – APOSTILA DE COMPLEMENTO DE KORYO 1, 2017.
5.2 – Tratamento da Espondilite Anquilosante com a Técnica da Koryo
Na Acupuntura Coreana nas Mãos, Koyo Sooji Chim, utiliza-se somente as mãos para
equilibrar a Energia do corpo, desta forma temos representados nelas todos os Meridianos e pontos
da Acupuntura Sistêmica, sendo eles susceptíveis de tratamento. Essa técnica possibilita um
tratamento de fácil acesso, não havendo a necessidade de o paciente despir-se ou posicionar-se
deitado, isto é essencial para o tratamento de pacientes portadores da EA, que algumas vezes podem
apresentar limitações físicas que dificultam ou impossibilitam o tratamento na Acupuntura
Sistêmica (KIM, 2014).
Na MC a EA pertence ao grupo de Síndromes Bi Ósseo, Síndromes de Deficiência de Yang
e doenças crônicas, que independente da patogenia inicial tem como base uma Deficiência de Rim
(Shen), normalmente uma Deficiência Constitucional, portanto deve ser tratada com o objetivo de
Tonificar o Yang do Vaso Governador (Du Mai) , fortalecer o Qi Primário (Yuan Qi) , fortalecer o
Rim (Shen) e suas funções, equilibrar o Yin e o Yang, promover o fluxo de Qi e Sangue (Xue) e
eliminar as invasões crônicas de Agentes Patogênicos como Vento, combinado com Frio e Umidade
(EBRAMEC – APOSTILA DE REUMATOLOGIA, 2017).
6 – MATERIAIS E MÉTODO
7 – DISCUSSÃO
8 - CONCLUSÃO
A Koryo Sooji Chim é uma técnica excelente para auxiliar os terapeutas acupunturistas no
tratamento regular da Espondilite Anquilosante, uma vez que utiliza somente o Microssistema nas
mãos para a execução do tratamento, possibilitando assim um tratamento de fácil acesso, sem a
necessidade do paciente espondilítico despir-se ou posicionar-se deitado, uma vez que podem
apresentar limitações físicas que dificultam ou impossibilitam o posicionamento para o tratamento
na Acupuntura Sistêmica.
A revisão da literatura feita para a elaboração dos protocolos de atendimentos para o
tratamento da EA com a Técnica de Koryo proposto nesse trabalho sugere que essa técnica, devido
sua correspondência com a Acupuntura Sistêmica comprovadamente eficaz, pode ser utilizada,
juntamente com o tratamento realizado pela medicina ocidental, como coadjuvante ao tratamento da
EA, proporcionando alívio de sintomas que melhoram a qualidade de vida dos pacientes
espondilíticos.
Quando combinada com outras técnicas da Medicina Chinesa, os conhecimentos da Koryo
Sooji Chim, apresentam resultados terapêuticos mais amplos e eficazes. Porém como sugestão para
trabalhos futuros, novos estudos práticos com ênfase nos Protocolos de Atendimento para o
Tratamento da EA usando a Técnica de Koryo proposto neste trabalho devem ser aplicados,
testados e realizados para verificar e comprovar com mais exatidão a eficácia desta técnica no
tratamento de paciente espondilíticos.
9 – REFERÊNCIAS
Azevedo, Valderílio Feijó; Meirelles, Eduardo de Souza. Espondilite Anquilosante: ontem e hoje.
Manual do Portador. Unificado Artes Gráfica e Editora. Curitiba. 2009.Disponível em:
<http://edumed.med.br/ja09lksl019js.pdf>. Acesso em: 16 setembro de 2017.
Casimiro L, Barnsley L, Brosseau L, Milne S, Robinson VA, Tugwell P, et al. Acupuncture and
electroacupuncture for the treatmento frheumatoidarthritis. Cochrane Data base Syst Rev.
2005;(4):CD003788.
Focks, Cláudia; Marz, Ulrich. Guia Prático de Acupuntura. Editora Manole. São Paulo. 2008.
Hicks, Angela; Hicks, John; Mole, Peter. Acupuntura Constitucional dos 5 elementos. Editora Roca.
São Paulo. 2007.
Jirui, Chen; Wang, Nissi. Casos Clínicos de Acupuntura da China. Editora Roca. São Paulo. 2008.
Kim, Choo H. Acupuntura Coreana da Mão: passo a passo. Editora Ícone. São Paulo. 2014.
Kim, Daniel Son. Korea Suji Tim: Tratamento Por Acupuntura para Mão. Editora Roca. São Paulo.
2000.
Maciocia, G. Canais de Acupuntura: Uso Clínico dos Canais Secundários e dos Oito Vasos
Extraordinários. Editora Roca. São Paulo. 2008.
Maciocia, G. Diagnostico na Medicina Chinesa: Um Guia Geral. Editora Roca. São Paulo. 2006.
Radiol, World J. Ankylosing spondylitis: A state of the art factual backbone,2015 Sep 28; 7(9):
236–252.
Rivas Vilchis, José Frederico. Tratamiento Integral de Enfermedades Reumaticas. Editorial Herbal.
México. 1997.
Yoo, Tae Woo. Acupuntura Coreana da Mão. Editora Roca. São Paulo. 2003.
ANEXO–GUIA DE PONTOS NA KORYO CITADOS NESTE TRABALHO - AS
CORRESPONDÊNCIAS NA ACUPUNTURA SISTÊMICA E SUAS AÇÕES
● A3 (VC3 – Zhongji: Ponto Mu (coleta) da Bexiga, fortalece o Rim, nutre a essência (Jing) ,
promove a transformação do Qi pela Bexiga);
● A4 (VC4 – Guanyuan: Ponto Mu (coleta) do Intestino Delgado, nutre o sangue (Xue) ,
fortalece o Rim, fortalece a recepção do Qi do Rim);
● A6 (VC6 – Qihai: tonifica o Qi Original (Yuan Qi) e o Yang, restaura o Qi, regula o Qi no
aquecedor inferior);
● A8 (VC8 – Shenque: fortalece o Baço, tonifica o Qi Original (Yuan Qi) );
● A12 (VC12 – Zhongwan: Ponto Mu (coleta) do Estômago, Ponto Hui (conexão) das
Vísceras (Fu) , tonifica Baço e Estômago, resolve umidade e fleuma);
● A18 (VC17 – Danzhong: Ponto Mu (coleta) do Pericárdio, Ponto Hui( influência) do Qi,
tonifica o Qi);
● A33 (VG20 – Baihui: Mar da Medula, extingue Vento interno, eleva o Yang) ;
● B7 (VG4 – Mingmen: tonifica o Yang do Rim, tonifica o Qi Original (Yuan Qi), expele frio,
fortalece o Vaso Governador, fortalece a lombar, beneficia a essência (Jing) , extingue Vento
interno);
● B19 (VG14 – Dazhui: libera o exterior, expele Vento-Calor exterior, regula o Yin Qi
(nutritivo) e Wei Qi (defensivo), tonifica Yang);
● B24 (VG16 – Fengfu: Ponto Janela do Céu, extingue Vento interior, expele Vento exterior,
nutre o mar da medula);
● D3 (IG4 – Hegu: Ponto Yuan (fonte), expele Vento exterior, libera o exterior, regula o Qi
Defensivo (Wei Qi) , analgesia, interrompe a dor, remove obstrução do canal, tonifica o Qi,
harmoniza a subida e descida do Qi);
● D7 (IG11 – Quchi: Ponto He (mar), Ponto de Tonificação, remove as obstruções);
● E39 (E36 – Zusanli: Ponto He (mar), Ponto Mar do Alimento, beneficia o Estômago e o
Baço, tonifica o Qi e o Sangue (Xue) , tonifica o Qi Original (Yuan Qi) , regula o Qi Nutritivo e
Defensivo (Wei Qi) , expele Vento e Umidade, expele Frio, resolve edema, recupera Yang);
● F6 (Ba6 –Sanyinjiao: Ponto de encontro dos 3 Yin da perna, fortalece o Baço, resolve
umidade, estimula a função do Fígado, tonifica o Rim, nutre o Sangue (Xue) e o Yin, move o
Sangue (Xue) e elimina a estase, interrompe a dor, analgesia);
● H2 (ID3 – Houxi: Ponto Shu (riacho), Ponto de Tonificação, regula o Du Mai (Vaso
Governador), extingue Vento interior, expele Vento exterior, beneficia tendões, resolve Umidade);
● I3 (B10 – Tianzhu: Ponto Janela do Céu, extingue Vento, remove obstrução do canal);
● I8 (B11 – Dazhu: Ponto Mar do Sangue (Xue) , Ponto de Influência (Hui) dos Ossos, nutre o
sangue (Xue) , expele vento exterior, fortalece os ossos);
● I10 (B13 – Feishu: Ponto Shu dorsal do Pulmão, expele Vento externo, regula o Yin Qi e o
Wei Qi) ;
● I11 (B14 – Jueyinshu: Ponto Shu dorsal do Pericárdio, abre o tórax, interrompe a dor);
● I12 (B15 – Xinshu: Ponto Shu dorsal do Coração, revigora o Sangue (Xue));
● I16 (B20 – Pishu: Ponto Shu dorsal do Baço, tonifica o Baço e Estômago, resolve umidade,
eleva o Qi do Baço, nutre o Sangue (Xue));
● I18 (B22 – Sanjiaoshu: Ponto Shu dorsal do Triplo Aquecedor, resolve a umidade, tonifica o
Sangue (Xue));
● I19 (B23 – Shenshu: Ponto Shu dorsal do Rim, tonifica o Qi, Yang e Yin do Rim, nutre a
essência (Jing) do Rim, fortalece a lombar, nutre o Sangue (Xue) , beneficia os ossos e a medula,
resolve umidade, beneficia a bexiga);
● J3 (R3 – Taixi: Ponto Shu (riacho), Ponto Yuan (fonte), tonifica o Yin e o Yang do Rim,
beneficia a essência, fortalece a lombar e os joelhos);
● J5 (R7 – Fuliu: Ponto King (rio), Ponto de Tonificação, tonifica o Rim, resolve Umidade,
abre a via das águas no aquecedor inferior, resolve edema, fortalece a lombar);
● J7 (R10 – Yingu: Ponto He (mar), resolve Umidade no aquecedor inferior, tonifica o Yin do
Rim);
● M5 (VB20 – Fengchi: subjuga Yang do Fígado, elimina Vento externo e interno, nutre a
medula);
● M31 (VB41 – Zulingi: Ponto Shu (riacho), suaviza o Qi do Fígado, remove Calor-Umidade,
regula o Dai Mai (Vaso da Cintura);
● N4 (F3 – Taichong: Ponto Shu (riacho), Ponto Yuan (fonte), extingue Vento interior, suaviza
o fluxo do Qi do Fígado, resolve Umidade, revigora o Xue (sangue)).