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PROVA DE CARGA ESTÁTICA EM

ESTACAS DE FUNDAÇÃO - PCE

Assunto:

Procedimento para Execução de Serviço

Data Emissão:

26/10/2018
Data Emissão: Pág.:
PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇO
26/10/2018 1/18

Prova de Carga Estática em Estacas de Elaboração: Rev.:

Fundação - PCE P. Cavalheiro 00

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................... 2

2. NORMAS DE REFERÊNCIA .............................................................. 2

3. QUANTIDADE DE PROVAS DE CARGA .............................................. 2

4. PROCEDIMENTOS ......................................................................... 4

4.1 Sistema de Reação ................................................................... 5

4.2 Bloco de Coroamento ................................................................ 5

4.3 Montagem do Ensaio ................................................................ 5

4.4 Cobertura de Proteção .............................................................. 6

4.5 Isolamento do Local ................................................................. 6

5. CARREGAMENTOS ........................................................................ 7

5.1 Carregamento Lento ................................................................. 7

5.2 Carregamento Rápido ............................................................... 7

5.3 Carregamento Misto ................................................................. 8

6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................ 8

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(011) 3441-1878 – www.cedroeng.com.br

É PROIBIDA A REPRODUÇÃO, TOTAL OU PARCIAL, DESTE DOCUMENTO.


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1. INTRODUÇÃO

Este procedimento tem por objetivo descrever o método de execução de prova


de carga estática em estacas, visando o fornecimento de elementos para
avaliar seu comportamento e estimar suas características de capacidade de
carga, através da aplicação de esforços estáticos e do registro de
deslocamentos correspondentes.

2. NORMAS DE REFERÊNCIA

 ABNT – NBR 6.122:2010 – Projeto e execução de fundações;


 ABNT – NBR 12.131:2006 – Estacas – Prova de carga estática – Método
de ensaio.

3. QUANTIDADE DE PROVAS DE CARGA

De acordo com a norma NBR 6122:2010, é obrigatória a execução de Provas


de Carga Estática em, no mínimo, 1% das estacas da obra, para os seguintes
casos:
 Tensão admissível superior aos valores da coluna A (Tabela 1), ou;
 Número total de estacas superior aos valores da coluna B (Tabela 1).

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Tabela 1. Critérios para realização de Provas de Carga (fonte: NBR 6122:2010)


A B
Tensão (admissível) máxima abaixo Número total de estacas da obra a
da qual não serão obrigatórias partir do qual serão obrigatórias
Tipo de Estaca provas de carga desde que o provas de carga
número de estacas da obra seja
inferior à coluna (B), em MPa

Pré-moldada 7,0 100


Madeira - 100
Aço 0,5.fyk 100
Hélice e hélice de
5,0 100
deslocamento
Estacas escavadas
com ou sem fluido 5,0 75
Ф≥70 cm

Raiz 15,5 75
Microestac a 15,5 75
Trado segmentado 5,0 50
Franki 7,0 100

Escavadas sem fluido


4,0 100
Ф<70 cm

Strauss 4,0 100

Os critérios acima são válidos para os casos indicados abaixo:


 Áreas onde haja experiência prévia com o tipo de estaca empregado;
 Onde não houver peculiaridades geológico-geotécnicas;
 Quando não houver variação do processo executivo padrão;
 Quando não houver dúvida quanto ao desempenho das estacas.

Caso estas condições não sejam atendidas, devem ser realizadas Provas de
Carga Estática em pelo menos 1% das estacas, independente do número de
estacas.

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4. PROCEDIMENTOS

O ensaio consiste na aplicação de cargas crescentes sobre uma estaca, por


meio de macaco hidráulico, reagindo contra um sistema de reação. A figura a
seguir apresenta, de forma esquemática, a montagem convencional do
ensaio.

Figura 1. Montagem de Prova de Carga estática.

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4.1 Sistema de Reação

As estacas de reação (ou tirantes) devem ser executadas em número


suficiente para garantir que conjunto permaneça estável sob as cargas
máximas do ensaio, devendo ser projetadas de forma a garantir uma
capacidade de carga a tração ao menos 1,5 vez maior do que a máxima carga
de ensaio.

A distância entre os eixos das estacas de reação e da estaca a ser ensaiada


deve ser de pelo menos 3,0 vezes o diâmetro da estaca ou, ao menos, 1,5 m.

Durante a concretagem das estacas deve-se ancorar as barras roscadas até a


ponta da estaca, garantindo um comprimento livre de, no mínimo, 3,0 m
acima do terreno.

4.2 Bloco de Coroamento

A execução do bloco de concreto armado na cabeça da estaca deve seguir as


especificações apresentadas no Anexo A. Todo o controle de fôrma, armação
e concreto é de responsabilidade exclusiva da contratante.

4.3 Montagem do Ensaio

A montagem do ensaio é realizada seguindo a seguinte sequência:


• Posicionamento do macaco hidráulico, com capacidade pelo menos
10% superior ao máximo carregamento do ensaio;
• Posicionamento das vigas de reação com apoio de caminhão
munck/guindaste, para posterior travamento do sistema (chapas e
porcas);

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• Instalação do sistema de medição composto por 4 deflectômetros


fixados em vigas de referência, cujos apoios deverão ter, no mínimo,
5 diâmetros da estaca ou 1,5 m.

Figura 2. Macaco Hidráulico Figura 3. Base magnética e


Deflectômetro (prec. 0,01mm)

4.4 Cobertura de Proteção

Deverá ser prevista cobertura de proteção, a fim de garantir que o ensaio seja
realizado sem interrupções. A montagem da cobertura é de responsabilidade
da CONTRATANTE.

4.5 Isolamento do Local

O local do ensaio deve ser isolado em um raio mínimo de 50 m para a


movimentação de máquinas de grande porte ou equipamentos que possam
gerar qualquer vibração no terreno.

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5. CARREGAMENTOS

A norma vigente permite que sejam adotados diferentes tipos de


carregamento (lento, rápido ou misto), devendo ser definido pela Projetista.

5.1 Carregamento Lento

As provas de carga com carregamento lento devem seguir as seguintes


regras:
• Para cada estágio de carregamento (não superiores a 20% da carga
nominal da estaca), os recalques serão lidos nos seguintes intervalos:
0, 2, 4, 8, 15 e 30 minutos.
• Só será aplicado novo acréscimo de carga depois de verificada a
estabilização dos recalques (até 5% do recalque total medido no
estágio, entre leituras sucessivas);
• A carga máxima alcançada no ensaio, caso não se vá até a ruptura,
deverá ser mantida por pelo menos 12 horas;
• O descarregamento deverá ser feito em estágios não superiores a
25% da carga total do ensaio, com pelo menos 15 minutos por
estágio.

5.2 Carregamento Rápido

O carregamento deve ser executado em estágios iguais e sucessivos,


observando-se que:
• A carga aplicada em cada estágio não deve ser superior a 10% da
carga nominal prevista para estaca ensaiada;

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• Em cada estágio a carga deve ser mantida durante 10 min,


independentemente da estabilização dos deslocamentos, com
leituras no início e término do estágio;
• Atingida a carga máxima do ensaio, devem ser feitas cinco leituras:
10, 30, 60, 90 e 120 min;
• A seguir procede-se o descarregamento, que deve ser feito em 5 ou
mais estágios, cada um mantido por 10 min, com leitura dos
respectivos deslocamentos;
• Após 10 min do descarregamento total, devem ser feitas mais duas
leituras adicionais aos 30 min e 60 min.

5.3 Carregamento Misto

O ensaio com carregamento Misto (lento, seguido de rápido) deve ser


realizado com carregamento lento até a carga de 1,2 vezes a carga nominal
da estaca e em seguida executar o ensaio com carregamento rápido até a
carga de ensaio.

6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Os resultados são apresentados em relatório específico, devendo conter as


seguintes informações:
• Características e locação da estaca ensaiada;
• Detalhes dos procedimentos adotados no ensaio;
• Leituras carga x recalque de todos os estágios;
• Indicação de ocorrências (perturbação nos dispositivos de medição,
vibração, etc.)
• Gráfico carga x recalque;
• Considerações gerais e conclusão

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ANEXO I
Projetos do bloco de coroamento

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