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3.

1
Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

Aula 03 – Mecânica dos Sólidos - revisão


O estudo e aplicação da Mecânica dos Sólidos teve início com Galileu no início do Século XVII no estudo de
carregamentos de vigas e eixos feitos com diversos materiais. Notável progresso foi observado no final do Século XIX
pelos pesquisadores franceses (Saint –Vénant, Poisson, Lamé, Navier, Coulomb e Cauchy), com o estabelecimento
de experimentos denominados Resistência dos Materiais, mecanismos dos corpos deformáveis e mecânica dos
sólidos. Posterior avanço derivou na teoria da elasticidade e teoria da plasticidade.

Equações de Equilíbrio
O equilíbrio de um corpo requer um balanço de forças que evite que o corpo translade ou tenha aceleração
ao longo de um reta ou curva e o balanço de momentos para evitar que o corpo tenha translação.

SF=0  SFx=0; SFy=0; SFz=0

SM0=0  SMx=0; SMy=0; SMz=0

Na seção investigada o sistema de forças internas


necessário para manter a parte isolada em equilíbrio
consiste de uma força axial, de uma de cisalhamento, de
um momento fletor e de um conjugado (torque)

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3. 2
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3.1- Esforços solicitantes

P2 P3

l3
P1 Pz - Força normal
l1 S

Px , Py - Forças cortantes

Pz
Mfx, Mfy – Momentos de flexão

l2 Mt – Momento de torção
P4 Px Py

Mfx Mt

Mfy

Condições de equilíbrio na seção S:


𝑀𝑓𝑥 + 𝑃2 𝐿3 + 𝑃4 𝐿2 = 0
 Px  P3  0
 𝑀𝑓𝑦 + 𝑃3 𝐿1 = 0
 P4  Py  0
 𝑀𝑡 − 𝑃3 𝐿3 = 0
 Pz  P1  P2  0

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Condições de equilíbrio

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3. 4
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3.2 - Reações vinculares - Diagramas M, N, Q

Determinação estática
Indeterminado(móvel) , hipostático
Sistemas elásticos Determinado , isostático
Superdeterminado , hiperestático

• Sistemas móveis : Não suportam carga

• Sistemas hiperestáticos : Cálculos mais difíceis


Uso de elementos finitos
Sistemas isostáticos : Normais

1, 2 , 3
Tensões Principais
Condições F x  0
de F y  0
M  ,  ,
equilíbrio  0 Direções Principais

REAÇÕES
VINCULARES
DIAGRAMAS
M, N, Q
 ,

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3. 5
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P1
P2
A
B
y
L1 L2
x
RAX
RBX
RAY RBY =0

Convenção de sinal :

+ tração
P2
+ N - compressão
-
RAY
RBY
Q + sentido horário
P1 - sentido anti-horário
M + tração no lado inferior (desenha-se diagrama do lado tracionado)
+
RAYL1=RBYL2

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EXEMPLO

100

(27 Nm)

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positivo negativo

positivo negativo

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3. 8
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3.3- Tensão normal
Estado uniaxial de tensão
P P
P [ N/m2]
n 
P S [ MPa ]
n

Sistema de unidades:
• Cuidado!
• Dê preferência ao S.I. (MKS)
• Pode-se usar unidades de maior sensibilidade para engenharia (Kgf/mm2). Cuidado!

Grandeza Nome [mm] [cm] [m]


10 [MPa]
σ Tensão 1 [Kgf/mm2] 100 [Kgf/cm2]
1[N/mm2] = 1 [MPa]

Eaço Módulo de elasticidade 2.10x104 [Kgf/mm2] 2.10x106 [Kgf/cm2] 2.10x105 [MPa]

Módulo de elasticidade
Gaço transversal
0.81x104 [Kgf/mm2] 0.81x106 [Kgf/cm2] 0.81x105 [MPa]

υ Coeficinte de Poisson 0.3 0.3 0.3

ρaço Densidade 7.85x10-3 [g/mm3] 7.85 [g/cm3] 7.85x103 [Kg/m3]

g Aceleração da gravidade 9810 [mm/s2] 981 [cm/s2] 9.81 [m/s2]

Mt Momento de torção 1[kgf.mm] 0,1 [kgf.cm] 0,01 [N.m]

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3. 9
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3.4 - Tensão normal de contato entre 2 superfícies (pressão específica)

p
pm
P P
pm 
d S
Distribuição
de Hertz
l S=d.l

S0
p .dS P p .dS
S Componentes horizontais se anulam
l

dPv  ( p.dS ). cos 


d
dPv dPv  p.(dS. cos  )

P  p. cos  .dS  pm . dS  pm .S

S0 S
dPH

dS . cos = área projetada

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3. 10
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3.5 - Tensão normal oriunda de momento fletor

HIPÓTESES: • Flexão pura (só Momento fletor)


• Secções planas permanecem planas após flexão
• Raio de curvatura R para cada ponto

O O A
dφ R dφ
R v dφ
dφ dx
LN
A
v Arco = raio x ângulo Acréscimo em dx
ε
l dx v.d S  R.
   dx  R.d
l dx
LN
v d 1
 
R d
 mas  v   v
R σ

1
Lei de Hooke   E σ  E.v - LN
R
+
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3. 11
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dA dM
• Num elemento de área dF   .dA
• Não há força normal na secção devida
v
à flexão
F    .dA  0
S

E.v
 R
.dA  0   v.dA  0
S

L.N.
 LN passa pelo CG na flexão simples v
dA
dF   .dA e dM  dF.v  v. .dA

E.v E
M   v. .dA   v. R
.dA  . v 2 .dA
R S
S S

J

Segundo momento de área ou momento de inércia de área


1 
σ 
R
E.v  E
  M .
J
   M.
v
R v v J
vmax
M
J
M J
σmax  max  com Wf 
Wf vmax

Wf = Módulo de resistência à flexão

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3.5 - Tensão normal oriunda de momento fletor

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3.5 - Tensão normal oriunda de momento fletor em dois planos

Para seção circular de diâmetro d

𝜋𝑑 4
c = d/2 𝐼= (tabela A-18)
64

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EXEMPLO

200

104N/m

40

500 N
20

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3. 15
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Determinação de J (I) de secções


a) Secções simples h h
2 3
y 2
JX  y .dS   b. y .dy  b.
2 2

S h 3 
h
L.N y 
2 2

h
y b.h 3 b3 .h
b JX  JY 
x 12 12

Secções simples Tabelas de J ´s

b) Momento de Inércia de Torção (Polar) : JT ou JZ (J)


y dS
Jp  r r 2  x2  y2 O  CG
2
ds mas quando
s
r
Jp  r dS  x .dS  y  J P  JY  J X
2 2 2
.dS
O x

JP  r dS  2 .r.dr
2
No caso do círculo : .dS d com
S
J P  2 . r 2 .r.dr  2 .
r4 2

 .d 4
JP 
S
4 0 32
J P  J X  JY J X  JY  J  .d 4
Como e círculo 
64

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3. 16
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c) Secções compostas

c1) Teorema dos eixos paralelos ou de Steiner

b
x'
x x
J X   J X  y 2 .dS y
a x
c S
No exemplo acima:

 ha  hb  . .bb .hb  bc .hc .  ha  hc  . .bc .hc


1 1 2 1 1 2 1
J x  x  ba .ha .  bb .hb .
3 3 3

12 12 4 12 4

c2) Soma de J’s


JX  y  f x .dx   f x .dx   f x .dx
2
.dS e
S S1  S 2 S1 S2

J  J i Referidos ao mesmo eixo !

h1 x
b1 J
1 d 4

3
.J J 
b .h 2 128
J perfil I  J total  2. 1 1
12
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3. 17
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3.6- Tensão normal resultante de força normal e momento fletor

P
Princípio da superposição:
P • Efeito de carregamento complexo é
a soma de efeitos de carregamentos
 M=P.l simples.
l • Válido para pequenas deformações
em regime elástico

P P
PZX M fx M fy
   .y  .x
S JX JY
C Máxima
compressão

Impondo σ = 0 :
A.x  B. y  C  0 (Equação da LN)
CG -
LN não passa pelo CG !
T
PZ M fx M fy
Máxima LN  max tração   T   . yT  .xT
tração S JX Jy


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3. 18
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[N.m]
C
B
130
A
Mfy Mfx
+300
O 225

notar que os momentos Mfx e Mfy (como na figura acima) e as tensões normais devidas a eles estão em
planos diferentes, normais entre si (como na figura abaixo). As tensões normais entretanto tem a mesma
direção e portanto podem ser somadas.

A
σN
O
D σFx
B

C σFy

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3. 19
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y
y  mx  b1 x
b1 y
m
y  mx  b
T
y  mx  b2

x
b

C 
b2
- LN
P M . y M .x
  Z  fx  fy Para σ = 0  Equação da LN
S JX JY
 M fy
 m  
 M fy J X   M fx
y   . .x  PZ . J X y  m.x  b  
M JY  S M fx b   PZ .J
 fx 
 S .M fx

Pontos de tração e compressão máximas:
 1
y  
2
.x  1 
 m   .x   x 2  r 2
 y2  x2  r 2  m 

r2 r2
x 2
 y 2

1
1 1  m2
m

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3. 20
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2
1 M fy M fy .r
x 
2
.r 
2
.r 2 xT ,C  
M fy  M fx
2 2 2
 M fx  M fy  M fx
2 2

1   
 M 
 fy 
2
1 M fx M fx .r
y 
2
.r 
2
.r 2 yT ,C  
M fx  M fy
2 2 2
 M fy  M fx  M fy
2 2

1   
 M 
 fx 
MR  M fx  M fy  momento resultante
2 2

 .M fx . y  M fy .x  , temos :
PZ 1
como  
S J

 
PZ 1  M fx .r M fy .r 
T   . M fx .  M fy . 
S J  M fx  M fy
2 2
M fx  M fy
2 2
 
r  M fx  M fy  PZ
2 2 2
PZ r M
T   .   . R
S J  MR 
 S J MR
P r P M
 T  Z  .M R ou T  Z  R
S J S Wf
J
W f = módulo de resistência à flexão =
r

PZ MR só tração ou só compressão
para  
S Wf

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3. 21
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3.7- Tensão de cisalhamento


a) Cisalhamento puro (“corte”)
Q
m 
Q S
Q
• distribuição de  não é uniforme sobre a seção tranversal
• despreza-se flexão e normal

 m   adm  0.55 a 0.60. adm  Fadiga


Q  m   adm  0.80. adm  Estático
b) Cisalhamento em flexão (efeito Q)

b.1- em uma viga de seção retangular dQ


   .dS  dQ
 
S

dS

Q.M S MS = Momento estático


   da seção
b b.J
h h
2 2 2
y
yP
h/2
MS   y.dS
yP
 b.
2 y
p

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3. 22
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h
b. h 2  2. y  2 
. 1  
b 2
MS  . y 2   
2 y 8   h  

** A tensão de cisalhamento devido a cortante será máxima na linha neutra (y=0) e nula na fibra externa (y=h/2), o inverso do que é
observado nas tensões normais devido a flexão, raramente um estado de tensão originará situação de tensão no interior pior que o
verificado nas fibras externas.

• Quadrática em y
MS = A - B . y2  max
• Depende da forma
da secção

3 Q   2. y  
2
3 Q 3
 retang  . .1     ,  max  .  . m ed
2 b.h   h   2 b.h 2

Observações:

1. τ não é distribuído uniformemente e depende da forma da secção


l
2. Para  5 ,( l = vão) τmax é 2% a 5% de σflexão
h
l
desprezível ! Se  3 a teoria apresentada não vale !
h
3. Em alguns casos somente se preocupa com τ na flexão.
Ex: colagem, rebites

4. Se a secção não é simétrica em relação a Py ,Q não se aplica no C.G. mas no centro de torção T da secção.

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3. 23
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b.2- em um eixo de seção circular

 . dx. dz  dTX
y MX M
TX  y 1 . y. dS  X . MS
J J
M X  dX
TX  dX  . MS
J
M X  dX  M X
 dTX  TX  dX  TX  . MS
J
como dM  Q. dx temos:
Q. dx
 . dx. dz  dTx  . MS
J
Q
 . dz  . MS
J
Q 1
  y  . . MS
J dz

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3. 24
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Q 1 r Q 1 r
   . . y.dS  . . y.dz.dy
J dz y J dz y

r
Q y2 Q  r2 y2 
   y   . y.dr  .
Q r
 .  
J y J 2 y J 2 2

para secção circular:  .d 4  .r 4


J 
64 2

Q r2   y   4 Q   y  
2 2

 y  . .1      .1    


 .r 4 2   r   3  .r 2   r  
2
  y 2 
 y   m. .1    
  r  

4Q
 max 
3A

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EXEMPLO

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3.8- Torção

Seção circular

Seção circular oca

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PARA SEÇÕES RETANGULARES

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3. 28
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3.8- Torção
Mt   G.
E
G 
2.1   
 Mt Jt
 max  ; Wt 
Wt y max
• Distribuição de τ não é linear em geral
• empenamento (warp) em secções não-circulares

a) Seções circulares
• Distribuição linear

  .d 4  .d 3
J t  J p  J X  JY  , Wt 
32 16
ymax = r
b.h3 h.b3 h b
b) Seções retangulares Jt   ymax  ou
. max 12 12 2 2
 max • Nas faces: parábolas p/ h < 3b
parábola achatada p/ h > 3b

Mt
face maior  max  , Wt   2 .b 2 .h
Wt
J t   3 .b 3 .h
face menor  max m enor  1. max
1 ,  2 , 3  tabelados (Ex : tab. 3.1 Nieman)
•no interior : não-linear

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3. 29
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c) Secções compostas

  Mt
 max .bmax
l1 ,b1 Jt

 
l2 ,b2  1 3
J t  . b1 .l1  b2 .l2  ......
3

3
l3 ,b3
J
Wt  t
bmax
d) Tubos de paredes finas

• Distribuição constante ao longo da espessura

Mt
Esqueleto  max 
2. S . smin

S = área interna do esqueleto
Si
smin = espessura mínima
ui

4. S 2
Jt  ; Wt  2. S . smin

 i
si
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3. 30
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3.9- Tensão equivalente e tensão admissível

Peça  X , Y , Z
cálculos
real  XY , XZ , YZ

Modelo
matemático
critério de
Tensão equivalente : σeq resistência  I ,  II ,  III
Tensão ideal : σi  0
Tensão de confronto : σv

Se σeq ≤ σadm a peça não romperá !

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3.9.1- Estado plano de tensões

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𝜏=0

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Círculo de Mohr - convenções

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EXEMPLO

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3. 35
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3.9.1- Estado de tensões

a) Estado simples de tensões


F F
F

τ 
A 
Fcos
Fsen
F

.1  cos2. 
F F
  . cos2   
Equações
Tensão normal : A 2. A  paramétricas

.sen 2. 
F F  do círculo
Tensão tangencial :    .sen  . cos 

A 2. A 

Círculo de Mohr Direção do plano


onde atuam σα e τα
τ

  direção α (no caso α = 0°) onde : Para α’ = α + 45°


 2 F F
    I  max
45o    I /2
 I
  0      max   I/2
F
I F
Fratura frágil Fratura dúctil

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3. 37
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b) Estado duplo de tensões

dA
y y  
yx
x x
xy  xy
x x
xy dAcos  xy dAsin 
y
yx
y  X Y Y  X
Equilíbrio    . cos(2. )   .sen ( 2. )
de  xy   yx   2 2
X Y
forças   .sen ( 2. )   . cos(2. )
2

  x  y  x  y 
2

2     2   max
 2 
 II
45
 xy   Direção do plano onde atua σx
 2

  yx   Direção do plano onde atua σy
y
x Círculo de Mohr
I

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3. 38
Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão
c) Estado triplo de tensões I 
 II  II I 
 II

 III  III  II 
I

 III
 III Τ1/3 I 
 III Τ1/2

Τ2/3
 II I  III  II I 

• Tensões  X Y   X   Y    2
2
 I, II  
principais 2  2 

  X   Y    2
2
•Tensão tangencial  max 
 2 
máxima

•Ângulo dos 2. 
tan(2.  ) 
planos principais  X Y

    II  I   II
 I  . cos(2.  )
 X ,Y 2 2
•Tensões em 
   I   II . sen(2.  )
um ângulo qualquer 
 2

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3. 39
Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

3.9.3. Critérios de resistência

Um componente mecânico, associado em conjunto a outros componentes, tem seu comportamento não tão
bem delimitado e podem apresentar falha. São aplicados Critérios de Resistências que se utilizam de conceitos de
segurança para o dimensionamento de componentes.

Resistência de uma peça Resistência da peça fabricada


mecânica (projeto)

 quantidade do lote;
 material;
 variações no processo;
 tratamento térmico;
 acabamento superficial;
 processamento.
 esforços na conformação;
 combinações com outros
Utiliza-se de dados de corpos de
prova  mesmas condições de Falha no conjunto.
carregamento, fabricação,
acabamento.  quebra;
 deformação permanente;

A falha depende da:


 tipo de tensão (tração, compressão, cisalhamento);
 tipo de carregamento (estático, dinâmico).

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Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

QUAL TENSÃO CAUSOU A FALHA??


Se observarmos o círculo de Mohr para tração pura aplicada lentamente nota-se que há também a existência de
tensão de cisalhamento, cujo valor máximo é exatamente a metade da tensão normal.
F

13

x
2 
3 1

Se observarmos o círculo de Mohr para torção pura aplicada lentamente nota-se que há também a presença de
tensão normal cujo valor máximo é igual a tensão de cisalhamento.

xy


3 2 1

xy

Em geral materiais duteis submetidos a carregamentos estáticos são limitados pelas suas tensões de cisalhamento,
enquanto que os materiais frágeis pela tensão normal.

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Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

a) Descrição alternativa das tensões para um eixo em torção, b) amostra de pedra arenosa após ensaio de torção

O mesmo ensaio feito em materiais de baixa resistência ao cisalhamento, como o aço doce, quebra em uma
superfície perpendicular ao eixo.

Fonte: POPOV, E.P. Introdução à mecânica dos sólidos. Trad. AMORELLI, M.O.C. Ed. Edgard Blücher, 1978.

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Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

Materiais dúteis ε ≥ 0,05 e Syc = Syt = SY


Critérios de escoamento
Tensao máxima de cisalhamento (MSS)
Energia de distorsão (DE)
Coulomb-Mohr dútil (DCM)

Materiais frágeis ε < 0,05 caracterizados por Sut e Suc


Critérios de fratura
Tensão normal máxima (MNS)
Coulomb-Mohr frágil (BCM)

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Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

TEORIA DA TENSÃO MÁXIMA DE CISALHAMENTO

Caso 1

Linha de carregamento

Caso 2

Caso 3

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Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

TEORIA DA ENERGIA DE DISTORÇÃO PARA MATERIAIS DÚTEIS

tensões triaxiais componente hidrostático componente distorcional

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Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

TENSÃO DE VON MISES:

TENSÃO PLANA:

USANDO COMPONENTES DO TENSOR DAS TENSÕES (CASO GERAL)

PARA O CASO PLANO DE TENSÕES:

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Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

TEORIA DA ENERGIA DE DISTORÇÃO PARA MATERIAIS DÚTEIS

Linha de carga para cisalhamento puro

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Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

a) Máxima tensão normal  II

KZ
Kd KZ
I V   I  KZ ou D
Kd
|Kd| >KZ

b) Máxima tensão tangencial (Tresca)


 II 
KZ  III  0
V   I  KZ ou D
KZ < |Kd|  II I 
KZ 
Kd I
Kd  V   I   II   K
 II I 

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Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

c) Máxima energia de distorção (Von Mises)

A energia total de deformação em uma peça carregada consiste em duas componentes: uma devido ao carregamento
hidrostático que muda seu volume; e outra devido a distorção que muda sua forma.
A tensão de cisalhamento presente deve-se a parcela da energia de distorção.

K. 2
Elipse inclinada à 45o com semi-eixos 
K. 2 / 3

V 
1
.  I   II 2   II   III 2   III   I 2 Estado triplo
 II
2 de tensões
Tensão de
cisalhamento
Tensão K
15% (dif.)
 V   I 2   I . II   II2 Estado duplo normal
de tensões K
K I
73% (dif.)
Energia de K
distorção
15% (dif.)

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3. 49
Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão
3.9.4. Casos estáticos

a) Tensão equivalente
Critério + usado p/ aço energia de distorção (Von Mises)
x
y tensões principais
e 
1

.  1   2    2   3    3   1 
2 2 2

z  1, 2 , 3 2

 ruptura
b) Tensão admissível  adm 
coef. de segurança

3.9.5. Casos de solicitação dinâmica (fadiga)

a) Tensão equivalente

Critério leva em conta a fadiga do material

e   max . Kf 
2
 H 2 . max . Kt 2
 K s = coef. de entalhe
 lim . fadiga
H =
 lim . fadiga

b) Tensão admissível  adm  teoria de fadiga

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3. 50
Notas de aula – Aula 03 – Resistência dos Materiais - Revisão

3.9.7. Aplicação dos critérios de resistência

• Eixo submetido à flexo-torção



Mf dA f f
Mt Mt
dA
Mf
• Círculo de Mohr

 max

  f
2

 xy    I,II  f
 
 2  
 2
45
 2 2  
f 
 f
2

 yx    max  
 2  
 2

 

Critério de Tensão de
Resistência Confronto (σv)

Máx. tensão normal   


2

 eq   I     
2

Máx. tensão tangencial 2  2 


 eq   2  4. 2
Máx. energia de distorção
(Von Mises)  eq   2  3. 2

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EXERCÍCIO

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