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BR PETROBRAS EQUIPAMENTOS
Este trabalho foi preparado para apresentação no I SEMINÁRIO E&P DE MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS, realizado pela
PETROBRÁS - Petróleo Brasileiro S.A., de 20 a 22 de março de 2002, em Salvador, sob a coordenação da UNIVERSIDADE CORPORATIVA /
NÚCLEO BAHIA, do E&P-CORP/ENGP e do UN-BA. Seu conteúdo está sujeito a correções pelo(s) autor(es) a qualquer tempo. Os conceitos
apresentados e as análises e opiniões emitidas não refletem necessariamente o pensamento da comissão organizadora do evento, sendo de
responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). É permitida a cópia de um resumo de, no máximo, 300 palavras. As ilustrações não podem ser
copiadas ou reproduzidas sem autorização prévia.
2) Introdução
Com a emissão , em 1984, da norma Petrobras
N-1930 (Inspeção em Serviço de Guindastes
Offshore), além da regulamentação formal da
atividade de inspeção do equipamento em
questão, ficou também estabelecida a
obrigatoriedade de realização periódica, em
situações relevantes, de testes de carga nos
guindastes instalados nas unidades offshore da
empresa. No ano anterior, 1983, já havia iniciado
suas atividades um grupo, criado dentro do Setor
de Inspeção de Equipamentos da RPSE
(RPSE/SEIEQ), direcionado prioritariamente para o
desenvolvimento da atividade de inspeção de
guindastes offshore. Por se tratar de uma atividade
inédita na empresa, a atividade não teve outra
alternativa, se não a de buscar a criação da sua
própria experiência pelo cumprimento do contexto
O primeiro teste realizado pelo RPSE/SEIEQ
2 I Seminário E&P de Manutenção e Inspeção de Equipamentos
Conclusão
A observância dos pontos aqui expostos, aliados à
competência técnica e ao bom senso dos
profissionais responsáveis pela manutenção do
equipamento e pelo planejamento/execução dos
testes de carga em guindastes, permitirão
minimizar os riscos operacionais em quaisquer
situações e obter, de forma natural, os resultados
desejados. O sucesso final de eventos dessa
natureza é alcançado pelo somatório de pequenos
outros sucessos obtidos com competência e
profissionalismo.
O órgão de inspeção (responsável pelo teste de
carga) tem a sua atuação direcionada para o apoio
logístico da Unidade, porém, tem também o dever
de atuar buscando a segurança operacional que
Figura 3-Guindaste Liebherr BOS 50/1800 da P-20 também garanta o bom desempenho da Unidade.
Este teste se constitui uma referência para a Por isso, é inadmissível que assuma posturas
UNBC por se tratar do primeiro a utilizar um passivas diante de atitudes decorrentes de
conjunto de duas bolsas de teste para compor a desconhecimento técnico, negligência ou omissão.
carga necessária de 55 Ton . O seu planejamento A engenharia da atividade deve se manter em
e execução procurou observar todos os conceitos constante desenvolvimento, buscando sempre
aqui preconizados, e pode-se com isso, mais uma novos recursos que permitam avaliações cada vez
vez, comprovar a sua coerência. mais precisas, de modo a poder fornecer suporte
Durante as primeiras tentativas de realização do técnico convincente aos órgãos operacionais.
teste de carga, o guindaste em questão, após ter
sido submetido a um longo conjunto de
intervenções destinadas a capacitá-lo ao evento,
apresentou um comportamento inesperado. Os
problemas concentraram-se na sua incapacidade
em içar a lança com cargas menores que a
máxima admissível para aquele determinado
ângulo de lança. Nesta condição de carregamento,
a pressão do sistema hidráulico, inexplicavelmente,
ultrapassava a pressão nominal de operação
estabelecida nos manuais. Com a realização de
testes complementares e a verificação mais
detalhada da documentação original do guindaste
(gerada 20 anos antes), concluiu-se que a
capacidade retratada pela tabela de carga adotada
no momento, encontrava-se acima da capacidade
nominal do equipamento.
O estudo para o estabelecimento da tabela de
carga adequada ao guindaste foi realizado em
conjunto pelas equipes do ST/EMI e da Unidade P-
20. Para isso foram avaliados, através de modelos
matemáticos desenvolvidos pela equipe do
ST/EMI, os esforços atuantes na sustentação da
lança em todos os pontos da tabela de carga. Para
a calibração das funções de segurança do
guindaste (sistema PAT de monitoração de
cargas), que intervêm nas operações quando
ultrapassados certos limites de carregamento, foi
mais uma vez necessária a utilização dos modelos
matemáticos para identificação dos valores
referenciais de esforços a serem inseridos no
sistema de monitoração. Tais valores seriam
comparados com os valores lidos pelo sensor de