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Nepaleses em Portugal
Branco, Inês (2012). A língua portuguesa e os média na integração de imigrantes nepaleses em Portugal. Anuário
Internacional de Comunicação Lusófona, Edição 10, Coordenação Lusocom/Agacom, Pág. 133-147, ISSN 1807-
9474. http://www.lusocom.org/pt/livro/109
Resumo
cultura de destino.
Tendo por base o modelo teórico dos Usos e Gratificações dos média (Katz,
Língua Portuguesa.
Introdução
As razões que levam alguém a migrar podem ser de vária ordem, mas comum a
todos os migrantes é o desejo de encontrar noutro local uma vida melhor. Porém, esta
1
viagem entre um país e outro não se faz sem traumas. A experiência de migração pode
ser uma das mais difíceis pelas quais o ser humano pode passar. Na nova sociedade,
procura adaptar-se a novos hábitos culturais, mas procura igualmente manter os laços
com a cultura de origem. É neste equilíbrio que um imigrante vai construindo a sua
identidade.
integração de imigrantes?
conclusões
Portugal atravessou, nas últimas décadas, uma mudança quanto aos seus saldos
continue a ser um país de emigrantes, tornou-se também num país de imigrantes. Nos
2
anos setenta e oitenta a imigração era constituída, essencialmente, por indivíduos dos
Tejo, constituídas, na sua maioria, por adultos em idade activa, ainda com poucas
entre um total de 46, desde 2006. Como se pode verificar, contraria a actual tendência
uzbequistanesa e a nepalesa.
Evolução
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2006/2011
China 10.167 10.448 13.331 14.396 15.699 16.785 65,09%
Índia 3.785 4.104 5.519 5.782 5.271 5.384 42,25%
Paquistão 2.205 2.371 2.736 2.698 2.604 2.474 12,20%
Bangladesh 1.090 1.180 1.577 1.346 1.007 1.149 5,41%
Nepal 285 302 560 685 797 1.145 301,75%
Uzbequistão 503 562 851 951 1.075 1.104 119,48%
Geórgia 830 868 1.128 1.172 1.098 1.040 25,30%
Tailândia 126 134 278 455 722 922 631,75%
Cazaquistão 638 596 740 748 740 704 10,34%
Japão 956 938 383 377 368 385 -59,73%
Irão 611 624 177 215 261 339 -44,52%
3
Fonte: (SEFSTAT, 2012)
Esta última possui actualmente 1.145 indivíduos (770 homens e 375 mulheres).
2. INTEGRAÇÃO
(Gordon, 1964). Esta visão tinha por base a existência de um Estado-nação forte e coeso
já estava estabelecida à partida e que quem ali chegasse teria de se adaptar, adoptando
vários estudos empíricos que demonstraram que, ao contrário da ideia linear de que a
4
integração implicava perda de identidade étnica, existiam grupos de imigrantes capazes
Mirotshnik, 2008; Pires S., 2009; Rosales, Jesus & Parra, 2009). O factor tempo passou
conta.
dos imigrantes, da diluição dos seus traços culturais na sociedade maioritária, a uma a
famílias, comunidades e tradições, para lá das fronteiras do país para onde migram.
& Anderson, 2008; Mapril, 2009) têm fornecido provas de que, longe de cortar laços,
muitos imigrantes mantêm um contacto muito próximo com a família e amigos que
5
Neste âmbito, as questões de identidade são de vital importância para pessoas
por co-nacionais a viverem noutros países, que provavelmente nunca se vão encontrar,
mas em cujas mentes vive a imagem de uma comunhão entre si, construída com base na
Portugal, assumindo que mantém ligações ao país de origem, mas que procura integrar-
sinónimo de língua estrangeira - a língua que a pessoa está a aprender, por oposição à
6
Língua Materna (L1), sendo ainda sinónimo de uma língua para falantes de outras
línguas.
Língua é a língua que cronologicamente se aprende em segundo lugar. Para não gerar
confusão, optamos, à semelhança do que já foi feito em outros estudos (Oliveira &
o grupo alvo deste estudo, este termo cobre melhor o conjunto de ligações que possuem
com a Língua Portuguesa. Esta não é a segunda língua que aprendem, mas sim, na
maioria dos casos, a quarta: em primeiro lugar aprendem a língua materna - a da sua
região; em segundo lugar aprendem a língua oficial do seu país – o Nepali; depois vem
a outra língua oficial - o Inglês; e só depois, caso Portugal tenha sido o seu primeiro
prioritário para a integração de imigrantes, patente nas políticas de imigração que têm
documentos oficiais. No primeiro Plano para a Integração dos Imigrantes - PII (DR,
valorização do ensino do Português como língua não materna. Este plano esteve em
vigor entre 2007 e 2009. Neste momento está já a decorrer o período de acção do
segundo PII, que vigorará até ao final de 2013 (ACIDI, FEINPT & PCM, 2010).
7
Mas, se por um lado o Estado português cria medidas para promover a
portuguesa. De acordo com a Lei da Nacionalidade (DR, 2006), nos termos do disposto
lado o Estado parece querer fomentar a aprendizagem da língua, por outro, dificulta o
integração. Stuart Hall (2003) na área dos Estudos Culturais refere-se à língua enquanto
acolhimento, para que a possa perceber. Cada um desses símbolos actua como uma
linguagem – como uma prática simbólica que atribui significado ou expressão à ideia de
recebida, para dialogar com a nova cultura o imigrante tem de conseguir utilizar o
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sentimentos acerca do mundo envolvente. No processo de integração, para que possa
acolhimento como os que nela pretendem viver têm de agir com base num esforço
participantes na sua troca têm de ser capazes de utilizar o mesmo código linguístico.
Posto de outra maneira, têm de falar a mesma língua. Língua, nesta concepção, não se
limita a, por exemplo, saber falar Português, mas também a conseguir interpretar
linguístico é uma forma de capital social, entendido este como o conjunto dos recursos,
reais ou potenciais, que estão ligados à posse de uma rede durável de relações mais ou
formas de capital social, não apenas o capital económico no seu sentido literal
características dos contextos sociais, ou campos como Bourdieu lhes chama, é a forma
como estes deixam que uma forma de capital possa ser convertida numa outra – por
exemplo, a forma como determinado tipo de qualificações educacionais podem ser tidas
9
Ao desenvolver uma abordagem em relação à língua e ao intercâmbio
linguístico, Bourdieu (1991) elabora e aplica as ideias que compõem a sua teoria da
prática. Segundo esta, as expressões linguísticas são formas de prática e são sempre
determinado mercado linguístico, alguns produtos linguísticos são mais valorizados que
outros e parte da competência prática dos falantes é saber como produzir (e ter a
possuem. Quanto maior for o seu capital linguístico, mais habilitado um indivíduo está
capital de distinção.
Assim, com base no que diz Bourdieu, concluímos que o saber a língua de
outro tipo de linguagens culturais, ou seja, o acesso a outros tipos de capital, como o
capital simbólico. Mas, mais do que isto, segundo Bourdieu, a detenção de capital
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língua, especialmente quando se a domina na totalidade, possibilita o acesso a melhores
empregos, a relações sociais com outros cidadãos e, portanto, a capital financeiro, social
e de distinção. Mas, de novo surge uma questão: as condições específicas que estes
espaço público inclusivo. Nesta ideia está implícita a existência de cidadãos activos, que
exerçam os seus direitos, mas para nele participar, é necessário o conhecimento de uma
todos. Assim, o espaço público é concebido por Habermas como um espaço social
dos sujeitos nas decisões e condições iguais de acesso aos espaços de deliberação, aos
bens materiais e imateriais que nele circulam, sem intervenção de interesses económicos
Resumindo, para responder à questão, o que Habermas nos diz é que é preciso
saber a língua para ter acesso ao espaço público e que o saber falá-la coloca os
igualdade, os interesses económicos também poderão pôr em causa o livre acesso dos
no acesso aos bens materiais e imateriais da sociedade de acolhimento? Até que ponto
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pretensioso assumir que estas medidas colmatam as necessidades e, como tal, é
será uma necessidade que possuem para que, através do capital linguístico, prosperem
na conquista de capital social? Como poderão estes imigrantes aumentar o seu capital
considerada um dos processos mais difíceis que o ser humano pode atravessar na vida,
factor, cuja influência se pode dar em duas vertentes: no ajuste à nova sociedade e na
trabalhos de Elias & Lemish (2006, 2008 e 2011), Burrell & Anderson (2008), Tsatsou,
Stafford, Higgs, Fry & Berry (2011), Wood & King (2001) e, em Portugal, Férin da
Segundo Elias e Lemish (2008) a exposição dos imigrantes aos média do país de
consumo destes média tendem a adaptar-se mais rapidamente à cultura de destino. Por
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outro lado, utilizam-nos, muitas vezes, como ferramenta para aquisição de competências
Num estudo sobre os papéis dos média na vida de jovens imigrantes oriundos da
salientaram as funções dos média para o domínio da língua de acolhimento e para reter
se centre em jovens imigrantes, os resultados deste estudo são úteis para se perceber a
importância destas na formação da identidade. Este estudo revelou que, além de serem
cruciais para todas as áreas da vida, quer seja privada, social ou educacional, as
que se iam adaptando à nova sociedade, estes jovens imigrantes utilizavam os média
membros da família e aos amigos o seu progresso na formação de uma nova identidade.
Muitas vezes é aliás paradoxal, já que, da mesma forma que os média de acolhimento
13
manter os laços com a cultura de origem. Entre os média de origem podem distinguir-se
utilizados para manter as conexões com o país natal e os outros são utilizados como
informação quer sobre o país de origem quer sobre assuntos relacionados com a
condição de imigrante.
por minorias étnicas ainda não são significativos, se comparados com países com forte
línguas maternas, sendo que algumas comunidades têm vindo a recorrer a esses canais,
tanto como forma de assegurar a sua liberdade de expressão e identidade cultural, como
Segundo Wood & King (2001), podem servir como meio de aprendizagem sobre a nova
sociedade e sobre as formas como se podem adaptar a esta, podem servir para preservar
Quanto aos média globais, pode reivindicar-se que estes são centrais no moldar e
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da globalização, as novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) permitem
aos imigrantes dispersos pelo mundo manter o contacto com o seu país de origem e com
as mesmas comunidades étnicas no estrangeiro (Elias & Lemish, 2008). Mais do que
Stafford, Higgs, Fry & Berry, 2011) sugerem que a internet e as TIC tendem a substituir
imigrantes, que papel têm os média na manutenção de laços culturais com o país de
origem?
3. METODOLOGIA
saber que média são utilizados pelos imigrantes, como são utilizados e com que fins,
esta investigação adopta uma perspectiva da teoria dos usos e gratificações (U&G) que
De acordo com Livingstone (1997), a teoria dos U&G (Katz, Blumler &
Gurevitch, 1974) representa uma abordagem contextualizada aos efeitos dos média,
pondo ênfase nas audiências activas, nos contextos sociais do uso e nas diferentes
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U&G se centra nas motivações da audiência e nos conteúdos mediáticos, as análises de
enquanto audiências fazem uma escolha activa relativamente aos média que usam, têm
média.
De um modo geral, este tipo de estudos, segundo Elias e Lemish (2011), têm
Há que esclarecer, no entanto, que o modelo dos U&G não é uma metodologia.
Segundo Ruggiero (2000), especialmente nos estudos que se debruçam sobre um meio
questionário. Para a selecção dos entrevistados, foi utilizado o método bola de neve,
anos. Contando com esta, foram realizadas, no total, oito entrevistas semi-estruturadas,
sete das quais foram gravadas em suporte áudio e uma foi respondida por e-mail.
Posteriormente foi feita a transcrição, tendo a análise sido conduzida como é usual neste
tipo de estudos qualitativos: as transcrições foram relidas e foram sendo feitas anotações
4. RESULTADOS
prosperar num outro país. Embora pretendam regressar um dia, a perspectiva inicial é de
manter os traços culturais trazidos do país de origem. Assim, se por um lado, por
exemplo, procuram adoptar alguns hábitos portugueses, como ir à praia; por outro,
procuram manter dentro da comunidade o uso do Nepalês. No circular entre uma e outra
cultura vão construindo uma identidade híbrida, composta por elementos de ambas -
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fazer puja ou acender uma vela numa igreja, rezar a Krishna ou a Cristo, acabam por ser
o mesmo.
traição à cultura de origem - o que pensariam os meus sogros se me vissem sem sari e
“You know, we are not wearing like this, we have a sari, maybe
you know. Like Indian people, we are same culture Indian and Nepali
people, so we wear everyday sari like that… But now we are in Europe,
so… We can wear like this also, but before, my mother in law, my father
in law they don’t like that, so…” (S.A., mulher de 31 anos, em Portugal
há três meses)
O desejo de regressar um dia ao Nepal é comum, mas para que Nepal pensam
voltar? À medida que o tempo vai passando vão mantendo a ideia de um país natal que
corresponde à imagem daquele que deixaram no dia em que partiram, mas que
contactos sociais e profissionais que possuem em Portugal é agora muito maior do que
aquela que possuem no Nepal. Se lá têm a sua família e os locais que os viram crescer,
Nepal, para a segunda geração, aquela que mesmo podendo ter nascido no Nepal,
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pais foram construindo essa identidade híbrida em que se consideram mais nepaleses do
que portugueses, os filhos falam Português melhor do que Nepalês, têm amigos
portuguesa. Não foi objectivo deste trabalho estudar a segunda geração de imigrantes,
pelo que em outras investigações que se queiram dedicar à mesma comunidade, este
família e amigos)
feita numa lógica de interacção, mas sim numa perspectiva limitada à recepção de
conteúdos produzidos nos diversos sites. Entre estes, todos os entrevistados referem os
nepaleses no mundo (diáspora). Os canais citados são: BBC, CNN e France 24. A BBC
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Para manutenção dos laços com a comunidade, todos os imigrantes entrevistados
acedem aos quatro sites nepaleses produzidos em Portugal: sahayatra.com (em Nepali)
Nestes encontram informação não só sobre a comunidade, mas também sobre o Nepal e
Relativamente aos laços com a família e amigos, o telefone assume uma função
amigos, além do recurso aos e-mails, a utilização de redes sociais, como o Facebook2, é
mais vulgar, “When I open my yahoo or facebook I see so many friends so… oooh… I
have a history there” (Y.C., homem de 33 anos, em Portugal há quatro meses). Nesta
vertente, a internet permite também uma conexão ao mundo, e uma interacção com este,
seja com conterrâneos a viver no país de origem ou em outra parte do mundo, seja com
estrangeiros.
crucial e esta é a primeira barreira que os imigrantes encontram quando chegam ao país.
Quer nas tarefas do dia-a-dia quer no acesso a um emprego, saber a língua do país de
1 www.skype.com/intl/pt/home/
2 www.facebook.com
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comunidade, sujeitos a aceitar trabalhos para os quais o contacto com portugueses não é
Outra 2
Para escrever melhor 9
Para ler melhor 10
Para falar melhor 13
Para ler jornais, ver televisão, aceder à Internet 9
Para comunicar em locais/repartições públicos 10
Para conviver com portugueses 6
Porque tenho um negócio em Portugal 1
Para arranjar um emprego melhor 14
Por causa do meu trabalho actual 2
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E por outro, colocam uma importante ressalva - é preciso que essa população
residência.
regularizarem, não podem aceder a estes cursos. Posto isto, verificamos que esta medida
promovida pelo governo não muitas vezes aproveitada por não estar adequada à
Os média portugueses são utilizados por estes imigrantes quer como fonte de
da língua.
tentar saber mais sobre os hábitos dos portugueses. A viver há oito anos em Portugal,
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informação sobre os acontecimentos sociais e políticos do país. Pode dizer-se que, a este
nível, os usos que lhes dão são bastante similares aos dos próprios portugueses,
Todos adoptaram outro tipo de estratégia para aprender a língua. Neste contexto, os
imigrantes mais recentes não compram jornais portugueses, preferindo utilizar a internet
dos filmes de Hollywood, conhecidos pela maioria e a nova cultura. Todos têm
conhecimentos, mesmo que básicos, de Inglês e utilizam esta língua como mediadora:
4 http://translate.google.pt/?hl=pt-PT&tab=wT
23
“We can watch English movie, but in the downside is the write in
Portuguese language, I see also Portuguese language and I’m listening
English” (S.A., mulher de 31 anos, em Portugal há três meses)
O quadro seguinte resume os usos dos diferentes tipos de média quer na ligação
24
5. CONCLUSÕES
o conhecimento que têm da língua é praticamente nulo, o que os coloca numa situação
de desigualdade que é, muitas vezes, cíclica: não sabendo falar a língua têm mais
comunidade: se não têm emprego, se não estão regularizados e se não sabem a língua,
Consequentemente, não aprendem a língua ou procuram aprendê-la sem ser pela via
formal, de forma mais lenta. Assim, não sabendo Português, não conseguem trabalhar
para portugueses e estabelecer laços sociais com estes: a escassez de capital linguístico
jornais e revistas. Estes meios em conjunto com outros disponibilizados pela internet,
revelam-se eficazes no processo de aprendizagem que estes imigrantes criam para si.
Os imigrantes que residem há mais tempo em Portugal são os que mais têm
Ao adquirirem uma melhor situação financeira, não têm motivo para deixar o país que
lhes permite essa prosperidade, a qual está relacionada com o conhecimento da língua,
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que foram adquirindo ao longo do tempo. Este permitiu-lhes evoluir nos seus negócios,
sucesso das empresas agem como uma forte motivação para a aprendizagem da língua.
efeito cascata, distribuem o capital linguístico pela comunidade. A par da situação que
suporte intra-comunidade é uma das razões para que a comunidade nepalesa tenha vindo
cursos a estes imigrantes que não impliquem uma frequência presencial assídua dos
dos imigrantes;
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ao encontro das suas necessidades particulares. Assumindo que estes cidadãos querem
Língua Portuguesa, caso contrário a língua de acolhimento pode mesmo tornar-se num
entrave à integração exactamente por ser crucial nesse processo. Se não a aprendem não
se integram.
Em suma, no que diz respeito aos média, políticas que possam ser tomadas
relativamente a questões sobre imigração deverão não só considerar os efeitos que estes
podem ter neste âmbito, mas sobretudo as formas como estes poderão e estão a ser
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