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Livro Eletrônico

Aula 00

Conhecimento Didático-Pedagógicos p/ SEDUC-PA (Professor - Todas Áreas) - Pós-Edital

Professor: Greisi Goulart


Conhecimentos Didático-Pedagógicos para SEDUC-PA
Professor de todas as áreas
Prof.ª Greisi Goulart
Aula 00

APRESENTAÇÃO DO TEMA

AULA 00

O currículo e cultura;
conteúdos curriculares e aprendizagem; e
multiculturalismo.

Seja bem-vindo (a) à Aula 00 do Curso de Conhecimentos Didático-


Pedagógicos para SEDUC-PA, especialmente dedicado às diversas
especialidades do cargo de Professor.

Não deixe de acompanhar as novidades no canal do


aluno, por meio das nossas respostas no fórum de dúvidas e
dos nossos possíveis recados gerais com dicas
complementares, até a data da prova.

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Conhecimentos Didático-Pedagógicos para SEDUC-PA
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APRESENTAÇÃO DO CURSO

O propósito deste curso consiste na abordagem de parte dos itens


constantes no tópico “Conhecimentos Didático-Pedagógicos”, presente no
conteúdo programático dos Conhecimentos Gerais que serão exigidos na prova
objetiva para todas as disciplinas de Professor Classe I, Nível A, deste concurso
público de 2018, conforme Edital nº 01/2018 – SEAD, de 19 de março de
2018, atualizado em 22 de março de 2018.

Os itens que serão abordados neste curso são todos os especificados


abaixo e que foram retirados diretamente do Edital nº 01/2018 – SEAD, com
exceção dos que estão destacados em verde, os quais serão tratados no curso
de Conhecimentos Didático-Pedagógicos (Normas Educacionais) para
SEDUC-PA (Professor – Todas as Áreas) ministrado pelo Prof. Rodrigo
Bandeira.

CONHECIMENTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

Fundamentos da Educação: conceitos e concepções pedagógicas, seus fins e


papel na sociedade ocidental contemporânea. Principais aspectos históricos da
Educação Brasileira. Aspectos legais e políticos da organização da educação
brasileira: as Diretrizes Curriculares Nacionais e suas implicações na prática
pedagógica; Estatuto da Criança e do Adolescente; LDB Lei Federal nº 9394/96
e alterações posteriores; Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação,
trabalho, formação profissional e as transformações da Educação Básica.
Função histórica e social da escola: a escola como campo de relações (espaços
de diferenças, contradições e conflitos), para o exercício e a formação da
cidadania, difusão e construção do conhecimento. Organização do processo
didático: planejamento, estratégias e metodologias, avaliação; Avaliação como
processo contínuo, investigativo e inclusivo; A didática como fundamento
epistemológico do fazer docente. O currículo e cultura, conteúdos curriculares
e aprendizagem, projetos de trabalho; Interdisciplinaridade e contextualização;
Multiculturalismo; A escola e o Projeto Político Pedagógico; O espaço da sala
de aula como ambiente interativo; a atuação do professor mediador; a atuação
do aluno como sujeito na construção do conhecimento. Planejamento e gestão
educacional. Gestão da aprendizagem. O Professor: formação e profissão. A
pesquisa na prática docente. A educação em sua dimensão teórico-filosófica:
filosofias tradicionais da Educação e teorias educacionais contemporâneas; As
concepções de aprendizagem/aluno/ensino/professor nessas abordagens
teóricas. Principais Teorias e práticas na educação; As bases empíricas,
metodológicas e epistemológicas das diversas teorias de aprendizagem;
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Contribuições de Piaget, Vygotsky e Wallon para a psicologia e pedagogia.


Psicologia do desenvolvimento: aspectos históricos e biopsicossociais. Temas
contemporâneos: bullying, o papel da escola, a escolha da profissão,
transtornos alimentares na adolescência, família, escolhas sexuais. Ética
Profissional.

Mas, atenção! Conforme indica o conteúdo programático, o tópico


“Conhecimentos Didático-Pedagógicos” se desdobra em inúmeros itens de
enorme abrangência teórica, que costumam ser lecionados ao decorrer de
alguns semestres em cursos de graduação ou de pós-graduação.

Seria inviável à objetividade necessária a um curso desta natureza a


pretensão de abordagem teórica extensa e profunda sobre cada um desses
itens. Na verdade, seria praticamente impossível, em função do curto tempo
disponível até a prova, bem como não se torna interessante uma estratégia de
estudos que tenha essa pretensão, em função do volume das demais
disciplinas a serem estudadas.

Nesse sentido, as aulas deste curso serão balizadas pela objetividade e


pela busca intuitiva dos principais temas a serem abordados no tocante aos
itens exigidos pelo conteúdo programático.

Por necessidade pedagógica, as aulas deste curso unirão os itens que


possuem afinidade temática, independentemente da ordem
especificada no tópico “Conhecimentos Didático-Pedagógicos”.

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APRESENTAÇÃO PESSOAL
(PROF.ª GREISI GOULART)

Oi, pessoal! Animados?! Bom, agora é a hora de me apresentar.

Sou a professora Greisi Goulart, formada em Administração Pública pela


Universidade do Estado de Santa Catarina e, atualmente, servidora da Agência
Nacional de Energia Elétrica.

Já fui servidora efetiva do Ministério Público de Santa Catarina e do


Ministério do Planejamento, já tendo passado em outros concursos (ANATEL e
CREA-SC) nas vagas, mas que não assumi.

Tive minha formação escolar e acadêmica em instituições públicas de


ensino do nosso país, tendo alcançado todas as minhas conquistas
profissionais por meio do estudo e dedicação profissional. Além disso, meu
primeiro emprego foi na sala de aula. Tudo isso fez com que eu entendesse o
quanto a educação pode ser transformadora, devendo os estudos serem
incentivados e os profissionais que a ela se dedicam valorizados.

Não se esqueça, eu estarei, por meio do fórum de dúvidas no canal do


aluno matriculado, totalmente à disposição para sanar suas dúvidas e lhe dar
apoio para que em breve se realize sua aprovação.

Bons estudos!

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APRESENTAÇÃO DA AULA 00

Assim como ocorrerá com as demais aulas deste curso, esta aula possui
um formato predominantemente teórico, conceitual e analítico.

A aula 00 abordará os seguintes itens constante no tópico “Conhecimentos


Didático-Pedagógicos”, que serão exigidos para o cargo de Professor Classe I,
Nível A - todas as áreas:

“O currículo e cultura;

conteúdos curriculares e aprendizagem; e

multiculturalismo.”
Organizamos esta aula de forma esquemática, com alguns tópicos de
destaque (itens e conceitos que consideramos mais relevantes) de modo a
facilitar o entendimento do assunto. Claro que, os temas que serão cobrados
na prova, da forma que foram elencados no Edital, são um tanto abstratos e
muito abrangentes, permitindo que a banca exija muitos conteúdos
relacionados.

Assim, seria impossível termos a pretensão de esgotar os temas


relacionados a estes itens. Nesse sentido, focaremos nos temas cuja intuição
indica como necessários à resolução das possíveis questões da prova vindoura.

No estudo desta aula, é necessário que você mantenha a “mente aberta”,


pois entraremos num conteúdo teórico associado às ciências sociais e
humanas, onde nem sempre existem conceitos únicos, nem respostas únicas
aos problemas apresentados.

Dedique-se, estude, faça, afinal...

“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para


procurar por ele”

Henry David Thoreau, filósofo

Ocupe-se com os estudos e garanta o seu sucesso!

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IMPORTANTE: Este curso não se trata de um curso integralmente


desenvolvido em videoaulas, pelo contrário, as videoaulas que poderão vir a
ser disponibilizadas servem como complemento às aulas escritas.

Observação importante: Além das aulas em PDF,


estaremos disponível para retirar dúvidas dos alunos
matriculados, por meio do fórum virtual, e, sempre que
entender necessário, disponibilizaremos materiais extras
aos matriculados, visando contribuir neste processo de
preparação para a prova.

Observação importante II: este curso é protegido por


direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98,
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei


e prejudicam os professores que elaboram os cursos.
Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos.

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O currículo e cultura;
conteúdos curriculares e aprendizagem; e
multiculturalismo.

Esta aula tem muitos conceitos e é bastante importe, pois servirá de base para
o estudo de temas futuros. Aliás, há um encadeamento lógico em nossas
aulas, de modo que é fundamental que você as estude na ordem em que serão
disponibilizadas. Mas já chega de conversa! Vamos logo ao que interessa.

Boa aula!

O CURRÍCULO

A palavra currículo tem origem em Scurrere, palavra latina que quer


dizer correr, e refere-se a curso (ou carro de corrida). A partir dessa
ideia, podemos entender currículo como um percurso a ser seguido.

O currículo escolar abrange as experiências de aprendizagens


implementadas pelas instituições escolares e que deverão ser
vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os conteúdos que
deverão ser abordados no processo de ensino-aprendizagem e a
metodologia utilizada para os diferentes níveis de ensino.(infoescola)

O currículo também pode ser entendido como um campo social se


visto a partir da construção intelectual e prática de estudiosos,
políticos e sociedade civil.

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O currículo não é um elemento neutro de transmissão


desinteressada de conhecimento. O currículo implica em relações
de poder, transmite visões sociais particulares e produz
identidades.

De acordo com Goodson (1995), o currículo surgiu “numa época em


que a escolarização estava se transformando em atividade de massa”.

No Brasil, apenas no início do século XX, com o início da


industrialização americana, e nos anos 1920, com o movimento da
Escola Nova no Brasil, a ideia de que era necessário decidir sobre o
que ensinar ganha força e, para muitos autores, aí se iniciam os estudos
curriculares (LOPES, 2013).

De lá para cá, devemos entender que o currículo se apresentou de


modos diversos, sendo algumas vezes visto como o conteúdo do
programa a ser ministrado por professores e aprendido por seus alunos
(perspectiva tradicional), outras vezes, numa perspectiva mais
“moderna”, visto como um conjunto de experiências a serem vividas
pelos alunos na escola. Mistura-se, ainda, a ideia de currículo com grade
curricular e planos de ensino. Todavia, independentemente da
perspectiva, podemos perceber que há um entendimento comum por trás
de todas essas visões, no sentido de que currículo se refere a ideia de
organização, prévia ou não, de experiências de aprendizagem realizadas
por professores ou escolas de forma a levar a cabo um processo
educativo.

Atenção, pessoal!

Embora, muitas vezes as ideias se misturem (e se misturam mesmo e vocês


perceberão isso ao longo do nosso estudo, que foi construído a partir da visão
de diversos autores da pedagogia), para concursos temos que ter clareza:

Currículo = conjunto de ações pedagógicas.

Para Lopes (2013):

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O currículo é definido como as experiências de aprendizagem


planejadas e guiadas e os resultados de aprendizagem não
desejados formulados através da reconstrução sistemática do
conhecimento e da experiência sob os auspícios da escola para o
crescimento contínuo e deliberado da competência pessoal e
social do aluno.

Já, a grade curricular = disciplinas e conteúdos do currículo.

Portanto, a grade curricular (ou matriz curricular) trata da


organização das matérias, disciplinas dentro de um determinado tempo
(número de aulas e tempo dessas aulas) e lugar (escola, classe).

Assim, podemos perceber a teoria curricular nos possibilita


compreender os objetivos de um grupo social, ou seja, a função da
teoria curricular é compreender e descrever os fenômenos da
prática curricular. Portanto, o currículo é que liga a teoria
educacional à prática pedagógica.

Vamos repetir!

O currículo faz a ligação entre a teoria educacional e a


prática pedagógica.

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TEORIAS CURRICULARES

Nas bibliografias é comum serem apresentadas três correntes teóricas sobre


currículo (tradicionais, críticas e pós-críticas). Essas correntes conseguem nos
mostrar a evolução que o currículo teve ao longo dos anos, sempre sendo
influenciado por movimentos culturais e sociais e sendo, também,
influenciador de alguns desses movimentos. Essas teorias são muito
cobradas em concursos, portanto, você já sabe: preste atenção!

Teorias tradicionais do currículo

Na virada do século XIX para o XX, os Estados Unidos vivenciam


uma nova concepção de sociedade que se baseia no modo industrial.
Assim, o currículo vem a ser desenvolvido a partir de ideias vindas do
Taylorismo.

Professora,

mas o que é Taylorismo?

Taylorismo se refere a um sistema de organização do trabalho


concebido pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor,
conhecido como o pai da “Administração Científica”. Por meio do estudo
conhecido como “tempos e movimentos”, Taylor propôs a organização
racional do trabalho, por meio da qual pretendia, por meio da divisão das
tarefas nas indústrias e especialização dos operários, alcançar o máximo
de produção e rendimento com o mínimo de tempo e de esforço, ou seja,
o máximo de eficiência. Os estudos de Taylor trouxeram diversos
avanços para a Administração, no entanto, também há muitas críticas,
entre elas, o fato de que o homem seria visto como uma máquina,
apenas mais uma engrenagem do sistema produtivo.

Voltando...

Assim, nesse período, a escola é vista como meio relevante para


promover a adaptação das novas gerações às mudanças culturais, sociais

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e econômicas que estavam acontecendo. Havia, nesse período uma


grande preocupação com o planejamento propriamente dos currículos.

Quem se destaca nos Estados Unidos nesta época é Franklin


Bobbitt (1876-1956), que escreveu “The Curriculum”, no qual expressa
ideias relacionadas a eficiência e a padronização que vinham da
ciência da Administração que estava se desenvolvendo. Na visão de
Bobbitt, a escola deveria formar as pessoas para o trabalho.

Já John Dewey (1859-1952) focava na experiência dos alunos.


Dewey se contrapunha à memorização valorizada na época. Preocupava-
se com a ligação da teoria com a prática. Assim, o currículo deveria
oportunizar aos alunos uma escola ativa e democrática. Todavia, cabe
esclarecer que Dewey não consegue ultrapassar a visão tradicional
do currículo, embora considerado progressivista, posto que não foi um
intelectual envolvido na luta por uma transformação social radical.

Outro pensador importante da Teoria Tradicional é Ralph Tyler


(1902-1994). Tyler focava na técnica, preocupava-se com princípios da
Administração Científica, como racionalidade e eficiência. Por isso ficou
conhecido como tecnicista.

O tecnicismo, que surgiu no final da primeira metade do século XX,


buscou planejar a educação de modo a organiza-la racionalmente para
que as interferências subjetivas fossem diminuídas e não colocassem em
risco sua eficiência. Para isso, os processos precisariam ser mecanizados,
fato que levou ao surgimento de propostas pedagógicas com enfoque
sistêmico e as que utilizavam o micro-ensino, o tele-ensino, a instrução
programada, etc.

Enfim, fez com que surgisse a padronização do sistema de ensino a


partir de uma organização racional planejamento em esquemas
formulados para se ajustarem a diferentes disciplinas e práticas
pedagógicas.

Resumindo, temos que:

As teorias tradicionais tiveram origem nos Estados Unidos e são do tipo


conservadora. Fundamentava-se nos princípios de Taylor, que igualava o
sistema educacional ao modelo organizacional e administrativo das

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empresas. As teorias tradicionais buscam preparar o indivíduo para o


desenvolvimento de habilidades intelectuais por meio de práticas de
memorização. Os principais representantes das teorias tradicionais são
Taylor, Bobbit, Dewey e Tyler.

Assim, temos que:

✓ O currículo das teorias tradicionais buscava garantir o controle social,


preparando futuros trabalhadores;

✓ As teorias tradicionais visavam a eficiência, focando em questões


técnicas e ideias vindas das indústrias;

✓ Os currículos buscavam manter a objetividade e neutralidade, no


sentido de fazer da escola um ambiente a parte de temas sociais, tais
como pobreza e desigualdade social.

Teorias críticas do currículo

Na década de 1960 emergem movimentos nos Estados Unidos,


Inglaterra e Franças fazendo muitas críticas às teorias tradicionais. Esses
movimentos são parte de um processo de reflexões teóricas e empíricas
sobre educação que vinha se caracterizando na Inglaterra desde o século
XIX.

Nos Estados Unidos desenvolve-se um campo de pesquisa sobre


currículo que buscava realçar uma compreensão mediada pelo
entendimento de questões sociais, sendo que, para os currículos,
pretendiam identificar e, se possível, extinguir aspectos que, na visão
desses críticos, contribuíam para a limitação da liberdade do indivíduo e
de grupos sociais.

A partir de uma conferência na Universidade de Rochester (E.U.A),


em 1973, especialistas desenvolveriam uma análise sobre o currículo
baseada no neomarxismo e na teoria crítica e uma outra análise
baseada numa tradição humanista e hermenêutica, mas que, no fim,
ambas as análises passaram a ser conhecidas como reconceitualistas.

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Para Moreira e Silva (apud Santos e Machado), os reconceitualistas


tinham divergências importantes que os separavam, pois, para os
neomarxistas, os humanistas davam pouca importância a base social e
ao caráter contingencial da experiência individual. Já os humanistas
entendiam que os neomarxistas subordinavam a experiência humana à
estrutura de classes, dela eliminando a especificidade e a inventividade.

Estes estudos contribuíram para que o currículo fosse visto como


uma construção social e auxiliaram na compreensão das ligações entre
currículo, cultura e poder, de forma que, hoje, percebe-se no currículo a
sua parcialidade ou a sua não neutralidade.

Em 1971, Michael Young lança o livro “Nova Sociologia da


Educação” (Knowlegde and Control). A obra traz uma análise a respeito
da formação do conhecimento e a relação do poder com o controle social.

Assim, nesse contexto, observa-se nas pesquisas de currículo a


busca do entendimento das instituições como lugares de
organização do material cognitivo e simbólico, bem como, das
questões relevantes para diferenciar o sucesso e o fracasso escolar.

Na parte metodológica, valoriza-se a observação comportamental e


a pesquisa de campo. Busca-se compreender os saberes cotidianos e, na
sociologia da educação, o homem passa a ser visto dentro de um
contexto, como construtor de sua identidade e não como mero
produto do meio.

Já na França, neste período, destacaram-se os trabalhos de Pierre


Bourdieu (1930-2002) e o de Louis Althusser (1918-1990) que
construíram uma crítica que ficou conhecida como “crítico-
reprodutivista”. Essa crítica surgiu a partir da tentativa de revolução
cultural dos jovens de maio de 1968, que pretendia realizar a revolução
social por meio da revolução cultural. Esse movimento se espalhou por
diversos países, inclusive Brasil, mas foi mais forte na França.

Para os reprodutivistas há um processo que mantém as


desigualdades sociais. Na teoria educacional entende-se que a
educação é importante no processo de reprodução social, mas há
também nas escolas um processo de subordinação das culturas
dominadas à cultura dominante.

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Justamente essa questão da valorização da cultura dominante é o


que levanta Bourdieu em seus estudos. Para ele, essa valorização acaba
sendo refletida no currículo, sendo que a escola acaba por
menosprezar a cultura e os costumes dos dominados, legitimando
as regras sociais pré-estabelecidas pelos dominantes. Assim, o
currículo dificulta o aprendizado das crianças de classe dominada,
levando-as, muitas vezes, a não completar seus estudos.

Althusser foi, nas décadas de 1960 e 1970, um dos responsáveis


pela inserção das teorias marxistas no campo do currículo. Para este
filósofo francês a educação era um dos principais aparelhos de
disseminação das ideias das classes dominantes e que, com isso,
contribuía para a manutenção da estrutura social vigente. Assim, as
escolas funcionariam como responsáveis pela formação de operários
submissos enquanto os estudantes vindos das famílias da classe
dominante se formavam para ser chefes.

No que se refere ao currículo, Althusser entende que esse


instrumento seria utilizado para garantir a transmissão da ideologia
dominante, sendo as disciplinas e conteúdos trabalhados nas escolas
uma seleção interessada e articulada para assegurar o domínio e a
reprodução social. Nesse sentido, depreende-se que refletir sobre
currículo e ideologia seria refletir sobre o poder político que pode se
manifestar nas escolas; seria pensar como o conhecimento implantado
no currículo escolar contribui na formação das identidades sociais e
individuais; bem como, entender que esse conhecimento pode favorecer
alguns e se estabelecer contra outros.

Dessa forma, entende-se que uma teorização crítica em educação


precisa ser reflexiva quanto a manutenção de estruturas e a possibilidade
de modificá-las.

Resumindo, temos que:

A teoria crítica começou a aparecer na década de 1960, a partir de


movimentos que foram mais significativos nos Estados Unidos, Inglaterra e
França. Fundamentava-se no estudo das desigualdades sociais e é
influenciada pelo marxismo. Argumenta que não há uma teoria neutra,
pois as teorias refletem as relações de poder. Mostra que o currículo pode
ser um campo para pregar a liberdade e um espaço cultural e social

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de lutas. Os representantes dessas teorias que se destacaram são Pierre


Bourdieu Louis Althusser, Henry Giroux, Jean Claude Passeron, Michael
Apple, Basil Bernstein e Bowles e Gintis e, no Brasil, Paulo Freire.

Assim, temos que as teorias críticas:

✓ Fizeram com que surgisse uma nova forma de pensar o currículo e,


consequentemente, a educação e suas implicações sociais.

✓ Fazem-nos perceber que o currículo não é neutro e suas propostas


não são desinteressadas.

✓ Mostram que os sujeitos são atores e não simplesmente produtos do


meio social onde vivem.

✓ Manifestam que há uma relação direta entre o conhecimento e o controle


das camadas subalternas e uma reprodução social e cultural sendo
legitimada no currículo, por meio dos conhecimentos tidos como
indispensáveis.

Teorias pós-críticas do currículo

O século XX foi um período marcado por mudanças sócio-culturais


relevantes. Nesse século, marcado pelas duas grandes guerras, o mundo
passou a questionar os preconceitos e seus limites, a mulher ganhou
espaço no mercado de trabalho, o excesso de controle e de domínio
passaram a ser questionados, o questionamento de paradigmas ganhou
seu espaço.

Nesse contexto de transformações, a lógica positivista, tecnocrática


e racionalista, passou a ser questionada na busca de abrir espaço para as
minorias. No campo educacional, as teorias pós-críticas, que emergiram
pelas décadas de 1970 e 1980, começaram a se desenvolver pelo
multiculturalismo.

O multiculturalismo entende que as sociedades contemporâneas


devem ser percebidas como multiculturais, pois, nos mais diversos
espaços, notamos uma pluralidade expressa nas classes, culturas,
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etnias, religiões, sexualidade decorrente da própria dinâmica social.


Há quem entenda que a problemática multicultural faz com que nos
sintamos privilegiados diante de sujeitos históricos que muito sofreram,
mas que, resistentes, continuam a afirmar sua identidade.

Para Candau (apud Santos e Machado), existem diversas


abordagens para tratar sobre o multiculturalismo, no entanto, a autora
destaca duas abordagens a descritiva e a propositiva. Nesse sentido
temos as seguintes definições:

* Abordagem descritiva - o multiculturalismo é uma qualidade


das sociedades atuais, porém os arranjos multiculturais dependem dos
contextos histórico, político e sociocultural e das características das
nações, países e continentes. Enfatiza, portanto, a descrição e a
compreensão das construções multiculturais.

* Abordagem propositiva - percebe o multiculturalismo não


apenas como uma característica da nossa realidade, mas como uma
forma de atuar, de intervir e de transformar a dinâmica social. Trata-se,
portanto, de uma espécie de projeto político-social, que busca melhorar
as relações culturais e sociais em cada espaço. Essa abordagem possui
três perspectivas:

• Abordagem assimilacionista - nossa sociedade é


multicultural, mas nela não há espaço para todos. Assim, a sociedade
busca incorporar os excluídos à cultura hegemônica, universalizando a
educação, mas focando no monoculturalismo, inclusive nos conteúdos
dos currículos.

• Abordagem diferencialista - propõe o reconhecimento das


diferenças e a garantia da liberdade de expressão. Valoriza o acesso a
direitos sociais e econômicos, porém há um estímulo ao estabelecimento
de comunidades culturais homogenias, ou seja, pessoas com
similaridades culturais se aproximariam formando sua comunidade, que
viveriam mais separadamente de outras comunidades com culturas
diferentes.

• Abordagem intercultural – vê as culturas como um


processo contínuo de elaboração, construção e reelaboração, não fixando
as pessoas em padrões engessados. Assim, nenhuma cultura seria pura.
Estimula o reconhecimento do outro, encoraja o diálogo e percebe as

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diferenças como características a serem valorizadas na construção de


uma sociedade democrática.

Assim, entende-se que, dentro da abordagem multicultural, é


importante que o currículo considere as diversas identidades culturais,
permitindo o desenvolvimento de práticas pedagógicas em um processo
de troca cultural, destacando a construção histórico e social dos
conteúdos, de modo que a escola possa ser um espaço de produção
cultural e de crítica.

Outra perspectiva que possibilitou o desenvolvimento das teorias


pós-crítica foram os estudos de gênero. Estes mostram que o poder na
sociedade é influenciado pelo “patriarcado”. Nesse sentido, o mundo
social sempre valorizou muito os interesses, os pensamentos e outras
qualidades masculinas. Assim, os currículos acabam sendo
influenciados pelas desigualdades entre homens e mulheres.
Portanto, ao considerar questões de gênero, o currículo precisa ir além
desses reflexos existentes na sociedade para não tornar natural condutas
e estereótipos vistos como normais.

Nas teorias pós-críticas também é necessário referenciarmos a


questão étnico-racial. Essas teorias focalizam a dinâmica da raça e da
etnia, focando em narrativas sobre o acesso e a exclusão. Argumenta-se,
por exemplo, que a identidade étnica e racial está bastante ligada às
relações de poder que contrapõem o homem europeu às populações de
países colonizados por esses homens.

No currículo, a abordagem possibilita o entendimento das


desigualdades e a desmistificação de preconceitos sociais.

Resumindo, temos que:

As teorias pós-críticas surgiram a partir de movimentos das décadas de


1970 e 1980, mas só ganharam força a partir da década de 1990. Baseou-
se, em princípio, no multiculturalismo, estendendo-se para os estudos
de gênero e étnico-raciais. Essa teoria questiona conceitos da
modernidade, como razão e ciência, e aponta a problemática da
desvalorização do desenvolvimento cultural e histórico de alguns grupos
étnicos. Os representantes que temos que lembrar são Derrida, Foucault,
Lyotard, Deleuze, Cheryholmes.

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Assim, temos que as teorias pós-críticas:

✓ Modificam os debates gerados pela tendência crítica; embora haja


alguma semelhança, seus fundamentos são diferentes;

✓ Fundamentam-se no pós-estruturalismo, que acredita que o


conhecimento é algo incerto e indeterminado;

✓ Questiona o conceito de verdade, pois considera o processo pelo qual


algo se tornou verdade.

Uma dica para entender a diferença existente entre as teorias


críticas e as pós-críticas é perceber que, no geral, o foco nas teorias
críticas está na análise do poder relacionado a questões
econômicas; já nas pós-críticas, as análises baseiam-se em toda
uma rede social, levando em conta temas subjetivos, inerentes,
segundo essas teorias, ao que constitui o meio social.

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Concepções de organização curricular

Os modos de materialização das intenções pedagógicas caracterizam


concepções de organização curricular e determinam os tipos de currículo.
É importante entendermos esses conceitos, pois podem ser pedidos na prova.
As concepções mais conhecidas são:

Currículo tradicional
Se refere ao conjunto de disciplinas a serem estudadas pelos
alunos ao longo dos anos escolares. O currículo tradicional não se
atenta para a contextualização. Esse currículo organiza as
disciplinas com seus conteúdos de forma fragmentada. Por isso, a
educação ocorre de modo linear, sem articulação entre os
temas.

Currículo tecnicista ou racional tecnológico


Foca na difusão de conhecimentos e habilidades voltados para o
mercado produtivo. Baseia-se na tecnologia para selecionar e
organizar os objetivos e as experiências de aprendizagem, os
materiais didáticos, os instrumentos de avaliação. Pretende fazer
do ensino um “processo eficiente”.

Currículo progressivista ou escolanovista


9925 149 3

No currículo progressista sobressai o desenvolvimento das


capacidades cognitivas. Nessa concepção, o professor atua
como facilitador e o ritmo de cada aluno deve ser respeitado,
pois as experiências dos próprios alunos é que permitem a
aprendizagem. Assim, ganham destaque as necessidades dos
alunos e o interesse deles nas atividades.

Currículo construtivista
Esta concepção foca mais na construção do conhecimento
pelo próprio aluno e menos na influência da cultura e do próprio
professor, assim, o professor deve atuar como facilitador do
aprendizado. As disciplinas somente aparecem como um valor
instrumental para a aprendizagem de habilidades cognitivas,
devendo o professor garantir a integração do educando
com os objetos de aprendizagem.

Quando falamos em currículo construtivista, temos que lembrar


da teoria construtivista, uma teoria epistemológica, que trata do
modo como o conhecimento é construído. Tem como principal
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representante Piaget, que argumenta que o sujeito constrói o


conhecimento por meio do contato com o objeto de estudo. A
principal lição que tiramos desta teoria é que a aprendizagem não
acontece de forma passiva. O construtivismo também busca o
desenvolvimento global do indivíduo, ou seja, dos aspectos
cognitivos, sociais, afetivos. Assim, essas características, de
alguma forma, têm que estar manifestas em um currículo
construtivista.

Detalhe: essas informações são úteis para respondermos


questões objetivas, focando nas opções de resposta dadas pela
banca; porém há muitas críticas a ideia de currículo construtivista,
entre outras coisas, pelo fato de o construtivismo não ser uma
teoria pedagógica ou um método, propriamente, de construção do
conhecimento, aliás, você deve ter percebido que as ideias aqui
apresentadas se aproximam daquelas referentes ao Currículo
progressivista ou escolanovista.

Currículo sociocrítico ou histórico-social


O currículo sociocrítico busca estimular a liberdade de
pensamento. A concepção entende que os temas pedagógicos
podem contribuir para uma formação política. Dá destaque a
responsabilidade social, no sentido de desenvolver cidadãos
capazes de transformar sua realidade. Confere valor à
prática.

Currículo integrado e globalizado


9925 149 3120

O currículo globalizado é interdisciplinar, pois relaciona as


disciplinas de forma holística. Percebe a prática curricular como
um processo de investigação. Assim, por meio da definição de
um tema como gerador, as disciplinas se associam, gerando um
conhecimento integrado a respeito do tema definido.

Quando da preparação da proposta curricular, com base nessas concepções e


tipologias, deve-se decidir entre currículos fechados e currículos abertos.
Conforme apresentado a seguir:

Currículos fechados
São aqueles que trazem as disciplinas de forma isolada. Os
conhecimentos e competências dos professores não são
considerados na sua elaboração e os professores ficam
limitados a seguir os objetivos e os conteúdos definidos no
currículo.

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Currículos abertos
Preocupam-se com a integração entre as disciplinas e ações
pedagógicas. Os professores participam do processo de
elaboração e seus saberes são respeitados, por isso, acabam
tendo mais flexibilidade na definição dos objetivos e
competências a serem trabalhados. Os conteúdos podem ser
organizados em áreas e temas geradores, de forma que subtemas
e disciplinas poderão ser associados ao tema focal.

Importante: Por conta dessa divergência entre as teorias curriculares e


tipologias de currículo é que a escola deve avaliar cuidadosamente qual
currículo irá adotar para chegar ao seu objetivo. Essa escolha deve ser
pensada a partir da concepção do seu Projeto Político Pedagógico, o qual
deve basear-se na prática teórica da instituição e as necessidades dos
alunos.

Prática pedagógica

Embora já tenhamos discorrido em alguns momentos sobre a


prática, pois, como argumenta Lopes, a prática é uma temática que
acompanha o desenvolvimento da teoria curricular, assumindo
diferentes sentidos. Mas, vamos especificar melhor o tema para seu
melhor entendimento.

De acordo com Freire, a construção do conhecimento se dá pela


interação entre professor e aluno. Assim, a prática pedagógica pode
ir além do especificado no currículo. Há a prática intencional de ensino e
aprendizagem, que não se reduz à questão didática ou às metodologias
de estudo e aprendizado, mas deve estar articulada à prática social,
numa relação dialética entre prática-teoria.

Assim, a aula desenvolve-se num tempo e em determinado espaço


por meio de relações e conflitos, onde professor e aluno, ensinam e
aprendem, construindo e reconstruindo o conhecimento juntos.

Na prática, o professor aprende com o aluno ao pesquisar sua


realidade, seu desenvolvimento cognitivo e afetivo. Já o aluno aprende
por meio dos conhecimentos que o professor têm e busca compartilhar.

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Todavia, deve-se destacar que isso não deve excluir a autoridade do


professor em sala.

Desse modo, entende-se que uma boa prática pedagógica deve ser
pautada pela ética. Afinal, como percebemos ao estudar as teorias do
currículo, quando o professor ensina uma disciplina, o professor está
ensinando mais que os conteúdos especificados. Ele etá ensinando sobre
o mundo e as atitudes diante deste, sobre as relações sociais e o
convívio.

Assim, tendo melhor entendimento da prática pedagógica, fica mais


fácil visualizar e entender as diferentes expressões dos currículos. Veja
os conceitos que poderão ser cobrados em sua prova:

Currículo formal, oficial, explícito ou prescrito


É aquele documentado, estabelecido pelos sistemas de
ensino.

Currículo real ou em ação


É aquele que, de fato, acontece dentro da sala de aula.

Currículo implícito, nulo ou oculto


São os saberes e competências desenvolvidos no
ambiente escolar, mas que não aparecem nos
programas oficiais, seja porque contém um viés
ideológico, seja porque essas manifestações
simplesmente escapam do controle institucional,
firmando-se nas zonas sombrias do currículo prescrito.

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No geral, podemos perceber ao longo do estudo que:

✓ Os currículos, no geral, refletem um sistema de valores sociais, uma


cultura, características históricas, opiniões políticas, uma filosofia
educacional;

✓ O currículo implica uma seleção, uma escolha (tipo de currículo, se


aberto ou fechado, entre outras);

✓ A elaboração do currículo requer determinada estruturação de


conteúdos;

✓ Para escolher conteúdos e métodos, algum critério tem que ser utilizado,
podendo este estar implícito ou explícito;

✓ Os currículos envolvem metodologia e as diretrizes concretas para uma


avaliação eficaz.

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Trouxe para você, no quadro a seguir, as principais características das


teorias curriculares. Entendendo esse quadro, você conseguirá responder a
muitas questões de concurso. Claro que para melhor entendê-lo, você
precisa ler toda a aula, do contrário, parecerá uma lista de palavras soltas.
Mas lendo a aula e gravando as ideias em destaque no quadro, você terá
facilidade para resolver as questões. ;)

Características predominantes das teorias curriculares


Tradicionais Críticas Pós-críticas
Ensino Ideologia Identidade, alteridade,
diferença
Aprendizagem Reprodução cultural e Subjetividade
social
Avaliação Poder Significação e discurso
Metodologia Classe social Cultura
Didática Capitalismo, economia Saber
Organização Relações sociais de Representação
produção
Planejamento Conscientização Poder
Eficiência Emancipação e liberdade Gênero, raça, etnia
Objetivos Currículo oculto Sexualidade
Tecnicismo Resistência Multiculturalismo
Conflito Diferença
Marxismo Pós-estruturalismo,
Linguagem
Adaptado de Silva, 2002.

Sobre a teoria queer que tem aparecido em algumas questões...

A teoria queer surgiu no fim da década de 1980 nos Estados Unidos.


Inspirada em teorias feministas, em teorias francesas pós-estruturalistas,
pesquisadores encontraram modos para refletir a respeito de um novo
campo de estudos para os referenciais identitários e assimilacionistas

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presentes na teoria feminista e nos estudos gays e lésbicos de


universidades norte-americanas. Neste viés, um dos focos da teoria queer é
a própria questão da heteronormatividade, ou seja, da norma que toma a
sexualidade heterossexual como regra.

Desse modo, a teoria queer busca realizar investigações e


desconstruções, pregando a instabilidade de todas as identidades sexuadas
e generificadas, para evidenciar que estas são fruto de uma construção
sociocultural.

A partir dessa perspectiva, a pedagogia queer é pensada. Mas a


pedagogia queer não propõe apenas incluir no currículo informações sobre a
sexualidade, ela questiona os processos institucionais e discursivos, as
estruturas de significação que definem os papéis sociais e as identidades
dos sujeitos que compõem o contexto escolar e de tudo o que consideramos
fixo e imutável.

Sobre o pós-estruturalismo...

O pós-estruturalismo busca repensar e reanalisar as teorias


estruturalistas, apontando uma desconstrução de alguns conceitos
considerados como verdades absolutas e centrais.

O pós-estruturalismo é marcado pela interdisciplinaridade e manifesta-


se em muitas e diferentes correntes. O pós-estruturalismo aborda
diferentes conhecimentos e práticas críticas e caracteriza-se pela
preponderância da análise das formas simbólicas, da linguagem, como
constituintes da subjetividade.

O estruturalismo privilegia a estrutura, característica das relações entre


os elementos de um fenômeno ou objeto.

O pós-estruturalismo é uma continuidade do estruturalismo, mas vai


além.

O currículo pós-estruturalista questiona a respeito da concepção de


sujeito autônomo, unitário, racional e centrado na qual se baseia todo o
empreendimento pedagógico do currículo. Busca saber onde, quando, por
quem os “significados transcendentais” ligados à política, à ciência, às
questões religiosas que compõem o currículo foram definidos, etc.

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Pessoal, as questões e seus comentários, fazem parte da aula, pois


aprofundam e complementam os conhecimentos vistos. Além disso, para
concursos, praticar resolvendo questões é fundamental.

FUNDEP 2017 – Técnico em Assuntos Educacionais – UFVJM/MG

1) De acordo com Sacristán (1998), o termo currículo origina da


palavra latina currere, que se reporta à carreira, a um percurso a
ser realizado e, por consequência, à sua representação ou
apresentação.

A partir das reflexões de Sacristán (1998) sobre o que se deve


considerar na conceitualização de currículo, é correto afirmar:

A. O estudo do currículo deve valer para possibilitar uma visão da


cultura que se dá na escola, em sua dimensão oculta e manifesta,
considerando as condições em que se desenvolve.

B. No currículo, ideias e práticas agem isoladamente.

C. Refere-se a um projeto que só pode ser compreendido de


maneira pontual e neutra.

D. Deve ser visto como projeto cultural elaborado, desvinculado


da profissionalização do docente e fechado em si mesmo.

Resposta: A. Falamos na aula sobre a interdisciplinaridade e vimos também


que a prática é uma temática que acompanha o desenvolvimento da teoria
curricular, portanto, a letra B está incorreta. Cabe destacar também que o
currículo não é neutro e que não deve ser desvinculado da profissionalização
do docente e fechado em si mesmo, portanto as alternativas C e D estão
incorretas. A afirmativa A está correta.

COPEVE/UFAL 2017 – Professor – Prefeitura de Maceió

2) As questões sobre o currículo estão no centro das discussões


atuais. Segundo Marisa Vorraber Costa (2001), as teorias

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curriculares expressam determinadas visões de mundo e de


currículo. Na teoria pós-crítica, o currículo precisa levar em
consideração, principalmente,

A. identidades, classe social, currículo oculto, diferenças e


avaliação.

B. identidades, diferenças, alteridades, gênero e


multiculturalismo.

C. conteúdos, identidades, planejamento de ensino, avaliação e


multiculturalismo.

D. classe social, identidades, avaliação, planejamento e avaliação


da aprendizagem.

E. conteúdos, avaliação da aprendizagem, planejamento de


ensino, classe social e identidades.

Resposta: B. Vimos na aula que as disputas de classe e de poder com base em


questões econômicas são características que se destacam na teoria crítica de
currículo. Já um dos destaques mais significativos da teoria pós-crítica é o
multiculturalismo. Como a letra “b” traz as características mais relevantes da
teoria pós-crítica, esta é a resposta da questão.

COPEVE/UFAL 2017 – Professor – Prefeitura de Maceió

3) Entre as várias definições de currículo, Marisa Vorraber Costa


(2001) afirma que o currículo constitui um conjunto articulado de
saberes, regidos por uma ordem social que elege determinadas
narrativas consideradas válidas. Nesse contexto, o currículo

I. envolve elementos culturais.

II. diz respeito unicamente a uma listagem de conteúdos a serem


transmitidos aos educandos.

III. expressa relações de poder, de classe social e de visão de


mundo de uma determinada sociedade.

Das afirmativas, verifica-se que está(ão) correta(s)

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A. I, apenas.

B. II, apenas.

C. I e III, apenas.

D. II e III, apenas.

E. I, II e III.

Resposta: C. Perceba o quão importante é a leitura o enunciado com atenção.


Marisa Vorraber Costa (2001) traz uma percepção bastante atual de currículo
ao conceituá-lo, por isso, os itens I e III estão corretos. Além disso, sabemos
que o item II está relacionado a grade curricular.

COPEVE/UFAL 2017 – Professor – Prefeitura de Maceió

4) As narrativas contidas no currículo, explícita ou


implicitamente, corporificam noções particulares sobre
conhecimento, sobre formas de organização da sociedade e sobre
os diferentes grupos sociais e representam os diferentes grupos
sociais de forma diferente. Enquanto as formas de vida e a
cultura de alguns grupos são valorizadas e instituídas como
cânon, as de outros são desvalorizadas e proscritas. Assim,
contam histórias que fixam noções particulares sobre gênero,
raça, classe – noções que acabam também nos fixando em
posições muito particulares (SILVA, 2005, p. 195). Segundo o
autor, as narrativas contidas no currículo contribuem para:

I. o entendimento de que o currículo vincula-se a aspectos


políticos inerentes às relações de poder que acentuam as
desigualdades étnico-raciais e de gênero;

II. a superação das desigualdades instituídas em relação às


questões étnico-raciais e de gênero;

III. a compreensão de que o currículo representa, de forma


igualitária, os diferentes grupos sociais.

Das afirmativas, verifica-se que está(ão) correta(s)

A. I, apenas.

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B. III, apenas.

C. I e II, apenas.

D. II e III, apenas.

E. I, II e III.

Resposta: A. Mais, uma vez, percebemos como é importante ler atentamente


ao enunciado. Neste caso, o item III não tem relação alguma com a afirmação
citada no enunciado; o II também não tem, visto que Silva afirma que os
currículos “contam histórias que fixam noções particulares sobre
gênero, raça, classe”, não contribuindo, portanto, para a superação das
desigualdades sociais; já o item I é aderente ao que afirma o autor, sendo a
resposta desta questão.

CESPE 2017 – Professor de Nível Superior / PNS – Prefeitura de São Luís


- MA
5) Considerando o currículo como a cultura da escola, assinale a
opção correta.

A. O currículo explícito, expresso nos planos de ensino, e o


currículo oculto, que ocorre nas práticas de sala de aula, revelam
a cultura escolar.

B. A cultura escolar é o conhecimento erudito expresso no


currículo, o qual apresenta uma forma correta de falar, de
escrever e de se comportar em diversas situações.

C. O currículo expressa o ambiente escolar, local privilegiado de


manifestação de diferentes hábitos e costumes de cada grupo
familiar e, na junção dessas diferenças, a cultura escolar se
manifesta.

D. Cada escola escolhe livremente todos os conteúdos e


conhecimentos a serem trabalhados para as diferentes faixas
etárias que atende e, nessa escolha, se revela sua cultura.

E. O currículo reflete a cultura escolar, que é apenas um reflexo


da sociedade na qual a escola está inserida.

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Resposta: A. Vimos na aula, que o currículo explícito, (formal, oficial, ou


prescrito) é aquele documentado, estabelecido pelos sistemas de ensino;
enquanto o currículo implícito (nulo ou oculto) são os saberes e competências
desenvolvidos no ambiente escolar, mas que não aparecem nos programas
oficiais, seja porque contém um viés ideológico, seja porque essas
manifestações simplesmente escapam do controle institucional, firmando-se
nas zonas sombrias do currículo prescrito. Como, conjuntamente, ambos
expressam a cultura escolar, a letra A é a nossa resposta.

CESPE 2017 – Professor de Nível Superior / PNS – Prefeitura de São Luís


– MA
6) Considerando-se o currículo como práxis, é correto afirmar
que ele

A. corresponde às disciplinas expressas no histórico escolar dos


estudantes.

B. está desvinculado da teoria.

C. se efetiva na prática pedagógica de sala de aula.

D. se refere às práticas que dispensam o planejamento da ação


pedagógica.

E. se refere aos conteúdos de ensino determinados pelos


sistemas educacionais.

Resposta: C. Vimos que a prática é uma temática que acompanha o


desenvolvimento da teoria curricular, além disso, a construção do
conhecimento se dá pela interação entre professor e aluno. Assim, a letra “C”
responde a questão.

FCC 2015 – Agente de Defensoria Púbica – DPE/SP


7) Os teóricos críticos entendem o currículo como

A. experiências escolares que se desdobram em torno do


conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para
a construção das identidades dos estudantes.

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B. organização do ensino por meio de uma grade de conteúdos,


na qual de define a quantidade de aulas por disciplinas para cada
ano de ensino.

C. planos pedagógicos elaborados pelos professores da unidade


escolar, em concordância com as determinações da secretaria da
educação.

D. conjunto de objetivos a serem alcançados no final do ano, por


meio de conteúdos a serem ensinados e aprendidos durante o
processo de ensino.

E. projeto político pedagógico elaborado pelas escolas, com a


colaboração dos professores e de especialistas de ensino e
aprovado pelos órgãos regionais de educação.

Resposta: A. Vimos que para a teoria crítica o currículo pode ser um campo
para pregar a liberdade e um espaço cultural e social de lutas, além disso
contribui para a formação de identidade do homem, portanto, a letra A é a
resposta.

QUADRIX 2017 – Professor Substituto – SEE/DF

8) Considerando a concepção de currículo apresentada, julgue o


item.

O currículo real pode ser compreendido como o conjunto de


experiências e aprendizagens gerador da aprendizagem.

Resposta: Certo. Vimos que o currículo real, ou em ação, é aquele que


acontece na prática, indo além do que foi formalizado.

QUADRIX 2017 – Professor Substituto – SEE/DF

9) Considerando a concepção de currículo apresentada, julgue o


item.

O currículo formal compreende o conjunto de comportamentos,


atitudes e valores transmitidos no cotidiano escolar que não
estão expressos nos documentos formais.

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Resposta: Errado. Na verdade o currículo formal (oficial, explícito ou


prescrito) é aquele documentado, estabelecido pelos sistemas de ensino. A
afirmação da questão faz referência ao currículo informal.

REIS AUDITORES ASSOCIADOS 2012 – Professor (PI) – Prefeitura de


Varginha - MG

10) Nome dado o currículo que diz respeito àquelas


aprendizagens que fogem ao controle da própria escola e do
professor e passam quase despercebidas, mas que têm uma força
formadora muito intensa:

A. Currículo real;

B. Currículo formal;

C. Currículo padrão;

D. Currículo oculto.

Resposta: D. Perceba que a questão fala em aprendizagens que foge ao


controle da própria escola, que passam quase despercebidas, mas que “têm
uma força formadora muito intensa”, o que nos remete, inclusive a valores e
questões ideológicas, portanto, está se referindo ao currículo oculto.
Relembrando: currículo oculto, também chamado de implícito ou nulo,
refere-se aos saberes e competências desenvolvidos no ambiente escolar,
mas que não aparecem nos programas oficiais, seja porque contém um viés
ideológico, seja porque essas manifestações simplesmente escapam do
controle institucional, firmando-se nas zonas sombrias do currículo prescrito.

REIS AUDITORES ASSOCIADOS 2012 – Professor (PI) – Prefeitura de


Varginha - MG

11) A ___________ deve buscar a articulação entre os vários


aspectos da vida cidadã (a saúde, a sexualidade, a vida familiar e
social, o meio ambiente, o trabalho, a ciência e a tecnologia, a
cultura, as linguagens) com as áreas de conhecimento (Língua
Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História, Língua
Estrangeira, Educação Artística, Educação Física e Educação
Religiosa).

A expressão que preenche adequadamente a lacuna acima é:

A. composição curricular;

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B. Lei de Diretrizes e Bases da Educação;

C. Avaliação:

D. Educação Infantil.

Resposta: A. Questão tranquila. Vimos que o currículo escolar abrange as


experiências de aprendizagens implementadas pelas instituições escolares e
que deverão ser vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os
conteúdos que deverão ser abordados no processo de ensino-aprendizagem
e a metodologia utilizada para os diferentes níveis de ensino. O currículo
também pode ser entendido como um campo social se visto a partir da
construção intelectual e prática de estudiosos, políticos e sociedade civil.
Assim, o currículo envolve aspectos da vida cidadã articuladas com áreas de
conhecimento.

FUNCAB 2012 – Pedagogo – Prefeitura de Valença - RJ

12) Os estudiosos da área do Currículo, atualmente, afirmam que


este, em seu sentido mais amplo, significa:

A. matérias pedagógicas.

B. vida profissional.

C. atividades extraclasses.

D. a vida e as matérias pedagógicas.

E. a vida e todo o programa de escola, inclusive as atividades


extraclasse.

Resposta: E. As outras alternativas também falam de aspectos que devem


ser considerados no currículo, porém a opção “E” é a mais completa,
trazendo uma visão mais atual do currículo.

IFB 2017 – Professor - Pedagogia – IFB

13) O currículo refere-se aos programas e conteúdos de cada


componente curricular e também expressa os princípios e metas
do projeto educativo de uma instituição. Considerando uma
perspectiva crítica do currículo, marque a alternativa CORRETA:

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a) O currículo deve ser utilizado para a reprodução de uma visão


de mundo hegemônica.

b) O currículo é um documento formal e estabelecido pelo


sistema educacional que deve ser seguido pelas instituições de
ensino, pois visa uma igualdade educacional.

c) O conhecimento estabelecido na organização curricular do


currículo é neutro, cabe ao professor dar uma direção a esse
conhecimento.

d) A organização curricular deve levar em consideração as


relações entre os sujeitos e o espaço - tempo em que se situam.

e) É importante evitar, sistematicamente, que situações ocorridas


na escola tragam contextos diferentes daqueles que estão
devidamente planejados e incluídos no currículo.

Resposta: D. (a) Para a perspectiva crítica, o currículo não deve ser utilizado
para reprodução de uma visão hegemônica (preponderância de uma coisa
sobre outra). (b) para a perspectiva crítica, o currículo é mais do que um
documento formal e podendo ser, inclusive, um campo para pregar a liberdade
e um espaço cultural e social de lutas. (c) Para a teoria crítica, o currículo
nunca é neutro, justamente porque, de alguma forma, será dado uma direção,
um posicionamento, sobre o conhecimento. (e) Para a perspectiva crítica, os
contextos diferentes, as minorias e as opiniões diversas são bem-vindas.

IF-ES 2016 – Pedagogo – IF-ES

14) Silva (2010) apresenta as teorias do currículo em três


categorias: tradicionais, críticas e pós-críticas. Sobre essas
teorias, analise as seguintes sentenças:

I) As teorias tradicionais pretendem ser “teorias” neutras,


científicas, desinteressadas. Assim, ao aceitar o status quo, os
conhecimentos e os saberes dominantes, acabam por se
concentrar em questões técnicas, “o que?” e o “como?”, ou seja,
nas questões de organização e elaboração do currículo.

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II) As teorias críticas, ao enfatizarem o conceito de discurso em


vez do conceito de ideologia, efetuaram um importante
deslocamento na nossa maneira de conceber o currículo.

III) As teorias críticas e as teorias pós-críticas argumentam que


nenhuma teoria é neutra, científica ou desinteressada, mas que
está implicada nas relações de poder. Sua questão central é: “por
quê?”. Por que esse conhecimento e não outro? Estão
preocupadas com as conexões entre saber, identidade e poder.

IV) As teorias pós-críticas, ao deslocarem a ênfase dos conceitos


simplesmente pedagógicos de ensino e aprendizagem para os
conceitos de ideologia e poder, nos permitiram ver a educação de
uma nova perspectiva.

V) As teorias críticas sobre o currículo colocam em questão os


pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais; são
teorias de desconfiança, questionamento e transformação radical,
na tentativa de desenvolver conceitos que permitam
compreender o que o currículo faz.

Assinale a alternativa que apresenta somente as


sentenças CORRETAS.

a) I, II, IV

b) I, III, V

c) III, IV, V

d) II, IV, V

e) I, II, IV, V

Resposta: B. A “I” está correta, conforme vimos, as teorias tradicionais


focavam em “o que ensinar”, e em questões de didática, como métodos, etc.
Além desta, as alternativas “III” e “V” também estão de acordo com o que
estudamos. A “II” está incorreta, pois as teorias críticas tratam sim de
questões de ideologia. As teorias pós-críticas que enfatizam o conceito de
discurso ao invés do de ideologia. A “IV” traz características mais adequadas
às teorias críticas, pois foram estas que deslocaram o foco das questões

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pedagógicas, para também abordar questões de ideologia e poder, por isso


está errada.

IF-ES 2016 – Pedagogo – IF-ES

15) Com base nas análises das teorias críticas e pós-críticas do


currículo, realizada por Silva (2010), analise as proposições e
verifique quais são VERDADEIRAS (V) e quais são FALSAS (F):

( ) As teorias pós-críticas e as teorias críticas possibilitaram


compreender o currículo para além dos conceitos técnicos, como
os de ensino e eficiência, ou de categorias psicológicas, como as
de aprendizagem e desenvolvimento, ou ainda de imagens
estáticas como as de grade curricular.

( ) As teorias pós-críticas defendem que o currículo é espaço de


poder, centrado no Estado, pois o conhecimento corporificado no
currículo carrega as marcas das relações sociais de poder e
reproduz as estruturas sociais.

( ) As teorias críticas enfatizam que o currículo é uma construção


social, portanto, resultado de um processo histórico, por meio de
processos de disputa e conflito social, em que certas formas
curriculares tornaram-se consolidadas como o currículo.

( ) O currículo, para as teorias críticas, não pode ser


compreendido sem uma análise das relações de poder,
descentrado em toda rede social, ou seja, nos processos de
dominação centrados na raça, na etnia, no gênero e na
sexualidade.

( ) Com sua ênfase pós-estruturalista na linguagem e nos


processos de significação, as teorias pós-críticas enfatizam o
papel formativo do currículo.

Assinale a opção que contém as proposições CORRETAS.

a) V, V, V, F, V

b) V, F, V, V, F

c) V, F, V, F, V

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d) F, V, V, V, F

e) V, V, F, V, V

Resposta: C. A segunda e a quarta afirmação estão incorretas. A segunda


afirmação traz um conceito que estaria adequado para descrever as teorias
críticas, pois as teorias críticas que se desatacam por defender “que o
currículo é espaço de poder, centrado no Estado, pois o conhecimento
corporificado no currículo carrega as marcas das relações sociais de poder e
reproduz as estruturas sociais”. Já a quarta, traz argumentos relacionados às
teorias pós-críticas, por isso o item é falso. As demais estão corretas, vale a
releitura para fixação dos conceitos.

IF-ES 2016 – Técnico em Assuntos Educacionais – IF-ES

16) Segundo a discussão sobre as teorias do currículo,


apresentada por Silva (2010) em seu livro Documentos de
identidade: uma introdução às teorias do currículo, leia as
sentenças abaixo.

I) Com a noção de que o currículo é uma construção social,


aprendemos que a pergunta importante não é “quais
conhecimentos são considerados válidos?”, mas “quais
conhecimentos são verdadeiramente válidos?”.

II) As teorias pós-críticas continuam a enfatizar que o currículo


não pode ser compreendido sem uma análise das relações de
poder nas quais ele está envolvido. Nas teorias pós-críticas,
entretanto, o poder está espalhado por toda a rede social. O
mapa do poder é ampliado para incluir os processos de
dominação centrados na raça, na etnia, no gênero e na
sexualidade.

III) As teorias críticas sustentam que o currículo é uma invenção


social, mantendo certa noção realista de currículo. Se a ideologia
cedesse lugar ao verdadeiro conhecimento, o currículo e a
sociedade seriam emancipados e libertados.

IV) As teorias tradicionais enfatizam os conceitos de ensino,


aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização,
planejamento, eficiência, objetivos.

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V) As teorias críticas enfatizam os conceitos de ideologia,


reprodução cultural e social, poder, classe social, capitalismo,
relações sociais de produção, conscientização, emancipação e
libertação, currículo oculto, resistência, gênero, etnia e
sexualidade.

Assinale a alternativa que contém somente os itens coerentes


com a visão do autor do livro.

a) II, III e IV

b) I, II, III e V

c) I, II e IV

d) II, III, IV e V

e) I, III, IV e V

Resposta: A. No item “I”, as perguntas deveriam ser sobre “o quê” ensinar. Já


o item “V” erra ao falar em questões de gênero, sexualidade, etnia, pois estas
serão consideradas pelas teorias pós-críticas, e não pelas críticas como afirma
a questão. Os itens II, III e IV estão corretos e vale a releitura.

CESGRANRIO 2016 – Pedagogo – UNIRIO

17) As teorias críticas de currículo, ao deslocar a ênfase dos


conceitos simplesmente pedagógicos de ensino-aprendizagem
para os conceitos de ideologia e poder, por exemplo, nos
permitiram ver a educação de uma nova perspectiva. Da mesma
forma, ao enfatizarem o conceito de discurso em vez do conceito
de ideologia, as teorias pós-críticas de currículo efetuaram um
outro importante deslocamento na nossa maneira de conceber o
currículo.

SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de identidade.Belo Horizonte:


Autêntica, 2011, p. 17.

As abordagens críticas do currículo defendem que

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a) o currículo oculto reflete as relações sociais de poder que


formam os sujeitos e revela os processos por trás do currículo
explícito.

b) o currículo tem como cerne os elementos do processo de


ensino e aprendizagem, principalmente a didática e a avaliação.

c) a tolerância entre as diferentes identidades culturais constitui


o discurso para o currículo multicultural.

d) as relações coloniais e as narrativas discursivas sobre a


identidade fundam o currículo pós-colonial.

e) as teorias queer e as teorias feministas devem estar presentes


na escola e compor temáticas curriculares.

Resposta: A. Conforme vimos na aula 00, o currículo implícito, nulo ou oculto


são os saberes e competências desenvolvidos no ambiente escolar, mas que
não aparecem nos programas oficiais, seja porque contém um viés ideológico,
seja porque essas manifestações simplesmente escapam do controle
institucional, firmando-se nas zonas sombrias do currículo prescrito. As teorias
críticas falam sobre a existência do currículo oculto.

FUNRIO 2016 – Pedagogo – IF-PA

18) Os estudos sobre currículo discutem que o currículo escolar


traduz e revela diferentes concepções de conhecimento de papéis
que a escola pode exercer na vida dos estudantes.

Há teorias que julgam que as questões curriculares são


meramente técnicas.

Há teorias que apontam o quanto as questões curriculares estão


implicadas em questões de poder, pois as escolhas daquilo que
será ensinado nas escolas influenciam uma determinada visão de
mundo.

As duas perspectivas teóricas podem ser, respectivamente,


definidas como

a) pós-críticas e tradicionais.

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b) culturais e pós-modernas.

c) tradicionais e críticas.

d) críticas e pós-colonialista.

e) estruturalistas e críticas.

Resposta: C. O primeiro argumento refere-se às teorias tradicionais, enquanto


o segundo refere-se às teorias críticas.

FUNRIO 2016 – Pedagogo – IF-PA

19) Aquilo que se ensina em sala de aula e, mesmo no espaço


externo à sala de aula, na escola, como seus ritos e rituais, é
denominado pela Teoria Crítica do Currículo de

a) currículo Queer.

b) subversão.

c) emancipação.

d) estudos culturais.

e) currículo oculto.

Resposta: E. O primeiro argumento refere-se às teorias críticas, enquanto o


segundo refere-se às teorias críticas. Lembre-se que o currículo implícito, nulo
ou oculto são os saberes e competências desenvolvidos no ambiente escolar,
mas que não aparecem nos programas oficiais, seja porque contém um viés
ideológico, seja porque essas manifestações simplesmente escapam do
controle institucional, firmando-se nas zonas sombrias do currículo prescrito.
As teorias críticas falam sobre a existência do currículo oculto.

IDECAN 2016 – Professor de Ensino Religioso – SEARH-RN

20) Algumas teorias sobre o currículo apresentam-se como


teorias tradicionais, procuram ser neutras, enquanto outras,
chamadas teorias críticas e pós-críticas, argumentam que
nenhuma teoria é neutra ou desinteressada, mas que implica
relações de poder e demonstra a preocupação com as conexões
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entre saber, identidade e poder. As diferentes teorias do currículo


se diferenciam, inclusive, pela ênfase que dão à natureza da
aprendizagem, do conhecimento, da cultura, da sociedade, enfim,
à natureza humana. Considerando as teorias citadas,
relacione as adequadamente com suas respectivas
características.

1. Teoria Tradicional.

2. Teoria crítica.

3. Teoria pós-crítica.

( ) As relações de gênero constituem um dos enfoques mais


presentes nesta teoria, que questionam, não apenas as
desigualdades de classes sociais.

( ) Preocupam-se em desenvolver conceitos que permitem


compreender, com base em uma análise marxista, o que o
currículo faz. No desenvolvimento desses conceitos, existe uma
ligação entre educação e ideologia.

( ) Procura ser científica e objetiva, tendo como principal foco


identificar os objetivos da educação escolarizada, formar o
trabalhador especializado ou proporcionar à população uma
educação geral, acadêmica.

( ) Esta teoria faz análise do currículo multiculturalista que


destaca a diversidade das formas culturais do mundo
contemporâneo. O multiculturalismo, mesmo sendo considerado
estudo da antropologia, mostra que nenhuma cultura pode ser
julgada superior a outra.

( ) A tarefa dos especialistas em currículo, nesta teoria,


consiste em fazer um levantamento das habilidades, em
desenvolver currículos que permitam que essas habilidades
fossem desenvolvidas e, finalmente, em planejar e elaborar
instrumentos de medição para dizer com precisão se elas foram
aprendidas.

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( ) As bases desta teoria são estudos sociológicos, filosóficos e


antropológicos, sendo as ideias de Marx bastante marcantes. A
partir dessas ideias, o currículo passou a ser um espaço de poder,
um meio pelo qual é reproduzida e mantida uma ideologia
dominante, podendo também ser um espaço de construção, de
libertação e de autonomia.

A sequência está correta em

a) 2, 1, 3, 1, 2, 3.

b) 3, 2, 1, 3, 1, 2.

c) 1, 3, 1, 2, 1, 3.

d) 3, 2, 2, 1, 1, 1.

Resposta: B. Assim, temos que a teoria tradicional procura ser científica e


objetiva, tendo como principal foco identificar os objetivos da educação
escolarizada, formar o trabalhador especializado ou proporcionar à população
uma educação geral, acadêmica; e tarefa dos especialistas em currículo, nesta
teoria (tradicional), consiste em fazer um levantamento das habilidades, em
desenvolver currículos que permitam que essas habilidades fossem
desenvolvidas e, finalmente, em planejar e elaborar instrumentos de medição
para dizer com precisão se elas foram aprendidas. Já as teorias críticas
preocupam se em desenvolver conceitos que permitem compreender, com
base em uma análise marxista, o que o currículo faz. No desenvolvimento
desses conceitos, existe uma ligação entre educação e ideologia. As bases
desta teoria (crítica) são estudos sociológicos, filosóficos e antropológicos,
sendo as ideias de Marx bastante marcantes. A partir dessas ideias, o currículo
passou a ser um espaço de poder, um meio pelo qual é reproduzida e mantida
uma ideologia dominante, podendo também ser um espaço de construção, de
libertação e de autonomia. Enquanto para as teorias pós-críticas as relações
de gênero constituem um dos enfoques mais presentes nesta teoria, que
questionam, não apenas as desigualdades de classes sociais. Esta teoria (pós-
crítica) faz análise do currículo multiculturalista que destaca a diversidade das
formas culturais do mundo contemporâneo. O multiculturalismo, mesmo sendo
considerado estudo da antropologia, mostra que nenhuma cultura pode ser
julgada superior a outra.

FCC 2015 – Pedagogo – DPE-SP

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21) Numa concepção de educação tecnicista, o currículo escolar é


visto como um

a) local de vivências e aprendizagem de conhecimentos advindos


da experiência de vida dos alunos.

b) conjunto de conhecimentos científicos direcionados a uma


educação voltada à formação integral da personalidade.

c) arranjo centrado em disciplinas, conteúdos e áreas de estudo


voltados ao desenvolvimento da inteligência e à capacidade
reflexiva do aluno.

d) instrumento para educar o indivíduo segundo suas


potencialidades e aptidões, introduzindo os alunos em uma
sequência eficiente de conhecimentos.

e) planejamento de atividades que leva em conta os interesses e


conhecimentos prévios dos alunos na aprendizagem.

Resposta: D. Conforme vimos, Ralph Tyler (1902-1994) foi um pensador


importante da teoria tradicional. Tyler focava na técnica, preocupava-se com
princípios da Administração Científica, como racionalidade e eficiência. Por isso
ficou conhecido como tecnicista. O tecnicismo, que surgiu no final da primeira
metade do século XX, buscou planejar a educação de modo a organiza-la
racionalmente para que as interferências subjetivas fossem diminuídas e não
colocassem em risco sua eficiência. Para isso, os processos precisariam ser
mecanizados, fato que levou ao surgimento de propostas pedagógicas com
enfoque sistêmico e as que utilizavam o micro-ensino, o tele-ensino, a
instrução programada, etc. Enfim, fez com que surgisse a padronização do
sistema de ensino a partir de uma organização racional planejamento em
esquemas formulados para se ajustarem a diferentes disciplinas e práticas
pedagógicas. Aqui, eu gostaria de fazer uma observação, quanto ao conceito
de eficiência, que muitas vezes gera confusão. A ideia de eficiência vem da
Administração Científica e preocupa-se com a produção a partir de uma relação
de melhor custo-benefício. O benefício diz respeito ao produto, serviço, ganho
gerado. Já o custo, pode fazer referência a qualquer recurso, como homem-
hora, tempo, dinheiro. Entregar o máximo do benefício com o menor custo é
ser eficiente. No caso da educação, num viés tecnicista, pode significar ensinar
o máximo de conteúdo no menor tempo possível. Observe, fazendo isso, o

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professor estará sendo eficiente, porém isso não significa que a aprendizagem
será efetiva, ou seja, que formará cidadãos críticos, capazes de intervir
positivamente na sociedade. Também podem ser desenvolvidos processos
eficientes para atingir objetivos ruins. Enfim, ser eficiente, no geral, é bom. No
entanto, especialmente, em uma perspectiva educacional, a eficiência por si só
pode ser insuficiente.

NC-UFPR 2017 – Técnico em Assuntos Educacionais – UFPR

22) Sobre a concepção de currículo de acordo com a perspectiva


crítico-emancipatória, assinale a alternativa correta.

a) Toma como base teórica de sustentação a concepção de


educação bancária, elaborada e difundida por Paulo Freire.

b) São eixos norteadores na construção de propostas curriculares


o conhecimento, a consciência crítica da realidade e a prática
dialógica.

c) É um conjunto de informações que deve ser oferecido aos


estudantes, contido em programas organizados por gestores(as)
e/ou professores(as).

d) Considera a cultura erudita como central, tendo em vista que


ela permite a elaboração de uma consciência crítica sobre a
realidade.

e) Os temas geradores, elementos centrais nessa perspectiva,


partem da política curricular definida pelo Estado e devem
basear-se nos conteúdos programáticos dos currículos.

Resposta: B. De acordo com a perspectiva crítico-emancipatória, o currículo


deve ser construído levando em consideração os eixos norteadores do
conhecimento, da consciência crítica da realidade e da prática dialógica. Um
dos principais representantes da perspectiva crítico-emancipatória foi Paulo
Freire, porém a concepção de educação bancária nada tem a ver com esta
perspectiva. A educação bancária está relacionada às ideias da tendência
pedagógica tradicional. Aqui nos cabe lembrar que a teoria crítica do currículo
aponta que na escola há uma reprodução da cultura, mas a teoria vincula essa
análise a questões de classe, ou seja, ela fala que na escola há uma
reprodução da cultura dominante. Observe que, ao fazer esses apontamentos,
os teóricos críticos acabam por contestar o que é ensinado na escola: Por que
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determinado conteúdo é escolhido e não outro? Por que isto é o certo e não
aquilo? Quanto a Paulo Freire, embora ele não seja um autor de currículo
propriamente, é considerado um dos representantes da teoria crítica por suas
ideias. Nesse sentido, podemos destacar que Paulo Freire falava que na escola
também deveriam ser trabalhados os conhecimentos da classe excluída, a
cultura dos pobres, e não apenas os conteúdos clássicos ou a cultura erudita,
vindos das classes médias e altas.

IF-SC 2015 – Professor - Administração – IF-SC

23) Leia o texto.

“Isto é um currículo: um ser falante, como nós, efeito e derivado


da linguagem […] Um ser sem coerência e sem profundidade.
Que experimenta razões fracionadas, construídas ao redor de
pedaços de falas de cada um. Que pode (pode?) ser qualquer
coisa, em qualquer momento. Que não sabe mais para onde vai,
mas que mesmo assim, continua em frente, querendo saber das
condições históricas e políticas, que produzem as verdades
linguajeiras de um currículo" (CORAZZA, 2002, p.14).

Assinale a alternativa que indica a concepção de currículo


destacada pelo texto acima.

a) Currículo progressista

b) Currículo pós-estruturalista

c) Currículo crítico

d) Currículo por competências

e) Currículo multiculturalista

Resposta: B. O texto trata de uma visão pós-estruturalista de currículo. As


teorias pós-estruturalistas não buscam uma desconstrução do sujeito e de
alguns conceitos considerados como verdades absolutas e centrais. Focam em
questões de linguagem e, no caso, o próprio currículo é visto como derivado da
linguagem. O pós-estruturalismo é abordado pelas teorias pós-críticas do
currículo.

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IF-SP 2015 – Professor – Educação Física – IF-SP

24) De acordo com Gimeno Sacristán (1998):

a) O currículo representa a listagem de conteúdos a serem


ensinados na escola.

b) Existe uma correspondência total entre o que é saber externo


que potencialmente pode ser transmitido e a elaboração que se
faz dos saberes contidos no currículo.

c) Livros-textos, guias didáticos ou materiais diversos não


integram o currículo.

d) O papel do professor é o de aplicar o currículo elaborado em


outras instâncias.

e) Ao lado do currículo que se diz estar desenvolvendo, existe


outro que funciona subterraneamente, denominado oculto.

Resposta: E. De acordo com José Gimeno Sancristán (1998), a acepção de


currículo como conjunto de experiências planejadas é insuficiente, pois ao lado
do currículo que se diz estar desenvolvendo, existe outro que funciona
subterraneamente, denominado oculto. Este está relacionado às experiências
vividas na escola, mas não planejadas, das quais, muitas vezes, nem se tem
consciência da existência.

IF-SP 2015 – Professor – Educação Física – IF-SP

25) Levando-se em conta as correntes modernas sobre currículo,


elencadas no livro “Documentos de identidade:uma introdução às
teorias do currículo", de Tomaz Tadeu da Silva, pode-se inferir
que:

I. O currículo é neutro e o que se ensina na escola é o


conhecimento historicamente necessário para a formação de
cidadãos para o mercado de trabalho.

II. A escola não produz novo conhecimento, mas transforma o


conhecimento científico em conhecimento escolar.

III. O currículo cria relações de poder.

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IV. Na concepção crítica, o currículo é construído no desenvolver


das relações, ele produz e contesta cultura.

São corretas somente as afirmativas:

a) III e IV.

b) I e III.

c) II e IV

d) II e III

e) I e IV

Resposta: A. A afirmação “I” erra ao falar em currículo neutro, pois, nenhum


currículo é neutro. Embora as teorias tradicionais do currículo buscassem
desenvolver um saber neutro, ao tomar esse decisão, já estavam
manifestando um posicionamento. Além disso, o enunciado fala em “correntes
modernas”, portanto, não há currículo neutro. A afirmativa “II” erra ao falar
que a escola não produz conhecimento. Nos processos de ensino-
aprendizagem, a escola produz saberes, científicos ou não, sistematizados ou
não. As afirmações “III” e “IV” estão corretas.

IF-SP 2015 – Professor – Pedagogia – IF-SP


26) De acordo com Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) há pelo
menos três tipos de manifestações de currículo, a saber: formal,
real e oculto.

1 - Currículo Formal
2 - Currículo Real
3 - Currículo Oculto

( ) é aquele que recebe influências que afetam a aprendizagem


dos alunos e o trabalho dos professores e são provenientes da
experiência cultural, dos valores e dos significados trazidos de
seu meio social de origem e vivenciados no ambiente escolar.

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( ) é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino, expresso em


diretrizes curriculares, nos objetivos e nos conteúdos das áreas
ou disciplinas de estudo.

( ) é aquele que, de fato, acontece na sala de aula, em


decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta,


relacionando a primeira coluna com a segunda.

a) 3; 1; 2

b) 3; 2; 1.

c) 2; 3; 1

d) 1; 2; 3.

e) 2; 1; 3.

Resposta: A. Assim, temos que o currículo formal é aquele estabelecido pelos


sistemas de ensino, expresso em diretrizes curriculares, nos objetivos e nos
conteúdos das áreas ou disciplinas de estudo. Pode também ser chamado de
currículo oficial ou prescrito. Já o currículo real, ou em ação, é aquele que, de
fato, acontece na sala de aula, em decorrência de um projeto pedagógico e dos
planos de ensino. O currículo oculto, por sua vez, é aquele que recebe
influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos
professores e são provenientes da experiência cultural, dos valores e
dos significados trazidos de seu meio social de origem e vivenciados no
ambiente escolar.

IESES 2015 – Pedagogia – IFC-SC


27) No que diz respeito à teoria crítica e suas contribuições para
a construção do currículo, marque V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas:

( ) A perspectiva crítica de currículo faz uma profunda crítica às


bases do pensamento de organização curricular clássica.

( ) Na perspectiva crítica de currículo, as disciplinas são


organizadas de forma isolada, inscritas numa grade curricular.

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( ) Na perspectiva crítica de currículo, há um questionamento


político do papel da educação na sociedade.

( ) Na perspectiva crítica de currículo, os objetivos e conteúdos


são definidos e os professores limitam-se a segui-los.

A sequência correta é:

a) V, F, V, F.
b) V, F, V, V.
c) V, V, V, F.
d) F, F, V, F.

Resposta: A. A primeira e a terceira afirmação estão corretas. A segunda


afirmativa erra ao falar que, na perspectiva crítica, as disciplinas são
organizadas de forma isolada, inscritas em uma grade curricular. Já a quarta
afirmativa erra ao falar que, nesta perspectiva, os professores limitam-se a
seguir os conteúdos e objetivos previstos. Lembre-se, as teorias críticas
chegam a falar no currículo oculto, que vai muito além do que está
formalizado, inscrito em uma grade curricular.

IESES 2015 – Pedagogia – IFC-SC


28) Tomando por base o histórico de currículo como campo do
saber, assinale a alternativa correta:

a) Do seu surgimento até a década de 1970, o currículo constituiu


um corpo teórico considerado como as teorias críticas do
currículo.

b) A partir dos anos 1990 até o momento vigente, este campo


vem sendo fortemente marcado pela pós modernidade, ou seja,
pelas teorias pós críticas do currículo.

c) Para se contrapor ao modelo crítico, emergem nos anos 70 as


teorias tradicionais de currículo.

d) Na década de 1970 até o início dos anos 90 o campo foi


caracterizado pelas teorias pós críticas.

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Resposta: B. Conforme vimos na Aula 00, as teorias tradicionais


surgem no século XIX e predominam durante a primeira metade do
século XX. As teorias críticas começam a surgir na segunda metade do
século XX (por volta da década de 1960) e as pós-criticas, só mais
tarde (décadas de 1970, 1980 em diante), mas ganham força a partir
de 1990.

FCC 2015 – Pedagogo – DPE-SP

29) Os teóricos críticos entendem o currículo como

a) experiências escolares que se desdobram em torno do


conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para
a construção das identidades dos estudantes.

b) organização do ensino por meio de uma grade de conteúdos,


na qual de define a quantidade de aulas por disciplinas para cada
ano de ensino.

c) planos pedagógicos elaborados pelos professores da unidade


escolar, em concordância com as determinações da secretaria da
educação.

d) conjunto de objetivos a serem alcançados no final do ano, por


meio de conteúdos a serem ensinados e aprendidos durante o
processo de ensino.

e) projeto político pedagógico elaborado pelas escolas, com a


colaboração dos professores e de especialistas de ensino e
aprovado pelos órgãos regionais de educação.

Resposta: A. Conforme vimos, para os críticos, há uma relação direta entre o


conhecimento e o controle das camadas subalternas e uma reprodução social e
cultural sendo legitimada no currículo, por meio dos conhecimentos tidos como
indispensáveis, mas, ao mesmo tempo, o currículo pode ser um campo para
pregar a liberdade e um espaço cultural e social de lutas. Além disso, para a
teoria crítica, os sujeitos não são apenas produtos do meio, são atores de

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onde vivem. Portanto, os teóricos críticos entendem o currículo como


experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio
a relações sociais, e que contribuem para a construção das identidades dos
estudantes.

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Questões atuais de seleção e


organização do conhecimento
escolar.

Vamos iniciar pelos conceitos...

Seleção: ato ou efeito de escolher ou selecionar; escolha feita a partir de


critérios e objetivos bem definidos. Triagem, escolha, opção, preferência,
eleição, separação.

Organização: forma como se dispõe um sistema para atingir os


resultados pretendidos. Disposição, sistematização, conformação, ordenação,
disciplina, preparo.

Conhecimento: ato ou efeito de conhecer. Ter ideia ou noção de algo. É


o saber, a instrução, a informação. Pode incluir descrições, hipóteses, teorias,
conceitos, princípios e procedimentos. No âmbito da Pedagogia, pode referir-se
à matéria ou a conceitos aprendidos anteriormente. Conhecimento científico
lida com ocorrências ou fatos, constitui um conhecimento contingente, pois
suas preposições ou hipóteses têm a sua veracidade comprovada por meio de
experimentos.

Escolar: que se refere à escola; que é desenvolvido ou destinado para a


escola; que é empregado ou usado na escola; característico de escola.

Assim, o conhecimento escolar é tudo que se aprende na


escola e que, portanto, de alguma forma, precisa ser
selecionado e organizado.

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E onde os conhecimentos selecionados para serem ensinados e


aprendidos são encontrados? De forma mais ampla, no currículo...

Vamos relembrar...

O currículo escolar abrange as experiências de aprendizagens


implementadas pelas instituições escolares e que deverão ser
vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os conteúdos que
deverão ser abordados no processo de ensino-aprendizagem e a
metodologia utilizada para os diferentes níveis de ensino.(infoescola)

O currículo também pode ser entendido como um campo social se


visto a partir da construção intelectual e prática de estudiosos,
políticos e sociedade civil.

Lembre-se:

O currículo não é um elemento neutro de transmissão


desinteressada de conhecimento. O currículo implica em relações de
poder, transmite visões sociais particulares e produz identidades.

Do início do século XX para cá, no Brasil, o currículo se apresentou


de modos diversos, sendo algumas vezes visto como o conteúdo do
programa a ser ministrado por professores e aprendido por seus alunos
(perspectiva tradicional), outras vezes, numa perspectiva mais
“moderna”, visto como um conjunto de experiências a serem vividas
pelos alunos na escola. Mistura-se, ainda, a ideia de currículo com grade
curricular e planos de ensino. Todavia, independentemente da
perspectiva, podemos perceber que há um entendimento comum por trás
de todas essas visões, no sentido de que currículo se refere a ideia de
organização, prévia ou não, de experiências de aprendizagem
realizadas por professores ou escolas de forma a levar a cabo um
processo educativo.

O currículo é definido como as experiências de aprendizagem


planejadas e guiadas e os resultados de aprendizagem não
desejados formulados através da reconstrução sistemática do
conhecimento e da experiência sob os auspícios da escola para o
crescimento contínuo e deliberado da competência pessoal e
social do aluno. Portanto, o currículo é que liga a teoria educacional à
prática pedagógica.

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Depois de revisarmos os conceitos de currículo, podemos


concluir que o conhecimento escolar é tudo que se aprende na
escola e que, de alguma forma, explicita ou implicitamente,
está contido no currículo.

Atenção!

Muito importante destacar aqui que ao selecionarmos os conteúdos


não podemos deixar de levar em consideração o estipulado pela
Base Nacional Comum Curricular aprovada em dezembro de 2017.

Todos os professores e gestores devem estar atentos quanto à


implantação das orientações trazidas pela Base na sua escola de
atuação.

Nesse sentido, você precisa saber que:

Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de


caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver
ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.

Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), a Base deve nortear os
currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades
Federativas, comotambém as propostas pedagógicas de todas as
escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil.

A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que


se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da
escolaridade básica. Orientada pelos princípios éticos, políticos e
estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Básica, a Base soma-se aos propósitos que direcionam a
educação brasileira para a formação humana integral e para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

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COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL COMUM


CURRICULAR

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos


sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e
explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem


própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a
análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais,


das locais às mundiais, e também participar de práticas
diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora,


como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem
como conhecimentos das linguagens artística, matemática e
científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e


comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se
comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e
autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e


apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho
e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis,


para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos

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humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável


em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e


emocional, compreendendo- se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a


cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de
qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.

Voltando...

Por mais que a seleção e a organização do


conhecimento escolar sejam anteriores ao espaço da
sala de aula, é este espaço que lhe traz um
delineamento próprio e que precisa ser compreendido
em toda a sua complexidade.

Vamos ver, então, como os conhecimentos são selecionados e


organizados...

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Diferentemente da escola tradicional, o movimento da Escola Nova


valorizou mais os métodos e as técnicas de ensino do que os
conteúdos. Mas os conteúdos são importantes, pois:

Os conteúdos formam a estrutura básica sobre a qual o


aluno constrói e reestrutura o conhecimento.

É por meio do conteúdo e das experiências de aprendizagem


que a escola transmite o conhecimento de maneira sistematizada.
Além disso, é na prática da sala de aula que os valores tidos como
desejáveis a formação de cidadãos são transmitidos.

Mas o que é o conteúdo?

“O conteúdo é tudo aquilo que é passível e integrar um programa


educativo com vistas à formação das novas gerações. Um conteúdo
pode referir-se a conhecimentos, atitudes, hábitos, etc." (Walter
Garcia)

Observe que o conteúdo é mais que um conjunto de informações.


Por meio dos conteúdos transmitimos e assimilamos conhecimentos,
mas, por meio dos conteúdos também praticamos operações
cognitivas, desenvolvemos hábitos, habilidades e atitudes.

Você está percebendo porque, ao falar de organização do


conhecimento escolar temos que, necessariamente, falar de
conteúdos? Os dois estão estritamente relacionados.

Para Turra e seus colaboradores, os conteúdos envolvem


basicamente:

- desenvolvimento de processos mentais.

- tratamento da informação.

Turra resume duas posições marcantes entre os autores:

-"para uns autores, conteúdos dizem respeito à organização do


conhecimento em si, sobre a base de suas próprias regras internas de
unidade”.

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-”Para outros autores, conteúdos são as experiências educativas,


no campo do conhecimento devidamente selecionadas e organizadas
pela escola”.

Nesse sentido, Libâneo (2013) nos traz uma definição bastante


completa:

“Conteúdos de ensino são o conjunto de conhecimentos,


habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais de
atuação social, organizados pedagógica e didaticamente, tendo em
vista a assimilação ativa e a aplicação pelos alunos na sua prática de
vida. Englobam, portanto: conceitos, ideias, fatos, processos,
princípios, leis científicas, regras; habilidades, cognoscitivas, modos de
atividade, métodos de compreensão e aplicação, hábitos de estudos,
de trabalho e de convivência social; valores, convicções, atitudes. São
expressos nos programas oficiais, nos livros didáticos, nos planos de
ensino e de aula, nas aulas, nas atitudes e convicções de professor,
nos exercícios, nos métodos e formas de organização do ensino”.

O autor acrescenta que os conteúdos retratam a experiência social


da humanidade.

Assim, os conteúdos não abrangem somente a organização do


conhecimento, mas também as experiências educativas no campo
desse conhecimento, devidamente selecionadas e organizadas pela
escola.

Portanto...

A seleção e a organização dos conteúdos, ou seja, do


conhecimento, bem como das experiências educativas, são muito
importantes.

Mas como os conteúdos são organizados?

De acordo com Libâneo (2013) , os conteúdos são organizados em


matérias de ensino e dinamizados pela articulação obejtivos-
conteúdos-métodos e formas de organização do ensino, no contexto
em que ocorre o processo de ensino (meios social e escolar, alunos,
famílias, etc.)

A escolha dos conteúdos de ensino partem, de acordo com


Libâneo (2013), do seguinte princípio básico:

“os conhecimentos e modos de ação surgem da prática social e


histórica dos homens e vão sendo sistematizados e transformados em
objetos de conhecimento; assimilados e reelaborados, são
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instrumentos de ação para a atuação na prática social e histórica.


Revela-se, assim, o estreito vínculo entre o sujeito do conhecimento (o
aluno) e a sua prática social de vida (ou seja, as condições sociais de
vida e de trabalho, o cotidiano, as práticas culturais, a linguagem,
etc.).”

Assim, na escolha dos conteúdos de ensino deve levar em


consideração não só a herança cultural manifesta nos conhecimentos e
habilidades, mas também a experiência da prática social vivida pelos
alunos, com seus problemas e desafios.

Para melhor entendermos a seleção e organização dos conteúdos,


é necessário conhecermos os quatro elementos que compõem os
conteúdos conforme as principais definições. De acordo com Libâneo
(2013), os conteúdos de ensino são formados por quatro elementos:
conhecimentos sistematizados; habilidades; hábitos; atitudes e
convicções.

Vejamos cada um deles:

Conhecimentos sistematizados: “são a base da instrução e do


ensino, os objetos de assimilação e meio indispensável para o
desenvolvimento global da personalidade. A aquisição e o domínio dos
conhecimentos são condições prévias para os demais elementos, ainda
que a assimilação desses concorra para viabilizar aqueles”.

Habilidades: “são qualidades intelectuais necessárias para a atividade


mental no processo de assimilação de conhecimentos”.

Hábitos: “são modos de agir relativamente automatizados que tornam


mais eficaz o estudo ativo e independente”.

Atitudes e convicções: “referem-se a modos de agir, de sentir e de


se posicionar frente a tarefas da vida social”.

Assim, cabe destacar que os elementos constitutivos dos


conteúdos convergem para a formação das capacidades cognoscitivas.
As capacidades cognoscitivas correspondem a processos psíquicos da
atividade mental. “No processo de assimilação de conhecimentos, o
desenvolvimento das capacidades mentais e criativas possibilita o uso
dos conhecimentos e habilidades em novas situações”.

Outra importante classificação é a de COLL (1986), que agrupa os


conteúdos em conceituais (aprender a conhecer),
procedimentais (aprender a fazer) e atitudinais (aprender a
ser).

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Atenção!

Observe que os elementos do conteúdo de ensino


(conhecimentos sistematizados; habilidades; hábitos; atitudes
e convicções) se inter-relacionam.

De acordo com Libâneo (2013), o professor irá utilizar três fontes


para a seleção de conteúdos para o plano de ensino e organização das
aulas:

1) a programação oficial, na qual são fixados os conteúdos de


cada matéria;

2) os próprios conteúdos básicos das ciências transformadas em


matérias de ensino;

3) as exigências técnicas e práticas colocadas pela vivência dos


alunos, considerando o mundo do trabalho e a participação
democrática na sociedade.

Perceba que a escolha de conteúdos vai além dos programas


oficiais e das simples organizações lógicas das disciplinas, devendo ser
correlacionado com as exigências teóricas e práticas da vida social.

Para Libâneo (2013), as exigências teóricas e práticas da vida


social devem ser consideradas em três sentidos:

1) a participação na prática social (no mundo do trabalho, da


cultura e da política), pois requer o domínio de conhecimentos básicos
e habilidades intelectuais (leitura, escrita, cálculo, iniciação às ciências,
à história, `geografia, etc.).

2) a prática da vida cotidiana dos alunos, na família, no trabalho,


no meio cultural urbano ou rural, que fornece fatos, problemas (isto é,
a matéria-prima da realidade) a serem conectados ao estudo
sistemático das matérias.

3) a prática social se refere as próprias condições de rendimento


escolar dos alunos.

Para Libâneo (2013), uma pedagogia de cunho crítico-social


reconhece a objetividade e a universalidade dos conteúdos, mas
também reconhece que nas sociedades capitalistas difundem-se os
interesses do poder. Assim, existe um saber objetivo e universal que
constitui a base dos conteúdos de ensino, mas, conforme vimos ao
estudar o currículo, não se trata de um saber neutro.

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Assim, para o autor, a dimensão crítico-social se manifesta:

1) por meio do tratamento científico dos conteúdos;

2) ao considerar que os conteúdos tem um caráter histórico, em


estreita ligação com o caráter científico;

3) ao vincular os conteúdos de ensino a exigências teóricas e práticas


de formação dos alunos, em função das atividades da vida prática.

Resumindo...

“A dimensão crítico-social dos conteúdos corresponde a abordagem


metodológica dos conteúdo na qual os objetivos de conhecimento (
fatos, conceitos, leis, habilidades, métodos, etc.) são apreendidos nas
suas propriedades e caraterísticas próprias e, ao mesmo tempo, nas
suas relações com outros fatos e fenômenos da realidade, incluindo
especificamente as ligações e anexos sociais que os constituem como
tais (como objetos de conhecimento). O conhecimento é considerado
nessa perspectiva como vinculado a objetos socialmente determinados
a interesses concretos a que estão implicadas as tarefas da educação
escolar.” (Libâneo, 2013)

Já Candau e Moreira (2006) destacam aa importância dos conteúdos


curriculares contribuírem para a ampliação do universo cultural do
educando:

A nosso ver, uma educação de qualidade deve propiciar ao(à)


estudante ir além dos referentes presentes em seu mundo cotidiano,
assumindo-o e ampliando-o, transformando-se, assim, em um sujeito
ativo na mudança de seu contexto. Que se faz necessário para que
esse movimento ocorra? A nosso ver, são indispensáveis
conhecimentos escolares que facilitem ao(à) aluno(a) uma
compreensão acurada da realidade em que está inserido, que
possibilitem uma ação consciente e segura no mundo imediato e que,
além disso, promovam a ampliação de seu universo cultural.

Observe a importância da seleção e organização dos conteúdos. A


escola exerce um papel importante na formação dos cidadãos,
portanto, o professor ao selecionar os conteúdos deve ir além dos
programas oficiais e das simples organizações lógicas das disciplinas,
devendo ser correlacionar os assuntos dos programas oficiais com as
práticas da vida social e a realidade na qual as crianças estão
inseridas, ajudando os alunos a pensar criticamente a respeito dos
problemas sociais e, até mesmo, de possíveis soluções.

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Os objetivos educacionais e os conteúdos

Conforme já comentamos, Libâneo (2013) destaca a relação


obejtivos-conteúdos-métodos. Nesse viés, vale salientar que é por
meio do desenvolvimento dos conteúdos programáticos que atingimos
os objetivos propostos:

Existe uma relação entre a definição dos objetivos instrucionais e


a seleção dos conteúdos. Isso ocorre porque o objetivo instrucional
tem duas dimensões: a dimensão comportamental e a dimensão de
conteúdo.

Dessa forma, quando o objetivo instrucional é


adequadamente formulado e está claro, ele irá orientar a
escolha dos conteúdos mais relevantes. Mas, naturalmente, os
conteúdos curriculares constituem uma fonte importante para a
escolha dos objetivos instrucionais e ajudam na definição
desses objetivos.

Importante!

Objetivos instrucionais adequadamente formulados e está


claros orientam a escolha dos conteúdos mais relevantes.

Os conteúdos curriculares, por sua vez, constituem uma


fonte importante para a escolha dos objetivos instrucionais e
ajudam na definição desses objetivos.

Para Libâneo (2013, p.134 e 135) existem dois níveis de objetivos


educacionais: objetivos gerais e objetivos específicos.

Os objetivos gerais expressam propósitos mais amplos a cerca do


papel da escola e do ensino diante das exigências postas pela
realidade social e diante do desenvolvimento da personalidade dos
alunos.

Os objetivos gerais são explicitados em três níveis de abrangência,


do mais amplo ao mais específico:

a) pelo sistema escolar, que expressa as finalidades educativas de


acordo com ideais e valores dominantes na sociedade;

b) Pela escola, que estabelece princípios e diretrizes de orientação do


trabalho escolar com base num plano pedagógico-didático que
represente o consenso do corpo docente em relação a filosofia da
educação e à prática escolar;

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c) Pelo professor, que concretiza no ensino da matéria a sua própria


visão.

Já “os objetivos específicos determinam exigências e resultados


esperados das atividades dos alunos, referente a conhecimentos,
habilidades, atitudes e convicções cuja aquisição e desenvolvimento
ocorrem no processo de transmissão e assimilação ativa das matérias
de estudo”.

Os objetivos podem ser:

• objetivos cognitivos,

• objetivos psicomotores e

• objetivos afetivos.

Importante desde já destacar que esses objetivos e conteúdos serão utilizados


nos planejamentos a serem desenvolvidos pelos professores e pela escola, os
quais estudaremos em aulas futuras.

Os conteúdos e o livro didático:

“Ao relacionar os conteúdos da série em que irá trabalhar, o


professor precisa analisar os textos, verificar como são enfocados os
assuntos, para enriquecê-los com sua própria contribuição e a dos
alunos, comparando os que se afirma com fatos, problemas, realidades
da vivência real dos alunos.” (Libâneo, 2013).

O professor não pode esperar que os livros didáticos revelem os


aspectos reais de tudo, as razões pelas quais ocorrem as diferenças
sociais, o que está por trás disso. Esta tarefa é do professor que deve
saber, porém, que sua postura crítica nem sempre será aprovada.

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Critérios de seleção dos conteúdos, segundo


Libâneo (2013)

1 – Correspondência entre objetivos gerais e conteúdos

Os conteúdos devem expressar objetivos sociais e pedagógicos da


escola pública sintetizados na formação cultural e científica para todos.

2 – Caráter científico

Os conhecimentos que fazem parte do conteúdo refletem os fatos,


conceitos, ideias, métodos decorrentes da ciência moderna.

Os livros didáticos de cada série, bem ou mal, realizam essa


tarefa, mas isto não dispensa o professor de destacar os
conhecimentos básicos de que necessitam os alunos da sua escola.

Um dos modos de atender a este critério é conhecer bem a


estrutura da matéria.

3 – Caráter sistemático

O programa de ensino deve ser delineado em conhecimentos


sistematizados e não em temas genéricos e esparsos, sem ligação
entre si. O sistema de conhecimentos de cada matéria deve garantir
uma lógica interna que permite uma interpenetração entre os
assuntos.

4 – Relevância social

Este critério corresponde a ligação entre o saber sistematizado e a


experiência prática, devendo os conteúdos refletir objetivos educativos
esperados em relação a sua participação na vida social. A relevância
social dos conteúdos significa incorporar nos programas as
experiências e vivências das crianças na sua situação social concreta,
para contrapor as noções de uma sociedade idealizada e de um tipo de
vida e de valores distanciados do cotidiano das crianças que
frequentemente, aparecem nos livros diádicos.

5 – Acessibilidade e solidez

Acessibilidade significa compatibilizar os conteúdos com o nível de


preparo e desenvolvimento mental dos alunos. É o que se costuma
denominar, também, de dosagem dos conteúdos.

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Além dos critérios listados por Libâneo (2013) para a seleção dos
conteúdos, devemos lembrar dos seguintes critérios:

Validade – deve haver uma relação clara entre os conteúdos e os


objetivos de ensino. Além disso, os conteúdos devem ser válidos do
ponto de vista científico.

Utilidade - O conhecimento adquirido deve ter aplicabilidade em


situações novas.

Significação - Um conteúdo será significativo quando estiver


relacionado às experiências vivenciadas pelos alunos.

Adequação ao nível de desenvolvimento do aluno - O conteúdo


deve estar adequado ao grau de maturidade intelectual do aluno e as
suas capacidades cognitivas.

Flexibilidade - O conteúdo selecionado deve ser passível de ajustes,


no sentido de adaptá-lo as reais necessidades de uma classe.

Atenção!

É importante que o professor domine a estrutura de sua disciplina


e conheça o contexto de seus alunos, para que possa selecionar e
organizar adequadamente os conteúdos. Na seleção e organização,
também é importante que o professor considere o tempo disponível
para tratar dos conteúdos.

A ordenação dos conteúdos é feita em dois planos:

a) No plano temporal, ocorre a organização vertical do currículo,


e os conteúdos são dispostos ao longo dos anos.

b) No plano de uma mesma série ou ano, ocorre a organização


horizontal, por meio da qual o conteúdo de uma área é vinculado com
o de outra.

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PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – PCN

Atenção!
Os PCNs serão abordados mais profundamente no curso do Prof. Rodrigo
Bandeira, daremos só uma passada no assunto por conta da relação desses
norteadores com o assunto estudado nesta aula.

Fonte:cpt.com.br

Os PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais foram desenvolvidos


a partir das Diretrizes Nacionais Curriculares -DCNs. Esses parâmetros
são diretrizes do Governo Federal, as quais têm como objetivo
principal a orientação dos educadores por meio da normatização
de alguns fatores fundamentais concernentes a cada disciplina.

Eles foram consolidados em partes: 1º ao 5º ano em 1997; 6º ao


9º ano em 1998; e, em 2000, foram lançados os PCNs para o Ensino
Médio, em quatro partes.

Os PCNs abrangem tanto a rede pública, como a rede privada de


ensino, conforme o nível de escolaridade dos alunos. Sua meta é
garantir aos educandos o direito de usufruir dos conhecimentos
necessários ao exercício da cidadania. Embora não sejam
obrigatórios, os PCNs servem como norteadores para professores,
coordenadores e diretores.

Importante: os professores, coordenadores e diretores


podem adaptar os parâmetros às peculiaridades locais, pois
os PCNs são apenas uma referência para a transformação de objetivos,
conteúdos e didática do ensino.

Por meio dos PCNs, os professores podem rever objetivos,


conteúdos, formas de encaminhamento das atividades, expectativas
de aprendizagem e maneiras de avaliar. Da mesma forma, os
parâmetros podem auxiliar o educador, ajudando-o a refletir sobre
a prática pedagógica, de forma coerente com os objetivos propostos.

Por abrangerem inúmeros fatores, os Parâmetros Curriculares


Nacionais podem ser utilizados com objetivos distintos, conforme o
contexto em que a escola está inserida. Além disso, a forma como foi
estruturado esse documento possibilita aos profissionais da
educação iniciarem a sua leitura por diferentes partes, sem seguirem
uma ordenação. No entanto, com o tempo, os educadores devem
conhecê-lo, na íntegra, para poderem compreendê-lo e se apropriarem
de sua proposta.

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Em suma, os Parâmetros Curriculares Nacionais devem fazer


parte do cotidiano da prática pedagógica, sendo transformados
continuamente pelo professor. Com isso, cabe aos PCNs a tarefa
de rever objetivos, conteúdos, formas de encaminhamento das
atividades, expectativas de aprendizagem, maneiras de avaliar, além
da orientação dos professores para estes elaborarem um planejamento
que possa, de fato, orientar seu o trabalho em sala de aula. Tudo para
posicionar os educadores como agentes essenciais nessa grande
empreitada que é o processo educacional.

CURRÍCULO, CONHECIMENTO E CULTURA

Prezado(a),

Para fecharmos a parte teórica da nossa aula, iremos estudar o texto


“CURRÍCULO, CONHECIMENTO E CULTURA”, de Antônio Flávio Barbosa
Moreira e Vera Maria Candau, publicado em 2006 pelo MEC.

Nosso estudo será feito por meio da resenha de Davi Guimarães da Silva, já
que o texto original é um tanto longo. Todavia, a referência para o texto
completo está no final da aula, caso você tenha interesse e disponibilidade
para lê-la.

Importante destacar que nos aprofundaremos mais na relação CURRÍCULO,


CONHECIMENTO E CULTURA por meio dos ensinos de Moreira e Candau,
porque o texto dos autores se trata de uma referência muito importante e,
pela forma como o tema foi abordado no seu Edital, é possível que a banca
se utilize direta ou indiretamente dos conteúdos abordados pelos autores.

Importante destacar que Candau e Moreira nos deixam claro que:

Currículo associa-se ao conjunto de esforços pedagógicos


desenvolvidos com intenções educativas.

Aconteçam elas em qualquer lugar (penitenciária, mídia, escola).

Como não lhes parece produtivo assumir nenhuma das diversas concepções
sobre currículo como certa ou errada, defendem que “discussões sobre
conhecimento, verdade, poder e identidade marcam, invariavelmente, as
discussões sobre questões curriculares” (Silva, 1999a), e que, portanto, em
suas concepções o currículo deve ser entendido como as experiências
escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio a
relações sociais, e que contribuem para a construção das identidades de
nossos/as estudantes.

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Assim, com relação ao currículo escolar, Candau e Moreira afirmam que:

Pode-se afirmar que é por intermédio do currículo que as “coisas”


acontecem na escola. No currículo se sistematizam nossos esforços
pedagógicos.

Defendem ainda a preponderância da esfera cultural na organização de


nossa vida social e consequentemente nos nossos currículos. Segue trecho
de CURRÍCULO, CONHECIMENTO E CULTURA que demonstra a ligação entre
essas três dimensões.

Stuart Hall (1997, p.97), conhecido intelectual caribenho radicado na Grã-


Bretanha e um dos fundadores do centro de pesquisas que foi o berço dos
Estudos Culturais, na Universidade de Birmingham (Inglaterra), é
especialmente incisivo nessa perspectiva.

Por bem ou por mal, a cultura é agora um dos elementos mais dinâmicos –
e mais imprevisíveis – da mudança histórica no novo milênio. Não deve nos
surpreender, então, que as lutas pelo poder sejam, crescentemente,
simbólicas e discursivas, ao invés de tomar, simplesmente, uma forma física
e compulsiva, e que as próprias políticas assumam progressivamente a
feição de uma política cultural.

Ainda, é inegável a pluralidade cultural do mundo em que vivemos e que se


manifesta, de forma impetuosa, em todos os espaços sociais, inclusive nas
escolas e nas salas de aula. Essa pluralidade frequentemente acarreta
confrontos e conflitos, tornando cada vez mais agudos os desafios a serem
enfrentados pelos profissionais da educação. No entanto, essa mesma
pluralidade pode propiciar o enriquecimento e a renovação das
possibilidades de atuação pedagógica.

Abaixo a resenha:

Resenha de SILVA, Davi Guimarães da.

O tema Currículo Escolar é constantemente alvo de diversas pesquisas e


estudos acadêmicos. Os autores Moreira & Candau (2006) abordam de
maneira sistemática e abrangente o tema em questão, na obra “Currículo,
Conhecimento e Cultura”. O artigo apresenta algumas reflexões acerca do
currículo escolar com o objetivo que trazer para discussão a construção de
um currículo que seja democrático para todos, ou seja, que haja a
participação de gestores, docentes e a sociedade geral.

Vale ressaltar que o objetivo geral do texto é oferecer aos docentes e


profissionais de educação em geral, elementos que possibilitem a reflexão e
a discussão de questões essenciais para o desenvolvimento dos currículos

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escolares. Desse modo, busca-se promover uma educação de qualidade


e democrática para todos.

No primeiro item do texto, os autores apresentam os estudos de currículo


focando no desenvolvimento e preocupações, com a relação às questões
referentes ao currículo no que sentido de que atualmente tem sido alvos de
maior atenção por parte das autoridades, professores, gestores, pais,
estudantes, membros da comunidade. Essas questões se baseiam em
perguntas, não com o objetivo de dar conta da complexidade do
pensamento deles, mas apenas para pontuar os seguintes questionamento:
Quais as razões dessa preocupação tão nítida e tão persistente? Será
mesmo importante que nós, profissionais da educação, acompanhemos toda
essa discussão e nela nos envolvamos? Não será suficiente deixarmos que
as autoridades competentes tomem as devidas decisões sobre o que deve
ser ensinado nas salas de aula?

Assim sendo, os autores entendem que, para se obter respostas a esses


questionamentos, é necessário entender o significado da palavra currículo
em concepções distintas como: (a) os conteúdos a serem ensinados e
aprendidos; (b) as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas
pelos alunos; (c) os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas
e sistemas educacionais; (d) os objetivos a serem alcançados por meio do
processo de ensino; (e) os processos de avaliação que terminam por influir
nos conteúdos e nos procedimentos selecionados nos diferentes graus da
escolarização.

Porém, não lhes parece produtivo assumir que algumas dessas concepções
seja certa ou errada, tendo em vista que refletem variados posicionamentos
e pontos de vistas teóricos. De forma diversa, defendem que “discussões
sobre conhecimento, verdade, poder e identidade marcam,
invariavelmente, as discussões sobre questões curriculares” (Silva,
1999a), e que, portanto, em suas concepções o currículo deve ser
entendido como as experiências escolares que se desdobram em
torno do conhecimento, em meio a relações sociais, e que
contribuem para a construção das identidades de nossos/as
estudantes.

Por isso, seu objetivo nesse contexto é conceitualizar o currículo como


“coração da escola, o espaço central em que todos atuamos, o que nos
torna, nos diferentes níveis do processo educacional, responsáveis por sua
elaboração”. Além disso, eles ressaltam que o papel do educador é essencial
no processo curricular.

Mas vale salientar que, apesar do educador estar maior tempo em contato
direto com o discente, esse papel é muito amplo, e não pode ser
considerado com direcionamento maior pelo educador, tendo em vista que

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gestores, técnicos administrativos e a sociedade têm papel fundamental na


sua construção, levando a concluir que o currículo tem que observar a
visão de todos.

Defendem subsidiados por Moreira (2002a), que cabe reconhecer, hoje, a


preponderância da esfera cultural na organização de nossa vida
social, bem como na teoria social contemporânea, para tanto deve-se
levar em consideração que “as preocupações dos pesquisadores têm-se
deslocado das relações entre currículo e conhecimento escolar para
as relações entre currículo e cultura”.

Além disso, os autores chamam atenção que antes da análise das relações
entre currículo e cultura, é imprescindível examinar o outro tema central
das discussões sobre currículo que é o conhecimento escolar. Nesse
sentido, no segundo item do texto, os autores apresentam seu
entendimento sobre o conhecimento escolar. Para eles, esse é um dos
elementos centrais do currículo e que sua aprendizagem é uma das
condições para que os conhecimentos socialmente produzidos possam ser
apreendidos, criticados e reconstruídos por todos/as os/as estudantes do
país.

Isso é bem notório quando baseiam o potencial do currículo na obra de


(Avalos, 1992; Santos e Moreira 1995), os quais apontam que o currículo
possui “potencial de tornar as pessoas capazes de compreender o
papel que devem ter na mudança de seus contextos imediatos e da
sociedade em geral, bem como de ajudá-las a adquirir os
conhecimentos e as habilidades necessárias para que isso
aconteça”.

De acordo com esse ponto de vista, o entendimento dos autores leva em


consideração apenas a construção do currículo como algo que trará
mudanças significativas para o meio social, porém, é importante lembrar
que essa mudança depende também de fatores políticos, administrativos e
sociais, pois são as partes interessadas nesse processo.

Outro ponto importante a se destacar é que, segundo eles, os


conhecimentos escolares são advindos de saberes e conhecimentos
socialmente produzidos nos chamados “âmbitos de referência dos
currículos”, ou seja, são espaços onde se produzem diferentes saberes
que dão origem aos conhecimentos escolares.

Nesse contexto, os autores concluem que, se o docente compreender o


processo de construção do conhecimento escolar, entenderá melhor o
processo pedagógico levando assim o mesmo a ser estimulado para
alcançar novas abordagens tanto no sentido de selecionar e organizar os

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conhecimentos quanto de conferir uma orientação cultural ao


currículo.

O terceiro item trata da cultura, diversidade cultural e currículo. Assim,


para embasar seus questionamentos sobre cultura, eles utilizam a
concepção derivada da Antropologia Social, onde ressalta a dimensão
simbólica, o que a cultura faz, em vez de acentuar o que a cultura é. Nessa
visão, a palavra cultura implica em um conjunto de práticas por meio
das quais significados são produzidos e compartilhados em um
grupo.

Além disso, os autores consideram a abordagem de Silva (1999b) em que o


currículo é o espaço em que se concentram e se desdobram as lutas
em torno dos diferentes significados sobre o social e sobre o
político, além de certos grupos sociais expressarem sua visão de
mundo, seu projeto social, sua “verdade”.

Os autores não trazem muitas informações sobre diversidade cultural,


porém levam a entender que se trata da pluralidade com caráter
multicultural, visando que seja contemplado na construção do currículo.
Isso, porque segundo eles, vivemos em um variado e conflituoso cenário
cultural se reflete no que ocorre em nossas salas de aula. Além disso,
destacam em forma de pergunta que de alguma forma o currículo tem
sido “contaminado” pelas diferenças derivadas de dinâmicas sociais
como classe social, gênero, etnia, sexualidade, cultura e religião.

Porém, nessa visão, os autores tentam destacar essas diferenças sociais


como algo que deve ser desconsiderado para a construção do currículo, mas
o questionamento para essa pergunta parte do princípio de que a cultura
surge a partir conhecimento adquirido no decorrer dos anos pela sociedade,
e isso, por acaso não é importante para ser concebido no currículo? Por
que deve ser desconsiderado já que essas diferenças fazem parte da
cultura de um povo?

Com base nesses conceitos e questionamentos, os autores propõem alguns


princípios visando intensificar a sensibilidade do(a) docente e do
gestor para a pluralidade de valores e universos culturais, para a
necessidade de um maior intercâmbio cultural no interior de cada
sociedade e entre diferentes sociedades.

Esses princípios são propostos no quarto item e tem como objetivo a


construção de currículos multiculturalmente orientados, e chama a
atenção para que haja um esforço na sua construção especialmente por
parte de gestores e professores.

Nessa visão, os autores esperam que as considerações que desenvolveram


permitam a defesa do argumento de que um currículo culturalmente
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orientado norteie a escolha de novos conteúdos e a adoção de novos


procedimentos além de estabelecer as novas relações escolares e
em sala de aula.

O primeiro princípio traz a necessidade de uma nova postura quando


houver a elaboração do currículo. Os autores destacam que se deve
superar o “daltonismo cultural” em que o docente não valoriza a diversidade
cultural existentes em sala de aula. Esse princípio realmente torna-se uma
barreira entre os docentes e discentes, tendo em vista que a visão do
professor deve ser individual, pois todos são diferentes e precisam de uma
atenção especial. Para isso, a sugestão dos autores é que haja uma
sensibilização do corpo docente para a diversidade e pluralidade.

O segundo princípio destaca o currículo com um espaço em que se


reescreve o conhecimento escolar. Os autores sugerem que o docente
procure, no currículo, reescrever o conhecimento escolar usual, tendo-se
em mente as diferentes raízes étnicas e os diferentes pontos de vista
envolvidos em sua produção. Esse princípio realmente é bastante
relevante, pois pode levar o discente a ter questionamentos ainda não
pensado antes, levando assim a construir sua própria visão histórica, e de
certa forma, reescrevendo seu conhecimento escolar.

A crítica em relação a este princípio, conforme os autores, surge a partir do


argumento chamado “efeito Robin Hood” (McCarthy, 1998), segundo o qual
se tira de um para dar ao outro, ou seja, não estamos recomendando
que simplesmente se substitua um conhecimento por outro. Porém, é
algo bastante controverso, tendo em vista que existem várias visões do
mundo, e de certa forma, dependendo da visão do docente, isso pode
influenciar diretamente na formação do discente.

Outro pronto importante a se destacar, com base nesse princípio é que na


atualidade fala-se muito em “escola sem partido”. Então, surgem algumas
perguntas sem respostas: Será que tem existido realmente doutrinação de
discentes a partir da influência do docente? Existe como o discente
reescrever seu conhecimento escolar sem influência do docente? Como se
consegue fazer isso?

O terceiro princípio trata do currículo como um espaço em que se


explicita a ancoragem social dos conteúdos, ou seja, é que seja
evidenciado no currículo, a construção social e os rumos subsequentes dos
conhecimentos cujas raízes históricas e culturais tendem a ser usualmente
“esquecidas”. Dessa forma, os autores defendem também que haja
relacionamento dos conteúdos curriculares às experiências culturais
dos(as) estudantes e ao mundo concreto, o que permite analisar quem
lucra e quem perde com as formas de emprego desses conhecimentos.

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Da mesma forma que o princípio anterior, este depende também dos ideais
do docente em relação as suas convicções, tendo em vista que pode levar o
discente a ter uma visão não obtida por questionamentos e sim por ideais.

Para embasamento desse princípio, eles utilizam as considerações do autor


(Willinsky, 2002), que rejeita a ideia de que existe uma verdade, uma
essência ou um núcleo em qualquer categoria, ou seja, o planejamento
deve ser coletivo, na escola, nas distintas disciplinas, a partir de uma
análise, durante determinado período de tempo, a afim de evitar formas de
privilégios e legitimação de atos de opressão, que já vem sendo vem sendo
empregada no decorrer dos anos.

O quarto princípio, conforme os autores, faz referência ao currículo


como espaço de reconhecimento de nossas identidades culturais, ou
seja, promover ocasiões que favoreçam a tomada de consciência da
construção da identidade cultural de cada um de nós, docentes e
gestores, relacionando-a aos processos socioculturais do contexto em que
vivemos e à história de nosso país. Isso pode ser realizado buscando-se
criar oportunidades em que o profissional da educação se estimule a falar
sobre como percebe a construção de sua identidade. Essa é uma boa
proposta tendo em vista que em uma escola, por exemplo, os docentes
podem ser advindos de diferentes culturas, crenças e valores; então a
socialização dessas identidades podem ser muito úteis nesse processo.

O quinto princípio trata o currículo como espaço de questionamento


de nossas representações sobre os “outros”. Esse princípio diz respeito
às representações que construímos dos outros, daqueles que consideramos
diferentes. Assim, dependendo da forma de ver o mundo, pode haver uma
forma de discriminação com pessoas que não possuem os conceitos que
achamos ser o padrão. Porém, isso é muito relativo, pois dependendo do
padrão definido por cada pessoa cada uma de nós pode ser tanto os outros
quanto diferentes.

O sexto princípio faz referência ao currículo como um espaço de


crítica cultural. Os autores sugerem que se expandam os conteúdos
curriculares usuais, de modo a neles incluir alguns dos artefatos culturais
que circundam o(a) aluno(a). A ideia é tornar o currículo um espaço de
crítica cultural tendo como um dos caminhos abrir as portas, na
escola, a diferentes manifestações da cultura popular, além das que
compõem a chamada cultura erudita. Esse princípio é importantíssimo,
pois valoriza a cultura local, os saberes regionais e trazem para a realidade
a identidade cultural onde a escola está inserida.

O sétimo princípio apresenta o currículo como um espaço de


desenvolvimento de pesquisas onde todo(a) profissional da educação
precisa comprometer-se com o estudo e com a pesquisa, bem como

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posicionar-se politicamente. De forma geral, esse princípio tem como


objetivo principal que se torne o currículo, em cada escola, um espaço de
pesquisa.

Porém, é importante ressaltar que essa pesquisa não está relacionada


diretamente à pesquisa universitária, mas sugere que sejam
pesquisadores(as) dos saberes, valores e práticas que ensinamos e/ou
desenvolvemos, centrando nosso ensino na pesquisa. Esse princípio pode
levar ao conhecimento das necessidades e anseios da comunidade em
geral.

Como você já sabe, as questões e seus comentários aprofundam e


complementam os conhecimentos vistos na aula. Por isso, resolva as
questões e leia os comentários.

IBADE 2016 – PROFESSOR CLASSE C - SOCIOLOGIA – SEDUC-RO

30) Sobre rotina e gestão da sala de aula, leia as afirmativas a


seguir.

I. No trabalho pedagógico diário, o professor precisa gerir o uso


do tempo em sala de aula direcionado para aprendizagem.

II. As situações no relacionamento com seus alunos, ou mesmo


entre eles, podem comprometer o ambiente ou o empenho
coletivo no processo de ensino-aprendizagem.

III. Os saberes experienciais surgem como núcleo vital do saber


docente, núcleo a partir do qual os professores tentam
transformar suas relações de exterioridade com os saberes em
relações de interioridade com sua própria prática.

IV. A existência de uma pluralidade de saberes docentes


possibilita a formação ou a existência de um único padrão de
práticas docentes que viabilizem o sucesso na aprendizagem.

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Está correto apenas o que se afirma em:

a) I e IV.

b) II, III e IV.

c) I e III.

d) I, II e III.

e) II e III.

Resposta: D. (I) Conforme vimos, o professor precisa considerar o tempo ao


selecionar e organizar os conteúdos de ensino. Isso vale para toda a prática
que se desenvolverá em sala de aula. (II) O contexto no qual os alunos estão
inseridos deve ser considerado, isso inclui os relacionamentos. (III) Os saberes
experienciais sã importantes, inclusive, para a seleção e organização do
conhecimento. (IV) A afirmação erra ao afirmar que existe um único padrão
de práticas docentes que viabilizam o sucesso na aprendizagem, na verdade,
existe uma pluralidade de práticas, e a escolha da estratégia dependerá de
uma série de fatores, incluindo os saberes a serem trabalhados.

IDHTEC 2016 – PEDAGOGO – PREFEITURA DE ITAQUITINGA -PE

31) De acordo com Libâneo, a didática trata dos objetivos,


condições e meios de realização do processo de ensino, unindo
meios pedagógico-didáticos a objetivos sócio-políticos. Neste
sentido,

a) Os conteúdos devem ser trabalhados de forma acrítica e


inflexível para não intervir no produto.

b) O ensino deve ser planejado a partir de propósitos claros


sobre a sua finalidade, tendo em vista que os alunos estão sendo
preparados para viverem em sociedade.

c) As questões de ordem social sempre prevalecem sobre as de


ordem pedagógica.

d) Os planejamentos indicam a necessidade de serem neutros e


escolarizados.

e) Os estudantes são vistos enquanto seres passivos, daí porque


a facilidade de aprendizagem.

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Resposta: B. (a) Os conteúdos devem ser trabalhados de forma crítica e


flexível. (c) As questões de ordem social devem ser consideradas, mas não
devem prevalecer sobre as de ordem pedagógica. (d) Os planejamentos nunca
são neutros. (e) Os estudantes não devem ser vistos como seres passivos,
mas sim, ativos.

UNA Concursos 2015 – PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL – ARTES


– PREFEITURA DE FLORES DA CUNHA - RS

32) O objetivo da escola e do professor é formar pessoas


inteligentes, aptas para desenvolver ao máximo possível suas
capacidades mentais, seja nas tarefas escolares, seja na vida
prática através do estudo das matérias de ensino. Sobre a
atividade de estudo e o desenvolvimento intelectual. Assinale a
afirmação incorreta de acordo com Libâneo:

a) O trabalho de planejar as aulas, traçar objetivos, explicar a


matéria, escolher métodos e procedimentos didáticos, dar tarefas
e exercícios, controlar e avaliar o progresso dos alunos destina-
se, acima de tudo, a fazer progredir as capacidades intelectuais
dos educandos.

b) É necessário que o professor domine profundamente o


conteúdo da matéria. Não é suficiente saber o que diz o livro
didático. É conveniente ter outros livros à mão, estar atualizado
com o noticiário, conhecer as características de vida das crianças.

c) Para desenvolver o pensamento independente e criativo é


suficiente o conhecimento do tema, não é necessário o ensino de
habilidades e capacidades, isto é, os métodos de adquirir e
aplicar os conhecimentos.

d) O ensino das matérias e o desenvolvimento das capacidades


cognoscitivas dos alunos devem ir possibilitando a formação da
atitude crítica e criadora frente à realidade e ao cotidiano da vida
social.

Resposta: C. O ensino de habilidades e capacidades também precisa ser


considerado. A “a”, “b” e “d” estão corretas.

PREFEITURA DE BETIM – MG 2015 – PROFESSOR PII DE EDUCAÇÃO


FÍSICA – PREFEITURA DE BETIM – MG

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33) Na seleção dos conteúdos complementares, no sentido de


atender às necessidades e aos interesses dos alunos, devem ser
considerados os elementos da realidade escolar como as

a) características locais em que a escola está inserida,


subordinadas ao conhecimento do professor.

b) condições da escola e as características de seu interior,


voltadas para o saber do professor.

c) condições da escola e as características locais e regionais da


comunidade onde está inserida.

d) características regionais em que a escola está inserida, com


vistas às competições esportivas.

Resposta: C. A “a” e a “b” erram ao limitar as características locais a serem


consideradas àquelas de conhecimento do professor. A “d” erra ao limitar as
características a serem consideradas às competições esportivas.

COTEC 2015 – PEDAGOGO - PREFEITURA DE UNAÍ – MG

34) “Por mais que o professor, os companheiros de classe e os


materiais didáticos possam, e devam contribuir para que a
aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do
próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os
conteúdos da aprendizagem. É ele quem modifica, enriquece e,
portanto, constrói novos e mais potentes instrumentos de ação e
interpretação."

Considerada essa perspectiva teórica do autor,


é CORRETO afirmar:

a) A aprendizagem significativa depende predominantemente do


ensino.

b) A aprendizagem significativa somente é possível quando o


material de aprendizagem não é potencialmente significativo.

c) O conhecimento se desenvolve por assimilação quando o


aprendiz não consegue dar significado ao objeto da
aprendizagem.

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d) Uma aprendizagem significativa necessita, primordialmente,


da ação do aprendiz.

Resposta: D. Conforme afirma ao autor no enunciado “nada pode substituir a


atuação do próprio aluno”, portanto, a resposta correta é a “d”.

FUNDEP 2014 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EUCACIONAIS - IF-SP

35)Considerando-se as reflexões de Coll (1994) sobre a


aprendizagem significativa e os conteúdos escolares, é incorreto
afirmar que:

a) o aluno é o responsável final da aprendizagem, uma vez que


constrói o seu conhecimento, dando sentido e significado aos
conteúdos do ensino.

b) cabe ao professor determinar, com sua atuação, com o seu


ensino, que as atividades realizadas pelos alunos propiciem um
maior ou menor grau de amplitude e profundidade dos
significados construídos e assumir a responsabilidade de orientar
essa construção numa certa direção.

c) na construção progressiva de significados compartilhados, o


professor e o aluno têm papéis iguais.

d) os significados que os alunos constroem no decorrer das


atividades escolares correspondem a conteúdos que, em sua
maioria, são criações culturais.

Resposta: C. A “c” erra ao afirmar que, na aprendizagem significativa,


professor e aluno exercem os mesmos papéis. Na verdade o professor deve
atuar como guia, facilitando a aprendizagem e o aluno deve ter um papel ativo
na construção de seu próprio conhecimento. As demais estão corretas.

CESPE 2013 – PROFESSOR - SEE-AL

36) No que se refere à sequência didática, julgue o item


subsecutivo.

Os conteúdos de aprendizagem, inseridos na sequência didática,


não explicitam ou abrangem as dimensões conceituais,
procedimentais e atitudinais.

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Resposta: Errado. Os conteúdos de aprendizagem devem considerar e


abranger as dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais.

CESPE 2013 – PROFESSOR - SEE-AL

37) No que se refere à sequência didática, julgue o item


subsecutivo.

As intenções educacionais na definição de conteúdos devem ser


desconsideradas para a sequência didática.

Resposta: Errado. Todo o processo de ensino-aprendizagem deve ter intenções


educacionais claras, ou seja, objetivos claros. Além disso, sabemos que
nenhum currículo é neutro e que nenhuma seleção e organização de conteúdos
pode ser feita de forma totalmente neutra.

CESPE 2013 – PROFESSOR - SEE-AL

38) Com relação à formulação dos objetivos educacionais, julgue


o próximo item.

Os objetivos específicos devem se referir a conhecimentos de


fatos específicos em detrimento dos processos mentais
superiores.

Resposta: Errado. Conforme nos ensina Libâneo, os objetivos específicos de


ensino determinam exigências e resultados esperados da atividade dos alunos,
referentes a conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções cuja aquisição e
desenvolvimento ocorrem no processo de transmissão e assimilação ativa das
matérias. Os objetivos podem se referir a operações mentais simples, os
conhecimentos (definir, listar, identificar, reconhecer, etc.), ou a operações
mentais mais complexas, as habilidades intelectuais (comparar, relacionar,
diferenciar etc). Portanto, os processos mentais, de alguma forma, precisam
ser considerados.

CESPE 2013 – PEDAGOGO - UNIPAMPA

39) A respeito dos objetivos e conteúdos de ensino, julgue o


próximo item.

Uma definição clássica dos objetivos de ensino os agrupa em três


áreas: objetivos cognitivos, afetivos e psicomotores.

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Resposta: Certo. Os objetivos de ensino podem ser agrupados em cognitivos,


afetivos e psicomotores.

CESPE 2013 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS –


UNIPAMPA

40) Em relação aos paradigmas da educação e aos objetivos e


conteúdos do ensino e da aprendizagem, julgue o item seguinte.

A organização sequencial de conteúdos obedece a duas


dimensões: a vertical, relacionada ao nível de complexidade dos
temas, e a horizontal, relacionada aos diferentes campos do
conhecimento humano.

Resposta: Certo. Conforme vimos, no plano temporal, ocorre a organização


vertical do currículo, e os conteúdos são dispostos ao longo dos anos, ou seja,
de acordo com sua complexidade. Já no plano de uma mesma série ou ano,
ocorre a organização horizontal, por meio da qual o conteúdo de uma área é
vinculado com o de outra, ou seja, diferentes campos do conhecimento
humano são relacionados.

Seguem as questões vistas nesta aula, sem os comentários, para você


praticar e ver se, realmente, conseguiu absorver o conteúdo. Hora de praticar!

FUNDEP 2017 – Técnico em Assuntos Educacionais – UFVJM/MG

1) De acordo com Sacristán (1998), o termo currículo origina da


palavra latina currere, que se reporta à carreira, a um percurso a
ser realizado e, por consequência, à sua representação ou
apresentação.

A partir das reflexões de Sacristán (1998) sobre o que se deve


considerar na conceitualização de currículo, é correto afirmar:

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A. O estudo do currículo deve valer para possibilitar uma visão da


cultura que se dá na escola, em sua dimensão oculta e manifesta,
considerando as condições em que se desenvolve.

B. No currículo, ideias e práticas agem isoladamente.

C. Refere-se a um projeto que só pode ser compreendido de


maneira pontual e neutra.

D. Deve ser visto como projeto cultural elaborado, desvinculado


da profissionalização do docente e fechado em si mesmo.

COPEVE/UFAL 2017 – Professor – Prefeitura de Maceió

2) As questões sobre o currículo estão no centro das discussões


atuais. Segundo Marisa Vorraber Costa (2001), as teorias
curriculares expressam determinadas visões de mundo e de
currículo. Na teoria pós-crítica, o currículo precisa levar em
consideração, principalmente,

A. identidades, classe social, currículo oculto, diferenças e


avaliação.

B. identidades, diferenças, alteridades, gênero e


multiculturalismo.

C. conteúdos, identidades, planejamento de ensino, avaliação e


multiculturalismo.

D. classe social, identidades, avaliação, planejamento e avaliação


da aprendizagem.

E. conteúdos, avaliação da aprendizagem, planejamento de


ensino, classe social e identidades.

COPEVE/UFAL 2017 – Professor – Prefeitura de Maceió

3) Entre as várias definições de currículo, Marisa Vorraber Costa


(2001) afirma que o currículo constitui um conjunto articulado de
saberes, regidos por uma ordem social que elege determinadas
narrativas consideradas válidas. Nesse contexto, o currículo

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I. envolve elementos culturais.

II. diz respeito unicamente a uma listagem de conteúdos a serem


transmitidos aos educandos.

III. expressa relações de poder, de classe social e de visão de


mundo de uma determinada sociedade.

Das afirmativas, verifica-se que está(ão) correta(s)

A. I, apenas.

B. II, apenas.

C. I e III, apenas.

D. II e III, apenas.

E. I, II e III.

COPEVE/UFAL 2017 – Professor – Prefeitura de Maceió

4) As narrativas contidas no currículo, explícita ou


implicitamente, corporificam noções particulares sobre
conhecimento, sobre formas de organização da sociedade e sobre
os diferentes grupos sociais e representam os diferentes grupos
sociais de forma diferente. Enquanto as formas de vida e a
cultura de alguns grupos são valorizadas e instituídas como
cânon, as de outros são desvalorizadas e proscritas. Assim,
contam histórias que fixam noções particulares sobre gênero,
raça, classe – noções que acabam também nos fixando em
posições muito particulares (SILVA, 2005, p. 195). Segundo o
autor, as narrativas contidas no currículo contribuem para:

I. o entendimento de que o currículo vincula-se a aspectos


políticos inerentes às relações de poder que acentuam as
desigualdades étnico-raciais e de gênero;

II. a superação das desigualdades instituídas em relação às


questões étnico-raciais e de gênero;

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III. a compreensão de que o currículo representa, de forma


igualitária, os diferentes grupos sociais.

Das afirmativas, verifica-se que está(ão) correta(s)

A. I, apenas.

B. III, apenas.

C. I e II, apenas.

D. II e III, apenas.

E. I, II e III.

CESPE 2017 – Professor de Nível Superior / PNS – Prefeitura de São Luís


- MA
5) Considerando o currículo como a cultura da escola, assinale a
opção correta.

A. O currículo explícito, expresso nos planos de ensino, e o


currículo oculto, que ocorre nas práticas de sala de aula, revelam
a cultura escolar.

B. A cultura escolar é o conhecimento erudito expresso no


currículo, o qual apresenta uma forma correta de falar, de
escrever e de se comportar em diversas situações.

C. O currículo expressa o ambiente escolar, local privilegiado de


manifestação de diferentes hábitos e costumes de cada grupo
familiar e, na junção dessas diferenças, a cultura escolar se
manifesta.

D. Cada escola escolhe livremente todos os conteúdos e


conhecimentos a serem trabalhados para as diferentes faixas
etárias que atende e, nessa escolha, se revela sua cultura.

E. O currículo reflete a cultura escolar, que é apenas um reflexo


da sociedade na qual a escola está inserida.

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CESPE 2017 – Professor de Nível Superior / PNS – Prefeitura de São Luís


– MA
6) Considerando-se o currículo como práxis, é correto afirmar
que ele

A. corresponde às disciplinas expressas no histórico escolar dos


estudantes.

B. está desvinculado da teoria.

C. se efetiva na prática pedagógica de sala de aula.

D. se refere às práticas que dispensam o planejamento da ação


pedagógica.

E. se refere aos conteúdos de ensino determinados pelos


sistemas educacionais.

FCC 2015 – Agente de Defensoria Púbica – DPE/SP


7) Os teóricos críticos entendem o currículo como

A. experiências escolares que se desdobram em torno do


conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para
a construção das identidades dos estudantes.

B. organização do ensino por meio de uma grade de conteúdos,


na qual de define a quantidade de aulas por disciplinas para cada
ano de ensino.

C. planos pedagógicos elaborados pelos professores da unidade


escolar, em concordância com as determinações da secretaria da
educação.

D. conjunto de objetivos a serem alcançados no final do ano, por


meio de conteúdos a serem ensinados e aprendidos durante o
processo de ensino.

E. projeto político pedagógico elaborado pelas escolas, com a


colaboração dos professores e de especialistas de ensino e
aprovado pelos órgãos regionais de educação.

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QUADRIX 2017 – Professor Substituto – SEE/DF

8) Considerando a concepção de currículo apresentada, julgue o


item.

O currículo real pode ser compreendido como o conjunto de


experiências e aprendizagens gerador da aprendizagem.

QUADRIX 2017 – Professor Substituto – SEE/DF

9) Considerando a concepção de currículo apresentada, julgue o


item.

O currículo formal compreende o conjunto de comportamentos,


atitudes e valores transmitidos no cotidiano escolar que não
estão expressos nos documentos formais.

REIS AUDITORES ASSOCIADOS 2012 – Professor (PI) – Prefeitura de


Varginha - MG

10) Nome dado o currículo que diz respeito àquelas


aprendizagens que fogem ao controle da própria escola e do
professor e passam quase despercebidas, mas que têm uma força
formadora muito intensa:

A. Currículo real;

B. Currículo formal;

C. Currículo padrão;

D. Currículo oculto.

REIS AUDITORES ASSOCIADOS 2012 – Professor (PI) – Prefeitura de


Varginha - MG

11) A ___________ deve buscar a articulação entre os vários


aspectos da vida cidadã (a saúde, a sexualidade, a vida familiar e
social, o meio ambiente, o trabalho, a ciência e a tecnologia, a
cultura, as linguagens) com as áreas de conhecimento (Língua
Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História, Língua

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Estrangeira, Educação Artística, Educação Física e Educação


Religiosa).

A expressão que preenche adequadamente a lacuna acima é:

A. composição curricular;

B. Lei de Diretrizes e Bases da Educação;

C. Avaliação:

D. Educação Infantil.

FUNCAB 2012 – Pedagogo – Prefeitura de Valença - RJ

12) Os estudiosos da área do Currículo, atualmente, afirmam que


este, em seu sentido mais amplo, significa:

A. matérias pedagógicas.

B. vida profissional.

C. atividades extraclasses.

D. a vida e as matérias pedagógicas.

E. a vida e todo o programa de escola, inclusive as atividades


extraclasse.

IFB 2017 – Professor - Pedagogia – IFB

13) O currículo refere-se aos programas e conteúdos de cada


componente curricular e também expressa os princípios e metas
do projeto educativo de uma instituição. Considerando uma
perspectiva crítica do currículo, marque a alternativa CORRETA:

a) O currículo deve ser utilizado para a reprodução de uma visão


de mundo hegemônica.

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b) O currículo é um documento formal e estabelecido pelo


sistema educacional que deve ser seguido pelas instituições de
ensino, pois visa uma igualdade educacional.

c) O conhecimento estabelecido na organização curricular do


currículo é neutro, cabe ao professor dar uma direção a esse
conhecimento.

d) A organização curricular deve levar em consideração as


relações entre os sujeitos e o espaço - tempo em que se situam.

e) É importante evitar, sistematicamente, que situações ocorridas


na escola tragam contextos diferentes daqueles que estão
devidamente planejados e incluídos no currículo.

IF-ES 2016 – Pedagogo – IF-ES

14) Silva (2010) apresenta as teorias do currículo em três


categorias: tradicionais, críticas e pós-críticas. Sobre essas
teorias, analise as seguintes sentenças:

I) As teorias tradicionais pretendem ser “teorias” neutras,


científicas, desinteressadas. Assim, ao aceitar o status quo, os
conhecimentos e os saberes dominantes, acabam por se
concentrar em questões técnicas, “o que?” e o “como?”, ou seja,
nas questões de organização e elaboração do currículo.

II) As teorias críticas, ao enfatizarem o conceito de discurso em


vez do conceito de ideologia, efetuaram um importante
deslocamento na nossa maneira de conceber o currículo.

III) As teorias críticas e as teorias pós-críticas argumentam que


nenhuma teoria é neutra, científica ou desinteressada, mas que
está implicada nas relações de poder. Sua questão central é: “por
quê?”. Por que esse conhecimento e não outro? Estão
preocupadas com as conexões entre saber, identidade e poder.

IV) As teorias pós-críticas, ao deslocarem a ênfase dos conceitos


simplesmente pedagógicos de ensino e aprendizagem para os
conceitos de ideologia e poder, nos permitiram ver a educação de
uma nova perspectiva.

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V) As teorias críticas sobre o currículo colocam em questão os


pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais; são
teorias de desconfiança, questionamento e transformação radical,
na tentativa de desenvolver conceitos que permitam
compreender o que o currículo faz.

Assinale a alternativa que apresenta somente as


sentenças CORRETAS.

a) I, II, IV

b) I, III, V

c) III, IV, V

d) II, IV, V

e) I, II, IV, V

IF-ES 2016 – Pedagogo – IF-ES

15) Com base nas análises das teorias críticas e pós-críticas do


currículo, realizada por Silva (2010), analise as proposições e
verifique quais são VERDADEIRAS (V) e quais são FALSAS (F):

( ) As teorias pós-críticas e as teorias críticas possibilitaram


compreender o currículo para além dos conceitos técnicos, como
os de ensino e eficiência, ou de categorias psicológicas, como as
de aprendizagem e desenvolvimento, ou ainda de imagens
estáticas como as de grade curricular.

( ) As teorias pós-críticas defendem que o currículo é espaço de


poder, centrado no Estado, pois o conhecimento corporificado no
currículo carrega as marcas das relações sociais de poder e
reproduz as estruturas sociais.

( ) As teorias críticas enfatizam que o currículo é uma construção


social, portanto, resultado de um processo histórico, por meio de
processos de disputa e conflito social, em que certas formas
curriculares tornaram-se consolidadas como o currículo.

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( ) O currículo, para as teorias críticas, não pode ser


compreendido sem uma análise das relações de poder,
descentrado em toda rede social, ou seja, nos processos de
dominação centrados na raça, na etnia, no gênero e na
sexualidade.

( ) Com sua ênfase pós-estruturalista na linguagem e nos


processos de significação, as teorias pós-críticas enfatizam o
papel formativo do currículo.

Assinale a opção que contém as proposições CORRETAS.

a) V, V, V, F, V

b) V, F, V, V, F

c) V, F, V, F, V

d) F, V, V, V, F

e) V, V, F, V, V

IF-ES 2016 – Técnico em Assuntos Educacionais – IF-ES

16) Segundo a discussão sobre as teorias do currículo,


apresentada por Silva (2010) em seu livro Documentos de
identidade: uma introdução às teorias do currículo, leia as
sentenças abaixo.

I) Com a noção de que o currículo é uma construção social,


aprendemos que a pergunta importante não é “quais
conhecimentos são considerados válidos?”, mas “quais
conhecimentos são verdadeiramente válidos?”.

II) As teorias pós-críticas continuam a enfatizar que o currículo


não pode ser compreendido sem uma análise das relações de
poder nas quais ele está envolvido. Nas teorias pós-críticas,
entretanto, o poder está espalhado por toda a rede social. O
mapa do poder é ampliado para incluir os processos de
dominação centrados na raça, na etnia, no gênero e na
sexualidade.

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III) As teorias críticas sustentam que o currículo é uma invenção


social, mantendo certa noção realista de currículo. Se a ideologia
cedesse lugar ao verdadeiro conhecimento, o currículo e a
sociedade seriam emancipados e libertados.

IV) As teorias tradicionais enfatizam os conceitos de ensino,


aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização,
planejamento, eficiência, objetivos.

V) As teorias críticas enfatizam os conceitos de ideologia,


reprodução cultural e social, poder, classe social, capitalismo,
relações sociais de produção, conscientização, emancipação e
libertação, currículo oculto, resistência, gênero, etnia e
sexualidade.

Assinale a alternativa que contém somente os itens coerentes


com a visão do autor do livro.

a) II, III e IV

b) I, II, III e V

c) I, II e IV

d) II, III, IV e V

e) I, III, IV e V

CESGRANRIO 2016 – Pedagogo – UNIRIO

17) As teorias críticas de currículo, ao deslocar a ênfase dos


conceitos simplesmente pedagógicos de ensino-aprendizagem
para os conceitos de ideologia e poder, por exemplo, nos
permitiram ver a educação de uma nova perspectiva. Da mesma
forma, ao enfatizarem o conceito de discurso em vez do conceito
de ideologia, as teorias pós-críticas de currículo efetuaram um
outro importante deslocamento na nossa maneira de conceber o
currículo.

SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de identidade.Belo Horizonte:


Autêntica, 2011, p. 17.

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As abordagens críticas do currículo defendem que

a) o currículo oculto reflete as relações sociais de poder que


formam os sujeitos e revela os processos por trás do currículo
explícito.

b) o currículo tem como cerne os elementos do processo de


ensino e aprendizagem, principalmente a didática e a avaliação.

c) a tolerância entre as diferentes identidades culturais constitui


o discurso para o currículo multicultural.

d) as relações coloniais e as narrativas discursivas sobre a


identidade fundam o currículo pós-colonial.

e) as teorias queer e as teorias feministas devem estar presentes


na escola e compor temáticas curriculares.

FUNRIO 2016 – Pedagogo – IF-PA

18) Os estudos sobre currículo discutem que o currículo escolar


traduz e revela diferentes concepções de conhecimento de papéis
que a escola pode exercer na vida dos estudantes.

Há teorias que julgam que as questões curriculares são


meramente técnicas.

Há teorias que apontam o quanto as questões curriculares estão


implicadas em questões de poder, pois as escolhas daquilo que
será ensinado nas escolas influenciam uma determinada visão de
mundo.

As duas perspectivas teóricas podem ser, respectivamente,


definidas como

a) pós-críticas e tradicionais.

b) culturais e pós-modernas.

c) tradicionais e críticas.

d) críticas e pós-colonialista.

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e) estruturalistas e críticas.

FUNRIO 2016 – Pedagogo – IF-PA

19) Aquilo que se ensina em sala de aula e, mesmo no espaço


externo à sala de aula, na escola, como seus ritos e rituais, é
denominado pela Teoria Crítica do Currículo de

a) currículo Queer.

b) subversão.

c) emancipação.

d) estudos culturais.

e) currículo oculto.

IDECAN 2016 – Professor de Ensino Religioso – SEARH-RN

20) Algumas teorias sobre o currículo apresentam-se como


teorias tradicionais, procuram ser neutras, enquanto outras,
chamadas teorias críticas e pós-críticas, argumentam que
nenhuma teoria é neutra ou desinteressada, mas que implica
relações de poder e demonstra a preocupação com as conexões
entre saber, identidade e poder. As diferentes teorias do currículo
se diferenciam, inclusive, pela ênfase que dão à natureza da
aprendizagem, do conhecimento, da cultura, da sociedade, enfim,
à natureza humana. Considerando as teorias citadas, relacione as
adequadamente com suas respectivas características.

1. Teoria Tradicional.

2. Teoria crítica.

3. Teoria pós-crítica.

( ) As relações de gênero constituem um dos enfoques mais


presentes nesta teoria, que questionam, não apenas as
desigualdades de classes sociais.

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( ) Preocupam-se em desenvolver conceitos que permitem


compreender, com base em uma análise marxista, o que o
currículo faz. No desenvolvimento desses conceitos, existe uma
ligação entre educação e ideologia.

( ) Procura ser científica e objetiva, tendo como principal foco


identificar os objetivos da educação escolarizada, formar o
trabalhador especializado ou proporcionar à população uma
educação geral, acadêmica.

( ) Esta teoria faz análise do currículo multiculturalista que


destaca a diversidade das formas culturais do mundo
contemporâneo. O multiculturalismo, mesmo sendo considerado
estudo da antropologia, mostra que nenhuma cultura pode ser
julgada superior a outra.

( ) A tarefa dos especialistas em currículo, nesta teoria,


consiste em fazer um levantamento das habilidades, em
desenvolver currículos que permitam que essas habilidades
fossem desenvolvidas e, finalmente, em planejar e elaborar
instrumentos de medição para dizer com precisão se elas foram
aprendidas.

( ) As bases desta teoria são estudos sociológicos, filosóficos e


antropológicos, sendo as ideias de Marx bastante marcantes. A
partir dessas ideias, o currículo passou a ser um espaço de poder,
um meio pelo qual é reproduzida e mantida uma ideologia
dominante, podendo também ser um espaço de construção, de
libertação e de autonomia.

A sequência está correta em

a) 2, 1, 3, 1, 2, 3.

b) 3, 2, 1, 3, 1, 2.

c) 1, 3, 1, 2, 1, 3.

d) 3, 2, 2, 1, 1, 1.

FCC 2015 – Pedagogo – DPE-SP

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21) Numa concepção de educação tecnicista, o currículo escolar é


visto como um

a) local de vivências e aprendizagem de conhecimentos advindos


da experiência de vida dos alunos.

b) conjunto de conhecimentos científicos direcionados a uma


educação voltada à formação integral da personalidade.

c) arranjo centrado em disciplinas, conteúdos e áreas de estudo


voltados ao desenvolvimento da inteligência e à capacidade
reflexiva do aluno.

d) instrumento para educar o indivíduo segundo suas


potencialidades e aptidões, introduzindo os alunos em uma
sequência eficiente de conhecimentos.

e) planejamento de atividades que leva em conta os interesses e


conhecimentos prévios dos alunos na aprendizagem.

NC-UFPR 2017 – Técnico em Assuntos Educacionais – UFPR

22) Sobre a concepção de currículo de acordo com a perspectiva


crítico-emancipatória, assinale a alternativa correta.

a) Toma como base teórica de sustentação a concepção de


educação bancária, elaborada e difundida por Paulo Freire.

b) São eixos norteadores na construção de propostas curriculares


o conhecimento, a consciência crítica da realidade e a prática
dialógica.

c) É um conjunto de informações que deve ser oferecido aos


estudantes, contido em programas organizados por gestores(as)
e/ou professores(as).

d) Considera a cultura erudita como central, tendo em vista que


ela permite a elaboração de uma consciência crítica sobre a
realidade.

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e) Os temas geradores, elementos centrais nessa perspectiva,


partem da política curricular definida pelo Estado e devem
basear-se nos conteúdos programáticos dos currículos.

IF-SC 2015 – Professor - Administração – IF-SC

23) Leia o texto.

“Isto é um currículo: um ser falante, como nós, efeito e derivado


da linguagem […] Um ser sem coerência e sem profundidade.
Que experimenta razões fracionadas, construídas ao redor de
pedaços de falas de cada um. Que pode (pode?) ser qualquer
coisa, em qualquer momento. Que não sabe mais para onde vai,
mas que mesmo assim, continua em frente, querendo saber das
condições históricas e políticas, que produzem as verdades
linguajeiras de um currículo" (CORAZZA, 2002, p.14).

Assinale a alternativa que indica a concepção de currículo


destacada pelo texto acima.

a) Currículo progressista

b) Currículo pós-estruturalista

c) Currículo crítico

d) Currículo por competências

e) Currículo multiculturalista

IF-SP 2015 – Professor – Educação Física – IF-SP

24) De acordo com Gimeno Sacristán (1998):

a) O currículo representa a listagem de conteúdos a serem


ensinados na escola.

b) Existe uma correspondência total entre o que é saber externo


que potencialmente pode ser transmitido e a elaboração que se
faz dos saberes contidos no currículo.

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c) Livros-textos, guias didáticos ou materiais diversos não


integram o currículo.

d) O papel do professor é o de aplicar o currículo elaborado em


outras instâncias.

e) Ao lado do currículo que se diz estar desenvolvendo, existe


outro que funciona subterraneamente, denominado oculto.

IF-SP 2015 – Professor – Educação Física – IF-SP

25) Levando-se em conta as correntes modernas sobre currículo,


elencadas no livro “Documentos de identidade:uma introdução às
teorias do currículo", de Tomaz Tadeu da Silva, pode-se inferir
que:

I. O currículo é neutro e o que se ensina na escola é o


conhecimento historicamente necessário para a formação de
cidadãos para o mercado de trabalho.

II. A escola não produz novo conhecimento, mas transforma o


conhecimento científico em conhecimento escolar.

III. O currículo cria relações de poder.

IV. Na concepção crítica, o currículo é construído no desenvolver


das relações, ele produz e contesta cultura.

São corretas somente as afirmativas:

a) III e IV.

b) I e III.

c) II e IV

d) II e III

e) I e IV

IF-SP 2015 – Professor – Pedagogia – IF-SP

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26) De acordo com Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) há pelo


menos três tipos de manifestações de currículo, a saber: formal,
real e oculto.

1 - Currículo Formal
2 - Currículo Real
3 - Currículo Oculto

( ) é aquele que recebe influências que afetam a aprendizagem


dos alunos e o trabalho dos professores e são provenientes da
experiência cultural, dos valores e dos significados trazidos de
seu meio social de origem e vivenciados no ambiente escolar.

( ) é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino, expresso em


diretrizes curriculares, nos objetivos e nos conteúdos das áreas
ou disciplinas de estudo.

( ) é aquele que, de fato, acontece na sala de aula, em


decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta,


relacionando a primeira coluna com a segunda.

a) 3; 1; 2

b) 3; 2; 1.

c) 2; 3; 1

d) 1; 2; 3.

e) 2; 1; 3.

IESES 2015 – Pedagogia – IFC-SC


27) No que diz respeito à teoria crítica e suas contribuições para
a construção do currículo, marque V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas:

( ) A perspectiva crítica de currículo faz uma profunda crítica às


bases do pensamento de organização curricular clássica.

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( ) Na perspectiva crítica de currículo, as disciplinas são


organizadas de forma isolada, inscritas numa grade curricular.

( ) Na perspectiva crítica de currículo, há um questionamento


político do papel da educação na sociedade.

( ) Na perspectiva crítica de currículo, os objetivos e conteúdos


são definidos e os professores limitam-se a segui-los.

A sequência correta é:

a) V, F, V, F.
b) V, F, V, V.
c) V, V, V, F.
d) F, F, V, F.

IESES 2015 – Pedagogia – IFC-SC


28) Tomando por base o histórico de currículo como campo do
saber, assinale a alternativa correta:

a) Do seu surgimento até a década de 1970, o currículo constituiu


um corpo teórico considerado como as teorias críticas do
currículo.

b) A partir dos anos 1990 até o momento vigente, este campo


vem sendo fortemente marcado pela pós modernidade, ou seja,
pelas teorias pós críticas do currículo.

c) Para se contrapor ao modelo crítico, emergem nos anos 70 as


teorias tradicionais de currículo.

d) Na década de 1970 até o início dos anos 90 o campo foi


caracterizado pelas teorias pós críticas.

FCC 2015 – Pedagogo – DPE-SP

29) Os teóricos críticos entendem o currículo como

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a) experiências escolares que se desdobram em torno do


conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para
a construção das identidades dos estudantes.

b) organização do ensino por meio de uma grade de conteúdos,


na qual de define a quantidade de aulas por disciplinas para cada
ano de ensino.

c) planos pedagógicos elaborados pelos professores da unidade


escolar, em concordância com as determinações da secretaria da
educação.

d) conjunto de objetivos a serem alcançados no final do ano, por


meio de conteúdos a serem ensinados e aprendidos durante o
processo de ensino.

e) projeto político pedagógico elaborado pelas escolas, com a


colaboração dos professores e de especialistas de ensino e
aprovado pelos órgãos regionais de educação.

IBADE 2016 – PROFESSOR CLASSE C - SOCIOLOGIA – SEDUC-RO

30) Sobre rotina e gestão da sala de aula, leia as afirmativas a


seguir.

I. No trabalho pedagógico diário, o professor precisa gerir o uso


do tempo em sala de aula direcionado para aprendizagem.

II. As situações no relacionamento com seus alunos, ou mesmo


entre eles, podem comprometer o ambiente ou o empenho
coletivo no processo de ensino-aprendizagem.

III. Os saberes experienciais surgem como núcleo vital do saber


docente, núcleo a partir do qual os professores tentam
transformar suas relações de exterioridade com os saberes em
relações de interioridade com sua própria prática.

IV. A existência de uma pluralidade de saberes docentes


possibilita a formação ou a existência de um único padrão de
práticas docentes que viabilizem o sucesso na aprendizagem.

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Está correto apenas o que se afirma em:

a) I e IV.

b) II, III e IV.

c) I e III.

d) I, II e III.

e) II e III.

IDHTEC 2016 – PEDAGOGO – PREFEITURA DE ITAQUITINGA -PE

31) De acordo com Libâneo, a didática trata dos objetivos,


condições e meios de realização do processo de ensino, unindo
meios pedagógico-didáticos a objetivos sócio-políticos. Neste
sentido,

a) Os conteúdos devem ser trabalhados de forma acrítica e


inflexível para não intervir no produto.

b) O ensino deve ser planejado a partir de propósitos claros


sobre a sua finalidade, tendo em vista que os alunos estão sendo
preparados para viverem em sociedade.

c) As questões de ordem social sempre prevalecem sobre as de


ordem pedagógica.

d) Os planejamentos indicam a necessidade de serem neutros e


escolarizados.

e) Os estudantes são vistos enquanto seres passivos, daí porque


a facilidade de aprendizagem.

UNA Concursos 2015 – PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL – ARTES


– PREFEITURA DE FLORES DA CUNHA - RS

32) O objetivo da escola e do professor é formar pessoas


inteligentes, aptas para desenvolver ao máximo possível suas
capacidades mentais, seja nas tarefas escolares, seja na vida
prática através do estudo das matérias de ensino. Sobre a
atividade de estudo e o desenvolvimento intelectual. Assinale a
afirmação incorreta de acordo com Libâneo:

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a) O trabalho de planejar as aulas, traçar objetivos, explicar a


matéria, escolher métodos e procedimentos didáticos, dar tarefas
e exercícios, controlar e avaliar o progresso dos alunos destina-
se, acima de tudo, a fazer progredir as capacidades intelectuais
dos educandos.

b) É necessário que o professor domine profundamente o


conteúdo da matéria. Não é suficiente saber o que diz o livro
didático. É conveniente ter outros livros à mão, estar atualizado
com o noticiário, conhecer as características de vida das crianças.

c) Para desenvolver o pensamento independente e criativo é


suficiente o conhecimento do tema, não é necessário o ensino de
habilidades e capacidades, isto é, os métodos de adquirir e
aplicar os conhecimentos.

d) O ensino das matérias e o desenvolvimento das capacidades


cognoscitivas dos alunos devem ir possibilitando a formação da
atitude crítica e criadora frente à realidade e ao cotidiano da vida
social.

PREFEITURA DE BETIM – MG 2015 – PROFESSOR PII DE EDUCAÇÃO


FÍSICA – PREFEITURA DE BETIM – MG

33) Na seleção dos conteúdos complementares, no sentido de


atender às necessidades e aos interesses dos alunos, devem ser
considerados os elementos da realidade escolar como as

a) características locais em que a escola está inserida,


subordinadas ao conhecimento do professor.

b) condições da escola e as características de seu interior,


voltadas para o saber do professor.

c) condições da escola e as características locais e regionais da


comunidade onde está inserida.

d) características regionais em que a escola está inserida, com


vistas às competições esportivas.

COTEC 2015 – PEDAGOGO - PREFEITURA DE UNAÍ – MG

34) “Por mais que o professor, os companheiros de classe e os


materiais didáticos possam, e devam contribuir para que a

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aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do


próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os
conteúdos da aprendizagem. É ele quem modifica, enriquece e,
portanto, constrói novos e mais potentes instrumentos de ação e
interpretação."

Considerada essa perspectiva teórica do autor,


é CORRETO afirmar:

a) A aprendizagem significativa depende predominantemente do


ensino.
==0==

b) A aprendizagem significativa somente é possível quando o


material de aprendizagem não é potencialmente significativo.

c) O conhecimento se desenvolve por assimilação quando o


aprendiz não consegue dar significado ao objeto da
aprendizagem.

d) Uma aprendizagem significativa necessita, primordialmente,


da ação do aprendiz.

FUNDEP 2014 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EUCACIONAIS - IF-SP

35)Considerando-se as reflexões de Coll (1994) sobre a


aprendizagem significativa e os conteúdos escolares, é incorreto
afirmar que:

a) o aluno é o responsável final da aprendizagem, uma vez que


constrói o seu conhecimento, dando sentido e significado aos
conteúdos do ensino.

b) cabe ao professor determinar, com sua atuação, com o seu


ensino, que as atividades realizadas pelos alunos propiciem um
maior ou menor grau de amplitude e profundidade dos
significados construídos e assumir a responsabilidade de orientar
essa construção numa certa direção.

c) na construção progressiva de significados compartilhados, o


professor e o aluno têm papéis iguais.

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d) os significados que os alunos constroem no decorrer das


atividades escolares correspondem a conteúdos que, em sua
maioria, são criações culturais.

CESPE 2013 – PROFESSOR - SEE-AL

36) No que se refere à sequência didática, julgue o item


subsecutivo.

Os conteúdos de aprendizagem, inseridos na sequência didática,


não explicitam ou abrangem as dimensões conceituais,
procedimentais e atitudinais.

CESPE 2013 – PROFESSOR - SEE-AL

37) No que se refere à sequência didática, julgue o item


subsecutivo.

As intenções educacionais na definição de conteúdos devem ser


desconsideradas para a sequência didática.

CESPE 2013 – PROFESSOR - SEE-AL

38) Com relação à formulação dos objetivos educacionais, julgue


o próximo item.

Os objetivos específicos devem se referir a conhecimentos de


fatos específicos em detrimento dos processos mentais
superiores.

CESPE 2013 – PEDAGOGO - UNIPAMPA

39) A respeito dos objetivos e conteúdos de ensino, julgue o


próximo item.

Uma definição clássica dos objetivos de ensino os agrupa em três


áreas: objetivos cognitivos, afetivos e psicomotores.

CESPE 2013 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS –


UNIPAMPA

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40) Em relação aos paradigmas da educação e aos objetivos e


conteúdos do ensino e da aprendizagem, julgue o item seguinte.

A organização sequencial de conteúdos obedece a duas


dimensões: a vertical, relacionada ao nível de complexidade dos
temas, e a horizontal, relacionada aos diferentes campos do
conhecimento humano.

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1 A 11 A 21 D 31 B

2 B 12 E 22 B 32 C

3 C 13 D 23 B 33 C

4 A 14 B 24 E 34 D

5 A 15 C 25 A 35 C

6 C 16 A 26 A 36 Errado

7 A 17 A 27 A 37 Errado

8 Certo 18 C 28 B 38 Errado

9 Errado 19 E 29 A 39 Certo

10 D 20 B 30 D 40 Certo

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Principais fontes:

LOPES, Alice Casimiro. Teorias de currículo. 1ªed. São Paulo : Cortez, 2013.

SACRISTÁN, José Gimeno. Currículo: Uma Reflexão Sobre a Prática. 3ª ed. Porto
Alegre: ArtMed, 1998.

Silva, T. T. da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do


currículo. 2a. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
LOPES, Alice Casimiro. Teorias de currículo. 1ªed. São Paulo : Cortez, 2013.

www.infoescola.com/educacao/teorias-do-curriculo/

http://concepcaodeorganizazaocurricular.blogspot.com.br/

SANTOS, B. L.; MACHADO, L. C. O currículo: teoria, história e prática docente.


(artigo)

MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. Currículo: Políticas e práticas. Papirus Editora,


2000.

GADOTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. Editora Ática: São Paulo, 2003.

TAFNER, Malcon, Msc. A construção do conhecimento segundo Piaget. Artigo:


www.cerebromente.org.br.

JÓFILI, Zélia. Piaget, Vigotsky, Freire e a construção do conhecimento na escola.


Educação: teorias e práticas. Ano 2, nº 2. Dezembro de 2002. Artigo:
www.maxwell.vrac.puc-rio.br .

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=172
37-secadi-documento-subsidiario-2015&Itemid=30192

http://planalto.gov.br (Leis e decretos)

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aescola.pdf

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf

LIBÂNEO, José Carlos. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA: teoria e prática.


Goiânia: Ed. Alternativa, 2004.

https://rcolacique.files.wordpress.com/2010/08/didc3a1tica-texto6.pdf

http://portal.mec.gov.br/busca-geral/379-noticias/educacao-integral-
1444911421/15452-especialistas-apontam-desafios-de-uma-escola-contemporanea

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https://www.significados.com.br/

SILVA, Davi Guimarães da. RESENHA CRÍTICA DO TEXTO “CURRÍCULO,


CONHECIMENTO E CULTURA”, DE Antônio Flávio Barbosa Moreira e Vera
Maria Candau. Disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/resenha-critica-
do-texto-curriculo-conhecimento-e-cultura-de-antonio-flavio-barbosa-moreira-e-vera-
maria-candau/149531#ixzz5AcT76q8X

MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa; CANDAU, Vera Maria. Indagações sobre


currículo: currículo, conhecimento e cultura. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag3.pdf

Em caso de dúvidas:

Aguardo-lhe na próxima aula.

Bons estudos!

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