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Auditoria
Turma 02

Teoria e Exercícios
Prof. Alzira
Data de impressão: 30/03/10

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Prof.Alzira Auditoria

APOSTILA DE AUDITORIA

AFRFB 2010

Prof. Alzira Angeli

ÍNDICE:

LEGISLAÇÃO BÁSICA:

NBC P 1 – NORMAS PROFISSIONAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE


NBC P 1.2 - INDEPENDÊNCIA
NBC P 1.6 – SIGILO
NBC P 1.8 – UTILIZAÇÃO DE TRABALHOS DE ESPECIALISTAS
NBC P 1 IT 01 REGULAMENTAÇÃO DO ITEM 1.9 – INFORMAÇÕES ANUAIS AOS CONSELHOS
NBC P 1 IT 03 REGULAMENTAÇÃO DO ITEM 1.4 – HONORÁRIOS
NBC P 4 – NORMAS PARA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CONTINUADA
NBC P 5 – NORMA SOBRE EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
NBC P 3 – NORMAS PROFISSIONAIS DO AUDITOR INTERNO
NBC T 11 – NORMAS DE AUDITORIA INDEPENDENTE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
NBC T 11.3 – PAPÉIS DE TRABALHO E DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
NBC T 11.4 – PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
NBC T 11. 6 - RELEVÂNCIA NA AUDITORIA
NBC T 11.8 – SUPERVISÃO E CONTROLE DE QUALIDADE
NBC T 11.10 – CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE
NBC T 11.11 – AMOSTRAGEM
NBC T 11.12 – PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS – PED
NBC T 11.13 – ESTIMATIVAS CONTÁBEIS
NBC T 11.14 - TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

NBC T 11.15 - CONTINGÊNCIAS


NBC T 11.16 - TRANSAÇÕES E EVENTOS SUBSEQÜENTES
NBC T 11.17 – CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO
NBC T 11 IT 03 - FRAUDE E ERRO
NBC T 11 IT 05 - PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
NBC T 12 – NORMAS DA AUDITORIA INTERNA
NBC TA 01 – REVISÃO EXTERNA DE QUALIDADE PELOS PARES

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR:

INSTRUÇÃO CVM Nº 308/1999


NOTA EXPLICATIVA À INSTRUÇÃO CVM Nº 308/1999
INSTRUÇÃO CVM Nº 381/2003
NPA 02 IBRACON
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTABILISTA

TEXTOS DIVERSOS:

RESPONSABILIDADE LEGAL EM AUDITORIA


CONTROLE INTERNO/AUDITORIA INTERNA
PLANEJAMENTO/PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
AMOSTRAGEM
PAPÉIS DE TRABALHO
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM ÁREAS ESPECÍFICAS
PARECER DE AUDITORIA
REVISÃO ESPECIAL DAS INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS
“COMFORT LETTER”

PROVAS DE CONCURSOS ANTERIORES

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(Normas do CFC – Conselho Federal de


LEGISLAÇÃO BÁSICA Contabilidade)

NBC P 1 – NORMAS PROFISSIONAIS DE AUDITOR 1.3.4 - Quando eventuais distorções, por fraude ou erro,
INDEPENDENTE afetarem as demonstrações contábeis de forma
(Aprovada pela Resolução CFC nº 821, com as relevante, cabe ao auditor independente, caso não
alterações introduzidas pela Resolução CFC nº 965/03) tenha feito ressalva específica em seu parecer,
demonstrar, mediante, inclusive, a exibição de seus
1.1 - COMPETÊNCIA TÉCNICO-PROFISSIONAL papéis de trabalho às entidades referidas no item 1.6.5,
que seus exames foram conduzidos de forma a atender
1.1.1 - O contador, na função de auditor independente, as Normas de Auditoria Independente das
deve manter seu nível de competência profissional pelo Demonstrações Contábeis e as presentes normas.
conhecimento atualizado dos Princípios Fundamentais
de Contabilidade e das Normas Brasileiras de 1.4 - HONORÁRIOS2
Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na
área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos 1.4.1 - O auditor deve estabelecer e documentar seus
conceitos e técnicas administrativas e da legislação honorários mediante avaliação dos serviços,
específica aplicável à entidade auditada. considerando os seguintes fatores:
a) a relevância, o vulto, a complexidade do serviço e o
1.1.2 - O auditor, para assumir a responsabilidade por custo do serviço a executar;
uma auditoria das demonstrações contábeis, deve ter b) o número de horas estimadas para a realização dos
conhecimento da atividade da entidade auditada, de serviços;
forma suficiente para que lhe seja possível identificar e c) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual,
compreender as transações realizadas pela mesma e as habitual ou permanente;
práticas contábeis aplicadas, que possam ter efeitos d) a qualificação técnica dos profissionais que irão
relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da participar da execução dos serviços; e
entidade, e o parecer a ser por ele emitido sobre as e) o lugar em que os serviços serão prestados, fixando,
demonstrações contábeis. se for o caso, como serão cobrados os custos de
viagens e estadas.
1.1.3 - Antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá
obter conhecimento preliminar da atividade da entidade 1.4.2 - Os honorários deverão constar de carta-proposta
a ser auditada, mediante avaliação junto à ou documento equivalente, elaborada antes do início da
administração, da estrutura organizacional, da execução do trabalho que também contenha:
complexidade das operações, e do grau de exigência
requerido para a realização do trabalho de auditoria, de a) a descrição dos serviços a serem realizados,
modo a poder avaliar se está capacitado a assumir a inclusive referências às leis e regulamentos aplicáveis
responsabilidade pelo trabalho a ser realizado. Esta ao caso;
avaliação deve ficar evidenciada de modo a poder ser b) que o trabalho será efetuado segundo as Normas de
comprovado o grau de prudência e zelo na contratação Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis e
dos serviços. as presentes normas;
c) o prazo estimado para realização dos serviços;
1.1.4 - O auditor deve recusar os serviços sempre que d) os relatórios a serem emitidos; e
reconhecer não estar adequadamente capacitado para e) as condições de pagamento dos honorários.
desenvolvê-los, contemplada a utilização de
especialistas noutras áreas, em face da especialização 1.4.3 - A inobservância de qualquer dos itens referidos
requerida e dos objetivos do contratante. nos itens 1.4.1 e 1.4.2 constitui infração ao Código de
Ética do Contabilista.
1.2 – INDEPENDÊNCIA1
(Item alterado pela NBC P 1.2) 1.5 - GUARDA DA DOCUMENTAÇÃO

1.3 - RESPONSABILIDADES DO AUDITOR NA 1.5.1 - O auditor, para fins de fiscalização do exercício


EXECUÇÃO DOS TRABALHOS profissional, deve conservar a boa guarda, pelo prazo
de 5 (cinco) anos, a partir da data da emissão de seu
1.3.1 - O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e parecer, toda a documentação, papéis de trabalho,
zelo na realização dos trabalhos e na exposição de suas relatórios e pareceres relacionados com os serviços
conclusões. realizados.

1.3.2 - Ao opinar sobre as demonstrações contábeis o 1.6 - SIGILO3


auditor deve ser imparcial. (Item alterado pela NBC P 1.6)

1.3.3 - O exame das demonstrações contábeis não tem


por objetivo precípuo a descoberta de fraudes. Todavia,
o auditor independente deve considerar a possibilidade
de sua ocorrência.

2
Aprofundar conhecimentos pelo estudo da
 INTERPRETAÇÃO TÉCNICA NBC P 1 - IT 03.
1 3
Vide NBC P 1.2 INDEPENDÊNCIA. Vide NBC P 1.6 SIGILO.
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1.7 - RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DO programa de educação continuada, na forma a ser


TRABALHO DO AUDITOR INTERNO regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade.

1.7.1 - A responsabilidade do auditor não será 1.11 - EXAME DE COMPETÊNCIA PROFISSIONAL


modificada, mesmo quando o contador, na função de
auditor interno, contribuir para a realização dos 1.11.1 - O auditor independente, para poder exercer sua
trabalhos. atividade, deverá submeter-se a exame de competência
profissional, na forma a ser regulamentada pelo
1.8 - RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DO Conselho Federal de Contabilidade.
4
TRABALHO DE ESPECIALISTAS
(Item alterado pela NBC P 1.8) 1.12 - MANUTENÇÃO DOS LÍDERES DE EQUIPE DE
AUDITORIA7
1.9 - INFORMAÇÕES ANUAIS AOS CONSELHOS
REGIONAIS DE CONTABILIDADE5 1.12.1 - Utilização dos mesmos profissionais de
liderança (sócio, diretor e gerente) na equipe de
1.9.1 - O auditor deverá enviar, até 30 de junho de cada auditoria, numa mesma entidade auditada, por longo
ano, ao Conselho Regional de Contabilidade, na forma a período, pode criar a perda da objetividade e do
ser regulamentada pelo Conselho Federal de ceticismo necessários na auditoria. O risco dessa perda
Contabilidade: deve ser eliminado adotando-se a rotação, a cada
intervalo menores ou iguais a cinco anos consecutivos,
a) as informações sobre os seus clientes, cuja sede seja das lideranças da equipe de trabalho de auditoria, que
a da jurisdição do respectivo Conselho, e que o objeto somente devem retornar à equipe em intervalo mínimo
do trabalho seja a auditoria independente, realizado em de três anos.
demonstrações contábeis relativas ao exercício
encerrado até o dia 31 de dezembro do ano anterior; NBC P 1.2 – INDEPENDÊNCIA
b) a relação dos nomes do seu pessoal técnico existente
em 31 de dezembro do ano anterior; e (Aprovada pela Resolução CFC nº 1.034/05)
c) a relação de seus clientes cujos honorários
representem mais de 10% do seu faturamento anual, 1.2.1. DEFINIÇÕES
bem como os casos onde o faturamento de outros
serviços prestados aos mesmos clientes de auditoria,
ultrapassarem, na média dos últimos 3 anos, os 1.2.1.1. Esta norma estabelece condições e
honorários dos serviços de auditoria. procedimentos para cumprimento dos requisitos de
independência profissional nos trabalhos de auditoria.
1.9.2 - Quando solicitado, o auditor deverá disponibilizar
e fornecer, no prazo de trinta dias, a relação de seus 1.2.1.2. Entidade de auditoria é a instituição vista no seu
clientes e outras informações necessárias à fiscalização conjunto, ou seja, o auditor independente pessoa física
da atividade de auditoria independente. ou jurídica, inclusive pessoas jurídicas sob a mesma
administração, tais como as de consultoria e/ou
1.9.3 - A relação de clientes referida no item 1.9.2 assessoria e, em sendo o caso, as demais entidades de
deverá identificar as Companhias Abertas, Instituições auditoria por rede, atuando no Brasil ou no exterior.
Financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar
pelo Banco Central do Brasil, Fundos de Investimento, 1.2.1.3. Entidade de auditoria por rede é aquela sob
Entidades autorizadas a funcionar pela SUSEP – controle, administração, razão social ou nome fantasia
Superintendência de Seguros Privados, Administradoras comuns, inclusive por associação.
de Consórcio, Entidades Fechadas de Previdência
Privada, Empresas Estatais (Federais, Estaduais e 1.2.1.4. Entidade auditada é aquela na qual uma
Municipais), Empresas Públicas, sociedades por ações entidade de auditoria realiza trabalho de auditoria das
de capital fechado com mais de 100 acionistas e as Demonstrações Contábeis com o objetivo de emissão
sociedades limitadas que tenham o controle societário, de parecer ou formação de juízo sobre estas. Quando a
direto ou indireto, das entidades referidas neste item. entidade auditada é emissora de ações negociadas em
bolsa de valores, a entidade auditada inclui sempre suas
1.9.4 - As informações prestadas aos Conselhos entidades relacionadas.
Regionais de Contabilidade serão resguardadas pelo
sigilo, nos termos previstos nestas normas. 1.2.1.5. Entidade relacionada é aquela que tem uma
das seguintes relações com a entidade auditada:
1.10 - EDUCAÇÃO CONTINUADA6 a) entidade que tem controle direto ou indireto sobre
a entidade auditada, desde que a entidade auditada
1.10.1 - O auditor independente, no exercício de sua seja relevante para essa entidade;
atividade, deverá comprovar a participação em
b) entidade com interesse financeiro direto na
 entidade auditada, desde que tal entidade tenha
4
Vide NBC P 1.8 UTILIZAÇÃO DE TRABALHOS influência significativa sobre a entidade auditada e o
DE ESPECIALISTAS. interesse na entidade auditada seja relevante para
5
Aprofundar conhecimentos pelo estudo da essa entidade;
INTERPRETAÇÃO TÉCNICA NBC P 1 IT 01.
6
Aprofundar conhecimentos pelo estudo da NBC 
7
P 4. Procedimento de que trata o Artigo 34 da Aprofundar conhecimentos pelo estudo da NBC
Instrução CVM nº 308/1999. P 1.2 INDEPENDÊNCIA.
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c) entidade sobre a qual a entidade auditada tenha b) aparência de independência – evitar fatos e
controle direto ou indireto; circunstâncias significativos a ponto de um terceiro bem
informado, tendo conhecimento de todas as informações
d) entidade na qual a entidade auditada, ou uma pertinentes, incluindo as salvaguardas aplicadas,
entidade a esta relacionada, tenha um interesse concluir dentro do razoável que a integridade, a
financeiro direto que lhe proporcione influência objetividade ou o ceticismo profissional de uma entidade
significativa, ou seja, preponderância nas de auditoria ou de um membro da equipe de auditoria
deliberações sociais, sobre essa entidade e o ficaram comprometidos.
interesse seja relevante para a entidade auditada e
sua entidade relacionada; e 1.2.2.3. Independência pode ser afetada por ameaças
e) entidade sob controle comum ao da entidade de interesse próprio, auto-revisão, defesa de interesses
auditada desde que essa entidade e a entidade da entidade auditada, familiaridade e intimidação.
auditada sejam, ambas, relevantes para a entidade
controladora. 1.2.2.4. Ameaça de interesse próprio ocorre quando
uma entidade de auditoria ou um membro da equipe de
1.2.1.6. Equipe de auditoria são: auditoria poderia auferir benefícios de um interesse
financeiro na entidade auditada, ou outro conflito de
a) todos os profissionais que participam do trabalho de interesse próprio com essa entidade auditada.
auditoria;
1.2.2.5. Ameaça de auto-revisão ocorre quando o
b) todas as outras pessoas da entidade de auditoria resultado de um trabalho anterior precisa ser
capazes de influir, diretamente, sobre o resultado do reanalisado ao serem tiradas conclusões sobre o
trabalho de auditoria, incluindo: trabalho de auditoria ou quando um membro da equipe
de auditoria era, anteriormente, administrador ou diretor
b.1) aquelas que recomendam a remuneração do sócio da entidade auditada, ou era um funcionário cujo cargo
do trabalho de auditoria no âmbito da realização do lhe permitia exercer influência direta e importante sobre
trabalho de auditoria, ou que são responsáveis diretas o objeto do trabalho de auditoria.
pela supervisão ou gerenciamento daquele profissional.
Isso inclui todas as pessoas que ocupem cargos 1.2.2.6. Ameaça de defesa de interesses da entidade
superiores ao sócio-líder do trabalho, sucessivamente, auditada ocorre quando a entidade de auditoria ou um
até o presidente da entidade de auditoria; membro da equipe de auditoria defendem ou parecem
defender a posição ou a opinião da entidade auditada, a
b.2) aquelas que dão consultoria de cunho técnico ou ponto de poderem comprometer ou darem a impressão
setorial sobre questões, transações ou fatos relativos ao de comprometer a objetividade. Pode ser o caso da
trabalho de auditoria; e entidade de auditoria ou membro da equipe de auditoria
que subordina seu julgamento ao da entidade auditada.
b.3) aquelas que efetuam o controle de qualidade do
trabalho de auditoria. 1.2.2.7. Ameaça de familiaridade ocorre quando, em
virtude de um relacionamento estreito com uma
c) todas as pessoas de uma entidade de auditoria por entidade auditada, com seus administradores, com
rede capazes de influir, diretamente, sobre o resultado diretores ou com funcionários, uma entidade de
do trabalho de auditoria. auditoria ou membro da equipe de auditoria passam a
se identificar, demasiadamente, com os interesses da
1.2.1.7. Membros imediatos da família são o cônjuge e entidade auditada.
todos os dependentes, financeiramente, dos membros
da equipe de auditoria. 1.2.2.8. Ameaça de intimidação ocorre quando um
membro da equipe de auditoria encontra obstáculos
1.2.2. CONCEITOS para agir, objetivamente, e com ceticismo profissional
1.2.2.1. A condição de independência é fundamental e devido a ameaças, reais ou percebidas, por parte de
óbvia para o exercício da atividade de auditoria administradores, diretores ou funcionários de uma
independente. Entende-se como independência o entidade auditada.
estado no qual as obrigações ou os interesses da
entidade de auditoria são, suficientemente, isentos dos 1.2.2.9. A entidade de auditoria e os membros da equipe
interesses das entidades auditadas para permitir que os de auditoria têm a responsabilidade de manter-se
serviços sejam prestados com objetividade. Em suma, é independentes, levando em conta o contexto em que
a capacidade que a entidade de auditoria tem de julgar exercem suas atividades, as ameaças à independência
e atuar com integridade e objetividade, permitindo a e as salvaguardas disponíveis para eliminar as ameaças
emissão de relatórios ou pareceres imparciais em ou reduzi-las a um nível aceitável.
relação à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios,
aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais 1.2.2.10. Quando são identificadas ameaças, exceto
partes que possam estar relacionadas com o seu aquelas, claramente, insignificantes, devem ser
trabalho. definidas e aplicadas salvaguardas adequadas para
eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável.
1.2.2.2. A independência exige: Essa decisão deve ser documentada. A natureza das
a) independência de pensamento – postura que permite salvaguardas a aplicar varia conforme as circunstâncias.
expressar uma opinião sem ser afetado por influências Sempre se deve considerar o que um terceiro bem
que comprometem o julgamento profissional, permitindo informado, tendo conhecimento de todas as informações
à pessoa agir com integridade, objetividade e ceticismo pertinentes, incluindo as salvaguardas aplicadas,
profissional; concluiria, numa avaliação razoável, ser inaceitável. A
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consideração do auditor é afetada por questões como a


importância da ameaça, a natureza do trabalho de 1.2.3.4. As únicas ações disponíveis para eliminar a
auditoria, os usuários previstos do relatório e a estrutura perda de independência são:
da entidade de auditoria.
a) alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa
física tornar-se membro da equipe de auditoria;
1.2.2.11. As entidades de auditoria devem instituir
políticas e procedimentos relativos às b) alienar o interesse financeiro indireto relevante em
comunicações de independência com os sua totalidade ou alienar uma quantidade suficiente dele
organismos de governança da entidade auditada. No para que o interesse remanescente deixe de ser
caso da auditoria de entidades registradas em relevante antes de a pessoa tornar-se membro da
bolsas de valores, a entidade de auditoria deve equipe de auditoria; ou
comunicar, formalmente, ao menos uma vez por
ano, todos os relacionamentos e as outras questões c) afastar o membro da equipe de auditoria do trabalho
entre a entidade de auditoria, as entidades de da empresa auditada.
auditoria por rede e a entidade auditada que, de
acordo com o julgamento profissional da entidade 1.2.3.5. No caso de sócio da entidade de auditoria ou
de auditoria, podem ser consideradas, em uma membro imediato de sua família, as ações de que
perspectiva razoável, como afetando a tratam as alíneas “a” e “b” acima devem ser tomadas
independência. Os assuntos a serem comunicados antes do início dos trabalhos.
variam em cada caso e devem ser decididos pela
entidade de auditoria, mas devem, em geral, tratar 1.2.3.6. A violação inadvertida no tocante a interesse
dos assuntos relevantes expostos nesta norma. financeiro em uma entidade auditada não prejudicaria a
1.2.3. PERDA DE INDEPENDÊNCIA independência da entidade de auditoria, da entidade de
auditoria por rede ou de um membro da equipe de
1.2.3.1. Determinadas situações caracterizam a perda auditoria se:
de independência da entidade de auditoria em relação à
entidade auditada. Assim sendo, são apresentados a) a entidade de auditoria e a entidade de auditoria por
alguns exemplos dessas situações e das ações a serem rede têm políticas e procedimentos instituídos que
tomadas pela entidade de auditoria: requerem que todos os profissionais informem,
prontamente, à entidade de auditoria quaisquer
1.2.3.2. Interesses financeiros são a propriedade de violações resultantes da compra, da herança ou de
títulos e valores mobiliários e quaisquer outros tipos de outra forma de aquisição de um interesse financeiro na
investimentos adquiridos ou mantidos pela entidade de entidade auditada;
auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria
ou membros imediatos da família destas pessoas, b) a entidade de auditoria e a entidade de auditoria por
relativamente à entidade auditada, suas controladas ou rede informam, prontamente, o profissional que o
integrantes de um mesmo grupo econômico, dividindo- interesse financeiro deve ser alienado; e
se em diretos e indiretos.
c) a alienação for efetuada quando da identificação do
1.2.3.2.1. Interesses financeiros diretos são aqueles problema, ou o profissional é afastado da equipe de
sobre os quais o detentor tem controle, seja em ações, auditoria.
debêntures ou em outros títulos e valores mobiliários; e
1.2.3.7. Quando ocorrer uma violação inadvertida no
1.2.3.2.2. Interesses financeiros indiretos são aqueles tocante a um interesse financeiro na entidade auditada,
sobre os quais o detentor não tem controle algum, ou a entidade de auditoria deve considerar se devem ser
seja, são interesses em empresas ou outras entidades, aplicadas salvaguardas que podem ser:
mantidas por titular beneficiário mediante um plano de
investimento global, sucessão, fideicomisso, fundo a) obtenção da participação de um auditor adicional que
comum de investimento ou entidade financeira sobre os não tenha feito parte do trabalho de auditoria para
quais a pessoa não detém o controle nem exerce revisar o trabalho feito pelo membro da equipe de
influência significativa. A relevância de um interesse auditoria; ou
financeiro indireto deve ser considerada no contexto da
entidade auditada, do trabalho e do patrimônio líquido b) exclusão da pessoa da tomada de decisões
do indivíduo em questão. Um interesse financeiro importantes referentes ao trabalho de auditoria.
indireto é considerado relevante se seu valor for
superior a 5% do patrimônio líquido da pessoa. Para 1.2.3.8. A perda de independência pode-se dar ainda
esse fim, deve ser adicionado o patrimônio líquido dos por:
membros imediatos da família.
a) operações de créditos e garantias com a entidade
1.2.3.3. Se a entidade de auditoria, um membro da auditada;
equipe de auditoria ou o responsável técnico do trabalho b) relacionamentos comerciais com a entidade auditada;
de auditoria ou outros membros dentro da entidade de c) relacionamentos familiares e pessoais com a entidade
auditoria, em nível gerencial, que possam influenciar o auditada;
resultado dos trabalhos, ou um membro imediato da d) atuação como administrador ou diretor de entidade
família destas pessoas tiver um interesse financeiro auditada.
direto ou um interesse financeiro indireto relevante na
entidade auditada, está caracterizada a perda de
independência.

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1.2.4. OPERAÇÕES DE CRÉDITOS E GARANTIAS 1.2.5.2. Relacionamentos comerciais em condições


diferenciadas, privilegiadas e relevantes com entidades
1.2.4.1. A entidade de auditoria, sócios, membros da auditadas afetam a independência do auditor e, nesses
equipe e membros imediatos da família destas pessoas casos, deve ser adotada uma das seguintes ações:
não podem ter operações relevantes de operações de
créditos ou garantia de operações de créditos com
instituições financeiras que sejam entidade auditada. As a) terminar o relacionamento comercial;
seguintes transações são permitidas, se realizadas b) substituir o membro da equipe que tenha
dentro dos requisitos e das condições oferecidos a relacionamento comercial; ou
terceiros: c) recusar a realização do trabalho de auditoria.

a) operações de créditos para aquisição de veículo; 1.2.6. RELACIONAMENTOS FAMILIARES E


PESSOAIS
b) arrendamento de veículo;
1.2.6.1. A perda de independência está sujeita a uma
c) saldos em cartão de crédito que não superem 20 série de fatores, entre eles as responsabilidades do
salários-mínimos; e membro da equipe de auditoria no trabalho, a
d) operações de créditos para aquisição de imóveis, proximidade do relacionamento e o papel do membro da
com garantia. família ou de relacionamento pessoal na entidade
auditada.
1.2.4.2. Caso o empréstimo não seja feito em condições
normais de crédito para quaisquer das partes, é 1.2.6.2. As funções ocupadas por pessoas próximas ou
necessária uma das seguintes ações para impedir a familiares, que prejudicam a independência da entidade
caracterização da perda de independência: de auditoria, são aquelas que:
a) liquidação total do empréstimo pela entidade de
auditoria; a) exercem influência significativa sobre as políticas
operacionais, financeiras ou contábeis. Em geral, diz
b) liquidação total do empréstimo pelo sócio ou membro respeito a uma pessoa que tem funções como
da equipe da entidade de auditoria; ou presidente, diretor, administrador, gerente geral de uma
entidade auditada;
c) afastamento do sócio ou membro da equipe de
trabalho de auditoria.
b) exercem influência nas Demonstrações Contábeis da
1.2.4.3. É, expressamente, proibida para entidades entidade auditada. Em geral, diz respeito a funções
de auditoria, sócios, membros da equipe e membros consideradas críticas no ambiente contábil como
da família destas pessoas a obtenção de operações controller, gerente de contabilidade, contador; e
de créditos por meio de entidades auditadas.
c) são consideradas sensíveis sob o ponto de vista da
1.2.4.4. Não devem ser considerados, para efeito de auditoria. Em geral, inclui cargos com atribuições de
independência, as operações de créditos monitoramento dos controles internos da entidade
contratados em período anterior ao relacionamento auditada, como, por exemplo, tesoureiro, auditor interno,
do auditor independente com a instituição gerente de compras/vendas, entre outras.
financeira, ou antes, que o profissional faça parte da
equipe de auditoria, desde que tenha sido 1.2.7. VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS OU SIMILARES
contratado em condições de mercado e mantidos os POR ADMINISTRADORES, EXECUTIVOS OU
prazos e as condições originais. EMPREGADOS DA ENTIDADE AUDITADA
1.2.4.5. Se a entidade de auditoria ou um membro da MANTIDOS, ANTERIORMENTE, COM A ENTIDADE
equipe de auditoria conceder empréstimo a uma DE AUDITORIA
entidade auditada que não seja um banco ou instituição
semelhante, ou garantir um empréstimo tomado por 1.2.7.1. A independência da entidade de auditoria ou
essa entidade auditada, a ameaça de interesse próprio membro de sua equipe pode ser comprometida se um
criada seria tão importante que nenhuma salvaguarda diretor ou um administrador ou empregado da entidade
poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável, a menos auditada, em condições de exercer influência direta e
que o empréstimo ou a garantia fosse irrelevante tanto significativa sobre o objeto do trabalho de auditoria, tiver
para a entidade de auditoria ou membro da equipe de sido um membro da equipe de auditoria ou sócio da
auditoria como para a entidade auditada. entidade de auditoria. Este comprometimento da
independência ocorre dependendo dos seguintes
1.2.5. RELACIONAMENTOS COMERCIAIS COM A fatores:
ENTIDADE AUDITADA
a) influência do cargo da pessoa na entidade auditada;
1.2.5.1. As transações comerciais da entidade de b) grau de envolvimento que a pessoa terá com a
auditoria, de sócios e membros da equipe de auditoria equipe de auditoria;
com uma entidade auditada devem ser feitas dentro do c) tempo decorrido desde que a pessoa foi membro da
curso normal de negócios e na mesma condição com equipe de auditoria ou da entidade de auditoria; e
terceiros. No entanto, essas operações não podem ser d) cargo que a pessoa tiver exercido na equipe ou na
de tal dimensão que criem uma ameaça de interesse entidade de auditoria.
próprio.

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1.2.7.2. Após avaliados os fatores de que trata o item 1.2.7.6. Se, durante o período coberto pela auditoria, um
anterior, ações visando salvaguardar a independência membro da equipe de auditoria tenha atuado como
da entidade de auditoria devem ser aplicadas, tais como administrador ou como executivo da entidade auditada,
as seguintes: ou tenha sido um empregado ocupando posição que lhe
permitisse exercer influência direta e significativa no
a) modificar o plano de auditoria, se necessário; objeto da auditoria, a ameaça à perda de independência
é tão significativa que nenhuma salvaguarda pode
b) designar uma equipe de auditoria que inclua reduzi-la a um nível aceitável. Conseqüentemente, tais
membros com experiência superior àquela do indivíduos não devem ser designados como membros
profissional que transferiu-se para a entidade auditada; da equipe de auditoria.

c) envolver um outro profissional que não seja membro 1.2.7.7. Se, durante período, imediatamente, anterior ao
da equipe de auditoria para revisar o trabalho realizado; período coberto pela auditoria, um membro da equipe
ou de auditoria tenha atuado como administrador ou como
executivo da entidade auditada, ou tenha sido um
d) ampliar o nível de controle de qualidade do trabalho. empregado, ocupando posição que lhe permitisse
exercer influência direta e significativa no objeto da
1.2.7.3. Nos casos estabelecidos na alínea “k” do item auditoria, isso pode criar ameaças de interesse próprio,
1.2.10.6, as seguintes condições devem ser de auto-revisão ou de familiaridade. Por exemplo, essas
observadas: ameaças seriam criadas se uma decisão tomada ou um
trabalho executado pelo indivíduo no período,
a) a pessoa em questão não tem nenhum benefício da imediatamente, anterior, enquanto empregado pela
entidade de auditoria, a menos que, em razão de entidade auditada está para ser analisado como parte
acordos feitos anteriormente e de montantes prefixados; da auditoria no período corrente. A significância dessas
além disso, o valor devido à pessoa pela entidade de ameaças depende de fatores como:
auditoria não deve ser de importância que possa
ameaçar a independência da entidade de auditoria; e a) a posição que o indivíduo ocupava na entidade
auditada;
b) a pessoa não participa e não aparenta participar dos
negócios ou da atividades da entidade de auditoria. b) o lapso de tempo decorrido de, no mínimo, dois anos
desde que o indivíduo desvinculou-se da entidade
1.2.7.4. Constitui-se conflito de interesse e possível auditada e venha exercer função de responsabilidade,
perda de independência da entidade de auditoria como encarregado, supervisor ou gerente de equipe ou
quando um sócio ou um membro da equipe de auditoria sócio da entidade de auditoria na condução dos
possa estar em processo de negociação para ingressar trabalhos na entidade auditada;
na entidade auditada. Essa ameaça é reduzida a um
nível aceitável mediante a aplicação de todas as c) a função que o indivíduo ocupa na equipe de
seguintes ações: auditoria.

a) manter políticas e procedimentos no sentido de exigir 1.2.7.8. A significância dessas ameaças deve ser
que a pessoa envolvida com a entidade auditada, avaliada e, se seu nível não for, claramente,
quanto ao seu possível ingresso como executivo ou insignificante, salvaguardas devem ser consideradas e
empregado de tal entidade, notifique a entidade de aplicadas, conforme necessário, para reduzir tais
auditoria sobre tal circunstância no momento inicial do ameaças a um nível aceitável. Tais salvaguardas podem
processo; incluir:

b) não designar sócio ou membro da equipe que esteja a) envolvimento de um outro profissional para revisar o
em processo de negociação com a entidade auditada; e trabalho executado pelo indivíduo enquanto membro da
equipe de auditoria; ou
c) avaliar a necessidade de realizar uma revisão,
independentemente, de todos os julgamentos b) discussão do assunto com os órgãos de governança
significativos feitos por aquela pessoa enquanto corporativa da entidade auditada.
participava do trabalho.
1.2.8. ATUANDO COMO ADMINISTRADOR OU
1.2.7.5. Membros da entidade de auditoria que, DIRETOR DE ENTIDADES AUDITADAS
anteriormente, eram administradores, executivos ou
empregados da entidade auditada – a atuação como 1.2.8.1. Se um sócio ou um membro da entidade de
membro da equipe de auditoria de um ex-administrador, auditoria atuar também como diretor, membro do
um executivo ou um empregado da entidade auditada, conselho de administração, conselho fiscal ou executivo
consideradas determinadas circunstâncias, caracteriza- da entidade auditada, a ameaça criada à perda de
se como perda de independência da entidade de independência é de tal magnitude que não existe
auditoria. Isso se aplica, particularmente, no caso em salvaguarda ou ação a ser aplicada que possa impedir o
que um membro da equipe tenha que reportar, por conflito de interesse. E, neste caso, a realização do
exemplo, sobre elementos das Demonstrações trabalho deve ser recusada.
Contábeis que ele mesmo tenha preparado, ou ajudado
a preparar, enquanto atuando na entidade auditada.

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1.2.9. ROTAÇÃO DOS LÍDERES DE EQUIPE DE 1.2.10.3. A prestação desses outros serviços,
AUDITORIA entretanto, não pode criar ameaças à independência
da entidade de auditoria ou de membros da equipe
1.2.9.1. Visando possibilitar contínua renovação da de auditoria.
objetividade e do ceticismo do auditor, necessários na
auditoria, é requerida a rotação dos responsáveis 1.2.10.4. Os princípios básicos que devem
técnicos pelos trabalhos na entidade auditada. fundamentar qualquer regra de independência do
auditor são:
1.2.9.2.Alguns fatores que podem influenciar a a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho;
objetividade e o ceticismo do auditor são:
b) o auditor não deve exercer funções gerenciais na
a) tempo que o profissional faz parte da equipe de entidade auditada; e
auditoria. O risco de perda da objetividade e do c) o auditor não deve promover interesses da
ceticismo pode ocorrer com o passar dos anos; e entidade auditada.
b) função do profissional na equipe de auditoria. O risco 1.2.10.5. Conseqüentemente, é necessário avaliar se
de perda da objetividade e do ceticismo é maior no a realização desses outros serviços pode vir a criar
pessoal de liderança da equipe, ou seja, os conflitos de interesses e, por conseguinte, possível
responsáveis técnicos. Neste aspecto, entende-se que perda de independência.
as demais funções da equipe de auditoria, ou seja, as
1.2.10.6. Entre outros, os serviços abaixo, também
funções de gerente, sênior ou encarregado e
chamados de consultoria, podem caracterizar a
assistentes dedicam-se a realizar os trabalhos de
perda de independência:
auditoria e não a tomar decisões-chave. Adicionalmente,
os trabalhos executados por estes últimos são revisados a) serviços de avaliação de empresas e reavaliação de
pelos membros mais experientes da equipe de auditoria ativos;
e as conclusões obtidas são por estes corroboradas.
b) serviços de assistência tributária, fiscal e parafiscal;
1.2.9.3. Visando impedir o risco de perda da c) serviços de auditoria interna à entidade auditada;
objetividade e do ceticismo do auditor, é necessária a
aplicação das seguintes ações: d) serviços de consultoria de sistema de informação
computadorizado;
a) rotação do pessoal de liderança da equipe de e) serviços de apoio em litígios, perícia judicial ou
auditoria a intervalos menores ou iguais a cinco anos extrajudicial;
consecutivos; e
f) serviços de finanças corporativas e assemelhados;
b) intervalo mínimo de três anos para o retorno do
g) serviços de seleção de executivos;
pessoal de liderança à equipe.
h) registro (escrituração) contábil.
1.2.9.4. Como é impraticável a rotação nas entidades de
auditoria de porte pequeno, com apenas um sócio ou h.1) a execução, para uma entidade auditada, de
diretor e auditores pessoas físicas, para atender ao serviços como a preparação de registros contábeis ou
estabelecido nas alíneas “a” e “b” acima nos anos em elaboração de Demonstrações Contábeis caracteriza-se
que se completarem os cinco anos e durante os como conflito de interesse e, conseqüentemente, perda
próximos três anos dos prazos estabelecidos nesse de independência.
item, seus trabalhos devem ser submetidos à revisão
por outra entidade de auditoria, que emitirá relatório h.2) cabe à administração da entidade auditada
circunstanciado sobre a correta aplicação das normas providenciar, por intermédio de seu corpo de
profissionais e das técnicas nestes trabalhos, profissionais ou de contabilista independente, a
encaminhando-o ao Conselho Federal de Contabilidade manutenção dos registros contábeis e a elaboração de
até 31 de julho de cada ano. Demonstrações Contábeis, embora a entidade auditada
possa solicitar assistência à entidade de auditoria;
1.2.10. PRESTAÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS
h.3) porém, se a entidade de auditoria e o pessoal que
1.2.10.1. As entidades de auditoria prestam,
presta assistência à entidade auditada tomarem
usualmente, outros serviços para as entidades
decisões gerenciais, surge o conflito de interesses e,
auditadas, compatíveis com seu nível de
também neste caso, ocorre a perda da independência;
conhecimento e capacitação.
1.2.10.2. As entidades auditadas valorizam os h.4) conseqüentemente, o pessoal da entidade de
serviços proporcionados por essas entidades de auditoria não deve tomar tais decisões. São exemplos
auditoria quando estas possuem um bom de decisões gerenciais:
entendimento do negócio e contribuem com
conhecimento e capacitação em outras áreas. Além h.4.1) escriturar registros contábeis;
disso, muitas vezes, a prestação desses outros
serviços, não de auditoria, proporcionam às equipes h.4.2) apurar ou alterar lançamentos em diários ou a
de auditoria desenvolvimento de conhecimentos classificação de contas ou operações ou outros registros
relativos aos negócios e operações da entidade contábeis sem obtenção da aprovação expressa da
auditada, que são proveitosos para o próprio entidade auditada;
trabalho de auditoria.
h.4.3) autorizar ou aprovar operações; e
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h.4.4) preparar documento fonte de dados (inclusive reavaliação de ativos, para a constituição de reserva no
decisões sobre premissas de avaliações) ou fazer patrimônio líquido da entidade auditada ou para
alterações em tais documentos ou dados. qualquer outra forma de registro contábil;

h.5) para os exemplos acima, não há nenhuma i.6) a entidade de auditoria não deve realizar avaliações
providência de salvaguarda para garantir a ou reavaliações para entidades auditadas nas quais o
independência da entidade de auditoria, a não ser a resultado, a valor de mercado ou a valor econômico,
recusa dos serviços de assistência à entidade auditada tenha, direta ou indiretamente, reflexos relevantes nas
ou a recusa da realização da auditoria. Demonstrações Contábeis que estiver auditando. Não
há, portanto, para esses casos, nenhuma ação de
i) serviços de avaliação de empresas e reavaliação salvaguarda que impeça a perda de independência, por
de ativos; não poder auditar o seu próprio trabalho, que não seja a
recusa dos serviços de avaliação ou a renúncia à
i.1) uma avaliação econômico-financeira compreende a realização da auditoria. Conseqüentemente, no
formulação de premissas relativas a acontecimentos exercício seguinte, após as Demonstrações Contábeis
futuros, a aplicação de determinadas metodologias e terem sido auditadas por outro auditor independente, a
técnicas e a combinação de ambas para calcular um entidade de auditoria que, atuando como especialista,
determinado valor, ou intervalo de valores, para um efetuou a avaliação pode ser contratada sem quebra de
ativo, um passivo ou uma entidade como um todo. independência, desde que o outro auditor independente
não tenha compartilhado em seu parecer
i.2) pode ser criada uma ameaça de auto-revisão responsabilidade sobre o resultado da avaliação
quando uma entidade de auditoria ou uma entidade de efetuada;
auditoria por rede fizerem uma avaliação para uma
entidade auditada que deva ser incorporada às i.7) a emissão de laudo de avaliação a valores
Demonstrações Contábeis da entidade auditada. Neste contábeis, apesar de se diferenciar de relatório de
caso, pode ser estabelecido o conflito de interesses auditoria e acarretar responsabilidades profissionais
quando uma entidade de auditoria fizer uma avaliação distintas ao profissional que o elabora, é formulada com
para uma entidade auditada, inclusive controladas, base na auditoria de um balanço patrimonial, pois tem
coligadas ou pertencentes ao mesmo grupo econômico como objeto o patrimônio mensurado de acordo com as
a que deva ser incorporada, fusionada, cindida ou Normas Brasileiras de Contabilidade, portanto, não
utilizada para a integralização de capital, caracterizando, configura a incompatibilidade ou o conflito de interesses
assim, a perda de independência; com a prática da auditoria independente e, assim sendo,
não resulta em perda de independência.
i.3) se o serviço de avaliação envolver questões
relevantes para as Demonstrações Contábeis e um grau j) serviços de assistência tributária, fiscal e
significativo de subjetividade, a ameaça de auto-revisão parafiscal;
não pode ser reduzida a um nível aceitável mediante a
aplicação de nenhuma salvaguarda. Dessa forma, tais j.1) é comum a entidade de auditoria ser solicitada a
serviços de avaliação não devem ser prestados ou, prestar serviços de consultoria tributária, fiscal e
alternativamente, o trabalho de auditoria deve ser parafiscal a uma entidade auditada. Tais serviços
recusado; compreendem uma gama variada de tipos, incluindo:

i.4) a realização de serviços de avaliação que não são, j.1.2) o cumprimento das leis e das normas;
nem separadamente nem em conjunto, relevantes para
as Demonstrações Contábeis, e que não sejam j.1.3) a emissão de cartas-consultas;
utilizados na determinação de valores relevantes nas
Demonstrações Contábeis ou que não envolvem um j.1.4) a assistência técnica na solução de divergências
grau significativo de subjetividade, pode criar uma quanto a impostos e contribuições; e
ameaça de auto-revisão capaz de ser reduzida a um
nível aceitável mediante a aplicação de salvaguardas. j.1.5) o planejamento tributário.
Essas salvaguardas podem ser:
j.2) esses trabalhos não são, geralmente, considerados
i.4.1) obter a participação de um auditor adicional que ameaças à independência da entidade de auditoria, pois
não tenha sido membro da equipe de auditoria para não caracterizam a perda real ou suposta da sua
revisar o trabalho feito ou opinar conforme necessário; objetividade e da sua integridade;

i.4.2) confirmar com a entidade auditada o entendimento j.3) planejamento tributário é a atividade que auxilia a
desta sobre as premissas de avaliação e a metodologia administração dos tributos, projeta os atos e fatos
a serem usadas, e obter aprovação para seu uso; administrativos ou relacionados com a melhor
abordagem no tratamento a ser dado a determinado
i.4.3) obter da entidade auditada uma declaração de produto ou serviço da entidade auditada, com o objetivo
aceitação de responsabilidade pelos resultados do de mensurar quais os ônus tributários em cada uma das
trabalho realizado pela entidade de auditoria; e opções legais disponíveis, maximizando vantagens e
reduzindo riscos, se efetuado em bases estritamente
i.4.4) tomar providências para que o pessoal que prestar científicas;
tais serviços não participe do trabalho de auditoria.

i.5) o mesmo ocorre com os serviços de avaliação a


valor de reposição, de mercado ou similar para fins de
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j.4) entretanto, quando o denominado e já conceituado k.3.5) assegurar que a entidade auditada avalie a
planejamento tributário é realizado sem levar em adequação dos procedimentos de auditoria interna
consideração bases estritamente científicas e não executados e as conclusões resultantes mediante a
estiver amparado legalmente e suportado por obtenção de relatórios da entidade de auditoria e a
documentação hábil e idônea, pode nascer a figura da tomada de decisões com base nesses relatórios; e
fraude, do ato simulado ou dissimulado, podendo, nesse
momento, proporcionar conflito de interesse e, portanto, k.3.6) assegurar que as conclusões e as
a perda de independência da entidade de auditoria. recomendações decorrentes da atividade de auditoria
Incluem-se, nesse contexto, os ditos planejamentos interna sejam devidamente informadas aos
tributários que não tenham sido avaliados por responsáveis pela entidade auditada.
consultores jurídicos externos e apresentando risco para
a entidade auditada, ainda que haja a concordância e o k.4) nos casos em que órgãos reguladores específicos
consentimento da administração da entidade auditada. de setores da atividade econômica restrinja a execução
Geralmente, os honorários dos serviços de de trabalhos de auditoria interna, pela entidade de
planejamento tributário cobrados pela entidade de auditoria independente, esta deve atender àquela
auditoria, nestes casos, incluem importante parcela regulamentação.
variável proporcional ao benefício conseguido pela
entidade auditada. A forma de cobrança de honorários, l) serviços de consultoria de sistemas de informação
entretanto, não é o fator determinante para a computadorizados.
interpretação da perda de independência. Para estes
casos, não há ação de salvaguarda a ser tomada pela l.1) caracteriza-se como conflito de interesse a
entidade de auditoria que não seja a recusa da prestação pela entidade de auditoria de serviços que
prestação do serviço de planejamento tributário ou a envolvam o desenho e a implementação de sistemas de
renúncia da realização dos trabalhos de auditoria informações usados para gerar a informação contábil da
independente; entidade auditada, incluindo os serviços de
remodelamento dos sistemas contábeis de qualquer
j.5) não constituem perda de independência os serviços natureza, como financeiro e de custos.
prestados pela entidade de auditoria relacionados com a
resposta de solicitação de análise e conclusão sobre l.2) não há, portanto, para esses casos, nenhuma ação
estruturação tributária elaborada pela administração da de salvaguarda que impeça a perda de independência
entidade auditada ou por terceiros por ela contratados. que não seja a recusa dos serviços citados ou a
renúncia à realização da auditoria.
k) serviços de auditoria interna à entidade auditada;
l.3) constituem-se trabalhos da especialidade da
k.1) conflitos de interesse podem ser gerados pela entidade de auditoria e parte integrante de seus
prestação, pela entidade de auditoria independente, de exames, portanto sem caracterizar perda de
serviços de auditoria interna a uma entidade auditada; independência, os serviços do tipo:

k.2) os serviços de auditoria interna realizados por uma l.3.1) diagnóstico substanciado em procedimentos de
entidade de auditoria são, geralmente, decorrentes da análise e crítica, desenvolvidos em um desenho já
terceirização do departamento de auditoria interna ou da definido no qual especialistas da entidade de auditoria
solicitação dos chamados trabalhos especiais de podem identificar riscos de sistemas, falhas de fluxo de
auditoria; informações e pontos de melhoria para aprimoramento
do atual desenho;
k.3) em certos casos, o cuidado na manutenção de
determinadas salvaguardas a seguir listadas impede a l.3.2) assistência na revisão da configuração do sistema
existência do conflito de interesses e, por conseguinte, a de controles internos e de informações, na qual o
perda de independência: procedimento visa a eliminar erros ou conflitos
identificados nos sistemas; e
k.3.1) assegurar que o pessoal da entidade de auditoria
não atue e nem pareça atuar em uma condição l.3.3) elaboração de relatórios específicos sobre a
equivalente à de um membro da administração da qualidade dos controles internos e de informação da
entidade auditada; entidade auditada.

k.3.2) assegurar que a entidade auditada reconheça sua m) serviços de apoio em litígios, perícia judicial ou
responsabilidade por instituir, manter e monitorar o extrajudicial.
sistema de controle interno;
m.1) caracteriza-se como conflito de interesse a
k.3.3) assegurar que a entidade auditada designe um prestação, pela entidade de auditoria independente
funcionário competente, preferivelmente da alta ou profissional pessoa física pertencente ao seu
administração, para ser o responsável pelas atividades quadro, de serviços que envolvam a atividade de
de auditoria interna; perito nas esferas judicial ou extrajudicial (esferas
administrativas ou juízo privado–arbitragem).
k.3.4) assegurar que a entidade auditada seja
responsável por avaliar e determinar quais as m.2) não há, portanto, para esses casos, nenhuma
recomendações da entidade de auditoria que devam ser ação de salvaguarda que impeça a perda de
implementadas; independência que não seja a recusa dos serviços
citados ou a renúncia à realização da auditoria.

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n) serviços de finanças corporativas e assemelhados. integram à função do auditor independente e, portanto,


não constitui perda de independência.
n.1) a prestação de serviços, consultoria ou
assistência de finanças corporativas a uma entidade o) serviços de seleção de executivos:
auditada pode criar ameaças à independência, por
poder representar defesa de interesses da entidade o.1) o recrutamento de membros da administração para
auditada ou da revisão do próprio trabalho. No caso a entidade auditada pode criar ameaças atuais ou
de alguns serviços de finanças corporativas, as futuras de conflito de interesses e, por conseguinte,
ameaças à independência criadas são tão perda de independência. A ameaça depende de fatores,
importantes que nenhuma salvaguarda pode ser tais como:
aplicada para reduzi-las a um nível aceitável. Por
exemplo, a promoção, a negociação ou a subscrição o.1.1) a importância da função da pessoa a ser
de ações de uma entidade auditada não é recrutada; e
compatível com a prestação de serviços de
auditoria. Ademais, comprometer a entidade o.1.2) a natureza da assistência solicitada.
auditada com os termos de uma transação ou
realizar a transação em nome da entidade auditada o.2) em geral, a entidade de auditoria pode prestar
criaria uma ameaça à independência tão importante serviços como a seleção de profissionais e recomendar
que nenhuma salvaguarda pode reduzi-la a um nível sua adequação ao cargo na entidade auditada. Além
aceitável. No caso de uma entidade auditada, a disso, a entidade de auditoria pode elaborar uma
prestação dos serviços de finanças corporativas relação sintética de candidatos para entrevista, desde
mencionados acima por uma entidade de auditoria que ela seja feita com base em critérios especificados
ou entidade de auditoria por rede cria uma ameaça à pela entidade auditada; e
independência tão importante que nenhuma
salvaguarda pode reduzi-la a um nível aceitável; o.3) de qualquer modo, em todos os casos, a entidade
de auditoria não deve tomar decisões gerenciais e a
n.2) outros serviços de finanças corporativas podem decisão de quem contratar deve ser deixada a cargo da
criar ameaças à independência do auditor, por poder entidade auditada.
representar defesa do interesse da entidade auditada ou
revisão do próprio trabalho. No entanto, pode haver 1.2.11. PRESENTES E BRINDES
salvaguardas para reduzir tais ameaças a um nível
aceitável. Exemplos de tais serviços incluem auxiliar a 1.2.11.1. Aceitar presentes, brindes ou outros benefícios
entidade auditada a traçar estratégias societárias, de uma entidade auditada pode criar conflitos de
auxiliar na identificação ou apresentar um cliente a interesse e, por conseguinte, perda de independência.
possíveis fontes de capital que satisfaçam às Quando uma entidade de auditoria ou um membro de
especificações ou aos critérios da entidade auditada, e equipe aceitam presentes, brindes ou outros benefícios
prestar consultoria de estruturação e auxiliar a entidade cujo valor não seja claramente insignificante, a perda de
auditada a analisar os efeitos contábeis das transações independência é caracterizada, não sendo possível a
propostas. As salvaguardas a serem consideradas aplicação de qualquer salvaguarda.
incluem:
1.2.12. LITÍGIOS EM CURSO OU IMINENTES
n.2.1) políticas e procedimentos para proibir as pessoas 1.2.12.1. Quando há, ou é provável haver, um litígio
que auxiliam a entidade auditada a tomar decisões entre a entidade de auditoria ou um membro da sua
gerenciais em seu nome; equipe e a entidade auditada, pode ser criado o conflito
de interesse. O relacionamento entre a administração da
n.2.2) utilização de profissionais não-integrantes da entidade auditada e os membros da equipe de auditoria
equipe de auditoria para prestar os serviços; e precisa ser caracterizado por total franqueza e
divulgação completa de todos os aspectos das
n.2.3) uma pessoa no nível apropriado de gerência da operações de negócios da entidade auditada. A
entidade auditada assuma, efetiva e formalmente, a entidade de auditoria e a administração da entidade
função de coordenação do assunto e que se encarregue auditada podem ficar em lados opostos por causa do
em tomar as decisões-chave. litígio, o que pode afetar a disposição da administração
em fazer divulgações completas, e a entidade de
n.3) não se incluem, nesses casos, os trabalhos da auditoria pode se ver ameaçada por conflito de
entidade de auditoria limitados à sua competência interesse. A importância da ameaça criada depende de
profissional, tais como: fatores, tais como:
n.3.1) diagnóstico das diferenças de práticas contábeis a) a relevância do litígio;
entre países; b) a natureza do trabalho de auditoria; e
c) se o litígio diz respeito a um trabalho de auditoria já
n.3.2) assessoria na identificação de controles para fins efetuado.
de levantamento de dados financeiros; e
1.2.12.2. Uma vez avaliada a importância da ameaça,
devem ser aplicadas as seguintes ações, para reduzi-la
n.3.3) aplicação de procedimentos de auditoria sobre os
a um nível aceitável:
ajustes de diferenças entre as práticas contábeis.
a) informar aos níveis superiores da entidade auditada,
n.4) a emissão de carta de conforto, geralmente comum por exemplo: conselho de administração, conselho fiscal
em processos de captação de recursos com emissão de e assembléia de acionista e acionistas controladores, a
títulos, também se incorpora a procedimentos que se extensão e a natureza do litígio;
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b) informar, se aplicável, aos órgãos reguladores interno de qualidade que garantam a qualidade dos
competentes a extensão e a natureza do litígio; serviços prestados.

c) se o litígio envolver um membro da equipe de 1.2.15.2. Assim, os requisitos formais mínimos para
auditoria, afastar aquela pessoa do trabalho de a verificação do cumprimento dos aspectos desta
auditoria; ou Norma estão a seguir indicados.
1.2.15.3. Documentação de declaração individual
d) envolver outro auditor da entidade de auditoria, não- dos profissionais da entidade de auditoria da
integrante da equipe, para revisar o trabalho feito ou existência, ou não, das seguintes questões
opinar conforme necessário. relacionadas a entidades auditadas:

1.2.12.3. Se essas ações não reduzirem a ameaça ao a) interesses financeiros;


conflito de interesse a um nível adequado, a única b) operações de créditos e garantias;
alternativa é recusar o trabalho de auditoria.
c) relacionamentos comerciais relevantes estreitos
1.2.13. INCOMPATIBILIDADE OU INCONSISTÊNCIA com a entidade auditada;
DO VALOR DOS HONORÁRIOS
d) relacionamentos familiares e pessoais; e
1.2.13.1. Honorários contingenciais, conforme definido
e) membros da entidade de auditoria que já foram
na NBC P 1.4 – Honorários Profissionais, não devem
administradores, executivos ou empregados da
ser praticados por gerar conflitos de interesses e, por
entidade auditada.
conseqüência, perda de independência e, dessa forma,
a entidade de auditoria não deve estabelecer honorários 1.2.15.4. A formalização deve ser um processo anual,
contingenciais relacionados a serviços de auditoria por meio eletrônico ou não, contendo uma declaração
prestados para a entidade auditada, suas coligadas, formal de todos os profissionais da entidade de auditoria
controladas, controladoras ou integrantes do mesmo quanto à existência, ou não, de tais vinculações com a
grupo econômico. entidade auditada. Em caso de declarações positivas,
deverá haver a anotação das providências tomadas, tais
1.2.13.2. Quando os honorários de auditoria forem de como: não fará parte da equipe de trabalho na empresa
valor, substancialmente, inferior ao estabelecido para os auditada x.
outros serviços que a entidade de auditoria realize para
a entidade auditada, pode se estabelecer o conflito de 1.2.15.5. Estabelecimento de controle formal que
interesses, por razões de dependência financeira e, por possa permitir a verificação permanente da
conseguinte, a perda de independência. execução de rotação de pessoal.

1.2.13.3. Para que se caracterize a dependência 1.2.15.6. Estabelecimento de arquivos manuais ou


financeira, é necessário que o conjunto dos honorários eletrônicos que permitam verificar outros serviços
de serviços prestados à entidade auditada, ou seja, os executados em entidades auditadas e o valor dos
de auditoria e os demais, seja relevante dentro do total honorários cobrados.
de honorários da entidade de auditoria.
1.2.15.7. Estabelecimento de controle formal que
1.2.13.4. Considera-se como conjunto de honorários permita a divulgação interna das contratações de novas
relevante aquele que represente 25% (vinte e cinco por entidades auditadas, ao mesmo tempo em que cada
cento), ou mais, do total de honorários da entidade de profissional a ser envolvido no trabalho se obrigue a
auditoria. informar sobre eventuais riscos seus de conflitos de
interesses e perda de independência.
1.2.14. OUTRAS SITUAÇÕES
1.2.15.8. Estabelecimento permanente de
1.2.14.1. Conforme explanado no início desta Norma, os treinamento sobre o conteúdo desta Norma no
exemplos de perda de independência citados não são Programa de Educação Profissional Continuada.
exaustivos. Assim sendo, outras situações podem 1.2.16. SANÇÕES
ensejar o conflito de interesses e a perda de
independência. Por este motivo, a entidade de auditoria 1.2.16.1. A inobservância desta Norma constitui infração
deve, permanentemente, avaliar se ela se encontra em disciplinar, sujeita às penalidades previstas nas alíneas
situação que possa ensejar o conflito de interesse e “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de
aparentar a perda de independência e, como parte maio de 1946, e ao Código de Ética Profissional do
dessa análise, verificar as possibilidades de aplicação Contabilista.
de salvaguardas e, não sendo possível, renunciar o
trabalho de auditoria ou outros trabalhos ou atividades NBC P 1.6 – SIGILO
que possam estar produzindo o conflito de interesses e
a perda de independência. (Aprovada pela RESOLUÇÃO CFC N° 1.100/07)
1.2.15. REQUISITOS FORMAIS DE CONTROLE
1.6.1 DISPOSIÇÕES GERAIS
1.2.15.1. A NBC T 11.8 – Supervisão e Controle de
Qualidade determina aos auditores independentes 1.6.1.1. Esta norma estabelece as diretrizes a serem
serem necessárias a implementação e a manutenção empregadas pelo Auditor Independente sobre questões
de regras e procedimentos de supervisão e controle de sigilo profissional nos trabalhos de auditoria.

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1.6.1.2. Entende-se por sigilo, para os efeitos desta 1.6.2.6 O dever de manter o sigilo prevalece:
norma, a obrigatoriedade do Auditor Independente não
revelar, em nenhuma hipótese, salvo as contempladas a) para os Auditores Independentes, mesmo após
neste documento, as informações que obteve e tem terminados os compromissos contratuais;
conhecimento em função de seu trabalho na entidade b) para os contadores designados pelos organismos
auditada. referidos no item 1.6.2.5*, mesmo após o término do
1.6.2 DEVER DO SIGILO vínculo empregatício ou funcional; e

1.6.2.1 O sigilo profissional do Auditor Independente *Retificação do Item 1.6.2.6, letra b) publicada no
deve ser observado nas seguintes circunstâncias: DOU, em 19/9/2007, seção 1, página 91, onde se lê:
1.6.2.5, leia-se: 1.6.2.4.
a) na relação entre o Auditor Independente e a
entidade auditada; c) para os conselheiros do Conselho Federal de
Contabilidade e dos Conselhos Regionais de
b) na relação entre os Auditores Independentes; Contabilidade, mesmo após o término dos
respectivos mandatos.
c) na relação entre o Auditor Independente e os
organismos reguladores e fiscalizadores; e
1.6.2.7 É obrigatório e relevante que todos os
d) na relação entre o Auditor Independente e demais Auditores Independentes tenham procedimentos de
terceiros. proteção de informações sigilosas obtidas durante o
relacionamento com a entidade auditada, por
1.6.2.2 O Auditor Independente deve respeitar e quaisquer meios, devendo dispensar especial
assegurar o sigilo relativamente às informações atenção ao uso de redes de computador internas ou
obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, externas (internet).
não as divulgando, sob nenhuma circunstância,
salvo as contempladas na legislação vigente, bem
como nas Normas Brasileiras de Contabilidade. 1.6.3 DAS SANÇÕES
1.6.2.3 O Auditor Independente, quando previamente
autorizado por escrito, pela entidade auditada, deve 1.6.3.1 A inobservância desta Norma constitui infração
fornecer as informações que por aquela foram ao Código de Ética Profissional do Contabilista e,
julgadas necessárias ao trabalho do Auditor quando aplicável, está sujeita às penalidades previstas
Independente que o suceder, as quais serviram de nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº
base para emissão do último Parecer de Auditoria 9.295, de 27 de maio de 1946.
por ele emitido.
NBC P 1.8 – UTILIZAÇÃO DE TRABALHOS DE
1.6.2.4 O Auditor Independente, quando solicitado, ESPECILIASTAS
por escrito e fundamentadamente, pelo Conselho
Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de (Aprovada pela Resolução CFC nº 1.023/05)
Contabilidade, deve exibir as informações obtidas
durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-
contratação dos serviços, a documentação, papéis 1.8.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
de trabalho, relatórios e pareceres, de modo a
demonstrar que o trabalho foi realizado de acordo 1.8.1.1. Esta norma estabelece as condições e
com as Normas de Auditoria Independente das procedimentos para utilização de especialistas, pelo
Demonstrações Contábeis, da presente norma e das auditor independente, como parte da evidência de seus
demais normas legais aplicáveis. trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis.

1.6.2.4.1 Os contadores designados pelo Conselho


Federal de Contabilidade e pelos Conselhos 1.8.1.2. Ao utilizar-se de trabalhos executados por
Regionais de Contabilidade para efetuarem a outros especialistas legalmente habilitados, o auditor
fiscalização do exercício profissional devem ter a independente deve obter evidência suficiente de que
mesma formação técnico-profissional requerida ao tais trabalhos são adequados para fins de sua auditoria.
Auditor Independente para o trabalho por ele
realizado e assumirão compromisso de sigilo 1.8.1.3. A expressão “especialista” significa um indivíduo
profissional semelhante. ou empresa que detenha habilidades, conhecimento e
experiência em áreas específicas não relacionadas à
1.6.2.4.2 Os organismos profissionais citados no contabilidade ou auditoria.
caput assumirão a responsabilidade civil por perdas
e danos que vierem a ser causados em decorrência 1.8.1.4. A formação e experiência do auditor
da quebra de sigilo pelos profissionais por eles independente lhe permite possuir conhecimentos sobre
designados para o exame dos trabalhos os negócios em geral, mas não se espera que ele tenha
desenvolvidos pelos Auditores Independentes. capacidade para agir em áreas alheias à sua
competência profissional.
1.6.2.5 O Auditor Independente, sob pena de infringir
o sigilo profissional, somente deve divulgar aos 1.8.1.5. Um especialista pode ser:
demais terceiros informações sobre a entidade
auditada ou sobre o trabalho por ele realizado, caso a) contratado pela entidade auditada;
seja autorizado, por escrito, pela administração da b) contratado pelo auditor independente;
entidade com poderes para tanto, que contenha, de c) empregado pela entidade auditada; ou
forma clara e objetiva, os limites das informações a d) empregado pelo auditor independente.
serem fornecidas.
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1.8.1.6. Quando o auditor independente faz uso de 1.8.3.2. O auditor também deve avaliar a objetividade do
especialistas que sejam seus empregados, estes devem especialista. O risco de que a objetividade do
ser considerados como tal e não como auxiliares do especialista seja prejudicada aumenta quando:
processo de auditoria, com a conseqüente necessidade
de supervisão. Assim, nessas circunstâncias, o auditor a) o especialista é empregado da entidade auditada; ou
independente necessita aplicar os procedimentos
previstos nesta norma, mas não necessita avaliar sua b) o especialista é, de alguma forma, relacionado à
competência profissional a cada trabalho onde estes se entidade auditada, como por exemplo ser
envolvam. financeiramente dependente desta ou detendo
investimento na mesma.
1.8.2. NECESSIDADE DE USO DE TRABALHO DE
ESPECIALISTA 1.8.3.3. Se o auditor tiver dúvidas quanto à competência
profissional ou objetividade do especialista, deve discutir
1.8.2.1. Durante a auditoria, o auditor independente suas opiniões com a administração da entidade
pode necessitar obter, em conjunto com a entidade auditada e considerar a necessidade de aplicar
auditada ou de forma independente, evidências para dar procedimentos adicionais de auditoria ou buscar
suporte às suas conclusões. Exemplos dessas evidências junto a outros especialistas de sua confiança.
evidências, na forma de relatórios, opiniões ou
declarações de especialistas são: 1.8.4. ALCANCE DO TRABALHO DO ESPECIALISTA

a) avaliações de certos tipos de ativos, como por 1.8.4.1. O auditor independente deve obter evidência
exemplo terrenos e edificações, máquinas e adequada de que o alcance do trabalho do especialista
equipamentos, obras de arte e pedras preciosas; é suficiente para fins de sua auditoria. Tal evidência
pode ser obtida por meio de revisão dos termos de
b) determinação de quantidades ou condições físicas de contratação geralmente fornecidos pela entidade
ativos, como por exemplo minerais estocados, jazidas e auditada ao especialista ou contrato entre as partes.
reservas de petróleo, vida útil remanescente de Tais termos geralmente cobrem assuntos, tais como:
máquinas e equipamentos;
a) objetivo e alcance do trabalho do especialista;
c) determinação de montantes que requeiram técnicas
ou métodos especializados, como por exemplo b) descrição dos assuntos específicos que o auditor
avaliações atuariais; independente espera que o especialista cubra em seu
trabalho;
d) medição do estágio de trabalhos completados ou a
completar em contratos em andamento; c) o uso pretendido, por parte do auditor independente,
do trabalho do especialista incluindo a eventual
e) interpretações de leis, de contratos, de estatutos ou possibilidade de divulgação a terceiros de sua
de outros regulamentos identidade e envolvimento;

1.8.2.2. Ao determinar a necessidade de utilizar-se do d) o nível de acesso a registros e arquivos a serem


trabalho de especialistas, o auditor independente deve utilizados pelo especialista, bem como eventuais
considerar: requisitos de confidencialidade;

a) a relevância do item da demonstração contábil que e) esclarecimentos sobre eventuais relacionamentos


está sendo analisada; entre a entidade auditada e o especialista, se houver;

b) o risco de distorção ou erro levando em conta a f) informação sobre premissas e métodos a serem
natureza e a complexidade do assunto sendo analisado; empregados pelo especialista e sua consistência com
aqueles empregados em períodos anteriores.
c) conhecimento da equipe de trabalho e a experiência
prévia dos aspectos que estão sendo considerados; e 1.8.4.2. Caso esses assuntos não estejam claramente
informados em comunicação formal ao especialista, o
d) a quantidade e qualidade de outras evidências de auditor independente deve considerar formular tal
auditoria disponíveis para sua análise. comunicação diretamente ao especialista como forma
de obter evidência apropriada para seus fins.
1.8.3. COMPETÊNCIA PROFISSIONAL E
OBJETIVIDADE DO ESPECIALISTA 1.8.5. AVALIANDO O TRABALHO DO ESPECIALISTA

1.8.3.1. Ao planejar o uso do trabalho de um 1.8.5.1. O auditor independente deve avaliar a qualidade
especialista, o auditor independente deve avaliar a e suficiência do trabalho do especialista como parte da
competência do especialista em questão. Isso envolve evidência de auditoria relacionada ao item da
avaliar: demonstração contábil sob análise. Isso envolve uma
avaliação sobre se a substância das conclusões do
a) se o especialista tem certificação profissional, licença especialista foi adequadamente refletida nas
ou registro no órgão de classe que se lhe aplica; e demonstrações contábeis ou fornece suporte adequado
para as mesmas. Além disso, deve concluir sobre:
b) a experiência e reputação no assunto em que o
auditor busca evidência de auditoria. a) a fonte de dados utilizada pelo especialista;

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b) as premissas e métodos utilizados e sua consistência alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295,
com períodos anteriores; de 27 de maio de 1946.

c) os resultados do trabalho do especialista à luz de seu INTERPRETAÇÃO TÉCNICA NBC P 1 IT 01


conhecimento geral sobre os negócios e dos resultados REGULAMENTAÇÃO DO ITEM 1.9 – INFORMAÇÕES
e outros procedimentos de auditoria que tenha aplicado; ANUAIS AOS CONSELHOS
(Aprovada pela Resolução CFC nº 851/99)
1.8.5.2. Ao analisar se a fonte de dados utilizada pelo
especialista é a mais apropriada nas circunstâncias, o Essa Interpretação Técnica (IT) visa a explicitar o item
auditor independente deve utilizar os seguintes 1.9 da Resolução CFC nº 821, de 17 de dezembro de
procedimentos: 1997, que aprovou a NBC P 1 – Normas Profissionais
de Auditor Independente.
a) indagar ao especialista se os procedimentos
aplicados por este último são, no seu julgamento, INFORMAÇÕES SOBRE OS CLIENTES DE
suficientes para garantir que a fonte de dados é AUDITORIA
confiável e relevante; e INFORMAÇÕES SOBRE PESSOAL TÉCNICO
EXISTENTE EM 31/12 DO ANO ANTERIOR
b) revisar ou testar na extensão necessária a fonte de INFORMAÇÕES SOBRE O FATURAMENTO
dados utilizada pelo especialista. INFORMAÇÕES PRESTADAS AOS REGIONAIS

1.8.5.3. A responsabilidade quanto à qualidade e INFORMAÇÕES SOBRE OS CLIENTES DE


propriedade das premissas e métodos utilizados é do AUDITORIA:
especialista. O auditor independente não tem a mesma
capacitação que o especialista e assim, nem sempre 1.1 - Denominação ou Razão Social;
estará em posição para questioná-lo quanto ao trabalho
efetuado. Entretanto, o auditor independente deve 1.2 - Endereço Completo;
compreender as premissas e métodos utilizados para
poder avaliar se, baseado no seu conhecimento da 1.3 - Contabilista responsável pelas Demonstrações
entidade auditada e nos resultados de outros Contábeis;
procedimentos de auditoria, são adequados às
circunstâncias. 1.4 - Sócio/Auditor responsável técnico pelos trabalhos;

1.8.5.4. Se os resultados do trabalho do especialista não 1.5 - Informação se os honorários cobrados do cliente
fornecer suficiente evidência de auditoria ou se não representam mais de 10% do faturamento anual da
forem consistentes com outras evidências possuídas empresa ou do auditor autônomo;
pelo auditor independente, este último deve tomar
devidas providências. Tais providências podem incluir 1.6 - Informar a categoria na qual a entidade auditada se
discussão com a administração da entidade auditada e enquadra:
com o especialista; aplicação de procedimentos de - Cia aberta;
auditoria adicionais; contratação de um outro - Instituição Financeira;
especialista; ou modificação de seu parecer. - Outras autorizadas a funcionar pelo Banco Central;
- Fundo de Investimento;
1.8.6. REFERÊNCIA AO ESPECIALISTA NO - Entidade autorizada a funcionar pela SUSEP;
PARECER DO AUDITOR - Administração de Consórcio;
- Entidade de Previdência Privada;
1.8.6.1. A responsabilidade do auditor fica restrita à sua - Empresa Estatal – Federal/Estadual/Municipal;
competência profissional. - Empresa Pública – sociedade anônima de capital
fechado com mais de 100 acionistas;
1.8.6.2. Em se tratando de um parecer sem ressalva, o - Sociedade por quotas de responsabilidade limitada,
auditor independente não pode fazer referência do que tenha o seu controle societário direto ou indireto de
trabalho de especialista no seu parecer. alguma entidade do tipo enumerado nos itens
anteriores;

1.8.6.3. Em situações onde especialista legalmente 1.7 - Patrimônio Líquido da Entidade Auditada na data
habilitado for contratado pela entidade auditada, sem das Demonstrações Contábeis.
vínculo empregatício, para executar serviços que
tenham efeitos relevantes nas demonstrações INFORMAÇÕES SOBRE PESSOAL TÉCNICO
contábeis, este fato deve ser divulgado nas EXISTENTE EM 31/12 DO ANO ANTERIOR
demonstrações contábeis e o auditor, ao emitir o
parecer de forma diferente ao mencionado no item 2.1 - Nome
1.8.6.2, pode fazer referência ao trabalho do
especialista. 2.2 - Profissão, Categoria Profissional e Registro no
Conselho Regional da profissão correspondente
1.8.7. DAS SANÇÕES
2.3 - Posição hierárquica na empresa ou no escritório
1.8.7.1. A inobservância desta Norma constitui infração (sócio, diretor, gerente, assistente, sênior, júnior, etc.)
ao Código de Ética Profissional do Contabilista e
quando aplicável, sujeita às penalidades previstas nas 2.4 - Área de atuação no trabalho de auditoria

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INFORMAÇÕES SOBRE O FATURAMENTO ESTABELECIMENTO DE HONORÁRIOS

3.1 - Informar se o faturamento de outros serviços que 3. A determinação do valor dos honorários é fator
não de auditoria, ultrapassou no exercício objeto das preponderante para a imagem da atividade de auditoria,
informações, a média dos últimos 3 anos aos honorários além de outras implicações e aspectos a seguir
de serviços de auditoria. abordados.

INFORMAÇÕES PRESTADAS AOS REGIONAIS: 3.1. O estabelecimento dos honorários de auditoria


pode, em determinados casos, ferir a ética, produzir o
4.1 As informações poderão ser fornecidas em papel conflito de interesses e até se caracterizar como perda
timbrado da empresa da auditoria ou auditor autônomo de independência. A NBC P 1 – IT – 02 –
ou em meio magnético utilizando disquete ¾ 1.44Mb, Regulamentação dos itens 1.2 – Independência e 1.6 -
utilizando Planilha Eletrônica compatível com o Sigilo trata de forma específica esse assunto.
Windows 97 ou superior, utilizando na mesma Pasta de
Trabalho uma Planilha para cada uma das 3 3.2. Os honorários dos serviços de auditoria devem ser
informações acima. Em qualquer das formas compatíveis com a avaliação de risco do trabalho em
apresentadas deverá vir junto ofício endereçado ao perspectiva, com os investimentos em formação e
CRC assinado pelo responsável técnico que se tecnologia, com a remuneração dos profissionais que
responsabiliza pela veracidade das informações. irão participar dos trabalhos, bem como, com a
manutenção dos programas internos e externos de
4.2 - Sob quaisquer circunstâncias, as informações qualidade.
prestadas aos Conselhos Regionais de Contabilidade,
serão resguardadas pelo sigilo, sendo utilizadas para 3.3. O exercício da atividade de auditoria independente
fins de fiscalização do cumprimento das Normas requer do profissional uma série de exigências além da
Brasileiras de Contabilidade, em especial as Normas formação do curso superior em Ciências Contábeis, o
Profissionais do Auditor Independente. Exame de Suficiência, registro no Conselho Regional de
Contabilidade, exame de qualificação técnica, educação
NBC P 1 – IT – 03 profissional continuada obrigatória, além de outros
REGULAMENTAÇÃO DO ITEM 1.4 – HONORÁRIOS conhecimentos correlatos.
(Aprovada pela Resolução CFC nº 976/03)
3.4. Analogamente, o auditor necessita investir,
Esta Interpretação Técnica (IT) visa explicitar o item 1.4 significativamente, em tecnologia, tanto em programas
– Honorários da NBC P 1 – Normas Profissionais do aplicativos para automatizar a execução e
Auditor Independente. documentação dos trabalhos quanto em equipamentos
e sistemas.
DISPOSIÇÕES GERAIS
3.5. Em complemento, o auditor independente tem
1. Estabelecer honorários profissionais de auditoria custos para conduzir seu programa interno de
independente de demonstrações contábeis é qualidade, em todos os níveis, como estabelecido pela
geralmente uma questão de cunho comercial e não de NBC T 11 – IT – 06 – Supervisão e Controle de
ética profissional. Existem, entretanto, aspectos éticos a Qualidade, e contratar auditores independentes para
serem observados pelo auditor independente ao conduzir a revisão externa de qualidade.
estabelecer seus honorários.
3.6. Não é admitida a cobrança de honorários que não
2. Ao estabelecer honorários para a realização dos leve em conta todo o investimento mencionado.
trabalhos, o auditor independente deve considerar
diversos fatores, dentro dos quais destacam-se os 3.7. O estabelecimento de honorários inferiores àqueles
mencionados a seguir: que considerem os aspectos acima, caracterizar-se-á
como comportamento inadequado do auditor
a) a relevância, o vulto, a complexidade do serviço e o independente, constituindo infração ao Código de Ética
custo do serviço a executar; Profissional do Contabilista.

b) o número de horas estimadas para a realização dos 3.8. Honorários contingenciais não devem ser
serviços; praticados por gerar conflitos de interesses e, por
conseqüência, perda de independência e, dessa forma,
c) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, o auditor independente não deve estabelecer honorários
habitual ou permanente; contingenciais relacionados a quaisquer serviços
prestados para a entidade auditada, suas coligadas,
d) a qualificação técnica dos profissionais requeridos controladas, controladoras ou integrantes do mesmo
para participar da execução dos serviços; e grupo econômico.

e) o lugar em que os serviços serão prestados, fixando, 3.9. Honorários contingenciais são aqueles calculados
se for o caso, como serão cobrados os custos de em uma base predeterminada com relação ao desfecho
viagens e estadas. ou resultado de uma transação ou trabalho executado.

3.10. Os honorários não serão considerados como


sendo contingentes se forem estabelecidos por decisão
judicial ou contratados por entidade de direito público
interno ou externo, que não seja a entidade sob exame
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e que o auditor independente contratado não seja o da c) qual o objetivo do exame das demonstrações
entidade auditada, suas coligadas, controladas, contábeis;
controladoras ou integrantes do mesmo grupo
econômico. Entretanto, mesmo nessa situação, os d) a responsabilidade da administração do cliente sobre
honorários deverão conter parte fixa, em montante as demonstrações contábeis e que o cliente fornecerá
suficiente para remunerar, condigna ou integralmente, ao auditor independente Carta de Responsabilidade da
todo o trabalho, considerando os aspectos citados nos Administração da empresa auditada, de acordo com o
itens de 3.2 a 3.6 e que deverão ser cobrados item 11.2.14 da NBC T 11 – Normas de Auditoria
independentemente do resultado do trabalho. Independente das Demonstrações Contábeis;

3.11. Não é admitida a cobrança de honorários para e) as limitações de um exame de auditoria devido ao
serviços de auditoria inferiores aos considerados risco inerente relacionado ao processo de testes
adequados nos termos desta Interpretação Técnica, adotado numa auditoria;
visando a sua recuperação ou compensação com outros
serviços já prestados ou a serem prestados ao cliente f) o prazo estimado para a realização dos serviços;
pelo auditor independente ou quaisquer partes a ele
relacionadas. g) os relatórios a serem emitidos;

3.12. No caso de mudança de auditor independente, por h) os honorários e sua forma de pagamento; e
qualquer razão, o auditor independente que ingressa
como postulante a auditor do cliente, não deve tratar a i) a necessidade formal de confirmação da aceitação da
mudança unicamente como uma oportunidade de proposta apresentada.
ampliar sua carteira de clientes e apresentar proposta
de valor incompatível com a natureza do trabalho que
está sendo contratado ou, substancialmente, inferiores NBC P 4 – NORMAS PARA EDUCAÇÃO
àqueles do auditor independente que está sendo PROFISSIONAL CONTINUADA
substituído. Neste caso, ao contrário, o auditor (Aprovada pela Resolução CFC nº 945/02, com a nova
independente, além de levar em consideração todos os redação dada pela Resolução CFC nº 995/04)
aspectos mencionados nesta Interpretação Técnica,
deve ainda, especialmente no caso de cliente com 4.1. DO OBJETIVO:
operações sofisticadas, considerar nos seus honorários
os custos necessários para o desenvolvimento de 4.1.1 - Educação Profissional Continuada é a atividade
programas, metodologias e treinamentos específicos. programada, formal e reconhecida que o Contador, na
função de Auditor Independente, com registro em
CARTA PROPOSTA E ASPECTOS DA Conselho Regional de Contabilidade e com cadastro na
DETERMINAÇÃO DE HONORÁRIOS Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aqui
denominado Auditor Independente, e os demais
4. Deve constar da documentação da formação dos Contadores que compõem o seu quadro funcional
honorários os aspectos mencionados a seguir: técnico deverão cumprir, com o objetivo de manter,
atualizar e expandir seus conhecimentos para o
a) o tempo que se espera despender na familiarização exercício profissional.
das atividades do cliente e do mercado que atua, no
conhecimento e avaliação dos controles internos 4.1.1.1 - O Auditor Independente pessoa física e os
operacionais e das práticas contábeis do cliente, no sócios que representam sociedade de auditoria
desenvolvimento de programas de trabalho e aplicativos independente na CVM, nos termos do inciso IX do art.
de sistema eletrônico de dados, avaliações de riscos, 6º da Instrução CVM nº 308/99, serão os responsáveis,
definições de amostragem, na realização de verificações perante o Conselho Federal de Contabilidade pelo
substantivas, na elaboração, discussão e emissão de cumprimento da presente norma, pelos demais
relatórios e outros aspectos necessários ao trabalho de Contadores não-cadastrados na CVM, que compõem o
auditoria; e seu quadro funcional técnico.

b) o nível técnico do pessoal a ser utilizado e os 4.1.2 - Esta norma tem por objetivo regulamentar as
honorários por hora de cada categoria e a memória final atividades que o Auditor Independente e os demais
de cálculo dos honorários. Contadores que compõem o seu quadro funcional
técnico deverão cumprir com relação às exigências da
5. Os honorários deverão constar de carta-proposta ou Educação Profissional Continuada e às ações que o
documentação equivalente, elaborada e formalizada Conselho Federal de Contabilidade promoverá para
pelas partes, antes do início da execução dos trabalhos. facilitar, controlar e fiscalizar o seu cumprimento.
Deverá constar de tal documento o indicado a seguir:
4.2. DOS AUDITORES INDEPENDENTES:
a) descrição e abrangência dos serviços a serem
realizados, inclusive referências às leis e regulamentos 4.2.1 - O Auditor Independente e os demais Contadores
aplicáveis ao caso; que compõem o seu quadro funcional técnico deverão
cumprir os seguintes mínimos de pontos/hora de
b) que os trabalhos serão efetuados, segundo as Educação Profissional Continuada por ano/calendário:
Normas Profissionais e Técnicas emanadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade; a) em 2003, 12 pontos/hora;
b) em 2004, 24 pontos/hora; e
c) a partir de 2005, 32 pontos/hora.
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4.2.2 - As atividades computáveis no cálculo das horas 4.3.2.1 - Estudar, de forma permanente, novas
referidas no item anterior são aquelas estabelecidas nas disposições que permitam melhorar o cumprimento dos
Tabelas de Eventos e Horas, no Anexo I desta objetivos desta Resolução, propondo-as ao presidente
Resolução. do CFC para encaminhamento ao Plenário.

4.2.2.1 - As Tabelas de Eventos e Horas, quando 4.3.2.2 - Propor ao presidente do CFC a ampla e a
alteradas, devem ser publicadas até 30 de novembro do imediata divulgação de qualquer modificação desta
ano anterior ao de sua vigência. Resolução.

4.2.2.2 - As atividades de Educação Profissional 4.3.2.3 - Estabelecer e divulgar todas as diretrizes e os


Continuada que se enquadrem na Tabela de Eventos e procedimentos necessários para o cumprimento e para
Horas (Anexo I), quando realizadas no exterior, serão a implementação desta norma, em especial os itens 4.6,
comprovadas no Conselho Regional da sua jurisdição 4.7 e Anexo II, pelos Conselhos Regionais de
mediante documento emitido pela entidade realizadora, Contabilidade (CRCs), pelos Contadores e Auditores
oficialmente traduzido para o Português. Independentes definidos no item 4.1 e pelas
capacitadoras, inclusive prestando esclarecimentos
4.2.3 - O cumprimento das exigências estabelecidas quanto à aplicação desta Resolução.
nesta Resolução deverá ser comprovado pelo Auditor
Independente e pelos demais Contadores que compõem 4.3.2.4 - Analisar os pedidos de reconhecimento de
o seu quadro funcional técnico, mediante relatório anual eventos, como congressos, convenções e seminários
das atividades realizadas, conforme anexo III desta nacionais e internacionais, inclusive aqueles promovidos
Resolução, encaminhado ao Conselho Regional de pelos CRCs como de Educação Profissional
Contabilidade de sua jurisdição até 31 de janeiro do ano Continuada.
subseqüente.
4.3.2.5 - Analisar e homologar os documentos
4.2.3.1 - Até 30 de abril, o Conselho Regional de encaminhados pelas Câmaras de Desenvolvimento
Contabilidade deverá analisar o relatório e comunicar ao Profissional ou pelas Comissões de Educação
Auditor Independente, e aos demais Contadores que Profissional Continuada dos CRCs, que aprovaram o
compõem o seu quadro funcional técnico, o atendimento credenciamento das capacitadoras, inclusive solicitando
ou não do estabelecido na presente norma. para análise, quando entenderem necessário, os
respectivos processos de credenciamento.
4.2.3.2 - Os documentos comprobatórios das atividades
constantes do relatório previsto no caput deste item 4.3.2.6 - Compilar as informações contidas nos
deverão ser mantidos pelo Auditor Independente e pelos relatórios recebidos dos CRCs, encaminhando-as ao
demais Contadores que compõem o quadro funcional presidente do CFC para divulgação.
técnico, à disposição da Fiscalização do Conselho
Regional de Contabilidade, até a entrega do relatório do 4.3.2.7 - Encaminhar, ao presidente do Conselho
ano subseqüente. Federal de Contabilidade, a lista das capacitadoras para
a sua divulgação.
4.2.4 - O cumprimento desta Resolução pelo Auditor
Independente e pelos demais Contadores que compõem 4.3.2.8 - Analisar e homologar os documentos
o seu quadro funcional técnico será exigido a partir do encaminhados pelas Câmaras de Desenvolvimento
ano subseqüente à obtenção do cadastro na CVM ou à Profissional ou pelas Comissões de Educação
admissão no referido quadro, respectivamente. Profissional Continuada, que aprovaram os eventos e as
atividades para fins de Educação Continuada, previstos
4.3. DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE: no item 4.7 e no art. 2º do Anexo II desta norma,
inclusive solicitando para análise, quando entender
4.3.1 - O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) necessário, os processos de credenciamento das
constituirá a Comissão de Educação Profissional mesmas.
Continuada (CEPC–CFC) com a finalidade de coordenar
os ditames previstos no item 4.3.2 o previsto nesta 4.4. DOS CONSELHOS REGIONAIS:
Resolução.
4.4.1 - Os CRCs têm também a responsabilidade de
4.3.1.1 - Integram a Comissão de Educação Profissional incentivar a implementação das atividades que
Continuada os Vice-presidentes de Desenvolvimento permitam ao Auditor Independente e aos demais
Profissional do CFC e dos cinco Conselhos Regionais Contadores que compõem o seu quadro funcional
de Contabilidade, que reúnem o maior número de técnico o cumprimento desta Resolução, de acordo com
Contadores cadastrados como responsáveis técnicos na o estabelecido pelo CFC.
CVM, e quatro membros Contadores cadastrados como
Auditor Independente na CVM, designados pelo 4.4.2 - As Câmaras de Desenvolvimento Profissional
Plenário do CFC. dos CRCs terão as seguintes atribuições em relação a
esta Resolução:
4.3.1.2 - O mandato dos quatro membros Contadores da
CEPC-CFC, designados pelo Plenário do CFC, será de a) Receber os pedidos de credenciamento das
dois anos, permitida a recondução. instituições definidas no item 4.6.2, a serem
reconhecidas como capacitadoras, emitindo pareceres e
4.3.2 - A CEPC-CFC terá as atribuições a seguir encaminhando-os ao presidente do CRC, que os
especificadas: enviará à CEPC-CFC para homologação;
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d) instituições de Ensino Superior credenciadas pelo


b) Propor programa de divulgação dos procedimentos MEC;
estabelecidos nesta Resolução; e) instituições de especialização ou desenvolvimento
profissional que ofereçam cursos ao público em geral; e
c) Prestar esclarecimentos quanto à aplicação desta f) empresas de auditoria independente que propiciem
Resolução, com base nas diretivas estabelecidas pela capacitação profissional.
CEPCCFC;
4.6.3 - Para o registro e o controle das capacitadoras,
d) Receber de cada Auditor Independente, e dos demais deverão ser observadas, no mínimo, as disposições
Contadores que compõem o seu quadro funcional estabelecidas nas Diretrizes para o Registro das
técnico, o relatório anual sobre as atividades realizadas Capacitadoras, constantes no anexo II desta Resolução.
e, quando for o caso, a documentação que as
comprovem; 4.6.4 - O CFC, os CRCs e o Ibracon são capacitadoras
natas.
e) Encaminhar à CEPCCFC informações e estatísticas
sobre o cumprimento desta Resolução pelos Auditores 4.7. Programa de Educação Profissional Continuada:
Independentes e Contadores que compõem o seu
quadro funcional técnico; 4.7.1 - Integram o Programa de Educação Profissional
Continuada os seguintes eventos ou atividades
f) Elaborar, até 31 de março de cada ano, relatório sobre relacionados com a Contabilidade e com a profissão
as atividades desenvolvidas por Auditor contábil, aprovados pelo CEPC-CFC:
Independente e pelos demais Contadores que compõem
o seu quadro funcional técnico, encaminhando-o ao 4.7.1.1 - Aquisição de conhecimentos por meio de:
presidente do CFC;
a) cursos certificados;
g) Receber, analisar e emitir parecer quanto aos b) seminários, conferências, painéis, simpósios,
eventos e às atividades apresentados pelas palestras, congressos, convenções e outros eventos de
capacitadoras, inclusive quanto à atribuição de horas de mesma natureza;
Educação Profissional Continuada válidas para fins de c) cursos de pós-graduação:
atendimento desta norma, encaminhando-o para a c.1) stricto sensu;
homologação da CEPCCFC. c.2) lato sensu; e
d) programas de extensão.
4.4.3 - Os CRCs que não dispuserem de Câmara de
Desenvolvimento Profissional, devem criar CEPC-CRC 4.7.1.2 - Docência em:
 Comissão de Educação Profissional Continuada ,
com as atribuições previstas neste artigo. a) cursos certificados;
b) seminários, conferências, painéis, simpósios,
4.4.4 - A CEPC-CRC, quando constituída, deve ser palestras, congressos, convenções e outros eventos de
formada por 3 a 5 membros Contadores, sendo um mesma natureza;
deles um dos vice-presidentes. c) cursos de pós-graduação:
c.1) lato sensu;
4.4.5 - A Fiscalização do Conselho Regional de c.2) stricto sensu;
Contabilidade poderá requisitar ao Auditor d) bacharelado em Ciências Contábeis; e
Independente, e aos demais Contadores que compõem e) programas de extensão.
o seu quadro funcional técnico, a apresentação dos
documentos que comprovem as atividades constantes 4.7.1.3 -Atuação como:
do seu relatório anual, referido no item 4.2.3.
- participante em comissões técnicas no CFC, CRCs,
4.5. DAS SANÇÕES: Ibracon e outros organismos da profissão contábil, no
Brasil ou no exterior;
4.5.1 - O não-cumprimento, pelos Auditores - orientador ou membro de comissão de defesa de
Independentes e pelos demais Contadores que monografia, dissertação ou tese.
compõem o seu quadro funcional técnico, das
disposições desta Resolução, constitui infração ao art. 4.7.1.4 - Produção intelectual na área contábil por meio
2º, Inciso I, e art. 11, Inciso IV, do Código de Ética de:
Profissional do Contabilista.
- publicação de artigos em revistas nacionais e
4.6. DAS CAPACITADORAS: internacionais;
- produção de estudos ou trabalhos de pesquisa,
4.6.1 - Capacitadora é a entidade que exerce atividades apresentados em congressos nacionais ou
de Educação Profissional Continuada consoante as internacionais;
diretivas desta Resolução. - autoria e co-autoria de livros relacionados à
Contabilidade e à profissão contábil, publicados por
4.6.2 - As capacitadoras classificam-se em: editora;
- tradução de livros relacionados à Contabilidade e à
a) Conselho Federal de Contabilidade (CFC); profissão contábil, publicados por editora.
b) Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs);
c) Instituto de Auditores Independentes do Brasil
(Ibracon);
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4.7.2 - As atividades previstas neste item serão NBC P 5 – NORMA SOBRE EXAME DE
avaliadas como Educação Profissional Continuada, QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
conforme tabela contida no Anexo I desta Resolução. (Aprovada pela Resolução CFC nº 989/03)

4.8. Do Comitê de Avaliação: 5.1. - CONCEITUAÇÃO E OBJETIVOS DO EXAME DE


QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
4.8.1 - O Comitê de Avaliação será composto por
membros designados pela CEPCCFC, cuja atribuição 5.1.1. O Exame de Qualificação Técnica tem por
será a exercer um controle de qualidade das objetivo aferir a obtenção de conhecimentos,
capacitadoras credenciadas no Programa de Educação competência técnico-profissional e qualidade, bem como
Profissional Continuada. o desenvolvimento de programa de educação
continuada, após período de atividade na profissão
4.8.2 - A Comissão de Educação Profissional contábil na área de Auditoria.
Continuada definirá os critérios e os procedimentos a
serem adotados, tanto na composição do Comitê quanto 5.1.2. O Exame de Qualificação Técnica é um dos
na avaliação das capacitadoras. requisitos para a inscrição do Contador na atividade de
Auditor Independente no Cadastro Nacional de
4.8.3 - As capacitadoras deverão enviar à Comissão de Auditores Independentes (CNAI) e do Conselho Federal
Educação Profissional Continuada do CRC seus planos de Contabilidade (CFC), com vistas à atuação no
8
de ação e datas para saneamento das discrepâncias mercado de valores mobiliários.
verificadas na avaliação, no prazo de até 30 dias após o
recebimento da competente notificação. 5.1.3. Esta Norma aplica-se aos contadores que
pretendem obter sua inscrição no CNAI, desde que
4.9. DAS SANÇÕES comprovem haver exercido a atividade de Auditoria
Independente de Demonstrações Contábeis por, no
4.9.1 - A Comissão de Educação Profissional mínimo, 5 (cinco) anos, consecutivos ou não.
Continuada, com base na informação fornecida pelo
Comitê de Avaliação, proporá ao Presidente do CFC a 5.2. ADMINISTRAÇÃO DO EXAME DE
suspensão, ad referendum do Plenário do CFC, do QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
credenciamento da capacitadora quando se enquadre
em um dos seguintes pressupostos: 5.2.1. O Exame de Qualificação Técnica será
administrado por uma Comissão Administradora do
4.9.1.1 - Outorga de créditos por cursos ministrados que Exame de Qualificação Técnica (CAE), formada por 5
difiram das Tabelas de Eventos e Horas, ou realização (cinco) membros efetivos e 5 (cinco) suplentes, que
de cursos diferentes dos credenciados pela Comissão sejam contadores, com comprovada atuação na área de
de Educação Profissional Continuada. Auditoria Independente de Demonstrações Contábeis e
estejam inscritos no Cadastro Nacional de Auditores
4.9.1.2- Não-cumprimento das diretrizes estabelecidas Independentes (CNAI), sendo 3 (três) efetivos e 3 (três)
pela CEPC-CFC, relativas à entrega de informações dos suplentes indicados pelo Conselho Federal de
eventos e de seus participantes. Contabilidade e 2 (dois) efetivos e 2 (dois) suplentes
indicados pelo Instituto dos Auditores Independentes do
4.9.1.3 - Não-observância dos cronogramas Brasil (Ibracon).
estabelecidos para os cursos, sem aviso à Comissão de
Educação Profissional Continuada, dentro dos oito dias 5.2.2. A nomeação e a posse dos membros da CAE
úteis anteriores ao cancelamento ou à alteração. será outorgada pelo Plenário do Conselho Federal de
Contabilidade e terão mandato de 2 (dois) anos.
4.9.1.4- Ausência de resposta à notificação ou não-
implementação das medidas saneadoras, comunicadas 5.2.3. Todas as deliberações da CAE serão tomadas em
pela CEPC-CFC. reunião com a presença de, no mínimo, 3 (três) de seus
membros, sendo as matérias aprovadas, ou não, por
4.9.2 - O CFC deverá notificar à capacitadora, por igual número de membros, devendo as mesmas
escrito, sobre a suspensão de seu credenciamento e a constarem de ata que deverá ser aprovada pela Câmara
sua exclusão da lista de capacitadoras. de Desenvolvimento Profissional e pelo Plenário do
Conselho Federal de Contabilidade.
4.9.2.1 - Depois de notificada, cabe recurso da
capacitadora ao Plenário, do CFC no prazo de até 30 5.2.4. A CAE reunir-se-á, obrigatoriamente, no mínimo,
dias. duas vezes ao ano, em data hora e local definidos pelo
seu coordenador, devidamente autorizada pelo
(ANEXO I / ANEXO II / ANEXO III) Conselho Federal de Contabilidade.

5.2.5. A CAE terá as seguintes atribuições:

- Estabelecer as condições, formato e conteúdo, bem


como os exames e as provas que serão realizadas.


8
Exigência de que trata o Artigo 30 da Instrução
CVM nº 308/1999.
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- Dirimir dúvidas a respeito do Exame de Qualificação - Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas


Técnica e resolver situações não-previstas nesta Brasileiras de Contabilidade;
Norma, submetendo-as ao Plenário do Conselho - Auditoria Contábil;
Federal de Contabilidade. - Legislação e Normas de Organismos Controladores do
Mercado;
- Zelar pela confidencialidade dos exames, seus - Informática Aplicada;
resultados e outras informações relacionadas. - Português; e
- Conhecimentos Sociais, Econômicos e Políticos do
- Manter estreita relação com os organismos País.
controladores do mercado, em especial com a
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco 5.3.4. Os contadores que pretendem atuar em auditoria
Central do Brasil (Bacen), no tocante a informações de instituições reguladas pelo Banco Central do Brasil
sobre os Auditores que se submeteram e foram (BACEN) devem ainda se submeter à prova específica
aprovados no Exame de Qualificação Técnica. sobre:
- Legislação e Normas emitidas pelo Banco Central do
- Emitir relatório até 60 (sessenta) dias após a Brasil;
conclusão de cada Exame, a ser encaminhado para o - Conhecimentos específicos na área de instituições
Conselho Federal de Contabilidade, que os reguladas pelo Banco Central do Brasil; e
encaminhará à Comissão de Valores Mobiliários, ao - Contabilidade Bancária.
Banco Central do Brasil e ao Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil. 5.3.5. O Conselho Federal de Contabilidade, por
intermédio da Câmara de Desenvolvimento Profissional,
- Indicar dentre seus membros, ao Plenário do Conselho providenciará a divulgação dos conteúdos
Federal de Contabilidade, um Coordenador para a CAE. programáticos das respectivas áreas, que serão
exigidos nas provas, com antecedência mínima de 90
- Decidir, em primeira instância administrativa, os (noventa) dias.
recursos apresentados.
5.3.6. As provas devem ser elaboradas com questões
5.2.6. Estrutura, Controle e Aplicação do Exame de para respostas objetivas e respostas dissertativas.
Qualificação:
5.4 - APROVAÇÃO E PERIODICIDADE DO EXAME
5.2.6.1. Caberá à Câmara de Desenvolvimento
Profissional em conjunto com a CAE: 5.4.1. O candidato será aprovado se obtiver, no mínimo,
50% (cinqüenta por cento) dos pontos possíveis em
- Elaborar, coordenar e aplicar o Exame, bem como cada área de conhecimento, previstos nos itens 5.3.3 e
administrar todas as suas fases. 5.3.4.

- Receber e validar as inscrições por intermédio dos 5.4.2. O Exame será aplicado, no mínimo, 2 (duas)
Conselhos Regionais de Contabilidade para o Exame de vezes em cada ano, em data e hora fixados pelo
Qualificação Técnica. Conselho Federal de Contabilidade, com antecedência
mínima de 90 (noventa) dias.
- Emitir e publicar, no Diário Oficial da União, o nome e
o registro dos Auditores Independentes aprovados no 5.5. CERTIDÃO DE APROVAÇÃO
Exame de Qualificação Técnica, até 60 (sessenta) dias
após a realização do mesmo. 5.5.1. Ocorrendo aprovação no Exame de Qualificação
Técnica, o Conselho Federal de Contabilidade emitirá
- Elaborar e divulgar, com antecedência mínima de 90 Certidão de Aprovação, contendo as notas obtidas em
(dias) da realização do Exame, guia contendo todas as cada matéria e a média final, bem como a data de
informações relacionadas ao mesmo, inclusive o validade de 1 (um) ano para o registro no CNAI.
conteúdo programático a ser exigido.
5.6. RECURSOS
5.3. FORMA E CONTEÚDO DO EXAME
5.6.1. O candidato inscrito no Exame de Qualificação
5.3.1. O Exame de Qualificação Técnica será composto Técnica poderá interpor recurso contra o resultado
de prova escrita. divulgado pelo Conselho Federal de Contabilidade, sem
efeito suspensivo, no prazo de 30 (trinta) dias a contar
5.3.2. Os Exames serão efetuados nas sedes dos da divulgação no Diário Oficial da União:
Conselhos Regionais de Contabilidade.
a) a CAE, em primeira instância, a contar do dia
5.3.3. Nas provas dos Exames serão exigidos seguinte à divulgação do resultado;
conhecimentos nas seguintes áreas:
- Contabilidade Geral; b) à Câmara de Desenvolvimento Profissional do
- Contabilidade de Custos; Conselho Federal de Contabilidade, em segunda
- Contabilidade Pública; instância, a contar da data da ciência da decisão de
- Contabilidade Gerencial; primeira instância.
- Teoria de Contabilidade:
- Direito Público e Privado; c) em última instância, ao Plenário do Conselho Federal
- Matemática Financeira; de Contabilidade, a contar da data da ciência da decisão
- Legislação e Ética Profissional; de segunda instância.
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5.7 - PREPARAÇÃO DE CANDIDATOS: NBC T 11 – NORMAS DE AUDITORIA


IMPEDIMENTO INDEPENDENTE DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
5.7.1. O Conselho Federal de Contabilidade e os (Aprovada pela Resolução CFC nº 820/97, atualizada
Conselhos Regionais de Contabilidade, seus com as alterações posteriores)
conselheiros efetivos e suplentes, seus empregados,
seus delegados e os integrantes da CAE não poderão 11.1 – CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS
oferecer ou apoiar, a qualquer título, cursos
preparatórios para os candidatos ao Exame de 11.1.1 – CONCEITUAÇÃO E OBJETIVOS DA
Qualificação Técnica ou deles participar, sob qualquer AUDITORIA INDEPENDENTE
título.
11.1.1.1 – A auditoria das demonstrações contábeis
5.7.2. O descumprimento do disposto no item constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem
antecedente caracterizar-se-á como infração de por objetivo a emissão de parecer sobre a sua
natureza ética, sujeitando-se o infrator às penalidades adequação, consoante os Princípios Fundamentais de
previstas no Código de Ética Profissional do Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade
Contabilista. e, no que for pertinente, a legislação específica.

5.8. DIVULGAÇÃO DO EXAME DE QUALIFICAÇÃO 11.1.1.1.1 – Na ausência de disposições específicas,


TÉCNICA prevalecem as práticas já consagradas pela Profissão
Contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos
5.8.1. O Conselho Federal de Contabilidade próprios.
desenvolverá campanha no sentido de esclarecer e
divulgar o Exame de Qualificação Técnica, sendo de 11.1.1.2 – Salvo declaração expressa em contrário,
competência dos Conselhos Regionais de Contabilidade constante do parecer, entende-se que o auditor
o reforço dessa divulgação nas suas jurisdições. considera adequadas e suficientes, para o entendimento
dos usuários, as informações divulgadas nas
5.9. QUESTÕES PARA AS PROVAS DO EXAME DE demonstrações contábeis, tanto em termos de conteúdo
QUALIFICAÇÃO TÉCNICA quanto de forma.

5.9.1. A CAE poderá solicitar, por intermédio da Câmara 11.1.1.3 – O parecer do auditor independente tem por
de Desenvolvimento Profissional, a entidades ou a limite os próprios objetivos da auditoria das
instituições de renomado reconhecimento técnico, demonstrações contábeis e não representa, pois,
sugestões sobre questões para as provas do Exame de garantia de viabilidade futura da entidade ou algum tipo
Qualificação Técnica que abranjam os conteúdos de atestado de eficácia da administração na gestão dos
estabelecidos nos tópicos, as quais poderão compor o negócios.
banco de dados.
11.1.1.4 – O parecer é de exclusiva responsabilidade de
5.10. DISPOSIÇÕES FINAIS contador registrado no Conselho Regional de
Contabilidade, nestas normas denominado auditor.
5.10.1. Ao Conselho Federal de Contabilidade caberá
adotar as providências necessárias ao atendimento do 11.1.2 – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
disposto na presente Norma, competindo ao seu
Plenário interpretá-la quando se fizer necessário. 11.1.2.1 – Os procedimentos de auditoria são o conjunto
de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou
5.10.2. O primeiro Exame de Qualificação Técnica provas suficientes e adequadas para fundamentar sua
deverá ser aplicado no primeiro semestre de 2004. opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas e
abrangem testes de observância e testes substantivos.

11.1.2.2 – Os testes de observância visam à obtenção


de razoável segurança de que os procedimentos de
controle interno estabelecidos pela administração estão
em efetivo funcionamento e cumprimento.

11.1.2.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de


evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos
dados produzidos pelo sistema contábil da entidade,
dividindo-se em:

a) testes de transações e saldos; e

b) procedimentos de revisão analítica.

O item 11.1.3 (PAPÉIS DE TRABALHO) e seus


subitens foram revogados pela Resolução CFC n°
1024, de 15/04/05, que aprovou a NBC T 11.3 PAPÉIS
DE TRABALHO E DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA.

22 Atualizada em 30/3/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
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a) a função e envolvimento dos administradores nas


11.1.4 – FRAUDE E ERRO9 atividades da entidade;

11.1.4.1 – Para os fins destas normas, considera-se: b) a estrutura organizacional e os métodos de


administração adotados, especialmente quanto a limites
a) fraude, o ato intencional de omissão ou manipulação de autoridade e responsabilidade;
de transações, adulteração de documentos, registros e
demonstrações contábeis; e c) as políticas de pessoal e segregação de funções;

b) erro, o ato não intencional resultante de omissão, d) a fixação, pela administração, de normas para
desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração inventário, para conciliação de contas, preparação de
de registros e demonstrações contábeis. demonstrações contábeis e demais informes adicionais;

11.1.4.2 – Ao detectar erros relevantes ou fraudes no e) as implantações, modificações e acesso aos sistemas
decorrer dos seus trabalhos, o auditor tem a obrigação de informação computadorizada, bem como acesso a
de comunicá-los à administração da entidade e sugerir arquivos de dados e possibilidade de inclusão ou
medidas corretivas, informando sobre os possíveis exclusão de dados;
efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas.
f) o sistema de aprovação e registro de transações;
11.1.4.3 – A responsabilidade primária na prevenção e
identificação de fraude e erros é da administração da g) as limitações de acesso físico a ativos e registros
entidade, através da implementação e manutenção de contábeis e/ou administrativos; e
adequado sistema contábil e de controle interno.
Entretanto, o auditor deve planejar seu trabalho de h) as comparações e análises dos resultados financeiros
forma a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos com dados históricos e/ou projetados.
relevantes nas demonstrações contábeis.
O item 11.2.4 (SUPERVISÃO E CONTROLE DE
11.2 – NORMAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS QUALIDADE) e seus subitens foram revogados pela
Resolução CFC n° 1036, de 26/08/05, que aprovou a
O item 11.2.1 (PLANEJAMENTO DA AUDITORIA) e NBC T 11.8 SUPERVISÃO E CONTROLE DE
seus subitens foram revogados pela Resolução CFC QUALIDADE.
n° 1035, de 26/08/05, que aprovou a NBC T 11.4
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA. 11.2.5 – ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA
CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS
O item 11.2.2 (RELEVÂNCIA NA AUDITORIA) e seus
subitens foram revogados pela Resolução CFC n° 11.2.5.1 – O sistema contábil e de controles internos
981, de 24/10/03, que aprovou a NBC T 11.6 compreende o plano de organização e o conjunto
10
RELEVÂNCIA EM AUDITORIA . integrado de métodos e procedimentos adotados pela
entidade na proteção do seu patrimônio, promoção da
11.2.3 – RISCO DE AUDITORIA confiabilidade e tempestividade dos seus registros e
demonstrações contábeis, e da sua eficácia operacional.
11.2.3.1 – Risco de auditoria é a possibilidade de o
auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente 11.2.5.2 – O auditor deve efetuar o estudo e avaliação
inadequada sobre demonstrações contábeis do sistema contábil e de controles internos da entidade,
significativamente incorretas. como base para determinar a natureza, oportunidade e
extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria,
11.2.3.2 – A análise dos riscos de auditoria deve ser considerando:
feita na fase de planejamento dos trabalhos
considerando a relevância em dois níveis: a) o tamanho e complexidade das atividades da
entidade;
a) em nível geral, considerando as demonstrações
contábeis tomadas no seu conjunto, bem como as b) os sistemas de informação contábil, para efeitos tanto
atividades, qualidade da administração, avaliação do internos quanto externos;
sistema contábil e de controles internos e situação
econômica e financeira da entidade; e c) as áreas de risco de auditoria;

b) em níveis específicos, relativos ao saldo das contas d) a natureza da documentação, em face dos sistemas
ou natureza e volume das transações. de informatização adotados pela entidade;

11.2.3.3 – Para determinar o risco da auditoria, o auditor e) o grau de descentralização de decisão adotado pela
deve avaliar o ambiente de controle da entidade, administração da entidade; e
compreendendo:
f) o grau de envolvimento da auditoria interna, se
existente.

9
Aprofundar conhecimentos pelo estudo da 11.2.5.3 – O sistema contábil e de controles internos é
INTERPRETAÇÃO TÉCNICA NBC T 11 – IT – 03. de responsabilidade da administração da entidade;
10
Estudar pela NBC T 11. 6 - RELEVÂNCIA EM porém o auditor deve efetuar sugestões objetivas para
AUDITORIA.
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seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas dispuser, determinar a amplitude dos exames
no decorrer do seu trabalho. necessários à obtenção dos elementos de convicção
que sejam válidos para o todo.
11.2.5.4 – A avaliação do sistema contábil e de
controles internos pelo auditor deve considerar os 11.2.6.2 – Na aplicação dos testes de observância e
seguintes aspectos: substantivos, o auditor deve considerar os seguintes
procedimentos técnicos básicos:
a) o ambiente de controle existente na entidade; e
a) inspeção – exame de registros, documentos e de
b) os procedimentos de controle adotados pela ativos tangíveis;
administração da entidade.
b) observação – acompanhamento de processo ou
11.2.5.5 – A avaliação do ambiente de controle existente procedimento quando de sua execução;
deve considerar:
c) investigação e confirmação – obtenção de
a) a definição de funções de toda a administração; informações junto a pessoas ou entidades
conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade;
b) o processo decisório adotado na entidade;
d) cálculo – conferência da exatidão aritmética de
c) a estrutura organizacional da entidade e os métodos documentos comprobatórios, registros e demonstrações
de delegação de autoridade e responsabilidade; contábeis e outras circunstâncias; e

d) as políticas de pessoal e segregação de funções; e e) revisão analítica – verificação do comportamento de


valores significativos, mediante índices, quocientes,
e) o sistema de controle da administração, incluindo as quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à
atribuições da auditoria interna, se existente. identificação de
situação ou tendências atípicas.
11.2.5.6 – A avaliação dos procedimentos de controle
deve considerar: 11.2.6.3 – Na aplicação dos testes de observância, o
auditor deve verificar a existência, efetividade e
a) as normas para elaboração de demonstrações continuidade dos controles internos.
contábeis e quaisquer outros informes contábeis e
administrativos, para fins quer internos quer externos; 11.2.6.4 – Na aplicação dos testes substantivos, o
auditor deve objetivar as seguintes conclusões:
b) a elaboração, revisão e aprovação de conciliações de
contas; a) existência – se o componente patrimonial existe em
certa data;
c) a sistemática revisão da exatidão aritmética dos
registros; b) direitos e obrigações – se efetivamente existentes em
certa data;
d) a adoção de sistemas de informação
computadorizados e os controles adotados na sua c) ocorrência – se a transação de fato ocorreu;
implantação, alteração, acesso a arquivos e geração de
relatórios; d) abrangência – se todas as transações estão
registradas; e
e) os controles adotados sobre as contas que registram
as principais transações da entidade; e) mensuração, apresentação e divulgação – se os itens
estão avaliados, divulgados, classificados e descritos de
f) o sistema de aprovação e guarda de documentos; acordo com os Princípios Fundamentais de
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.
g) a comparação de dados internos com fontes externas
de informação; 11.2.6.5 – Na aplicação dos procedimentos de revisão
analítica, o auditor deve considerar:
h) os procedimentos de inspeções físicas periódicas em
ativos da entidade; a) o objetivo dos procedimentos e o grau de
confiabilidade dos resultados alcançáveis;
i) a limitação do acesso físico a ativos e registros; e
b) a natureza da entidade e o conhecimento adquirido
j) a comparação dos dados realizados com os dados nas auditorias anteriores; e
projetados.
c) a disponibilidade de informações, sua relevância,
11.2.6 – APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE confiabilidade e comparabilidade.
AUDITORIA
11.2.6.6 – Se o auditor, durante a revisão analítica, não
11.2.6.1 – A aplicação dos procedimentos de auditoria obtiver informações objetivas suficientes para dirimir as
deve ser realizada, em razão da complexidade e volume questões suscitadas, deve efetuar verificações
das operações, por meio de provas seletivas, testes e adicionais, aplicando novos procedimentos de auditoria,
amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise até alcançar conclusões satisfatórias.
de riscos de auditoria e outros elementos de que
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11.2.6.7 – Quando o valor envolvido for expressivo em 11.3 – NORMAS DO PARECER DOS AUDITORES
relação à posição patrimonial e financeira e ao resultado INDEPENDENTES11
das operações, deve o auditor:
11.3.1 – GENERALIDADES
a) confirmar os valores das contas a receber e a pagar,
através de comunicação direta com os terceiros 11.3.1.1 – O “Parecer dos Auditores Independentes”, ou
envolvidos; e “Parecer do Auditor Independente”, é o documento
mediante o qual o auditor expressa sua opinião, de
b) acompanhar o inventário físico realizado pela forma clara e objetiva, sobre as demonstrações
entidade, executando os testes de contagem física e contábeis nele indicadas.
procedimentos complementares aplicáveis.
11.3.1.2 – Como o auditor assume, através do parecer,
O item 11.2.7 (DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA) e responsabilidade técnico-profissional definida, inclusive
seus subitens foram revogados pela Resolução CFC de ordem pública, é indispensável que tal documento
n° 1024, de 15/04/05, que aprovou a NBC T 11.3 obedeça às características intrínsecas e extrínsecas
PAPÉIS DE TRABALHO E DOCUMENTAÇÃO DA estabelecidas nas presentes normas.
AUDITORIA.
11.3.1.3 – Em condições normais, o parecer é dirigido
O item 11.2.8 (CONTINUIDADE NORMAL DAS aos acionistas, cotistas, ou sócios, ao conselho de
ATIVIDADES DA ENTIDADE) e seus subitens foram administração ou à diretoria da entidade, ou outro órgão
revogados pela Resolução CFC n° 1037, de 26/08/05, equivalente, segundo a natureza desta. Em
que aprovou a NBC T 11.10 CONTINUIDADE circunstâncias próprias, o parecer é dirigido ao
NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE. contratante dos serviços.

O item 11.2.9 (AMOSTRAGEM) e seus subitens 11.3.1.4 – O parecer deve identificar as demonstrações
foram revogados pela Resolução CFC n° 1012, de contábeis sobre as quais o auditor está expressando
21/01/05, que aprovou a NBC T 11.11 sua opinião, indicando, outrossim, o nome da entidade,
AMOSTRAGEM. as datas e períodos a que correspondem.

O item 11.2.10 (PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE 11.3.1.5 – O parecer deve ser datado e assinado pelo
DADOS) e seus subitens foram revogados pela contador responsável pelos trabalhos, e conter seu
Resolução CFC n° 1029, de 24/06/05, que aprovou a número de registro no Conselho Regional de
NBC T 11.12 PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE Contabilidade.
DADOS - PED.
11.3.1.6 – Caso o trabalho tenha sido realizado por
O item 11.2.11 (ESTIMATIVAS CONTÁBEIS) e seus empresa de auditoria, o nome e o número de registro
subitens foram revogados pela Resolução CFC n° cadastral no Conselho Regional de Contabilidade
1038, de 26/08/05, que aprovou a NBC T 11.13 também devem constar do parecer.
ESTIMATIVAS CONTÁBEIS.
11.3.1.7 – A data do parecer deve corresponder ao dia
O item 11.2.12 (TRANSAÇÕES COM PARTES do encerramento dos trabalhos de auditoria na entidade.
RELACIONADAS) e seus subitens foram revogados
pela Resolução CFC n° 1039, de 26/08/05, que 11.3.1.8 – O parecer deve expressar, clara e
aprovou a NBC T 11.14 TRANSAÇÕES COM PARTES objetivamente, se as demonstrações contábeis
RELACIONADAS. auditadas, em todos os aspectos relevantes, na opinião
do auditor, estão adequadamente representadas ou
O item 11.2.13 (TRANSAÇÕES E EVENTOS não, consoante as disposições contidas no item
SUBSEQÜENTES) e seus subitens foram revogados 11.1.1.1.
pela Resolução CFC n° 1040, de 26/08/05, que
aprovou a NBC T 11.16 TRANSAÇÕES E EVENTOS 11.3.1.9 – O parecer classifica-se, segundo a natureza
SUBSEQÜENTES. da opinião que contém, em:

O item 11.2.14 (CARTA DE RESPONSABILIDADE DA a) parecer sem ressalva;


ADMINISTRAÇÃO) e seus subitens foram revogados
pela Resolução CFC n° 1054, de 07/10/05, que b) parecer com ressalva;
aprovou a NBC T 11.17 CARTA DE
RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO. c) parecer adverso; e

O item 11.2.15 (CONTINGÊNCIAS) e seus subitens d) parecer com abstenção de opinião.


foram revogados pela Resolução CFC n° 1022, de
18/03/05, que aprovou a NBC T 11.15
CONTINGÊNCIAS. 11.3.2 - PARECER SEM RESSALVA

11.3.2.1 – O parecer sem ressalva indica que o auditor


está convencido de que as demonstrações contábeis


11
Aprofundar conhecimentos pelo estudo da
INTERPRETAÇÃO TÉCNICA NBC T 11 – IT 05.
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foram elaboradas consoante as disposições contidas no


item 11.1.1.1, em todos os aspectos relevantes. Local e data

11.3.2.2 – O parecer sem ressalva implica afirmação de Assinatura


que, em tendo havido alterações na observância das Nome do auditor-responsável técnico
disposições contidas no item 11.1.1.1, elas tiveram seus Contador Nº de registro no CRC
efeitos avaliados e aceitos e estão devidamente
revelados nas demonstrações contábeis. Nome da empresa de auditoria
Nº de registro cadastral no CRC
11.3.2.3 – O parecer sem ressalva deve obedecer ao
seguinte modelo: 11.3.3 – CIRCUNSTÂNCIAS QUE IMPEDEM A
EMISSÃO DO PARECER SEM RESSALVA
MODELO
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 11.3.3.1 – O auditor não deve emitir parecer sem
ressalva quando existir qualquer das circunstâncias
DESTINATÁRIO seguintes, que, na sua opinião, tenham efeitos
relevantes para as demonstrações contábeis:
(1) Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa
ABC, levantados em 31 de dezembro de 19X1 e de a) discordância com a administração da entidade a
19X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das respeito do conteúdo e/ou forma de apresentação das
mutações do patrimônio líquido e das origens e demonstrações contábeis; ou
aplicações de recursos correspondentes aos exercícios
findos naquelas datas, elaborados sob a b) limitação na extensão do seu trabalho.
responsabilidade de sua administração. Nossa
responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre 11.3.3.2 – A discordância com a administração da
essas demonstrações contábeis. entidade a respeito do conteúdo e forma de
apresentação das demonstrações contábeis deve
(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as conduzir à opinião com ressalva ou à opinião adversa,
normas de auditoria e compreenderam: (a) o com os esclarecimentos que permitam a correta
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância interpretação dessas demonstrações.
dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil
e de controles internos da entidade; (b) a constatação, 11.3.3.3 – A limitação na extensão do trabalho deve
com base em testes, das evidências e dos registros que conduzir à opinião com ressalva ou à abstenção de
suportam os valores e as informações contábeis opinião.
divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das
estimativas contábeis mais representativas adotadas 11.3.3.4 – Na auditoria independente das
pela administração da entidade, bem como da demonstrações contábeis das entidades, públicas ou
apresentação das demonstrações contábeis tomadas privadas, sujeitas a regulamentação específica quanto à
em conjunto. adoção de normas contábeis próprias ao segmento
econômico, quando elas forem significativamente
(3) Em nossa opinião, as demonstrações contábeis conflitantes com as disposições contidas no item
acima referidas representam adequadamente, em todos 11.1.1.1, o auditor deve emitir parecer com ressalva.
os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira da Empresa ABC em 31 de dezembro de 11.3.3.5 – Quando o auditor emitir parecer com
19X1 e de 19X0, o resultado de suas operações, as ressalva, adverso ou com abstenção de opinião, deve
mutações de seu patrimônio líquido e as origens e ser incluída descrição clara de todas as razões que
aplicações de seus recursos referentes aos exercícios fundamentaram o seu parecer e, se praticável, a
findos naquelas datas, de acordo com as práticas quantificação dos efeitos sobre as demonstrações
contábeis adotadas no Brasil12. contábeis. Essas informações devem ser apresentadas
em parágrafo específico do parecer, precedendo ao da
 opinião e, se for caso, fazer referência a uma divulgação
mais ampla pela entidade em nota explicativa às
12
A Resolução CFC nº 953/03 (de 24/01/2003) substituiu, no demonstrações contábeis.
Modelo de Parecer referido no item 11.3.2.3 da NBCT11, a
expressão “Princípios Fundamentais de Contabilidade” por
“práticas contábeis adotadas no Brasil”, a saber:


Normas Internacionais, a substituição da expressão “com os
Princípios Fundamentais de Contabilidade” por “práticas
contábeis adotadas no Brasil”, nos parágrafos de opinião dos
Pareceres e Relatórios emitidos pelos Auditores
Independentes.
º º
Art. 1 Fica alterado o modelo de parecer referido no item Art. 2 Cabe à administração das referidas entidades auditadas
11.3.2.3 da NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das divulgar em Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis as
Demonstrações Contábeis e, no que for aplicável, na NBC T 11 práticas contábeis utilizadas na elaboração destas.
– IT – 05 – Parecer dos Auditores Independentes sobre as
Demonstrações Contábeis, devendo ser adotada, durante o Parágrafo Único – Entende-se como práticas contábeis os
período em que permanecerem evoluindo os trabalhos de Princípios Fundamentais de Contabilidade, as Normas
convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade e as Brasileiras de Contabilidade e legislações pertinentes.
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11.3.4 – PARECER COM RESSALVA 11.3.8.1 – O auditor deve incluir no seu parecer
informações consideradas relevantes para adequada
11.3.4.1 – O parecer com ressalva é emitido quando o interpretação das demonstrações contábeis, ainda que
auditor conclui que o efeito de qualquer discordância ou divulgadas pela entidade.
restrição na extensão de um trabalho não é de tal
magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção 11.3.9 – PARECER QUANDO DEMONSTRAÇÕES
de opinião. CONTÁBEIS DE CONTROLADAS E/OU COLIGADAS
SÃO AUDITADAS POR OUTROS AUDITORES
11.3.4.2 – O parecer com ressalva deve obedecer ao
modelo do parecer sem ressalva, com a utilização das 11.3.9.1 – O auditor deve assegurar-se de que as
expressões “exceto por”, “exceto quanto” ou “com demonstrações contábeis das controladas e/ou
exceção de” referindo-se aos efeitos do assunto objeto coligadas, relevantes, utilizadas para fins de
da ressalva. consolidação ou contabilização dos investimentos pelo
valor do patrimônio líquido na controladora e/ou
11.3.5 – PARECER ADVERSO investidora, estão de acordo com as disposições
contidas no item 11.1.1.1.
11.3.5.1 – No parecer adverso, o auditor emite opinião
de que as demonstrações contábeis não estão 11.3.9.2 – Quando houver participação de outros
adequadamente representadas, nas datas e períodos auditores independentes no exame das demonstrações
indicados, de acordo com as disposições contidas no contábeis das controladas e/ ou coligadas, relevantes, o
item 11.1.1.1. auditor da controladora e/ou investidora deve destacar
esse fato no seu parecer.
11.3.5.2 – O auditor deve emitir parecer adverso quando
verificar que as demonstrações contábeis estão 11.3.9.3 – Nessas circunstâncias, o auditor da
incorretas ou incompletas, em tal magnitude que controladora e/ou investidora deve expressar sua
impossibilite a emissão do parecer com ressalva. opinião sobre as demonstrações contábeis como um
todo, baseando-se exclusivamente no parecer de outro
11.3.6 – PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO auditor com respeito às demonstrações contábeis de
controladas e/ou coligadas. Esse fato deve ser
11.3.6.1 – O parecer com a abstenção de opinião é destacado no parecer, indicando os valores envolvidos.
aquele em que o auditor deixa de emitir opinião sobre as
demonstrações contábeis, por não ter obtido 11.3.10 – PARECER SOBRE DEMONSTRAÇÕES
comprovação suficiente para fundamentá-la. CONTÁBEIS CONDENSADAS

11.3.6.2 – A abstenção de opinião em relação às 11.3.10.1 – O auditor poderá expressar opinião sobre
demonstrações contábeis tomadas em conjunto não demonstrações contábeis apresentadas de forma
elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no condensada, desde que tenha emitido opinião sobre as
parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar demonstrações contábeis originais.
a decisão do usuário dessas demonstrações.
11.3.10.2 – O parecer sobre as demonstrações
11.3.7 – INCERTEZA contábeis condensadas deve indicar que elas estão
preparadas segundo os critérios utilizados originalmente
11.3.7.1 – Quando ocorrer incerteza em relação a fato e que o perfeito entendimento da posição da entidade
relevante, cujo desfecho poderá afetar depende da leitura das demonstrações contábeis
significativamente a posição patrimonial e financeira da originais.
entidade, bem como o resultado das suas operações,
deve o auditor adicionar um parágrafo de ênfase em seu 11.3.10.3 – Toda informação importante, relacionada
parecer, após o parágrafo de opinião, fazendo com ressalva, parecer adverso, parecer com abstenção
referência à nota explicativa da administração, que deve de opinião e/ou ênfase, constante do parecer do auditor
descrever de forma mais extensa, a natureza e, quando sobre as demonstrações contábeis originais, deve estar
possível, o efeito da incerteza. incluída no parecer sobre as demonstrações contábeis
condensadas.
11.3.7.2 – Na hipótese do emprego de parágrafo de
ênfase, o parecer permanece na condição de parecer 11.3.11 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NÃO-
sem ressalva. AUDITADAS

11.3.7.3 – Se o auditor concluir que a matéria 11.3.11.1 – Sempre que o nome do auditor estiver, de
envolvendo incerteza relevante não está alguma forma, associado com demonstrações ou
adequadamente divulgada nas demonstrações informações contábeis que ele não auditou, estas
contábeis, de acordo com as disposições contidas no devem ser claramente identificadas como “não-
item 11.1.1.1, o seu parecer deve conter ressalva ou auditadas”, em cada folha do conjunto.
opinião adversa, pela omissão ou inadequação da
divulgação. 11.3.11.2 – Em havendo emissão de relatório, este deve
conter a indicação de que o auditor não está
11.3.8 – INFORMAÇÕES RELEVANTES NAS expressando opinião sobre as referidas demonstrações
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS contábeis.

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NBC T 11.3 – PAPÉIS DE TRABALHO E pela equipe técnica;


DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos
trabalhos.
11.3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
11.3.2.4. Os papéis de trabalho são elaborados,
11.3.1.1. Esta norma estabelece procedimentos e estruturados e organizados para atender às
critérios relativos à documentação mínima obrigatória a circunstâncias do trabalho e satisfazer às necessidades
ser gerada na realização dos trabalhos de auditoria das do auditor para cada auditoria.
demonstrações contábeis.
11.3.2.5. Os papéis de trabalho padronizados podem
11.3.1.2. O auditor deve documentar as questões que melhorar a eficácia dos trabalhos, e sua utilização
foram consideradas importantes para proporcionar facilita a delegação de tarefas, proporcionando meio
evidência, visando a fundamentar seu parecer da adicional de controle de qualidade. Entre os papéis de
auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de trabalho padronizados, encontram-se, além de outros:
acordo com as Normas de Auditoria Independente das listas de verificação de procedimentos, cartas de
Demonstrações Contábeis. confirmação de saldos, termos de inspeções físicas de
caixa, de estoques e de outros ativos.
11.3.1.3. Os papéis de trabalho constituem a
documentação preparada pelo auditor ou fornecida a 11.3.2.6. O auditor pode usar quaisquer documentos e
este na execução da auditoria. Eles integram um demonstrações preparados ou fornecidos pela entidade,
processo organizado de registro de evidências da desde que avalie sua consistência e se satisfaça com
auditoria, por intermédio de informações em papel, sua forma e conteúdo.
meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a
que se destinam. 11.3.2.7. Os papéis de trabalho, além de outros mais
específicos, incluem:
11.3.1.4. Os papéis de trabalho destinam-se a:
a) informações sobre a estrutura organizacional e legal
a) ajudar, pela análise dos documentos de auditorias da entidade;
anteriores ou pelos coligidos quando da contratação de
uma primeira auditoria, no planejamento e na execução
da auditoria; b) cópias ou excertos de documentos legais, contratos
e atas;
b) facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e
c) registrar as evidências do trabalho executado, para c) informações sobre o setor de atividades, ambiente
fundamentar o parecer do auditor independente. econômico e legal em que a entidade opera;
11.3.2. FORMA E CONTEÚDO DOS PAPÉIS DE
TRABALHO d) evidências do processo de planejamento, incluindo
programas de auditoria e quaisquer mudanças nesses
11.3.2.1. O auditor deve registrar nos papéis de trabalho programas;
informação relativa ao planejamento de auditoria, a
natureza, a oportunidade e a extensão dos
procedimentos aplicados, os resultados obtidos e as e) evidências do entendimento, por parte do auditor, do
suas conclusões da evidência da auditoria. Os papéis sistema contábil e do controle interno, e sua
de trabalho devem incluir o juízo do auditor acerca de concordância quanto à eficácia e adequação;
todas as questões significativas, juntamente com a
conclusão a que chegou, inclusive nas áreas que
envolvem questões de difícil julgamento. f) evidências de avaliação dos riscos de auditoria;

11.3.2.2. A extensão dos papéis de trabalho é assunto


de julgamento profissional, visto que não é necessário g) evidências de avaliação e conclusões do auditor e
nem prático documentar todas as questões de que o revisão sobre o trabalho da auditoria interna;
auditor trata. Entretanto, qualquer matéria que, por ser
relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar h) análises de transações, movimentação e saldos de
papéis de trabalho que apresentem as indagações e as contas;
conclusões do auditor. Ao avaliar a extensão dos papéis
de trabalho, o auditor deve considerar o que seria
necessário para proporcionar a outro auditor, sem i) análises de tendências, coeficientes, quocientes,
experiência anterior com aquela auditoria, o índices e outros indicadores significativos;
entendimento do trabalho executado e a base para as
principais decisões tomadas, sem adentrar os aspectos j) registro da natureza, oportunidade e extensão dos
detalhados da auditoria. procedimentos de auditoria e seus resultados;
11.3.2.3. A forma e o conteúdo dos papéis de trabalho
podem ser afetados por questões como: k) evidências de que o trabalho executado pela equipe
a) natureza do trabalho; técnica foi supervisionado e revisado;

b) natureza e complexidade da atividade da entidade;


l) indicação de quem executou e revisou os
c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de procedimentos de auditoria e de quando o fez;
controle interno da entidade;
d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado
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m) detalhes dos procedimentos relativos às NBC T 11.4 – PLANEJAMENTO DA AUDITORIA


demonstrações contábeis auditadas por outro auditor;
11.4.1. CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS
n) cópias de comunicações com outros auditores,
peritos, especialistas e terceiros; 11.4.1.1. Esta norma estabelece procedimentos e
critérios para a elaboração do planejamento de
auditoria.
o) cópias de comunicações à administração da
entidade, e suas respostas, em relação aos trabalhos, 11.4.1.2. O auditor deve planejar seu trabalho
às condições de contratação e às deficiências consoante as Normas Profissionais de Auditor
constatadas, inclusive no controle interno; Independente e esta norma, de acordo com os
prazos e os demais compromissos contratualmente
p) cartas de responsabilidade da administração; assumidos com a entidade.
11.4.1.3. O planejamento pressupõe adequado nível
q) conclusões do auditor acerca de aspectos de conhecimento sobre as atividades, os fatores
significativos, incluindo o modo como foram resolvidas econômicos, a legislação aplicável e as práticas
ou tratadas questões não-usuais; operacionais da entidade e o nível geral de
competência de sua administração.

r) cópias das demonstrações contábeis, assinadas 11.4.1.4. O planejamento deve considerar todos os
pela administração da entidade e pelo contabilista fatores relevantes na execução dos trabalhos,
responsável, e do parecer e dos relatórios do auditor. especialmente os seguintes:
a) o conhecimento detalhado das práticas contábeis
11.3.2.8. No caso de auditorias realizadas em vários adotadas pela entidade e as alterações procedidas
períodos consecutivos, alguns papéis de trabalho, em relação ao exercício anterior;
desde que sejam atualizados, podem ser reutilizados, b) o conhecimento detalhado do sistema contábil e
diferentemente daqueles que contêm informações sobre de controles internos da entidade e seu grau de
a auditoria de um único período. confiabilidade;
11.3.3. CONFIDENCIALIDADE, CUSTÓDIA E c) os riscos de auditoria e identificação das áreas
PROPRIEDADE DOS PAPÉIS DE TRABALHO importantes da entidade, quer pelo volume de
11.3.3.1. O auditor deve adotar procedimentos transações, quer pela complexidade de suas
apropriados para manter a custódia dos papéis de atividades;
trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de d) a natureza, a oportunidade e a extensão dos
emissão do seu parecer. procedimentos de auditoria a serem aplicados;
11.3.3.2. A confidencialidade dos papéis de trabalho é e) a existência de entidades associadas, filiais e
dever permanente do auditor. partes relacionadas;
11.3.3.3. Os papéis de trabalho são de propriedade f) o uso dos trabalhos de outros auditores
exclusiva do auditor. Partes ou excertos destes podem, independentes, especialistas e auditores internos;
a critério do auditor, ser postos à disposição da
entidade. g) a natureza, o conteúdo e a oportunidade dos
pareceres, relatórios e outros informes a serem
11.3.3.4. Os papéis de trabalho quando solicitados por entregues à entidade; e
terceiros somente podem ser disponibilizados após
autorização formal da entidade auditada, de acordo com h) a necessidade de atender a prazos estabelecidos
a NBC P 1.6. por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para a
entidade prestar informações aos demais usuários
11.3.4. DAS SANÇÕES externos.
11.3.4.1. A inobservância desta norma constitui infração 11.4.1.5. O auditor deve documentar seu
disciplinar, sujeita às penalidades previstas nas alíneas planejamento geral e preparar programas de
“c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de trabalho por escrito, detalhando o que for
maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código de Ética necessário à compreensão dos procedimentos que
do Profissional Contabilista. serão aplicados, em termos de natureza,
oportunidade e extensão.
11.4.1.6. Os programas de trabalho devem ser
detalhados de forma a servir como guia e meio de
controle de sua execução.
11.4.1.7. O planejamento da auditoria, quando incluir
a designação de equipe técnica, deve prever a
orientação e a supervisão do auditor, que assumirá
total responsabilidade pelos trabalhos executados.
11.4.1.8. A utilização de equipe técnica deve ser
prevista de maneira a fornecer razoável segurança
de que o trabalho venha a ser executado por pessoa

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com capacitação profissional, independência e documentação comprobatória de que o auditor executou


treinamentos requeridos nas circunstâncias. estas etapas de acordo com as Normas de Auditoria
Independente das Demonstrações Contábeis.
11.4.1.9. O planejamento e os programas de trabalho
devem ser revisados e atualizados sempre que 11.4.1.16. Muitas informações que compõem o
novos fatos o recomendarem. planejamento definitivo para determinado período são
11.4.1.10. Quando for realizada uma auditoria, pela confirmadas durante os trabalhos de campo, o que
primeira vez, na entidade, ou quando as implica a necessidade de o auditor independente revisá-
Demonstrações Contábeis do exercício anterior lo e ajustá-lo à medida que for executando os trabalhos.
tenham sido examinadas por outro auditor, o
planejamento deve contemplar, também, os 11.4.1.17. O programa de auditoria deve ser preparado
seguintes procedimentos: por escrito ou por outro meio de registro, para facilitar o
entendimento dos procedimentos de auditoria a serem
a) obtenção de evidências suficientes de que os adotados e propiciar uma orientação mais adequada
saldos de abertura do exercício não contenham para a divisão do trabalho.
representações errôneas ou inconsistentes que, de
alguma maneira, distorçam as Demonstrações 11.4.1.18. O detalhamento dos procedimentos de
Contábeis do exercício atual; auditoria a serem adotados deve esclarecer o que o
b) exame da adequação dos saldos de encerramento auditor necessita examinar com base no sistema
do exercício anterior com os saldos de abertura do contábil e de controles internos da entidade auditada.
exercício atual;
11.4.1.19. No programa de auditoria, devem ficar claras
c) verificação se as práticas contábeis adotadas no as diversas épocas para a aplicação dos procedimentos
atual exercício são uniformes com as adotadas no e a extensão com que os exames serão efetuados.
exercício anterior;
11.4.1.20. O programa de auditoria, além de servir como
d) identificação de fatos relevantes que possam
guia e instrumento de controle para a execução do
afetar as atividades da entidade e sua situação
trabalho, deve abranger todas as áreas a serem
patrimonial e financeira; e
examinadas pelo auditor independente.
e) identificação de relevantes eventos subseqüentes
ao exercício anterior, revelados ou não-revelados. 11.4.2. OBJETIVOS
11.4.1.11. O Planejamento da Auditoria é a etapa do 11.4.2.1. Os principais objetivos do Planejamento da
trabalho na qual o auditor independente estabelece a Auditoria são:
estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade a
ser auditada, elaborando-o a partir da contratação dos a) obter conhecimento das atividades da entidade, para
serviços, estabelecendo a natureza, a oportunidade e a identificar eventos e transações relevantes que afetem
extensão dos exames, de modo que possa as Demonstrações Contábeis;
desempenhar uma auditoria eficaz.
b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados
11.4.1.12. O Planejamento da Auditoria é, muitas vezes, com a entidade dentro dos prazos e compromissos,
denominado Plano de Auditoria, ou Programa de previamente, estabelecidos;
Auditoria, conceitos que, nesta norma, são considerados
partes do Planejamento da Auditoria. c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os
valores relevantes contidos em suas demonstrações
11.4.1.13. As informações obtidas quando da avaliação contábeis recebam a atenção requerida;
dos serviços, conforme previsto nas Normas
Profissionais de Auditor Independente aprovadas pelo d) identificar os problemas potenciais da entidade;
Conselho Federal de Contabilidade, devem servir de
base, também, para a elaboração do Planejamento da e) identificar a legislação aplicável à entidade;
Auditoria, sendo esta uma etapa subseqüente àquela.
f) estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão
11.4.1.14. O auditor independente deve ter em conta dos exames a serem efetuados, em consonância com
que o Planejamento da Auditoria é um processo que se os termos constantes na sua proposta de serviços para
inicia na fase de avaliação para a contratação dos a realização do trabalho;
serviços. Nesta etapa, devem ser levantadas as
informações necessárias para conhecer o tipo de g) definir a forma de divisão das tarefas entre os
atividade da entidade, a sua complexidade, a legislação membros da equipe de trabalho, quando houver;
aplicável, os relatórios, o parecer e os outros informes a
serem emitidos, para, assim, determinar a natureza do h) facilitar a supervisão dos serviços executados,
trabalho a ser executado. A conclusão do Planejamento especialmente quando forem realizados por uma equipe
da Auditoria só se dá quando o auditor independente de profissionais;
completar os trabalhos preliminares, com o atendimento
dos objetivos do item 11.4.2. i) propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado
por outros auditores independentes e especialistas;
11.4.1.15. As informações obtidas, preliminarmente,
para fins de elaboração da proposta de serviços, j) buscar a coordenação do trabalho a ser efetuado por
juntamente com as levantadas para fins do auditores internos;
Planejamento da Auditoria, devem compor a

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k) identificar os prazos para entrega de relatórios,


pareceres e outros informes decorrentes do trabalho Legislação aplicável
contratado com a entidade.
11.4.3.6. O conhecimento prévio da legislação que afeta
11.4.2.2. O item anterior não exclui outros objetivos que a entidade a ser auditada é fundamental para a
possam ser fixados, segundo as circunstâncias de cada avaliação, pelo auditor, dos impactos que a
trabalho, especialmente quando houver o envolvimento inobservância das normas pertinentes pode ter nas
com partes relacionadas e auditoria de Demonstrações Demonstrações Contábeis. Neste sentido, o auditor
Contábeis consolidadas. deve considerar os seguintes aspectos:

11.4.3. INFORMAÇÕES E CONDIÇÕES PARA a) os impostos, as taxas e as contribuições a que a


ELABORAR O PLANEJAMENTO DE AUDITORIA entidade está sujeita;

11.4.3.1. Nos itens a seguir, destacam-se os aspectos a b) as contribuições sociais a que a entidade está sujeita;
serem considerados no Planejamento da Auditoria. Tais
elementos não excluem outros que se revelarem c) a regulamentação própria do setor de atividade; e
necessários, conforme o tipo de atividade da entidade,
seu tamanho, qualidade de seu sistema contábil e de d) as informações que a entidade deve fornecer a
controles internos e a competência de sua terceiros em função de suas atividades, como, por
administração. exemplo, bancos, companhias abertas, seguradoras,
fundos de pensão, etc.
Conhecimento das atividades da entidade
Práticas operacionais da entidade
11.4.3.2. O planejamento pressupõe adequado nível de
conhecimento das atividades, os fatores econômicos, a 11.4.3.7. Uma entidade tem sua dinâmica nas
legislação aplicável, as práticas operacionais da transações regulares que se propõe no seu objeto
entidade e o nível geral de competência de sua social. Dentro do conceito de continuidade, devem ser
administração. considerados, entre outros, os seguintes aspectos da
entidade:
Fatores econômicos
a) a natureza das atividades e o tipo de operações que
11.4.3.3. Para o auditor independente completar o ela realiza;
conhecimento do negócio da entidade a ser auditada,
deve avaliar os fatores econômicos desta, abrangendo: b) a localização das instalações e o grau de integração
entre elas;
a) o nível geral da atividade econômica na área de
atuação da entidade e fatores que podem influenciar c) os produtos que fabrica, comercializa, ou os serviços
seu desempenho, tais como níveis de inflação, que executa;
crescimento, recessão, deflação, desemprego, situação
política, entre outros; d) os mercados de atuação e sua participação neles;

b) as taxas de juros e as condições de financiamento; e) sistemas de controle interno das principais atividades:
vendas, compras, produção, pessoal, estocagem,
c) as políticas governamentais, tais como monetária, tesouraria, etc.;
fiscal, cambial e tarifas para importação e exportação; e
f) as margens de resultado operacional bruto, de
d) o controle sobre capitais externos. contribuição e de resultado líquido;

11.4.3.4. A análise preliminar desses fatores é a base g) as políticas de vendas e marketing, compras,
para identificar riscos que possam afetar a continuidade estocagem, produção, manutenção e conservação de
operacional da entidade, a existência de contingências bens e de recursos humanos;
fiscais, legais, trabalhistas, previdenciárias, comerciais,
ambientais, obsolescência de estoques e imobilizações h) as políticas de importação e exportação e de
e outros aspectos do negócio com impacto potencial nas formação de preços, as tendências, a qualidade dos
Demonstrações Contábeis. produtos e a garantia dos produtos pós-venda;

11.4.3.5. É recomendável que tais circunstâncias, se i) a identificação de clientes e fornecedores estratégicos


constatadas, sejam discutidas, previamente, entre o ou importantes e a forma de relacionamento com eles;
auditor independente e a administração da entidade a
ser auditada. j) as modalidades de inventários;

k) as franquias, licenças, marcas e patentes;

l) a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos ou


serviços;

m) os sistemas de informações sobre as operações;

n) o uso de manuais operacionais;


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o) o grau de interferência da administração e dos Sistema contábil e de controle interno


controladores nas operações da entidade;
11.4.3.12. O conhecimento do sistema contábil e de
p) os controles gerenciais. controles internos é fundamental para o Planejamento
da Auditoria e necessário para determinar a natureza, a
11.4.3.8. O conhecimento das atividades da entidade e extensão e a oportunidade dos procedimentos de
as suas características operacionais são fundamentais auditoria, devendo o auditor:
para a identificação dos riscos da auditoria.
a) ter conhecimento do sistema de contabilidade
Competência da administração adotado pela entidade e de sua integração com os
sistemas de controles internos;
11.4.3.9 Uma entidade é gerida por uma administração,
que tem a responsabilidade pelo registro, controle, b) avaliar o grau de confiabilidade das informações
análise e aprovação das transações. O conhecimento geradas pelo sistema contábil, sua tempestividade e sua
da competência da administração é fundamental para utilização pela administração; e
que o auditor tenha uma percepção razoável da
organização da entidade e dos reflexos que uma gestão c) avaliar o grau de confiabilidade dos controles internos
não-confiável pode determinar nas Demonstrações adotados pela entidade, mediante a aplicação de provas
Contábeis. Para isso, tem de considerar itens como os de procedimentos de controle, dentro da abrangência
que seguem: definida na NBC T 11.9.

a) a estrutura corporativa e o grau de relacionamento Áreas importantes da entidade


com os controladores;
11.4.3.13. A identificação das áreas importantes
b) as formas de relacionamento com partes depende do tipo de negócio da entidade. Uma indústria
relacionadas; difere de uma entidade que atua somente no comércio
ou daquelas que atuam nas atividades rurais, de
c) as formas de eleições e designações da mineração ou de serviços.
administração;
11.4.3.14. Existem muitos tipos de entidades industriais,
d) a composição e a propriedade do capital social e comerciais e de serviços, dos mais variados portes e
suas modificações em relação ao exercício anterior; atuando em diferentes mercados. Portanto, o auditor
independente deve iniciar pela análise da natureza do
e) a estrutura organizacional, os limites de alçada e as negócio da entidade e, a partir daí, definir um tipo de
definições de linhas de responsabilidade; planejamento para o trabalho de auditoria.

f) os objetivos e o plano estratégico da administração; 11.4.3.15. O conhecimento do negócio passa pela


identificação da espécie de produtos e serviços,
g) as aquisições, as fusões, as incorporações ou as mercado de atuação, tipo e perfil dos clientes e
cisões efetuadas no período, ou os efeitos decorrentes fornecedores, formas de comercialização, nível de
dessas operações realizadas em períodos anteriores, e dependência da entidade em relação a clientes e
suas influências na administração; fornecedores, níveis de custos de pessoal, impostos,
matéria-prima, financeiros e outros no custo total da
h) a independência da administração para a tomada de entidade.
decisões;
11.4.3.16. A identificação das áreas importantes de uma
i) a freqüência das reuniões da administração e o grau entidade deve abranger o que se segue:
de decisões tomadas.
a) verificação dos casos em que elas têm efeitos
Práticas contábeis adotadas relevantes sobre as transações da entidade e se
refletem nas Demonstrações Contábeis;
11.4.3.10. O Planejamento de Auditoria deve abranger o
conhecimento detalhado das práticas contábeis b) a localização das unidades operacionais em que a
adotadas pela entidade, para propiciar uma adequada entidade realiza suas transações;
avaliação da consistência das Demonstrações
Contábeis, considerando os seus efeitos sobre o c) a estrutura de recursos humanos, a política de
programa de auditoria em face das novas normas de pessoal adotada, a existência de fundo de pensão, os
Contabilidade que passarem a ser aplicáveis à entidade. compromissos com sindicatos, os níveis salariais e os
tipos de benefícios indiretos;
11.4.3.11. alteração das práticas contábeis pode
determinar modificações na comparabilidade das d) a identificação de clientes importantes, a participação
Demonstrações Contábeis. Daí a necessidade de: no mercado, as políticas de preços, as margens de
lucro, a qualidade e a reputação dos produtos e
a) comparar as práticas contábeis adotadas no exercício serviços, as estratégias mercadológicas, garantia dos
com as adotadas no exercício anterior; produtos e outros fatores comerciais;

b) dimensionar seus efeitos na posição patrimonial e e) a identificação de fornecedores importantes de bens


financeira e no resultado da entidade. e serviços, a avaliação da qualidade dos produtos e
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serviços, as garantias de entrega, os contratos de longo lucros não-uniformes para um mesmo tipo de operação,
prazo, as importações, formas de pagamento e os visto existir, muitas vezes, o fator oportunidade;
métodos de entrega dos produtos;
d) uma entidade com operações complexas exige maior
f) os inventários, com identificação de locais, grau de especialização e experiência da administração.
quantidades, tipos de armazenamento, pessoal
envolvido e outros fatores; Entidades associadas, filiais e partes relacionadas

g) as franquias, as licenças, as marcas e as patentes 11.4.3.19. Para definir a abrangência de seu trabalho, o
quanto a contratos e registros existentes; auditor independente deve considerar, no seu
planejamento, a existência de entidades controladas,
h) os investimentos em pesquisa e desenvolvimento; coligadas, filiais e unidades operacionais. Para tanto, é
necessário:
i) os ativos, os passivos e as transações em moeda
estrangeira; a) definir se os exames são extensivos às partes
relacionadas, como controladas e coligadas, e se
j) a legislação, as normas e os regulamentos que afetam abrangem as filiais e as unidades operacionais da
a entidade; entidade;

k) a estrutura do passivo e os níveis de endividamento; b) definir a natureza, a extensão e a oportunidade dos


procedimentos de auditoria a serem adotados em
l) a qualidade e a consistência dos níveis de informação relação às partes relacionadas, podendo ocorrer,
gerencial para a tomada de decisões; inclusive, a necessidade de elaboração de um programa
de auditoria específico, porém, coordenado com o
m) os índices e as estatísticas de desempenho físico e planejamento global para o grupo de entidades;
financeiro;
c) entender a natureza das operações com as partes
n) a análise da tendência da entidade. relacionadas e seu impacto nas Demonstrações
Contábeis;
Volume de transações
d) ter em conta que situação semelhante pode ocorrer
11.4.3.17. A avaliação do volume de transações deve com o planejamento nas filiais e unidades operacionais,
ser feita para que o auditor independente tenha: pois estas podem ter, além das atividades próprias,
outras decorrentes de uma política de descentralização
a) o conhecimento e o dimensionamento mais determinada pela matriz. Cabe observar que, em muitas
adequados dos testes a serem aplicados e dos períodos entidades, as unidades operacionais têm muita
em que tais volumes são mais significativos; autonomia, como se fossem outras entidades, cabendo
ao auditor independente avaliar esses aspectos para
b) a identificação de como as normas internas são definir um planejamento adequado.
seguidas, as suas diversas fases, as pessoas
envolvidas e os controles internos adotados sobre elas; Trabalho de outros auditores independentes,
e especialistas e auditores internos

c) a definição das amostras a serem selecionadas e a 11.4.3.20. O planejamento deve considerar a


noção da existência de um grande volume de participação de auditores internos e de especialistas na
transações de pequeno valor ou de um volume pequeno execução do trabalho na entidade auditada, e a
de transações, mas com valor individual significativo. possibilidade de as controladas e coligadas serem
examinadas por outros auditores independentes. Nestas
Complexidade das transações circunstâncias, o auditor independente deve levar em
conta as seguintes questões:
11.4.3.18. A complexidade das transações de uma
entidade é fator determinante do grau de dificuldade que a) a necessidade do uso do trabalho de outros auditores
o auditor independente pode encontrar para realizar seu ocorre quando estes realizam trabalhos para partes
trabalho. Desse modo, deve levar em conta que: relacionadas, em especial quando os investimentos da
entidade são relevantes, ou se faz necessário consolidar
a) a complexidade das transações de uma entidade as Demonstrações Contábeis. No planejamento de
pode significar a necessidade de planejar a execução auditoria, este aspecto é muito importante, pois deve
dos trabalhos com profissionais mais experientes ou de haver uma coordenação entre os auditores
haver uma supervisão mais direta durante sua independentes, de forma que sejam cumpridos as
realização; normas profissionais e os prazos estabelecidos com as
entidades auditadas;
b) as operações complexas podem ser passíveis de erro
e fraude, com maior freqüência, se não possuírem b) dependendo das circunstâncias, pode ocorrer a
controles que atendam às exigências e riscos das necessidade de revisão dos papéis de trabalho do outro
operações; auditor independente;

c) as transações complexas podem determinar um ciclo c) quando o auditor de uma entidade investidora não
mais longo para a realização do negócio e margens de examinar as Demonstrações Contábeis das entidades
investidas e se os ativos destas representam parte
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relevante dos ativos totais daquela, deve considerar se


pode assumir a incumbência; c) o auditor deve estar, suficientemente, esclarecido
quanto às penalidades a que está sujeito pelo não-
d) o uso do trabalho dos auditores internos deve ser cumprimento de prazos para a entrega dos trabalhos
avaliado quando da contratação dos serviços, e, ao sob sua responsabilidade; e
elaborar o seu planejamento, o auditor independente
deve ter noção clara do envolvimento com a auditoria d) sempre que a entidade auditada estabelecer
interna da entidade a ser auditada, do nível de limitações para que o auditor possa cumprir os prazos a
coordenação e colaboração a ser adotado e do tipo de que estiver sujeito por força de compromissos
trabalho que a auditoria interna vai realizar como contratuais, deve formalizar tais circunstâncias à
suporte ao auditor independente; e administração, destacando os efeitos pecuniários
respectivos.
e) o uso de especialistas permite duas situações: a
primeira, quando o profissional é contratado pelo auditor 11.4.4. CONTEÚDO DO PLANEJAMENTO
independente, respondendo este pelo trabalho efetuado
por aquele. Nesta circunstância, o planejamento dos Cronograma
trabalhos é facilitado, já que existe maior entrosamento
e vinculação entre o especialista e o auditor 11.4.4.1. O planejamento deve evidenciar as etapas e
independente. A segunda ocorre quando o especialista as épocas em que serão executados os trabalhos, de
é contratado pela entidade a ser auditada, sem vínculo acordo com o teor da proposta de prestação de serviços
empregatício, para executar serviços que tenham efeitos e sua aceitação pela entidade auditada.
relevantes nas Demonstrações Contábeis.
11.4.4.2. No cronograma de trabalho, devem ficar
Natureza, conteúdo e oportunidade dos pareceres e evidenciadas as áreas, as unidades e as partes
relatórios relacionadas que serão atingidas pela auditoria, para
comprovar que todos os compromissos assumidos com
11.4.3.21. Quando da contratação dos serviços de a entidade auditada foram cumpridos.
auditoria, o auditor independente deve identificar com a
administração da entidade os pareceres e os relatórios a Procedimentos de auditoria
serem por ele emitidos, os prazos para sua
apresentação e os conteúdos dos relatórios. 11.4.4.3. O planejamento deve documentar todos os
procedimentos de auditoria programados, bem como
11.4.3.22. Os relatórios e os pareceres a serem emitidos sua extensão e oportunidade de aplicação, objetivando
devem obedecer aos prazos, previamente, comprovar que todos os pontos da entidade
estabelecidos. considerados relevantes foram cobertos pelo auditor
independente.
Exigências e prazos estabelecidos por órgãos
reguladores Relevância e planejamento

11.4.3.23. Muitas atividades têm normas estabelecidas 11.4.4.4. O auditor independente deve, no planejamento
por órgãos reguladores, que têm de ser cumpridas pela da auditoria, considerar a ocorrência de fatos relevantes
entidade. O auditor deve verificar o nível de que possam afetar a entidade e a sua opinião sobre as
cumprimento dessas normas e, também, emitir Demonstrações Contábeis.
relatórios específicos sobre elas. Assim, ao efetuar o
seu planejamento, o auditor independente deve Riscos de auditoria
considerar as seguintes situações:
11.4.4.5. O auditor independente deve, na fase de
a) determinadas atividades estão sujeitas ao controle e planejamento, efetuar a avaliação dos riscos de
à regulamentação por organismos oficiais, como as auditoria para que os trabalhos sejam programados
áreas de mercado de capitais, mercado financeiro, adequadamente, evitando a apresentação de
mercado segurador e outras. As entidades que exercem informações errôneas nas Demonstrações Contábeis.
atividades reguladas por estes organismos têm de
submeter-se às exigências por eles estabelecidas, que, Pessoal designado
muitas vezes, fixam prazos para a entrega de
documentações contábeis, relatórios e pareceres de 11.4.4.6. Quando incluir a designação de equipe
auditor independente e informações periódicas sobre técnica, o planejamento deve prever a orientação e a
dados contábeis, financeiros, econômicos e físicos, supervisão do auditor, que assumirá total
visando a informar terceiros interessados sobre o responsabilidade pelos trabalhos a serem executados.
desempenho da entidade. O auditor independente, ao
executar seu planejamento, deve observar o 11.4.4.7. A responsabilidade pelo planejamento e pela
enquadramento da entidade auditada em tais execução dos trabalhos realizados é do auditor
exigências, de modo que cumpra as responsabilidades independente, inclusive quando participarem, da equipe
com ela assumidas; técnica, especialistas designados por ele.

b) a identificação de tais exigências também deve ser Épocas oportunas dos trabalhos
feita quando da avaliação dos trabalhos a serem
oferecidos à entidade auditada, conforme estabelece a 11.4.4.8. Para definir as épocas oportunas de realização
NBC P 1 - Normas Profissionais de Auditor dos trabalhos de auditoria, o auditor independente deve
Independente; considerar em seu planejamento:
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possibilitar sua utilização na condução dos trabalhos a


a) o conteúdo da proposta de trabalho aprovada pela serem realizados.
entidade;
Revisões e atualizações no planejamento e nos
b) a existência de épocas cíclicas nos negócios da programas de auditoria
entidade;
11.4.4.12. O planejamento e os programas de auditoria
c) as épocas em que a presença física do auditor é devem ser revisados permanentemente, como forma de
recomendável para efetuar avaliações sobre as o auditor independente avaliar as modificações nas
transações da entidade; circunstâncias e os seus reflexos na extensão, na
oportunidade e na natureza dos procedimentos de
d) as épocas adequadas para a inspeção física dos auditoria a serem aplicados;
estoques e de outros ativos;
11.4.4.13. As atualizações no planejamento e nos
e) o momento adequado para solicitar confirmações de programas de auditoria têm de ser documentadas nos
saldos e informações de terceiros, como advogados, por papéis de trabalho correspondentes, devendo ficar
exemplo; evidenciados, também, os motivos das modificações a
que se procedeu.
f) a necessidade de cumprimento de prazos fixados pela
própria administração da entidade ou por órgãos 11.4.5. PLANEJAMENTO DA PRIMEIRA AUDITORIA
reguladores;
11.4.5.1. A realização de uma primeira auditoria numa
g) fatores econômicos que afetem a entidade, tais como entidade requer alguns cuidados especiais da parte do
avaliação de efeitos de mudanças de política econômica auditor independente, podendo ocorrer três situações
pelo governo ou aprovação de legislação ou normas básicas:
regulamentadoras que influenciem de forma significativa
os negócios da entidade; a) quando a entidade nunca foi auditada, situação que
requer atenção do auditor independente, visto que ela
h) a possibilidade de utilizar trabalhos de auditores não tem experiência anterior de um trabalho de
internos e de especialistas que sirvam de subsídio ao auditoria;
trabalho do auditor independente, de modo que estejam
terminados e revisados de forma coordenada com o b) quando a entidade foi auditada no período
cronograma de trabalho definido no planejamento; imediatamente anterior, por auditor independente,
situação que permite uma orientação sobre aquilo que é
i) a existência de fato relevante que possa afetar a requerido pelo auditor independente; e
continuidade normal dos negócios da entidade, caso em
que pode ser requerida uma modificação no c) quando a entidade não foi auditada no período
planejamento, para avaliação dos efeitos sobre a imediatamente anterior, situação que requer atenção do
entidade; auditor independente, porquanto as Demonstrações
Contábeis que servirão como base de comparação não
j) os prazos para a emissão de pareceres e relatórios foram auditadas.
dos trabalhos realizados.
11.4.5.2. Assim sendo, nessas circunstâncias, o auditor
11.4.4.9. Horas estimadas para a execução dos independente deve incluir no planejamento de auditoria:
trabalhos – ao elaborar sua proposta de trabalho, o análise dos saldos de abertura, procedimentos
auditor independente deve apresentar uma estimativa contábeis adotados, uniformidade dos procedimentos
de honorários e horas ao cliente – conforme determinam contábeis, identificação de relevantes eventos
as Normas Profissionais de Auditoria Independente – na subseqüentes ao exercício anterior e revisão dos papéis
qual prevê o cumprimento de todas as etapas do de trabalho do auditor anterior.
trabalho a ser realizado. No planejamento, devem
constar as horas distribuídas entre as várias etapas do 11.4.6. SALDOS DE ABERTURA
trabalho e entre os integrantes da equipe técnica.
11.4.6.1. O auditor deve examinar e confrontar os
Supervisão e revisão saldos de abertura com os registros contábeis dos
saldos das contas de ativo, passivo e patrimônio líquido,
11.4.4.10. A supervisão e a revisão devem ser e examinar a sua consistência.
planejadas para cobrirem desde a etapa inicial dos
trabalhos, abrangendo o próprio planejamento, até o 11.4.6.2. Quando os trabalhos de auditoria do exercício
término do trabalho contratado com a entidade. anterior tiverem sido efetuados por outro auditor, o
exame da consistência dos saldos iniciais pode ser feito
Indagações à administração para concluir o mediante a revisão dos papéis de trabalho do auditor
planejamento anterior, complementado por trabalhos adicionais, se
necessário.
11.4.4.11. Embora a proposta de trabalho de auditoria
elaborada pelo auditor independente e aceita pela 11.4.7. PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS ADOTADOS
administração da entidade a ser auditada forneça base
para o processo de preparação do planejamento da 11.4.7.1. Com vistas a avaliar a observância dos
auditoria, deve ser discutida com a administração da Princípios Fundamentais de Contabilidade e das
entidade, para confirmar as informações obtidas e Normas Brasileiras de Contabilidade, o auditor
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independente deve proceder à revisão dos 11.4.11. SANÇÕES


procedimentos contábeis adotados pela entidade no
exercício anterior e naquele a ser auditado. 11.4.11.1. A inobservância desta Norma constitui
infração disciplinar sujeita às penalidades previstas nas
11.4.7.2. Quanto ao exercício anterior, essa revisão alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295,
resulta da necessidade da comparabilidade com os de 27 de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código
procedimentos do exercício a ser auditado. de Ética Profissional do Contabilista.

11.4.7.3. Para se certificar dos procedimentos contábeis NBC T 11. 6 - RELEVÂNCIA NA AUDITORIA
adotados no exercício anterior, cabe ao auditor proceder
a um exame sumário daqueles adotados pela entidade, Essa norma estabelece parâmetros e orientação que
inclusive pelo que consta nas respectivas devem ser considerados quando da aplicação do
Demonstrações Contábeis. conceito de relevância e seu relacionamento com os
riscos em trabalhos de auditoria.
11.4.7.4. Se o exercício anterior foi examinado por outro
auditor independente, devem ser analisados o parecer 11.6.1 - DEFINIÇÕES
dos auditores e o conteúdo das Demonstrações
Contábeis, inclusive as notas explicativas, como fonte 11.6.1.1 - O auditor independente deve considerar a
de informação para uma avaliação, pela auditoria, do relevância e seu relacionamento com os riscos
exercício a ser auditado. identificados durante o processo de auditoria.

11.4.8. UNIFORMIDADE DOS PROCEDIMENTOS 11.6.1.2 - A relevância depende da representatividade


CONTÁBEIS quantitativa ou qualitativa do item ou da distorção em
relação às demonstrações contábeis como um todo ou
11.4.8.1. A comparabilidade das Demonstrações informação sob análise. Uma informação é relevante se
Contábeis de dois exercícios depende dos sua omissão ou distorção puder influenciar a decisão
procedimentos contábeis uniformes adotados. dos usuários dessa informação no contexto das
demonstrações contábeis. Omissões e distorções são
11.4.8.2. No planejamento de uma primeira auditoria, o causadas por erros ou fraudes, conforme definido na
exame dos procedimentos contábeis adotados no NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das
exercício, comparativamente com os adotados no Demonstrações Contábeis.
exercício anterior, é fator relevante para a formação de
uma opinião sobre as Demonstrações Contábeis do 11.6.1.3 - O objetivo de uma auditoria das
exercício. demonstrações contábeis é permitir ao auditor
independente expressar opinião se essas
11.4.8.3. A adoção de procedimentos contábeis que não demonstrações estão, ou não, preparadas, em todos os
atendam aos Princípios Fundamentais de Contabilidade aspectos relevantes, de acordo com práticas contábeis
e às Normas Brasileiras de Contabilidade deve ser aplicáveis às circunstâncias. A determinação do que é
objeto de discussão antecipada entre o auditor e a relevante, nesse contexto, é uma questão de julgamento
administração da entidade, uma vez que pode profissional.
caracterizar-se a necessidade da emissão de parecer
com ressalva ou adverso às Demonstrações Contábeis 11.6.1.4 - Na fase de planejamento, ao definir seu plano
sob análise. de auditoria, o auditor independente deve estabelecer
um nível de relevância aceitável para permitir a
11.4.9. EVENTOS RELEVANTES SUBSEQÜENTES detecção de distorções relevantes. Tanto o montante
AO EXERCÍCIO ANTERIOR (aspecto quantitativo) como a natureza (aspecto
qualitativo) de possíveis distorções devem ser
11.4.9.1. Quando o auditor independente estiver considerados e documentados nos papéis de trabalho
realizando uma primeira auditoria numa entidade e de auditoria, para referência durante a execução e a
constatar situações que caracterizem como relevantes conclusão dos trabalhos.
eventos subseqüentes ao exercício anterior, deve,
imediatamente, discuti-las com a administração da 11.6.1.5 - A determinação quantitativa do nível de
entidade e, quando as Demonstrações Contábeis relevância é uma questão de julgamento profissional,
daquele exercício tenham sido examinadas por outros geralmente computada com base em percentual de um
auditores independentes, discuti-las com esses, item específico das demonstrações contábeis que, de
inteirando-se, se for o caso, dos fatos que sejam de seu acordo com o julgamento do auditor independente, pode
conhecimento com respeito aos eventos subseqüentes. afetar a opinião de um usuário que depositará confiança
nas demonstrações contábeis, levando em
11.4.10. REVISÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO DO consideração a natureza da entidade que está
AUDITOR ANTERIOR apresentando as informações contábeis. É reconhecido,
por exemplo, que o lucro após a dedução dos impostos,
11.4.10.1. No planejamento da primeira auditoria, o originado das operações normais da entidade em uma
auditor independente deve avaliar a necessidade de base recorrente, é, na maioria dos casos, a melhor
revisão dos papéis de trabalho e dos relatórios emitidos forma de avaliação por parte dos usuários das
pelo seu antecessor. demonstrações contábeis. Dependendo das
circunstâncias específicas da entidade, outros itens das
demonstrações contábeis podem ser úteis na
determinação quantitativa da relevância. Entre esses
outros itens, podem ser destacados: o patrimônio
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líquido, o total de receitas operacionais, a margem bruta 11.6.2.2 - Existe uma relação inversa entre o risco de
ou até mesmo o total de ativos ou o fluxo de caixa das auditoria e o nível estabelecido de relevância, isto é,
operações. quanto menor for o risco de auditoria, maior será o valor
estabelecido como nível de relevância e vice-versa. O
11.6.1.6 - Exemplos de distorções de caráter qualitativo auditor independente toma essa relação inversa em
são: conta ao determinar a natureza, época e extensão dos
a) inadequada descrição de uma prática contábil quando procedimentos de auditoria. Por exemplo, se na
for provável que um usuário das demonstrações execução de procedimentos específicos de auditoria, o
contábeis possa interpretar, incorretamente, tal prática; auditor independente determinar que o nível de risco é
b) ausência de divulgação de um descumprimento maior que o previsto na fase de planejamento, o nível de
regulamentar ou contratual quando tal descumprimento relevância, preliminarmente estabelecido, deve ser
possa vir a afetar, de forma relevante, a capacidade reduzido. O auditor independente deve atenuar tal
operacional da entidade auditada ou possa resultar em ocorrência por:
sanções.
a) reduzir o nível de risco de controle, onde praticável, e
11.6.1.7 - O auditor independente deve considerar a suportar tal redução por meio de ampliação dos testes
possibilidade de distorções de valores, relativamente, de controles; ou
não-relevantes que, ao serem acumulados, possam, no
conjunto, produzir distorção relevante nas b) reduzir o risco de detecção via modificação da
demonstrações contábeis. Por exemplo, um erro na natureza, época e extensão dos testes substantivos
aplicação de um procedimento de encerramento mensal planejados.
pode ser um indicativo de uma distorção relevante
durante o exercício social, caso tal erro se repita em 11.6.3 – CONSIDERAÇÃO SOBRE RELEVÂNCIA EM
cada um dos meses. ENTIDADES MULTILOCALIZADAS

Indícios de erros repetitivos, mesmo não-relevantes, 11.6.3.1 - Na auditoria de entidade com operações em
individualmente, podem indicar deficiência nos controles múltiplos locais ou com várias unidades ou vários
internos, requerendo do auditor independente o componentes, o auditor independente deve considerar
aprofundamento dos exames. em que extensão os procedimentos de auditoria devem
ser aplicados em cada um desses locais ou
11.6.1.8 - O auditor independente deve avaliar a componentes. Os fatores que o auditor deve tomar em
questão da relevância tanto em relação às conta, ao selecionar um local, unidade ou componente
demonstrações contábeis tomadas em conjunto como específico, incluem:
em relação a saldos individuais de contas, classes de
transações e divulgações (notas explicativas). A a) a natureza e o montante dos ativos e passivos
avaliação da relevância pode ser influenciada por existentes e as transações executadas pelo local,
requisitos regulatórios e aspectos particulares de unidade ou componente, bem como os riscos
rubricas específicas das demonstrações. Tal avaliação identificados em relação aos mesmos;
pode resultar em diferentes níveis de relevância.
b) o grau de centralização dos registros contábeis e do
11.6.1.9 - A relevância definida, quantificada e processamento de informação;
documentada nos papéis de trabalho que evidenciam o
planejamento deve ser considerada pelo auditor c) a efetividade dos controles internos, particularmente
independente ao: com relação à habilidade de supervisão eficiente das
a) determinar a natureza, época e extensão dos operações do local ou componente por parte da
procedimentos de auditoria; e administração;
b) avaliar o efeito de distorções identificadas.
d) a freqüência, época e extensão das atividades de
11.6.2 - RELACIONAMENTO ENTRE A RELEVÂNCIA supervisão; e
E OS RISCOS DE AUDITORIA
e) a relevância do local, unidade ou componente em
11.6.2.1 - Ao definir seu plano de auditoria, o auditor relação ao conjunto das demonstrações contábeis da
independente deve levar em conta quais fatores entidade auditada.
poderiam resultar em distorções relevantes nas
demonstrações contábeis sob exame. A avaliação do 11.6.4 – RELEVÂNCIA E RISCO DE AUDITORIA NO
auditor independente, quanto à relevância de rubricas PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA EVIDÊNCIA DE
específicas e classes de transações ou divulgações AUDITORIA
necessárias, ajuda-o a decidir sobre assuntos de
planejamento de auditoria, como por exemplo: 11.6.4.1 - A avaliação da relevância e dos riscos de
a) quais itens a examinar; auditoria, por parte do auditor independente, pode diferir
b) onde aplicar, ou não, amostragem e procedimentos entre o planejamento da auditoria e a avaliação dos
analíticos. resultados da aplicação dos procedimentos de auditoria.
Isso pode ser causado por uma mudança nas condições
Isso permite ao auditor independente selecionar do trabalho ou por uma mudança no nível de
procedimentos de auditoria que, combinados, possam conhecimento do auditor independente, resultado dos
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitável. procedimentos de auditoria aplicados até então.

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11.6.4.2 - Por exemplo, se o planejamento da auditoria meio da aplicação de procedimentos adicionais de


for efetuado em período anterior ao encerramento das auditoria, ou exigir que a administração corrija as
demonstrações contábeis, o auditor independente pode distorções identificadas.
estimar o resultado das operações e a posição
financeira que existiriam no encerramento do exercício 11.6.5.5 - Se a Administração da entidade auditada
ou do período sob exame, baseado na experiência negar-se a ajustar as demonstrações contábeis e o
existente. Caso os resultados reais sejam, resultado de procedimentos de auditoria adicionais,
substancialmente, diferentes dos valores estimados, a normalmente, executados pelo auditor independente
relevância quantificada na fase do planejamento e nestas circunstâncias não lhe permitir concluir que o
utilizada na execução da auditoria, assim como a montante agregado das distorções seja irrelevante, o
avaliação dos riscos de auditoria, podem também auditor deve considerar os efeitos no seu parecer,
mudar, e, dessa forma, requerer julgamento do auditor conforme o que estabelece a NBC T 11 – Normas de
independente com relação à suficiência dos Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.
procedimentos de auditoria até então aplicados.
NBC T 11.8 – SUPERVISÃO E CONTROLE DE
11.6.4.3 - As modificações no nível de relevância QUALIDADE
determinado no planejamento, efetuadas em
decorrência de fatores encontrados durante a execução 11.8.1. CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS
dos trabalhos, devem ser adequadamente
documentadas. 11.8.1.1. Esta norma estabelece procedimentos e
critérios relativos à supervisão e ao controle de
11.6.4.4 - O auditor independente pode, no processo de qualidade, com ênfase ao controle interno.
planejamento da auditoria, ter, intencionalmente,
estabelecido nível de relevância num patamar abaixo 11.8.1.2. Os auditores independentes – empresas ou
daquele a ser utilizado para avaliar os resultados da profissionais autônomos – devem implantar e manter
auditoria. Isso pode ser feito para reduzir a regras e procedimentos de supervisão e controle interno
probabilidade de existência de distorções não- de qualidade, que garantam a qualidade dos serviços
identificadas e para propiciar ao auditor independente executados.
uma margem de segurança ao avaliar as distorções
identificadas no curso da auditoria. 11.8.1.3. As regras e os procedimentos relacionados ao
controle de qualidade interno devem ser, formalmente,
11.6.5 – AVALIAÇÃO DO EFEITO DE DISTORÇÕES documentados, e ser do conhecimento de todas as
pessoas ligadas aos auditores independentes.
11.6.5.1 - O auditor independente deve assegurar-se
que o efeito agregado de distorções quantitativas ou 11.8.1.4. As regras e os procedimentos devem ser
qualitativas, identificadas no curso de sua auditoria e colocados à disposição do Conselho Federal de
não-corrigidas, não são relevantes em relação às Contabilidade para fins de acompanhamento e
demonstrações contábeis tomadas em conjunto. fiscalização, bem como dos organismos reguladores de
atividades do mercado, com vistas ao seu conhecimento
11.6.5.2 - O efeito agregado de distorções não- e acompanhamento, e dos próprios clientes, como
corrigidas compreende, entre outros: afirmação de transparência.

a) distorções específicas identificadas pelo auditor 11.8.1.5. Vários fatores devem ser levados em
independente, incluindo o efeito de distorções consideração na definição das regras e dos
acumuladas identificadas e não-corrigidas em períodos procedimentos de controle interno de qualidade,
anteriores; principalmente aqueles relacionados à estrutura da
equipe técnica do auditor, ao porte, à cultura, à
b) a melhor estimativa de outras distorções que não organização e à complexidade dos serviços que realizar.
possam ser, especificamente, identificadas e
quantificadas, ou seja, estimativas de erros. 11.8.1.6. O controle interno de qualidade é relevante na
garantia de qualidade dos serviços prestados e deve
11.6.5.3 - O auditor independente deve considerar se o abranger a totalidade das atividades dos auditores,
efeito agregado das distorções identificadas notadamente, diante da repercussão que os relatórios
(quantitativas e qualitativas) é relevante. Em caso de auditoria vêm, interna e externamente, afetando a
positivo, o auditor independente deve considerar se a entidade auditada.
aplicação de procedimentos de auditoria adicionais
reduziriam os riscos a níveis aceitáveis ou solicitar à 11.8.1.7. As equipes de auditoria são responsáveis,
administração da entidade auditada que efetue as observados os limites das atribuições individuais, pelo
correções das distorções identificadas. atendimento das normas da profissão contábil e pelas
regras e procedimentos destinados a promover a
11.6.5.4 - Caso o efeito agregado de distorções por ele qualidade dos trabalhos de auditoria.
identificadas aproxime-se do nível de relevância
aceitável, previamente estabelecido e documentado, o 11.8.1.8. Na supervisão dos trabalhos da equipe técnica
auditor independente deve considerar a probabilidade durante a execução da auditoria, o auditor deve:
da existência de distorções não-identificadas, que,
somadas às identificadas, possam, agregadamente, a) avaliar o cumprimento do planejamento e do
exceder o nível de relevância aceitável. Nessas programa de trabalho;
circunstâncias, o auditor independente deve avaliar a
necessidade de reduzir o risco a um nível aceitável, por
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b) avaliar se as tarefas distribuídas à equipe técnica a) a capacidade de atendimento deve ser determinada
estão sendo cumpridas no grau de competência exigido; pela soma das horas disponíveis, segundo horário
contratado com a equipe técnica, em relação às horas
c) resolver questões significativas quanto à aplicação contratadas com os clientes;
dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e das
Normas Brasileiras de Contabilidade; b) a independência em relação aos clientes deve
abranger toda a equipe técnica envolvida na prestação
d) avaliar se os trabalhos foram, adequadamente, de serviços aos clientes;
documentados e os objetivos dos procedimentos
técnicos alcançados; e c) que não há evidências de que a administração do
cliente adotou medidas administrativas que possam
e) avaliar se as conclusões obtidas são resultantes dos comprometer o trabalho do auditor; e
trabalhos executados e permitem ao auditor
fundamentar sua opinião sobre as Demonstrações d) o auditor independente deve avaliar a necessidade de
Contábeis. rodízio de auditores responsáveis pela realização dos
serviços, de modo a resguardar a independência do
11.8.1.9. O auditor deve instituir um programa de auditor responsável pela execução dos serviços.
controle de qualidade visando avaliar, periodicamente,
se os serviços executados são efetuados de acordo com 11.8.2. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
as Normas Técnicas de Auditoria e Profissionais do
Auditor Independente . 11.8.2.1. O auditor deve manter procedimentos visando
à confirmação de que seu pessoal atingiu e mantém as
11.8.1.10. O programa de controle de qualidade deve qualificações técnicas e a competência necessárias
ser estabelecido de acordo com a estrutura da equipe para cumprir as suas responsabilidades profissionais.
técnica do auditor e a complexidade dos serviços que
realizar. No caso de o auditor atuar sem a colaboração 11.8.2.2. Para atingir tal objetivo, o auditor deve adotar
de assistentes, o controle da qualidade é inerente à procedimentos formais para contratação, treinamento,
qualificação profissional do auditor. desenvolvimento e promoção do seu pessoal.

11.8.1.11. Os requisitos que o auditor deve adotar para 11.8.2.3. O auditor deve adotar, no mínimo, um
o controle da qualidade dos seus serviços são os que programa de contratação e monitoramento que leve em
seguem: consideração o planejamento de suas necessidades, o
estabelecimento dos objetivos e a qualificação
a) o pessoal designado deve ter a competência e a necessária para os envolvidos nos processos de
habilidade profissionais compatíveis com o requerido no seleção e contratação.
trabalho realizado;
11.8.2.4. Devem ser estabelecidas as qualificações e as
b) o pessoal designado deve ter o nível de diretrizes para avaliar os selecionados para contratação,
independência e demais atributos definidos nas Normas estabelecendo, no mínimo:
Profissionais de Auditor Independente para ter uma
conduta profissional inquestionável; a) habilitação legal para o exercício profissional;

c) o trabalho de auditoria deve ser realizado por pessoal b) habilidades, formação universitária, experiência
que tenha um nível de treinamento e de experiência profissional, características comportamentais e
profissional compatível com o grau de complexidade das expectativas futuras para o cargo a ser preenchido;
atividades da entidade auditada; e
c) regras para a contratação de parentes de pessoal
d) o auditor deve planejar, supervisionar e revisar o interno e de clientes, contratação de funcionários de
trabalho em todas as suas etapas, de modo a garantir clientes; e
aos usuários de seus serviços a certeza razoável de que
o trabalho seja realizado de acordo com as normas de d) análises de currículo, entrevistas, referências
controle de qualidade requeridas nas circunstâncias. pessoais e profissionais e testes a serem aplicados.

11.8.1.12. O controle de qualidade do auditor inclui a 11.8.3. EXECUÇÃO DOS TRABALHOS DE AUDITORIA
avaliação permanente da carteira dos clientes, quanto INDEPENDENTE
aos seguintes aspectos:
11.8.3.1. O auditor deve ter política de documentação
a) capacidade de atendimento ao cliente, em face da dos trabalhos executados e das informações obtidas na
estrutura existente; fase de aceitação ou retenção do cliente, em especial,
quanto:
b) grau de independência existente; e
a) ao planejamento preliminar com base nos
c) integridade dos administradores do cliente. julgamentos e nas informações obtidos; e

11.8.1.13. A avaliação permanente da carteira de b) à habilitação legal para o exercício profissional,


clientes deve ser feita por escrito, considerando os inclusive quanto à habilidade e à competência da equipe
seguintes pressupostos: técnica, com evidenciação por trabalho de auditoria
independente dos profissionais envolvidos quanto a
suas atribuições.
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11.8.4.5. O auditor deve ter política definida de rotação


11.8.3.2. O auditor deve ter como política a designação de responsáveis técnicos, de forma a evitar, mesmo que
de recursos humanos com nível de treinamento, aparentemente, afetar a independência, devendo
experiência profissional, capacidade e especialização atender à NBC P 1.2 - Independência.
adequados para a execução dos trabalhos contratados.
11.8.4.6. É relevante o entendimento prévio entre o
11.8.3.3. O auditor deve ter plena consciência de sua auditor e o cliente, por meio de termos contratuais
capacidade técnica, recursos humanos e estrutura para adequados.
prestar e entregar o serviço que está sendo solicitado,
devendo verificar se há a necessidade de alocação de 11.8.4.7. O risco de associação deve ser conhecido,
recursos humanos especializados em tecnologia da avaliado e administrado.
computação, em matéria fiscal e tributária ou, ainda, no
ramo de negócios do cliente em potencial. 11.8.4.8. A avaliação de cada novo cliente em potencial
deve contemplar, entre outros:
11.8.3.4. O auditor deve planejar, supervisionar e revisar
o trabalho em todas as suas etapas, de modo a garantir a) os acionistas ou os cotistas e os administradores: a
que o trabalho seja realizado de acordo com as normas seleção dos clientes deve ser precedida de um trabalho
de auditoria independente de Demonstrações de coleta de dados e análise, abrangendo a
Contábeis. identificação, a reputação e a qualificação dos
proprietários e dos executivos do cliente em potencial;
11.8.3.5. As equipes de trabalho devem ser integradas
por pessoas de experiência compatível com a b) o ramo de negócios, incluindo especializações:
complexidade e o risco profissional que envolvam a informação suficiente sobre o cliente em potencial
prestação do serviço ao cliente. quanto ao ramo de negócios; o ambiente em que atua; a
imagem que projeta no mercado, inclusive no mercado
11.8.3.6. A delegação de tarefas para todos os níveis da de capitais; e quais são seus consultores, advogados,
equipe técnica deve assegurar que os trabalhos a serem banqueiros, principais clientes e fornecedores;
executados terão o adequado padrão de qualidade.
c) a filosofia da administração: conhecer, como parte da
11.8.4. AVALIAÇÃO PERMANENTE DA CARTEIRA DE avaliação de risco, os conceitos de governança
CLIENTES corporativa e os métodos de controles internos
adotados, e se mantém tecnologia, estatísticas e
11.8.4.1. Para os clientes que envolvam maiores riscos, relatórios adequados, bem como se tem planos de
o auditor deve indicar mais de um responsável técnico expansão e sucessão;
quando da aceitação ou da retenção dos mesmos, da
revisão do planejamento, da discussão dos assuntos d) a revisão dos relatórios econômicos e financeiros,
críticos durante a fase de execução dos trabalhos e internos e publicados;
quando do seu encerramento, em especial relativos ao
relatório. No caso de ser um único profissional prestador e) em certos casos, a obtenção de informações de
dos serviços de auditoria independente, estes fontes externas que se relacionam com o potencial
procedimentos devem ser executados com a cliente, com os advogados, os financiadores, os
participação de outro profissional habilitado. fornecedores, os consultores, entre outros;

11.8.4.2. O auditor deve avaliar cada novo cliente em f) a existência e a política de transações com partes
potencial, bem como rever suas avaliações a cada relacionadas;
recontratação e, ainda, avaliar quando há algum fato ou
evento relevante que provoque modificações no serviço g) sendo a entidade a ser auditada coligada, controlada,
a ser prestado, ou no relacionamento profissional entre controladora ou integrante de grupo econômico, em que
o auditor e seu cliente. existam mais auditores envolvidos, deve ser avaliada a
abrangência da confiabilidade nos trabalhos dos demais
11.8.4.3. O auditor deve estabelecer política para a auditores;
consulta a outros responsáveis técnicos ou
especialistas, com experiência específica, interna ou h) a necessidade de a entidade auditada também ter de
externa à empresa de auditoria, bem como para a elaborar suas Demonstrações Contábeis com base em
solução de conflitos de opiniões entre a equipe de normas técnicas internacionais;
auditoria e os responsáveis técnicos, devendo o
processo ser documentado. i) se houve troca constante de auditor e se a sua
contratação ocorre por obrigação normativa ou para
11.8.4.4. Ao avaliar o risco de associação com um apoio e assessoria aos administradores;
cliente em potencial, o auditor deve considerar suas
responsabilidades e imagem pública. O relacionamento j) se houve alguma razão de ordem profissional que
profissional entre o cliente e o auditor deve preservar a tenha determinado a mudança de auditores.
independência, a objetividade e a boa imagem de
ambos. Esse procedimento deve ser formalizado por 11.8.4.9. É relevante o conhecimento da situação
escrito ou por outro meio que permita consultas futuras. financeira do cliente em potencial, inclusive quanto à
probabilidade de continuidade operacional e riscos de
ordem moral, devendo ser evitadas contratações com
riscos manifestos neste sentido.

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11.8.5. CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO 11.10.1.3. A evidência de normalidade pelo prazo de um


ano após a data das Demonstrações Contábeis é
11.8.5.1. Deve ser executada a avaliação de clientes suficiente para a caracterização dessa continuidade.
recorrentes a cada contratação ou quando houver
mudança relevante nas condições do mesmo ou no seu 11.10.1.4. Caso, no decorrer dos trabalhos, se
mercado de atuação. apresentem indícios que ponham em dúvida essa
continuidade, deve o auditor aplicar os procedimentos
11.8.5.2. Um programa de verificação periódica da adicionais que julgar necessários para a formação de
qualidade deve ser aplicado anualmente, incluindo: juízo embasado e conclusivo sobre a matéria.

a) a seleção de amostra de serviços prestados a 11.10.1.5. Na hipótese do auditor concluir que há


clientes e a aplicação de um programa de verificação do evidências de riscos na continuidade normal das
atendimento às Normas de Auditoria Independente, atividades da entidade, deve avaliar os possíveis efeitos
profissional e técnica; e nas Demonstrações Contábeis, especialmente quanto à
realização de ativos.
b) aplicação, sobre a amostra selecionada, de um
programa de verificação do atendimento às Normas 11.10.1.6. Quando constatar que há evidências de
Brasileiras de Contabilidade. riscos na continuidade normal das atividades da
entidade, o auditor deve, em seu parecer, mencionar,
11.8.5.3. A aceitação ou a manutenção do cliente deve em parágrafo de ênfase, os efeitos que tal situação
ser, continuamente, reavaliada quanto às situações de pode determinar na continuidade operacional da
riscos potenciais para o auditor. entidade, de modo que os usuários tenham adequada
informação sobre a mesma.
11.8.5.4. O programa deve incluir a avaliação dos
procedimentos administrativos e técnicos de auditoria 11.10.1.7. Embora não-exaustivos, pelos menos os
independente, inclusive em relação à NBC P 1 – seguintes pressupostos devem ser adotados pelo
Normas Profissionais de Auditor Independente, auditor na análise da continuidade da entidade auditada:
abrangendo, pelo menos:
a) indicadores financeiros;
a) registro regular em CRC;
b) recrutamento do pessoal técnico; b) indicadores de operações;
c) treinamento do pessoal técnico;
d) contratação dos serviços pelos clientes; c) outras indicações.
e) comparação de horas disponíveis do quadro técnico
com as horas contratadas; 11.10.2. PROCEDIMENTOS
f) procedimentos sobre independência;
g) instalações dos escritórios.
11.10.2.1. Quando planejar e executar procedimentos
de auditoria, e ao avaliar seus resultados, o auditor deve
11.8.5.5. O programa deve incluir plano de ação para
considerar a propriedade do pressuposto de
sanar falhas detectadas no processo de verificação da
continuidade operacional subjacente à preparação das
qualidade e o acompanhamento da sua implementação.
Demonstrações Contábeis.
11.8.6. SANÇÕES
11.10.2.2. Na ausência de informações em contrário, a
preparação das Demonstrações Contábeis presume a
11.8.6.1. A inobservância desta Norma constitui infração
continuidade da entidade em regime operacional por um
disciplinar sujeita às penalidades previstas nas alíneas
período previsível, não menor do que um ano a partir da
“c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de
data-base de encerramento do exercício.
maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código de Ética
Conseqüentemente, ativos e passivos são registrados
Profissional do Contabilista.
com base no fato de que a entidade possa realizar seus
ativos e saldar seus passivos no curso normal dos
NBC T 11.10 – CONTINUIDADE NORMAL DAS
negócios. Se esse pressuposto for injustificado, é
ATIVIDADES DA ENTIDADE
possível que a entidade não seja capaz de realizar seus
ativos ou liquidar seus passivos pelos valores e
11.10.1. CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS vencimentos contratados. Como conseqüência, é
possível que os valores e a classificação de ativos e
11.10.1.1. Esta norma estabelece procedimentos e passivos nas Demonstrações Contábeis precisem ser
critérios relativos à responsabilidade do auditor quanto à ajustados.
propriedade do pressuposto de continuidade
operacional da entidade auditada como base para a 11.10.2.3. O auditor deve considerar o risco de que o
preparação das Demonstrações Contábeis. pressuposto de continuidade operacional não mais seja
apropriado.
11.10.1.2. A continuidade normal das atividades da
entidade deve merecer especial atenção do auditor,
quando do planejamento dos seus trabalhos, ao analisar 11.10.2.4. As indicações de que a continuidade da
os riscos de auditoria, e deve ser complementada entidade em regime operacional está em risco podem vir
quando da execução de seus exames. das Demonstrações Contábeis ou de outras fontes.
Exemplos desses tipos de indicações que devem ser
consideradas pelo auditor são apresentados abaixo.
Essa lista não é exaustiva e nem sempre a existência de
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um ou mais desses fatores significa que o pressuposto c.4) para as entidades sujeitas a controle de órgãos
de continuidade operacional seja questionado: reguladores governamentais, tais como Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), Banco Central do Brasil
a) indicações financeiras: (BCB), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel),
a.1) passivo a descoberto (Patrimônio Líquido negativo); Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
Superintendência de Seguros Privados (Susep),
a.2) posição negativa do Capital Circulante (deficiência Secretaria de Previdência Complementar (SPC) e
de Capital Circulante); outros, devem ser considerados os fatores de riscos
inerentes às respectivas atividades.
a.3) empréstimos com prazo fixo e vencimentos
imediatos sem perspectiva realista de pagamento ou 11.10.2.5. A importância dessas indicações, muitas
renovação, ou uso excessivo de empréstimos em curto vezes, pode ser mitigada por outros fatores. Por
prazo para financiar ativos em longo prazo; exemplo, o efeito numa entidade que não está podendo
pagar suas dívidas normais pode ser contrabalançado
a.4) principais índices financeiros adversos de forma por planos da administração para manter fluxos de caixa
continuada; adequados por outros meios, tais como, por alienação
de ativos, reescalonamento de pagamentos de
a.5) prejuízos operacionais substanciais de forma empréstimos ou obtenção de capital adicional. Do
continuada; mesmo modo, a entidade pode mitigar a perda de um
fornecedor importante, se dispuser de outra fonte de
a.6) falta de capacidade financeira dos devedores em fornecimento adequada.
saldar seus compromissos com a entidade;

a.7) atrasos nos pagamentos ou incapacidade financeira 11.10.2.6. Quando surgir alguma dúvida quanto à
de propor e pagar dividendos; propriedade do pressuposto de continuidade
operacional, o auditor deve reunir evidência de
a.8) incapacidade financeira de pagar credores nos auditoria suficiente e apropriada para tentar
vencimentos; resolver, de uma forma que o satisfaça, a dúvida
quanto à capacidade da entidade de continuar em
a.9) dificuldade de cumprir as condições dos contratos operação em futuro previsível.
de empréstimo (tais como cumprimento de índices
econômico-financeiros contratados, garantias ou 11.10.2.7. Durante a auditoria, o auditor executa
fianças); procedimentos planejados para obter evidência
como base para expressar uma opinião sobre as
a.10) mudança de transações a crédito para pagamento Demonstrações Contábeis. Quando surge dúvida
à vista dos fornecedores; quanto ao pressuposto de continuidade operacional
da entidade, alguns desses procedimentos podem
a.11) incapacidade em obter financiamentos para assumir uma importância adicional, ou talvez seja
desenvolvimento de novos negócios de produtos, e necessário executar procedimentos adicionais ou
inversões para aumento da capacidade produtiva; atualizar informações obtidas anteriormente.
11.10.2.8. Procedimentos pertinentes a este assunto,
b) indicações operacionais: entre outros, incluem:

b.1) perda de pessoal-chave na administração, sem a) analisar e discutir com a administração as


que haja substituição; projeções do fluxo de caixa, resultado e outras
pertinentes;

b.2) perda da licença, franquia, mercado importante, b) revisar eventos subseqüentes à data-base para
fornecedor essencial ou financiador estratégico; identificar itens que afetem a capacidade da
entidade de continuar a operar;
b.3) dificuldade de manter mão-de-obra essencial para a c) analisar e discutir as Demonstrações Contábeis
manutenção da atividade ou falta de suprimentos subseqüentes mais recentes da entidade;
importantes.
d) analisar as condições de títulos emitidos
c) outras indicações: (debêntures, por exemplo) e de contratos de
empréstimos e verificar se algumas delas não foram
c.1) descumprimento de exigências de capital mínimo cumpridas;
ou de outras exigências legais ou regulamentares,
e) ler as atas de reuniões ou de assembléias de
inclusive as estatutárias;
sócios, assim como atas de reuniões de diretoria, do
conselho de administração, do conselho fiscal e de
c.2) contingências ou processos legais e administrativos
outros comitês importantes, em busca de referência
pendentes contra a entidade que resultem em
às dificuldades financeiras;
obrigações que não possam ser cumpridas;
f) indagar os advogados da entidade quanto a
c.3) alterações na legislação ou política governamental litígios e reclamações;
que afetem, de forma adversa, a entidade;
g) confirmar a existência, a legalidade e a
possibilidade de a entidade exigir, de partes
relacionadas e de terceiros, o cumprimento de

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acordos para proporcionar ou manter suporte expressar sua opinião em parecer com ressalva ou
financeiro; adverso, conforme o caso, em decorrência da falta
ou da insuficiência da informação.
h) avaliar a capacidade financeira e o compromisso
das partes relacionadas e de terceiros 11.10.2.18. Se, no julgamento do auditor, a dúvida
proporcionarem tais recursos; sobre a continuidade operacional da entidade não
for resolvida satisfatoriamente, o auditor deve
i) considerar a posição dos pedidos de clientes em considerar se as Demonstrações Contábeis
carteira da entidade. evidenciam a situação de incerteza existente quanto
11.10.2.9. Quando analisar as projeções do fluxo de à entidade continuar operando, assim como, quanto
caixa, do resultado e de outras pertinentes, o auditor ao fato de que tais Demonstrações Contábeis não
deve considerar a confiabilidade do sistema de incluem ajustes relacionados com a
controle interno da entidade que gerou tais recuperabilidade dos ativos e os valores e a
informações. classificação de ativos e passivos, os quais
poderiam ser necessários, caso a entidade não
11.10.2.10. O auditor também deve considerar se os tivesse condições de continuar em regime
pressupostos que fundamentam as projeções são operacional. Se a divulgação for considerada
apropriados nas circunstâncias. adequada, o auditor não deve expressar um parecer
11.10.2.11. Além disso, o auditor deve comparar os com ressalva ou com opinião adversa, devendo
dados prospectivos do período atual (orçamentos) considerar o procedimento do item 11.10.2.19. Se a
com os resultados atingidos até a data, assim como divulgação não for considerada adequada, o auditor
o comportamento histórico dos resultados efetivos deve considerar o item 11.10.2.20.
com os orçamentos daqueles períodos. 11.10.2.19 Se a divulgação nas Demonstrações
11.10.2.12. O auditor deve, também, considerar e Contábeis for adequada, o auditor deve emitir um
discutir com a administração seus planos para o parecer sem ressalva, adicionando um parágrafo de
futuro, como, por exemplo, os planos para alienar ênfase que destaque o problema da continuidade
ativos, captar recursos ou reestruturar dívidas, operacional da entidade, fazendo referência à nota
reduzir ou retardar despesas ou aumentar o capital. explicativa nas Demonstrações Contábeis que
divulgue os aspectos relacionados ao assunto.
11.10.2.13. A confiabilidade desses planos, para o Segue exemplo de parágrafo desse tipo:
auditor, diminui à medida que aumenta o período
para a implementação das decisões planejadas e da “Conforme descrito na Nota Explicativa X às
ocorrência dos eventos previstos. Demonstrações Contábeis, a Entidade apresentou
prejuízo líquido de XXX durante o exercício findo em
11.10.2.14. Deve ser dada ênfase aos planos que 31 de dezembro de XXX1 e, naquela data, o passivo
possam ter um efeito significativo sobre a solvência circulante da Entidade excedia seu ativo circulante
da entidade em futuro previsível. Neste caso, o em XXX, e seu passivo total excedia seu ativo total
auditor deve obter evidência de auditoria suficiente em XXX. Esses fatores, juntamente com outros
e apropriada de que esses planos são viáveis, de assuntos apresentados na Nota X, levantam dúvida
que podem ser implantados e de que seus substancial de que a Entidade tenha condições de
resultados proporcionarão melhorias na situação da manter a continuidade normal de suas atividades.
entidade. O auditor deve obter declaração escrita da As Demonstrações Contábeis não incluem
administração com respeito a esses planos, quaisquer ajustes relativos à realização e à
mediante carta de responsabilidade da classificação dos valores de ativos ou quanto aos
administração. valores de liquidação e à classificação de passivos
que seriam requeridos na impossibilidade de a
11.10.2.15. Depois que os procedimentos
Entidade continuar operando”.
considerados necessários tiverem sido executados,
que todas as informações necessárias tiverem sido 11.10.2.20. Se não for feita divulgação adequada nas
obtidas, e que o efeito de qualquer plano da Demonstrações Contábeis, o auditor deve emitir um
administração e outros fatores mitigantes tiverem parecer com ressalva ou com opinião adversa, como
sido considerados, o auditor deve decidir se a for apropriado. Segue um exemplo de parágrafos
dúvida que surgiu sobre o pressuposto de que descrevem a razão da ressalva e da opinião,
continuidade operacional foi resolvida quando tiver de ser emitido um parecer com
satisfatoriamente. ressalva:
11.10.2.16. Se, no julgamento do auditor, tiver sido “A Entidade não divulgou que não conseguiu
obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada renegociar seus empréstimos bancários. Sem esse
para dar suporte ao pressuposto de continuidade suporte financeiro, existe dúvida substancial de que
operacional da entidade, o auditor não deve a Entidade tenha condições de continuar em regime
modificar seu parecer. normal de atividades. Conseqüentemente, podem
ser necessários ajustes relativos à realização e à
11.10.2.17. Se, no julgamento do auditor, o
classificação dos valores de ativos ou quanto aos
pressuposto de continuidade operacional for
valores e à classificação dos passivos que seriam
apropriado devido a fatores mitigantes,
requeridos na impossibilidade de a Entidade
particularmente em decorrência dos planos da
continuar operando. As Demonstrações Contábeis
administração, o auditor deve considerar se tais
não incluem esses eventuais ajustes.
planos ou outros fatores devem ser divulgados nas
Demonstrações Contábeis. Na hipótese de tal
divulgação ter sido considerada necessária e não ter
sido feita de forma apropriada, o auditor deve
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Em nossa opinião, exceto quanto à omissão das


informações incluídas no parágrafo precedente, as 11.11.1.5. Amostragem não-estatística (por julgamento)
Demonstrações Contábeis apresentam, é aquela em que a amostra é determinada pelo auditor
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, utilizando sua experiência, critério e conhecimento da
as posições patrimonial e financeira da Entidade em entidade.
31 de dezembro de XXXX, os resultados de suas
operações, as mutações de seu patrimônio líquido e 11.11.1.6. Ao usar métodos de amostragem estatística
as origens e aplicações de seus recursos referentes ou não-estatística, o auditor deve planejar e selecionar a
ao exercício findo naquela data, de acordo com as amostra de auditoria, aplicar a essa amostra
práticas contábeis adotadas no Brasil”. procedimentos de auditoria e avaliar os resultados da
amostra, de forma a proporcionar evidência de auditoria
11.10.2.21. Se, com base nos procedimentos suficiente e apropriada.
adicionais executados e nas informações obtidas,
incluindo o efeito de circunstâncias mitigantes, o 11.11.1.7. Amostragem de auditoria é a aplicação de
julgamento do auditor for que a entidade não tem procedimentos de auditoria sobre uma parte da
condições de continuar em operação em futuro totalidade dos itens que compõem o saldo de uma
previsível, o auditor deve concluir que o conta, ou classe de transações, para permitir que o
pressuposto de continuidade operacional da auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria sobre
entidade usado na preparação das Demonstrações algumas características dos itens selecionados, para
Contábeis é impróprio. Se o resultado do formar, ou ajudar a formar, uma conclusão sobre a
pressuposto impróprio usado na preparação das população.
Demonstrações Contábeis for tão relevante e amplo
que torne as Demonstrações Contábeis enganosas, 11.11.1.8. É importante reconhecer que certos
o auditor deve emitir um parecer adverso. procedimentos de auditoria aplicados na base de
11.10.2.22. A propriedade do pressuposto de testes não estão dentro da definição de
continuidade operacional, geralmente, não está amostragem. Os testes aplicados na totalidade da
presente quando se trata de auditoria de uma população não se qualificam como amostragem de
pessoa jurídica de direito público interno. auditoria. Da mesma forma, a aplicação de
Entretanto, quando não existirem essas procedimentos de auditoria a todos os itens dentro
circunstâncias, ou quando o financiamento da de uma população que tenham uma característica
entidade pelo Governo puder ser retirado, e a particular (por exemplo, todos os itens acima de um
existência da entidade puder estar em risco, esta certo valor) não se qualifica como amostragem de
norma deve ser adotada. auditoria com respeito à parcela da população
examinada, nem com respeito à população como um
11.10.3. SANÇÕES todo. Isto porque os itens não foram selecionados,
dando chance igual de seleção a todos os itens da
11.10.3.1. A inobservância desta Norma constitui população. Esses itens podem indicar uma
infração disciplinar sujeita às penalidades previstas nas tendência ou uma característica da parcela restante
alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, da população, mas não constituem,
de 27 de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código necessariamente, uma base adequada para a
de Ética Profissional do Contabilista. conclusão sobre a parcela restante da população.

NBC T 11.11 – AMOSTRAGEM 11.11.2. PLANEJAMENTO DA AMOSTRA

11.11.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS 11.11.2.1. ASPECTOS GERAIS

11.11.2.1.1. A amostra selecionada pelo auditor deve ter


11.11.1.1. Esta norma tem por objetivo estabelecer a
obrigatoriedade, os procedimentos e os critérios relação direta com o volume de transações realizadas
pela entidade na área ou na transação objeto de exame,
para planejar e selecionar amostra de itens a serem
examinados pelo auditor. como também com os efeitos nas posições patrimonial e
financeira da entidade e o resultado por ela obtido no
período.
11.11.1.2. Ao determinar a extensão de um teste de
auditoria ou método de seleção de itens a testar, o 11.11.2.1.2. Ao planejar e determinar a amostra de
auditor pode empregar técnicas de amostragem. auditoria, o auditor deve levar em consideração os
seguintes aspectos:
11.11.1.3. Amostragem é a utilização de um processo
para obtenção de dados aplicáveis a um conjunto, a) os objetivos específicos da auditoria;
denominado universo ou população, por meio do exame b) a população da qual o auditor deseja extrair a
de uma parte deste conjunto denominada amostra. amostra;
11.11.1.4. Amostragem estatística é aquela em que a c) a estratificação da população;
amostra é selecionada cientificamente com a finalidade d) o tamanho da amostra;
de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao e) o risco da amostragem;
conjunto de acordo com a teoria da probabilidade ou as
f) o erro tolerável; e
regras estatísticas. O emprego de amostragem
estatística é recomendável quando os itens da g) o erro esperado.
população apresentam características homogêneas.

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11.11.2.2. Objetivos da Auditoria 11.11.2.4. Estratificação


11.11.2.2.1. No planejamento da amostra de
auditoria, o auditor deve considerar os objetivos 11.11.2.4.1. Para auxiliar no planejamento eficiente e
específicos a serem atingidos e os procedimentos eficaz da amostra, pode ser apropriado usar
de auditoria que têm maior probabilidade de atingir estratificação, que é o processo de dividir uma
esses objetivos. população em subpopulações, cada qual contendo
um grupo de unidades de amostragem com
características homogêneas ou similares.
11.11.2.2.2. Quando a amostragem de auditoria for
apropriada, a consideração da natureza da evidência de
auditoria pretendida e das possíveis condições de erro 11.11.2.4.2. Os estratos precisam ser, explicitamente,
ou outras características relativas a essa evidência de definidos, de forma que cada unidade de amostragem
auditoria vão ajudar o auditor a definir o que constitui um somente possa pertencer a um estrato.
erro e que população usar para a amostragem.

11.11.2.4.3. Este processo reduz a possibilidade de


11.11.2.2.3. No caso de executar testes de variação dos itens de cada estrato. Portanto, a
observância sobre os procedimentos de compra em estratificação permite que o auditor dirija esforços
uma entidade, o auditor está interessado em de auditoria para os itens que contenham maior
aspectos como, por exemplo, se houve aprovação potencial de erro, por exemplo, os itens de maior
apropriada e verificação aritmética de uma fatura. valor que compõem o saldo de contas a receber,
Por outro lado, ao executar procedimentos de para detectar distorções relevantes por avaliação a
comprovação sobre faturas processadas durante o maior. Além disso, a estratificação pode resultar em
período, o auditor está interessado em aspectos amostra com tamanho menor.
relacionados com os valores monetários dessas
faturas e se esses valores foram, apropriadamente,
refletidos nas Demonstrações Contábeis. 11.11.2.4.4. Se o objetivo da auditoria for testar a
validade de contas a receber, e dependendo da
distribuição dos valores a receber por saldo de
11.11.2.3. População devedores, a população pode ser estratificada, por
exemplo, em quatro subconjuntos como segue:
11.11.2.3.1. A população é a totalidade dos dados do a) saldos superiores a R$ 2.000,00;
qual o auditor deseja tirar a amostra para chegar a b) saldos entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00;
uma conclusão. c) saldos entre R$ 100,00 e R$ 1.000,00; e
d) saldos inferiores a R$ 100,00.
11.11.2.3.2. O auditor precisa determinar se a
população da qual a amostra vai ser extraída é
apropriada para o objetivo de auditoria específico. 11.11.2.4.5. Assim, por exemplo, dependendo da
Se o objetivo do auditor for testar a existência de distribuição dos valores a receber, mediante a
superavaliação de contas a receber, a população validação da totalidade dos saldos do subconjunto
pode ser definida como a listagem de contas a (a) 50% de (b); 20% de (c); e 5% de (d), pode-se,
receber. Por outro lado, se o objetivo for testar a hipoteticamente, encontrar que 80% dos valores de
existência de subavaliação de contas a pagar, a contas a receber são susceptíveis de validação,
população não deve ser a listagem de contas a examinando 20% da população.
pagar, mas, sim, pagamentos subseqüentes, faturas
não-pagas, extratos de fornecedores, relatórios de 11.11.2.5. Tamanho da Amostra
recebimentos de mercadorias ou outras populações
que forneceriam evidência de auditoria de que as
contas a pagar estariam subavaliadas. 11.11.2.5.1. Ao determinar o tamanho da amostra, o
auditor deve considerar o risco de amostragem, bem
como os erros toleráveis e os esperados.
11.11.2.3.3. Cada item que compõe a população é
conhecido como unidade de amostragem. A população 11.11.2.5.2. Adicionalmente, fatores como a
pode ser dividida em unidades de amostragem de avaliação de risco de controle, a redução no risco de
diversos modos. detecção devido a outros testes executados
relacionados com as mesmas asserções, número de
11.11.2.3.4. O auditor define a unidade de itens da população e valor envolvido, afetam o
amostragem para obter uma amostra eficiente e tamanho da amostra e devem ser levados em
eficaz para atingir os objetivos de auditoria em consideração pelo auditor.
particular. No caso, se o objetivo do auditor for
testar a validade das contas a receber, a unidade de
amostragem pode ser definida como saldos de 11.11.2.5.3. Para que a conclusão a que chegou o
clientes ou faturas de clientes individuais. auditor, utilizando uma amostra, seja corretamente
planejada para aplicação à população é necessário
que a amostra seja:
a) representativa da população;
b) que todos os itens da população tenham
oportunidade idêntica de serem selecionados.
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11.11.2.7. Erro Tolerável


11.11.2.6. Risco de Amostragem
11.11.2.7.1. Erro tolerável é o erro máximo na
11.11.2.6.1. O risco de amostragem surge da população que o auditor está disposto a aceitar e,
possibilidade de que a conclusão do auditor, com ainda assim, concluir que o resultado da amostra
base em uma amostra, possa ser diferente da atingiu o objetivo da auditoria. O erro tolerável é
conclusão que seria alcançada se toda a população considerado durante o estágio de planejamento e,
estivesse sujeita ao mesmo procedimento de para os testes substantivos, está relacionado com o
auditoria. julgamento do auditor sobre relevância. Quanto
menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho da
amostra.
11.11.2.6.2. O auditor está sujeito ao risco de
amostragem nos testes de observância e testes
substantivos, sendo: 11.11.2.7.2. Nos testes de observância, o erro
tolerável é a taxa máxima de desvio de um
1) Testes de Observância: procedimento de controle estabelecido que o
auditor está disposto a aceitar, baseado na
a) Risco de subavaliação da confiabilidade: é o risco de avaliação preliminar de risco de controle. Nos testes
que, embora o resultado da aplicação de procedimentos substantivos, o erro tolerável é o erro monetário
de auditoria sobre a amostra não seja satisfatório, o máximo no saldo de uma conta ou uma classe de
restante da população possua menor nível de erro do transações que o auditor está disposto a aceitar, de
que aquele detectado na amostra. forma que, quando os resultados de todos os
procedimentos de auditoria forem considerados, o
auditor possa concluir, com segurança razoável,
b) Risco de superavaliação da confiabilidade: é o risco
que as Demonstrações Contábeis não contêm
de que, embora o resultado da aplicação de
distorções relevantes.
procedimentos de auditoria sobre a amostra seja
satisfatório, o restante da população possua maior nível
de erro do que aquele detectado na amostra. 11.11.2.8. Erro Esperado

2) Testes Substantivos:
11.11.2.8.1. Se o auditor espera que a população
a) Risco de rejeição incorreta: é o risco de que, embora contenha erro, é necessário examinar uma amostra
o resultado da aplicação de procedimentos de auditoria maior do que quando não se espera erro, para
sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de concluir que o erro real da população não excede o
uma conta ou classe de transações registradas está, erro tolerável planejado.
relevantemente, distorcido, mas, efetivamente, não está;
11.11.2.8.2. Tamanhos menores de amostra
b) Risco de aceitação incorreta: é o risco de que, justificam-se quando se espera que a população
embora o resultado da aplicação de procedimentos esteja isenta de erros. Ao determinar o erro
de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de esperado em uma população, o auditor deve
que o saldo de uma conta ou classe de transações considerar aspectos como, por exemplo, os níveis
registradas não está, relevantemente, distorcido, de erros identificados em auditorias anteriores,
mas, efetivamente, está. mudança nos procedimentos da entidade e
evidência obtida na aplicação de outros
11.11.2.6.3. O risco de subavaliação da procedimentos de auditoria.
confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam
a eficiência da auditoria, visto que, normalmente, 11.11.3. SELEÇÃO DA AMOSTRA
conduziriam o auditor a realizar trabalhos
adicionais, o que estabeleceria que as conclusões
iniciais eram incorretas. O risco de superavaliação 11.11.3.1. Aspectos gerais
da confiabilidade e o risco de aceitação incorreta
afetam a eficácia da auditoria e têm mais 11.11.3.1.1. O auditor deve selecionar itens de
probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea amostra de tal forma que se possa esperar que a
sobre determinados controles, saldos de contas ou mesma seja representativa da população. Este
classe de transações do que o risco de subavaliação procedimento exige que todos os itens da
da confiabilidade ou o risco de rejeição incorreta. população tenham a mesma oportunidade de serem
selecionados.
11.11.2.6.4. O tamanho da amostra é afetado pelo
nível do risco de amostragem que o auditor está 11.11.3.1.2. Com a finalidade de evidenciar os seus
disposto a aceitar dos resultados da amostra. trabalhos, a seleção de amostra deve ser
Quanto mais baixo o risco que o auditor estiver documentada pelo auditor e considerar:
disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da
amostra. a) o grau de confiança depositada sobre o sistema de
controles internos das contas, classes de transações ou
itens específicos;
b) a base de seleção;

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c) a fonte de seleção; e sem intenção de incluir ou excluir unidades


específicas.
d) o número de itens selecionados.

11.11.3.4.2. Quando utilizar esse método, o auditor


11.11.3.1.3. Na seleção de amostra, devem ser deve evitar a seleção de uma amostra que seja
consideradas: influenciada, por exemplo, com a escolha de itens
a) a seleção aleatória ou randômica; fáceis de localizar, uma vez que esses itens podem
não ser representativos.
b) a seleção sistemática, observando um intervalo
constante entre as transações realizadas; e
11.11.4. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA
c) a seleção casual, a critério do auditor, baseada AMOSTRA
em sua experiência profissional.
11.11.3.2. Seleção Aleatória 11.11.4.1. Aspectos gerais

11.11.3.2.1. Seleção aleatória ou randômica é a que 11.11.4.1.1. Tendo executado, em cada item da
assegura que todos os itens da população ou do amostra, os procedimentos de auditoria apropriados, o
estrato fixado tenham idêntica possibilidade de auditor deve:
serem escolhidos.
a) analisar qualquer erro detectado na amostra;

11.11.3.2.2. Na seleção aleatória ou randômica, b) extrapolar os erros encontrados na amostra para a


utiliza-se, por exemplo, tabelas de números população; e
aleatórios que determinarão quais os números dos
itens a serem selecionados dentro do total da c) reavaliar o risco de amostragem.
população ou dentro de uma seqüência de itens da
população predeterminada pelo auditor. 11.11.4.2. Análise de Erros da Amostra

11.11.4.2.1. Ao analisar os erros detectados na amostra,


11.11.3.3. Seleção Sistemática o auditor deve, inicialmente, determinar se o item em
questão é, de fato, um erro, considerados os objetivos
11.11.3.3.1. Seleção sistemática ou por intervalo é específicos planejados. Exemplificando: em um teste
aquela em que a seleção de itens é procedida de substantivo relacionado com o registro de contas a
maneira que haja sempre um intervalo constante receber, um lançamento feito na conta do cliente errado
entre cada item selecionado, seja a seleção feita não afeta o total das contas a receber, razão pela qual
diretamente da população a ser testada, ou por talvez seja impróprio considerar tal fato como um erro
estratos dentro da população. ao avaliar os resultados da amostra deste procedimento,
em particular, ainda que esse fato possa ter efeito sobre
as outras áreas da auditoria, como, por exemplo,
11.11.3.3.2. Ao considerar a seleção sistemática, o avaliação de créditos de liquidação duvidosa.
auditor deve observar as seguintes normas para
assegurar uma amostra, realmente, representativa 11.11.4.2.2. Quando não for possível obter a evidência
da população: de auditoria esperada sobre um item de amostra
a) que o primeiro item seja escolhido ao acaso; específico, o auditor deve obter evidência de auditoria
suficiente e apropriada por meio da execução de
b) que os itens da população não estejam procedimentos alternativos. Exemplificando: se uma
ordenados de modo a prejudicar a casualidade de confirmação positiva de contas a receber tiver sido
sua escolha. solicitada e nenhuma resposta tiver sido recebida, talvez
o auditor possa obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada de que as contas a receber são válidas,
11.11.3.3.3. Se usar seleção sistemática, o auditor
revisando os pagamentos subseqüentes efetuados
deve determinar se a população não está
pelos clientes.
estruturada de tal modo que o intervalo de
amostragem corresponda a um padrão, em
11.11.4.2.3. Se o auditor não puder executar
particular, da população. Por exemplo, se em cada
procedimentos alternativos satisfatórios ou se os
população de vendas realizadas por filiais, as
procedimentos executados não permitirem que o auditor
vendas de uma filial, em particular, ocorrerem
obtenha evidência de auditoria suficiente e apropriada, o
somente como cada 100º item e o intervalo de
item deve ser tratado como um erro.
amostragem selecionado for 50, o resultado seria
que o auditor teria selecionado a totalidade ou
nenhuma das vendas da filial em questão. 11.11.4.2.4. O auditor também deve considerar os
aspectos qualitativos dos erros. Esses aspectos incluem
a natureza e a causa do erro e o possível efeito do erro
11.11.3.4. Seleção Casual
sobre outras fases da auditoria.

11.11.3.4.1. Seleção casual pode ser uma alternativa


11.11.4.2.5. Ao analisar os erros descobertos, é
aceitável para a seleção, desde que o auditor tente
possível que o auditor observe que muitos têm
extrair uma amostra representativa da população,
características comuns, por exemplo, tipo de transação,

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localização, linha de produtos ou período de tempo. conduzida em um ambiente de Processamento


Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir identificar
todos os itens da população que tenham características Eletrônico de Dados (PED).
comuns, produzindo, deste modo, uma subpopulação, e
decidir ampliar os procedimentos de auditoria nessa
área. Então, o auditor deve executar análise separada 11.12.1.2. Pressupõe-se que existe um ambiente de
com base nos itens examinados para cada PED quando um computador de qualquer tipo ou
subpopulação. tamanho é utilizado pela entidade no processamento de
informações contábeis de relevância para a auditoria,
11.11.4.3. Extrapolação de Erros indiferentemente se o computador é operado pela
própria entidade ou por terceiros.
11.11.4.3.1. O auditor deve extrapolar os resultados dos
erros da amostra para a população da qual foi 11.12.1.3. O objetivo e o escopo geral de uma auditoria
selecionada. não mudam em um ambiente de PED. Entretanto, a
utilização de um computador muda o processamento,
armazenamento e comunicação das informações
11.11.4.3.2. Existem diversos métodos aceitáveis para contábeis, e pode afetar os sistemas de controles
extrapolar os resultados de erros. Entretanto, em todos internos e contábeis utilizados pela entidade.
os casos, o método de extrapolação precisa ser Conseqüentemente, um ambiente de PED pode afetar:
consistente com o método usado para selecionar a
amostra. a) os procedimentos seguidos pelo auditor para obter
um entendimento suficiente dos sistemas de controles
internos e contábeis;
11.11.4.3.3. Quando extrapolar resultados de erros, o
auditor deve considerar os aspectos qualitativos dos b) a avaliação do risco inerente e do risco de controle
erros encontrados. por meio dos quais o auditor chega à avaliação de risco
de auditoria; e
11.11.4.3.4. Quando a população tiver sido dividida em c) o planejamento e execução dos testes de controle e
subpopulações, a extrapolação de erros é feita aplicação de procedimentos substantivos adequados
separadamente para cada subpopulação e os para alcançar o objetivo de auditoria por parte do
resultados combinados. auditor.
11.12.2. CAPACIDADE E COMPETÊNCIA
11.11.4.4. Reavaliação do Risco de Amostragem
11.12.2.1. O auditor deve ter conhecimento suficiente do
11.11.4.4.1. O auditor deve considerar se os erros ambiente de PED para planejar, executar, supervisionar
projetados pela extrapolação para a população podem e revisar o trabalho realizado pela equipe de auditoria.
exceder o erro tolerável, levando-se em conta os O auditor deve considerar a necessidade, ou não, de
resultados de outros procedimentos de auditoria. utilizar especialistas com experiência em ambiente de
PED.
11.11.4.4.2. O erro projetado para a população deve ser
considerado em conjunto com os demais erros 11.12.2.2. Essa experiência pode ser necessária para:
identificados durante a auditoria.
a) obter entendimento suficiente dos sistemas de
controles internos e contábeis afetados pelo ambiente
11.11.4.4.3. Quando o erro projetado exceder o erro de PED;
tolerável, o auditor deve reconsiderar sua avaliação
anterior do risco de amostragem e, se esse risco for b) determinar o efeito do ambiente de PED em relação à
inaceitável, considerar a possibilidade de ampliar o avaliação do risco total e do risco nas demonstrações
procedimento de auditoria ou executar procedimentos contábeis e no nível de classe de transações; e
de auditoria alternativos.
11.11.5. SANÇÕES c) planejar e aplicar testes adequados de controle e
procedimentos substantivos.
11.11.5.1. A inobservância desta norma constitui
infração disciplinar sujeita às penalidades previstas nas 11.12.2.3. Se for considerada necessária a utilização de
alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n° 9.295, especialista com experiência e capacidade técnica para
de 27 de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código entender e atuar em ambiente de PED, o auditor deve
de Ética do Profissional Contabilista. procurar a ajuda de profissional que possua essa
capacidade, que tanto pode ser da sua equipe ou
NBC T 11.12 – PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE profissional externo. No caso de utilização de
DADOS – PED profissional externo, o auditor deve obter evidência de
auditoria suficiente de que esse trabalho é adequado
11.12.1. DISPOSIÇÕES GERAIS para fins de auditoria, observando as normas
profissionais que tratam da utilização do trabalho de
11.12.1.1. Esta norma estabelece procedimentos e especialista externo, visto que a responsabilidade final é
do auditor.
critérios a serem seguidos quando uma auditoria é

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11.12.3. PLANEJAMENTO 11.12.3.3. Quando o uso de sistemas informatizados for


intensivo e gerar informações significativas, o auditor
11.12.3.1. O auditor deve obter entendimento deve também obter entendimento do ambiente de PED,
necessário e suficiente dos sistemas contábeis e de que possa influenciar a avaliação de riscos inerentes e
controles internos para planejar a auditoria e de controle. A natureza dos riscos e as características
desenvolver uma abordagem eficaz. do controle interno nos ambientes de PED incluem o
seguinte:
11.12.3.2. Durante o planejamento das fases da
auditoria, que podem ser afetadas pelo ambiente de a) falta de trilhas de transação – alguns sistemas de
PED da entidade, o auditor deve obter entendimento da PED permitem que, apenas por um curto espaço de
relevância e complexidade das atividades do ambiente tempo ou somente em formato eletrônico, exista uma
de PED e a disponibilidade de dados para serem trilha de transação completa e útil para fins de auditoria.
utilizados na auditoria. Esse entendimento inclui Pode não existir uma trilha completa, na qual um
assuntos tais como: programa aplicativo complexo desempenhe muitas
etapas de processamento. Conseqüentemente,
a) a relevância e a complexidade do processamento eventuais erros de lógica em programas aplicativos
informatizado em cada aplicativo contábil significativo. A complexos podem ser de difícil detecção, em tempo
relevância refere-se à representatividade das assertivas hábil, por meio de procedimentos manuais;
contidas nas Demonstrações Contábeis afetadas pelo
processamento informatizado. Um sistema b) processamento uniforme das transações – o sistema
informatizado pode ser considerado complexo quando, informatizado processa, uniformemente, todas as
por exemplo: transações com as mesmas instruções de
processamento. Assim, os erros de compilação,
a.1) o volume de transações é tão grande, que os comumente associados a processamento manual, são,
usuários considerariam difícil identificar e corrigir erros virtualmente, eliminados. Inversamente, erros de
no processamento; programação, ou outros erros e falhas sistemáticos em
hardware ou software, resultam em processamento
a.2) o programa aplicativo gera, automaticamente, incorreto de todas as transações;
transações relevantes ou acessa, diretamente, outro(s)
programa(s) aplicativo(s); c) falta de segregação de funções – muitos
procedimentos de controle que seriam exercidos por
a.3) o programa aplicativo efetua cálculos complexos de vários indivíduos, de forma segregada em sistemas
informações contábeis e/ou gera, automaticamente, manuais, podem estar concentrados no PED.
transações relevantes ou acessos que não podem ser, Conseqüentemente, um indivíduo que possui acesso a
ou não são, validados independentemente; e programas, processamento ou dados informatizados
pode estar ocupando uma posição com o desempenho
a.4) as transações são intercambiadas eletronicamente de funções incompatíveis;
com outros sistemas internos ou de terceiros, sem que
haja revisão manual quanto a sua adequação ou d) possibilidade de erros e irregularidades – a existência
razoabilidade. de erros humanos no desenvolvimento, manutenção e
execução de PED pode ser maior do que em sistemas
b) a estrutura organizacional das atividades de PED da manuais, em parte devido ao nível de detalhes
entidade e a amplitude da concentração ou distribuição relacionados a essas atividades. Além disso, a
do processamento informatizado, particularmente à capacidade de os indivíduos obterem acesso não-
medida que afetam a segregação de funções; autorizado aos dados ou alterarem os dados sem
evidência visível pode ser maior em um ambiente de
c) a disponibilidade de dados, tais como documentos- PED do que nos sistemas manuais;
fonte, certos arquivos informatizados e outras
documentações comprobatórias, necessários ao e) reduzido envolvimento humano – o manuseio das
trabalho do auditor. Essa disponibilidade pode existir transações processadas pelo PED pode reduzir a
apenas por um curto período ou apenas em arquivo capacidade de detecção de erros e irregularidades. Os
eletrônico; erros ou as irregularidades que ocorrem durante o
desenvolvimento, a modificação dos programas
d) a capacidade da estrutura de PED da entidade para aplicativos ou de sistemas podem manter-se não-
gerar relatório interno útil para o desenvolvimento de detectados por longos períodos;
testes substantivos e outros procedimentos analíticos; e
f) início ou execução das transações – o PED pode
incluir a capacidade de iniciar e executar certos tipos de
transações, automaticamente. A autorização dessas
transações ou procedimentos pode não estar
e) o potencial de utilização de técnicas de auditoria com documentada da mesma maneira que aquelas
o auxílio do computador, as quais propiciam maior presentes no sistema manual. Essa autorização por
eficiência na aplicação dos procedimentos de auditoria parte da administração pode ser implícita na aceitação
aos saldos de contas ou transações. do desenvolvimento e na alteração subseqüente nos
programas aplicativos;

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g) dependência de outros controles sobre o 11.12.4.3. À medida que as novas tecnologias de PED
processamento informatizado – o processamento surgem, estas são, freqüentemente, empregadas pelas
informatizado pode produzir relatórios e outras entidades para formar de modo crescente sistemas
informações que são utilizados na execução de informatizados complexos que podem incluir
procedimentos de controle manual. A eficácia desses microcomputadores interagindo com computadores de
procedimentos de controle manual pode depender da grande porte, bases de dados distribuídas,
própria eficácia dos controles sobre a integridade e a processamento de usuário final e sistemas de
exatidão do processamento informatizado. Por sua vez, gerenciamento de negócios que fornecem informações
a eficácia e a solidez da aplicação dos controles de diretamente para os sistemas contábeis. Esses
processamento de transações nos programas sistemas aumentam a sofisticação geral do PED e a
aplicativos ficam, freqüentemente, dependentes da complexidade dos programas aplicativos específicos por
eficácia de controles gerais do PED; ele afetados. Como resultado, podem aumentar o risco
e exigir considerações adicionais.
h) capacidade crescente para supervisão gerencial – o
ambiente de PED pode oferecer à administração uma 11.12.5. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
variedade de ferramentas analíticas úteis à revisão e à
supervisão das operações da entidade. A utilização 11.12.5.1. O auditor deve levar em consideração o
desses controles adicionais pode servir para melhorar a ambiente de PED no planejamento dos procedimentos
estrutura de controles internos; e de auditoria para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitável.
i) capacidade para utilizar as técnicas de auditoria com o
auxílio do computador – o processamento e a análise de 11.12.5.2. Os objetivos de auditoria não mudam se os
grandes quantidades de dados com a utilização de dados contábeis forem processados manualmente ou
recursos informatizados oferece ao auditor pelo computador. Entretanto, os métodos de aplicação
oportunidades para aplicar técnicas de auditoria ou dos procedimentos de auditoria para obter evidências
utilizar ferramentas informatizadas, gerais ou podem ser influenciados pelos métodos de
especializadas para a execução de testes de auditoria. processamento com o auxílio do computador.

11.12.3.4. Tanto os riscos como os controles 11.12.5.3. O auditor pode aplicar procedimentos de
decorrentes dessas características do ambiente de PED auditoria com ou sem auxílio de sistemas
têm um forte impacto na avaliação de risco pelo auditor informatizados, ou ainda uma combinação de ambos, a
e, conseqüentemente, na determinação da natureza, na fim de obter evidências suficientes. Em alguns sistemas
oportunidade e na extensão dos procedimentos de contábeis, que utilizam no processamento programas
auditoria. aplicativos relevantes, pode ser difícil ou impraticável
para o auditor obter certos dados para inspeção,
indagação ou confirmação sem o auxílio de sistemas
11.12.4. AVALIAÇÃO DO RISCO informatizados.

11.12.4.1. O auditor deve proceder à avaliação dos


riscos inerentes e de controle para as assertivas 11.12.6. DAS SANÇÕES
contidas nas Demonstrações Contábeis.
11.12.6.1. A inobservância desta norma constitui
11.12.4.2. Os riscos inerentes de controle em ambiente infração disciplinar, sujeita às penalidades previstas nas
de PED podem ter efeitos relevantes sobre todo o alíneas “c”, “d” e “e” do artigo 27 do Decreto-Lei n.
sistema contábil ou somente sobre contas específicas, 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao
conforme segue: Código de Ética do Profissional Contabilista.

NBC T 11.13 – ESTIMATIVAS CONTÁBEIS


a) os riscos podem resultar em deficiências
generalizadas nas atividades de PED, tais como
manutenção e desenvolvimento de programa, suporte 11.13.1. CONCEITUACÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS
de software, operações, segurança física do PED e
controle sobre o acesso especial ou privilegiado a
11.13.1.1. Esta norma estabelece procedimentos e
programas utilitários. Essas deficiências tendem a ter
critérios sobre auditoria das estimativas contábeis
impacto generalizado em todos os programas
contidas nas Demonstrações Contábeis, não se
aplicativos.
incluindo Contingências, que são objeto de norma
própria.
b) os riscos podem aumentar a possibilidade de erros ou
atividades fraudulentas em programas aplicativos
11.13.1.2. Estimativa contábil é uma previsão quanto ao
específicos, em bases de dados ou arquivos-mestres
valor de um item que considera as melhores evidências
específicos, ou em atividades de processamento
disponíveis, incluindo fatores objetivos e subjetivos,
específicas. Por exemplo, erros não são incomuns em
quando não exista forma precisa de apuração, e requer
sistemas que desenvolvem lógica ou efetuam cálculos
julgamento na determinação do valor adequado a ser
complexos, ou que devam operar com muitas e
registrado nas Demonstrações Contábeis.
diferentes exceções. Os sistemas informatizados que
controlam atividades típicas de tesouraria são mais
11.13.1.3. As estimativas contábeis são de
suscetíveis a ações fraudulentas por usuários ou pelo
responsabilidade da administração da entidade.
próprio pessoal do PED.

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11.13.1.4. O auditor deve ter conhecimentos suficientes estimados em períodos anteriores, as práticas em
sobre os controles, os procedimentos e os métodos entidades semelhantes, os planos futuros da entidade, a
utilizados pela entidade no estabelecimento de conjuntura econômica e suas projeções.
estimativas que resultem em provisões.

11.13.1.5. O auditor deve assegurar-se da razoabilidade 11.13.4. NATUREZA DAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS
das estimativas, individualmente consideradas, quando
estas forem relevantes. Tal procedimento inclui, além da
11.13.4.1. As estimativas contábeis podem ser de
análise da fundamentação matemático-estatística dos
natureza simples ou complexa. Em estimativas
procedimentos utilizados pela entidade na quantificação
complexas, podem ser necessários alto grau de
das estimativas, a coerência destas com o
julgamento e conhecimentos especiais.
comportamento dos itens estimados em períodos
anteriores, as práticas correntes em entidades 11.13.4.2. A determinação das estimativas contábeis
semelhantes, os planos futuros da entidade, a pode ser feita como parte do sistema contábil
conjuntura econômica e as suas projeções. rotineiro, que opera em base contínua, ou não-
rotineiro, que opera somente no final do período
11.13.1.6. Quando a comparação entre as estimativas contábil (mês, trimestre, semestre e ano).
feitas em períodos anteriores e os valores reais destas
evidenciar variações significativas, o auditor deve 11.13.4.3. Em muitos casos, as estimativas
verificar se houve o competente ajuste nos contábeis são feitas usando uma fórmula baseada
procedimentos, de forma a permitir estimativas mais na experiência, como, por exemplo, o uso de taxas
apropriadas no período em exame. padronizadas para depreciar cada categoria do
imobilizado ou o uso de uma porcentagem
11.13.1.7. São exemplos de estimativa contábil, entre padronizada de receita de vendas para calcular uma
outros, os valores destinados a possibilitar os registros provisão de garantia.
relativos a: 11.13.4.4. Nesses casos, a administração precisa
revisar a fórmula regularmente, por exemplo,
a) provisões para reduzir ativos ao seu valor revisando a vida útil remanescente dos ativos ou
provável de realização; comparando os resultados reais com os estimados
b) provisões para alocar o custo de itens do ativo e ajustando o cálculo, quando necessário.
durante suas vidas úteis estimadas (depreciação, 11.13.4.5. A incerteza associada a uma estimativa ou
exaustão ou amortização); à falta de dados objetivos pode tornar impraticável a
c) receitas auferidas; determinação razoável do seu montante. Nesse
d) custos e despesas incorridos; caso, o auditor deve avaliar o reflexo de tal assunto
no seu parecer para cumprir a NBC T 11.18 - Parecer
e) impostos diferidos; dos Auditores Independentes.
f) provisões para perdas em geral;
11.13.5. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
g) prejuízos sobre contratos em andamento;
h) provisões de garantia; 11.13.5.1. O auditor deve obter evidência de auditoria
suficiente e apropriada para certificar-se de que uma
i) provisões para indenizações. estimativa contábil é razoável nas circunstâncias e,
quando necessário, se está divulgada apropriadamente
11.13.2. RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO nas Demonstrações Contábeis.
11.13.5.2. A evidência disponível ao auditor para dar
11.13.2.1. As estimativas contábeis são de
suporte a uma estimativa contábil, pela sua própria
responsabilidade da administração da entidade e devem
característica e natureza, é mais difícil de obter e menos
se basear em fatores objetivos e subjetivos, requerendo
objetiva do que as evidências disponíveis para dar
o seu julgamento na determinação do valor adequado a
suporte a outros itens das Demonstrações Contábeis.
ser registrado nas Demonstrações Contábeis.
11.13.5.3. O entendimento e a compreensão dos
11.13.2.2. Essas estimativas, muitas vezes, são feitas procedimentos e métodos, incluindo o sistema contábil e
em condições de incerteza com relação ao resultado de de controle interno, usados pela administração ao
eventos que ocorreram ou têm probabilidade de ocorrer determinar estimativas contábeis, é importante para o
e envolvem o uso de julgamento. auditor planejar a natureza, a oportunidade e a extensão
dos procedimentos de auditoria.
11.13.3. RESPONSABILIDADE DO AUDITOR
11.13.5.4. O auditor deve adotar uma, ou a combinação,
das seguintes abordagens na auditoria de uma
11.13.3.1. O auditor deve ter conhecimentos suficientes estimativa contábil:
sobre os controles, procedimentos e métodos utilizados
pela entidade na determinação das estimativas. a) revisar e testar o processo usado pela administração
da entidade para desenvolver a estimativa;
11.13.3.2. Quando as estimativas individualmente b) usar uma estimativa independente para comparar
consideradas forem relevantes, o auditor deve com a preparada pela administração da entidade; ou
assegurar-se de sua razoabilidade. Isso inclui a análise
da fundamentação dos procedimentos adotados pela c) revisar eventos subseqüentes que confirmem a
entidade na sua quantificação, bem como a coerência estimativa feita.
das estimativas com o comportamento dos itens

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11.13.6. REVISÃO E TESTE DO PROCESSO USADO 11.13.6.8. Nos processos de estimativas de natureza
PELA ADMINISTRAÇÃO complexa, que requeiram técnicas especializadas, pode
o auditor necessitar do trabalho de um especialista. Por
11.13.6.1. Os procedimentos envolvidos na revisão e no exemplo, para estimar quantidades e efetuar certas
teste do processo utilizado pela administração da medições quantitativas e qualitativas de estoque de
entidade são: minérios, o auditor pode necessitar do trabalho de
a) avaliação dos dados e consideração dos especialista.
pressupostos em que a estimativa se baseia; 11.13.6.9. O auditor deve revisar a adequação
b) teste dos cálculos envolvidos na estimativa; contínua de fórmulas utilizadas pela administração
c) comparação, quando possível, de estimativas feitas da entidade na preparação das estimativas
em períodos anteriores com os resultados reais desses contábeis. Essa revisão deve refletir o
períodos; e conhecimento do auditor dos resultados financeiros
d) consideração dos procedimentos de aprovação da da entidade em períodos anteriores, práticas
administração da entidade. utilizadas por outras entidades do setor e os planos
futuros da administração da entidade divulgados.
Avaliação de dados e consideração de pressupostos
Testes de Cálculos
11.13.6.2. O auditor deve avaliar se os dados em que a 11.13.6.10. O auditor deve testar os cálculos
estimativa se baseia são precisos, completos e efetuados pela administração da entidade. A
relevantes. Se dados contábeis forem utilizados, eles natureza, a oportunidade e a extensão dos testes do
devem ser uniformes com os processados no sistema auditor dependem de fatores como a complexidade
contábil. Exemplificando ao examinar uma provisão para envolvida no cálculo da estimativa contábil, a
garantia, o auditor deve obter evidências de auditoria de avaliação dos procedimentos e métodos utilizados
que os dados relacionados com os produtos, ainda pela administração da entidade e a relevância da
cobertos pela garantia ao final do período, foram obtidos estimativa no contexto das Demonstrações
no sistema contábil. Contábeis.
11.13.6.3. Fontes externas à entidade também podem Comparação de estimativas anteriores com
ser utilizadas pelo auditor na busca da evidência resultados finais
necessária para a formação do juízo sobre o valor da
estimativa. Por exemplo, ao examinar uma provisão 11.13.6.11. Quando possível, o auditor deve comparar
para obsolescência de estoques calculada em relação a as estimativas contábeis de períodos anteriores com os
vendas futuras previstas, o auditor pode, além de resultados reais desses períodos, para:
examinar os dados internos, como pedidos em carteira, a) obter evidências sobre a adequação dos
tendências de mercado e níveis de vendas passadas, procedimentos de estimativas da entidade;
procurar evidência das análises de mercado e projeções b) considerar se são necessários ajustes nos
de vendas produzidas pelo setor. procedimentos e nas fórmulas de cálculos das
11.13.6.4. O auditor deve avaliar se os dados coletados estimativas; e
foram analisados e projetados apropriadamente para c) avaliar se as diferenças entre os resultados reais e as
formar uma base razoável para a determinação da estimativas anteriores foram quantificadas e se foram
estimativa contábil. Por exemplo, a análise de contas a feitas divulgações nas Demonstrações Contábeis, se
receber por vencimento e a projeção do número de relevantes.
meses de disponibilidade de um item do estoque, com
base no uso passado e previsto. Procedimentos de aprovação da administração
11.13.6.5. O auditor deve avaliar se a entidade tem uma
base apropriada para os pressupostos utilizados na
estimativa contábil. Esses pressupostos podem basear- 11.13.6.12. A administração da entidade revisa e aprova
se em estatística do setor e do Governo. Por exemplo, as estimativas contábeis relevantes e o auditor deve
expectativas de inflação, juros, emprego e crescimento considerar se essa revisão e aprovação foram feitas em
do mercado previsto. Podem também ser específicos nível apropriado, e se foram evidenciadas na
para a entidade baseados em dados gerados documentação de suporte da determinação da
internamente. estimativa contábil.
11.13.6.6. Ao avaliar os pressupostos em que a 11.13.7. USO DE UMA ESTIMATIVA INDEPENDENTE
estimativa se baseia, o auditor deve considerar, entre
11.13.7.1. O auditor pode fazer ou obter uma estimativa
outras coisas, se eles são:
independente e compará-la com a estimativa contábil
a) razoáveis em relação aos resultados reais em preparada pela administração da entidade. Quando
períodos anteriores; utilizar uma estimativa independente, o auditor deve
b) consistentes com os pressupostos usados para avaliar os dados, considerar os pressupostos e testar os
outras estimativas contábeis; procedimentos de cálculo utilizados em seu
c) consistentes com planos da administração da desenvolvimento.
entidade.
11.13.8. REVISÃO DE EVENTOS SUBSEQÜENTES
11.13.6.7. O auditor deve dar atenção especial a
11.13.8.1. Transações e eventos subseqüentes à data
pressupostos que forem sensíveis ou sujeitos a
das Demonstrações Contábeis, antes do término da
variáveis ou a distorções relevantes.
auditoria, podem proporcionar evidências sobre uma
estimativa contábil feita pela administração da entidade.

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11.13.8.2. A revisão dessas transações e eventos


subseqüentes pode reduzir, ou mesmo, eliminar a 11.14.1.3. O auditor deve examinar as transações
necessidade de revisar e testar o processo usado pela relevantes com partes relacionadas, aplicando os
administração da entidade ou a necessidade de utilizar procedimentos necessários à obtenção de informações
uma estimativa independente ao avaliar a razoabilidade sobre a finalidade, a natureza e a extensão das
da estimativa contábil. transações, com especial atenção àquelas que pareçam
anormais ou envolvam partes relacionadas não-
11.13.9. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DE identificadas quando do planejamento.
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
11.13.9.1. O auditor deve fazer uma avaliação final da 11.14.1.4 O auditor deve executar procedimentos de
razoabilidade da estimativa, com base em seu auditoria suficientes para obter evidências de que as
conhecimento dos negócios e se a estimativa é transações, os saldos e as informações relativas a
consistente com outras evidências de auditoria obtidas partes relacionadas foram, adequadamente,
no curso dos trabalhos. identificados e divulgados pela administração da
entidade nas Demonstrações Contábeis, objeto do
11.13.9.2. O auditor deve considerar se existem exame do auditor.
eventos ou transações subseqüentes que afetem,
significativamente, os dados e os pressupostos 11.14.1.5. Devido ao grau de incerteza associado às
utilizados para determinar a estimativa contábil. assertivas contidas nas Demonstrações Contábeis
11.13.9.3. Em função do risco da precisão inerente quanto à totalidade das partes relacionadas, os
às estimativas contábeis, avaliar diferenças tende a procedimentos identificados nesta norma visam
ser mais difícil do que em outras áreas de auditoria. proporcionar evidência de auditoria suficiente sobre a
Quando houver diferença relevante entre a identificação de partes relacionadas.
estimativa do auditor e o valor estimado incluído
nas Demonstrações Contábeis, o auditor deve 11.14.1.6. O auditor deve executar procedimentos
determinar se a diferença desse tipo requer ajuste. modificados, ampliados ou adicionais, conforme for
Neste caso, deve ser solicitada a revisão da apropriado, quando identificar circunstâncias que
estimativa à administração da entidade. aumentem o risco de distorção, além do que,
normalmente, seria esperado, ou indiquem que ocorreu
11.13.9.4. Se a administração da entidade se recusar uma distorção relevante em conexão com partes
a revisar a estimativa, a diferença deve ser vista relacionadas.
como uma distorção e deve ser considerada
juntamente com as outras distorções, ao avaliar se o 11.14.1.7. Considerando que a administração da
efeito sobre as Demonstrações Contábeis é entidade é responsável por identificar e divulgar partes
relevante. relacionadas e transações com tais partes, essa
responsabilidade exige que a administração implante
11.13.9.5. O auditor também deve verificar se diferenças
sistema contábil e de controle interno adequados, para
isoladas que tenham sido aceitas como irrelevantes
assegurar que as transações com partes relacionadas
quando consideradas, cumulativamente, possam ter um
sejam, apropriadamente, identificadas nos registros
efeito relevante sobre as Demonstrações Contábeis.
contábeis e informações extracontábeis e divulgadas
Nessas circunstâncias, o auditor deve avaliar as
nas Demonstrações Contábeis.
estimativas contábeis tomadas como um todo.
11.14.1.8. O auditor deve ter conhecimento do negócio
11.13.10. SANÇÕES
e do setor de atividades da entidade que lhe permita
identificar eventos, transações, práticas e outras
11.13.10.1. A inobservância desta Norma constitui
informações que possam ter efeito relevante sobre as
infração disciplinar sujeita às penalidades previstas nas
Demonstrações Contábeis. Embora a existência de
alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295,
partes relacionadas e transações entre essas partes
de 27 de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código
sejam consideradas características normais do negócio,
de Ética Profissional do Contabilista.
o auditor precisa ter conhecimento delas porque:
NBC T 11.14. TRANSAÇÕES COM PARTES
a) as normas contábeis sobre partes relacionadas
RELACIONADAS
exigem que as relações e as transações com essas
partes sejam, adequadamente, divulgadas nas
11.14.1. CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS Demonstrações Contábeis;

11.14.1.1. Esta norma estabelece as responsabilidades b) a existência de partes relacionadas ou transações


do auditor independente e os procedimentos de com tais partes pode afetar as Demonstrações
auditoria a serem adotados para identificar partes Contábeis. Por exemplo, a não-apropriação de forma
relacionadas e as transações com essas partes, correta dos valores de rateio de despesas
conforme definido na NBC T 17 – Partes Relacionadas e administrativas afeta o resultado de uma entidade
sobre a verificação de sua adequada divulgação nas relacionada;
Demonstrações Contábeis, objeto do exame do auditor.
c) a fonte de evidência de auditoria afeta a avaliação de
11.14.1.2. O auditor deve obter evidências suficientes sua confiabilidade por parte do auditor. Pode-se
para identificar partes relacionadas na fase de depositar um grau maior de confiança na evidência de
planejamento, possibilitando detectar, no decorrer dos auditoria obtida de terceiros que não forem partes
trabalhos, quaisquer transações relevantes que as relacionadas; e
envolvam.
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d) uma transação com partes relacionadas pode ser


motivada por considerações diferentes das condições 11.14.2.4. No desenvolvimento da auditoria, o auditor
normais do negócio. deve atentar para transações que pareçam não-usuais
nas circunstâncias e possam indicar a existência de
11.14.2. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA partes relacionadas ainda não-identificadas. Exemplos:

11.14.2.1. Ao obter um entendimento do sistema a) transações com condições negociais anormais, tais
contábil e de controle interno e fazer uma avaliação como: preços, taxas de juros, garantias e condições de
preliminar do risco de controle, o auditor deve pagamento não-usuais ou fora das condições de
considerar a adequação dos procedimentos sobre a mercado ou que seriam realizadas com terceiros;
autorização e o registro de transações com partes b) transações que, aparentemente, careçam de motivo
relacionadas. negocial lógico;
c) transações em que a essência difere da forma;
11.14.2.2. O auditor deve revisar as informações d) transações processadas de maneira não-usual;
fornecidas pela administração da entidade, relativa a e) transações significativas ou de grande volume com
partes relacionadas, aplicando os procedimentos certos clientes ou fornecedores, em comparação com
necessários à finalidade, à natureza e à extensão outros; e
dessas transações, com especial atenção àquelas que f) transações não-registradas, tais como: recebimento
pareçam anormais ou envolvam partes relacionadas ou prestação de serviços administrativos sem custo.
não-identificadas. Entre os procedimentos a serem
executados, o auditor deve escolher aqueles que melhor 11.14.2.5. Ao examinar as transações com partes
propiciem evidências de auditoria, considerando o relacionadas identificadas, o auditor deve obter
resultado de seu planejamento e os riscos identificados. evidência de auditoria suficiente e apropriada sobre se
essas transações foram, apropriadamente, registradas e
11.14.2.3. Os seguintes procedimentos devem ser divulgadas nas Demonstrações Contábeis.
considerados:
11.14.2.6. Dada a natureza das relações com partes
a) revisar os papéis de trabalho de anos anteriores para relacionadas, a evidência dessa relação pode ser
identificar nomes e suas respectivas transações com limitada, por exemplo, à existência de estoques
partes relacionadas; mantidos em consignação por uma parte relacionada ou
a uma instrução da matriz a uma subsidiária para
b) revisar os procedimentos usados pela entidade para registrar despesas com royalties. Devido à
identificar partes relacionadas; disponibilidade limitada de evidência apropriada sobre
essas transações, o auditor deve considerar a execução
c) indagar sobre a vinculação de diretores e executivos de procedimentos, como, por exemplo:
a outras entidades que mantêm relacionamento com a
auditada; a) confirmar as condições e o valor da transação
com a parte relacionada;
d) revisar os registros de acionistas para determinar os
nomes de acionistas principais ou, se apropriado, obter b) inspecionar a evidência de posse da parte
uma relação de acionistas principais do registro de relacionada; e
ações; c) confirmar ou discutir informações com pessoas
ligadas à transação, como bancos, advogados, avalistas
e) revisar atas de reuniões de acionistas e conselho de e agentes.
administração, da diretoria e outros registros legais
pertinentes; 11.14.2.7. A Carta de Responsabilidade da
Administração obtida no processo de auditoria deve
f) indagar, se aplicável, de outros auditores envolvidos conter uma declaração da administração sobre:
na auditoria de empresas coligadas, controladas ou
controladoras, ou auditores antecessores, sobre seu a) a integridade das informações fornecidas quanto à
conhecimento de outras partes relacionadas; identificação de partes relacionadas; e

g) revisar confirmações de empréstimos a receber e a b) a adequação de divulgações de partes relacionadas


pagar, bem como de confirmações bancárias. Essa nas Demonstrações Contábeis.
revisão pode indicar relacionamento por fiança e outras
transações com partes relacionadas; 11.14.3. CONCLUSÕES DO PARECER DE AUDITORIA

h) revisar transações de investimentos, por exemplo, 11.14.3.1. Se o auditor não puder obter evidência de
compra ou venda de uma participação societária em um auditoria suficiente e apropriada sobre partes
empreendimento; relacionadas e transações com essas partes, ou concluir
que sua divulgação nas Demonstrações Contábeis é
i) revisar as declarações e as informações fornecidas a insuficiente e/ou inadequada, o auditor deve modificar o
órgãos normativos; e parecer de auditoria apropriadamente.

j) revisar os registros contábeis para localizar 11.14.3.2. Quando o auditor entender que, pela
transações ou saldos elevados ou inusitados, dando magnitude das operações com partes relacionadas e
atenção particular a transações contabilizadas no fim do pela diferenciação dessas operações quando
período abrangido pelo Parecer do auditor e até a data comparadas com operações entre partes não-
de sua emissão. relacionadas, a situação merece ser destacada aos

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usuários das Demonstrações Contábeis. O auditor deve NBCT 11.15 CONTINGÊNCIAS


adicionar, ao seu parecer, parágrafo de ênfase nos
termos da NBC T 11.18 – Parecer dos Auditores 11.15.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Independentes, indicando que a entidade realiza volume
significativo de operações com partes relacionadas em 11.15.1.1. Esta norma estabelece procedimentos
condições diferentes às de mercado; os resultados mínimos que o Auditor Independente deve considerar na
dessas operações poderiam ser diferentes se realizadas realização de um exame, de acordo com as normas de
em condições de mercado. auditoria para identificar passivos não-registrados e
contingências ativas ou passivas relacionados a litígios,
11.14.4. SANÇÕES pedidos de indenização ou questões tributárias, e
assegurar-se de sua adequada contabilização e/ou
11.14.4.1. A inobservância desta Norma constitui divulgação nas Demonstrações Contábeis examinadas.
infração disciplinar sujeita às penalidades previstas nas
alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, 11.15.1.2. A administração da entidade é a responsável
de 27 de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código pela adoção de políticas e procedimentos para
de Ética Profissional do Contabilista. identificar, avaliar, contabilizar e/ou divulgar,
adequadamente, os passivos não-registrados e as
contingências.

11.15.1.3. Quando da execução de procedimentos de


auditoria para a identificação de passivos não-
registrados e contingências, o Auditor Independente
deve obter evidências para os seguintes assuntos,
desde que relevantes:

a) a existência de uma condição ou uma situação


circunstancial ocorrida, indicando uma incerteza com
possibilidade de perdas ou ganhos para a entidade;

b) o período em que foram gerados;

c) o grau de probabilidade de um resultado favorável ou


desfavorável; e

d) o valor ou a extensão de perda ou ganho potencial.

11.15.2. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

11.15.2.1. Os eventos ou as condições que devem ser


considerados na identificação da existência de passivos
não-registrados e de contingências para a avaliação de
sua adequada apresentação nas Demonstrações
Contábeis são questões de direto conhecimento e,
freqüentemente, objeto de controle da administração da
entidade e, portanto, seus administradores constituem-
se em fonte primária de informação sobre esses eventos
ou essas condições. Dessa forma, os seguintes
procedimentos devem ser executados pelo Auditor
Independente com respeito aos passivos não-
registrados e às contingências:

a) indagar e discutir com a administração a respeito das


políticas e dos procedimentos adotados para identificar,
avaliar e contabilizar e/ou divulgar os passivos não-
registrados e as contingências;

b) obter, formalmente, da administração uma descrição


das contingências na data de encerramento das
Demonstrações Contábeis e para o período que
abrange essa data e a data de emissão do parecer de
auditoria sobre essas demonstrações, incluindo a
identificação dos assuntos sob os cuidados profissionais
de consultores jurídicos;
c) examinar os documentos em poder do cliente
vinculados aos passivos não-registrados e às
contingências, incluindo correspondências e faturas de
consultores jurídicos;

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d) obter representação formal da administração, consideradas como evidências definitivas ou substitutas,


contendo a lista de consultores ou assessores jurídicos no caso da recusa dos consultores jurídicos externos
que cuidam do assunto e representação de que todas em responder ao pedido, principalmente, se
as contingências potenciais ou ainda não-formalizadas, formalizadas. Quando advogados internos (ou o
relevantes, foram divulgadas nas Demonstrações departamento competente) forem os patronos da causa,
Contábeis. todavia, é adequado que respondam às cartas referidas
no parágrafo seguinte.
11.15.2.2. O Auditor deve pedir à administração do
cliente para preparar carta de solicitação de confirmação 11.15.3.2. A extensão da seleção dos consultores
de dados (circularização) aos consultores jurídicos jurídicos a serem circularizados depende do julgamento
encarregados dos processos e litígios em andamento, do Auditor, que deve levar em consideração sua
para que o auditor a encaminhe a esses como forma de avaliação da estrutura de controles internos mantida
obter e evidenciar o julgamento desses profissionais pela entidade auditada para identificar, avaliar,
acerca do grau da probabilidade de um resultado contabilizar e\ou divulgar questões relativas a
favorável ou desfavorável e do montante envolvido. contingências, bem como a natureza e a relevância dos
Caso considere necessário, o Auditor, baseado nas assuntos envolvidos. Por exemplo, o Auditor pode
informações obtidas dos consultores jurídicos, tendo em aplicar técnicas de amostragem (incluindo estratificação)
vista eventuais incertezas e relevância do assunto, deve na seleção dos consultores a serem circularizados que
solicitar à administração a opinião de outro consultor estejam envolvidos com grande volume de questões, de
jurídico independente. natureza similar e de pequeno valor individual.

11.15.2.3. Um exame de auditoria inclui outros 11.15.3.3. Os assuntos que devem ser abordados em
procedimentos executados para propósitos diferentes uma carta de circularização de consultores jurídicos,
que também podem fornecer informações sobre conforme modelos sugeridos nos anexos a esta norma,
passivos não-registrados e contingências. Exemplos de incluem, mas não se limitam ao seguinte:
tais procedimentos são:
a) identificação da entidade, inclusive controladas,
a) leitura de atas de reuniões de acionistas ou quotistas, quando aplicável, e a data das Demonstrações
de diretores e dos conselhos e dos comitês ocorridas Contábeis sob auditoria;
durante e subseqüentemente ao período examinado;
b) pedido da administração para que o consultor jurídico
b) leitura de contratos, acordos de empréstimos, prepare a relação das questões em andamento com as
contratos de arrendamentos e correspondências quais o consultor jurídico esteve ou está envolvido,
recebidas de autoridades fiscais ou de agências contendo as seguintes informações:
reguladoras e documentos similares;
I - descrição da natureza do assunto, o progresso do
caso até a data da resposta e, conforme aplicável, as
c) obtenção de informações relativas a garantias de ações que se pretende adotar para o caso;
empréstimos ou financiamentos provenientes das
circularizações de bancos; revisão da conta “Honorários II - avaliação da probabilidade de perda da questão,
Advocatícios”, “serviços prestados por terceiros” ou classificada entre provável, possível, ou remota e uma
título similar, objetivando confirmar para quais estimativa, caso seja praticável de ser efetuada, do valor
advogados serão enviadas as cartas de circularização, e outras eventuais conseqüências da perda potencial,
além daqueles, formalmente comunicados pela incluindo uma estimativa dos honorários profissionais a
administração; serem cobrados pelo consultor jurídico;

III - identificação da natureza e das razões para


d) leitura do livro fiscal Termo de Ocorrências ou
qualquer limitação na sua resposta.
equivalente;

e) leitura ou exame de qualquer outro documento que c) em circunstâncias especiais, o Auditor pode
inclua possíveis garantias dadas pelo cliente. complementar a resposta para assuntos cobertos na
carta de circularização em uma reunião que ofereça
11.15.3. CIRCULARIZAÇÃO DOS CONSULTORES oportunidade para discussões e explicações mais
JURÍDICOS detalhadas que uma resposta escrita. Uma reunião pode
ser apropriada quando a avaliação da necessidade de
11.15.3.1. A circularização dos consultores jurídicos é contabilização de provisão ou divulgação de uma
uma forma de o auditor obter confirmação independente contingência envolva interpretações da legislação,
das informações fornecidas pela administração existência de informações divergentes ou outros fatos
referentes a situações relacionadas a litígios, pedidos de de julgamento complexo. O Auditor deve documentar as
indenização ou questões tributárias. As respostas conclusões alcançadas relativas à necessidade de
recebidas do departamento jurídico da entidade, ou de contabilização de provisão ou divulgação de
seus consultores internos, quando estes não forem os contingências e considerar a solicitação da
patronos das causas, mas as acompanham, servem de concordância dos consultores jurídicos para as
evidência para o auditor avaliar se a administração conclusões.
adotou os procedimentos adequados para a
contabilização e/ou divulgação dos passivos não-
registrados e/ou das contingências (ativas ou passivas).
No entanto, essas respostas não devem ser

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11.15.3.4. O Auditor revisa eventos passíveis de 11.15.6. JULGAMENTO DO AUDITOR


potencial ajuste ou divulgação nas Demonstrações
Contábeis ocorridas até a data de seu relatório. 11.15.6.1. O Auditor deve avaliar todas as
Portanto, a última data do período coberto pela resposta circunstâncias e as evidências obtidas durante a
do advogado (data da carta) deve se aproximar, ao aplicação de seus procedimentos de auditoria para
máximo possível, da conclusão do trabalho de campo. passivos não-registrados e contingências para formar o
seu julgamento quanto à adequação às práticas
11.15.4. LIMITAÇÕES NA EXTENSÃO DA RESPOSTA contábeis adotadas na elaboração e na apresentação
DO CONSULTOR JURÍDICO das Demonstrações Contábeis sob exame.

11.15.4.1. O consultor jurídico pode fazer remissão na 11.15.6.2. Uma inadequação relevante na elaboração
sua resposta a assuntos por ele já informados ou na divulgação das Demonstrações Contábeis, bem
anteriormente, validando-os. Esse procedimento não como a existência de incertezas relevantes, impede que
representa uma limitação na extensão da auditoria. o Auditor emita um parecer sem ressalvas. Nessas
situações, o Auditor deve avaliar a extensão do
11.15.4.2. A recusa de um consultor jurídico em fornecer problema em relação às Demonstrações Contábeis
a informação solicitada, por meio de circularização ou consideradas em seu conjunto, para concluir sobre a
em reunião (veja parágrafos 11.15.3.3. e 11.15.3.4.), ou emissão de parecer com ressalva, adverso ou com
a ausência de opinião de outro consultor jurídico parágrafo de ênfase quanto a uma possível incerteza.
independente nas condições consideradas necessárias
(veja parágrafo 11.15.2.2.) é uma limitação na extensão 11.15.6.3. A existência de uma limitação relevante na
da auditoria suficiente para impedir a emissão de um execução dos procedimentos previstos nesta norma
parecer sem ressalvas, conforme definido na norma deve levar o Auditor a avaliar a necessidade de emitir
sobre Parecer dos Auditores Independentes sobre as um parecer com ressalva relacionada a essa limitação
Demonstrações Contábeis. ou, ainda, emitir parecer com abstenção de opinião
sobre as Demonstrações Contábeis tomadas em
11.15.4.3. A recusa do consultor jurídico em responder conjunto.
deve ser distinguida de outras limitações na resposta de
um consultor jurídico discutidas no item 11.15.5 desta 11.15.7. DAS SANÇÕES
norma. Em tais circunstâncias, o Auditor deve exercer
seu julgamento profissional para determinar se 11.15.7.1. A inobservância desta norma constitui
procedimentos alternativos adequados podem ser infração aplicável ao Código de Ética Profissional do
aplicados para atender aos requerimentos desta norma. Contabilista e, quando aplicável, sujeita às penalidades
previstas nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-
11.15.5. OUTRAS LIMITAÇÕES NA RESPOSTA DE Lei n° 9.295, de 27 de maio de 1946.
UM CONSULTOR JURÍDICO
ANEXO A NBC T 11.15 – CONTINGÊNCIAS
11.15.5.1. Um consultor jurídico pode não concluir
quanto à probabilidade de resultado desfavorável de Senhores Advogados
uma contingência ou quanto ao valor e outras eventuais
conseqüências da perda potencial, por causa de data
incertezas inerentes.
Prezados Senhores:
11.15.5.2. Fatores que influenciam a probabilidade de
um resultado desfavorável, às vezes, podem não ser da Em conexão com o exame das Demonstrações
competência ou do conhecimento do consultor jurídico, Contábeis do exercício a findar (findo) em (data --
por exemplo: base das demonstrações contábeis), da Companhia
ABC, solicitamos que Vossas Senhorias forneçam
a) a experiência da entidade em contingência diretamente aos nossos Auditores Independentes,
semelhante; endereço, uma posição sobre as questões das áreas
b) as experiências de outras entidades podem não ser cível, trabalhista e/ou tributária sob seus cuidados,
aplicáveis ou não estarem disponíveis; em (data--base das demonstrações contábeis) , a
c) o valor e as outras eventuais conseqüências da favor ou contra a Companhia ABC, bem como os
possível perda, freqüentemente, podem variar eventuais desfechos ou as novas questões surgidas
amplamente em fases diferentes de um processo, entre essa data-base e a data da elaboração da
impedindo o consultor jurídico de concluir sobre esse informação.
valor ou sobre outras eventuais conseqüências da
perda; Ao fornecer essas posições, solicitamos que Vossas
d) a inexistência de jurisprudência sobre o assunto. Senhorias informem, além de uma breve descrição
da questão e sua evolução no período: (i) se existe
Em tais circunstâncias, o Auditor pode concluir que as depósito judicial (e seu valor, caso disponível); (ii) o
Demonstrações Contábeis estão afetadas por uma valor atual, efetivamente, discutido em cada causa,
incerteza relativa ao resultado de um evento futuro que independentemente do valor atribuído ao feito para
não é suscetível de ser, razoavelmente, estimado. fins meramente processuais, ou uma estimativa do
valor e/ou indicação da inclusão, ou não, de juros,
multas e correção; (iii) valor estimado dos
honorários de êxitos, quando aplicável (iv) um
prognóstico quanto à possibilidade de perda no

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desfecho das questões, classificando-a como parecer, que possam demandar ajustes nas
provável, possível ou remota. Demonstrações Contábeis ou a divulgação de
informações nas notas explicativas.
O prognóstico quanto ao desfecho das causas é a base
para que observemos a necessidade de registro contábil
(provisionamento da potencial perda como uma 11.16.1.2. O auditor deve considerar em seu parecer
obrigação no passivo) e/ou de divulgações das questões os efeitos decorrentes de transações e eventos
em notas explicativas às Demonstrações Contábeis. Os subseqüentes relevantes ao exame das
significados dos termos utilizados entre os profissionais Demonstrações Contábeis, mencionando-os como
de contabilidade, para fins da classificação solicitada, ressalva ou em parágrafo de ênfase, quando não-
estão descritos a seguir. ajustadas ou reveladas adequadamente.

O termo provável em relação a possível indica que há 11.16.1.3. O auditor deve considerar três situações
maior probabilidade de o fato ocorrer. Geralmente, em de eventos subseqüentes:
um processo, cujo prognóstico é provável perda, há a) os ocorridos entre a data do término do exercício
elementos, dados ou outros indicativos que possibilitam social e a data da emissão do parecer;
tal classificação, como por exemplo: a tendência
jurisprudencial dos tribunais ou a tese já apreciada em b) os ocorridos depois do término do trabalho de
tribunais superiores para questões que envolvam campo e da emissão do parecer, e antes da
matéria de direito, e a produção ou a facilidade de se divulgação das Demonstrações Contábeis; e
dispor de provas (documental, testemunhal – c) os conhecidos após a divulgação das
principalmente em questões trabalhistas – ou periciais) Demonstrações Contábeis.
para questões que envolvam matéria de fato.
11.16.1.4. Para ter condições de formar opinião
Por sua vez, se o prognóstico for possível perda, esta sobre as Demonstrações Contábeis, considerando
pode acontecer; todavia, esse prognóstico não foi, os efeitos relevantes das transações e eventos
necessariamente, fundamentado em elementos ou subseqüentes ao encerramento do exercício social,
dados que permitam tal informação. Ou, ainda, em um o auditor deve considerar:
prognóstico possível, os elementos disponíveis não são
a) os procedimentos da administração para que os
suficientes ou claros de tal forma que permitam concluir
eventos sejam divulgados;
que a tendência será perda ou ganho no processo.
b) os atos e fatos administrativos registrados em
Adicionalmente, é importante notar que as decisões atas de reuniões de acionistas, administradores e
judiciais favoráveis de primeiro ou de segundo grau outros órgãos estatutários;
podem não ser tão importantes quando há desfecho
(julgamento final) desfavorável em tribunal superior ou c) os informes de qualquer espécie divulgados pela
de última instância. Também, a menos que do ponto de entidade;
vista processual já exista problema que possa acarretar d) a situação de contingências conhecidas e
determinado desfecho, no prognóstico não devem ser reveladas pela administração e pelos advogados da
levados em conta essas eventuais circunstâncias, tais entidade; e
como eventuais perdas de prazos, etc. a que estão
sujeitos quaisquer processos. e) a existência de eventos não-revelados pela
administração nas Demonstrações Contábeis e que
Por fim, a perda classificada como remota, como o tenham efeitos relevantes sobre as mesmas.
próprio nome diz, remotamente trará perdas ou 11.16.1.5. Exemplos de transações e eventos
prejuízos para a entidade, ou são insignificantes as subseqüentes que proporcionam evidência adicional de
chances de que existam perdas. condições que existiam no fim do período auditado e
requerem julgamento profissional e conhecimento dos
Caso Vossas Senhorias entendam haver alguma fatos e circunstâncias:
limitação em sua resposta, solicitamos que sejam
citadas as devidas razões. a) perda em contas a receber decorrente da falência do
devedor; e
Aguardamos e agradecemos suas providências e b) pagamento ou sentença judicial.
colocamo-nos à disposição para esclarecimentos
julgados necessários. 11.16.1.6. Exemplos de transações e eventos
subseqüentes havidos entre a data de término do
Atenciosamente, exercício social e a data da divulgação das
Demonstrações Contábeis são:
Representante da Companhia ABC.
a) aporte de recursos, inclusive como aumento de
capital;
NBC T 11.16. TRANSAÇÕES E EVENTOS b) compra de nova subsidiária ou de participação
SUBSEQÜENTES adicional relevante em investimento anterior;
c) destruição de estoques ou estabelecimento em
11.16.1. CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS decorrência de sinistro;
d) alteração do controle societário.
11.16.1.1. Esta norma estabelece procedimentos e
critérios a serem adotados pelo auditor em relação aos
eventos ocorridos entre as datas do balanço e a do seu

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11.16.2. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA SOBRE 4. emissão de debêntures ou ações novas ou acordo de


TRANSAÇÕES E EVENTOS OCORRIDOS ENTRE O fusão, incorporação, cisão ou liquidação de atividades,
TÉRMINO DO EXERCÍCIO E A EMISSÃO DO ainda que parcialmente;
PARECER 5. destruição de ativos, por exemplo, por fogo ou
inundação;
11.16.2.1. O período entre a data do término do 6. desapropriação por parte do Governo;
exercício social e a de emissão do parecer é 7. evolução subseqüente de contingências e assuntos
denominado período subseqüente, e o auditor deve de maior risco de auditoria;
considerá-lo parte normal da auditoria. O auditor deve 8. ajustes contábeis inusitados; e
planejar e executar procedimentos para obter evidência 9. ocorrência ou probabilidade de ocorrência de eventos
de auditoria suficiente e apropriada de que todas as que ponham em dúvida a adequação das práticas
transações e os eventos ocorridos no período, e que contábeis usadas nas Demonstrações Contábeis, como
podem requerer ajuste nas Demonstrações Contábeis e na hipótese de dúvida sobre a continuidade normal das
suas notas explicativas, foram identificados. Esses atividades da entidade.
procedimentos são adicionais àqueles, normalmente,
aplicados a transações específicas ocorridas após o fim 11.16.2.3. Quando uma controlada ou coligada, ou
do período, com o objetivo de obter evidência de mesmo uma divisão ou filial, for auditada por outro
auditoria quanto a saldos de contas no fim dele, como, auditor, o auditor da entidade principal deve considerar
por exemplo, o teste do corte de estoques e os procedimentos do outro auditor sobre eventos após o
pagamentos a credores. Entretanto, não se exige que o fim do período e a necessidade de informá-lo sobre a
auditor proceda a uma revisão contínua de todos os data planejada de emissão de seu Parecer.
assuntos que foram objeto de procedimentos anteriores.
11.16.2.4. Quando tomar conhecimento de eventos que
11.16.2.2. Os procedimentos para identificar transações afetam de maneira relevante as Demonstrações
e eventos que podem requerer ajuste ou divulgação nas Contábeis, o auditor deve verificar se eles foram,
Demonstrações Contábeis devem ser executados tão apropriadamente, contabilizados e, adequadamente,
próximo da data do parecer do auditor quanto for divulgados nas Demonstrações Contábeis. Quando tais
praticável, e, normalmente, incluem o seguinte: eventos não receberem tratamento adequado nas
Demonstrações Contábeis, o auditor deve discutir com a
a) revisão dos procedimentos que a administração administração a adoção das providências necessárias
estabeleceu para assegurar que eventos subseqüentes para corrigir tal situação. Caso a administração decida
sejam identificados; não tomar as providências necessárias, o auditor deve
emitir seu Parecer com ressalva ou adverso.
b) leitura de atas de assembléia de acionistas ou
quotistas, de reunião dos conselhos de administração e 11.16.3. TRANSAÇÕES E EVENTOS OCORRIDOS
fiscal, da diretoria, bem como de comitês executivos e APÓS EMISSÃO DO PARECER, E A DIVULGAÇÃO
de auditoria, realizadas após o fim do período, e DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
indagação sobre assuntos discutidos nas reuniões e
para os quais ainda não se dispõem de atas; 11.16.3.1. O auditor não é responsável pela execução
de procedimentos ou indagações sobre as
c) leitura das Demonstrações Contábeis intermediárias Demonstrações Contábeis após a data do seu Parecer.
posteriores àquelas auditadas e, à medida que for Durante o período entre as datas do Parecer do auditor
considerado necessário e apropriado, dos orçamentos, e a de divulgação das Demonstrações Contábeis, a
das previsões de fluxo de caixa e de outros relatórios administração é responsável por informar ao auditor
contábeis; comparação dessas informações com as fatos que possam afetar as Demonstrações Contábeis.
constantes nas Demonstrações Contábeis auditadas, na
extensão considerada necessária nas circunstâncias. 11.16.3.2. Quando, após a data do Parecer do auditor,
Neste caso, o auditor deve indagar da administração se mas antes da divulgação das Demonstrações Contábeis
as informações mais recentes foram elaboradas nas o auditor tomar conhecimento de fato que possa afetar
mesmas bases utilizadas nas Demonstrações Contábeis de maneira relevante as Demonstrações Contábeis, ele
auditadas; deve decidir se elas devem ser ajustadas, discutir o
assunto com a administração e tomar as medidas
d) indagação ou ampliação das indagações anteriores, apropriadas às circunstâncias.
escritas ou verbais, aos advogados da entidade a
respeito de litígios e reclamações; e 11.16.3.3. Quando a administração alterar as
Demonstrações Contábeis, o auditor deve executar os
e) indagação à administração sobre se ocorreu qualquer procedimentos necessários nas circunstâncias e
evento subseqüente que possa afetar as fornecer a ela novo parecer sobre as Demonstrações
Demonstrações Contábeis e obtenção de carta de Contábeis ajustadas. A data do novo parecer do auditor
responsabilidade, com a mesma data do parecer do não deve ser anterior àquela em que as demonstrações
auditor. Exemplos de assuntos a serem indagados ajustadas foram assinadas ou aprovadas pela
incluem: administração, e, conseqüentemente, os procedimentos
mencionados nos itens anteriores devem ser estendidos
1. situação atual de itens contabilizados com base em até a data do novo Parecer do auditor. Contudo, o
dados preliminares ou não-conclusivos; auditor pode decidir por emitir seu Parecer com dupla
2. assunção de novos compromissos, empréstimos ou data, como definido na NBC T 11.18 - Parecer dos
garantias concedidas; Auditores Independentes.
3. vendas de ativos;

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11.16.3.4. Quando a administração não alterar as para impedir que seu Parecer seja utilizado por
Demonstrações Contábeis nos casos em que o auditor terceiros, resguardando, assim, seus direitos e
decidir pela necessidade de sua alteração e o seu obrigações legais. Entre essas medidas, inclui-se, como
Parecer não tiver sido liberado para a entidade, ele deve mínimo, comunicação formal à administração de que o
revisá-lo e, se for o caso, expressar opinião com Parecer, anteriormente, emitido não mais deve ser
ressalva ou adversa. associado às Demonstrações Contábeis não-retificadas.
A necessidade de comunicação aos órgãos reguladores
11.16.3.5. Quando o Parecer do auditor tiver sido depende das normas aplicáveis em cada caso.
entregue à administração, o auditor deve solicitar a esta
que não divulgue as Demonstrações Contábeis e o 11.16.4.5. Em certas situações, o auditor pode julgar
respectivo Parecer. Se as Demonstrações Contábeis desnecessária a alteração das Demonstrações
forem, posteriormente, divulgadas, o auditor deve Contábeis e a emissão de novo Parecer, como, por
avaliar a adoção de medidas a serem tomadas em exemplo, quando estiver iminente a emissão das
função dos seus direitos e das suas obrigações legais. Demonstrações Contábeis relativas ao período seguinte,
Entre essas medidas, inclui-se, como mínimo, desde que elas contemplem os necessários ajustes e/ou
comunicação formal à administração no sentido de que contenham as informações normalmente divulgadas.
o Parecer, anteriormente, emitido não mais deve ser
associado às Demonstrações Contábeis não-retificadas; 11.16.5. OFERTA DE VALORES MOBILIÁRIOS AO
a necessidade de comunicação aos órgãos reguladores PÚBLICO
depende das normas aplicáveis em cada caso.
11.16.5.1. Nos casos de oferta de valores mobiliários ao
11.16.4. TRANSAÇÕES E EVENTOS CONHECIDOS público, o auditor deve considerar qualquer exigência
APÓS A DIVULGAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES legal e atinente a ele aplicável em todas as jurisdições
CONTÁBEIS em que os valores mobiliários estiverem sendo
oferecidos. Por exemplo, o auditor pode ser obrigado a
11.16.4.1. Após a divulgação das Demonstrações executar procedimentos de auditoria adicionais até a
Contábeis, o auditor não tem responsabilidade de fazer data do documento de oferta final, que, normalmente,
qualquer indagação sobre essas demonstrações. devem incluir a execução dos procedimentos
mencionados no item 11.16.2.2 até a data, ou próximo
11.16.4.2. Quando, após a divulgação das da data efetiva, do documento final de oferta. Também
Demonstrações Contábeis, o auditor tomar devem incluir a leitura do documento de oferta para
conhecimento de fato anterior à data do seu Parecer e avaliar se outras informações nele contidas se
que, se fosse conhecido naquela data, poderia tê-lo harmonizam com as informações contábeis com que o
levado a emitir o documento com conteúdo diverso do auditor estiver relacionado.
que foi, o auditor deve decidir se as Demonstrações
Contábeis precisam de revisão, discutir o assunto com a 11.16.6. SANÇÕES
administração e tomar as medidas apropriadas às
circunstâncias. 11.16.6.1. A inobservância desta Norma constitui
infração disciplinar sujeita às penalidades previstas nas
11.16.4.3. Quando a administração alterar as alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295,
Demonstrações Contábeis divulgadas, o auditor deve: de 27 de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código
de Ética Profissional do Contabilista.
a) executar os procedimentos de auditoria necessários
às circunstâncias; NBC T 11.17 – CARTA DE RESPONSABILIDADE DA
ADMINISTRAÇÃO
b) revisar as medidas tomadas pela administração para
assegurar que qualquer pessoa que tenha recebido as 11.17.1. CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS
Demonstrações Contábeis, anteriormente, emitidas,
juntamente com o respectivo Parecer do auditor, seja 11.17.1.1. Esta Norma estabelece diretrizes sobre a
informada da situação; e obtenção de declarações da administração requeridas
como evidência de auditoria, os procedimentos a serem
c) emitir um novo Parecer sobre as Demonstrações aplicados ao avaliar e ao documentar as declarações da
Contábeis alteradas, indicando em parágrafo, após o de administração e a ação a ser adotada, caso a
opinião, os motivos da reemissão desse Parecer com administração se recuse a prestá-las.
referência à nota das Demonstrações Contábeis que
esclarece a alteração efetuada nas Demonstrações
Contábeis. Neste caso, são aplicáveis as considerações 11.17.1.2. A carta de responsabilidade da administração
sobre a data do novo Parecer mencionadas no item é o documento que deve ser emitido pelos
anterior. administradores da entidade, cujas Demonstrações
Contábeis estão sendo auditadas. Essa carta é
11.16.4.4. Quando a administração não tomar as endereçada ao auditor independente, confirmando as
medidas necessárias para assegurar que qualquer informações e os dados a ele fornecidos, assim como as
pessoa que tenha recebido as Demonstrações bases de preparação, apresentação e divulgação das
Contábeis, anteriormente, divulgadas, juntamente com o Demonstrações Contábeis submetidas para exame de
correspondente Parecer do auditor, seja informada da acordo com as Normas de Auditoria Independente das
situação, e quando a administração não alterar as Demonstrações Contábeis.
Demonstrações Contábeis nas circunstâncias em que o 11.17.2. RECONHECIMENTO POR PARTE DA
auditor considera necessária sua alteração, ele deve ADMINISTRAÇÃO DE SUA RESPONSABILIDADE
informar à administração que poderá tomar medidas PELAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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11.17.2.1. O auditor deve obter evidência de que a praticável ao auditor obter evidência de auditoria
administração reconhece sua responsabilidade pela adequada e suficiente com relação a um assunto que
preparação e apresentação adequada, assim como pela tenha, ou possa ter um efeito significativo sobre as
aprovação das Demonstrações Contábeis de acordo Demonstrações Contábeis e seja esperado que essa
com as práticas contábeis adotadas no Brasil ou outro evidência esteja disponível, isso constituirá uma
conjunto de normas contábeis que sejam aplicáveis nas limitação de escopo da auditoria, mesmo que uma
circunstâncias. declaração da administração sobre esse assunto tenha
sido recebida.
11.17.3. DECLARAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO COMO
EVIDÊNCIA DE AUDITORIA 11.17.3.6. Em certos casos, uma declaração da
administração pode ser a única evidência de auditoria
11.17.3.1. O auditor deve obter declarações por escrito que, normalmente, está disponível, como por exemplo,
da administração sobre assuntos significativos para as para corroborar a intenção da administração de manter
Demonstrações Contábeis sempre que não se possa ter um investimento específico a longo prazo.
expectativa razoável quanto à existência de outra
evidência de auditoria pertinente. A possibilidade de 11.17.3.7. Devido à natureza das fraudes e das
mal-entendidos entre o auditor e a administração é dificuldades inerentes em detectá-las, o auditor deve
reduzida quando declarações verbais são confirmadas obter declarações formais da Administração de que ela
por escrito pela administração. Assuntos que devem ser reconhece sua responsabilidade na elaboração e na
incluídos em uma carta da administração estão implementação de controles para prevenir e detectar
apresentados nesta Norma e no exemplo anexo. fraudes e que não tem conhecimento de qualquer fraude
ou suspeita de fraude que pudesse ter efeito relevante
11.17.3.2. As declarações por escrito solicitadas da nas Demonstrações Contábeis.
administração podem estar limitadas a assuntos
considerados, individual ou coletivamente, como 11.17.3.8. Caso a declaração da administração seja
significativos para as Demonstrações Contábeis. Com conflitante com outra evidência de auditoria, o auditor
relação a certos itens, pode ser necessário que o auditor deve investigar as circunstâncias e, se necessário,
independente esclareça à administração da entidade reconsiderar a confiabilidade de outras declarações
auditada o seu entendimento acerca de significância ou feitas pela administração.
relevância desses itens em relação às Demonstrações 11.17.4. DOCUMENTAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DA
Contábeis tomadas em conjunto. ADMINISTRAÇÃO

11.17.3.3. O auditor deve obter declaração por escrito 11.17.4.1. Uma declaração por escrito é uma evidência
da administração que: de auditoria melhor do que uma declaração verbal e
pode assumir, por exemplo, as seguintes formas:
a) reconhece sua responsabilidade pela elaboração e
implementação de controles internos para prevenir e a) carta com as declarações de responsabilidade da
identificar erros; e administração;
b) carta do auditor descrevendo, resumidamente, seu
b) acredita que os efeitos agregados de distorções não- entendimento das declarações da administração,
ajustadas são irrelevantes, individualmente ou em devidamente reconhecidas e confirmadas pela
conjunto, para as Demonstrações Contábeis como um administração; ou
todo. Resumo de tais itens deve ser incluído ou anexado
à Carta de Responsabilidade da Administração. c) atas de reuniões do conselho de administração, dos
sócios ou de órgão da administração com função
11.17.3.4. No decorrer da auditoria, a administração da semelhante.
entidade auditada faz declarações ao auditor,
11.17.5. ELEMENTOS BÁSICOS DA CARTA COM AS
espontaneamente ou em resposta a indagações
DECLARAÇÕES DE RESPONSABILIDADE DA
específicas. Quando essas declarações estão
ADMINISTRAÇÃO
relacionadas com assuntos que sejam significativos
para as Demonstrações Contábeis, o auditor deve: 11.17.5.1. A Carta de Responsabilidade da
Administração com as suas declarações deve ser
endereçada aos auditores independentes e deve conter,
a) buscar evidência comprobatória de auditoria com
no mínimo, as seguintes informações específicas,
base em fontes dentro e fora da entidade;
sempre que, a juízo destes, essas informações sejam
b) avaliar se as declarações feitas pela administração
significativas para formar opinião sobre as
são razoáveis e consistentes com outras evidências de
Demonstrações Contábeis que estão auditando, a
auditoria obtidas, incluindo outras declarações; e
saber:
c) analisar se as pessoas que fazem as declarações
a) fazer referência às Demonstrações Contábeis
podem ser consideradas bem informadas sobre
cobertas pelo parecer de auditoria, incluindo seus
assuntos específicos sob os quais emitiram suas
principais valores (ativo total, passivos, patrimônio
declarações.
líquido, lucro líquido ou outros julgados importantes para
a identificação);
11.17.3.5. As declarações da administração não
b) mencionar que a administração está ciente de sua
substituem outras evidências de auditoria que o auditor
responsabilidade pela adequada preparação e
independente deve obter. Por exemplo, uma declaração
apresentação das Demonstrações Contábeis de acordo
da administração sobre o custo de um ativo não deve
com as práticas contábeis adotadas no Brasil (ou outro
substituir a evidência de auditoria desse custo, que o
conjunto de normas que seja aplicável), divulgando as
auditor, normalmente, esperaria obter. Se não for
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principais bases de avaliação dos ativos e dos passivos m) confirmar que não existem planos ou intenções que
e de reconhecimento de receitas e despesas; possam afetar, substancialmente o valor ou a
classificação de ativos ou passivos constantes das
c) mencionar que a administração cumpriu com as Demonstrações Contábeis;
normas e os regulamentos a que a entidade está sujeita;
n) confirmar que não existem irregularidades,
d) mencionar que o sistema contábil e de controle envolvendo a administração ou os empregados, que
interno adotado pela entidade auditada é de possam ter efeito significativo sobre as Demonstrações
responsabilidade da administração e adequado ao seu Contábeis;
tipo de atividade e volume de transações;
o) confirmar que a administração está ciente de sua
e) confirmar que todas as transações efetuadas no responsabilidade quanto à elaboração e à
período coberto pelas Demonstrações Contábeis foram implementação de controles para prevenir e detectar
devidamente registradas nos livros contábeis; fraudes, e que não tem conhecimento de qualquer
f) confirmar que as estimativas contábeis foram fraude ou suspeita de fraude que pudesse ter efeito
efetuadas sob responsabilidade da administração, com significativo nas Demonstrações Contábeis;
base em dados consistentes e que os riscos e p) confirmar que não são de conhecimento da
incertezas existentes foram divulgados nas administração quaisquer questões pendentes perante os
Demonstrações Contábeis; órgãos reguladores e fiscalizadores que pudessem ter
g) confirmar que não existem contingências ambientais, efeito significativo sobre as Demonstrações Contábeis;
fiscais, trabalhistas, previdenciárias ou de outras q) confirmar que os seguros efetuados foram
naturezas que possam afetar, substancialmente, a contratados de acordo com as necessidades
situação patrimonial e financeira da entidade auditada operacionais da entidade auditada;
além daquelas que foram divulgadas nas
Demonstrações Contábeis; r) confirmar que não são conhecidos conflitos de
interesse envolvendo a administração ou os seus
h) confirmar a relação de todos os consultores jurídicos empregados graduados;
externos que representaram ou patrocinaram causas
envolvendo a entidade auditada até a data da carta; s) confirmar que a administração não tem conhecimento
de eventos ou circunstâncias ocorridos ou esperados
i) confirmar que não existe nenhum fato conhecido que que levem a crer que os ativos, em particular o ativo
possa impedir a continuidade normal das atividades da imobilizado, possam estar apresentados nas
entidade; Demonstrações Contábeis por valores superiores ao
j) confirmar que todos os livros contábeis e os registros seu valor de recuperação;
auxiliares, inclusive atas de reuniões de acionistas ou t) declarar que as eventuais distorções contábeis
sócios, diretores ou conselheiros e outros documentos (ajustes) não- reconhecidas nas Demonstrações
comprobatórios, foram colocados à disposição dos Contábeis são irrelevantes, tanto individualmente quanto
auditores, e que não existem outros além daqueles em agregado, em relação à essas Demonstrações
disponibilizados. Quanto mais específica for a carta Contábeis tomadas em conjunto (a própria carta ou seu
melhor será a sua utilidade. Portanto, o auditor anexo, devidamente rubricado pela administração, deve
independente deve considerar a hipótese de serem listar tais distorções);
listados as atas e os outros documentos que a seu
julgamento sejam importantes; u) confirmar que a administração é responsável pela
destinação do lucro de acordo com o estatuto social ou
k) confirmar que a administração tem responsabilidade seu instrumento legal e pela observância da legislação
em manter controles que permitam identificar os saldos societária que trata do assunto e que foi dado
e as transações com partes relacionadas, e que as cumprimento ao estabelecido;
Demonstrações Contábeis incluem todas as divulgações
requeridas para essas transações; v) informar os planos de pensão formais ou não-formais,
detalhando os compromissos assumidos pela entidade
l) confirmar que: auditada;
l.1) a entidade auditada é proprietária dos ativos x) confirmar que não existe qualquer evento
apresentados nas Demonstrações Contábeis; subseqüente que pudesse afetar de forma significativa a
l.2) não existem quaisquer outros ativos que não tenham posição patrimonial e financeira ou o resultado do
sido apresentados nessas demonstrações; período coberto pelas Demonstrações Contábeis.
l.3) a administração tem responsabilidade em manter 11.17.5.2. Uma carta com as declarações de
controles que permitam identificar os compromissos de responsabilidade da administração da entidade, cujas
compra e venda, os acordos para a recompra de ativos Demonstrações Contábeis estão sendo auditadas deve
anteriormente vendidos ou a revenda de ativos ter a mesma data do parecer dos auditores
anteriormente comprados; independentes sobre essas Demonstrações Contábeis,
uma vez que um dos itens cobertos nessa carta diz
l.4) as garantias prestadas a terceiros, os ônus ou respeito aos eventos subseqüentes ocorridos entre a
outros gravames existentes sobre os ativos foram, data das Demonstrações Contábeis e a data do parecer
adequadamente, divulgados; dos auditores independentes. No entanto, em
l.5) as transações envolvendo instrumentos financeiros determinadas circunstâncias, uma carta contendo
derivativos que possam não estar registrados em contas declarações sobre certas transações ou outros eventos
patrimoniais foram, adequadamente, divulgadas nas específicos também pode ser obtida no decorrer da
Demonstrações Contábeis; auditoria ou em data posterior àquela do parecer dos
auditores, por exemplo, na data de uma oferta pública.
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11.17.5.3. A carta de responsabilidade da administração permitir-lhes formar uma opinião sobre se as


deve ser assinada pelos membros da administração que Demonstrações Contábeis retromencionadas e a seguir
sejam os principais responsáveis pela entidade e sua identificadas, refletem, com adequação, em todos os
movimentação financeira (geralmente, o principal diretor aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira
executivo e o principal executivo financeiro), assim em (D), os resultados das operações, as mutações do
como pelo contabilista responsável pelas patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos
Demonstrações Contábeis, de forma a cobrir os da (C) nos exercícios findos em (D) de acordo com as
aspectos contábeis com base no melhor entendimento e práticas contábeis adotadas no Brasil (ou outro conjunto
juízo desses executivos. de normas que tenha sido aplicável) (E).

11.17.5.4. Em determinadas circunstâncias, o auditor Para fins de identificação, as Demonstrações Contábeis


pode considerar necessário obter cartas com examinadas por Vossas Senhorias apresentam os
declarações de responsabilidade de outros membros da seguintes valores básicos:
administração. Por exemplo, o auditor pode requerer XX/YY/ZZ XX/YY/ZZ1
uma declaração por escrito de que todas as atas das Total do ativo
assembléias dos acionistas, do conselho de Total das exigibilidades e dos resultados de
administração e dos comitês relevantes lhe foram Exercícios futuros ( ) ( )
disponibilizadas. Patrimônio Líquido

11.17.6. AÇÃO A SER ADOTADA CASO A Lucro líquido exercício findo em


ADMINISTRAÇÃO SE RECUSE A PRESTAR
DECLARAÇÕES Essas contas estão de acordo com os livros da empresa
e das Demonstrações Contábeis transcritas no Livro
11.17.6.1. A recusa da administração em fornecer Diário (M) e também concordarão com quaisquer
parcial ou totalmente a carta de responsabilidade publicações ou divulgações para outros fins (atenção: se
constitui-se numa limitação de escopo, e o auditor deve as Demonstrações Contábeis não estiverem transcritas
expressar parecer com ressalva ou com abstenção de no Livro Diário, deve ser usado o parágrafo indicado e
opinião. No caso de declaração parcial, o auditor deve (M).
reavaliar a confiança depositada em outras declarações
feitas pela administração no decorrer da auditoria. (avaliar a necessidade de incluir parágrafos
relacionados com as questões descritas nos
11.17.6.2. Esta norma não tem como objetivo comentários (P e Q)
estabelecer um modelo que deva ser adotado por todos
os auditores independentes, uma vez que o assunto (*) A até Q = Ver explicações a seguir
envolve julgamento e varia de acordo com o tipo de
entidade auditada e suas peculiaridades. Dessa forma, Com base em nossos conhecimentos e opinião, como
o exemplo apresentado no anexo que integra esta administradores da empresa, confirmamos as seguintes
Norma deve ser entendido como uma sugestão e não informações transmitidas a Vossas Senhorias durante
como um modelo, para auxiliar o auditor na solicitação seu exame (B) das Demonstrações Contábeis da (C)
da carta de responsabilidade aos administradores da dos exercícios sociais (ou períodos) findos em (D).
entidade auditada.
Na qualidade de administradores da empresa, estamos
11.17.7. SANÇÕES cientes de nossa responsabilidade sobre o conjunto das
Demonstrações Contábeis e das notas explicativas por
11.17.7.1. A inobservância desta Norma constitui nós apresentadas para o exame (B) de Vossas
infração ao Código de Ética Profissional do Contabilista Senhorias Assim, na preparação do referido conjunto,
e, quando aplicável, sujeita às penalidades previstas atentamos para o fato de que deve apresentar,
nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº adequadamente, a posição patrimonial e financeira, o
9.295, de 27 de maio de 1946. resultado das operações, as mutações do patrimônio
líquido, as origens e as aplicações de recursos e todas
EXEMPLO DE CARTA DE RESPONSABILIDADE DA as divulgações necessárias, segundo as práticas
ADMINISTRAÇÃO contábeis adotadas no Brasil (E), aplicados de maneira
uniforme e em cumprimento à legislação pertinente.
Local e data (a data deve ser igual a do parecer dos Além disso, colocamos à disposição de Vossas
auditores independentes) Senhorias todos os livros contábeis e financeiros, bem
como os de atas de reuniões de acionistas, do conselho
À de administração e da diretoria (F). Adicionalmente,
(NOME DA FIRMA DE AUDITORES INDEPENDENTES todas as atas de reuniões de acionistas, do conselho de
OU DO AUDITOR PESSOA FISICA) (A) * administração e da diretoria (F) celebradas até esta data
Endereço do escritório que está emitindo o parecer. encontram-se incluídas nos respectivos registros, exceto
(G). Essas atas refletem a totalidade das decisões
Prezados Senhores: aprovadas.
Com referência ao seu exame (B) das Demonstrações As Demonstrações Contábeis e/ou suas notas
Contábeis da CIA ABCD (C), relativas aos exercícios explicativas:
findos em XX de YY de ZZ e ZZ1, (D), reconhecemos
que a apresentação desta carta de responsabilidade I Indicam ou registram:
constitui-se num procedimento de auditoria requerido 1 Bases de avaliações dos ativos e ajustes dessas
pelas normas de auditoria aplicáveis no Brasil, para avaliações mediante provisões adequadas, quando
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necessárias, para refletir valores de realização ou outros (a) Ações ou reclamações relevantes contra a empresa,
valores previstos pelas práticas contábeis adotadas no exceto (G).
Brasil (E), exceto (G) ou (P) (Este item abrange todos os (b) Acordos ou operações estranhos aos negócios
ativos, portanto, eventuais exceções devem ser normais ou quaisquer outros acordos, exceto (G).
incluídas aqui). (c) Inadimplências contratuais que possam resultar em
2 Todas as obrigações e os passivos, bem como as prejuízos para a empresa, exceto (G).
informações pertinentes quanto a prazos, amortizações (d) Existência de contingências (ativas ou passivas),
e encargos, exceto (G). além daquelas que estejam descritas nas notas
3 Todos os compromissos firmados e informações explicativas e daquelas reconhecidas ou
pertinentes, exceto (G). aprovisionadas, exceto (G).
4 Todos os prejuízos esperados em razão de (e) Existência de comunicação, por parte das
circunstâncias já conhecidas, exceto (G). autoridades normativas, sobre inobservância de normas
ou aplicação de procedimentos contábeis, etc., exceto
II Pressupõem que: (G).
1 Todos os ativos são de propriedade da empresa e
estão livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou Também confirmamos que:
gravames, exceto (G). A política de cobertura de seguros dos ativos e das
2 Não há acordos para manutenção de limites mínimos operações da entidade é adequada às necessidades.
de saldos em bancos ou outras vinculações, estando
esses saldos disponíveis, exceto (G). Não houve:
3 As contas estão adequadamente classificadas, a) fraude envolvendo administração ou funcionários em
considerando prazos e natureza dos ativos e passivos, cargos de responsabilidades ou confiança;
exceto (G). b) fraude envolvendo terceiros que poderiam ter efeito
4 Todos os acordos ou operações estão relevante nas Demonstrações Contábeis;
adequadamente refletidos nas Demonstrações c) violação ou possíveis violações de leis, normas ou
Contábeis, exceto (G). regulamentos cujos efeitos deveriam ser considerados
5 Que o sistema contábil e de controle interno adotado para divulgação nas Demonstrações Contábeis ou
pela entidade é de responsabilidade da administração e mesmo dar origem ao registro de provisão para
adequado ao seu tipo de atividade e volume de contingências passivas.
transações, assim como adequado para a prevenção
e/ou detecção de eventuais fraudes e erros. Os efeitos de distorções não-reconhecidas nas
Demonstrações Contábeis e sumariadas no Anexo I
6 Todas as garantias dadas estão, adequadamente, são irrelevantes, tanto individualmente quanto em
divulgadas nas Demonstrações Contábeis. agregado, para as Demonstrações Contábeis em seu
conjunto. Além disso, não temos conhecimento de
Confirmamos a seguir o nome de todos os consultores quaisquer outras distorções que não tenham sido
jurídicos que cuidam de litígios, impostos, ações ajustadas nas Demonstrações Contábeis.
trabalhistas e quaisquer outros processos, a favor ou
contra a empresa, bem como de qualquer outro fato que Obs.: (incluir detalhes dos ajustes e reclassificações
possa ser considerado como contingência. (I) propostos pelos auditores independentes e não-
contabilizados pela entidade auditada, que seriam
Além disso, não temos conhecimento: necessários para eliminar as distorções (O))
1 De que membros da administração não tenham
cumprido todas as leis, as normas e os regulamentos a Todas as transações efetuadas no período foram
que a empresa está sujeita. Também não temos devidamente registradas no sistema contábil de acordo
conhecimento de que houve, durante o exercício, com a legislação vigente. Especificamente, com relação
operações ou transações que possam ser reconhecidas aos instrumentos financeiros derivativos, a empresa
como irregulares ou ilegais e/ou que não tenham sido celebrou contratos de (indicar as operações com
realizadas no melhor interesse da empresa, exceto (G). instrumentos financeiros derivativos). Tais contratos em
2 De outras partes relacionadas, além daquelas pelas (D) estão adequadamente documentados e
quais se apresentam informações nas respectivas notas contabilizados nos registros contábeis e
explicativas às Demonstrações Contábeis, exceto (G) adequadamente divulgados nas Demonstrações
3 De que diretores ou funcionários em cargos de Contábeis. Não temos conhecimento da existência de
responsabilidade ou confiança tenham participado ou outros contratos com estas características, ou similares,
participem da administração ou tenham interesses em que possam ser considerados como instrumentos
sociedades com as quais a empresa manteve financeiros derivativos que não tenham sido reportados
transações, exceto (G) e (H). a Vossas Senhorias (J)
4 De quaisquer fatos ocorridos desde (D) que possam
afetar as Demonstrações Contábeis e as notas Atenciosamente,
explicativas naquela data ou que as afetam até a data (NOME DA ENTIDADE AUDITADA)
desta carta ou, ainda, que possam afetar a continuidade
das operações da empresa, exceto (G).
5 De eventos e circunstâncias ocorridos ou esperados
que possam nos levar a crer que o ativo imobilizado
possa estar registrado por valores superiores ao seu
respectivo valor de recuperação.(P)
6 De efeitos relevantes nas Demonstrações Contábeis
acima referidas e identificadas, decorrentes das
seguintes situações:

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EXPLICAÇÕES SOBRE OS ITENS INDICADOS COM Responsabilidade da Administração, que trata do


LETRAS MAIÚSCULAS NO TEXTO DO EXEMPLO DA assunto:
CARTA DE RESPONSABILIDADE DA
ADMINISTRAÇÃO. "Os montantes acima consignados concordarão com os
livros da empresa após o fechamento das contas do
A) Endereçar à empresa que está emitindo o parecer. exercício, quando as Demonstrações Contábeis serão
transcritas no Livro Diário em até um mês antes da data
B) Quando não for efetuada auditoria completa (exame), marcada para a realização da assembléia de acionistas
mencionar o tipo de trabalho (revisão limitada, etc.). que examinará as contas e, excetuando-se qualquer
alteração na classificação das contas, também
C) Nome completo da entidade auditada. concordarão com quaisquer publicações ou divulgações
para outros fins."
D) Datas de encerramento dos exercícios sociais ou dos
períodos cobertos pelo parecer dos auditores N) A carta deve ser assinada, em nome da empresa,
independentes. pelo presidente e pelo diretor (ou pelos diretores), que
tenha (ou tenham) responsabilidades estatutárias na
E) Descreva as práticas contábeis (práticas contábeis área administrativo-financeira, incluindo,
adotadas no Brasil, princípios contábeis norte- impreterivelmente, o Diretor de Relações com o
americanos, práticas contábeis definidas pela matriz, Mercado, no caso de empresa listada em bolsa, e pelo
etc.) contabilista responsável pelas Demonstrações
Contábeis.
F) Caso a empresa não seja S.A., substituir por “atas de
reunião de diretoria e alterações contratuais”. É O) Antes de incluir o anexo, contendo os detalhes dos
recomendável incluir a data de cada uma das últimas ajustes e as reclassificações propostos pelos auditores
atas que foram disponibilizadas, principalmente quando independentes e não-contabilizados pela entidade
os registros das atas estão desatualizados. auditada deve ser considerado o seguinte:
a) O total dos efeitos (i.e. os efeitos em agregado) não
G) Inclua neste ou em parágrafo separado as pode ultrapassar o nível de relevância aceitável
circunstâncias especiais que requerem confirmação por estabelecido e documentado. Esse nível de relevância
escrito das eventuais exceções. Essas devem ser deve considerar, inclusive, a melhor estimativa de outras
descritas objetivamente. distorções que não possam ser, especificamente,
identificadas e quantificadas, ou seja, estimativas de
H) Especialmente no caso de um grupo, é comum que erros.
diretores de algumas empresas desse grupo sejam b) Quando esse anexo de efeitos tiver itens com os
também diretores em outras empresas do grupo. Nesse quais a administração não concorda, o seguinte
caso, essa exceção deve ser mencionada. O principal parágrafo deverá ser inserido no anexo: "Nós não
aspecto aqui é quando a outra empresa não é concordamos que os itens tal e tal sejam desvios de
controlada/controladora e, portanto, operações podem práticas contábeis, e, assim, não os ajustamos, porque
não, necessariamente, ser feitas no interesse geral do [descrever as razões da discordância]."
Grupo. c) Se não existem distorções no anexo de efeitos, o
primeiro período do parágrafo deve ser suprimido e o
I) Relacionar o nome dos consultores jurídicos último deverá ser modificado como se segue: "Não
circularizados. Em alguns casos, essa afirmação é temos conhecimento de quaisquer distorções que não
obtida, formalmente, do responsável pelo departamento tenham sido ajustados nas Demonstrações Contábeis".
jurídico da empresa. Nesse caso, a inclusão dessa d) O anexo contendo os ajustes e as reclassificações
informação na Carta de Responsabilidade da não-contabilizados pela entidade auditada deverá ser
Administração pode ser, eventualmente, suprimida. discutido e divulgado a todos os níveis apropriados da
empresa, incluindo conselhos de administração, fiscal e
J) No caso de não terem sido celebrados contratos de auditoria.
desta natureza, o parágrafo deverá ser assim redigido:
“Durante o presente exercício, a empresa não celebrou P) Quando houver eventos e circunstâncias, ocorridos
contratos que possam ser considerados como ou esperados, que possam levar a administração a crer
instrumentos financeiros derivativos”. que o ativo imobilizado possa estar registrado por
valores não- superiores ao seu respectivo valor de
L) As contas a serem mencionadas dependerão de cada recuperação, informar que este último valor foi
caso, conforme seu significado. Em certos casos, determinado com base no fluxo de recursos que será
poderá ser conveniente indicar o total de contas a gerado por tais ativos e considera todos os eventos e
receber ou o saldo dos fornecedores ou os saldos com circunstâncias esperados no curso normal dos negócios.
entidades controladoras, controladas ou coligadas.
Q) Relacionamos a seguir exemplos de situações que
M) As Demonstrações Contábeis devem ser transcritas devem ser considerados para inclusão na Carta de
no Livro Diário e devidamente assinadas pelos Responsabilidade da Administração:
administradores contratuais ou estatutários e por a) Quando a situação da empresa revelar incerteza
contabilista legalmente habilitado. Nada impedirá a quanto à continuidade das operações devem ser
transcrição das notas explicativas se a empresa assim explicadas na Carta de Responsabilidade da
desejar. Se as Demonstrações Contábeis ainda não Administração as medidas que serão tomadas pela
estiverem transcritas no Livro Diário, poderá ser administração da empresa, inclusive quanto ao aporte
utilizado o seguinte parágrafo na Carta de dos recursos necessários.

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b) Quando ocorrer mudança de prática contábil c) supressão ou omissão de transações nos registros
relevante, a administração deverá fornecer a justificativa contábeis;
apropriada.
c) Quando existe a possibilidade de redução d) registro de transações sem comprovação; e
significativa no valor de propriedades e há incerteza de
recuperação dos seus custos. e) aplicação de práticas contábeis indevidas.
d) Quando a confirmação da administração é
considerada necessária quanto à intenção de manter ou 3. O termo erro refere-se a ato não-intencional na
de vender investimentos. elaboração de registros e demonstrações contábeis, que
e) Se há intenção da administração de vender ou resulte em incorreções deles, consistente em:
abandonar instalações. Indicar a estimativa da
administração dos efeitos da descontinuação de certas a) erros aritméticos na escrituração contábil ou nas
operações. demonstrações contábeis;
f) Quando há considerações não-usuais envolvidas na
determinação da aplicação da equivalência patrimonial. b) aplicação incorreta das normas contábeis;
Exemplo: percentagem de participação e possibilidade
de exercer controle efetivo. c) interpretação errada das variações patrimoniais.
g) Quando gastos significativos (exemplo: despesas de
implantação ou outras) estão sendo diferidos para A RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO
amortização em exercícios futuros.
h) Justificativa para a base de amortização de 4. A responsabilidade primeira na prevenção e
ágio/deságio. identificação de fraudes e/ou erros é da administração
i) Quando a redução no valor de ações cotadas em da entidade, mediante a manutenção de adequado
bolsa de certos investimentos mantidos pela empresa é sistema de controle interno, que, entretanto, não elimina
considerada temporária. o risco de sua ocorrência.
j) Quando considerações não-usuais estão envolvidas
na determinação da adequação das garantias recebidas A RESPONSABILIDADE DO AUDITOR
com respeito a contas a receber.
l) Quando a administração pretende reescalonar 5. O auditor não é responsável nem pode ser
financiamentos em situações problemáticas e isso tem responsabilizado pela prevenção de fraudes ou erros.
impacto na avaliação sobre a continuidade da empresa. Entretanto, deve planejar seu trabalho avaliando o risco
m) Uma explicação quanto aos princípios usados para da sua ocorrência, de forma a ter grande probabilidade
reconhecer vendas e correspondentes custos em base de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes
de percentagem de conclusão de obra ou de contrato nas demonstrações contábeis.
quando afetam de maneira significativa a apuração dos
resultados. 6. Ao planejar a auditoria, o auditor deve indagar da
n) Cumprimento de cláusulas restritivas default administração da entidade auditada sobre qualquer
estabelecidas por contratos de empréstimos, fraude e/ou erro que tenham sido detectados.
financiamentos ou outros acordos.
o) Quando houver reconhecimento de ativos diferidos 7. Ao detectá-los, o auditor tem a obrigação de
de impostos cuja contabilização foi fundamentada pela comunicá-los à administração da entidade e sugerir
razoável expectativa de lucros tributáveis futuros. medidas corretivas, informando sobre os possíveis
efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas.
INTERPRETAÇÃO TÉCNICA NBC T 11 – IT – 03
FRAUDE E ERRO A DETECÇÃO DE FRAUDES E ERROS
(Aprovada pela Resolução CFC nº 836/99)
8. O auditor deverá avaliar criticamente o sistema
INTRODUÇÃO contábil, incluindo o controle interno, tanto em termos de
concepção quanto de funcionamento efetivo,
1. Esta Interpretação Técnica (IT) visa a explicitar o item concedendo especial atenção às condições ou eventos
11.1.4 da BNC T 11 - Normas de Auditoria que representem aumento de risco de fraude ou erro,
Independente das Demonstrações Contábeis(*), que incluem:
proporcionando esclarecimentos adicionais sobre a
responsabilidade do auditor nas fraudes e erros, nos a) estrutura ou atuação inadequada da administração da
trabalhos de auditoria. entidade auditada ou de algum dos seus membros;
b) pressões internas e externas;
CONCEITOS c) transações que pareçam anormais;
d) problemas internos no cumprimento dos trabalhos de
2. O termo fraude refere-se a ato intencional de omissão auditoria;
ou manipulação de transações, adulteração de e) fatores específicos no ambiente de sistemas de
documentos, registros e demonstrações contábeis. A informação computadorizados.
fraude pode ser caracterizada por:

a) manipulação, falsificação ou alteração de registros ou


documentos, de modo a modificar os registros de ativos,
passivos e resultados;

b) apropriação indébita de ativos;

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Exemplos dessas condições ou eventos são b) documentação inadequada de transações, com falta
apresentados a seguir: de autorização, sem documento de apoio e/ou alterado.
Quaisquer desses problemas de documentação
1. Estrutura ou atuação inadequada da administração: assumem significância maior quando relacionados a
transações não usuais ou de valor relevante;
a) a alta administração é controlada por pessoa ou c) diferenças excessivas entre os registros contábeis e
pequeno grupo, não existindo estrutura de supervisão as confirmações de terceiros;
eficaz; d) conflitos na evidência de auditoria;
b) existe uma estrutura empresarial complexa e) mudanças inexplicáveis nos indicadores econômicos,
aparentemente não justificada; financeiros e operacionais;
c) as deficiências importantes de controle interno não f) respostas evasivas ou ilógicas da administração às
são corrigidas, mesmo quando isso é praticável; indagações do auditor;
d) existe uma alta rotação do pessoal-chave das áreas g) experiência anterior com fraude e/ou erro; e
financeira, contábil e de auditoria interna; h) cliente novo sem auditoria anterior.
e) a área de contabilidade apresenta insuficiência,
significativa e prolongada, de pessoal e condições de 5. Fatores específicos no ambiente de sistemas de
trabalho inadequadas; informação computadorizados:
f) há mudanças freqüentes de auditores e/ou
advogados; e a) incapacidade ou dificuldade para extrair informações
g) a reputação da administração é duvidosa. dos arquivos de computador, devido à falta de
documentação, ou à documentação desatualizada, de
2. Pressões internas e externas: programas ou conteúdos de registros;
b) grande quantidade de alterações nos programas que
a) o setor econômico no qual a entidade se insere está não foram documentadas, aprovadas e testadas; e
em declínio, e as falências estão aumentando; c) falta de conciliação geral entre as transações
b) o capital de giro é insuficiente, devido à diminuição de processadas em forma computadorizada e as bases de
lucros ou à expansão muito rápida; dados, de um lado, e os registros contábeis, de outro.
c) os lucros estão-se deteriorando, e a administração da
entidade vem assumindo maiores riscos em suas AS LIMITAÇÕES INERENTES À AUDITORIA
vendas a prazo, está alterando suas praxes comerciais
ou escolhendo alternativas de práticas contábeis com o 9. Devido às limitações inerentes à auditoria, existe risco
intuito de melhorar o resultado; inevitável de que distorções relevantes resultantes de
d) a entidade necessita de uma tendência de lucro fraude e, em menor grau, de erro possam deixar de ser
crescente para suportar o preço de mercado de suas detectadas. Caso se descubra posteriormente que,
ações, devido à oferta pública, transferência de controle durante o período coberto pelo parecer do auditor,
ou outra razão; exista distorção relevante não refletida ou não corrigida
e) a entidade tem um investimento significativo em um nas demonstrações contábeis, resultante de fraude e/ou
setor ou linha de produto conhecido por estar sujeito a erro, isto não indica que o auditor não cumpriu as
mudanças rápidas; Normas de Auditoria Independente das Demonstrações
f) a entidade depende muito de um ou de uns poucos Contábeis. O que vai determinar se o auditor cumpriu
produtos, clientes ou fornecedores; estas normas é a adequação dos procedimentos de
g) a alta administração está sofrendo pressão financeira; auditoria adotados nas circunstâncias e do seu parecer
h) o pessoal da área contábil está sendo pressionado com base nos resultados desses procedimentos.
para concluir a elaboração das demonstrações
contábeis em um período demasiadamente curto; 10. O risco de não detectar distorção relevante
i) existem questões internas e/ou externas que resultante de fraude é maior do que o risco de não
provocam dúvidas quanto à continuidade normal das detectar distorção relevante resultante de erro, porque a
atividades da entidade; e fraude normalmente envolve atos planejados para
j) há desentendimentos entre os acionistas, quotistas e ocultá-la, como, por exemplo, conluio, falsificação, falha
a administração. deliberada no registro de transações ou apresentação
de informações intencionalmente erradas ao auditor.
3. Transações que pareçam anormais: Salvo se a auditoria revelar evidência em contrário, o
auditor normalmente aceita informações como
a) especialmente as que tenham efeitos significativos verdadeiras e registros e documentos como genuínos.
sobre os resultados, realizadas em datas próximas do
fim do exercício; 11. Embora a existência de sistema contábil e de
b) aquelas de natureza complexa, com os decorrentes controle interno eficaz reduza a probabilidade de
tratamentos contábeis; distorção das demonstrações contábeis resultante de
c) realizadas com partes relacionadas; e fraude e/ou erro, sempre irá existir algum risco de que
d) pagamentos que pareçam excessivos em relação aos os controle internos não funcionem como planejado.
serviços prestados. Além disso, qualquer sistema contábil e de controle
interno pode ser ineficaz contra fraude que envolva
4. Problemas internos no cumprimento dos trabalhos de conluio entre empregados ou cometida pela
auditoria: administração. Certos níveis da administração podem
estar em condição de burlar controles que previnam
a) registros inadequados, arquivos incompletos, ajustes fraudes similares por parte de outros empregados; por
excessivos nos livros e contas, transações não exemplo, instruindo subordinados para registrar
registradas de acordo com os procedimentos usuais e transações incorretamente ou ocultá-las, ou sonegando
contas não conciliadas com os registros; informações relativas a transações.
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AS COMUNICAÇÕES DE FRAUDE E/OU ERRO


OS PROCEDIMENTOS QUANDO EXISTE INDICAÇÃO
DE FRAUDE OU ERRO À administração:

12. Quando a aplicação de procedimentos de auditoria, 19. O auditor sempre deve comunicar à administração
planejados com base na avaliação de risco, indicar a da entidade auditada descobertas factuais envolvendo
provável existência de fraude e/ou erro, o auditor deve fraude – dependendo das circunstâncias, de forma
considerar o efeito potencial sobre as demonstrações verbal ou escrita –, tão cedo quanto possível, mesmo
contábeis. Se acreditar que tais fraudes e erros podem que o efeito potencial sobre as demonstrações
resultar em distorções relevantes nas demonstrações contábeis seja irrelevante.
contábeis, o auditor deve modificar seus procedimentos
ou aplicar outros, em caráter adicional. 20. Ao determinar o representante apropriado da
entidade auditada a quem comunicar ocorrências de
13. A extensão desses procedimentos adicionais ou erros relevantes ou fraude, o auditor deve considerar
modificados depende do julgamento do auditor quanto: todas as circunstâncias. Com respeito a fraude, o
auditor deve avaliar a probabilidade de envolvimento da
a) aos possíveis tipos de fraude e/ou erro; alta administração. Na maior parte dos casos que
b) à probabilidade de que um tipo particular de fraude envolvem fraude, seria apropriado comunicar a questão
e/ou erro possa resultar em distorções relevantes nas a um nível da estrutura organizacional da entidade
demonstrações contábeis. acima do nível responsável pelas pessoas que se
acredita estejam implicadas. Quando houver dúvida
14. Salvo quando houver circunstâncias indicando quanto ao envolvimento da alta administração da
claramente o contrário, o auditor não pode presumir que entidade, antes de qualquer comunicação por escrito o
um caso de fraude e/ou erro seja ocorrência isolada. Se auditor deve avaliar as circunstâncias do fato.
necessário, ele deve revisar a natureza, a oportunidade
e a extensão dos procedimentos de auditoria. A terceiros:

A AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DOS 21. O sigilo profissional normalmente impede o auditor
PROCEDIMENTOS de comunicar fraude e/ou erro a terceiros. Todavia, em
certas circunstâncias, quando houver obrigação legal de
15. A aplicação de procedimentos adicionais ou fazê-lo, ao auditor poderá ser requerida a quebra do
modificados normalmente permite que o auditor sigilo profissional. Aplicam-se neste caso o Código de
confirme ou elimine a suspeita de fraude e/ou erro. Caso Ética Profissional dos Contabilistas e as Normas
contrário, ele deve discutir a questão com a Profissionais de Auditor Independente(*).
administração da entidade auditada e avaliar as
providências a serem tomadas e seus possíveis efeitos. A RENÚNCIA AO TRABALHO

16. O auditor deve avaliar as implicações de fraude e/ou 22. O auditor pode concluir que é necessário retirar-se
erro relevantes em relação a outros aspectos da do trabalho, quando a entidade não tomar as medidas
auditoria, particularmente quanto à confiabilidade das corretivas relacionadas com fraude que ele considera
informações escritas ou verbais fornecidas pela necessárias às circunstâncias, mesmo quando a fraude
administração da entidade auditada. No caso de fraude não for relevante para as demonstrações contábeis.
e/ou erro não detectados por controle internos ou não Entre os fatores passíveis de afetar a conclusão do
incluídos nas informações da administração, o auditor auditor estão as implicações de envolvimento da alta
deve reconsiderar a avaliação de risco e a validade administração da entidade, o que pode acarretar o abalo
dessas informações. As implicações de fraude e/ou erro na confiabilidade das informações da administração da
detectados pelo auditor vão depender da relação entre, entidade auditada e o impacto, para o auditor, da
de um lado, a eventual perpetração e ocultação da continuidade de seu vínculo profissional com a entidade.
fraude e/ou erro e, de outro lado, os procedimentos de
controle específicos e o nível da administração ou dos
empregados envolvidos.

OS EFEITOS DE FRAUDE E/OU ERRO NO PARECER


DO AUDITOR

17. Se o auditor concluir que a fraude e/ou erro têm


efeito relevante sobre as demonstrações contábeis e
que isso não foi apropriadamente refletido ou corrigido,
ele deve emitir seu parecer com ressalva ou com
opinião adversa.

18. Se o auditor não puder determinar se houve a fraude


e/ou erro devido a limitações impostas pelas
circunstâncias, e não pela entidade, deve avaliar o tipo
de parecer a emitir.

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procedimentos com base em testes; avaliação das


INTERPRETAÇÃO TÉCNICA NBC T 11 – IT 05 práticas e das estimativas contábeis adotadas, bem
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES como da apresentação das demonstrações contábeis
SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS tomadas em conjunto.
(Aprovada pela Resolução CFC nº 830/98)
7. O parecer deve expressar, clara e objetivamente, se
Esta Interpretação Técnica (IT) visa a explicitar o item as demonstrações contábeis auditadas, em todos os
11.3 da NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente aspectos relevantes, na opinião do auditor, estão
das Demonstrações Contábeis, revisada em dezembro adequadamente representadas ou não, consoante as
de 1977, referente ao Parecer dos Auditores disposições contidas no item 11.1.1.1, da NBC T 11.
Independentes, nesta IT denominado Parecer, título
que deve ser usado para distingui-lo dos pareceres DATA E LOCAL DO PARECER
ou relatórios emitidos por outros órgãos.
8. Na data do parecer, o dia deve corresponder ao de
Esta IT não se aplica a relatórios sobre informação conclusão dos trabalhos na entidade auditada,
contábil parcial, limitada ou condensada ou a respeito objetivando informar ao usuário que foi considerado o
de outras situações especiais. efeito, sobre as demonstrações contábeis e sobre o
parecer, de transações e eventos ocorridos entre a data
ESTRUTURA DO PARECER DOS AUDITORES de encerramento do período a que se referem as
INDEPENDENTES demonstrações contábeis e a data do parecer.

1. O parecer emitido pelo auditor independente, nesta IT 9. Poderão ocorrer situações em que haverá
denominado auditor, compõe-se, basicamente, de três necessidade de menção de mais de uma data ou
parágrafos: atualização da data original. Essas situações decorrem
de transações e eventos subseqüentes à conclusão dos
a) o referente à identificação das demonstrações trabalhos, e anteriores à emissão do parecer,
contábeis e à definição das responsabilidades da considerados relevantes para as demonstrações
administração e dos auditores; contábeis e, conseqüentemente, para a opinião do
auditor. Nessas circunstâncias, o auditor poderá optar
b) o relativo à extensão dos trabalhos; e por uma das duas alternativas:

c) o que expressa a opinião sobre as demonstrações a) estender os trabalhos até a data do novo evento, de
contábeis. modo a emitir o parecer com a data mais atual;
ou
2. Em condições normais, o parecer é dirigido aos b) emitir o parecer com data dupla, ou seja, mantendo a
acionistas, cotistas, ou sócios, ao conselho de data original para as demonstrações contábeis, exceto
administração ou à diretoria da entidade, ou outro órgão quanto a um assunto específico, adequadamente
equivalente, segundo a natureza desta. Em divulgado nas notas explicativas. Por exemplo: “13 de
circunstâncias próprias, o parecer é dirigido ao fevereiro de 19X0, exceto quanto à Nota Explicativa 21
contratante dos serviços. às demonstrações contábeis, para a qual a data é 31 de
março de 19X0”.
3. O parecer deve identificar as demonstrações
contábeis sobre as quais o auditor está expressando 10. O parecer deve ser datado e assinado pelo contador
sua opinião, indicando, outrossim, o nome da entidade, responsável pelos trabalhos, e conter seu número de
as datas e períodos a que correspondem. registro no Conselho Regional de Contabilidade.

RESPONSABILIDADES 11. Caso o trabalho tenha sido realizado por empresa


de auditoria, o nome e o número de registro cadastral no
4. O auditor deve mencionar, no seu parecer, as Conselho Regional de Contabilidade também devem
responsabilidades da administração e as suas, constar do parecer.
evidenciando que:
PARECER SEM RESSALVA
a) a administração é responsável pela preparação e
pelo conteúdo das demonstrações contábeis, cabendo 12. O parecer sem ressalva é emitido quando o auditor
ao contabilista que as assina a responsabilidade conclui, sobre todos os aspectos relevantes, que:
técnica; e
a) as demonstrações contábeis foram preparadas de
b) o auditor é responsável pela opinião que expressa acordo com os Princípios Fundamentais de
sobre as demonstrações contábeis objeto dos seus Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade;
exames. e

5. O auditor deve, no seu parecer, declarar se o exame b) há apropriada divulgação de todos os assuntos
foi efetuado de acordo com as normas de auditoria. relevantes às demonstrações contábeis.

6. O parecer deve, ainda, conter a descrição concisa 13. O parecer sem ressalva implica afirmação de que,
dos trabalhos executados pelo auditor, compreendendo: em tendo havido alterações em procedimentos
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância contábeis, os efeitos delas foram adequadamente
dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil determinados e revelados nas demonstrações
e de controle interno da entidade; execução dos
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contábeis. Nesses casos, não é requerida nenhuma 21. O parecer com abstenção de opinião por limitação
referência no parecer. na extensão é emitido quando houver limitação
significativa na extensão do exame que impossibilite o
14. O modelo do parecer é aquele do item 11.3.2.3 da auditor de formar opinião sobre as demonstrações
NBC T 11. contábeis, por não ter obtido comprovação suficiente
para fundamentá-la, ou pela existência de múltiplas e
PARECER COM RESSALVA complexas incertezas que afetem um número
significativo de rubricas das demonstrações contábeis.
15. O parecer com ressalva deve obedecer ao modelo
do parecer sem ressalva, modificado no parágrafo de 22. Nos casos de limitações significativas, o auditor
opinião, com a utilização das expressões “exceto por”, deve indicar claramente os procedimentos omitidos e
“exceto quanto” ou “com exceção de”, referindo-se aos descrever as circunstâncias de tal limitação. Ademais,
efeitos do assunto objeto da ressalva. Não é aceitável são requeridas as seguintes alterações no modelo de
nenhuma outra expressão na redação desse tipo de parecer sem ressalvas:
parecer. No caso de limitação na extensão do trabalho,
o parágrafo referente à extensão também será a) a substituição da sentença “Examinamos...” por
modificado, para refletir tal circunstância. “Fomos contratados para auditar as demonstrações
contábeis...”;
16. Quando o auditor emitir parecer com ressalva,
adverso ou com abstenção de opinião, deve ser incluída b) a eliminação da sentença do primeiro parágrafo
descrição clara de todas as razões que fundamentaram “Nossa responsabilidade é a de expressar opinião sobre
o seu parecer e, se praticável, a quantificação dos essas demonstrações contábeis”; e
efeitos sobre as demonstrações contábeis. Essas
informações devem ser apresentadas em parágrafo c) a eliminação do parágrafo de extensão.
específico do parecer, precedendo ao da opinião e, se
for caso, fazer referência a uma divulgação mais ampla 23. No parágrafo final do parecer, o auditor deve
pela entidade em nota explicativa às demonstrações mencionar claramente que os exames não foram
contábeis. suficientes para permitir a emissão de opinião sobre as
demonstrações contábeis. A abstenção de opinião não
17. O conjunto das informações sobre o assunto objeto elimina a responsabilidade do auditor de mencionar
de ressalva, constante no parecer e nas notas qualquer desvio relevante que normalmente seria
explicativas sobre as demonstrações contábeis, deve incluído como ressalva no seu parecer e que, portanto,
permitir aos usuários claro entendimento de sua possa influenciar a decisão do usuário dessas
natureza e seus efeitos nas demonstrações contábeis, demonstrações.
particularmente sobre a posição patrimonial e financeira
e o resultado das operações. PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO, POR
INCERTEZAS
PARECER ADVERSO
24. Quando a abstenção de opinião decorrer de
18. Quando o auditor verificar a existência de efeitos incertezas relevantes, o auditor deve expressar, no
que, isolada ou conjugadamente, forem de tal relevância parágrafo de opinião, que, devido à relevância das
que comprometam o conjunto das demonstrações incertezas descritas em parágrafos intermediários
contábeis, deve emitir parecer adverso. No seu específicos, não está em condições de emitir opinião
julgamento deve considerar, tanto as distorções sobre as demonstrações contábeis. Novamente a
provocadas, quanto a apresentação inadequada ou abstenção de opinião não elimina a responsabilidade do
substancialmente incompleta das demonstrações auditor de mencionar, no parecer, os desvios relevantes
contábeis. que normalmente seriam incluídos como ressalvas.

19. Quando da emissão de parecer adverso, o auditor CIRCUNSTÂNCIAS QUE IMPEDEM A EMISSÃO DE
deve descrever, em um ou mais parágrafos PARECER SEM RESSALVA
intermediários, imediatamente anteriores ao parágrafo
de opinião, os motivos e a natureza das divergências 25. O auditor pode discordar da administração da
que suportam sua opinião adversa, bem como os seus entidade quanto:
principais efeitos sobre a posição patrimonial e
financeira e o resultado do exercício ou período. a) às práticas contábeis utilizadas; e

20. No parágrafo de opinião, o auditor deve explicitar b) à forma de aplicação das práticas contábeis.
que, devido à relevância dos efeitos dos assuntos
descritos no parágrafo ou parágrafos precedentes, ele é DISCORDÂNCIAS RELATIVAS ÀS PRÁTICAS
da opinião de que as demonstrações contábeis da CONTÁBEIS UTILIZADAS
entidade não estão adequadamente apresentadas,
consoante as disposições contidas no item 11.1.1.1 da 26. Quando as demonstrações contábeis forem afetadas
NBC T 11. de maneira relevante pela adoção de prática contábil em
desacordo com os Princípios Fundamentais de
PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO POR Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade,
LIMITAÇÃO NA EXTENSÃO o auditor deve emitir parecer com ressalva ou adverso.

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27. Nos seus exames, o auditor pode identificar um ou patrimonial e financeira da Empresa ABC em 31 de
mais aspectos em que as demonstrações contábeis dezembro de 19X1, o resultado de suas operações, as
estão afetadas pela adoção de práticas contábeis mutações de seu patrimônio líquido e as origens e
inadequadas e que podem representar motivos para aplicações de seus recursos referentes ao exercício
ressalva em seu parecer. É responsabilidade findo naquela data, de acordo com os Princípios
profissional do auditor discutir tais aspectos com a Fundamentais de Contabilidade.”.
administração da entidade, com a brevidade e
antecedência possíveis, para que ela possa acatar suas Depreciação não contabilizada ou registrada por
sugestões e promover os ajustes contábeis necessários. valores insuficientes

28. Essa responsabilidade do auditor decorre do 32. Se a entidade não contabilizou a depreciação em
reconhecimento de que, para os usuários, 19X1 ou a registrou por valores insuficientes, cabe ao
demonstrações contábeis acompanhadas de parecer auditor emitir parecer com ressalva, se os efeitos forem
sem ressalva têm maior utilidade do que aquelas que relevantes. Um exemplo de redação poderia ser:
contenham erros contábeis ou fraudes, mesmo que o
parecer que as acompanhe os discrimine e quantifique (1) Redação normal.
mediante ressalvas. (2) Redação normal.
“(3) No exercício findo em 31 de dezembro de 19X1, a
29. Os desvios apurados pelo auditor, mas não entidade deixou de contabilizar a depreciação
acatados pela administração, representam divergências correspondente à conta de máquinas e equipamentos.
para o auditor, o qual deve decidir sobre os efeitos no Como decorrência desse procedimento, em 31 de
seu parecer. Essa decisão deve considerar a natureza dezembro de 19X1 o imobilizado está registrado a maior
dos assuntos e sua relevância, e, sempre que tiverem, em R$.........., os estoques em processo e acabados
individual ou conjuntamente, efeitos relevantes, o estão a menor em R$......... e, por conseqüência, o
auditor expressará opinião com ressalva ou adversa. patrimônio líquido e o resultado do exercício findo em 31
de dezembro de 19X1 estão a maior em R$........,
EXEMPLOS DE PARECER COM RESSALVA OU líquidos dos efeitos tributários.”.
ADVERSO POR PRÁTICAS CONTÁBEIS “(4) Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos da
INADEQUADAS não-contabilização de depreciação descritos no
parágrafo 3º, as demonstrações contábeis referidas no
Provisão insuficiente para créditos de liquidação parágrafo 1º representam adequadamente, ...”.
duvidosa
ENTIDADES DE ATIVIDADE REGULAMENTADA OU
30. Se o auditor constatar que a provisão constituída SUJEITAS A LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
pela entidade não é suficiente para cobrir as perdas
esperadas na cobrança de suas contas a receber, 33. Há inúmeros setores de atividade que têm
mesmo que elaborada de acordo com a legislação fiscal legislação, normas ou regulamentos específicos, ditados
ou regulamentação específica, deve emitir parecer com por órgãos governamentais, que abrangem, também,
ressalva ou, dependendo da relevância, adverso. Um critérios contábeis. Algumas dessas entidades prestam
exemplo de redação poderia ser: serviços públicos, como as de energia elétrica e
telefonia, as instituições financeiras e demais entidades
(1) Redação normal. autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, as
(2) Redação normal. empresas de seguros, as empresas de transporte aéreo
“(3) A provisão para créditos de liquidação duvidosa e outras.
constituída pela entidade em 31 de dezembro de 19X1 é
de R$............... Todavia, nosso exame indicou que tal 34. Tais entidades têm, como as demais,
provisão não é suficiente para cobrir as perdas responsabilidades com seus acionistas, quotistas,
prováveis na realização de tais créditos, sendo a debenturistas, instituições financeiras e outros credores,
insuficiência não provisionada, naquela data, de funcionários e público em geral. A prestação de contas a
aproximadamente R$............ Conseqüentemente, em tais usuários é feita, principalmente, por meio de
31 de dezembro de 19X1, o resultado do exercício e o demonstrações contábeis exigidas pela legislação
patrimônio líquido estão superavaliados em societária ou específica, que devem atender a seus
aproximadamente R$............., líquidos dos efeitos critérios e ser elaboradas segundo os Princípios
tributários.”. Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras
“(4) Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos da de Contabilidade. Além dessa responsabilidade, tais
insuficiência de provisão para créditos de liquidação entidades devem reportar-se aos órgãos
duvidosa comentada no parágrafo 3º, as demonstrações governamentais reguladores correspondentes.
contábeis ...”.
35. A responsabilidade do auditor está voltada aos
31. Se a insuficiência da provisão for de tal magnitude usuários em geral, atendidos pelas demonstrações
que requeira parecer adverso, o parágrafo de opinião contábeis divulgadas, devendo emitir sua opinião com
será: base nos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Em
face da especificidade das operações dessas entidades,
“(4) Em nossa opinião, devido à relevância dos efeitos as normas e regulamentos emanados dos órgãos
da insuficiência da provisão para créditos de liquidação reguladores, cujo teor ainda não conste das Normas
duvidosa, como mencionado no parágrafo 3º, as Brasileiras de Contabilidade e que não conflitem com os
demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1º, Princípios Fundamentais de Contabilidade, podem ser
correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro admitidos pelo auditor na fundamentação de seu
de 19X1, não representam adequadamente a posição parecer.
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36. O modelo de parecer também é aplicável a essas a) o não-acompanhamento da contagem física de


entidades regulamentadas. Assim, os desvios dos estoques;
Princípios Fundamentais de Contabilidade originados na
legislação ou nas normas regulamentares específicas b) a não-solicitação de confirmação de saldos e/ou
devem ser tratados de maneira idêntica à observada informações diretamente com devedores, credores ou
nas demais entidades, contendo ressalva ou opinião outras fontes externas;
adversa, sempre que relevante.
c) demonstrações contábeis de controladas ou
DISCORDÂNCIA QUANTO À ADEQUAÇÃO DAS coligadas não auditadas, representativas de
DIVULGAÇÕES investimentos relevantes na entidade auditada;

Exemplo de parecer com ressalva d) limitação à aplicação de procedimentos usuais de


Demonstrações contábeis incompletas - Falta da auditoria que se refiram, direta ou indiretamente, a
demonstração das origens e aplicações de recursos elementos importantes das demonstrações contábeis; e

37. modelo de parecer abrange todas as demonstrações e) registros contábeis inadequados.


requeridas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade,
que representam as informações contábeis mínimas. A 41. Quando o auditor puder satisfazer-se, no referente
falta de uma ou mais dessas demonstrações contábeis às situações citadas, pela aplicação de procedimentos
requer ressalva no parecer dos auditores. Supondo-se a alternativos, não existe limitação significativa na
ausência da demonstração das origens e aplicações de extensão de seu trabalho, e, assim, não é necessária
recursos, o parecer dos auditores independentes terá a menção, em seu parecer, dessa limitação e do uso dos
seguinte forma: procedimentos alternativos.

(1) Redação normal, excluída a menção à LIMITAÇÕES CIRCUNSTANCIAIS


demonstração das origens e aplicações de recursos.
(2) Redação normal. 42. Uma limitação na extensão do trabalho do auditor
“(3) A entidade deixou de apresentar a demonstração de pode ser imposta pelas circunstâncias, como a época da
origens e aplicações de recursos para os exercícios sua contratação, que o impossibilite de acompanhar a
findos em 31 de dezembro de 19X1 e 19X0, requerida contagem física dos estoques, ou quando da ocorrência
como parte das informações contábeis mínimas.”. de sinistros. Nessas circunstâncias, o auditor deve
“(4) Em nossa opinião, exceto pela falta de tentar utilizar-se de procedimentos alternativos, a fim de
demonstração das origens e aplicações de recursos, obter evidências de auditoria suficientes para emitir seu
que resulta em divulgação incompleta, as parecer. Se os procedimentos alternativos não lhe
demonstrações contábeis ...”. permitirem evidência suficiente, o auditor deve
manifestar tal limitação em seu parecer.
Omissão de informação relevante - Nota explicativa
omissa ou falha REFLEXOS DAS LIMITAÇÕES NO PARECER

38. Se uma entidade omitir uma nota explicativa 43. Quando houver limitação na extensão do trabalho,
necessária à adequada análise e interpretação das imposta pela administração da entidade ou pelas
demonstrações contábeis, o auditor deve mencionar o circunstâncias, e que determine a emissão de parecer
fato em parágrafo intermediário de seu parecer. Por ser com ressalva, o auditor deve descrever a limitação e
informação relevante, o parágrafo de opinião terá mencionar a possibilidade de eventuais ajustes que
ressalva, como segue: poderiam ser constatados caso não houvesse a
limitação.
“(4) Em nossa opinião, exceto pela falta das
informações mencionadas no parágrafo precedente, as 44. O auditor deve julgar a importância dos
demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1º procedimentos de auditoria omitidos, considerando a
representam adequadamente, ...”. natureza, a relevância e a abrangência dos efeitos
potenciais em relação às demonstrações contábeis. Se
LIMITAÇÃO NA EXTENSÃO os efeitos estiverem relacionados com muitos itens das
demonstrações contábeis, é provável que esse impacto
39. Como o auditor somente pode emitir parecer sem seja maior do que quando as limitações se referirem a
ressalva quando seu exame foi realizado de acordo com um item ou a um número limitado de itens. Limitações
as normas de auditoria e, portanto, com a aplicação de relativas a um único item e que não representem
todos os procedimentos necessários nas circunstâncias, parcela substancial da posição patrimonial e financeira
a existência de limitações na extensão de seu trabalho, e/ou do resultado das operações normalmente
como as descritas nos itens seguintes, pode obrigá-lo a resultarão em parecer com ressalva, embora também
emitir parecer com ressalva ou com abstenção de possa sê-lo sem ressalva, se o auditor concluir que o
opinião. efeito não é relevante. As limitações nos procedimentos
aplicáveis a muitos itens e que tenham efeitos
LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELA ADMINISTRAÇÃO DA potenciais relevantes devem resultar em abstenção de
ENTIDADE opinião.

40. A limitação na extensão do trabalho do auditor pode,


às vezes, ser imposta pela administração da entidade,
mediante situações como:
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Ressalva por limitação sobre item relevante - conhecimento ao examinar as demonstrações do


Estoques exercício atual. Dependendo da relevância desse
impacto, o auditor deve avaliar a necessidade de emitir
45. Se, por exemplo, o auditor for contratado após o parecer, sobre aquelas demonstrações contábeis,
encerramento do exercício e não conseguir firmar diferente do anteriormente emitido.
opinião sobre a existência física dos estoques, sendo
estes relevantes no conjunto das demonstrações PRIMEIRA AUDITORIA DE UMA ENTIDADE
contábeis, mas não a ponto de exigirem abstenção de
opinião, um exemplo de redação poderia ser: 48. Nos casos de primeira auditoria de uma entidade
que divulgue comparativamente os valores relativos ao
“(1) Examinamos o balanço patrimonial da Empresa exercício anterior, o auditor deve, no parágrafo referente
ABC, levantado em 31 de dezembro de 19X1, e as à identificação das demonstrações contábeis
respectivas ...”. examinadas, fazer menção exclusiva ao exercício
“(2) Exceto pelo mencionado no parágrafo 3º, nosso examinado e destacar, em parágrafo específico, o fato
exame foi conduzido de acordo com as normas de de que as demonstrações contábeis do exercício
auditoria e compreendeu: ...”. anterior não foram examinadas por auditores
“(3) Pelo fato de termos sido contratados pela Empresa independentes, expressando a abstenção de opinião
ABC após 31 de dezembro de 19X1, não sobre elas.
acompanhamos os inventários físicos dos estoques de
31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, nem foi possível 49. Para expressar opinião sem ressalva acerca das
firmar juízo sobre a existência dos estoques por meio de demonstrações contábeis do exercício atual, são
procedimentos alternativos de auditoria.”. necessários procedimentos de auditoria sobre os saldos
“(4) Em nossa opinião, exceto pelos efeitos de possíveis de encerramento do exercício anterior quanto às contas
ajustes que poderiam resultar da aplicação dos de formação histórica e quanto à verificação da
procedimentos de auditoria omitidos, mencionados no uniformidade de aplicação dos Princípios Fundamentais
parágrafo 3º, as demonstrações contábeis referidas no de Contabilidade e das Normas Brasileiras de
parágrafo 1º representam adequadamente, ...”. Contabilidade.
“(5) Não examinamos, nem foram examinadas por
outros auditores independentes, as demonstrações 50. Se tais procedimentos foram efetuados e não
contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de evidenciaram nenhuma situação que represente
19X0, cujos valores são apresentados para fins limitação no exame do exercício atual, a redação do
comparativos, e, conseqüentemente, não emitimos parecer pode obedecer ao seguinte modelo:
opinião sobre elas.”.
“(1) Examinamos o balanço patrimonial da Empresa
Abstenção de opinião por limitação sobre item ABC, levantado em 31 de dezembro de 19X1, e as ...”.
extremamente relevante – Estoques “(2) Nosso exame foi conduzido de acordo com as
normas de auditoria e compreendeu: ...”.
46. Ainda com base no exemplo do item anterior, mas “(3) Em nossa opinião, as demonstrações contábeis
supondo, agora, que os estoques tivessem valor muito referidas no parágrafo 1º representam adequadamente,
significativo e com efeitos potenciais relevantes em em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial
relação às demonstrações contábeis, não bastará e financeira da Empresa ABC em 31 de dezembro de
parecer com ressalva, sendo necessária abstenção de 19X1, o resultado de suas operações, as mutações de
opinião. seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus
recursos, referentes ao exercício findo naquela data, de
Neste caso, o parecer poderia ter a seguinte redação: acordo com os Princípios Fundamentais de
Contabilidade, e as Normas Brasileiras de
“(1) Fomos contratados para auditar as demonstrações Contabilidade.”.
contábeis da Empresa ABC relativas ao exercício social “(4) Não examinamos, nem foram examinadas por
findo em 31 de dezembro de 19X1, elaboradas sob a outros auditores independentes, as demonstrações
responsabilidade de sua administração.”. contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de
“(2) Pelo fato de termos sido contratados pela Empresa 19X0, cujos valores são apresentados para fins
ABC após 31 de dezembro de 19X1, não comparativos, e, conseqüentemente, não emitimos
acompanhamos as contagens físicas dos estoques em opinião sobre elas.”.
31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, nem foi possível
firmarmos opinião sobre a existência dos estoques por 51. Se os procedimentos adicionais sobre os saldos de
meio de procedimentos alternativos de auditoria.”. encerramento não tiverem a extensão necessária que
“(3) Devido à relevância dos procedimentos omitidos, permita ao auditor segurança quanto à não-existência
conforme mencionado no parágrafo 2º, a extensão do de efeitos relevantes sobre o resultado do exercício, as
nosso exame não foi suficiente para nos possibilitar mutações do patrimônio líquido e as origens e
expressar, e por isso não expressamos, opinião sobre aplicações de recursos, ele deve decidir a espécie de
as demonstrações contábeis da Empresa ABC em 31 de opinião a ser emitida em função dos efeitos potenciais e
dezembro de 19X1, referidas no parágrafo 1º.”. da evidência de que disponha em relação a tais
demonstrações contábeis, podendo optar por opinião
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMPARATIVAS com ressalva ou até por abstenção de opinião. Nessas
circunstâncias, o parecer com ressalva, relativo ao
47. Quando o auditor emite seu parecer sobre exercício atual, poderia ter a seguinte redação:
demonstrações contábeis do ano corrente e do ano
anterior, deve avaliar o impacto, sobre estas últimas, de “(1) Examinamos o balanço patrimonial da Empresa
circunstâncias e eventos de que eventualmente tome ABC, levantado em 31 de dezembro de 19X1, e as ...”.
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“(2) Exceto pelo mencionado no parágrafo 3º, nosso 56. Nessa circunstância, o parecer, nos parágrafos de
exame foi conduzido de acordo com as normas de identificação e de opinião, referir-se-á somente ao
auditoria e compreendeu: (a) o planejamento ...”. exercício atual, e, em parágrafo próprio, será
“(3) Não examinamos, nem foram examinadas por mencionado que o exame do exercício anterior foi
outros auditores independentes, as demonstrações efetuado por outro auditor. Exemplo:
contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de
19X0, cujos valores são apresentados para fins “(4) As demonstrações contábeis relativas ao exercício
comparativos, e, conseqüentemente, não emitimos findo em 31 de dezembro de 19X0 foram examinadas
opinião sobre elas. Além disso, os procedimentos por auditores independentes, que emitiram parecer, sem
adicionais aplicados, decorrentes de primeira auditoria, ressalva (ou indicar as correspondentes ressalvas),
sobre transações e valores que compõem os saldos em datado de ...... de ......................... de 19X1.”.
31 de dezembro de 19X0, não foram suficientes para
assegurar que eventuais distorções nos referidos saldos REFLEXOS QUANDO HOUVER ACEITAÇÃO DO
não tenham efeitos relevantes sobre o resultado do TRABALHO DE OUTROS AUDITORES
exercício, as mutações do patrimônio líquido e as
origens e aplicações de recursos do exercício findo em 57. Quando o auditor aceita o parecer de outros
19X1.”. auditores, por não ter evidências que indiquem
“(4) Em nossa opinião, as demonstrações contábeis restrições aos seus trabalhos e conclusões, deve
referidas no parágrafo 1º representam adequadamente, destacar no seu parecer a divisão de responsabilidades.
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial
e financeira da Empresa ABC em 31 de dezembro de Assim, por exemplo, quando as demonstrações
19X1, bem como - exceto quanto aos efeitos de contábeis de entidades controladas e/ou coligadas,
possíveis ajustes que poderiam resultar do exame das correspondentes a investimentos relevantes, foram
demonstrações contábeis do exercício anterior, auditadas por outro auditor, que tenha emitido parecer
conforme comentado no parágrafo 3º - o resultado de sem ressalva sobre elas, a redação do parecer poderá
suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido ser a seguinte:
e as origens e aplicações de seus recursos referentes
ao exercício findo naquela data, de acordo com os “(1) Examinamos os balanços ... administração. Nossa
Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas responsabilidade ... contábeis. As demonstrações
Brasileiras de Contabilidade.”. contábeis da controlada X S.A., relativas aos exercícios
findos em 31 de dezembro de 19X1 e 19X0, foram
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMPARATIVAS examinadas por outros auditores independentes, e a
QUANDO AS DO EXERCÍCIO ANTERIOR FORAM nossa opinião, no que diz respeito aos investimentos no
EXAMINADAS POR OUTROS AUDITORES valor de R$.................. em 31 de dezembro de 19X1
(19X0 - R$..........) e dos resultados decorrentes dessa
52. Quando as demonstrações contábeis são divulgadas controlada, no valor de R$........... em 31 de dezembro
de forma comparativa com as do exercício anterior e há de 19X1 (19X0 - R$.............), está baseada no parecer
mudança de auditores, surge a questão do tratamento desses auditores.”.
dos pareceres relativos aos dois exercícios. (2) Redação normal.
“(3) Em nossa opinião, com base em nossos exames e
53. A entidade auditada pode optar por publicar o no parecer de outros auditores independentes, as
parecer relativo ao atual exercício e também o parecer demonstrações contábeis ...”.
dos que examinaram o exercício anterior. Nesse caso, o
auditor do exercício corrente referir-se-á em seu parecer 59. Entende-se, nesse exemplo, que os dados
somente às demonstrações contábeis do exercício que indispensáveis referentes aos investimentos na
examinou. controlada e/ou coligada estão adequadamente
divulgados em notas explicativas.
54. Todavia, nada impede a divulgação somente do
parecer relativo ao último exercício. Nesse caso, o 60. A referência ao parecer dos outros auditores,
auditor deve mencionar nele que as demonstrações mesmo sem a indicação do conteúdo de sua opinião,
contábeis do exercício anterior foram examinadas por significa que:
outros auditores, referindo a data do parecer destes,
expressando as eventuais ressalvas, seus efeitos e “(a) o parecer dos outros auditores não teve ressalvas
possíveis reflexos no exercício atual. ou teve ressalvas que não afetam a posição patrimonial
e financeira e os resultados da investidora”; e
55. Como mencionado no parágrafo 51, para expressar “(b) não há nenhuma restrição aos seus trabalhos e
opinião sem ressalva sobre as demonstrações contábeis conclusões”.
do exercício atual, o auditor deve aplicar procedimentos
de auditoria sobre os saldos existentes no encerramento 61. Quando, todavia, o outro auditor emitiu parecer com
do exercício anterior, incluindo a verificação da ressalva, adverso, ou com abstenção de opinião, o
uniformidade de aplicação dos Princípios Fundamentais auditor deve analisar se o motivo é de tal relevância que
de Contabilidade e das Normas Brasileiras de afete o seu próprio parecer, em relação às
Contabilidade. Quando as demonstrações contábeis do demonstrações contábeis da investidora. Nesse caso, o
ano anterior foram examinadas por outro auditor, parte auditor deve ampliar a referência feita no parágrafo
da evidência necessária sobre aqueles saldos poderá intermediário, indicando a data do parecer, a natureza
ser obtida mediante a revisão dos seus papéis de do problema e seus efeitos nas demonstrações
trabalho. contábeis da investidora.

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62. Quando os efeitos não forem relevantes, não é nenhuma circunstância, sem autorização expressa da
necessário mencioná-los no parecer do auditor da Entidade em que atua.
investidora.
3.5.2 - O dever de manter o sigilo continua depois de
REFLEXOS QUANDO O AUDITOR NÃO PUDER terminado o vínculo empregatício ou contratual.
UTILIZAR O TRABALHO DOS OUTROS AUDITORES
3.6 – COOPERAÇÃO COM O AUDITOR
63. O auditor deve emitir parecer com ressalva ou INDEPENDENTE
abstenção de opinião quando concluir, baseado nos
procedimentos recomendados, que o trabalho dos 3.6.1 - O auditor interno, quando previamente
outros auditores não pode ser utilizado e que não pode estabelecido com a administração de Entidade em que
aplicar procedimentos adicionais suficientes com atua, e, no âmbito de planejamento conjunto de trabalho
relação às demonstrações contábeis da controlada e/ou a realizar, deve apresentar os seus papéis de trabalho
coligada ou ao item sobre o qual os outros auditores ao auditor independente e entregar-lhe cópias, quando
emitiram parecer. este entender necessário.

NBC P 3 – NORMAS PROFISSIONAIS DO AUDITOR NBC T 12 – DA AUDITORIA INTERNA


INTERNO (Aprovada pela Resolução CFC nº 986/03)
(aprovada pela RESOLUÇÃO CFC Nº 781)
12.1 – CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS
3.1 – COMPETÊNCIA TÉCNICO-PROFISSIONAL
12.1.1 – Conceituação e Objetivos da Auditoria Interna
3.1.1 - O Contador, na função de auditor interno, deve
manter o seu nível de competência profissional pelo 12.1.1.1 – Esta norma trata da atividade e dos
conhecimento atualizado das Normas Brasileiras de procedimentos de Auditoria Interna Contábil, doravante
Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na denominada Auditoria Interna.
área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos
conceitos e técnicas administrativas e da legislação 12.1.1.2 – A Auditoria Interna é exercida nas pessoas
aplicável à Entidade. jurídicas de direito público, interno ou externo, e de
direito privado.
3.2 – AUTONOMIA PROFISSIONAL
12.1.1.3 – A Auditoria Interna compreende os exames,
3.2.1 - O auditor interno, não obstante sua posição análises, avaliações, levantamentos e comprovações,
funcional, deve preservar sua autonomia profissional. metodologicamente estruturados para a avaliação da
integridade, adequação, eficácia, eficiência e
3.3 –RESPONSABILIDADE DO AUDITOR INTERNO economicidade dos processos, dos sistemas de
NA EXECUÇÃO DOS TRABALHOS informações e de controles internos integrados ao
ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a
3.3.1 - O auditor interno deve ter o máximo de cuidado, assistir à administração da entidade no cumprimento de
imparcialidade e zelo na realização dos trabalhos e na seus objetivos.
exposição das conclusões.
12.1.1.4 – A atividade de Auditoria Interna está
3.3.2 - A amplitude do trabalho do auditor interno e sua estruturada em procedimentos, com enfoque técnico,
responsabilidade estão limitadas à sua área de atuação. objetivo sistemático e disciplinado, e tem por finalidade
agregar valor ao resultado da organização,
3.3.3 - A utilização da equipe técnica supõe razoável apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos
segurança de que o trabalho venha a ser executado por processos, da gestão e dos controles internos, por meio
pessoas com capacitação profissional e treinamento da recomendação de soluções para as não-
requeridos nas circunstâncias. conformidades apontadas nos relatórios.

3.3.4 - Cabe também ao auditor interno, quando 12.1.2 – Papéis de Trabalho


solicitado, prestar assessoria ao Conselho Fiscal ou
Órgãos equivalentes. 12.1.2.1 – A Auditoria Interna deve ser documentada por
meio de papéis de trabalho, elaborados em meio físico
3.4 - RELACIONAMENTO COM PROFISSIONAIS DE ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados
OUTRAS ÁREAS de forma sistemática e racional.

3.4.1 - O auditor interno pode realizar trabalhos de 12.1.2.2 – Os papéis de trabalho constituem
forma compartilhada com profissionais de outras áreas, documentos e registros dos fatos, informações e provas
situação em que a equipe fará a divisão de tarefas obtidas no curso da auditoria, a fim de evidenciar os
segundo a habilitação técnica e legal dos seus exames realizados e dar suporte à sua opinião, críticas,
participantes. sugestões e recomendações.

3.5 – SIGILO 12.1.2.3 – Os papéis de trabalho devem ter abrangência


e grau de detalhe suficientes para propiciarem a
3.5.1 - O auditor interno deve respeitar o sigilo compreensão do planejamento, da natureza, da
relativamente às informações obtidas durante o seu oportunidade e da extensão dos procedimentos de
trabalho, não as divulgando para terceiros, sob
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Auditoria Interna aplicados, bem como do julgamento h) as orientações e expectativas externadas pela
exercido e do suporte das conclusões alcançadas. administração aos auditores internos; e

12.1.2.4 – Análises, demonstrações ou quaisquer outros i) conhecimento da Missão e Objetivos Estratégicos da


documentos devem ter sua integridade verificada entidade.
sempre que forem anexados aos papéis de trabalho.
12.2.1.3 – O planejamento deve ser documentado e os
12.1.3 – Fraude e Erro programas de trabalho, formalmente preparados,
detalhando-se o que for necessário à compreensão dos
12.1.3.1 – A Auditoria Interna deve assessorar a procedimentos que serão aplicados, em termos de
administração da entidade no trabalho de prevenção de natureza, oportunidade, extensão, equipe técnica e uso
fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por de especialistas.
escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios
ou confirmações de irregularidades detectadas no 12.2.1.4 – Os programas de trabalho devem ser
decorrer de seu trabalho. estruturados de forma a servir como guia e meio de
controle de execução do trabalho, devendo ser
12.1.3.2 – O termo “fraude” aplica-se a ato intencional revisados e atualizados sempre que as circunstâncias
de omissão e/ou manipulação de transações e exigirem.
operações, adulteração de documentos, registros,
relatórios, informações e demonstrações contábeis, 12.2.2 – Riscos da Auditoria Interna
tanto em termos físicos quanto monetários.
12.2.2.1 – A análise dos riscos de Auditoria Interna deve
12.1.3.3 – O termo “erro” aplica-se a ato não-intencional ser feita na fase de planejamento dos trabalhos e estão
de omissão, desatenção, desconhecimento ou má relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma
interpretação de fatos na elaboração de registros, satisfatória, o objetivo dos trabalhos. Nesse sentido,
informações e demonstrações contábeis, bem como de devem ser considerados, principalmente, os seguintes
transações e operações da entidade, tanto em termos aspectos:
físicos quanto monetários.
a) a verificação e a comunicação de eventuais
12.2 – NORMAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS limitações ao alcance dos procedimentos de Auditoria
Interna a serem aplicados, considerando o volume ou
12.2.1 – Planejamento da Auditoria Interna complexidade das transações e das operações;

12.2.1.1 – O planejamento do trabalho de Auditoria b) a extensão da responsabilidade do auditor interno no


Interna compreende os exames preliminares das áreas, uso dos trabalhos de especialistas.
atividades, produtos e processos, para definir a
amplitude e a época do trabalho a ser realizado de 12.2.3 – Procedimentos de Auditoria Interna
acordo com as diretrizes estabelecidas pela
administração da entidade. 12.2.3.1 – Os procedimentos de Auditoria Interna
constituem exames e investigações, incluindo testes de
12.2.1.2 – O planejamento deve considerar os fatores observância e testes substantivos, que permitem ao
relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os auditor interno obter subsídios suficientes para
seguintes: fundamentar suas conclusões e recomendações à
administração da entidade.
a) conhecimento detalhado da política e dos
instrumentos de gestão de riscos da entidade; 12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção
de razoável segurança de que os controles internos
b) o conhecimento detalhado das atividades estabelecidos pela administração estão em efetivo
operacionais e dos sistemas contábil e de controles funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento
internos e seu grau de confiabilidade da entidade; pelos funcionários e administradores da entidade. Na
sua aplicação, devem ser considerados os seguintes
c) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos:
procedimentos de auditoria interna a serem aplicados,
alinhados com a política de gestão de riscos da a) inspeção – verificação de registros, documentos e
entidade; ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou
d) a existência de entidades associadas, filiais e partes procedimento quando de sua execução; e
relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da c) investigação e confirmação – obtenção de
Auditoria Interna; informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro
e) o uso do trabalho de especialistas; ou fora da entidade.

f) os riscos de auditoria, quer pelo volume ou 12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de
complexidade das transações e operações; evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos
dados produzidos pelos sistemas de informações da
g) o conhecimento do resultado e das providências entidade.
tomadas em relação a trabalhos anteriores,
semelhantes ou relacionados;

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12.2.3.4 – As informações que fundamentam os suficiente sobre a tecnologia da informação e os


resultados da Auditoria Interna são denominadas de sistemas de informação utilizados.
“evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas,
relevantes e úteis, de modo a fornecerem base sólida 12.2.5.2 – O uso de técnicas de Auditoria Interna que
para as conclusões e recomendações à administração demandem o emprego de recursos tecnológicos de
da entidade. processamento de informações requer que exista na
equipe de Auditoria Interna profissional com
12.2.3.5 – O processo de obtenção e avaliação das conhecimento suficiente de forma a implementar os
informações compreende: próprios procedimentos ou, se for o caso, orientar,
supervisionar e revisar os trabalhos de especialistas.
I – a obtenção de informações sobre os assuntos
relacionados com os objetivos e o alcance da Auditoria 12.3 – NORMAS RELATIVAS AO RELATÓRIO DA
Interna, devendo ser observado que: AUDITORIA INTERNA

a) a informação suficiente é aquela que é factual e 12.3.1 – O relatório é o documento pelo qual a Auditoria
convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos,
informada possa entendê-la da mesma forma que o devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade,
auditor interno; de forma a expressar, claramente, suas conclusões,
b) a informação adequada é aquela que, sendo recomendações e providências a serem tomadas pela
confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por administração da entidade.
meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria
Interna; 12.3.2 – O relatório da Auditoria Interna deve abordar,
c) a informação relevante é a que dá suporte às no mínimo, os seguintes aspectos:
conclusões e às recomendações da Auditoria Interna;
d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir a) o objetivo e a extensão dos trabalhos;
suas metas. b) a metodologia adotada;
c) os principais procedimentos de auditoria aplicados e
II – a avaliação da efetividade das informações obtidas, sua extensão;
mediante a aplicação de procedimentos de Auditoria d) eventuais limitações ao alcance dos procedimentos
Interna, incluindo testes substantivos, se as de auditoria;
circunstâncias assim o exigirem. e) a descrição dos fatos constatados e as evidências
encontradas;
12.2.3.6 – O processo deve ser supervisionado para f) os riscos associados aos fatos constatados; e
alcançar razoável segurança de que o objetivo do g) as conclusões e recomendações resultantes dos
trabalho da Auditoria Interna está sendo atingido. fatos constatados.

12.2.3.7 – Devem ser adotados procedimentos 12.3.3 – O relatório de Auditoria Interna deve ser
adequados para assegurar que as contingências ativas apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a
e passivas relevantes decorrentes de processos quem este autorizar, devendo ser preservada a
judiciais e extrajudiciais, reivindicações e reclamações, confidencialidade do seu conteúdo.
bem como de lançamentos de tributos e de
contribuições em disputa, foram identificadas e são do 12.3.4 – A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade
conhecimento da administração da entidade. de emissão de relatório parcial na hipótese de constatar
impropriedades/irregularidades/ilegalidades que
12.2.3.8 – No trabalho de Auditoria Interna, quando necessitem providências imediatas da administração da
aplicável, deve ser examinada a observância dos entidade que não possam aguardar o final dos exames,
Princípios Fundamentais de Contabilidade, das Normas considerando o disposto no item 12.1.3.1.
Brasileiras de Contabilidade e da legislação tributária,
trabalhista e societária, bem como o cumprimento das NBC TA 01 – REVISÃO EXTERNA DE QUALIDADE
normas reguladoras a que estiver sujeita a entidade. PELOS PARES13
(Aprovada pela Resolução CFC nº 1.158/09)
12.2.4 – Amostragem
OBJETIVO
12.2.4.1 – Ao determinar a extensão de um teste de
auditoria ou método de seleção de itens a serem 1. A Revisão Externa de Qualidade pelos Pares, adiante
testados, podem ser empregadas técnicas de
amostragem. denominada de “Revisão pelos Pares”, constitui-se em

12.2.4.2. – Ao usar método de amostragem, estatística processo de acompanhamento e controle, que visa
ou não, deve ser projetada e selecionada uma amostra
que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente alcançar desempenho profissional da mais alta
e apropriada.
qualidade.
12.2.5. - Processamento Eletrônico de Dados – PED

12.2.5.1 – A utilização de processamento eletrônico de


dados pela entidade requer que exista, na equipe de 
Auditoria Interna, profissional com conhecimento 13
Procedimento de que trata o Artigo 33 da
Instrução CVM nº 308/1999.
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2. O objetivo da revisão pelos pares é a avaliação dos 6. O Auditor que tiver, na revisão anterior, relatórios

procedimentos adotados pelo Contador que atua como emitidos pelo auditor-revisor com opinião adversa ou

Auditor Independente e Firma de Auditoria, daqui em abstenção de opinião deve submeter-se a nova revisão

diante denominado “Auditor”, com vistas a assegurar a no ano subseqüente.

qualidade dos trabalhos desenvolvidos. A qualidade,


7. O auditor-revisado cujo relatório não tiver sido
neste contexto, é medida pelo atendimento das normas
aprovado pelo CRE no ano de sua revisão, por não
técnicas e profissionais estabelecidas pelo Conselho
atendimento aos prazos estabelecidos ou por outras
Federal de Contabilidade (CFC) e, na insuficiência
razões comunicadas pelo CRE, devem submeter-se à
destas, pelos pronunciamentos do IBRACON – Instituto
nova revisão no ano subseqüente.
dos Auditores Independentes do Brasil, e, quando
8. O CRE é integrado por 4 (quatro) representantes do
aplicável, das normas emitidas por órgãos reguladores.
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e por 4
ALCANCE
(quatro) representantes do IBRACON – Instituto dos
3. Esta norma aplica-se, exclusivamente, ao “Auditor”
Auditores Independentes do Brasil, indicados pelas
que exerce a atividade de Auditoria Independente com
respectivas entidades, segundo suas disposições
cadastro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
estatutárias. As atividades de suporte são de

ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA DE REVISÃO responsabilidade de ambas as entidades. Os

4. As partes envolvidas no Programa de Revisão representantes devem ser, em todos os casos,

Externa de Qualidade são as seguintes: contadores no exercício da auditoria independente

devidamente registrados no Cadastro Nacional de


a) Comitê Administrador do Programa de Revisão
Externa de Qualidade (CRE), responsável pela Auditores Independentes (CNAI) e na Comissão de
administração do programa;
Valores Mobiliários (CVM). O prazo de nomeação é de 3
b) o Auditor responsável pela realização da revisão
individual, adiante denominado “Auditor-revisor”; e (três) anos, sendo permitida a recondução.
c) a firma ou o auditor, objeto da revisão, adiante
denominados “Auditor-revisado”. 9. Cabe ao CRE:

5. O Auditor deve submeter-se à Revisão Externa de


a) identificar os auditores a serem revisados a cada ano,
Qualidade, no mínimo uma vez, a cada ciclo de quatro considerando o estabelecido no item 5;

anos, considerando: b) emitir e atualizar, anualmente, guias de orientação,


instruções e questionários detalhados que servirão de
roteiro mínimo para orientação na tarefa de revisão
(a) anualmente, no mês de janeiro, devem ser pelos pares;
selecionados por critério definido pelo CRE quais
auditores deverão submeter-se à revisão no ano, sendo, c) dirimir quaisquer dúvidas a respeito do processo de
obrigatoriamente, incluídos aqueles que obtiveram seu revisão pelos pares e resolver eventuais situações não-
cadastro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no previstas;
ano anterior;
d) revisar os relatórios de revisão recebidos do auditor-
(b) considerando problemas específicos relatados pelo revisor e os planos de ação corretivos recebidos do
auditor-revisor na última revisão, o CRE pode decidir por auditor-revisado;
determinar períodos menores para a revisão seguinte da
revisada. e) aprovar, em forma final, os relatórios e os planos de
ação;

f) emitir relatório sumário anual;

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g) comunicar ao Conselho Federal de Contabilidade 14. Após aprovado o relatório do auditor-revisor, este
(CFC) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
situações que sugerem necessidade de diligências deve encaminhar cópia do mesmo relatório ao auditor-
sobre os revisados e revisores;
revisado, que, por sua vez, encaminhará plano de ação
h) revisar, se necessário, e submeter ao Plenário do
Conselho Federal de Contabilidade, até 31 de dezembro respondendo aos aspectos identificados no relatório e
de cada ano, os critérios, as normas e as condições
para que os auditores independentes, pessoas jurídicas na carta de recomendações. Dependendo da natureza
e pessoas físicas, possam atuar como auditor-revisor; e
desses aspectos, o CRE pode requerer reunião com o
i) emitir todos os expedientes e as comunicações
dirigidos aos auditores, ao CFC, IBRACON e CVM, e, auditor-revisado para assegurar o adequado
quando aplicável, ao Banco Central do Brasil (BCB) e à
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). entendimento das ações planejadas.

10. O CRE deverá estabelecer controles para


15. Como resultado das análises dos documentos
administrar o Programa, de forma a garantir que as
encaminhados pelo auditor-revisor e das reuniões ou
revisões sejam realizadas nos prazos previstos nesta
dos esclarecimentos, quando for o caso, o CRE deve
norma, comunicando ao Conselho Federal de
aprovar, ou não, o relatório da revisão.
Contabilidade e à Comissão de Valores Mobiliários o
16. Anualmente, o CRE elaborará, a partir dos relatórios
nome dos auditores que não cumprirem os prazos
analisados no ano, relatório destinado à presidência de
estabelecidos para as providências cabíveis.
cada entidade profissional e de cada órgão regulador
11. A cada ano, o CRE deve revisar e divulgar as
que requeira Programa de Revisão Externa de
instruções, incluindo o questionário-base, destinado ao
Qualidade. O relatório constituirá um resumo dos
auditor-revisor, para a sua aplicação anual. A
resultados das revisões realizadas no ano e das ações
atualização deve contemplar eventuais mudanças nas
planejadas, e será confidencial, sendo permitida a
normas profissionais e reguladoras que se apliquem à
identificação e o nome do auditor-revisado, do auditor
profissão no Brasil.
ou equipe revisora ou da entidade cujo trabalho foi

12. As decisões do Comitê Administrador do Programa incluído na revisão. Aspectos relevantes levantados

de Revisão Externa de Qualidade (CRE) devem constar pelas presidências e/ou órgãos reguladores,

em ata, que será encaminhada ao Vice-presidente encaminhados ao CRE, serão comunicados ao auditor-

Técnico, que a submeterá a Câmara Técnica para revisado e auditor-revisor.

aprovação e, posteriormente, ao Plenário do Conselho


17. Os Relatórios de Revisão Externa de Qualidade
Federal de Contabilidade, visando à sua homologação.
devem ser disponibilizados ao mercado por meios

RELATÓRIO DE REVISÃO estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade,

13. Terminada cada revisão, o auditor-revisor deve por proposta do CRE.

emitir relatório com suas conclusões e carta de


CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA
recomendações, quando for o caso, que devem ser
Confidencialidade
encaminhados juntamente com cópia do questionário-
18. Adotam-se, para este Programa, as mesmas normas
base ao CRE, que pode requerer esclarecimentos tanto
sobre confidencialidade, aplicáveis a qualquer trabalho
do auditor-revisor como do auditor-revisado.
de auditoria independente, conforme definido pelo CFC.
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Neste contexto, os membros do CRE, do CFC e das Conflito de interesse

demais equipes revisoras ficam impedidos de divulgar 23. Nem o auditor-revisor nem os membros da equipe

qualquer informação obtida durante a participação no revisora ou os profissionais envolvidos na administração

Programa de Revisão, em qualquer fase do trabalho ou do Programa de Revisão pelos Pares podem ter

posterior ao seu término, considerando os itens 16 e 17. qualquer conflito de interesses com relação ao auditor-

revisado e aos clientes selecionados para a revisão.


19. Nos casos dos clientes selecionados para a revisão,

o auditor-revisado deve obter, caso ainda não a possua, Competência

aprovação de cada uma das entidades selecionadas 24. Para atuar como auditor-revisor, a pessoa física ou

para que os trabalhos possam ser, efetivamente, jurídica deve observar:

revisados. O auditor-revisor deve enviar confirmação de


a) a equipe revisora deve possuir estrutura de recursos
confidencialidade às entidades selecionadas. humanos e técnicos compatível com a revisão a ser
realizada. A compatibilidade refere-se, principalmente, à
experiência dos revisores em trabalhos de auditoria de
Independência similar complexidade;
b) o auditor-revisor pessoa física e os membros da
20. O auditor-revisor e os membros da equipe revisora equipe revisora pessoa jurídica devem atender as
condições fixadas no Programa de Educação
devem ser independentes do auditor-revisado, de Profissional Continuada estabelecido pela NBC P 4,
aprovada pelo CFC;
acordo com as definições previstas nas normas c) o auditor independente pessoa física e os
profissionais responsáveis técnicos da firma de auditoria
profissionais e, se aplicáveis, nas normas de órgãos independente, encarregados da revisão, devem estar
devidamente registrados no Cadastro Nacional de
reguladores. Auditores Independentes (CNAI);
d) estar devidamente registrados no Cadastro de
Auditores Independentes da Comissão de Valores
21.O auditor-revisor e os seus membros podem possuir Mobiliários (CVM);
e) caso o auditor-revisado tenha sua lista de clientes,
investimentos ou grau de parentesco com executivos entidades regulamentadas pelo Banco Central do Brasil
(BCB) e pela Superintendência de Seguros Privados
em posições-chave nos clientes do auditor-revisado. (SUSEP), os membros da equipe revisora devem estar
registrados no CNAI, com habilitação para auditar as
Porém, os membros da equipe revisora não podem respectivas entidades;
revisar os trabalhos realizados em entidades nas quais 25 O Auditor Independente pessoa jurídica ou física
possuam tais relacionamentos. revisado não pode atuar como revisor nas seguintes

22. Ficam proibidas as revisões recíprocas entre situações:

auditores independentes (pessoas físicas e jurídicas). a) em que o cadastro tenha sido suspenso ou cancelado
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou que
Consideram-se revisões recíprocas as situações em que estejam desautorizados de atuar como auditores
independentes por organismos oficiais controladores e
o auditor-revisor teve sua última revisão realizada pelo reguladores de mercado;
b) quando o último Relatório de Revisão tiver sido
atual auditor-revisado, não importando o intervalo de emitido com “Opinião Adversa” ou “Abstenção de
Opinião” ou não tiver sido aprovado pelo CRE;
tempo entre as revisões. Eventuais exceções devem ser c) quando não tiver cumprido os prazos determinados
pelo CRE na revisão anterior;
submetidas à aprovação do CRE. d) em que não tenha sido submetido, anteriormente, à
Revisão Externa de Qualidade;
e) quando, na opinião do CRE, a ressalva contida no
último Relatório de Revisão seja de natureza grave,
devendo o auditor-revisado ser informado, previamente,
desta condição; e,

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f) quando, por decisão fundamentada do CRE, o auditor- controle de qualidade estabelecidos, emitindo carta de
revisor não for aceito, deve ele ser informado
previamente desta condição. recomendações circunstanciada.

Organização do trabalho de revisão


Procedimentos
26. A seleção do auditor-revisor cabe ao auditor a ser
31. A revisão deve abranger, exclusivamente, aspectos
revisado, tanto no caso de auditor pessoa física quanto
de atendimento às normas profissionais, sem a inclusão
de firma de auditoria.
de quaisquer questões relativas a negócios entre o

27 A equipe revisora deve ser formada por uma ou mais auditor-revisado e os seus clientes.

pessoas, dependendo do porte e da especialização do


32. O processo da Revisão Externa de Qualidade deve
auditor a ser revisado.
ser desenvolvido conforme procedimentos a serem

28. O membro que atuar na condição de líder da equipe detalhados pelo CRE, que devem considerar o seguinte:

revisora terá as seguintes responsabilidades:


a) obtenção, análise e avaliação das políticas e dos
procedimentos de controle de qualidade estabelecidas
a) a organização, o planejamento e a condução da pelo auditor-revisado independentemente da realização
revisão; de trabalhos, com emissão de Parecer de auditoria no
b) a supervisão do trabalho desenvolvido pelos período sob revisão;
membros da equipe; b) análise da adequação da informação recebida nas
c) a comunicação e a discussão dos resultados da entrevistas com pessoas de níveis hierárquicos e
revisão à administração do auditor-revisado; experiência adequada do auditor-revisado;
d) a preparação do respectivo relatório de revisão e a c) confirmação da estrutura de controle interno mediante
carta de recomendação, quando for o caso; e confronto com os papéis de trabalho, para uma amostra
e) a apresentação do relatório, da carta de de trabalhos;
recomendação e da cópia do questionário ao CRE, e, d) discussão com o auditor-revisado sobre os aspectos
quando requerido, dar os esclarecimentos ou participar identificados, apresentação das eventuais falhas e
de reunião com o CRE. respectivas recomendações;
e) elaboração do relatório de revisão de qualidade e
REALIZAÇÃO DA REVISÃO PELOS PARES carta de recomendações, quando for o caso; e
f) preparação da documentação de discussões com os
Objetivo revisados.

29. A revisão deve ser organizada para permitir que o 33. A equipe revisora deve adotar procedimentos de

auditor-revisor emita opinião sobre se durante o período auditoria, tais como verificação de documentação e

coberto pela revisão: indagação às pessoas envolvidas na administração, a

fim de confirmar se as normas de controle de qualidade


a) o sistema de controle de qualidade, incluindo a
estrutura organizacional e a metodologia de auditoria, definidas foram, efetivamente, aplicadas. Naqueles
estabelecido pelo auditor-revisado para os trabalhos de
auditoria atende às normas profissionais estabelecidas, aspectos em que, necessariamente, se requeira a
independentemente de o auditor-revisado ter realizado
trabalho com emissão de parecer de auditoria no revisão de papéis de trabalho, a equipe deve selecionar
período sob revisão; e
uma amostra limitada de clientes, concentrando suas
b) os procedimentos de controle de qualidade definidos
foram, efetivamente, adotados na realização dos atividades nos aspectos que necessitem avaliação,
trabalhos pelo auditor-revisado.
devendo, na amostra, ser incluídos trabalhos realizados
30. Para cada auditor-revisado, a equipe revisora deve
em empresas de capital aberto, mercado financeiro,
concluir sobre a existência de assuntos que mereçam
fundos de aposentadoria e pensões e securitário,
atenção quando houver evidência de que o revisado não
quando as revisadas tiverem entre seus clientes tais
cumpriu com as políticas e os procedimentos de
tipos de entidades.

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auditor-revisor envie o relatório e demais documentos


34. Na hipótese de o auditor-revisado não concordar
para análise.
com a seleção de determinado cliente para revisão, por

motivos justificáveis, tais como a existência de litígio ou 38. Aplica-se aos trabalhos de revisão externa de

investigação, ou pela negativa do cliente em autorizar a qualidade o mesmo entendimento do disposto no item

revisão dos papéis de trabalho, a equipe revisora deve 11.2.5.3 da NBC T 11 no que diz respeito à emissão de

avaliar e documentar as razões para essa exclusão. Carta de Recomendações com sugestões objetivas para

Caso não concorde com a restrição, deve avaliar o o aprimoramento do sistema de controle interno de

efeito dessa situação no contexto do trabalho e do qualidade, decorrentes de constatações feitas no

relatório a ser emitido. decorrer do seu trabalho.

35. Nos casos de auditores a serem revisados e que Tipos de relatório

possuam mais de um escritório, requer-se a aplicação 39. O relatório emitido pode ser de quatro tipos:

de julgamento profissional para avaliar a necessidade a) sem ressalvas, com emissão de carta de
recomendações, quando o auditor-revisor concluir,
de revisão de mais de uma seleção dos escritórios a positivamente, sobre os trabalhos realizados. A falta de
emissão de carta de recomendações deve ser
serem objeto da revisão. Podem ser requeridas visitas a justificada pelo auditor-revisor em sua carta de
encaminhamento do Relatório de Revisão ao CRE;
alguns desses escritórios para obtenção de evidências
b) com ressalvas, quando:
que permitam concluir que as políticas e os
(i) o auditor-revisor encontrar falhas relevantes que,
procedimentos de controle de qualidade são, porém, não requeiram a emissão de opinião adversa.
Neste caso, é obrigatória a emissão de carta de
adequadamente, divulgados e estendidos para o recomendações; ou,
(ii) for imposta alguma limitação no escopo da revisão
conjunto. que impeça o auditor-revisor de aplicar um ou mais
procedimentos requeridos. Neste caso, a emissão de
RELATÓRIO DA REVISÃO PELOS PARES carta de recomendações pode não ser requerida,
dependendo das causas das limitações no escopo da
Conteúdo e prazo revisão;

36. O relatório do auditor-revisor deve incluir os c) com conclusão adversa com emissão obrigatória de
carta de recomendações, quando a magnitude das
seguintes elementos: falhas identificadas for tão relevante que evidencie que
as políticas e os procedimentos de qualidade não estão
de acordo com as normas profissionais; e
a) escopo da revisão e eventuais limitações;
b) se está sendo emitida carta de recomendação; d) com abstenção de conclusão com emissão
c) descrição das limitações sobre a plena efetividade de obrigatória de carta de recomendações, quando as
qualquer sistema de controle de qualidade, além do limitações impostas ao trabalho forem tão relevantes
risco de determinadas deficiências existirem, mas não que o auditor-revisor não tenha condições de concluir
serem detectadas; sobre a revisão.
d) conclusão sobre se essas políticas e procedimentos
de controle de qualidade atendem às normas aplicáveis
e se elas foram observadas no período sob revisão.
40. As falhas encontradas nos trabalhos selecionados
37. A emissão do relatório deve ocorrer no prazo
não implicam emissão de relatório com ressalvas ou
máximo de 45 (quarenta e cinco) dias após a finalização
adverso, sempre que, a julgamento do auditor-revisor,
da revisão em campo, e sua data será a do
forem consideradas como isoladas e irrelevantes. A
encerramento da revisão, não podendo esse prazo
equipe revisora deve avaliar o padrão e o efeito das
ultrapassar aos estabelecidos pelo CRE, para que o
falhas identificadas, bem como sua implicação no

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sistema de controle de qualidade da firma, diferenciando qualidade ou que dê causa para que o relatório de

os erros no desenho do sistema de controle de revisão seja entregue após 30 (trinta) dias da data

qualidade, dos erros na aplicação das políticas e dos estabelecida, fica automaticamente indicado para a

procedimentos definidos. revisão no ano subseqüente.

41. As conclusões constantes no relatório emitido 46. Os ofícios emitidos pelo CRE ao auditor-revisor,

dependem, sempre, do exercício de julgamento originados da análise dos relatórios de revisão devem

profissional do auditor-revisor. Este deve incluir no ser respondidos ao CRE no prazo de 30 (trinta) dias

relatório parágrafos explicativos, sempre que tal seja contados a partir do primeiro dia útil após a data de

necessário ao entendimento das políticas e recebimento do aviso de recebimento (AR).

procedimentos adotados, bem como das suas


47. O auditor-revisor que não cumprir os prazos
aplicações.
determinados no item 46 está automaticamente

42. O auditor-revisado deve apresentar seu comentário impedido de efetuar revisão no ano subseqüente.

sobre os aspectos reportados no relatório de revisão e


48. O relatório sumário anual será disponibilizado pelo
na carta de recomendação e elaborar, obrigatoriamente,
CRE para o CFC, CVM e IBRACON e, quando
um plano de ação para responder às recomendações
solicitado, para os demais organismos oficiais
formuladas no prazo de até 30 (trinta) dias do
controladores e reguladores de mercado.
recebimento do relatório do auditor-revisor.
RECURSO
REVISÃO E SEUS PRAZOS
49. Das decisões do CRE, cabe interposição de recurso
43. Cabe ao CRE estabelecer os auditores que devem
ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina do Conselho
ser revisados, bem como estabelecer o cronograma
Federal de Contabilidade no prazo de 15 (quinze) dias
para entrega ao CRE dos relatórios de revisão e dos
após a notificação do CRE.
demais documentos, bem como emitir as guias de
PENALIDADES
orientação com antecedência mínima de 180 (cento e
50. A inobservância desta Norma constitui infração
oitenta) dias do prazo para entrega dos relatórios e dos
disciplinar sujeita às penalidades previstas nas alíneas
demais documentos.
“c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n°. 9.295, de 27
44. O CRE deve encaminhar até 31 de janeiro de cada
de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código de
ano, expediente para os auditores independentes
Ética Profissional do Contabilista.
selecionados pelo CRE para se submeterem ao

Programa de Revisão Externa de Qualidade pelos

Pares, com os prazos para indicação do auditor-revisor

e da entrega do Relatório de Revisão.

45. O auditor-revisado que não contratar auditor-revisor

para efetuar os trabalhos de revisão externa de

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Art. 3º No desempenho de suas funções, é vedado ao


contabilista:
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
I – anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de
(Outras Normas – CFC, CVM, IBRACON) comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do
colega, da Organização Contábil ou da classe, sendo
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO sempre admitida a indicação de títulos, especializações,
CONTABILISTA serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de
(Aprovado pela Resolução CFC nº 803/96) clientes;

CAPÍTULO I II – assumir, direta ou indiretamente, serviços de


DO OBJETIVO qualquer natureza, com prejuízo moral ou desprestígio
para a classe;
Art. 1º Este Código de Ética Profissional tem por
objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os III – auferir qualquer provento em função do exercício
contabilistas, quando no exercício profissional. profissional que não decorra exclusivamente de sua
prática lícita;
CAPÍTULO II
DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES IV – assinar documentos ou peças contábeis elaborados
por outrem, alheio à sua orientação, supervisão e
Art. 2º São deveres do contabilista: fiscalização;

I – exercer a profissão com zelo, diligência e V – exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar,
honestidade, observada a legislação vigente e por qualquer meio, o seu exercício aos não habilitados
resguardados os interesses de seus clientes e/ou ou impedidos;
empregadores, sem prejuízo da dignidade e
independência profissionais; VI – manter Organização Contábil sob forma não
autorizada pela legislação pertinente;
II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do
exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do VII – valer-se de agenciador de serviços, mediante
serviço público, ressalvados os casos previstos em lei participação desse nos honorários a receber;
ou quando solicitado por autoridades competentes,
entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade; VIII – concorrer para a realização de ato contrário à
legislação ou destinado a fraudá-la ou praticar, no
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação exercício da profissão, ato definido como crime ou
técnica dos serviços a seu cargo; contravenção;

IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, IX – solicitar ou receber do cliente ou empregador


em documento reservado, eventual circunstância qualquer vantagem que saiba para aplicação ilícita;
adversa que possa influir na decisão daquele que lhe
formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se X – prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse
a obrigação a sócios e executores; confiado a sua responsabilidade profissional;

V – inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de XI – recusar-se a prestar contas de quantias que lhe
emitir opinião sobre qualquer caso; forem, comprovadamente, confiadas;

VI – renunciar às funções que exerce, logo que se XII – reter abusivamente livros, papéis ou documentos,
positive falta de confiança por parte do cliente ou comprovadamente confiados à sua guarda;
empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de
antecedência, zelando, contudo, para que os interesse XIII – aconselhar o cliente ou o empregador contra
dos mesmos não sejam prejudicados, evitando disposições expressas em lei ou contra os Princípios
declarações públicas sobre os motivos da renúncia; Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade
editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;
VII – se substituído em suas funções, informar ao
substituto sobre fatos que devam chegar ao XIV – exercer atividade ou ligar o seu nome a
conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom empreendimentos com finalidades ilícitas;
desempenho das funções a serem exercidas;
XV – revelar negociação confidenciada pelo cliente ou
VIII – manifestar, a qualquer tempo, a existência de empregador para acordo ou transação que,
impedimento para o exercício da profissão; comprovadamente, tenha tido conhecimento;

IX – ser solidário com os movimentos de defesa da XVI – emitir referência que identifique o cliente ou
dignidade profissional, seja propugnando por empregador, com quebra de sigilo profissional, em
remuneração condigna, seja zelando por condições de publicação em que haja menção a trabalho que tenha
trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional realizado ou orientado, salvo quando autorizado por
da Contabilidade e seu aprimoramento técnico. eles;

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XVII – iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, IX – atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de
empregador ou de terceiros, alterando ou deturpando o Contabilidade e Conselho Federal de Contabilidade no
exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas sentido de colocar à disposição desses, sempre que
informações ou elaborando peças contábeis inidôneas; solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros
documentos que deram origem e orientaram a execução
XVIII – não cumprir, no prazo estabelecido, do seu trabalho.
determinação dos Conselhos Regionais de
Contabilidade, depois de regularmente notificado; CAPÍTULO III
DO VALOR DOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS
XIX – intitular-se com categoria profissional que não
possua, na profissão contábil; Art. 6º O Contabilista deve fixar previamente o valor dos
serviços, por contrato escrito, considerados os
XX – elaborar demonstrações contábeis sem elementos seguintes:
observância dos Princípios Fundamentais e das Normas
Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho I – a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade
Federal de Contabilidade; do serviço a executar;

XXI – renunciar à liberdade profissional, devendo evitar II – o tempo que será consumido para a realização do
quaisquer restrições ou imposições que possam trabalho;
prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho;
III – a possibilidade de ficar impedido da realização de
XXII – publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho outros serviços;
científico ou técnico do qual não tenha participado.
IV – o resultado lícito favorável que para o contratante
Art. 4º O Contabilista poderá publicar relatório, parecer advirá com o serviço prestado;
ou trabalho técnico-profissional, assinado e sob sua
responsabilidade. V – a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual,
habitual ou permanente;
Art. 5º O Contador, quando perito, assistente técnico,
auditor ou árbitro, deverá; VI – o local em que o serviço será prestado.

I – recusar sua indicação quando reconheça não se Art. 7º O Contabilista poderá transferir o contrato de
achar capacitado em face da especialização requerida; serviços a seu cargo a outro Contabilista, com a
anuência do cliente, sempre por escrito.
II – abster-se de interpretações tendenciosas sobre a
matéria que constitui objeto de perícia, mantendo Parágrafo único. O Contabilista poderá transferir
absoluta independência moral e técnica na elaboração parcialmente a execução dos serviços a seu cargo a
do respectivo laudo; outro contabilista, mantendo sempre como sua a
responsabilidade técnica.
III – abster-se de expender argumentos ou dar a
conhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de Art. 8º É vedado ao Contabilista oferecer ou disputar
quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da serviços profissionais mediante aviltamento de
causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no honorários ou em concorrência desleal.
âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;
CAPÍTULO IV
IV – considerar com imparcialidade o pensamento DOS DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À
exposto em laudo submetido à sua apreciação; CLASSE

V – mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e Art. 9º A conduta do Contabilista com relação aos
repute em condições de exercer efeito sobre peças colegas deve ser pautada nos princípios de
contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o disposto consideração, respeito, apreço e solidariedade, em
no inciso II do art. 2º; consonância com os postulados de harmonia da classe.

VI – abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem Parágrafo único. O espírito de solidariedade, mesmo na
estar suficientemente informado e munido de condição de empregado, não induz nem justifica a
documentos; participação ou conivência com o erro ou com os atos
infringentes de normas éticas ou legais que regem o
VII – assinalar equívocos ou divergências que encontrar exercício da profissão.
no que concerne à aplicação dos Princípios
Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade Art. 10 O Contabilista deve, em relação aos colegas,
editadas pelo CFC; observar as seguintes normas de conduta:

VIII – considerar-se impedido para emitir parecer ou I – abster-se de fazer referências prejudiciais ou de
elaborar laudos sobre peças contábeis, observando as qualquer modo desabonadoras;
restrições contidas nas Normas Brasileiras de
Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de II – abster-se da aceitação de encargo profissional em
Contabilidade; substituição a colega que dele tenha desistido para
preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou

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da classe, desde que permaneçam as mesmas em sua condição de Tribunal Superior de Ética e
condições que ditaram o referido procedimento; Disciplina.

III – jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de § 1º O recurso voluntário somente será encaminhado ao
soluções encontradas por colegas, que deles não tenha Tribunal Superior de Ética e Disciplina se o Tribunal
participado, apresentando-os como próprios; Regional de Ética e Disciplina respectivo mantiver ou
reformar parcialmente a decisão.
IV – evitar desentendimentos com o colega a que vier a
substituir no exercício profissional. § 2º Na hipótese do inciso III do art. 12, o Tribunal
Regional de Ética e Disciplina deverá recorrer ex officio
Art. 11 O Contabilista deve, com relação à classe, de sua própria decisão (aplicação de pena de Censura
observar as seguintes normas de conduta: Pública).

I – prestar seu concurso moral, intelectual e material, § 3º Quando se tratar de denúncia, o Conselho Regional
salvo circunstâncias especiais que justifiquem a sua de Contabilidade comunicará ao denunciante a
recusa; instauração do processo até trinta dias após esgotado o
prazo de defesa.
II – zelar pelo prestígio da classe, pela dignidade
profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições; Art. 14 O Contabilista poderá requerer desagravo
público ao Conselho Regional de Contabilidade, quando
III – aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas atingido, pública e injustamente, no exercício de sua
entidades de classe, admitindo-se a justa recusa; profissão.

IV – acatar as resoluções votadas pela classe contábil,


inclusive quanto a honorários profissionais;

V – zelar pelo cumprimento deste Código;

VI – não formular juízos depreciativos sobre a classe


contábil;

VII – representar perante os órgãos competentes sobre


irregularidades comprovadamente ocorridas na
administração de entidade da classe contábil;

VIII – jamais utilizar-se de posição ocupada na direção


de entidades de classe em benefício próprio ou para
proveito pessoal.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 12 A transgressão de preceito deste Código


constitui infração ética, sancionada, segundo a
gravidade, com a aplicação de uma das seguintes
penalidades:

I – advertência reservada;

II – censura reservada;

III – censura pública.

Parágrafo único. Na aplicação das sanções éticas, são


consideradas como atenuantes:

I – falta cometida em defesa de prerrogativa profissional;

II – ausência de punição ética anterior;

III – prestação de relevantes serviços à Contabilidade.

Art. 13 O julgamento das questões relacionadas à


transgressão de preceitos do Código de Ética incumbe,
originariamente, aos Conselhos Regionais de
Contabilidade, que funcionarão como Tribunais
Regionais de Ética e Disciplina, facultado recurso
dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de
quinze dias para o Conselho Federal de Contabilidade
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compatíveis com o exercício da atividade, em condições


INSTRUÇÃO CVM Nº 308, DE 14 DE MAIO DE 1999 que garantam a guarda, a segurança e o sigilo dos
documentos e informações decorrentes dessa atividade,
Dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de bem como a privacidade no relacionamento com seus
auditoria independente no âmbito do mercado de clientes;
valores mobiliários, define os deveres e as
responsabilidades dos administradores das entidades IV - possuir conhecimento permanentemente atualizado
auditadas no relacionamento com os auditores sobre o ramo de atividade, os negócios e as práticas
independentes, e revoga as Instruções CVM nos. 216, contábeis e operacionais de seus clientes, bem como
de 29 de junho de 1994, e 275, de 12 de março de possuir estrutura operacional adequada ao seu número
1998. e porte; e

O Presidente da Comissão de Valores Mobiliários - CVM V – ter sido aprovado em exame de qualificação técnica
torna público que o Colegiado, em reunião realizada previsto no art. 30.
nesta data, tendo em vista o disposto nos arts. 1º, inciso
V, 22, parágrafo único, inciso IV e 26, §§ 1º e 2º, da Lei Art. 4º Para fins de registro na categoria de Auditor
nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e tendo em vista o Independente - Pessoa Jurídica, deverá a interessada
disposto no art. 177, § 3º, da Lei nº 6.404, de 15 de atender às seguintes condições:
dezembro de 1976, RESOLVEU baixar a seguinte
Instrução: I - estar inscrita no Registro Civil das Pessoas Jurídicas,
sob a forma de sociedade civil, constituída
DO REGISTRO, SUAS CATEGORIAS E CONDIÇÕES exclusivamente para prestação de serviços profissionais
de auditoria e demais serviços inerentes à profissão de
Art. 1º O auditor independente, para exercer atividade contador;
no âmbito do mercado de valores mobiliários, está
sujeito ao registro na Comissão de Valores Mobiliários, II – que todos os sócios sejam contadores e que, pelo
regulado pela presente Instrução. menos a metade desses, sejam cadastrados como
responsáveis técnicos, conforme disposto nos §§ 1º e 2º
Art. 2º O registro de auditor independente compreende do art. 2º
duas categorias:
III – constar do contrato social, ou ato constitutivo
I - Auditor Independente - Pessoa Física (AIPF), equivalente, cláusula dispondo que a sociedade
conferido ao contador que satisfaça os requisitos responsabilizar-se-á pela reparação de dano que causar
previstos nos arts. 3º e 5º desta Instrução; a terceiros, por culpa ou dolo, no exercício da atividade
profissional e que os sócios responderão solidária e
II - Auditor Independente - Pessoa Jurídica (AIPJ), ilimitadamente pelas obrigações sociais, depois de
conferido à sociedade profissional, constituída sob a esgotados os bens da sociedade;
forma de sociedade civil, que satisfaça os requisitos
previstos nos arts. 4º e 6º desta Instrução. IV – estar regularmente inscrita, bem como seus sócios
e demais responsáveis técnicos regularmente
§ 1º A Comissão de Valores Mobiliários manterá, ainda, registrados, em Conselho Regional de Contabilidade;
cadastro dos responsáveis técnicos autorizados a emitir
e assinar parecer de auditoria, em nome de cada V – terem todos os responsáveis técnicos autorizados a
sociedade, no âmbito do mercado de valores emitir e assinar parecer de auditoria em nome da
mobiliários. sociedade, conforme disposto nos §§ 1º e 2º do art. 2º,
exercido atividade de auditoria de demonstrações
§ 2º Para efeito desta Instrução, os responsáveis contábeis, comprovada nos termos do art. 7º; dentro do
técnicos compreendem os sócios, diretores e demais território nacional por período não inferior a cinco anos,
contadores integrantes do quadro técnico de cada consecutivos ou não, contados a partir da data do
sociedade, que tenham atendido às exigências contidas registro em Conselho Regional de Contabilidade, na
nesta Instrução. categoria de contador;

Art. 3º Para fins de registro na categoria de Auditor VI - terem sido todos os responsáveis técnicos
Independente - Pessoa Física, deverá o interessado aprovados em exame de qualificação técnica previsto no
atender às seguintes condições: art. 30;

I - estar registrado em Conselho Regional de VII – manter escritório profissional legalizado em nome
Contabilidade, na categoria de contador; da sociedade, com instalações compatíveis com o
exercício da atividade de auditoria independente, em
II - haver exercido atividade de auditoria de condições que garantam a guarda, a segurança e o
demonstrações contábeis, dentro do território nacional, sigilo dos documentos e informações decorrentes dessa
por período não inferior a cinco anos, consecutivos ou atividade, bem como a privacidade no relacionamento
não, contados a partir da data do registro em Conselho com seus clientes; e
Regional de Contabilidade, na categoria de contador,
nos termos do art. VIII - manter quadro permanente de pessoal técnico
adequado ao número e porte de seus clientes, com
III - estar exercendo atividade de auditoria conhecimento constantemente atualizado sobre o seu
independente, mantendo escritório profissional ramo de atividade, os negócios, as práticas contábeis e
legalizado, em nome próprio, com instalações operacionais.
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Instrução e com o exercício da atividade profissional no


DA INSTRUÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO âmbito do mercado de valores mobiliários;

Art. 5º O pedido de registro de Auditor Independente - X - cópia da carteira de identidade de contabilista, na


Pessoa Física será instruído com os seguintes categoria de contador, ou certidão equivalente expedida
documentos: por Conselho Regional de Contabilidade, dos sócios e
dos demais responsáveis técnicos;
I – requerimento (Anexo I);
XI – informação cadastral dos sócios e dos demais
II - cópia da carteira de identidade de contabilista, na responsáveis técnicos (Anexo II);
categoria de contador, ou certidão equivalente, expedida
por Conselho Regional de Contabilidade; XII – comprovação do exercício da atividade de auditoria
de cada um dos responsáveis técnicos, nos termos do
III - informação cadastral (Anexo II); art. 7º; e

IV - cópia do Alvará de Licença para Localização e XIII – certificado de aprovação no exame de qualificação
Funcionamento, ou documento hábil equivalente, técnica de cada um dos responsáveis técnicos, previsto
expedido pela Prefeitura do Município onde o no art. 30.
requerente exerça a atividade, que comprove a
legalização do escritório em nome próprio; DA COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE DE AUDITORIA

V - comprovação do exercício da atividade de auditoria, Art. 7º O exercício da atividade de auditoria poderá ser
conforme o disposto no art. 7º; comprovado mediante a apresentação dos seguintes
documentos:
VI - certificado de aprovação em exame de qualificação
técnica, previsto no art. 30; e I – cópias de pareceres de auditoria acompanhados das
demonstrações contábeis auditadas, emitidos e
VII – declaração legal (Anexo III). assinados pelo interessado, publicados em jornais ou
revistas especializadas, bastando uma publicação para
Art. 6º O pedido de registro de Auditor Independente - cada ano; ou
Pessoa Jurídica será instruído com os seguintes
documentos: II – cópia do registro individual de empregado ou
declaração da sociedade de auditoria registrada na
I – requerimento (Anexo IV); CVM, firmada por seu sócio representante, e cópia da
carteira de trabalho do profissional, observado o
II – traslado ou certidão do instrumento de contrato disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo.
social, ou ato constitutivo equivalente, e alterações
posteriores, com prova de inscrição e arquivamento no § 1º A critério da CVM, a comprovação de experiência
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, e inscrição em em trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis
Conselho Regional de Contabilidade; poderá ser satisfeita, ainda, mediante a apresentação
de:
III – relação dos endereços da sede e dos escritórios, se
for o caso; a) cópias de pareceres de auditoria e respectivos
relatórios circunstanciados, emitidos e assinados pelo
IV – relação das entidades nas quais a sociedade, seus interessado, acompanhados das respectivas
sócios e responsáveis técnicos tenham participação no demonstrações contábeis, autenticados pela entidade
capital social e que atuem ou prestem serviços no auditada, contendo expressa autorização para que tais
âmbito do mercado de valores mobiliários, indicando as documentos sejam apresentados à Comissão de
respectivas áreas de atuação; Valores Mobiliários, com a finalidade de comprovação
da atividade de auditoria do interessado, bastando uma
V - cópia do Alvará de Licença para Localização e comprovação para cada ano; ou
Funcionamento ou documento hábil equivalente,
expedido pela Prefeitura, da sede e dos escritórios, se b) declaração de entidade governamental, companhia
for o caso, que comprove a sua legalização; aberta ou empresa reconhecida de grande porte,
firmada por seu representante legal, na qual deverão
VI – cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do constar todas as informações pertinentes ao vínculo de
Ministério da Fazenda da sede e dos escritórios, se for o emprego, atestando haver o mesmo exercido cargo ou
caso; função de auditoria de demonstrações contábeis.

VII - cópia do Alvará de Registro expedido por Conselho § 2º Nos casos previstos no inciso II e na letra "b" do §
Regional de Contabilidade da sede e dos escritórios, se 1º deste artigo, deverá ser comprovado o exercício, pelo
for o caso; prazo mínimo de dois anos, em cargo de direção, chefia
ou supervisão na área de auditoria de demonstrações
VIII – declaração legal (Anexo V); contábeis, a partir da data do registro na categoria de
contador.
IX – indicação de até dois sócios como representantes
da sociedade perante a CVM, que se encarregarão de § 3º A comprovação de atendimento do disposto neste
diligenciar e encaminhar a prestação de artigo poderá ser feita por períodos parciais,
esclarecimentos relacionados com o atendimento desta
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consecutivos ou não, desde que o somatório do período Art. 14. Da decisão denegatória caberá recurso
de exercício de atividade não seja inferior a cinco anos. voluntário ao Colegiado da Comissão de Valores
Mobiliários, nos termos das normas em vigor.
DO EXAME DO PEDIDO E DO PRAZO PARA A
CONCESSÃO DO REGISTRO DOS CASOS DE SUSPENSÃO E CANCELAMENTO
AUTOMÁTICOS
Art. 8º O pedido de registro como auditor independente
será objeto de exame pela Comissão de Valores Art. 15. O Auditor Independente - Pessoa Física, o
Mobiliários, que poderá exigir a complementação dos Auditor Independente – Pessoa Jurídica e seus
documentos inicialmente apresentados, a sua responsáveis técnicos poderão ter, respectivamente, o
atualização, bem como a apresentação de outros registro e o cadastro na Comissão de Valores
documentos, inclusive papéis de trabalho de auditoria, Mobiliários suspenso ou cancelado, sem prejuízo de
que julgar necessários. outras sanções legais cabíveis, nos casos em que:

Art. 9º O prazo para concessão do registro é de trinta I – seja comprovada a falsidade dos documentos ou
dias a contar da data do protocolo de entrada do pedido declarações apresentados para a obtenção do registro
na CVM. na Comissão de Valores Mobiliários;

§ 1º Decorrido o prazo previsto sem que haja qualquer II – sejam descumpridas quaisquer das condições
manifestação da Comissão, presume-se que o pedido necessárias à sua concessão ou à sua manutenção ou
de registro foi aprovado, podendo o interessado se for verificada a superveniência de situação
requerer a expedição do respectivo Ato Declaratório, impeditiva;
salvo os casos em que seja verificado que o mesmo não
está devidamente instruído e documentado. III – tenham sofrido pena de suspensão ou
cancelamento do registro profissional, transitada em
§ 2º O prazo de trinta dias será suspenso uma única vez julgado, aplicada pelo órgão fiscalizador da profissão; ou
se a CVM solicitar informação ou documento adicional
necessário ao exame do pedido de registro, ou IV - forem, por sentença judicial transitada em julgado:
condicionar sua aprovação a modificações na
documentação pertinente. a) declarados insolventes;

§ 3º É assegurado à CVM, para manifestação final, b) condenados em processo-crime de natureza


período correspondente a cinco dias úteis, caso o infamante, ou por crime ou contravenção de conteúdo
restante do prazo previsto no § 2º seja a este inferior. econômico;

Art. 10. Será indeferido o pedido de registro como c) impedidos para exercer cargo público; ou
Auditor Independente – Pessoa Jurídica quando estiver
incluído contador que, nos termos dos arts. 15 e 35 d) declarados incapazes de exercerem os seus direitos
desta Instrução, tenha tido seu registro cancelado ou civis.
suspenso pela Comissão de Valores Mobiliários,
enquanto não transcorrido o cumprimento da § 1º A CVM comunicará previamente ao auditor
penalidade. independente a decisão de suspender ou cancelar o seu
registro, nos termos deste artigo, concedendo-lhe o
Parágrafo único. O pedido de registro como Auditor prazo de dez dias úteis, contados da data do
Independente - Pessoa Física será também, nas recebimento da comunicação, para apresentar as suas
mesmas condições, indeferido. razões de defesa ou regularizar o seu registro.

Art. 11. Não será permitido o registro, na categoria de § 2º Da decisão de suspensão ou cancelamento do
Auditor Independente - Pessoa Física, de contador que registro, segundo o disposto neste artigo, caberá
seja sócio, diretor ou responsável técnico ou que tenha recurso voluntário, com efeito suspensivo, ao Colegiado
vínculo empregatício com Auditor Independente - desta Comissão, de acordo com as demais normas
Pessoa Jurídica. vigentes.

Art. 12. Deferido o pedido, a Comissão de Valores DAS INFORMAÇÕES PERIÓDICAS E EVENTUAIS
Mobiliários expedirá o competente Ato Declaratório, que
será publicado no Diário Oficial da União. Art. 16. O Auditor Independente - Pessoa Física e o
Auditor Independente - Pessoa Jurídica deverão remeter
Parágrafo único. O Ato Declaratório, publicado no Diário anualmente, até o último dia útil do mês de abril, as
Oficial da União, constitui documento comprobatório do informações requeridas no anexo VI, relativas ao
registro na CVM, com validade em todo o território exercício anterior.
nacional.
Art. 17. Sem prejuízo de, a qualquer tempo, a Comissão
Art. 13. Indeferido o pedido, a Comissão de Valores de Valores Mobiliários poder exigir a atualização de
Mobiliários cientificará o interessado mediante quaisquer documentos e informações, os auditores
correspondência, com esclarecimento das razões que independentes deverão, sempre que houver alteração,
deram causa ao indeferimento. encaminhar à CVM:

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I – no prazo de dez dias da data da sua ocorrência: DAS HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO E DE


INCOMPATIBILIDADE
a) Informação Cadastral (Anexo II); e
Art. 22. Não poderão realizar auditoria independente o
b) cópia da carteira de identidade de contabilista ou Auditor Independente – Pessoa Física, os sócios e os
certidão equivalente dos novos sócios ou responsáveis demais integrantes do quadro técnico de Auditor
técnicos. Independente – Pessoa Jurídica quando ficar
configurada, em sua atuação na entidade auditada, suas
II – no prazo de trinta dias da data da sua ocorrência: controladas, controladoras ou integrantes de um mesmo
grupo econômico, a infringência às normas do Conselho
a) traslado, certidão ou cópia das alterações do contrato Federal de Contabilidade - CFC relativas à
social, com prova de inscrição e arquivamento no independência.
Registro Civil das Pessoas Jurídicas e no Conselho
Regional de Contabilidade; e Art. 23. É vedado ao Auditor Independente e às pessoas
físicas e jurídicas a ele ligadas, conforme definido nas
b) declaração legal (Anexos III e V) e demais normas de independência do CFC, em relação às
documentos previstos nos arts. 5º e 6º desta Instrução. entidades cujo serviço de auditoria contábil esteja a seu
cargo:
Art. 18. Os auditores independentes que não
mantiverem atualizado o seu registro ou não I – adquirir ou manter títulos ou valores mobiliários de
apresentarem os esclarecimentos e informações emissão da entidade, suas controladas, controladoras
especificadas nesta Instrução ficam sujeitos à multa ou integrantes de um mesmo grupo econômico; ou
cominatória diária, observados os seguintes valores:
II - prestar serviços de consultoria que possam
I - Multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) - pela não caracterizar a perda da sua objetividade e
apresentação das informações e documentos independência.
requeridos no inciso II do art. 17 desta Instrução;
Parágrafo único. São exemplos de serviços de
II - Multa de R$ 100,00 (cem reais) - pela não consultoria previstos no caput deste artigo:
apresentação das informações e documentos
requeridos no art. 16, no inciso I do art. 17 e nos §§ 1º e I - assessoria à reestruturação organizacional;
2º do art. 28 desta Instrução.
II - avaliação de empresas;
Parágrafo único. Os valores referidos neste artigo serão
reduzidos à metade quando o auditor independente não III - reavaliação de ativos;
possuir clientes no âmbito do mercado de valores
mobiliários. IV - determinação de valores para efeito de constituição
de provisões ou reservas técnicas e de provisões para
DAS NORMAS RELATIVAS AO EXERCÍCIO DA contingências;
ATIVIDADE DE AUDITORIA NO MERCADO DE
VALORES MOBILIÁRIOS V - planejamento tributário;

Art. 19. O auditor independente, no exercício de sua VI - remodelamento dos sistemas contábil, de
atividade no âmbito do mercado de valores mobiliários, informações e de controle interno; ou
deve cumprir e fazer cumprir, por seus empregados e
prepostos, as normas específicas emanadas da VII - qualquer outro produto ou serviço que influencie ou
Comissão de Valores Mobiliários. que possa vir a influenciar as decisões tomadas
ela administração da instituição auditada.
Art. 20. O Auditor Independente - Pessoa Física e o
Auditor Independente - Pessoa Jurídica, todos os seus Art. 24. O auditor independente deverá renunciar à
sócios e integrantes do quadro técnico deverão função na ocorrência das situações previstas no art. 22.
observar, ainda, as normas emanadas do Conselho
Federal de Contabilidade - CFC e os pronunciamentos Parágrafo único. Constatada a não observância do
técnicos do Instituto Brasileiro de Contadores - disposto neste artigo, a Comissão de Valores Mobiliários
IBRACON, no que se refere à conduta profissional, ao poderá determinar a substituição do auditor
exercício da atividade e à emissão de pareceres e independente.
relatórios de auditoria.
DOS DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS
Art. 21. Os pareceres de auditoria e os documentos AUDITORES INDEPENDENTES
destinados a satisfazer as exigências da Comissão de
Valores Mobiliários deverão ser emitidos e assinados, Art. 25. No exercício de suas atividades no âmbito do
com a indicação única da categoria profissional e do mercado de valores mobiliários, o auditor independente
número de registro no Conselho Regional de deverá, adicionalmente:
Contabilidade, quando Pessoa Física, ou com a
indicação da categoria profissional, do número de I - verificar:
registro e de cadastro no Conselho Regional de
Contabilidade, respectivamente, do responsável técnico a) se as demonstrações contábeis e o parecer de
e da sociedade, quando Pessoa Jurídica. auditoria foram divulgados nos jornais em que seja
obrigatória a sua publicação e se estes correspondem
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às demonstrações contábeis auditadas e ao relatório ou elementos e condições necessários ao perfeito


parecer originalmente emitido; desempenho de suas funções.

b) se as informações e análises contábeis e financeiras § 1º A entidade auditada deverá fornecer ao auditor


apresentadas no relatório da administração da entidade independente a carta de responsabilidade da
estão em consonância com as demonstrações contábeis administração, de acordo com as normas aprovadas
auditadas; pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC.

c) se as destinações do resultado da entidade estão de § 2º A responsabilidade dos administradores das


acordo com as disposições da lei societária, com o seu entidades auditadas pelas informações contidas nas
estatuto social e com as normas emanadas da CVM; e demonstrações contábeis, ou nas declarações
fornecidas, não elide a responsabilidade do auditor
d) o eventual descumprimento das disposições legais e independente no tocante ao seu relatório de revisão
regulamentares aplicáveis às atividades da entidade especial de demonstrações trimestrais ou ao seu
auditada e/ou relativas à sua condição de entidade parecer de auditoria, nem o desobriga da adoção dos
integrante do mercado de valores mobiliários, que procedimentos de auditoria requeridos nas
tenham, ou possam vir a ter reflexos relevantes nas circunstâncias.
demonstrações contábeis ou nas operações da entidade
auditada. Art. 27. Os administradores das entidades auditadas
serão responsabilizados pela contratação de auditores
II - elaborar e encaminhar à administração e, quando independentes que não atenderem às condições
solicitado, ao Conselho Fiscal, relatório circunstanciado previstas nesta Instrução, especialmente quanto à sua
que contenha suas observações a respeito de independência e à regularidade de seu registro na
deficiências ou ineficácia dos controles internos e dos Comissão de Valores Mobiliários.
procedimentos contábeis da entidade auditada;
Parágrafo único. Sem prejuízo das sanções legais
III - conservar em boa guarda pelo prazo mínimo de cabíveis, constatada a falta de independência do auditor
cinco anos, ou por prazo superior por determinação ou a ausência de registro nesta CVM, o trabalho de
expressa desta Comissão em caso de Inquérito auditoria será considerado sem efeito para o
Administrativo, toda a documentação, correspondência, atendimento da lei e das normas da Comissão.
papéis de trabalho, relatórios e pareceres relacionados
com o exercício de suas funções; Art. 28. A administração da entidade auditada deverá,
no prazo de vinte dias, comunicar à CVM a mudança de
IV - indicar com clareza, e em quanto, as contas ou auditor, havendo ou não rescisão do contrato de
subgrupos de contas do ativo, passivo, resultado e prestação dos serviços de auditoria, com justificativa da
patrimônio líquido que estão afetados pela adoção de mudança, na qual deverá constar a anuência do auditor
procedimentos contábeis conflitantes com os Princípios substituído.
Fundamentais de Contabilidade, bem como os efeitos
no dividendo obrigatório e no lucro ou prejuízo por ação, § 1º Decorrido o prazo sem que haja manifestação da
conforme o caso, sempre que emitir relatório de revisão administração da entidade auditada quanto à
especial de demonstrações trimestrais ou parecer informação requerida, o auditor independente deverá
adverso ou com ressalva; comunicar à CVM a substituição, no prazo de dez dias,
contados a partir da data do encerramento do prazo
V - dar acesso à fiscalização da CVM e fornecer ou conferido à administração da entidade.
permitir a reprodução dos documentos referidos no item
III, que tenham servido de base à emissão do relatório § 2º O auditor independente que não concordar com a
de revisão especial de demonstrações trimestrais ou do justificativa apresentada para a sua substituição deverá
parecer de auditoria; e encaminhar à CVM as razões de sua discordância, no
prazo de trinta dias, contados a partir da data da
VI - possibilitar, no caso de substituição por outro substituição.
auditor, resguardados os aspectos de sigilo e mediante
prévia concordância da entidade auditada, o acesso do § 3º O descumprimento do disposto neste artigo
novo auditor contratado aos documentos e informações sujeitará a entidade e o auditor independente à multa
que serviram de base para a emissão dos relatórios de cominatória diária, nos termos do art. 18 desta
revisões especiais de demonstrações trimestrais e Instrução.
pareceres de auditoria dos exercícios anteriores.
Art. 29. O conselho fiscal da entidade auditada, quando
Parágrafo único. Constatada qualquer irregularidade em funcionamento, deverá verificar o correto
relevante em relação ao que estabelece os incisos I e II, cumprimento pelos administradores do disposto nos
o auditor independente deverá comunicar o fato à CVM, arts. 27 e 28.
por escrito, no prazo máximo de vinte dias, contados da
data da sua ocorrência. DO EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA

DOS DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS Art. 30. O exame de qualificação técnica será realizado,
ADMINISTRADORES E DO CONSELHO FISCAL no mínimo no primeiro semestre de cada ano, com
vistas à habilitação do auditor independente para o
Art. 26. A entidade, ao contratar os serviços de auditoria exercício da atividade de auditoria de demonstrações
independente, deve fornecer ao auditor todos os contábeis para todas as entidades integrantes do
mercado de valores mobiliários.
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§ 3º A primeira revisão de controle de qualidade deverá


Parágrafo único. O exame de qualificação técnica será ser efetuada, no máximo, até dois anos contados a
aplicado pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC partir da publicação desta Instrução.
em conjunto com o Instituto Brasileiro de Contadores -
IBRACON ou por instituição indicada pela CVM, nos § 4º O auditor independente responsável pela revisão
moldes a serem definidos em ato próprio. do controle de qualidade também deverá observar, em
relação ao auditor revisado, as normas de
DA ROTATIVIDADE DOS AUDITORES independência aprovadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade - CFC.
Art. 31. O Auditor Independente - Pessoa Física e o
Auditor Independente - Pessoa Jurídica não podem § 5º A Comissão de Valores Mobiliários poderá
prestar serviços para um mesmo cliente, por prazo determinar a substituição do auditor independente
superior a cinco anos consecutivos, contados a partir da escolhido para a realização do controle de qualidade
data desta Instrução, exigindo-se um intervalo mínimo quando, a seu critério, não atenderem às condições
de três anos para a sua recontratação. para a realização da revisão ou por inobservância do
disposto nos §§ 1º e 4º.
DO CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO
DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA
Art. 32. O auditor independente deverá implementar um
programa interno de controle de qualidade, segundo as Art. 34. Os auditores independentes deverão manter
diretrizes emanadas do Conselho Federal de uma política de educação continuada de todo o seu
Contabilidade – CFC e do Instituto Brasileiro de quadro funcional e de si próprio, conforme o caso,
Contadores - IBRACON, que vise a garantir o pleno segundo as diretrizes aprovadas pelo Conselho Federal
atendimento das normas que regem a atividade de de Contabilidade - CFC e pelo Instituto Brasileiro de
auditoria de demonstrações contábeis e das normas Contadores - IBRACON, com vistas a garantir a
emanadas desta Comissão de Valores Mobiliários. qualidade e o pleno atendimento das normas que regem
o exercício da atividade de auditoria de demonstrações
§ 1º O programa interno de controle de qualidade será contábeis.
estabelecido de acordo com a estrutura de sua equipe
técnica e a complexidade dos serviços a seu cargo, no DAS PENALIDADES
caso de Auditor Independente - Pessoa Jurídica e
quanto à competência técnico-profissional, no caso de Art. 35. O Auditor Independente – Pessoa Física, o
Auditor Independente - Pessoa Física. Auditor Independente – Pessoa Jurídica e os seus
responsáveis técnicos poderão ser advertidos,
§ 2º O programa interno de controle de qualidade multados, ou ter o seu registro na Comissão de Valores
poderá ser desenvolvido em conjunto com outros Mobiliários suspenso ou cancelado, sem prejuízo de
auditores independentes ou em convênio com instituição outras sanções legais cabíveis, quando:
especializada, devendo o Auditor Independente -
Pessoa Jurídica indicar sócio responsável pela I - atuarem em desacordo com as normas legais e
implementação e condução desse programa. regulamentares que disciplinam o mercado de valores
mobiliários, inclusive o descumprimento das disposições
§ 3º O programa interno de controle de qualidade será desta Instrução;
exigido após doze meses da publicação das normas e
diretrizes aprovadas pelo Conselho Federal de II - realizarem auditoria inepta ou fraudulenta, falsearem
Contabilidade – CFC que regulamentem essa matéria. dados ou números, ou sonegarem informações que
sejam de seu dever revelar; ou
DO CONTROLE DE QUALIDADE EXTERNO
III - utilizarem, em benefício próprio ou de terceiros, ou
Art. 33. Os auditores independentes deverão, a cada permitirem que terceiros se utilizem de informações a
quatro anos, submeter-se à revisão do seu controle de que tenham tido acesso em decorrência do exercício da
qualidade, segundo as diretrizes emanadas do atividade de auditoria.
Conselho Federal de Contabilidade - CFC e do Instituto
Brasileiro de Contadores – IBRACON, que será Art. 36. O descumprimento das disposições contidas
realizada por outro auditor independente, também nesta Instrução sujeita os seus infratores às penalidades
registrado na Comissão de Valores Mobiliários, cuja previstas no art. 11 da Lei nº 6.385/76.
escolha deverá ser comunicada previamente a esta
Autarquia. Art. 37. Constitui infração grave, para o efeito do
disposto no § 3º do art. 11 da Lei nº 6.385/76, o
§ 1º No caso de Auditor Independente - Pessoa descumprimento do disposto nos arts. 20, 22, 23, 25,
Jurídica, a revisão do controle de qualidade será 31, 32, 33 e nos incisos II e III do art. 35 desta Instrução.
efetuada por sociedade de auditores que possua
estrutura compatível com o trabalho a ser desenvolvido. Art. 38. Constituem hipóteses de infração de natureza
objetiva, sujeitas ao rito sumário de processo
§ 2º O auditor revisor deverá emitir relatório de revisão administrativo, o descumprimento dos arts. 16, 17, 21,
do controle de qualidade a ser encaminhado ao auditor parágrafo único do art. 25, § 1º do art. 26, 27 e §§ 1º e
independente e à CVM até 31 de outubro do ano em 2º do art. 28 desta Instrução.
que se realizar a revisão.
Parágrafo único. Não será adotado o rito sumário em
caso de reincidência específica ou genérica.
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Art. 39. A Comissão de Valores Mobiliários dará


conhecimento, em publicação no Diário Oficial da União,
do cancelamento ou da suspensão do registro de
auditor independente e comunicará a ocorrência ao
Conselho Regional de Contabilidade pertinente, nos
casos de aplicação das penalidades previstas nesta
Instrução.

Parágrafo único. No caso de cancelamento, os


documentos e declarações apresentados para obtenção
e manutenção do registro ficarão à disposição do
interessado, por um prazo de sessenta dias, após o qual
poderão ser destruídos.

Art. 40. A Comissão de Valores Mobiliários divulgará,


periodicamente, e manterá atualizada e disponível para
o mercado, a relação dos auditores independentes que
tenham sido penalizados em inquérito administrativo.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 41. O exame de qualificação técnica, previsto no art.


30, não será exigido dos auditores independentes que já
estiverem registrados nesta CVM, na data em que esta
Instrução entrar em vigor.

Parágrafo único. Os auditores independentes que


vierem a se registrar nesta CVM, a partir da vigência
desta Instrução, estarão dispensados da apresentação
do certificado de aprovação no exame de qualificação
técnica, enquanto o mesmo não estiver regulamentado.

Art. 42. Esta Instrução entra em vigor na data de sua


publicação no Diário Oficial da União.

Art. 43. Ficam revogadas as Instruções CVM nº 216, de


29 de junho de 1994, e 275, de 12 de março de 1998.

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dúvida a validade do sistema obrigatório de auditoria.


NOTA EXPLICATIVA À INSTRUÇÃO CVM Nº 308, DE Considerando que a confiabilidade do mercado em
14 DE MAIO DE 1999 relação à competência e à independência dos auditores
independentes é um requisito fundamental a ser
Ref.: Instrução CVM Nº 308, de 14 de maio de 1999, mantido, a CVM entendeu que deveria revisar as suas
que dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de normas e instituir novos mecanismos que visassem à
auditoria independente no âmbito do mercado de manutenção daqueles atributos.
valores mobiliários, define os deveres e as
responsabilidades dos administradores das entidades Da mesma forma que as antecedentes Instruções CVM
auditadas no relacionamento com os auditores nº 204/93 e 216/94, a presente Instrução, além de
independentes, e revoga as Instruções CVM nº 216, de consolidar em um único texto normativo a
29 de junho de 1994, e 275, de 12 de março de 1998. regulamentação do exercício da atividade de auditoria
no âmbito do mercado de valores mobiliários, tem por
1) INTRODUÇÃO objetivo introduzir nesta regulamentação novos
mecanismos, como o exame de qualificação técnica, o
A Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que programa de educação continuada e os controles de
disciplina o mercado de valores mobiliários e criou a qualidade interno e externo, além de exemplificar
Comissão de Valores Mobiliários, determina no art. 26 atividades que caracterizam o conflito de interesses
que somente empresas de auditoria contábil ou quando sejam exercidas concomitantemente com a
auditores contábeis independentes registrados na prestação de serviços de auditoria independente para
Comissão de Valores Mobiliários poderão auditar as um mesmo cliente.
demonstrações contábeis de companhias abertas e de
instituições, sociedades ou empresas que integram o Em suma, com a reformulação, a CVM tem por objetivo
sistema de distribuição e intermediação de valores dotar este mercado de auditores que possuam elevada
mobiliários. qualificação técnica e, ao mesmo tempo, os atributos de
competência, ética e independência que são requeridos
Exercendo a competência que lhe foi conferida na lei, a desses profissionais.
Comissão de Valores Mobiliários expediu, inicialmente,
em 24 de outubro de 1978, a Instrução CVM nº 04, Para a consecução desse objetivo, a CVM espera
instituindo as primeiras normas para o registro de continuar contando com o suporte e apoio que vêm
auditores independentes e definindo as condições em sendo dados pelos órgãos reguladores da profissão e
que poderiam ensejar a recusa, a suspensão ou o pelas instituições representativas de classe, objetivando,
cancelamento. ainda, desenvolver um modelo de auto-regulação, no
qual os órgãos profissionais seriam os responsáveis
É importante ressaltar que, passados vinte anos e tendo primários pela fiscalização da atividade de auditoria
sido introduzidas diversas alterações normativas, os independente. À CVM caberia verificar a eficiência do
fundamentos que nortearam o posicionamento inicial da modelo, interferindo no processo somente nos casos em
CVM continuam válidos e atualizados. São eles: que o sistema de auto-regulação não estiver
funcionando a contento.
- a importância de um sistema de auditoria
independente como suporte indispensável ao órgão 2) O REGISTRO COMO AUDITOR INDEPENDENTE
regulador; (Arts. 1º a 6º)

- a figura do auditor independente como elemento Cabe esclarecer inicialmente que o registro na CVM não
imprescindível para a credibilidade do mercado e como se constitui em uma nova categoria profissional e,
instrumento de inestimável valor na proteção dos tampouco, significa cerceamento do exercício da
investidores, na medida em que a sua função é zelar atividade profissional. Ao contrário, a atividade de
pela fidedignidade e confiabilidade das demonstrações auditoria independente é prerrogativa do contador
contábeis da entidade auditada; legalmente habilitado e registrado em Conselho
Regional de Contabilidade. Essa atividade pode ser
- a exatidão e a clareza das demonstrações contábeis, exercida individualmente ou em sociedade civil, cujos
inclusive a divulgação em notas explicativas de sócios sejam todos contadores, inexistindo,
informações indispensáveis à visualização da situação conseqüentemente, incompatibilidades entre essas
patrimonial e financeira e dos resultados da entidade normas e o regime disciplinar da categoria profissional
auditada, dependem de um sistema de auditoria eficaz de contador.
e, fundamentalmente, da tomada de consciência do
auditor quanto ao seu verdadeiro papel dentro deste A nova Instrução mantém as duas formas de registro já
contexto; e existentes, quais sejam: Auditor Independente – Pessoa
Física, conferido ao contador legalmente habilitado, que
- a necessidade de que o mercado disponha de satisfaça às exigências estabelecidas nos arts. 3º , 5º e
auditores independentes altamente capacitados e que, 7º e Auditor Independente – Pessoa Jurídica, conferido
ao mesmo tempo, desfrutem de um elevado grau de à sociedade integrada exclusivamente por contadores e
independência no exercício da sua atividade. cadastrada em Conselho Regional de Contabilidade,
que satisfaça às exigências estabelecidas nos arts. 4º ,
A reformulação ora implementada tornou-se imperativa 6º e 7º. Para que o sócio ou qualquer outra pessoa que
em face de recentes fatos, amplamente divulgados, que tenha vínculo de emprego com a sociedade de auditoria
levaram a sociedade, de um modo geral, a questionar a possa emitir e assinar pareceres e relatórios em nome
capacidade dos auditores independentes em atender da sociedade, torna-se obrigatório estar cadastrado
aos fundamentos anteriormente referidos, pondo em
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como responsável técnico junto à Comissão de Valores reformular o seu contrato, adaptando-o às normas de
Mobiliários. registro, é recomendável que seja feita a consolidação
de todas as cláusulas em vigor, evitando-se a
A norma mantém a exigência de que pelo menos a apresentação de alterações anteriores.
metade dos sócios da empresa de auditoria seja
cadastrada como responsável técnico na Comissão de 3) COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE DE AUDITORIA
Valores Mobiliários para exercer a atividade de auditoria (Art. 7º)
no âmbito do mercado de valores mobiliários, em nome
da sociedade. Se, depois de obtido o registro da Para obter o registro como Auditor Independente -
sociedade, houver alteração no quadro social, seja por Pessoa Física, o interessado deve comprovar haver
exclusão ou por admissão de sócios, é imperativo que exercido a atividade por cinco anos, consecutivos ou
seja mantida essa relação, para que o registro não seja não, a partir da data do seu efetivo registro na categoria
suspenso ou mesmo cancelado até que a situação seja de contador.
normalizada.
Esta comprovação deverá ser atendida da seguinte
Dentre as outras condições para obtenção do registro, é forma:
fundamental que seja comprovado o exercício da
atividade de auditoria pelo prazo mínimo de cinco anos, a) mediante a apresentação de pareceres de auditoria
consecutivos ou não. Deve ser esclarecido que este emitidos e assinados pelo interessado publicados em
prazo é contado a partir do registro do interessado no jornal ou revista especializada, bastando uma
Conselho Regional de Contabilidade (CRC), na publicação para cada ano. Os pareceres publicados,
categoria de contador. O exercício da atividade de para serem aceitos, deverão estar em consonância com
auditoria anterior ao seu registro no CRC configura as normas do Conselho Federal de Contabilidade. A
descumprimento às normas profissionais. publicação deve contemplar, além do parecer de
auditoria, o conjunto das demonstrações contábeis e as
O interessado deve apresentar cópia da carteira de respectivas notas explicativas. Nestes casos, é
identidade de contabilista, na categoria de contador ou, importante que não seja omitido o nome do jornal ou da
a seu critério, certidão de registro expedida pelo revista e a data em que ocorreu a publicação;
Conselho Regional de Contabilidade. A propósito,
recomenda-se que o interessado verifique se na sua b) mediante comprovação de que o interessado exerceu
carteira de identidade profissional consta a data do a atividade de auditoria como empregado de sociedade
efetivo registro no Conselho Regional de Contabilidade. de auditoria registrada na CVM. Esta comprovação será
Caso contrário, torna-se necessário encaminhar, além contada a partir da data do registro na categoria de
da cópia da carteira de identidade profissional de contador, quer seja este registro provisório ou definitivo.
contador, certidão expedida pelo Conselho Regional de Nos casos de pedido de registro como Auditor
Contabilidade, na qual deverá constar, Independente - Pessoa Física, o interessado deve
necessariamente, a data do efetivo registro como comprovar, ainda, que não faz mais parte do quadro de
contador. empregados da sociedade de auditoria, em obediência
ao disposto no art. 14 da Instrução.
Quanto à comprovação de escritório legalizado em
nome próprio, deve ser encaminhado o Alvará de Para atender esta exigência, devem ser apresentadas:
Licença para Localização e Funcionamento ou
documento hábil equivalente expedido pela Prefeitura i) cópia do registro de empregado da sociedade de
do município em que o profissional exerça sua atividade. auditoria na qual trabalhava e
No caso de registro como AIPF, não será aceito
documento conferido em nome de sociedade da qual o ii) cópia da carteira de trabalho do interessado,
interessado faça parte. compreendendo as páginas que contêm: o número e a
série da carteira; a qualificação do titular; o contrato de
A Instrução estabelece que a empresa de auditoria deve trabalho e as anotações referentes a alterações de
ter a forma de "sociedade civil", com contrato social ou salários, férias, cargos ou funções exercidas
ato constitutivo equivalente, devidamente registrado no (dispensadas as páginas em branco). Também será
Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Portanto, a admitido, no lugar da cópia do registro de empregado,
sociedade, além do que estabelecer no contrato social, declaração firmada por sócio representante da
deve se subordinar às disposições do Código Civil, que sociedade de auditoria empregadora, na qual deverão
lhes sejam aplicáveis, em especial o capítulo XI do constar, necessariamente, as datas de admissão e
referido código. Conseqüentemente, serão recusados os saída do emprego (se for o caso) e as datas em que
pedidos de registro das sociedades que não se ocorreram as alterações de cargos ou funções
constituam sob essa forma e daquelas cujos contratos exercidas.
sociais contenham cláusulas conflitantes ou
incompatíveis com o tipo de sociedade civil requerido. A comprovação de que o interessado tenha exercido
sua atividade de auditoria em uma entidade
Na mesma linha, será recusado o pedido de sociedades governamental, companhia aberta ou empresa de
que, embora se constituam sob a forma de sociedade grande porte deverá ser atendida nos moldes acima
civil, tenham em seu contrato social expressões do tipo referido.
"limitada", "por quotas de responsabilidade limitada", "a
responsabilidade dos sócios está limitada ao montante Fato importante a ser considerado é que, em ambas as
do capital social", ou que se subordinem a lei ou decreto situações acima mencionadas, o interessado deverá
pertinente a outros tipos de sociedades, como a das comprovar, ainda, que exerceu, por pelo menos dois
sociedades por quotas de responsabilidade limitada. Ao anos, cargo de direção, chefia ou supervisão em
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auditoria de demonstrações contábeis, sob pena de A apresentação dessas informações com atraso, bem
indeferimento do pedido de registro ou de inclusão como como a falta de atualização dos documentos e
responsável técnico de Auditor Independente - Pessoa informações apresentados para fins de registro, sujeitam
Jurídica. os auditores a multas cominatórias de R$ 50,00 ou R$
100,00 por dia de atraso, sendo esses valores reduzidos
A CVM poderá ainda, a seu exclusivo critério, aceitar à metade quando o auditor não possuir clientes no
que a comprovação da atividade de auditoria se faça âmbito do mercado de valores mobiliários.
mediante a apresentação de trabalhos realizados que
não tenham sido publicados. Neste caso, o interessado 6) HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO (Arts. 22 e 23)
deverá apresentar como comprovação de cada trabalho
realizado o parecer de auditoria, o relatório A CVM entende que a independência é talvez o maior
circunstanciado correspondente e as respectivas fator, senão o único, que diferencia o profissional de
demonstrações contábeis auditadas. Objetivando contabilidade que trabalha dentro da empresa daquele
resguardar o sigilo profissional e garantir a sua que presta serviço de auditoria independente.
autenticidade, é indispensável que esses documentos Competência técnica, responsabilidade, integridade,
sejam autenticados pela entidade auditada, devendo objetividade e ética são elementos comuns a ambos. O
conter, ainda, autorização para que eles possam ser grande diferenciador é o grau de independência a que
apresentados à CVM com a finalidade exclusiva de ambos estão sujeitos. Além disso, o aspecto mais
comprovar a atividade de auditoria do interessado. É relevante da independência não é o fato do auditor ser
importante ressaltar que essa comprovação estará independente, e sim se ele, além disso, aparenta ser
também sujeita à avaliação da qualidade do trabalho independente, ou seja, se as pessoas que
realizado e poderá incluir também a disponibilização dos supostamente devem se beneficiar do seu trabalho
respectivos papéis de trabalho à fiscalização da CVM. vêem o auditor como uma pessoa ou empresa
independente. Isso é fundamental para a manutenção
A título de orientação, esclarecemos que o relatório da confiança no sistema.
circunstanciado deve conter, no mínimo, as seguintes
informações: o nome ou denominação da entidade Considerando principalmente esse último aspecto, a
auditada; o período abrangido pelo exame; descrição Instrução proíbe a prestação de determinados serviços
das deficiências e ineficácia dos controles internos e dos de consultoria a empresas clientes de auditoria, tais
procedimentos contábeis adotados pela entidade como: reestruturação societária, avaliação de empresas,
auditada seguidos das recomendações para as reavaliação de ativos, determinação dos valores das
correções requeridas; e a data de emissão, a provisões ou reservas técnicas e provisões para
identificação e a assinatura do auditor responsável. contingências, planejamento tributário e remodelação de
sistemas contábil, de informações e de controle interno.
4) APROVAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO (Arts. 8º
a 14) Além disso, está sendo vedada ao auditor e às pessoas
a ele ligadas a possibilidade de adquirir ou manter
A CVM se compromete a analisar e a conceder o títulos ou valores mobiliários da entidade auditada.
registro dentro de trinta dias, podendo este prazo ser
suspenso uma única vez, se forem solicitadas As pessoas ligadas ao auditor independente são as
informações adicionais ou a complementação ou mesmas com quem ele mantém vínculo, relação,
modificação dos documentos originalmente participação ou possui interesse, conforme definido pele
apresentados, sendo assegurado à CVM cinco dias CFC nas normas de independência profissional e que o
úteis, após atendidas as solicitações, para manifestação impede de executar serviços de auditoria.
final, caso o restante do prazo seja menor que este.
Outros conflitos de interesses, tais como: vínculo
Se o pedido de registro estiver devidamente instruído e conjugal ou de parentesco com clientes; relação de
se constatada a ausência de manifestação pela CVM trabalho; exercício de cargo ou função incompatível;
até o fim do prazo estabelecido, presume-se que o fixação de honorários condicionais ou de risco; e
pedido esteja automaticamente aprovado, podendo o interesses financeiros ou participação societária na
interessado requerer a expedição do competente Ato empresa auditada, já são proibidos pelas normas
Declaratório de registro. profissionais do Conselho Federal de Contabilidade.

5) INFORMAÇÕES PERIÓDICAS (Art. 16) 7) DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS


AUDITORES INDEPENDENTES (Art. 25)
Os auditores independentes devem encaminhar à CVM,
até o fim do mês de abril de cada ano, algumas A nova Instrução, a exemplo da anterior, impõe ao
informações relacionadas à sua atuação no mercado de auditor algumas tarefas adicionais quando ele estiver
valores mobiliários, tais como: relação dos seus clientes; atuando no mercado de valores mobiliários, que são:
faturamento total em serviços de auditoria e percentual
em relação ao faturamento total; número de horas - verificar se as demonstrações e o parecer de auditoria
trabalhadas; relação das empresas associadas; número publicados estão de acordo com as demonstrações
de sócios e empregados da área técnica; e política de auditadas e com o parecer emitido;
educação continuada. Essas informações são subsídios
importantes para a CVM avaliar a capacidade dos - verificar se as informações divulgadas no relatório da
auditores em atender adequadamente aos seus clientes administração estão em consonância com as
e, ainda, possibilitam um conhecimento global dessa demonstrações auditadas;
atividade no mercado de capitais.

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- elaborar relatório sobre deficiências encontradas nos O programa interno de controle de qualidade deverá
controles internos das companhias auditadas, levar em conta a estrutura da sociedade de auditoria e a
informando à administração e ao Conselho Fiscal; e complexidade dos serviços que estão a seu cargo. Essa
exigência está também em linha com as recentes
- verificar, ainda, se a destinação dada aos resultados normas emitidas pelo Conselho Federal de
foi feita de acordo com o estabelecido na Lei das S.A., Contabilidade e com as exigências do Instituto Brasileiro
no estatuto da companhia e nas normas da Comissão de Contadores, que serão os órgãos encarregados de
de Valores Mobiliários. Este é um item bastante estabelecer e atualizar as diretrizes de implantação
importante, principalmente para o acionista minoritário. desse programa.

8) EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA (Art. 30) 11) CONTROLE DE QUALIDADE EXTERNO (Art. 33)

A proposta de exame objetiva melhorar o padrão de Além do programa interno de controle de qualidade, os
capacitação técnica dos auditores registrados nesta auditores deverão se submeter, a cada 4 (quatro) anos,
Comissão. Além da experiência de, no mínimo, cinco a uma revisão externa ("peer-review") realizada por
anos que é atualmente requerida, os novos interessados outro auditor registrado na CVM, com vistas a avaliar
em obter o registro como auditor independente na CVM também a observância às normas técnicas e
deverão submeter-se ao exame de qualificação técnica, profissionais. No caso de sociedade de auditoria, a
cuja aplicação deverá ser efetuada pelo Conselho revisão deverá ser efetuada por outra sociedade,
Federal de Contabilidade – CFC em conjunto com o registrada na CVM, sem vínculo com a revisada e que
Instituto Brasileiro de Contadores – IBRACON, podendo possua estrutura compatível com o trabalho a ser
a CVM indicar também outras instituições. desenvolvido.

Esse exame será realizado no mínimo a cada ano e O auditor revisor deverá encaminhar à CVM e ao auditor
será, ainda, objeto de maior detalhamento em revisado, até 31 de outubro do respectivo ano, relatório
regulamentação específica a ser brevemente emitida. contendo uma exposição sobre o exame efetuado e
Não será obrigatória a prestação desse exame de sobre os pontos de recomendação para melhoria ou
qualificação técnica para os auditores já registrados na correção de deficiências encontradas. A primeira revisão
CVM, bem como para aqueles que vierem a ser registrar deverá ocorrer no máximo até dois anos contados a
durante o período em que o exame não tiver sido partir da data de publicação da nova Instrução.
regulamentado.
Esse controle de qualidade externo é imprescindível
O exame de qualificação técnica reflete a preocupação para a criação de um sistema eficiente de auto-
da CVM com a atuação dos auditores exclusivamente regulação do mercado, uma vez que os próprios
no âmbito do mercado de valores mobiliários, não se participantes teriam a responsabilidade primária de
confundindo com a regulamentação do Conselho verificar a qualidade dos trabalhos desenvolvidos, sem
Federal de Contabilidade, que já prevê o exame de prejuízo, evidentemente, da ação dos Conselhos
competência profissional para a obtenção do registro de Regionais de Contabilidade que são responsáveis pela
contador. fiscalização dos contabilistas como um todo.

9) ROTATIVIDADE DE AUDITORES (Art. 31) 12) PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA (Art.


34)
Tendo em vista que a prestação de serviços de auditoria
para um mesmo cliente, por um prazo longo, pode Objetivando a manutenção de um elevado padrão de
comprometer a qualidade deste serviço ou mesmo a capacitação técnica e de atualização constante a
independência do auditor na visão do público externo, a respeito das normas profissionais, dos procedimento
Instrução estabelece que o auditor independente não contábeis e de auditoria e das normas relacionadas ao
pode prestar serviços para um mesmo cliente por um exercício da sua atividade no mercado de valores
período superior a 5 (cinco) anos, sendo admitido o seu mobiliários, os auditores independentes registrados na
retorno após decorrido o prazo mínimo de 3 (três) anos. CVM deverão manter, para si e para todo o seu quadro
Esse prazo é contado a partir da data da publicação da técnico, um programa de educação continuada
Instrução, não alcançando o tempo pretérito. consoante as diretrizes aprovadas pelo CFC e pelo
IBRACON.
10) CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO (Art. 32)
13) DEVERES DOS ADMINISTRADORES (Art. 26)
Visando harmonizar a atividade de auditoria
independente exercida no Brasil com aquela praticada A CVM entende que uma auditoria fundamentada nos
nos países mais desenvolvidos e, ainda, em linha com conceitos de independência e competência não deve
os princípios recomendados pelo Conselho de ser considerada como mais um ônus para a entidade
Reguladores de Valores Mobiliários das Américas - auditada. Os administradores devem ter a máxima
COSRA, a CVM passa a exigir, de todos os auditores diligência na escolha e na contratação do seu auditor,
independentes, a implementação de um programa de posto que poderão ser responsabilizados quando
qualidade interno, de modo a garantir que haja dentro constatado que o auditor contratado não atende aos
da empresa de auditoria um sistema de verificação requisitos de capacitação técnica e de independência,
sobre o grau de aderência às normas técnicas e não possui estrutura organizacional compatível com o
profissionais. porte e a complexidade do serviço a ser executado e
não se encontra com seu registro regularizado na CVM.
Além disso, a Instrução prevê a possibilidade de
anulação do trabalho de auditoria feito por auditor não
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registrado na CVM ou em que seja constatada a sua § 2º As Entidades Auditadas poderão deixar de divulgar
falta de independência. a informação requerida no inciso II quando a
remuneração global ali referida representar menos de
O administrador tem ainda o dever, sob pena de multa, 5% (cinco por cento) da remuneração pelos serviços de
de comunicar à CVM (Superintendência de Normas auditoria externa.
Contábeis e de Auditoria - SNC), no prazo de 20 (vinte)
dias, a substituição dos seus auditores, com exposição Art. 3º O auditor deverá declarar à administração das
justificativa dos motivos para essa substituição, na qual Entidades Auditadas as razões de que, em seu
deverá constar a anuência do auditor. entendimento, a prestação de outros serviços (art. 2o)
não afeta a independência e a objetividade necessárias
INSTRUÇÃO CVM Nº 381, DE 14 DE JANEIRO DE ao desempenho dos serviços de auditoria externa.
2003
Art. 4º O disposto nos arts. 2o e 3o desta Instrução
Dispõe sobre a divulgação, pelas Entidades Auditadas, aplica-se também aos casos de prestação de serviços,
de informações sobre a prestação, pelo auditor inclusive de auditoria externa, para as sociedades
independente, de outros serviços que não sejam de controladas, controladoras ou integrantes de um mesmo
auditoria externa. grupo das Entidades Auditadas.

O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES Art. 5º O descumprimento do disposto nesta Instrução


MOBILIÁRIOS - CVM torna público que o Colegiado, em configura infração de natureza grave.
reunião realizada nesta data, com fundamento nos arts.
1o, inciso VII; 2o, § 2o, 8o, inciso III e 22, § 1o, incisos I Art. 6º Esta Instrução entra em vigor na data de sua
e II, da Lei no 6.385 de 7 de dezembro de 1976, e nos publicação no Diário Oficial da União, aplicando-se aos
arts. 4o e 15, da Lei no 8.668, de 25 de junho de 1993, exercícios sociais encerrados a partir de 1º de
resolveu baixar a seguinte Instrução: dezembro de 2002.

Art. 1º Para os efeitos desta Instrução, são IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes
consideradas as seguintes definições: do Brasil

I - Entidades Auditadas: as companhias abertas e O IBRACON foi fundado em 1971, sob a denominação
demais emissores de valores mobiliários sujeitos à de Instituto dos Auditores Independentes do Brasil -
regulação da CVM; e IAIB, pela fusão de dois Institutos então existentes: o
Instituto dos Contadores Públicos do Brasil - ICPB,
II - Partes Relacionadas com o Auditor Independente: as fundado em 1957; e o Instituto Brasileiro de Auditores
pessoas físicas e jurídicas ligadas ao auditor Independentes - IBAI, fundado em 1968. Em 1982
independente segundo as normas de independência do assumiu a denominação de Instituto Brasileiro de
Conselho Federal de Contabilidade. Contadores - IBRACON. A partir de junho de 2001, o
IBRACON passou a denominar-se "IBRACON -
Art. 2º As Entidades Auditadas deverão divulgar as INSTITUTO DOS AUDITORES INDEPENDENTES DO
seguintes informações relacionadas à prestação, pelo BRASIL".
Auditor Independente ou por Partes Relacionadas com o
Auditor Independente, de qualquer serviço que não seja É pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos.
de auditoria externa: Trata-se de entidade eminentemente técnica que
congrega profissionais de diferentes atividades com
I – a data da contratação, o prazo de duração, se interesse no estudo técnico da contabilidade, na edição
superior a um ano, e a indicação da natureza de cada de normas técnicas de contabilidade e auditoria e no
serviço prestado; aprimoramento da profissão no Brasil.

II – o valor total dos honorários contratados e o seu Alguns de seus objetivos são:
percentual em relação aos honorários relativos aos de - Ênfase na definição dos procedimentos e padrões de
serviços de auditoria externa; auditoria que permitam à sociedade brasileira, num
sentido amplo, o melhor dos serviços e conhecimento
III – a política ou procedimentos adotados pela sobre as atividades de auditoria.
companhia para evitar a existência de conflito de - Estabelecimento de políticas de interpretação e
interesse, perda de independência ou objetividade de manifestação sobre princípios e normas de
seus auditores independentes; e contabilidade oriundas das entidades normativas,
fazendo estabelecer inclusive as diferenças em relação
IV – um resumo da exposição justificativa a que se aos mesmos processos em outros países ou fixados por
refere o art. 3o; entidades internacionais.
- Adotar as normas emitidas pelas entidades
§ 1º As informações referidas neste artigo deverão ser: reguladoras, no campo de atuação profissional,
permitindo tecer opiniões, eventualmente divergentes,
I - divulgadas no Relatório dos Administradores; e sempre que o consenso intelectual dos órgãos de
representação da entidade assim entender.
II - atualizadas nas Informações Trimestrais quando
houver alteração em decorrência de celebração,
cancelamento ou modificação de contrato de prestação
de serviços que não sejam de auditoria.

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NPAs - Normas e Procedimentos de Auditoria Decreto nº 93216, de 03/09/86 e o Decreto nº 97161, de


06/12/88, estabeleceram requisitos de auditoria a serem
NPA 01 - Parecer dos Auditores Independentes observados por essas empresas, substituindo o
sobre Demonstrações Contábeis. COMUNICADO TÉCNICO CT-IBRACON Nº 4/1989.
Seu objetivo é orientar os auditores independentes
sobre à forma e o conteúdo de seu parecer, emitido NPA 06 - Revisão Especial das Informações
como resultado da auditoria independente das Trimestrais das Companhias Abertas.
demonstrações contábeis de qualquer entidade, não se Este pronunciamento, que substituí o COMUNICADO
aplicando as demonstrações contábeis não auditadas, TÉCNICO CT-IBRACON Nº 2/1990, tem o objetivo de
contendo vários modelos de PARECER, seu significado orientar os contadores e a comunidade, quanto aos
e tipos. objetivos, natureza e extensão dos procedimentos a
serem adotados pelo auditor independente na revisão
NPA 02 - Parecer de Auditoria Independente de especial das ITR dos trimestres subseqüentes àquele
Instituições Financeiras e Entidades Equiparadas. que incluir o mês de março de 1990, e ao conteúdo do
Conforme estabelece a Resolução nº 1007, do Banco relatório correspondente.
Central do Brasil, as instituições financeiras e demais
entidades autorizadas a funcionar, deverão ter suas NPA 07 - Serviços Especiais de Apoio a Aquisições
demonstrações contábeis auditadas por auditores e Vendas de Participação Societária.
independentes registrados na Comissão de Valores O objetivo deste pronunciamento é estabelecer padrões
Mobiliários - CVM e, diante disso, o IBRACON técnicos e éticos a serem observados pelo auditor
desenvolveu o presente estudo e pronunciamento, com independente, quando solicitados, na prestação de
o objetivo de prover a adequada orientação aos serviços de apoio a aquisições se vendas de
auditores independentes que atuam nessa área, sobre participações societárias, em conformidade com as
os procedimentos básicos de auditoria aplicáveis ao normas de auditoria independente, e definir a
exames das demonstrações financeiras destas responsabilidade assumida pelo auditor em decorrência
entidades. desses serviços, bem como orientar os auditores
independentes quanto à natureza e extensão dos
NPA 03 - Procedimentos de Auditoria Independente procedimentos a serem observados na condução dos
de Administradoras de Consórcios. trabalhos e quanto ao conteúdo do correspondente
Aprovado em 1995, este pronunciamento contempla relatório.
somente os procedimentos básicos aplicáveis à
contabilidade dos grupos de consórcio que, em conjunto NPA 08 - Serviços de Auditoria dos Processos de
com os testes de observância, devem proporcionar ao Privatização.
auditor evidências que lhe permitam formar uma opinião A edição deste pronunciamento visa o estabelecimento
sobre as demonstrações consolidadas de recurso de de padrões técnicos que deverão ser observados pelo
consórcio e das variações nas disponibilidades de auditor na prestação de serviços de auditoria de
grupos. processos de privatização, definir a responsabilidade do
auditor, assim como esclarecer os usuários potenciais
NPA 04 - Revisão Limitada de Demonstrações daqueles serviços, quanto à natureza e extensão dos
Contábeis. procedimentos a serem observados pelo auditor
A edição deste pronunciamento substitui o independente na condução dos trabalhos e quanto ao
COMUNICADO TÉCNICO CT-IBRACON Nº 3/1989 e, conteúdo dos relatórios.
de acordo com as normas legais e regulamentares
vigentes, bem como com as Normas de Auditoria NPA 09 – Incertezas.
Independente das Demonstrações Contábeis, definidas O objetivo deste pronunciamento é fazer uma
pela NBC-T-11, aprovadas pela Resolução CFC nº abordagem de alguns vários tipos de incertezas com as
700/91, do Conselho Federal de Contabilidade, a quais o auditor pode se deparar e qual o tratamento a
auditoria das demonstrações contábeis é obrigatória ser dispensado, nessas circunstâncias, no seu parecer,
para companhias abertas, instituições financeiras e de levando-se em conta as experiências já observadas,
seguros e determinados segmentos de entidades dos inclusive em nível internacional, e incorpora também o
setores públicos e privados. O presente pronunciamento conteúdo dos pronunciamentos nacionais e procura
tem o objetivo de orientar contadores e a comunidade, adaptar à nossa cultura técnica ao conteúdo dos
quanto à natureza e extensão dos procedimentos a pronunciamentos internacionais.
serem observados pelo auditor independente na
condução da revisão de demonstrações contábeis e o NPA 10 - Diretrizes Básicas sobre Controle Interno
conteúdo do relatório correspondente. de Qualidade para Auditores Independentes.
Este pronunciamento apresenta as diretrizes básicas
NPA 05 - Requisitos de Auditoria Independente para que as prestadoras de serviços de auditoria
sobre as Informações Complementares e sobre a independente implantem e/ou mantenham um controle
observância das Normas Legais e Regulamentares interno de qualidade, em conexão com o item 11.2.4.2
pelas Entidades Estatais. da NBC-T-11 que, dada a complexidade de ambiente
Este pronunciamento é resultado de trabalho conjunto técnico-profissional da prestação de serviços de
do IBRACON e SEST e seu objetivo é fornecer auditoria independente, torna-se cada vez mais
orientação aos contadores e aos administradores das necessária a existência de um adequado controle de
empresas públicas, sociedades de economia mista, qualidade.
respectivas subsidiárias e entidades controladas direta e
indiretamente pela União e que estejam sob controle e NPA 11 - Balanço e Ecologia.
fiscalização da Secretaria de Orçamento e Controle de Estabelecer os liames entre a Contabilidade e o Meio
Empresas Estatais - SEST que, de acordo com o Ambiente é o objetivo deste pronunciamento que, com a
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crescente conscientização que a Humanidade adquiriu, submeter-se às normas especificas da Comissão de


nos últimos dez anos, que culminaram com a ECO/92,
que reuniu, na cidade do Rio de Janeiro, 114 Nações Valores Mobiliários.
para debater, analisar e fixar diretrizes sobre a Ecologia,
deve estar refletida, daqui para frente, nas
demonstrações contábeis e relatórios das A significativa evolução destas atividades no país, o
administrações das empresas, que devem se ajustar a
um novo mundo, no qual metas ambientais, além das risco envolvido nas operações e os reflexos que causam
econômicas terão de ser alcançadas rigorosamente.
na economia como um todo, têm resultado numa rápida
NPA 12 - Emissão de Carta de Conforto "Confort
Letter". e crescente evolução nos sistemas de controles internos
O objetivo deste pronunciamento é orientar os auditores
quanto aos procedimentos e a forma a serem e de operações, paralelamente a um crescente e rígido
observados pelo auditor na elaboração da carta de
conforto a ser emitida em processos de emissão de sistema de normatização e controle exercido pelas
títulos no exterior por empresas brasileiras, tendo em
vista o crescente número de empresas brasileiras que autoridades governamentais, através do Banco Central
buscam a captação de recursos no exterior por meio de
emissão de títulos, e a conseqüente solicitação de do Brasil. Tal normatização se encontra consolidada nos
"underwriters" e outros agentes da emissão para que os
auditores do emissor forneçam cartas de conforto Manuais de Normas e Instruções (MNI) para cada tipo
("confort letters") como parte do processo de
investigação profissional ("due diligence") conduzido por de instituição e para certas operações.
esses "underwriters".
Além do controle mais amplo dessa atividade exercido
NPA 13 – Procedimentos Mínimos de Auditoria para
uma Entidade Fechada de Previdência através da análise dos dados, informações e balancetes
Complementar.
Esta norma foi elaborada com o objetivo de orientar o periódicos de cada instituição, o Banco Central do Brasil
auditor independente sobre os procedimentos mínimos
a serem utilizados nos trabalhos de auditoria das exerce, ainda, uma ação fiscalizadora direta nas
Entidades Fechadas de Previdência Complementar
(EFPC), a fim de cumprir com o disposto na NBC P 1.8. instituições financeiras e demais entidades por ele

NPA 14 – Laudos de Avaliação emitidos por Auditor autorizadas a funcionar.


Independente.
Esta norma tem por objetivo estabelecer os padrões
técnicos a serem observados pelo auditor independente, A obrigatoriedade da auditoria dessa atividade já existia
nomeado como perito ou como empresa especializada,
na emissão de laudo de avaliação a valor contábil ou a há diversos anos e até recentemente estava disciplinada
valor contábil ajustado a preços de mercado, destinados
a apoiar processos de incorporação, cisão ou fusão de pelo Banco Central, através da Resolução nº 607, de 2
entidades empresas, de retirada ou ingresso de sócios,
de encerramento de atividades ou operações de abril de 1980, quando passou a ser obrigatória numa
específicas previstas em lei.
periodicidade semestral.

NPA 02 - PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA


INDEPENDENTE DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E Recentemente, tivemos mais uma evolução no
ENTIDADES EQUIPARADAS
processo, através da Resolução nº 1.007 do Banco

I - A ATIVIDADE REGULAMENTADA E O PAPEL DA Central, de 2 de maio de 1985, que veio substituir e


AUDITORIA INDEPENDENTE
ampliar a Resolução nº 607 quanto à definição de
As instituições financeiras e demais entidades
responsabilidade e o disciplinamento dos trabalhos dos
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil
auditores independentes junto a tais instituições
deverão ter suas demonstrações financeiras auditadas
financeiras, inclusive no que tange ao seu
por auditores independentes registrados na Comissão
relacionamento com o Banco Central do Brasil.
de Valores Mobiliários. Além disso, as instituições

financeiras que forem companhias abertas devem

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A auditoria independente tem, assim, importante papel últimos anos pela Federação Internacional de
Contadores (IFAC) da qual o Brasil é membro, através
na segurança e fortalecimento do sistema financeiro. do IBRACON. Assim, o presente pronunciamento
poderá vir a ser adaptado às futuras revisões que
14 venham a ser emitidas.
Dentro desse espírito e interesse é que o Instituto
III - RELATÓRIOS
Brasileiro de Contadores – IBRACON desenvolveu o
Como decorrência dos trabalhos de auditoria, os
presente estudo e pronunciamento, sendo que, numa seguintes relatórios deverão ser emitidos:
ação coordenada, foi aprovado conjugadamente pelos 1. Parecer dos Auditores sobre as demonstrações
financeiras da instituição.
representantes do Banco Central do Brasil, Comissão
2. Relatório circunstanciado de suas observações
de Valores Mobiliários e Conselho Federal de relativamente às deficiências ou à ineficácia dos
controles contábeis internos exercidos.
Contabilidade.
3. Relatório circunstanciado a respeito do
II - OBJETIVOS DESTE PRONUNCIAMENTO descumprimento de normas legais e
regulamentares.
A Resolução nº 1.007 estabelece que na realização dos
serviços de auditoria deverão ser observadas as Sobre tais relatórios cabem os seguintes comentários:
"Normas Gerais de Auditoria". Tais Normas referem-se
às Normas e Procedimentos de Auditoria elaboradas
pelo *Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON, em 1. O Parecer dos Auditores refere-se às demonstrações
janeiro de 1972, então denominado Instituto dos financeiras exigidas, para cada semestre ou exercício
Auditores Independentes do Brasil - IAIB, aprovadas anual, relativas a 30 de junho e 31 de dezembro, exceto
pelo Conselho Federal de Contabilidade, através da para as Sociedades de Investimento - Capital
Resolução CFC nº 321/72, onde constam os requisitos Estrangeiro que são relativas a 31 de março e 30 de
básicos a serem observados no desempenho do setembro, conforme legislação específica. As
trabalho de auditoria, definindo as normas relativas à demonstrações financeiras são:
Pessoa do Auditor, à Execução do Trabalho e ao
Parecer. As normas são de aplicação genérica, 9 Balanço Patrimonial
independentemente do tipo da empresa auditada ou do
seu ramo de atividade. 9 Demonstração do Resultado

Por esse motivo, aquelas normas já previam em seu 9 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
item 17 da Seção III que o IBRACON poderia vir a
"deliberar sobre os procedimentos de auditoria 9 Demonstração das Origens e Aplicações de
aplicáveis em áreas e situações específicas..." Recursos

O objetivo deste pronunciamento, portanto, é o de 9 Notas Explicativas correspondentes


deliberar sobre os procedimentos básicos de auditoria
aplicáveis ao exame das demonstrações financeiras 2. O relatório circunstanciado sobre os controles
destas entidades. contábeis internos corresponde aos comentários sobre
as deficiências ou ineficácia do sistema contábil e dos
Este pronunciamento visa, assim, a prover adequada controles internos relacionados, revisados pelo auditor
orientação aos auditores independentes que atuam na independente ou ao relatório contendo recomendações
prestação de serviço de auditoria às instituições sobre as referidas deficiências ou ineficácias. Tal
financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar relatório é resultante dos trabalhos normais de auditoria
pelo Banco Central do Brasil e proporcionar, ao e, portanto, está baseado nos seguintes pressupostos:
Conselho Federal de Contabilidade, ao Banco Central
do Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários, às a) de que os controles internos foram avaliados na
instituições financeiras e demais interessados, uma extensão requerida, logicamente levando em conta os
melhor compreensão da natureza e do escopo da riscos específicos atinentes às atividades das
auditoria destas atividades, bem como delimitar a instituições financeiras, e assim considerada no
extensão de suas responsabilidades. planejamento do exame de auditoria, voltado para a
emissão de um parecer sobre as demonstrações
O IBRACON está, paralelamente, desenvolvendo um financeiras;
trabalho voltado à revisão das atuais Normas e
Procedimentos de Auditoria, tendo em vista sua b) de que o trabalho foi executado com base em testes
atualização, detalhamento e adaptação, considerando, seletivos e de acordo com as normas de auditoria;
inclusive, os pronunciamentos desenvolvidos nos
c) de que um trabalho especial ou futuros exames de
 auditoria poderão eventualmente revelar outras
A partir de junho de 2001, o IBRACON passou a
14 deficiências ou ineficácias;
denominar-se "IBRACON - INSTITUTO DOS
AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL".
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d) de que os aspectos abordados pelo auditor sobre o discussões e de que futuros exames ou revisões
sistema contábil e de controles internos foi devidamente específicos poderão revelar outros descumprimentos.
considerado quanto a possíveis reflexos em seu
parecer. Todavia, tais deficiências ou ineficácias não O relatório deve incluir o comentário sobre o problema,
necessariamente têm efeitos relevantes que possam incluindo-o como exemplo, sempre que for o caso, bem
afetar o seu parecer. como a referência à norma legal ou regulamentar não
cumprida.
Na emissão desse relatório também deverão ser
considerados os aspectos comentados na seção e) É entendimento do IBRACON que as "Normas
específica deste pronunciamento (Seção IV, item 2) que Legais" a que se refere à Resolução, são as que
trata de Controle Interno. constam do Manual de Normas e Instruções, inclusive
Planos Contábeis Padronizados, emitidos pelo Banco
3. Quanto ao relatório circunstanciado a respeito do Central do Brasil, bem como os demais atos que
descumprimento de normas legais e regulamentares, regulamentam e disciplinam as atividades das
devem ser considerados os aspectos a seguir: instituições financeiras e demais entidades autorizadas
a funcionar pelo Banco Central. Têm, por assim dizer,
a) As instituições financeiras e entidades integrantes do força de lei, da mesma forma que as normas
sistema de intermediação e distribuição de valores regulamentares da legislação societária e fiscal e as
mobiliários estão sujeitas ao atendimento de normas e normas da Comissão de Valores Mobiliários para as
regulamentos emanados pelo Banco Central do Brasil companhias abertas e instituições integrantes do
do Brasil e, nos casos aplicáveis, da Comissão de sistema de distribuição.
Valores Mobiliários. A verificação quanto ao integral
cumprimento de tais normas cabe, prioritariamente, no IV - ASPECTOS BÁSICOS NOS TRABALHOS DE
âmbito externo, àqueles órgãos e, no âmbito interno da AUDITORIA
instituição financeira, aos inspetores e à auditoria
interna. 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

b) Determinadas normas, por sua importância quanto O objetivo fundamental dos trabalhos de auditoria
aos reflexos nas demonstrações financeiras e eventuais independente consiste em verificar se as
impactos futuros nas operações da instituição, devem demonstrações financeiras representam,
ser objeto de atenção e consideração nos exames dos adequadamente, a posição patrimonial e financeira da
auditores independentes. Neste sentido, os auditores instituição auditada numa determinada data e os
devem estar atentos, quando da execução de seus resultados das operações, as mutações do patrimônio
procedimentos normais de auditoria, quanto a eventual líquido e as origens e aplicações de recursos para os
ocorrência de descumprimento de tais normas. períodos semestrais ou anuais correspondentes, de
acordo com os princípios de contabilidade geralmente
c) Portanto, como parte de seus trabalhos, executados aceitos, aplicados com uniformidade em relação ao ano
segundo normas de auditoria geralmente aceitas, o anterior ou ao mesmo período do ano anterior.
auditor tem o dever de relatar desvios de "normas legais
e regulamentares". Os exames devem ser efetuados de acordo com as
normas de auditoria geralmente aceitas e na extensão
Se esses desvios ocasionarem reflexos relevantes nas julgada necessária nas circunstâncias. Tal extensão é
demonstrações financeiras, o fato deve ser considerado determinada em função dos procedimentos de controle
para emissão do parecer; caso contrário, em relatório interno da instituição, bem como da relevância de suas
específico. Convém ressaltar, no entanto, que é de contas.
esperar-se que o auditor, ao emitir seu parecer sem
ressalvas, deverá ter procurado assegurar-se da Os procedimentos básicos de auditoria constantes do
inexistência de desvios de efeitos relevantes nas item V não representam um programa de trabalho,
demonstrações financeiras. constituindo-se tão somente em um resumo das
atividades a serem praticadas pelos auditores
d) Tal relatório circunstanciado deve ser elaborado independentes, os quais devem, no entanto, serem
considerando os seguintes pressupostos: ampliados, modificados ou suprimidos, conforme as
circunstâncias vigentes na época de sua aplicação. A
1. de que o cumprimento das normas legais e execução dos procedimentos básicos requer instruções
regulamentares foi revisado de acordo com o sobre a maneira de executá-los, os quais devem, em
planejamento do exame de auditoria; circunstâncias normais, constar dos programas de
trabalho.
2. de que o trabalho foi executado com bases em testes
seletivos e de acordo com as normas de auditoria; 2. CONTROLE INTERNO

3. de que os itens de descumprimento das normas A finalidade do estudo e avaliação pelo auditor, do
comentadas neste relatório não necessariamente terão sistema contábil e controles internos relacionados, é
efeitos relevantes que possam afetar o parecer dos estabelecer uma base em que se apoiar para
auditores independentes; determinação da natureza, extensão e realização
oportuna dos testes de auditoria a serem aplicados no
4. de que a revisão, além dos exames efetuados pelo exame das demonstrações financeiras.
auditor a esse respeito nos seus trabalhos normais de
auditoria, é baseada também em indagações e

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A avaliação dos controles internos deve ser feita em de natureza ou montante das transações ou saldos
cada exame na extensão que o auditor considerar envolvidos.
necessária para a finalidade já exposta.
A relação de procedimentos básicos abrangida pelo
Como resultado de seu estudo e avaliação do controle presente pronunciamento contempla tão somente os
interno, o auditor poderá detectar deficiências nestes procedimentos substantivos que se considera
controles. Para o benefício da instituição, o auditor deve necessários a, em conjunto com os teste de
alertar a administração quanto a deficiências relevantes observância, proporcionar evidências de auditoria que
que venha a conhecer. É importante destacar que o se podem utilizar para formar uma opinião sobre as
relatório correspondente deve contemplar as demonstrações financeiras.
deficiências detectadas pelo auditor nos seus trabalhos
e que os exames são orientados fundamentalmente O auditor deve assegurar-se de que os controles
visando à emissão de um parecer sobre as internos avaliados vigem durante todo o período
demonstrações financeiras. auditado, não tendo sido deteriorados.

O controle interno compreende o plano de organização Os trabalhos do auditor relacionados com o sistema
e o conjunto ordenado dos métodos e medidas, contábil e de controles internos, no caso de instituições
adotados pela entidade para proteger seu patrimônio, financeiras, devem levar em conta a natureza de suas
verificar a exatidão e o grau de confiança de seus dados operações, a forma altamente líquida e facilmente
contábeis. negociável se seus ativos e os riscos envolvidos nas
suas atividades.
A avaliação do sistema de controle interno compreende
duas fases: 3. PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS

a) conhecimento e compreensão dos procedimentos e A utilização de um sistema eletrônico para


métodos estabelecidos; e processamento de dados não constitui um sistema
separado. Deve-se considerar como uma parte
b) um grau razoável de segurança de que estes estão integrante de todo o sistema operativo dentro da
sendo aplicados e funcionando conforme o previsto. organização. Como tal deve ser avaliado o seu impacto
no sistema contábil e nos controles que gerem
A revisão do sistema é, primordialmente, um processo informações contábeis e os reflexos nas demonstrações
de obtenção de informação a respeito da organização e financeiras.
dos procedimentos estabelecidos e destina-se a servir
de base para testes de observância e para avaliação do Muitos dos procedimentos de controle em um sistema
sistema. de processamento eletrônico de dados não deixam
evidências documentadas do trabalho feito. Nestes
Diferentes técnicas podem ser empregadas para casos, pode ser necessário aplicar outras técnicas de
documentar-se um sistema de controle interno. A auditoria para comprovar o cumprimento de
seleção de qual maneira utilizar é questão de procedimentos de controle em um ambiente de
julgamento do auditor. As técnicas mais comuns processamento eletrônico de dados. Basicamente estas
empregadas isolada ou conjuntamente são: narrativa, técnicas de auditoria visam avaliar o grau de
questionários e fluxogramas. confiabilidade do sistema no que se refere à segurança,
controle dos dados de entrada, processamento e dos
Na conclusão da revisão do sistema, o auditor deve ser dados de saída.
capaz de fazer uma avaliação preliminar, presumindo a
observância satisfatória do sistema estabelecido. Os sistemas que se utilizam do processamento
eletrônico para os registros contábeis freqüentemente
Procedimentos de observância são testes elaborados concentram procedimentos de controles e dados
para obter-se razoável, embora não absoluta segurança contábeis. O departamento de processamento eletrônico
de que os controles internos, nos quais o auditor confia, de dados pode processar dados para vários fluxos de
estão operando efetivamente. informação.

Procedimentos substantivos (ou comprobatórios) são Por conseguinte, as deficiências nos controles gerais de
aqueles destinados a obter evidência quanto à exatidão um sistema de processamento eletrônico de dados
e validade de dados produzidos pelo sistema contábil. podem afetar vários fluxos de informação ou áreas de
auditoria. Dessa forma, os seguintes fatores devem ser
Os testes de observância são necessários se se quer considerados quando se planificam procedimentos de
confiar nos procedimentos estabelecidos para auditoria em um ambiente de processamento eletrônico
determinação da natureza, caráter oportuno ou de dados:
extensão dos testes substantivos. O auditor pode decidir
não se basear nos controles estabelecidos porque x a forma de processamento utilizada;
conclui que: x a existência de "pistas" de auditoria;
x a qualidade e o grau de centralização dos
a) os controles não são satisfatórios para esse fim; ou procedimentos de controle no departamento de
processamento eletrônico de dados;
b) o esforço de auditoria exigido para realização do teste x a complexidade dos testes de observância
de observância, para justificar a confiança depositada relacionados à verificação dos procedimentos de
nesses controles, excederia a redução de esforços controle no departamento de processamento eletrônico
resultante na aplicação dos testes substantivos, em face de dados;
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x a evidência documentada da execução dos a execução de testes nas agências ou dependências,


procedimentos de controle; quer no País ou no exterior.
x a impraticabilidade de utilização de relatórios
impressos para realizar procedimentos de auditoria Ressalta-se, no entanto, que, dada a natureza das
devido ao volume de dados ou deficiências nas "pistas" transações interbancárias e interdepartamentais, requer-
visíveis de auditoria. se verificação específica dos controles que a instituição
mantém sobre essas contas.
4. AMOSTRAGEM, RELEVÂNCIA OU
MATERIALIDADE E EXAMES EM AGÊNCIAS E 5. OPORTUNIDADE DE APLICAÇÃO DOS
DEPENDÊNCIAS. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

A auditoria de demonstrações financeiras pressupõe a Consoante normas do Banco Central do Brasil, as


execução de exames em base de amostragens e de instituições financeiras levantam demonstrações
provas seletivas, mediante os quais se pode inferir financeiras semestralmente, sendo que aquelas
sobre a qualidade de um universo sem examinar todos relativas ao primeiro semestre ou, em sua maioria, em
os seus componentes. 30 de junho, representam a cobertura de um período de
seis meses, enquanto que aquelas levantadas no
Ao definir a extensão de seus testes de auditoria, o segundo semestre ou, em sua maioria, em 31 de
auditor poderá recorrer, ou não, a métodos estatísticos dezembro, abrangem o exercício social de doze meses.
científicos, porém sempre atento a que a abrangência
dos exames seja representativa, quer quanto à Quando o auditor independente que examina as
relevância dos valores envolvidos ou quanto à natureza demonstrações financeiras examinou, também, aquelas
dos itens objeto do exame. relativas ao semestre anterior, determinados
procedimentos já executados não requerem,
Na medida em que as provas seletivas e os testes de necessariamente, sua integral reexecução para o
auditoria não apresentem respostas satisfatórias, os semestre subseqüente. Como exemplos, a avaliação do
procedimentos deverão ser estendidos para permitir sistema de controles internos não deve,
maior cobertura e segurança de que as demonstrações necessariamente, ser repetida integralmente, bastando
financeiras não estejam afetadas por erros ou sua atualização, objetivando a identificação de aspectos
impropriedades de valores representativos. substanciais que eventualmente tenham sofrido
alterações no curso do exercício. Confirmações obtidas
Neste sentido, a noção de relevância ou materialidade junto a terceiros relacionadas com operações de longo
pode ser observada sob os seguintes aspectos: prazo podem ser consideradas nos exames das
demonstrações financeiras do semestre subseqüente.
x valores expressivos que representam
componentes importantes nas demonstrações Por outro lado, os procedimentos mínimos e a repetição
financeiras, em relação ao total dos ativos, patrimônio dos exames são sempre necessários para a aferição
líquido, resultado do período etc. dos valores na data-base em que o auditor expressará
sua opinião, ainda que os testes relativos ao semestre
x informações relevantes de interesse dos precedente tenham revelado bons controles e adoção
leitores e usuários das demonstrações financeiras, para de critérios adequados por parte da instituição.
o que se espera adequada menção ou destaque.
6. PAPÉIS DE TRABALHO
Em auditoria de instituições financeiras, consideração
específica deve ser dada quanto a visitas a agências ou Deve-se ressaltar que as informações contidas nos
dependências, no País ou no exterior. De um modo papéis de trabalho dos auditores, os quais evidenciam a
geral, as instituições mantêm as agências ou execução dos exames praticados, representam um
dependências como pontos geográficos para contatos e acervo de informações de caráter confidencial em
desenvolvimento de negócios, porém com suas relação às operações das instituições financeiras e
operações sob estreito acompanhamento por parte de entidades equiparadas e, como tal, devem ser
departamentos específicos na administração central. submetidas às regras de confidencialidade e restrição
Nestas circunstâncias, eventuais visitas às agências ou de acesso, os quais representam pré-requisitos às
dependências teriam o propósito de permitir a execução atividades de Auditoria Independente.
de testes de observância quanto às políticas e diretrizes
emanadas da administração da instituição e quanto ao 7. AUDITORIA INTERNA E INSPETORIA
atendimento a dispositivos normativos da atividade.
Neste sentido, para que o auditor possa formar uma De modo geral as instituições financeiras dispõem de
opinião sobre as demonstrações financeiras sob exame órgãos internos de fiscalização, normalmente
não se requer necessariamente, visitas às agências ou representados por departamentos de auditoria interna e
dependências, particularmente quando as rotinas inspetoria.
operacionais são cobertas nas visitas periódicas dos
órgãos internos de fiscalização, abrangendo testes em A efetividade operacional, grau de independência,
transações interbancárias e interdepartamentais, padrão qualitativo do quadro de funcionários, escopo de
mesmo já liquidadas, que apresentem anormalidades. atuação etc., devem ser considerados pelo auditor
independente na sua avaliação dos controles da
Há que se considerar, no entanto, situações em que instituição, já que, habitualmente, parte dos trabalhos
parcela significativa dos controles seja exercida de executados pêlos órgãos internos de fiscalização tem
forma descentralizada. Nestas circunstâncias, requer-se por objetivo áreas de interesse no exame das

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demonstrações financeiras a ser procedido pêlos A primeira parte tem o título "Aspectos Gerais" e
auditores independentes. abrange certos procedimentos de auditoria que
normalmente têm aplicação no exame de qualquer tipo
Caso o nível dos órgãos internos de fiscalização for de instituição financeira e aplicáveis genericamente às
julgado adequado, observados os parâmetros dos áreas.
tópicos anteriores, os auditores independentes poderão
decidir pela utilização dos resultados dos trabalhos dos A segunda parte abrange os Procedimentos
órgãos internos de fiscalização como subsídios aos seu Substantivos que são aplicáveis especificamente a cada
objetivos, recorrendo, ainda, a que tarefas que tipo de instituição financeira divididos por áreas de
consistem na cobertura de testes de observância às exame.
rotinas operacionais e administrativas, especialmente
quando, em nível descentralizado da instituição, passam Essa primeira edição do pronunciamento abrange os
a ser executadas pêlos órgãos internos, sob sua prévia Procedimentos Substantivos para os Bancos Comerciais
orientação, supervisão, subseqüente revisão e testes sendo que estão sendo desenvolvidos pelo IBRACON
dos trabalhos efetuados, já que o auditor independente os especificamente aplicáveis aos demais tipos de
é o responsável final pelos trabalhos. instituições.

De qualquer forma, mesmo que não haja efetiva A. ASPECTOS GERAIS


integração e participação de tais órgãos para com os
trabalhos dos auditores independentes, deve-se tomar A seguir são listados procedimentos de auditoria
conhecimento do conteúdo dos relatórios emitidos pelos aplicáveis genericamente às áreas e que são
órgãos internos. considerados necessários para revisar assuntos que
possam ter efeito sobre as demonstrações financeiras.
8. USO DE CONFIRMAÇÕES DE SALDOS
1. Levantamento e análise do sistema contábil e de
Confirmações de saldos constituem-se num importante controle interno de acordo com os parâmetro
procedimento de auditoria porque proporcionam mencionados no item IV. 2. Controle Interno.
evidências documentadas originadas de uma fonte
externa. 2. Execução de testes de observância sobre o referido
sistema contábil e de controles internos.
O julgamento profissional dever ser usado para
determinar a natureza, a época e a extensão das 3. Determinação da natureza, extensão e época da
confirmações. aplicação dos procedimentos substantivos de auditoria
específicos a cada área.
Quando são utilizadas as denominadas confirmações
positivas, algumas respostas podem não ser recebidas. 4. Conferência das demonstrações financeiras com os
Nesses casos procedimentos alternativos de auditoria registros de contabilidade e inspeção dos registros
devem ser empregados. contábeis e fiscais para determinar se estão sendo
mantidos atualizados e de acordo com a legislação em
As denominadas confirmações negativas não devem ser vigor.
utilizadas indistintamente, já que não proporcionam
evidências tão confiáveis quanto às confirmações 5. Leitura dos Estatutos, Contrato Social, atas de
positivas. reunião da Diretoria, do Conselho de Administração e
Fiscal e Assembléia dos Acionistas para observar
As confirmações negativas, quando utilizadas, devem possíveis fatos relevantes com impacto sobre as
ser em complemento às positivas e quando as seguintes demonstrações financeiras.
circunstâncias ocorrem:
6. Obtenção de confirmação escrita dos consultores
9 existência e efetividade de controles internos jurídicos da instituição quanto a detalhes, situação atual
relevantes; e perspectivas de soluções de ações legais, fiscais e
outras, desde que relevantes e avaliação de seu
9 as contas envolvem um grande número de impacto nas demonstrações financeiras.
pequenos saldos.
7. Verificação quanto à existência de compromissos
9. NORMAS REGULAMENTARES extraordinários, contingências, garantias colaterais,
coobrigações e eventos subseqüentes relevantes.
Com o propósito de possibilitar ao auditor subsídios
para verificação do cumprimento das normas 8. Obtenção de confirmação escrita dos Administradores
regulamentares, o IBRACON está desenvolvendo um rol sobre determinadas informações importantes
de quesitos que considera aplicável para esta finalidade, verbalmente obtidas durante a realização dos trabalhos.
o qual será inserido no item VI deste Pronunciamento.
9. Revisão e análise da cobertura e dos resultados dos
V - PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE AUDITORIA trabalhos do Departamento de Auditoria Interna ou
Inspetoria, em base aos quais certos procedimentos
Nesta seção estão listados os Procedimentos Básicos repousariam substancialmente nessa cobertura, como
de Auditoria aplicáveis em instituições financeiras e por exemplo, nas inspeções físicas de valores e exames
entidades equiparadas. nas contas em nível das agências.

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10. Discussões com a Administração quanto ao


cumprimento de normas, limites operacionais e ƒ Revisão das principais práticas contábeis
atendimento de prazos relacionados com BACEN, CVM, quanto a sua adequação e uniformidade de sua
disposições estatutárias etc. aplicação.

11. Revisão e análise dos procedimentos de cobertura ƒ Identificação de ativos oferecidos em garantia a
de seguros mantidos a fim de reposição dos imóveis terceiros.
próprios como também dos numerários existentes nas
agências, no caso de sinistros e furtos. ƒ Exame de transações com partes relacionadas.

12. Revisão de relatórios e correspondência com ƒ Identificação de eventuais vinculações ou


BACEN e outras autoridades supervisoras. restrições à disponibilidade de recursos mediante
análise das características das transações e discussão
13. Identificação dos ajustes finais sugeridos, com a administração.
resultantes do trabalho, para discussão com a
Administração, documentação quanto à solução dada e Testes de Saldos
análise dos reflexos conjuntos sobre o parecer a ser
emitido. ƒ Inspeção dos termos de conferência e
inspeção física dos valores, se julgado necessário nas
14. Revisão final de que as demonstrações financeiras a circunstâncias.
serem divulgadas, como um todo, estão
adequadamente classificadas e elaboradas segundo os ƒ Revisão da conciliação entre o extrato das
princípios contábeis, com adequada evidenciação de contas mantidas junto ao Banco do Brasil S.A. e Banco
todos os aspectos relevantes, abrangendo as Central do Brasil e os saldos contábeis
modificações na posição financeira, através da correspondentes.
demonstração das origens e aplicações de recursos.
ƒ Obtenção de confirmação dos saldos das
B. PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS - BANCOS contas contidas com terceiros.
COMERCIAIS
ƒ Obtenção de confirmação de títulos em
1. INTRODUÇÃO custódia com terceiros.

A relação de procedimentos básicos abrangidos pelo ƒ Teste da valorização de títulos e avaliação das
presente pronunciamento nos itens seguintes e possibilidades de realização considerando-se os preços
agrupados por área contemplam somente os de mercado.
procedimentos substantivos que se consideram
necessários a, em conjunto com os testes de ƒ Verificação de evidências que assegurem uma
observância, proporcionar evidências de auditoria que adequada separação do registro das operações de
se podem utilizar para formar uma opinião sobre as acordo com os períodos a que correspondam (corte de
demonstrações financeiras. transações).

Tais procedimentos não representam um programa de Revisão das demonstrações financeiras


trabalho constituindo-se num resumo das atividades a
serem praticadas pelos auditores independentes. os ƒ Verificação da adequada divulgação das
quais devem, no entanto, serem avaliados e práticas contábeis relevantes e da natureza dos saldos
modificados, conforme as circunstâncias vigentes à significativos.
época de sua aplicação.
ƒ Revisão dos critérios relevantes de
Tais procedimentos estão agrupados por área, seguindo classificação contábil.
a mesma seqüência apresentada no Modelo de
Publicação oficializado pelo Banco Central do Brasil 3. OPERAÇÕES DE CRÉDITO
para os Bancos Comerciais através do COBAN, não
cabendo ressaltar, portanto, a seqüência ordenada dos Procedimentos gerais
trabalhos a serem executados.
ƒ Verificação de que os registros subsidiários
Deve-se observar que os grupamentos de contas coincidem com os saldos do balanço e de que se
incluem saldos de natureza distinta, aos quais serão constituem em base adequada para a execução dos
aplicáveis, também, procedimentos distintos. Cabe ao testes de auditoria.
auditor identificar os exames aplicáveis a cada conta
individualmente, conforme sua natureza. ƒ Revisão das principais práticas contábeis
quanto a sua adequação e uniformidade de sua
2. DISPONIBILIDADES aplicação.

Procedimentos Gerais ƒ Identificação de ativos oferecidos em garantia a


terceiros.
ƒ Verificação de que os registros subsidiários
coincidem com os saldos do balanço e de que se ƒ Exame de transações com partes relacionadas.
constituem em base adequada para a execução dos
testes de auditoria.
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ƒ Revisão da compatibilização e coerência entre ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas


os critérios de apropriação de rendas e despesas e contábeis relevantes e da natureza dos saldos
atualização de saldos ativos e passivos. significativos.

Revisão analítica ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação


contábil.
ƒ Análise crítica da evolução dos saldos e rendas
no período sob exame. 4. RELAÇÕES INTERBANCÁRIAS E
INTERDEPARTAMENTAIS
ƒ Análise da evolução das taxas médias
cobradas no período. Procedimentos gerais

ƒ Análise comparativa dos saldos e taxas em ƒ Verificação de que os registros subsidiários


relação aos recursos captados e a recursos aplicados coincidem com os saldos do balanço e de que se
em outros ativos. constituem em base adequada para a execução dos
testes de auditoria.
Testes de transações
ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a
ƒ Exame de: sua adequação e uniformidade de sua aplicação.
9 novas operações;
9 renovação de operações vencidas; ƒ Exame de transações com partes relacionadas.
9 amortização e liquidação de operações;
9 adições e baixas em "Créditos em Liquidação". Revisão Analítica
9 Cessão e aquisição de créditos
ƒ Verificação de que os volumes monetários
ƒ Verificação dos controles e dos esforços de transitados por estas contas, em nível de agências e
cobrança quanto a operações já baixadas como perdas dependências, são compatíveis com seu volume de
efetivas. negócios.

Testes de saldos Testes de saldos

ƒ Inspeção da documentação de empréstimos. ƒ Análise da natureza e da idade dos principais itens


pendentes nas contas interdepartamentais
ƒ Inspeção da existência de garantias. ("Pagamentos e Recebimentos a Liquidar", "Contas
Interdepartamentais - País", "Cobrança Efetuada, em
ƒ Obtenção de confirmações de saldos e outras Trânsito", "Ordens de Pagamento").
informações (taxas, prazos, garantias etc...) relativas a
operações selecionadas. ƒ Revisão das conciliações de saldos com bancos
correspondentes.
ƒ Verificação e revisão dos registros de operações
vencidas. ƒ Obtenção de confirmações de saldos e outras
informações junto a bancos correspondentes.
ƒ Avaliação das possibilidades de realização dos
valores, vencidos e a vencer, e da adequação da ƒ Revisão dos cálculos e contabilização da
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, com atualização dos saldos em moedas estrangeiras.
especial consideração aos lastros de garantias, situação
econômico-financeira dos devedores, especialmente os ƒ Verificação de evidências que assegurem uma
em regime concordatário e falimentar, renovações das adequada separação do registro das operações de
mesmas operações, etc. acordo com os períodos a que correspondam (corte de
transações).
ƒ Revisão dos cálculos e contabilização da
atualização dos saldos em moeda escritural e moedas ƒ Verificação da documentação relativa às
estrangeiras. transferências de capital às dependências do banco no
exterior bem como retornos de recursos e revisão da
ƒ Testes dos cálculos e contabilização das rendas a situação patrimonial e financeira destas dependências.
apropriar e apropriadas aos resultados.
Revisão das demonstrações financeiras
ƒ Verificação de evidências que assegurem uma
adequada separação do registro das operações de ƒ Aplicação de testes para verificação da correta
acordo com os períodos a que correspondem (corte de segregação entre saldos realizáveis a curto e longo
transações). prazos.

Revisão das demonstrações financeiras ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas


contábeis relevantes e da natureza dos saldos
ƒ Aplicação de testes para verificação da correta significativos.
segregação entre saldos realizáveis a curto e longo
prazos. ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação
contábil.

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5. CRÉDITOS DIVERSOS ƒ Análise da composição dos saldos das contas,


testes quanto ao suporte documental e correlação com
Procedimentos gerais contas de resultado.

ƒ Verificação de que os registros subsidiários Revisão das demonstrações financeiras


coincidem com os saldos do balanço e de que se
constituem em base adequada para a execução dos ƒ Aplicação de testes para verificação da correta
testes de auditoria. segregação entre saldos realizáveis a curto e longo
prazos.
ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a
sua adequação e uniformidade de sua aplicação. ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas
contábeis relevantes e da natureza dos saldos
ƒ Identificação de ativos oferecidos em garantia a significativos.
terceiros
ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação
ƒ Exame de transações com partes relacionadas. contábil.

Revisão analítica 6. VALORES E BENS

ƒ Análise crítica da evolução dos saldos e rendas no Procedimentos gerais


período sob exame.
ƒ Verificação de que os registros subsidiários
Testes de transações coincidem com os saldos do balanço e de que se
constituem em base adequada para a execução dos
ƒ Exame de: testes de auditoria.
9 novas operações;
9 renovação de operações vencidas; ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a
9 amortização e liquidação de operações; sua adequação e uniformidade de sua aplicação.
9 adições e baixas em "Créditos em Liquidação";
ƒ Identificação de ativos oferecidos em garantia a
Testes de saldos terceiros.

ƒ Inspeção da documentação de operações. ƒ Exame de transações com partes relacionadas.

ƒ Inspeção da existência de garantias. Revisão analítica

ƒ Obtenção de confirmações de saldos e outras ƒ Análise crítica da evolução dos saldos e rendas no
informações (taxas, prazos, garantias etc...) relativas a período sob exame.
operações selecionadas.
Testes de transações
ƒ Verificação e revisão dos registros de operações
vencidas. ƒ Exame de operações.

ƒ Avaliação das possibilidades de realização dos Testes de saldos


saldos e da adequação do valor da Provisão para
Créditos de Liquidação Duvidosa. ƒ Inspeção física dos valores e bens, obtenção de
confirmações de custódia e obtenção de confirmação da
ƒ Verificação dos cálculos e contabilização das posição de títulos entregues em depósito ao Banco
rendas a apropriar e apropriadas aos resultados. Central do Brasil.

ƒ Verificação de evidências que assegurem uma ƒ Testes de valorização dos valores e bens.
adequada separação do registro das operações de
acordo com os períodos a que correspondam (corte de ƒ Avaliação das possibilidades de realização
transações). considerando-se os preços de mercado.

ƒ Obtenção de confirmação dos saldos dos depósitos ƒ Análise da composição dos saldos e verificação do
mantidos junto ao Banco Central do Brasil. suporte documental.

ƒ Revisão dos cálculos e contabilização da ƒ Revisão dos cálculos e contabilização da


atualização dos saldos em moedas estrangeiras. atualização dos valores.

ƒ Exame da movimentação no período na conta ƒ Verificação de evidências que assegurem uma


"Opções por Incentivos Fiscais" e correlação com adequada separação do registro das operações de
pagamento do Imposto de Renda, reconhecimento de acordo com os períodos a que correspondam (corte de
Reservas de Capital e transferências para o transações).
Permanente.

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Revisão das demonstrações financeiras 8. IMOBILIZADO

ƒ Aplicação de testes para verificação da correta Procedimentos gerais


segregação entre saldos realizáveis a curto e longo
prazos. ƒ Verificação de que os registros subsidiários
ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas coincidem com os saldos do balanço e de que se
contábeis relevantes e da natureza dos saldos constituem em base adequada para a execução dos
significativos. testes de auditoria.
ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação
contábil. ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a
sua adequação e uniformidade de sua aplicação.
7. INVESTIMENTOS
ƒ Identificação de ativos oferecidos em garantia a
Procedimentos gerais terceiros.

ƒ Verificação de que os registros subsidiários ƒ Exame de transações com partes relacionadas.


coincidem com os saldos do balanço e de que se
constituem em base adequada para a execução dos Revisão analítica
testes de auditoria.
ƒ Análise crítica da evolução dos saldos no período
ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a sob exame.
sua adequação e uniformidade de sua aplicação.
Testes de transações
ƒ Identificação de ativos oferecidos em garantia a
terceiros. ƒ Verificação de adições e baixas no período.

ƒ Exame de transações com partes relacionadas. ƒ Inspeções físicas.

Revisão analítica Testes de saldos

ƒ Análise crítica da evolução dos saldos e rendas no ƒ Testes sobre o cálculo e a contabilização da
período sob exame. correção monetária e depreciação.

Testes de transações ƒ Exame das transferências entre contas transitórias


e contas definitivas.
ƒ Verificação de adições e baixas no período.
Revisão das demonstrações financeiras
Testes de saldos
ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas
ƒ Teste sobre o cálculo e a contabilização da contábeis relevantes e da natureza dos saldos
correção monetária. significativos.

ƒ Exame dos investimentos avaliados pelo método da ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação
equivalência patrimonial, com base nas demonstrações contábil.
financeiras das sociedades investidas.
9. DIFERIDO
ƒ Inspeção física ou obtenção de confirmações do
custodiante dos títulos representativos dos Procedimentos gerais
investimentos.
ƒ Verificação de que os registros subsidiários
ƒ Exames de suporte documental e bases de coincidem com os saldos do balanço e de que se
formação e amortização de ágios e deságios. constituem em base adequada para a execução dos
testes de auditoria.
ƒ Revisão crítica da situação patrimonial e financeira
das sociedades investidas, bem como das agências e ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a
dependências no exterior e análise da eventual sua adequação e uniformidade de sua aplicação.
necessidade de constituição de provisão para
reconhecimento de possíveis perdas com investimentos. ƒ Exame de transações com partes relacionadas.

Revisão das demonstrações financeiras Revisão analítica

ƒ Verificação da adequada divulgação das políticas ƒ Análise crítica da evolução dos saldos no período
contábeis relevantes e de informações sobre sob exame.
investimentos relevantes.
Testes de transações
ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação
contábil. ƒ Verificação de adições e baixas no período.

ƒ Inspeções físicas.
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Testes de saldos
ƒ Revisão dos cálculos e contabilização da
ƒ Testes sobre o cálculo e a contabilização da atualização dos saldos.
correção monetária e amortizações.
Revisão das Demonstrações Financeiras
ƒ Exame de transferência entre contas transitórias e
contas definitivas. ƒ Aplicação de testes para verificação da correta
segregação entre saldos exigíveis a curto e longo
ƒ Análise da razoabilidade dos critérios de prazos.
amortização.
ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas
Revisão das demonstrações financeiras contábeis relevantes e da natureza de saldos
significativos.
ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas
contábeis relevantes e da natureza dos saldos ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação
significativos. contábil.

ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação 11. OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS


contábil.
Procedimentos gerais
10. DEPÓSITOS
ƒ Verificação de que os registros subsidiários
Procedimentos gerais coincidem com os saldos do balanço e de que se
constituem em base adequada para a execução dos
ƒ Verificação de que os registros subsidiários testes de auditoria.
coincidem com os saldos do balanço e de que se
constituem em base adequada para a execução dos ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a
testes de auditoria. sua adequação e uniformidade de sua aplicação.

ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a ƒ Exame de transações com partes relacionadas.
sua adequação e uniformidade de sua aplicação.
Revisão analítica
ƒ Exames de transações com partes relacionadas.
ƒ Análise crítica da evolução dos saldos e despesas
Revisão analítica no período sob exame.

ƒ Análise crítica da evolução dos saldos e despesas ƒ Análise da evolução das taxas médias pagas no
no período sob exame. período.

ƒ Análise da evolução das taxas médias pagas no ƒ Análise comparativa dos saldos e taxas em relação
período. ao recursos aplicados e a outros recursos captados.

ƒ Análise comparativa dos saldos e taxas em relação Testes de transações


aos recursos aplicados e a outros recursos captados.
ƒ Exame de novas operações e liquidações
Testes de transações
Testes de saldos
ƒ Exame de:
9 Certificados e recibos emitidos e resgatados no ƒ Obtenção de confirmação de saldos e outras
período; informações (taxas, prazos, garantias etc...) relativas a
9 Encargos creditados; operações selecionadas.
9 Rendas auferidas decorrentes da atividade de
depositário. ƒ Verificação quanto à existência de linhas de crédito
e acordos envolvendo saldos compensatórios.
Testes de Saldos
ƒ Leitura dos principais contratos e documentos
ƒ Obtenção de confirmações de saldos e outras correlatos verificando-se, se aplicável, o cumprimento
informações (taxas, prazos, etc.) relativas a operações de obrigações contratuais acessórias e cláusulas
selecionadas. restritivas.

ƒ Verificação dos cálculos e contabilização das ƒ Revisão dos critérios e exame dos cálculos e
despesas a apropriar e apropriadas aos resultados. contabilização dos encargos a apropriar e apropriados
incidentes sobre os recursos tomados.
ƒ Verificação de evidências que assegurem uma
adequada separação do registro das operações de ƒ Revisão dos cálculos e contabilização da
acordo com os períodos a que correspondam (corte de atualização monetária dos saldos.
transações), inclusive mediante verificação da
seqüência numérica dos certificados de depósitos ƒ Verificação de evidências que assegurem uma
bancários emitidos e não emitidos. adequada separação do registro das operações de
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acordo com os períodos a que correspondam (corte de ƒ Exame de transações com partes relacionadas.
transações).
Revisão analítica
ƒ Confronto dos saldos representativos dos recursos
obtidos com os saldos representativos dos repasses ƒ Análise crítica da evolução dos saldos e despesas
efetuados, investigando-se eventuais anormalidades. no período sob exame.

Revisão das demonstrações financeiras Testes de saldos

ƒ Aplicação de testes para verificação da correta ƒ Análise da composição dos saldos e testes quanto
segregação entre os saldos exigíveis a curto e longo à razoabilidade dos valores provisionados, confirmação
prazos. de saldos, testes de suporte documental e testes de
liquidação subseqüente.
ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas
contábeis relevantes e da natureza de saldos ƒ Análise e revisão dos cálculos e critérios na
significativos. constituição de provisões.

ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação ƒ Verificação de evidências que assegurem uma
contábil. adequada separação do registro das operações de
acordo com os períodos a que correspondam (corte de
12. OBRIGAÇÕES POR RECEBIMENTOS transações).

Procedimentos gerais ƒ Revisão dos critérios e exame dos cálculos e


contabilização de despesas a apropriar e apropriadas
ƒ Verificação de que os registros subsidiários aos resultados.
coincidem com os saldos do balanço e de que se
constituem em base adequada para a execução dos Revisão das demonstrações financeiras
teste de auditoria.
ƒ Aplicação de testes para verificação da correta
ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a segregação entre saldos exigíveis a curto e longo
sua adequação e uniformidade de sua aplicação. prazos.

Revisão analítica ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas


contábeis relevantes e da natureza dos saldos
ƒ Análise crítica da evolução dos saldos no período significativos.
sob exame.
ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação
Testes de saldos contábil.

ƒ Análise da composição dos saldos. 14. RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS

ƒ Verificação dos recolhimentos subseqüentes. Procedimentos gerais

ƒ Verificação de evidências que assegurem uma ƒ Verificação de que os registros subsidiários


adequada separação do registro das operações de coincidem com os saldos do balanço e de que se
acordo com os períodos a que correspondam (corte de constituem em base adequada para a execução dos
transações). testes de auditoria.

Revisão das demonstrações financeiras ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a
sua adequação e uniformidade de sua aplicação.
ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas
contábeis relevantes e da natureza de saldos ƒ Exame de transações com partes relacionadas.
significativos.
Revisão analítica
ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação
contábil. ƒ Análise crítica da evolução dos saldos e receitas
apropriadas no período sob exame.
13. OUTRAS OBRIGAÇÕES
Testes de transações
Procedimentos gerais
ƒ Verificação de adições ocorridas no período.
ƒ Verificação de que os registros subsidiários
coincidem com os saldos do balanço e de que se Testes de saldos
constituem em base adequada para a execução dos
testes de auditoria. ƒ Verificação dos cálculos e contabilização das
receitas diferidas e apropriadas
ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a
sua adequação e uniformidade de sua aplicação. ƒ Verificação de evidências que assegurem uma
adequada separação do registro das operações de
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acordo com os períodos a que correspondam (corte de


transações). ƒ Revisão dos critérios adotados na remuneração de
serviços comuns entre as empresas do conglomerado e
Revisão das demonstrações financeiras referência aos exames e papéis de trabalho das
Sociedades envolvidas.
ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas
contábeis relevantes e da natureza dos saldos Revisão analítica
significativos.
ƒ Análise crítica da evolução dos principais itens de
ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação receitas e despesas no período sob exame.
contábil.
ƒ Correlação do comportamento e evolução das
15. PATRIMÔNIO LÍQUIDO principais rendas e despesas operacionais com a
evolução e comportamento das operações relacionadas.
Procedimentos gerais
ƒ Correlacionamento e análise dos saldos de
ƒ Verificação de que os registros subsidiários despesas e receitas que guardam íntima relação com
coincidem com os saldos do balanço e de que se áreas patrimoniais já examinadas como, por exemplo:
constituem em base adequada para a execução dos 9 Devedores duvidosos
testes de auditoria. 9 Depreciações
9 Amortizações
ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a 9 Correções monetárias do permanente e do
sua adequação e uniformidade de sua aplicação. patrimônio líquido
9 Equivalência patrimonial
Testes de transações 9 Provisão para o Imposto de Renda
9 Provisão para perdas com ativos
ƒ Verificação do suporte documental e bases de 9 Provisão para obrigações
formação dos principais acréscimos e decréscimos nas 9 Etc.
contas de patrimônio líquido.
Testes de transações
Testes de saldos
ƒ Testes de suporte documental para itens
ƒ Testes sobre o cálculo e a contabilização da selecionados de receitas e despesas.
correção monetária.
Revisão das demonstrações financeiras
ƒ Verificação, com base nos registros societários, das
quantidades de ações representativas do capital ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas
autorizado e emitido. contábeis relevantes e da natureza dos saldos
significativos.
ƒ Revisão dos critérios para constituição e reversão
de reservas ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação
contábil.
ƒ Revisão com base nas disposições estatutárias das
bases de cálculo, critérios, e correção de cálculos dos 17. COMPENSAÇÃO
dividendos pagos e propostos pela administração e
demais participações nos resultados. A. DEPOSITANTES DE VALORES EM CUSTÓDIA

Revisão das demonstrações financeiras Procedimentos Gerais

ƒ Verificação da adequada divulgação das práticas ƒ Verificação de que os registros subsidiários


contábeis relevantes e da natureza dos saldos coincidem com os saldos e de que se constituem em
significativos. base adequada para a execução dos testes de auditoria.

ƒ Revisão dos critérios relevantes de classificação ƒ Exame de transações com partes relacionadas.
contábil.
Testes de Saldos
16. RESULTADOS
ƒ Inspeção física dos títulos e valores ou obtenção de
Procedimentos gerais confirmação do subcusto diante, de itens selecionados.

ƒ Verificação de que os registros subsidiários ƒ inspeção da documentação relativa a operações


coincidem com os saldos do balanço e de que se selecionadas.
constituem em base adequada para a execução dos
testes de auditoria. Revisão das Demonstrações Financeiras

ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a ƒ Verificação da adequada divulgação de


sua adequação e uniformidade de sua aplicação. informações relevantes

ƒ Exame de transações com partes relacionadas.


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B. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS POR Procedimentos Gerais


RECOMPRAS OU COMPRAS
ƒ Verificação de que os registros subsidiários
Procedimentos gerais coincidem com os saldos e de que se constituem em
base adequada para execução dos testes de auditoria.
ƒ Verificação de que os registros subsidiários
coincidem com os saldos e de que se constituem em ƒ Exames de transações com partes relacionadas.
base adequada para a execução dos testes de auditoria.
Teste de Transações.
ƒ Revisão das principais práticas contábeis quanto a
sua adequação e uniformidade de sua aplicação. Exame de:
9 Novas operações.
ƒ Exame de transações com partes relacionadas. 9 Amortização e liquidações de operações.
9 Adições e baixas em Créditos em Liquidação.
Revisão Analítica
Testes de Saldos.
ƒ Análise das taxas médias pagas pelo financiamento
da carteira própria de títulos e correlação com a ƒ Inspeção da documentação de empréstimos.
rentabilidade auferida.
ƒ Inspeção de existência de garantias.
ƒ Análise das variações nos saldos e taxas em
relação a outros recursos gerados e/ou utilizados. ƒ Obtenção de confirmação de saldos e outras
informações (taxas, prazos, garantias etc.) relativas a
Testes de Saldos operações selecionadas.

ƒ Revisão do "Quadro Demonstrativo das ƒ Verificação e revisão dos registros de operações


Responsabilidades por Compromissos de Recompra ou vencidas.
Compra" quanto a acuracidade de seu preenchimento e
dos cálculos aritméticos. ƒ Avaliação das possibilidades de realização dos
ƒ Obtenção de confirmação dos compromissos saldos.
assumidos (valor, taxas, prazos e responsabilidade pela
custódia dos títulos objeto dos compromissos) ou Revisão das Demonstrações Financeiras
verificação da recompra subseqüente.
ƒ Verificação da adequada divulgação de
ƒ Inspeção física dos títulos objeto dos compromissos informações relevantes.
assumidos ou obtenção de confirmação do custo diante
ou verificação da documentação de transferência física
dos títulos ou de sua titularidade quando os títulos forem RESOLUÇÃO CFC Nº 750/93
objeto de custódia escritural.
CAPÍTULO I
ƒ Confronto do valor nominal e de mercado dos DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA
títulos objeto dos compromissos assumidos com valor
atual de recompra prometida. Os prejuízos efetivos Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE
representam, se não registrados como tal, um desvio CONTABILIDADE (P.F.C.) os enunciados por esta
aos princípios contábeis, que requer ressalva por parte Resolução.
dos auditores, quando relevante. O auditor deve,
também, incluir especificamente esse assunto na carta § 1º A observância dos Princípios Fundamentais de
de representação dos administradores, quanto a não Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e
existência de transações contratadas, mas não constitui condição de legitimidade das Normas
formalizadas, que possam gerar prejuízos ainda não Brasileiras de Contabilidade (NBC).
registrados.
§ 2º Na aplicação dos Princípios Fundamentais de
ƒ Verificação de evidências que assegurem uma Contabilidade há situações concretas, a essência das
adequada separação do registro das operações de transações deve prevalecer sobre seus aspectos
acordo com os períodos a que correspondam (corte de formais.
transações).
CAPÍTULO II
ƒ Inspeção da documentação relativa a operações DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA
selecionadas. ENUMERAÇÃO

Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade


Revisão das Demonstrações Financeiras representam a essência das doutrinas e teorias relativas
à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento
ƒ Aplicação de testes para verificação da correta predominante nos universos científico e profissional de
segregação dos compromissos em relação aos seus nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu
prazos, compromissários e lastro. sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
Patrimônio das Entidades.
C. BENEFICIÁRIOS POR AVAIS E FIANÇAS

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Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade: II – o registro compreende os elementos quantitativos e


I) o da ENTIDADE; qualitativos, contemplando os aspectos físicos e
II) o da CONTINUIDADE; monetários;
III) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE,
VI) o da COMPETÊNCIA e em um período de tempo determinado, base necessária
VII) o da PRUDÊNCIA. para gerar informações úteis ao processo decisório da
gestão.
SEÇÃO I
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE SEÇÃO IV
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o
Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação registrados pelos valores originais das transações com o
de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios mundo exterior, expressos a valor presente na moeda
existentes, independentemente de pertencer a uma do País, que serão mantidos na avaliação das variações
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou agregações ou decomposições no interior da
sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o ENTIDADE.
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO
instituição. VALOR ORIGINAL resulta:

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser
ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma feita com base nos valores de entrada, considerando-se
ou agregação contábil de patrimônios autônomos não como tais os resultantes do consenso com os agentes
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de externos ou da imposição destes;
natureza econômico-contábil.
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou
SEÇÃO II obrigação não poderão ter alterados seus valores
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua
decomposição em elementos e/ou sua agregação,
Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;
como sua vida definida ou provável, devem ser
consideradas quando da classificação e avaliação das III – o valor original será mantido enquanto o
mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. componente permanecer como parte do patrimônio,
inclusive quando da saída deste;
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico
dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do
dos passivos, especialmente quando a extinção da REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis
ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou entre si e complementares, dado que o primeiro apenas
previsível. atualiza e mantém atualizado o valor de entrada;

§ 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos


indispensável à correta aplicação do Princípio da componentes patrimoniais constitui imperativo de
COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente homogeneização quantitativa dos mesmos.
à quantificação dos componentes patrimoniais e à
formação do resultado, e de constituir dado importante SEÇÃO V
para aferir a capacidade futura de geração de resultado. O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

SEÇÃO III Art. 8º Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da


O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros
contábeis através do ajustamento da expressão formal
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, dos valores dos componentes patrimoniais.
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do
registro do patrimônio e das suas mutações, Parágrafo único – São resultantes da adoção do
determinando que este seja feito de imediato e com a Princípio da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA:
extensão correta, independentemente das causas que
as originaram. I – a moeda, embora aceita universalmente como
medida de valor, não representa unidade constante em
Parágrafo único – Como resultado da observância do termos do poder aquisitivo;
Princípio da OPORTUNIDADE:
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das valores das transações originais (art. 7º), é necessário
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a
hipótese de somente existir razoável certeza de sua fim de que permaneçam substantivamente corretos os
ocorrência; valores dos componentes patrimoniais e, por
conseqüência, o do patrimônio líquido;
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III – a atualização monetária não representa nova § 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da
avaliação, mas, tão-somente, o ajustamento dos valores PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações
originais para determinada data, mediante a aplicação posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável
de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA.
variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um
dado período. § 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha
ênfase quando, para definição dos valores relativos às
SEÇÃO VI variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA envolvem incertezas de grau variável.

Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas Art. 11. A inobservância dos Princípios Fundamentais de
na apuração do resultado do período em que ocorrerem, Contabilidade constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e”
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de
independentemente de recebimento ou pagamento. 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética
Profissional do Contabilista.
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando
as alterações no ativo ou no passivo resultam em Art. 12. Revogada a Resolução CFC nº 530/81, esta
aumento ou diminuição no patrimônio líquido, Resolução entra em vigor a partir de 1º de janeiro de
estabelecendo diretrizes para classificação das 1994.
mutações patrimoniais, resultantes da observância do
Princípio da OPORTUNIDADE.

§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e


despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do
respeito ao período em que ocorrer sua geração.

§ 3º As receitas consideram-se realizadas:

I – nas transações com terceiros, quando estes


efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso
firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade
de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer
pela fruição de serviços por esta prestados;

II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo,


qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

III – pela geração natural de novos ativos


independentemente da intervenção de terceiros;

IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções.

§ 4º Consideram-se incorridas as despesas:

I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo,


por transferência de sua propriedade para terceiro;

II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de


um ativo;

III – pelo surgimento de um passivo, sem o


correspondente ativo.

SEÇÃO VII
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção


do menor valor para os componentes do ATIVO e do
maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da


hipótese de que resulte menor patrimônio líquido,
quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis
diante dos demais Princípios Fundamentais de
Contabilidade.
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TEXTOS DIVERSOS devem prever investigações mais profundas e


detalhadas em contas ou áreas cujo controle interno
RESPONSABILIDADE LEGAL EM AUDITORIA seja deficiente.
CONTROLE INTERNO/AUDITORIA INTERNA
PLANEJAMENTO/PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Todo trabalho de auditoria repousa no estabelecimento
AMOSTRAGEM de critérios e de metodologia que lhe dêem razoável
PAPÉIS DE TRABALHO segurança sobre a totalidade das demonstrações
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM ÁREAS financeiras examinadas. O auditor não deve esquecer
ESPECÍFICAS que poderá responder, civil e criminalmente, por
PARECER DE AUDITORIA prejuízos causados a terceiros em virtude de culpa ou
REVISÃO ESPECIAL DAS INFORMAÇÕES dolo no exercício de suas funções.
TRIMESTRAIS
“COMFORT LETTER” O auditor tem a incumbência de verificar se as
informações e análises apresentadas nas
RESPONSABILIDADE LEGAL EM AUDITORIA (texto demonstrações financeiras, inclusive aquelas
extraído de William Attie) constantes do Relatório da Administração, refletem com
clareza a situação patrimonial e financeira, e comunicar
A complexidade e o volume das operações fazem com quaisquer circunstâncias em desacordo com as
que os procedimentos de auditoria sejam aplicados por disposições legais e regulamentares e atos que tenham
meio de provas seletivas, testes e amostragem, ou possam ter impactos nas operações da empresa
cabendo ao auditor, com base no controle interno e nos auditada. É seu dever também, mesmo que considerado
elementos de juízo de que dispõe, determinar o número de forma indireta, emitir, um relatório circunstanciado
de operações a serem examinadas, para obter que contenha observações a respeito das possíveis
elementos de convicção que sejam válidos para o todo. deficiências ou ineficácia de controles internos
observadas pelo auditor, no transcurso de seu trabalho.
A natureza, a extensão e a profundidade dos
procedimentos de auditoria a serem aplicados CONTROLE INTERNO
dependem de investigações e da qualidade da prova a
ser obtida. Para o auditor, a validade da prova está em O Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto
função do elemento que lhe dá origem e, com base Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA)
nisto, a prova obtida diretamente de fonte externa definiu Controle Interno como "o plano de organização e
proporciona maio, grau de confiança do que aquela todos os métodos e medidas adotados pela empresa
obtida internamente, assim como o conhecimento obtido para salvaguardar seus ativos, assegurar a exatidão e a
por verificação direta e pessoal do auditor apresenta fidedignidade das informações, promover a eficiência
maior validade do que aquele obtido indiretamente. das operações e estimular a aderência às políticas da
organização".
O objetivo de um exame normal de auditoria sobre as
demonstrações financeiras é expressar uma opinião A NBC T 11 assim define: “O sistema contábil e de
acerca da propriedade das mesmas e, portanto, não é controles internos compreende o plano de organização
destinado especificamente a desvendar fraudes e outras e o conjunto integrado de métodos e procedimentos
irregularidades. Entretanto, ao efetuar seu exame e ao adotados pela entidade na proteção do seu patrimônio,
expressar sua opinião sobre as demonstrações promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus
financeiras, o auditor deve estar alerta à possibilidade registros e demonstrações contábeis, e da sua eficácia
da existência destes, que em alguns casos podem ser operacional”.
de tal grandeza que afetem a posição patrimonial e
financeira ou o resultado das operações da empresa em Qualquer que seja a definição adotada, em linhas
exame. No caso de descoberta de irregularidades, cabe gerais, o controle interno tem quatro objetivos básicos:
ao auditor estudar sua relevância e os possíveis efeitos
em relação às demonstrações financeiras em exame 1. A SALVAGUARDA DO PATRIMÔNIO;
para a determinação de seu parecer e a divulgação à 2. A PRECISÃO E A CONFIABILIDADE DAS
administração da empresa auditada de forma sigilosa e INFORMAÇÕES (CONTÁBEIS, FINANCEIRAS E
confidencial. OPERACIONAIS);
3. A PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL;
O auditor pode ser responsabilizado pela não- 4. O ESTÍMULO À ADERÊNCIA ÀS POLÍTICAS
descoberta de fraude significativa em conseqüência da INSTITUCIONAIS.
negligência na execução das normas de auditoria, ou
em conseqüência de não tê-las aplicado Tais objetivos aplicam-se aos controles internos
convenientemente. instituídos no sistema contábil e financeiro (controles
contábeis) e na gestão da organização (controles
Se o auditor tivesse que assumir a responsabilidade de administrativos).
descobrir fraudes e irregularidades, em um exame
normal das demonstrações financeiras, a extensão de Os dois primeiros objetivos são buscados pela
seu trabalho seria de tal custo que se tornaria implementação de controles internos contábeis
impraticável para as empresas. A existência de um (controles instituídos no sistema contábil-financeiro) e os
adequado controle interno propicia às empresas uma dois últimos por controles internos administrativos
proteção menos onerosa e mais eficaz. Com base nos (controles relativos à gestão da organização).
controles internos existentes nas empresas é que o
auditor determina a extensão de seu exame e os
procedimentos a serem aplicados, os quais, inclusive,
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São exemplos de controles contábeis:


- Sistemas de conferência, aprovação e autorização; d. Controles físicos sobre ativos: o acesso dos
- Segregação de funções; funcionários aos ativos da empresa é limitado e são
- Controles físicos sobre ativos; estabelecidos controles físicos sobre os ativos. São
- Determinação de funções e responsabilidades; exemplos de acesso aos ativos da empresa: manuseio
- Alçadas progressivas, etc. de numerário antes de ser depositado em conta corrente
bancária; emissão de cheques; manuseio de cheques
São exemplos de controles administrativos: assinados; manuseio de envelopes com numerário para
- Análises estatísticas de lucratividade por linha de pagamento de salários; custódia de ativos (dinheiro em
produtos; caixa, cautelas de títulos, estoques, imobilizado). São
- Controle de qualidade; exemplos de controles físicos sobre ativos: local
- Treinamento de pessoal fechado para o caixa; guarda de títulos em cofre; saída
- Estudos de tempos e movimentos; controlada para funcionários ou terceiros portando
- Análise das variações entre os valores orçados e os pacotes ou caixas.
incorridos;
- Comparação das metas previstas com as realizadas, e. Contagens físicas independentes: corresponde à
etc.. realização de contagens físicas de bens e valores, de
forma periódica, por intermédio de pessoa independente
1. SALVAGUARDA DO PATRIMÔNIO ao custodiante, visando maximizar o controle físico e
resguardar os interesses da empresa.
O objetivo do controle interno relativo à salvaguarda dos
interesses da empresa refere-se à proteção do seu f. Alçadas progressivas: compreende o
patrimônio contra quaisquer desvios e perdas devidos a estabelecimento de alçadas e procurações de forma
erros ou irregularidades na gestão. escalonada, delegando aos altos escalões as principais
decisões e responsabilidades. A utilização de alçadas
Uma empresa dispõe de bens, direitos e obrigações que progressivas, com dupla assinatura de pessoas
se encontram divididos por diversos departamentos e independentes entre si, fornece maior segurança à
setores da empresa, os quais cuidam individualmente empresa, permitindo que as principais decisões, de
da parte que lhes cabe. Exemplificando, o almoxarifado acordo com os riscos e os valores envolvidos, sejam de
tem a seu dispor material estocado, que requer cuidado responsabilidade dos principais administradores.
na sua manutenção, guarda e distribuição. A tesouraria,
por sua vez, controla os saldos bancários, as entradas e g. Manutenção de contas de controle: indica a
as saídas de numerário. O setor de pessoal é exatidão dos saldos das contas detalhadas, geralmente
responsável pelo cálculo e controle da folha de controladas por outros funcionários. Permite a
pagamentos e pelo recolhimento dos encargos sociais. realização de confrontação permanente entre os saldos
E assim por diante. As empresas dispõem de uma detalhados e o saído sintético, e a aplicação de
enorme gama de atividades a serem desempenhadas, procedimentos de comprovação da exatidão dos
que requerem especialização, conhecimento e registros.
orientação, de forma que sejam conduzidas dentro dos
padrões estabelecidos, minimizando a possibilidade da h. Rotação de funcionários: corresponde ao rodízio
ocorrência de riscos. entre os funcionários designados para a consecução
das atividades. Desde que bem planejado, possibilita
As principais práticas de controle que asseguram a reduzir as oportunidades para o cometimento de fraudes
salvaguarda do patrimônio (CONTROLES INTERNOS e resulta, geralmente, em novas idéias de trabalho para
CONTÁBEIS) são as seguintes: as diversas funções desempenhadas na empresa.

a. Segregação de funções: estabelece a i. Seguro: compreende a manutenção de apólices de


independência para as funções de execução seguros, a valores adequados de reposição, dos bens,
operacional, custódia física e contabilização. Ninguém valores e riscos a que está sujeita a empresa.
deve ter sob sua inteira responsabilidade todas as fases
inerentes a uma operação. Cada uma dessas fases j. Legislação: corresponde à atualização permanente
deve ser executada por pessoas e setores dos funcionários sobre a legislação vigente, visando
independentes entre si. As rotinas internas devem ser diminuir riscos e não expor a empresa a contingências
definidas de modo que uma área controle a outra. pela não-obediência aos preceitos legais (fiscais,
trabalhistas, previdenciários, etc.).
b. Sistema de autorização e aprovação: compreende
o controle das operações por meio de autorizações e de 2. PRECISÃO E CONFIABILIDADE DAS
aprovações, de acordo com as responsabilidades e os INFORMAÇÕES (CONTÁBEIS, FINANCEIRAS E
riscos envolvidos. A pessoa que autoriza não deve ser a OPERACIONAIS)
que aprova para não expor a riscos os interesses da
empresa. O objetivo do controle interno relativo à precisão e à
confiabilidade dos informes e dos relatórios contábeis,
c. Determinação de funções e responsabilidades: financeiros e operacionais compreende a geração de
determina para cada funcionário o conhecimento exato informações adequadas e oportunas, necessárias
de suas funções, incluindo as responsabilidades que gerencialmente para administrar a empresa.
compõem o cargo. A existência de organogramas claros
e de fluxogramas de processos determinam linhas de As empresas necessitam constituir para si sistemas que
responsabilidades e de autoridades definidas para toda lhes garantam conhecer os atos e fatos ocorridos em
a estrutura hierárquica. cada segmento da gestão. Os efeitos da realização de
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cada ato devem ser escriturados e levados em tempo As inúmeras tarefas desempenhadas pelos diversos
hábil ao conhecimento dos administradores. A setores de uma empresa necessitam de uma linha
contabilidade controla os fatos que tem ressonância mestra de raciocínio e de conduta. Cada um dos
contábil, porém não levanta um balancete diário de cada segmentos tem suas particularidades e cada indivíduo
fato transcorrido. Por outro lado, um pedido de venda ou precisa conhecer bem as suas atribuições e o que a
de compra colocado não é contabilizado até que haja organização dele espera. As empresas dispõem de
documentação suficiente para tal. Um fluxo financeiro é políticas que estabelecem procedimentos para cada
projetado com base em fatos reais e fatos estimados. O setor. Se há uma política de concessão de crédito, é
setor de cobrança necessita conhecer dia a dia os preciso que seja comunicada a fim de que possa ser
valores a receber dos clientes, indicando-os praticada de forma uniforme. Se o funcionário tem de
nominalmente. O setor de vendas precisa conhecer lidar com uma máquina específica, é necessário que lhe
rapidamente os produtos disponíveis em estoque e, por seja fornecida a capacitação adequada. Se há
vezes, a próxima produção finalizada. funcionários que cometem falhas pessoais, é necessária
orientação que possibilite a correção e a prevenção
Pelos exemplos descritos, vemos que a empresa dessas falhas. Cada um desses exemplos implica o
necessita de informações que possam auxiliar na estabelecimento de regras que permitem o
administração dos negócios e que possibilitem desenvolvimento harmônico de toda a empresa e
entendimento uniforme dos cenários. A informação só possibilitam maior eficiência na forma como são
tem validade para os administradores a partir do desenvolvidas as operações.
momento em que é exata, confiável e oportuna e,
portanto, precisa basear-se em dados verídicos e As principais práticas de controle que promovem a
informados tempestivamente. eficiência operacional (CONTROLES INTERNOS
ADMINISTRATIVOS) são:
As principais práticas de controle que dão o suporte
necessário à precisão e à confiabilidade das a. Seleção: possibilita a obtenção de pessoal
informações (CONTROLES INTERNOS CONTÁBEIS) qualificado para exercer com eficiência funções
são: específicas.

a. Documentação confiável: corresponde à utilização b. Treinamento: possibilita a capacitação do pessoal


de documentação hábil para o registro das transações. para as atividades propostas. Dele resultam melhor
A utilização de provas independentes serve para a rendimento, menores custos e pessoal atento e pró-
comprovação mais segura de que as operações e os ativo às funções desempenhadas.
registros estão em forma exata.
c. Plano de carreira: determina a política de pessoal
b. Conciliação: método de confronto que confirma a quanto às possibilidades de remuneração e
precisão dos dados ou aponta a existência de ascenção/promoção dentro da organização,
diferenças oriundas das diversas fontes de informação. incentivando o comprometimento do corpo funcional.
Visa à eliminação tempestiva de possíveis
incongruências entre as informações. d. Avaliações de desempenho: identificam
individualmente o desempenho de cada funcionário,
c. Análise: objetiva a identificação da composição com o diagnóstico suas virtudes e deficiências e a
analítica dos itens em exame, de forma a possibilitar a proposição de medidas necessárias ao seu
constatação de sua constituição. aperfeiçoamento pessoal e profissional.

d. Plano de contas: compreende a classificação dos e. Relatório de horas trabalhadas: possibilita a


dados contábeis da empresa dentro de uma estrutura administração mais eficiente do tempo despendido pelo
formal de contas, um plano de contas definido. A pessoal nas tarefas desempenhadas e indica mudanças
existência de um manual de contabilidade, acrescido de necessárias ou correção das metas previstas.
procedimento definido para o uso das contas,
proporciona a classificação e a utilização adequadas de f. Tempos e métodos: possibilitam a execução mais
cada conta contábil. eficiente das atividades visto que identificam possíveis
ineficiências do pessoal frente às tarefas a eles
e. Tempestividade: determina que o registro das atribuídas.
transações seja realizado dentro do período de
competência e no menor espaço de tempo possível. g. Custo-padrão: permite o acompanhamento
permanente do custo de produção dos bens e serviços
f. Informatização: a utilização dos equipamentos e produzidos, identificando benefícios e ineficiências de
sistemas de informática visa facilitar e agilizar o registro cada etapa do processo de produção.
das transações, proporcionando a uniformização e a
segurança das informações. 4. ESTÍMULO À ADERÊNCIA ÀS POLÍTICAS
INSTITUCIONAIS
3. PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL
O objetivo do controle interno relativo ao estímulo à
Relativamente à promoção da eficiência operacional, o aderência às políticas da organização é assegurar que
controle interno busca prover os funcionários dos meios as diretrizes da administração, definidas por meio de
necessários ao eficiente desempenho das suas suas políticas e indicadas por meio de seus
atribuições, de forma a que seja obtida a maximização procedimentos, sejam adequadamente seguidas pelo
do desempenho operacional da organização. corpo de pessoal.

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Toda empresa objetiva continuar operando


indefinidamente, gerando resultados favoráveis que ESTUDO E AVALIAÇÃO DOS CONTROLES
possibilitem a sua permanência no mercado e a INTERNOS
expansão de suas atividades. Entretanto, suas diretrizes
não passarão do papel se não for estabelecida uma
estrutura de apoio necessária à consecução de suas Em 2002, após uma avalanche de denúncias contra
atividades. Cada funcionário e cada segmento da companhias que manipularam suas informações
organização precisam funcionar harmonicamente, contábeis (Enron, Tyco, WorldCom e outras), o
fazendo com que toda a estrutura da empresa avance Congresso Norte-Americano, pressionado pela
tendo em vista os mesmos objetivos. sociedade e pela mídia, aprovou a Lei Sarbanes-
Oxley, elaborada pelos congressistas Paul S.
O setor de vendas deve efetivar os pedidos de vendas Sarbanes e Michael Oxley, a qual reformou a
de acordo com as políticas de preço e prazo definidas regulamentação do mercado de capitais que
pela administração. O setor de faturamento deve emitir vigorava nos Estados-Unidos desde a década de 30.
as faturas aos clientes certos e no momento certo para Aqueles escândalos abalaram fortemente a
que as mercadorias por eles compradas possam ser confiança dos investidores e reforçaram a
despachadas e entregues. Os cheques para pagamento necessidade de maior transparência e confiabilidade
de compromissos precisam ser emitidos no momento e na elaboração e divulgação das informações
no valor corretos para honrar com as aquisições e contábeis e financeiras.
contratações realizadas. Em todos esses exemplos Em razão da Lei Sarbanes-Oxley, houve mudanças
verifica-se que as atividades necessitam ser realizadas significativas nas regras de governança corporativa:
de acordo com as políticas traçadas pela organização.
- Aumento da responsabilidade dos administradores
As principais práticas de controle que estimulam a perante a divulgação das informações contábeis e
aderência do pessoal às políticas da organização financeiras;
(CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS) são: - Ênfase no uso de controles internos mais rígidos.
Avaliação pela administração da estrutura e da
a. Supervisão: a supervisão permanente possibilita eficiência dos controles internos como forma de
melhor rendimento do pessoal e a mitigação de erros e eliminar a manipulação indevida de informações
desperdícios, tanto por meio da correção tempestiva de financeiras.
desvios, como pelo esclarecimento de dúvidas e
orientação quando da execução das atividades. Vários estudos foram então realizados procurando
Comumente as falhas são originadas de controles mal identificar as principais falhas existentes nos controles
definidos ou de falta de controles. Quando não são internos das organizações. Entre esses estudos,
aplicados pelos funcionários os procedimentos de destaca-se o trabalho realizado pelo “Committee of
controle adequados, a eficiência de todo o sistema Sponsoring Organizations of the Treadway Commission
passa a depender, em grande parte, da supervisão (COSO), intitulado “Internal Control – Integrated
exercida. A divisão racional do trabalho, com a Framework” (“Controles Internos – Um modelo
identificação clara e objetiva das normas e integrado”). Essa publicação tornou-se referência
procedimentos, fornece condições que permitem a mundial para o estudo e a avaliação dos controles
supervisão suficiente e, conseqüentemente, a internos.
prevenção de erros e desperdícios.
Para a avaliação dos controles internos de uma
b. Sistema de revisão e aprovação: indica, por meio organização o modelo COSO considera imprescindível a
do método de revisão e aprovação, que políticas e abordagem da estrutura existente para a implantação e
procedimentos estão sendo adequadamente seguidos a manutenção de controles internos efetivos:
pelo pessoal e quais necessitam de melhoria e/ou
atualização.

c. Manuais internos: definem as rotinas e os


procedimentos internos de cada área/processo
mediante clara exposição/orientação, possibilitando
práticas uniformes, normatização e eficiência dos atos e 1. ambiente de controle;
prevenindo a ocorrência de erros e desperdícios.
2. gerenciamento de riscos;
d. Instruções formais: estabelece que todas as
instruções a serem seguidas pelo corpo de pessoal 3. práticas de controle;
devem ser comunicadas por escrito, o que evita
interpretações pessoais e mal entendidos, além de
possibilitar cobranças e “follow-up” tempestivos. 4. informação e comunicação;

e. Auditoria Interna: auxilia a organização a alcançar 5. monitoramento.


os seus objetivos por meio de uma abordagem
sistemática que avalia e propõe melhorias para os 1. Ambiente de Controle é a consciência de controle
processos de gerenciamento de risco, controle e da organização, sua “cultura” de controle. O ambiente
governança corporativa. Nesse sentido, os exames da de controle envolve competência técnica e compromisso
auditoria interna possibilitam a identificação de ético. É um fator intangível e essencial à efetividade dos
áreas/processos que não estejam em consonância com controles internos. A postura da alta administração
as políticas determinadas pela organização. (padrão ético/integridade e compromisso) desempenha
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um papel fundamental para os funcionários – dá o tom


real e efetivo do controle existente na organização.

2. Gerenciamento de Riscos é a identificação dos CONTROLE INTERNO E AUDITORIA


riscos que podem afetar os principais
processos/operações/atividades da organização. As normas de auditoria geralmente aceitas estabelecem
Objetivos e metas são necessários para a estruturação que o auditor deve avaliar o sistema de controle interno
de controles internos. Gerencia-se, portanto, o da empresa auditada, a fim de determinar a natureza, a
atingimento ou não dos objetivos/metas organizacionais. época e a extensão dos procedimentos de auditoria a
Uma vez estabelecidos os objetivos/metas, são serem aplicados.
identificados os riscos que ameaçam o seu cumprimento
e tomadas as ações necessárias para o gerenciamento O auditor executa os seguintes passos na avaliação do
dos riscos identificados (mitigação dos riscos). O controle interno:
gerenciamento de riscos é uma ação pro-ativa que
permite à organização evitar surpresas desagradáveis. - Mapeia o sistema de controle interno;
Os riscos podem ser classificados em: - operacional - Verifica se o sistema mapeado é o que está sendo
(riscos de falha humana, produtos & serviços, seguido na prática;
regulamentação, catástrofe, sinistros, patrimonial, - Avalia a possibilidade de o sistema revelar, de
contrato, fraudes/desvios); - de informação (falhas em imediato, erros e irregularidades.
sistemas gerenciais de informação, integridade, - Determina tipo, data, extensão e profundidade dos
confidencialidade, gestão de dados, sistemas de procedimentos de auditoria a serem aplicados.
validação de informações e sistema de segurança
informacional); e - de conformidade (risco legal, risco de O auditor está interessado em detectar valores
não cumprimento às legislações e regulamentos significativos oriundos de erros ou irregularidades que
aplicáveis). afetam as demonstrações financeiras e que podem
conduzir os leitores a um entendimento errôneo sobre
essas demonstrações. Um bom sistema de controle
3. Práticas de Controle são as políticas e os interno funciona como uma “peneira” na detecção
procedimentos definidos para mitigar riscos e promover desses erros ou irregularidades. Portanto, o auditor
o alcance dos objetivos da organização, a exemplo de: - pode reduzir o volume de testes de auditoria na hipótese
alçadas progressivas; - autorizações/aprovações; - de a empresa ter um sistema controle interno forte; caso
verificação/conciliação; - revisões de operações, contrário, o auditor deve aumentá-lo.
processos e atividades; - revisões de desempenho
operacional; - segurança física (controle de acesso a O objetivo principal do auditor independente é emitir
ativos e registros); - segregação de funções; - sistemas uma opinião sobre as demonstrações financeiras
informatizados; - normatização interna; - supervisão auditadas. Logo, o auditor deve somente avaliar os
(designação, revisão e aprovação, orientação, controles relacionados com essas demonstrações, que
treinamento). são os controles contábeis. Evidentemente, se algum
controle administrativo tiver influência sobre as
4. Informação e Comunicação: o fluxo de informações contábeis, o auditor deve considerar
comunicação dentro de uma organização ocorre em também a possibilidade de avaliá-lo.
todas as direções, dos níveis hierárquicos superiores
aos inferiores e vice-versa e também dentro deles, As informações sobre o sistema de controle interno são
contemplando a comunicação horizontal e vertical. O obtidas das seguintes formas:
processo de comunicação ocorre de maneira formal ou - Análise dos manuais internos da organização;
informal, todavia, cabe à administração a definição dos - Entrevista a funcionários da empresa e observação
procedimentos de comunicação formais, a fim de que das atividades e condições;
haja controle também sobre as informações divulgadas. - Inspeção física desde o início das operações (compra,
A maioria das organizações desenvolveu rotinas e venda, pagamentos etc.)
sistemas informatizados. Nesse sentido, o controle deve
se preocupar cada vez mais com a avaliação de risco e TESTES DE OBSERVÂNCIA - TESTES DO
segurança em ambientes eletrônicos e com as técnicas CONTROLE INTERNO
de controle aplicadas a sistemas informatizados.
Os testes de observância são exames aplicados para
5. Monitoramento é a avaliação permanente da que o auditor se certifique de que o sistema de controle
efetividade dos controles internos. O acompanhamento interno levantado/mapeado é o que realmente está
das atividades é contínuo, devendo-se estimular, ainda, sendo utilizado. Acontece com freqüência uma empresa
mecanismos de auto-avaliação, revisões internas e ter excelente sistema de controle interno descrito em
auditorias internas programadas. seus manuais e, na pratica, a situação evidenciada pelo
auditor ser totalmente diferente. Caso as práticas em
Assim, para o mapeamento e o diagnóstico dos uso sejam diferentes daquelas descritas nos manuais de
controles internos cada componente de controle interno procedimentos, o auditor deve alterar as informações
é avaliado individualmente: - avaliação do ambiente de sobre o sistema anteriormente levantadas, de forma a
controle existente na organização; - avaliação do ajudá-las à situação real existente. Isso quer dizer que o
gerenciamento de riscos na organização; - avaliação auditor deve avaliar o sistema que efetivamente está
das práticas de controle existentes na organização; - sendo praticado para o controle dos ativos da empresa
avaliação dos sistemas de informação e da e para produção dos dados contábeis. O auditor
comunicação na organização; - avaliação do normalmente cumpre esse procedimento mediante a
monitoramento dos controles internos na organização: observação da execução dos trabalhos pelos
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funcionários e a inspeção de documentos e de registros


contábeis. Já o desfalque permanente ocorre quando um
funcionário desvia um bem da empresa e modifica os
Apresentamos um exemplo da avaliação do sistema de registros contábeis, de forma que os ativos existentes
controle interno relacionado com vendas: concordem com os valores registrados na contabilidade.
Para que suceda esse tipo de desfalque, é necessário
Um tipo de erro que poderia ocorrer seria as vendas que o funcionário tenha acesso tanto aos ativos quanto
serem contabilizadas fora da época devida. Assim aos registros contábeis, que serão modificados
sendo, o auditor verificaria se existem controles que mediante artifícios como: - debitar despesas ou receitas
assegurem que todas as vendas sejam imediatamente e creditar à conta do ativo correspondente; - subavaliar
registradas na contabilidade: os débitos ou superavaliar os créditos na conta do ativo
- Emissão de nota fiscal por ocasião da venda de correspondente e subavaliar os créditos em conta de
mercadorias e envio imediato de cópia desta para a receita ou superavaliar os débitos em conta de despesa
contabilidade; ou provisão; - erros de somas ou transporte de valores
- Funcionário na contabilidade controlando a seqüência desde o documento-suporte da transação até o razão
numérica das notas fiscais e verificando se todas foram geral; - erros de somas na apuração do saldo das
devidamente contabilizadas; contas do razão geral.
- Guardas no portão da fábrica observando se existe
nota fiscal para toda mercadoria que sai. São exemplos de desfalques temporários:

Caso não existam controles que eliminem a - O funcionário apodera-se do dinheiro recebido de
possibilidade de erro mencionada, o auditor deve clientes, proveniente de vendas a prazo, antes do
estudar com mais detalhe a situação. Se nessa análise registro contábil do recebimento. Como conseqüência,
ficar evidenciado que a contabilidade não registra as fica aberto na conta de duplicatas a receber um valor já
vendas no período de sua competência em função de pago pelo cliente. Esse fato seria descoberto pelo
atraso no envio de notas fiscais por parte do setor confronto de duplicatas ainda não recebidas com a
emitente, o auditor deve efetuar o seguinte conta de duplicadas a receber ou pela confirmação dos
procedimento de auditoria: obter na data do balanço o valores pagos junto aos clientes;
número da última nota fiscal emitida e verificar se essa
nota e as de numeração anterior foram registradas nas - O funcionário assenhoreia-se do dinheiro recebido de
demonstrações financeiras sob exame. Posteriormente, clientes, após o registro contábil do recebimento.
o auditor deverá fazer sugestões à administração da Conseqüentemente, foi dado um debito à conta de
empresa, por meio de seu relatório-comentário, para bancos no razão geral; entretanto, o dinheiro não foi
sanar essa falha de controle interno. efetivamente depositado. Esse desfalque seria
descoberto pelo confronto dos ativos existentes de fato
CUSTOS DO CONTROLE X BENEFÍCIOS (saldo em conta corrente bancária) com os registros
contábeis.
O custo do controle interno não deve exceder aos
benefícios que dele se espera obter. Isso quer dizer que São exemplos de desfalques permanentes:
os controles mais sofisticados (normalmente mais
onerosos) devem ser estabelecidos para áreas cujas - O funcionário é responsável pelos recebimentos de
transações envolvem valores relevantes, enquanto que clientes e pelo preparo dos registros contábeis de
os controles menos rígidos devem ser implantados nas vendas e recebimentos. Ele desvia um recebimento de
áreas nas quais as transações são menos importantes. vendas a prazo e baixa a duplicata correspondente
contra vendas (débito na conta de vendas e crédito na
LIMITAÇÕES DO CONTROLE INTERNO conta de duplicatas a receber);

As limitações do controle existem principalmente com - O funcionário é responsável pelas matérias-primas e


relação a: pela elaboração de lançamentos contábeis. Ele rouba
- Conluio de funcionários na apropriação de bens da uma matéria-prima e baixa o bem correspondente para
empresa; despesa (débito na conta de despesas diversas e
- Funcionários que não são adequadamente instruídos crédito na conta de matéria-prima);
com relação às normas internas;
- Funcionários negligentes na execução de suas tarefas. - O funcionário é responsável pelos recebimentos de
vendas a prazo e pelo registro contábil das vendas. Ele
Em razão disso, mesmo no caso de a empresa ter um desvia recebimentos de R$ 1.000 e registra as vendas
excelente sistema de controle interno, o auditor deve do mês (débito em duplicatas a receber e crédito em
executar procedimentos suficientes de auditoria para a vendas) deduzidas desse valor (erros de soma ou de
detecção de fraudes e/ou erros relevantes. transporte de valores);

DESFALQUES TEMPORÁRIOS E PERMANENTES - O funcionário é responsável pelos recebimentos e pela


baixa de duplicatas incobráveis. Ele desvia
O acesso aos ativos da empresa é condição para que recebimentos de R$ 5.000 e registra as duplicatas
um funcionário possa praticar um desfalque. Os incobráveis baixadas (débito na provisão para
desfalques podem ser temporários ou permanentes. devedores duvidosos e crédito na conta de duplicadas a
receber) acrescidas desse valor (erros de soma ou de
O desfalque temporário ocorre quando um funcionário transporte de valores);
se apossa de um bem da empresa e não altera os
registros da contabilidade.
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- O funcionário manuseia recebimentos de vendas à especialização do quadro de auditores, o que pressupõe


vista, após o registro contábil inicial, e é responsável uma equipe com visão multidisciplinar, atuando de
pela escrituração do razão geral. Ele desvia forma coordenada e tendo como finalidade básica o
recebimentos de R$ 10.000 antes do depósito bancário, assessoramento da administração por meio do exame e
reduz o saldo da conta de bancos (de forma a concordar avaliação dos seguintes aspectos:
com o saldo real na conta bancária) e o saldo de uma
conta de receita ou aumenta o saldo de uma conta de - adequação e eficiência dos controles;
despesas. Cabe destacar que essa alteração nos - integridade e confiabilidade das informações e
registros contábeis é feita mediante apuração errônea registros;
dos saldos das contas do razão geral. - integridade e confiabilidade dos sistemas
estabelecidos para assegurar a observância das
AUDITORIA INTERNA políticas, metas, planos, procedimentos, leis, normas e
regulamentos, assim como da sua efetiva utilização;
Segundo o Institute of Internal Auditors – IIA, “A - eficiência, eficácia e economicidade do desempenho e
auditoria interna é uma atividade independente e utilização dos recursos, dos procedimentos e métodos
objetiva que presta serviços de avaliação e de de salvaguarda dos ativos e a comprovação de sua
consultoria à alta administração com o objetivo de existência, assim como a exatidão dos ativos e
adicionar valor e melhorar as operações de uma passivos;
organização. A auditoria auxilia a organização a - compatibilidade das operações com os objetivos,
alcançar seus objetivos por meio de uma abordagem planos e meios de execução estabelecidos; e
sistemática e disciplinada para a avaliação e melhoria - mensuração dos problemas e riscos, assim como o
da eficácia dos processos de gerenciamento de risco, oferecimento de alternativas de solução.
controle e governança corporativa”.
PLANEJAMENTO DOS TRABALHOS /
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (NBC T PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
12), “Auditoria Interna compreende os exames, análises,
avaliações, levantamentos e comprovações, O trabalho de auditoria, para atingir a sua finalidade,
metodologicamente estruturados para a avaliação da deve ser adequadamente planejado, de forma que
integridade, adequação, eficácia, eficiência e preveja a natureza, a extensão e a profundidade dos
economicidade dos processos, dos sistemas de procedimentos de auditoria que serão empregados,
informação e de controles internos integrados ao assim como a oportunidade em que serão aplicados.
ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a
assistir à administração da entidade no cumprimento de No plano de trabalho será indicada, quando necessário,
seus objetivos”. a designação de auditores assistentes, que atuarão sob
a supervisão e orientação do auditor responsável,
Para atingir esses objetivos, o Auditor Interno: assumindo este a total responsabilidade pelos trabalhos
executados.
- revisa e avalia a eficiência, adequação e aplicação dos
controles contábeis, financeiros e operacionais; ESTUDO E AVALIACÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E
- verifica se estão sendo cumpridos, corretamente, as DE CONTROLE INTERNO
políticas, procedimentos e planos estabelecidos;
- examina o grau de confiabilidade das informações O auditor deve estudar e avaliar o sistema contábil e de
contábeis e outras obtidas dentro da organização; controle interno da entidade auditada, como base de
- avalia a qualidade de desempenho das tarefas determinação da confiança que neles se possa
delegadas. depositar para a fixação de natureza, da extensão e da
profundidade dos procedimentos de auditoria a serem
Como conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão da aplicados.
organização, a auditoria interna confronta uma situação
encontrada com um determinado critério técnico, O sistema contábil e o controle interno são de
operacional ou normativo. Trata-se de um importante responsabilidade da organização. Entretanto, é
componente de controle das organizações, atuando recomendável que o auditor faça sugestões objetivas no
para corrigir os desperdícios, as impropriedades/ sentido de eliminar as deficiências neles existentes,
disfunções, as negligências e omissões, mas, observadas no decurso dos seus exames.
principalmente, antecipando-se a essas ocorrências,
buscando garantir os resultados pretendidos pela PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
administração.
Os procedimentos de auditoria são o conjunto de
Os trabalhos desenvolvidos pela Auditoria Interna técnicas que permitem ao auditor obter as evidências de
objetivam, em última instância, a adequação da gestão auditoria, ou seja, provas suficientes e adequadas que
de riscos operacionais, dos controles internos e do fundamentam a sua opinião sobre as demonstrações
processo de governança corporativa, proporcionando contábeis auditadas.
uma razoável garantia de que tais processos funcionam
de acordo com o planejado, fazendo recomendações Os procedimentos comumente utilizados em auditoria
para a melhoria das operações da Empresa, em termos são:
de economicidade, eficiência, eficácia e efetividade do
desempenho organizacional. - Exame dos Documentos Originais ou Análise
Documental,
A importância da auditoria interna no processo de - Exame da Escrituração ou Exame dos Registros
gestão tem aumentado a exigência por um alto grau de Contábeis,
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- Exame dos Registros Auxiliares, estabelecem o "corte" (cut-off) apropriado das vendas e
- Conferencia de Cálculos, compras nos livros contábeis.
- Exame Físico ou Inspeção Física,
- Inquérito ou Entrevista,
- Confirmação ou Circularização, AVALIAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS:
- Investigação Minuciosa,
- Correlação das Informações Obtidas, Na avaliação das evidências obtidas, os seguintes
- Observação. critérios devem ser observados pelo auditor:

A utilização adequada dos procedimentos de auditoria e - o simples registro contábil sem outras comprovações
sua conjugação aos objetivos a serem atingidos não constitui elemento comprobatório;
formularão o Programa de Trabalho de Auditoria, por
área ou tarefa, embasado pela segurança fornecida pelo - na ausência de comprovante idôneo, auxiliam na
controle interno da entidade. Poderão existir casos em determinação da validade dos registros contábeis a sua
que, com a utilização de um só procedimento de objetividade, sua tempestividade e sua correlação com
auditoria, o objetivo estabelecido terá sido atingido e outros registros contábeis ou elementos extra-contábeis;
casos em que se fará necessária a conjugação de todos
os possíveis procedimentos. - quando a correlação puder ser verificada relativamente
a fonte externa à entidade auditada proporcionará maior
EXTENSÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA grau de confiança do que quando verificada dentro da
própria empresa;
Os procedimentos de auditoria devem ser estendidos e
aprofundados até a obtenção dos elementos - quando as condições do sistema contábil e do controle
comprobatórios necessários para fundamentar o parecer interno são satisfatórias, os registros e as
do auditor. Cabe ao auditor aplicar os procedimentos de demonstrações financeiras proporcionam maior grau de
auditoria adequados a cada caso, na extensão e confiança;
profundidade necessárias, até que se obtenha as provas
materiais, informações comprobatórias dos fatos - o conhecimento direto e pessoal obtido pelo auditor
examinados (evidências de auditoria). por meio de verificações físicas, observações, cálculos e
inspeções oferece maior grau de segurança do que as
OPORTUNIDADE E MÉTODO DE APLICAÇÃO DOS informações colhidas indiretamente;
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
- desde que praticável e razoável e quando o ativo
A Auditoria pode ser executada, praticamente, em envolvido for de expressivo valor material em relação à
qualquer época do ano. No curso da auditoria preliminar posição patrimonial e financeira, o resultado das
o auditor realiza testes nos registros e nos operações e as contas a receber devem ser
procedimentos internos da empresa para determinar o confirmados por meio de comunicação direta com os
grau de confiança que merecem. As conclusões obtidas devedores e, da mesma forma, o levantamento físico de
ajudarão o auditor a determinar os procedimentos de inventários deve ser observado diretamente pelo
auditoria a serem aplicados para a obtenção das auditor;
evidências necessárias à fundamentação da sua
opinião. - como regra geral, existe relação entre o custo da
obtenção de uma comprovação e o seu significado para
O auditor poderá executar partes substanciais de seu o exame. Entretanto, a dificuldade ou o custo de
exame em datas intermediárias. Entretanto, o auditor obtenção de uma evidência, isoladamente, não
deve certificar-se de que os procedimentos de controle constituem razões suficientes para sua dispensa,
interno continuam válidos com relação a tais exames. quando o auditor a julgar necessária.
Isto não significa que ele deva testar novamente os
registros e transações, a menos que suas observações AMOSTRAGEM
o levem a crer que as condições de controle tenham se
modificado substancialmente. Quanto à amostragem, podemos definir como sendo:
“Técnica de pesquisa na qual um sistema
A oportunidade em que serão aplicados os preestabelecido de amostras é considerado idôneo para
procedimentos de auditoria resulta da fixação representar o universo pesquisado, com margem de
apropriada da época dos exames e da sincronização erro aceitável”.
que coordenará a sua aplicação, incluindo,
possivelmente, a necessidade de realização de exames Quando trazemos tal técnica para ser utilizada nos
simultâneos como, por exemplo, do dinheiro existente trabalhos de auditoria, devemos considerar sempre o
em caixa e em bancos, dos títulos e valores de universo a ser testado e qual a importância deste
propriedade da empresa, dos empréstimos bancários e universo no contexto da empresa como um todo.
de outros itens relacionados.
De qualquer forma, não existe uma fórmula confiável e
Há casos em que é necessária a determinação de um definitiva para se determinar o tamanho da amostra
método específico para a aplicação dos procedimentos quando estamos tratando de auditoria, pois o fator
de auditoria, como, por exemplo, para a observação do principal que irá determinar a extensão dos testes
levantamento físico de estoques. Nesse caso, a revisão sempre será a confiabilidade dos controles internos e a
dos procedimentos propostos pela empresa é tão idoneidade dos documentos da entidade, aliado à
importante quanto é a revisão dos procedimentos que experiência do profissional que estará executando os
exames.
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No caso de auditorias realizadas em vários períodos


No final das contas, quem define o tamanho da amostra, consecutivos, alguns papéis de trabalho, desde que
na prática, sempre será o próprio auditor, pois o mesmo sejam atualizados, podem ser reutilizados, são os
é quem deverá se sentir seguro o suficiente com a papéis de trabalho permanentes, diferentemente
avaliação dos valores auditados, a fim de poder daqueles que contêm informações sobre a auditoria de
recomendar melhorias de controles contábeis e emitir um único período, os papéis de trabalhos correntes.
sua opinião, por meio de relatórios e do parecer.
A confidencialidade dos papéis de trabalho é dever
No Brasil, atualmente este assunto está disciplinado permanente do auditor.
pela NBC T 11.11 AMOSTRAGEM, cópia da Norma Quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditor
Internacional de Auditoria 530 (NIA 530) sobre o mesmo deve levar em consideração a sua:
tema.
- Completabilidade: Os papéis de trabalhos devem ser
Observe-se que a NIA 530 faz referência ao “o risco de completos por si só, descrevendo começo, meio e fim
amostragem” nos Testes de Controle (Risco de do trabalho realizado.
Subavaliação da Confiabilidade e Risco de
Superavaliação da Confiabilidade) e nos Procedimentos - Objetividade: Os papéis de trabalho devem relacionar
de Comprovação (Risco de Rejeição Incorreta e Risco os aspectos relevantes dos exames realizados, ter
de Aceitação Incorreta) do mesmo modo que a NBC T registrados apenas os pontos materiais vitais para o seu
11.11, apenas utilizando nomenclatura sinônima para os entendimento.
testes. Onde a NIA 530 se refere a “Testes de Controle”,
a NBC T 11.11 os denomina “Testes de Observância”. - Concisão: Os papéis de trabalho devem ter clareza e
Onde a NIA 530 se refere a “Procedimentos de auto-suficiência, devem ser inteligíveis para outrem.
Comprovação”, a NBC T 11.11 os denomina “Testes
Substantivos”. - Lógica: Os papéis de trabalho devem ter os fatos
registrados na seqüência natural do seu acontecimento
PAPÉIS DE TRABALHO para o entendimento da situação apontada.

Segundo a NBC T 11.3, “os papéis de trabalho - Limpeza: Os papéis de trabalho devem ser despojados
constituem a documentação preparada pelo auditor de imperfeições e de incorreções.
(apontamentos) ou fornecida a este na execução da
auditoria. Eles integram um processo organizado de
registro de evidências da auditoria, por intermédio de São exemplos de papéis de trabalho:
informações em papel, meios eletrônicos ou outros que - informações sobre a estrutura organizacional e legal
assegurem o objetivo a que se destinam”. da entidade;
Os papéis de trabalho destinam-se a: - cópias ou excertos de documentos legais, contratos e
- registrar as evidências do trabalho executado para atas;
fundamentar o parecer do auditor, - informações sobre o setor de atividades, ambiente
- ajudar no planejamento e na execução da auditoria por econômico e legal em que a entidade opera;
meio da análise dos documentos de auditorias - evidências do processo de planejamento, incluindo
anteriores, programas de auditoria e quaisquer mudanças nesses
- facilitar a revisão do trabalho de auditoria. programas;

Uma vez que durante os exames o auditor se utiliza dos - evidências do entendimento, por parte do auditor, do
documentos originais da empresa auditada, e devido ao sistema contábil e do controle interno, e sua
grande volume de transações e de documentos concordância quanto à eficácia e adequação;
analisados, a comprovação da realização do trabalho - evidências da avaliação dos riscos de auditoria;
pelo uso de cópias da documentação analisada seria
volumosa, além de onerosa. Para evitar o grande - evidências da avaliação e conclusões do auditor sobre
volume de documentos o auditor se utiliza dos papéis de o trabalho da auditoria interna;
trabalho para registrar os achados de auditoria e para
- análises de transações, movimentação e saldos de
comprovar os exames realizados.
contas;
O auditor pode usar quaisquer documentos e - análises de tendências, coeficientes, quocientes,
demonstrações preparados ou fornecidos pela entidade índices e outros indicadores significativos;
auditada, desde que avalie a sua consistência e se
satisfaça com a sua forma e o conteúdo. - registro da natureza, oportunidade e extensão dos
procedimentos de auditoria e seus resultados;
Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do
auditor. Partes ou excertos destes podem, a critério do - evidências de que o trabalho executado pela equipe
auditor, ser postos à disposição da entidade auditada. técnica foi supervisionado e revisado;
Os papéis de trabalho quando solicitados por terceiros - indicação de quem executou e revisou os
somente podem ser disponibilizados após autorização procedimentos de auditoria e de quando o fez;
formal da entidade auditada.
- detalhes dos procedimentos relativos às
O auditor deve adotar procedimentos apropriados para demonstrações contábeis auditadas por outro auditor;
manter a custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de
cinco anos, a partir da data de emissão do seu parecer.
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- cópias de comunicações com outros auditores, peritos,


especialistas e terceiros; PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM ÁREAS
ESPECÍFICAS

- cópias de comunicações à administração da entidade, AUDITORIA DAS CONTAS PATRIMONIAIS


e suas respostas, em relação aos trabalhos, às
condições de contratação e às deficiências constatadas, As contas patrimoniais inserem, em sua totalidade, a
inclusive no controle interno; indicação dos bens, direitos e obrigações que a
empresa possui e que traduzem o seu patrimônio. Cada
- cartas de responsabilidade da administração; conta patrimonial possui sua natureza própria,
- conclusões do auditor acerca de aspectos identificada como o resultado de uma transação
significativos, incluindo o modo como foram resolvidas realizada, assim como sua característica particular em
ou tratadas questões não-usuais; relação ao que representa. Uma disponibilidade
representa o ativo mais líquido, que não depende de
- cópias das demonstrações contábeis, assinadas pela nenhum fato para ser realizado. Uma duplicata a
administração da entidade e pelo contabilista receber depende ainda de cobrança e de recebimento
responsável, e do parecer e dos relatórios do auditor. para que se efetive como disponível. Uma matéria-prima
depende de industrialização para se tornar um valor
ORGANIZAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO
recebível e, subseqüentemente, um valor realizado. Um
imobilizado é consumido ao longo do tempo na
- Papel de Trabalho Mestre - Resume os exames
industrialização ou na comercialização dos produtos e
executados e os resultados obtidos. É sintético.
assim por diante. Como se vê por essas ilustrações,
cada conta patrimonial tem natureza e características
- Papel de Trabalho Subsidiário - Apresenta o
particulares que precisam ser analisadas de acordo com
detalhamento das informações contidas no papel de
a sua representatividade (relevância) perante os
trabalho mestre. É analítico.
negócios da entidade auditada.
- Referências Cruzadas - Proporcionam adequada
De modo geral, a auditoria das contas patrimoniais, a
“amarração” dos papéis de trabalho quando há
menos que se indiquem itens específicos, está
evidências complementares entre si levantadas em
relacionada a:
diversos exames. Todo o cruzamento de referências
deve ser feito em ambas as direções e com tinta de cor
- propriedade,
distinta.
- existência efetiva;
- aplicação adequada dos princípios contábeis;
ARQUIVAMENTO DOS PAPÉIS DE TRABALHO
- existência de riscos e de contingências.
- Pasta de Papéis de Trabalho Permanentes - Arrola os
Propriedade e Existência dos Ativos
papéis de trabalho de interesse permanente do auditor e
que poderão ser utilizados em bases recorrentes. São
O exame quanto à propriedade dos ativos requer a
dados que serão aplicáveis a mais de uma auditoria e,
obtenção de segurança suficiente de que a entidade
por vezes, por vários exercícios seguidos. Ex: manuais
auditada possui, de maneira comprovada, líquida e
de normas e procedimentos, dados históricos, dados de
certa, documentação hábil (legal) que comprove ser a
controle interno, dados de planejamento de longo prazo,
proprietária legítima dos bens e dos direitos
dados contratuais, etc.
examinados.
- Pasta de Papéis de Trabalho Correntes - Arrola
Cada ativo, dependendo de sua natureza, terá a sua
somente os papéis de trabalho que contêm as
propriedade comprovada de acordo com características
informações concernentes ao trabalho em andamento.
peculiares. Uma “conta a receber” precisa estar
Dessa forma, tem validade exclusiva para a auditoria em
subsidiada por uma duplicata que, por sua vez, está
curso. É o próprio registro dos trabalhos executados. Ex:
baseada numa nota fiscal anterior a ela, endereçada ao
programa de trabalho detalhado, controle das horas
cliente juntamente com o comprovante de recebimento
despendidas na execução, todas as informações
do produto/serviço por parte desse. Um veículo
relevantes obtidas durante os exames, todas as
adquirido tem a sua propriedade firmada no certificado
confirmações realizadas, relação de todos os
de propriedade, que precisa estar registrado no órgão
documentos examinados, etc.
competente. Um terreno tem como comprovante de
propriedade a sua escritura, lavrada em cartório e
certificada no registro de imóveis. E assim por diante.

O certificado de propriedade dos ativos necessita ser


examinado à luz da documentação que o comprova, o
que não deve ser confundido com a posse. Uma coisa é
ter a propriedade de um bem, outra é deter a sua posse.
A entidade auditada pode ser a proprietária de um
terreno, possuindo para tanto os documentos
comprobatórios efetivos, e o terreno, porém, pode estar
sitiado por posseiros que, por questões legais e de
direito, detêm a posse da área. Ainda para ilustrar, um
imóvel alugado é de propriedade do locador mas está
em posse do locatário.
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minimizada a intromissão de opiniões ou tendências


Ao examinar a propriedade dos ativos, o auditor precisa pessoais nos negócios da organização.
estar alerta para identificar integralmente todos os
requisitos que fundamentem à sua opinião, A adequada aplicação dos princípios contábeis numa
selecionando os procedimentos de auditoria aplicáveis a organização requer, antes de mais nada, que a pessoa
cada caso. Nos exames, há que se evidenciar, além da jurídica que ela representa não se confunda com a
propriedade do ativo, também a sua disponibilidade e pessoa física de seus proprietários e administradores;
presença física. Dependendo das circunstâncias, o ativo devendo as demonstrações financeiras estar livres de
pode estar provisoriamente em posse de outrem, assim compromissos pessoais com qualquer desses
sendo, sua presença física não será verificada nas (aplicação do princípio da Entidade).
instalações da entidade auditada. Um imóvel
pertencente à entidade, se alugado a terceiros, terá a A gestão das organizações visa à continuidade ilimitada
sua utilização bloqueada durante a vigência do contrato dos negócios e, nesse sentido, deverá a contabilidade
de aluguel. As disponibilidades da empresa poderão ser orientada para agir sempre tendo em vista a
estar depositadas em contas bancárias ou aplicadas no assunção do menor risco (aplicação do princípio da
mercado financeiro, portanto, restritas de utilização Continuidade).
durante algum período de tempo. Uma duplicata a
receber pode estar em cobrança bancária, um estoque Além do mais, os atos e fatos contábeis necessitam ser
de materiais pode estar em trânsito ou em consignação; registrados tempestivamente, instantaneamente
bens perecíveis podem estar depositados em um (aplicação do princípio da Oportunidade), sendo seus
armazém geral, etc. Nos exemplos citados, caberá ao componentes patrimoniais contabilizados pelo valor
auditor avaliar a necessidade de realizar a inspeção original da transação (aplicação do princípio do Registro
física dos bens que momentaneamente não se pelo Valor Original), reconhecidos, posteriormente, os
encontram em posse da entidade para concluir acerca efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda
da sua efetiva existência. (aplicação do princípio da Atualização Monetária).

Propriedade e Existência dos Passivos Como conseqüência da observância dos princípios da


prudência e da oportunidade, as receitas são
Os passivos geralmente têm por contrapartida partes de registradas quando realizadas e as despesas quando
financiamentos de ativos, o reconhecimento de serviços incorridas (aplicação do princípio da Competência).
prestados à entidade e obrigações assumidas perante
terceiros. Desdobramento que é do princípio da Continuidade,
pelo princípio da Prudência (também chamado de
A propriedade dos passivos está intimamente ligada a princípio do Conservadorismo) há que se considerar
fontes externas (emissão de nota fiscal de fornecedor, sempre o maior valor para os passivos e o menor valor
financiamento obtido junto a instituições financeiras, para os ativos. Menores os direitos, maiores as
etc.) e a fontes internas (folha de pagamento de obrigações. Maior valor para as despesas, menor valor
funcionários, cômputo de tributos a pagar, etc.). De para as receitas.
qualquer forma, os passivos sempre devem ter ligação
direta com os ativos que lhes deram origem, sua Existência de Riscos e Contingências
contrapartida necessária, e caberá ao auditor verificar a
necessária correspondência dos itens entre si Todas as operações realizadas por uma organização
(correlação). possuem um risco inerente. Exemplificando, uma venda
a prazo, mesmo que considerado o cliente como bom
Exemplificando, a aquisição de um estoque a prazo está pagador, pode vir a tornar-se arriscada pelo fato de este
condicionada à existência de uma conta a pagar, cuja se tornar inadimplente subitamente por qualquer motivo.
“existência física” do passivo está representada pelo As declarações de imposto de renda possuem
estoque propriamente dito. Um financiamento de um determinado prazo em que permanecem à disposição
imobilizado é representado pela existência dos bens das autoridades fiscais antes que o crédito tributário se
adquiridos com o financiamento contratado e assim por torne decadente. Um imóvel possui certo risco de poder
diante. ser desapropriado pelas autoridades governamentais.
Um bem do imobilizado, dado em garantia por
Aplicação Adequada dos Princípios Contábeis financiamento obtido, possibilita uma contingência,
assim como avais e fianças, obrigações assumidas etc.
Uma organização é administrada por pessoas, com
hábitos, conhecimento e intenções diversas. Assim De acordo com o objeto examinado, o auditor deve
sendo, na contabilidade é fundamental a uniformização proceder às análises necessárias para identificar a
de procedimentos, rotinas e critérios, a fim de ter existência de riscos e de contingências assumidos pela
padronizada a atuação/administração da entidades. entidade, a fim de incluir no programa de auditoria a
Para tanto, são utilizados, necessariamente, os revisão dos aspectos relevantes de tais riscos.
princípios fundamentais de contabilidade e as normas
contábeis (vide Resoluções nº s 750 e 751 do CFC –
Conselho Federal de Contabilidade). Dois escriturários
podem pensar de forma diferente em relação a uma
situação concreta, cada qual pode ter a sua preferência
e discordar do outro, mas, se há critérios bem definidos,
haverá uma só escolha/decisão a ser tomada, evitando
divergências técnicas ou interpretativas, tendo

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AUDITORIA DAS DEMONSTRACÓES CONTÁBEIS - relacionamento dos pagamentos com as contas a


pagar;
AUDITORIA DO DISPONÍVEL - relacionamento dos juros pagos com as despesas
financeiras.
A auditoria das disponibilidades tem, usualmente, as
seguintes finalidades: Observação
- classificação adequada das contas;
- Determinar a real existência das disponibilidades, - aplicação dos princípios de contabilidade;
indicando, inclusive, onde se encontram os valores - manutenção de saldos altos em contas não
(depositados bancos, em posse de terceiros ou movimentadas.
guardados na própria empresa).
AUDITORIA DO CONTAS A RECEBER
- Determinar se os valores que compõem os saldos
pertencem realmente à empresa. A despeito do grande número de contas agrupadas
nesse título, os objetivos de auditoria são basicamente
- Identificar se os princípios contábeis foram utilizados os mesmos para todas as entidades e podem ser
de maneira uniforme. resumidos assim:

- Identificar se os valores estão corretamente - Estabelecer segurança quanto aos controles internos
relacionados nas Demonstrações Financeiras. mantidos sobre as contas a receber;

Na auditoria nas disponibilidades há que ser - Provar que os valores apresentados no balanço são
considerada pelo auditor a possibilidade de evidenciar válidos e reais;
fraude e/ou erro, haja vista que as contas que compõem
este subgrupo são vulneráveis. - Determinar que os recebíveis estão apresentados no
balanço pelo seu valor líquido realizável e que foi
A seguir, elencamos os procedimentos usualmente constituída adequada provisão para prováveis perdas;
utilizados nas auditorias das disponibilidades:
- Concluir sobre a sua correta apresentação no balanço,
Inspeção Física no que diz respeito a curto e longo prazo, e quanto a
- contagem de caixa ou fundo fixo; saldos credores que deverão ser reclassificados para o
- contagem de aplicações financeiras. passivo;

Exame de Documentos Originais - Identificar se algum recebível foi dado em garantia de


- exame documental dos cheques pagos; alguma operação, se foi descontado, ou de qualquer
- exame documental dos avisos bancários; outra forma, comprometido.
- exame documental das aplicações financeiras;
- exame de atas de assembléias; A seguir, elencamos os procedimentos usualmente
- exame de contratos. utilizados nas auditorias do contas a receber:

Cálculos Inspeção Física


- soma das conciliações; - contagem de duplicatas a receber;
- soma do razão auxiliar de bancos; - contagem dos títulos a receber.
- cálculos de juros pagos ou recebidos.
Confirmação
Exame da Escrituração - confirmação das duplicatas a receber;
- exame da conta razão de bancos; - confirmação dos títulos a receber;
- exame da conta razão de caixa; - confirmação dos adiantamentos concedidos;
- exame da conta de aplicações financeiras. - confirmação dos adiantamentos e funcionários.

Investigação Exame dos Documentos Originais


- exame detalhado da documentação de pagamento ou - exame documental das vendas realizadas;
de recebimento; - exame documental dos títulos a receber;
- exame detalhado das aplicações financeiras realizadas - exame de atas de assembléias;
ou resgatadas. - exame de contratos

Inquérito Cálculos
- variação do saldo do disponível; - soma das duplicatas a receber;
- explicação para a documentação examinada. - cálculo dos juros a receber;
- soma dos adiantamentos concedidos.
Exame dos Registros Auxiliares
- exame do razão analítico de bancos; Exame da Escrituração
- exame do diário auxiliar de bancos; - exame da conta razão de duplicatas a receber;
- exame do registro de estabelecimentos; - exame da conta razão de adiantamentos a
- exame do registro de pagamentos. empregados;
- exame da conta razão de títulos a receber;
Correlação - exame da contabilização no período de competência.
- relacionamento dos recebimentos com as contas a
receber;
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Investigação Inspeção Física


- exame detalhado da documentação de venda; - contagem de estoques de matérias primas, produtos
- exame detalhado dos contratos de venda; em processo e produtos acabados;
- exame detalhado das aprovações de baixas de - contagem de estoques com terceiros;
duplicatas incobráveis. - contagem de estoques de terceiros;
- contagem de estoques em consignação.
Inquérito
- variação do saldo de contas a receber; Confirmação
- explicação para as duplicatas incobráveis ou em - confirmação de estoques com terceiros;
atraso. - confirmação de estoques de terceiros;
- confirmação de estoques em consignação.
Exame dos Registros Auxiliares
- exame do razão analítico do contas a receber; Exame dos Documentos Originais
- exame do diário auxiliar do contas a receber; - exame das notas fiscais de compra e dos pagamentos;
- exame do registro de recebimentos. - exame de contratos de compra e venda;
- exame documental das apropriações de matérias-
Correlação primas e de mão-de-obra;
- relacionamento de contas a receber com as vendas; - exame de atas de assembléias.
- relacionamento dos recebimentos com o disponível;
- relacionamento das provisões constituídas para Cálculos
devedores duvidosos com o resultado; - soma da contagem de estoques;
- relacionamento dos juros a receber com o resultado. - cálculos da quantidade pelo preço unitário;
- cálculos dos impostos;
Observação - apropriação das despesas gerais de fabricação.
- classificação adequada das contas;
- observação da utilização dos princípios de Exame da Escrituração
contabilidade; - exame da conta razão de produtos acabados;
- observação do volume de contas a receber atrasadas. - exame de conta razão de importações em trânsito;
-exame das ordens de fabricação;
AUDITORIA DOS ESTOQUES - foIlow-up das contagens físicas.

A auditoria dos estoques tem por objetivo comumente a Investigação


verificação dos seguintes aspectos: - exame detalhado da documentação de compra;
- exame minucioso das ordens e fabricação em aberto;
- Se os valores apresentados no balanço estão - exame minucioso do registro perpétuo;
representados por quantidades físicas de produtos - exame do cut-off de compras e vendas.
estocados em armazéns de propriedade de terceiros
e/ou em trânsito; Inquérito
- variação do saldo de estoques;
- Se os itens foram avaliados de acordo com os - existência de produtos morosos ou obsoletos.
princípios fundamentais de contabilidade;
Exame dos Registros Auxiliares
- Se os itens foram aplicados consistentemente durante - exame do registro perpétuo de estoques;
o período analisado e, com relação ao exercício - exame das ordens de produção e fabricação.
anterior, se foram adequadamente avaliados, a preço de
custo ou de mercado, dos dois o menor; Correlação
- relacionamento das vendas com a baixa de estoques;
- Se as listagens de inventário foram corretamente - relacionamento das compras com os fornecedores;
compiladas, somadas e sumarizadas, estando o total
adequadamente refletido no balanço; Observação
- classificação adequada das contas;
- Se os critérios adotados para a determinação do preço - aplicação dos princípios fundamentais de
de custo de produtos em processo são adequados; contabilidade;
- existência de estoques morosos ou obsoletos.
- Se os estoques estão apresentados pelos seus valores
líquidos realizáveis, ou seja, se foram constituídas as AUDITORIA DE INVESTIMENTOS
reservas necessárias para estoques obsoletos e de
movimentação morosa; Tem por objetivo a verificação dos saldos das contas de
três grandes grupos, os quais usualmente congregam a
- Se os estoques de propriedade da empresa que estão maior parte dos recursos aplicados pelas entidades:
em consignação junto a terceiros estão segregados,
bem como aqueles que foram penhorados ou dados em - Aplicações financeiras,
garantia de alguma operação financeira. - Participação no capital social de outras empresas,
- Outros investimentos.
A seguir, elencamos os procedimentos usualmente
utilizados nas auditorias dos estoques: A seguir, elencamos os procedimentos usualmente
utilizados nas auditorias dos investimentos:

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Inspeção Física
- contagem física dos investimentos; - Determinar se as adições do período estão
classificadas corretamente como tal e não como
Confirmação despesas ou vice-versa;
- confirmação dos investimentos;
- confirmação dos investimentos custodiados com - Determinar se as baixas do período foram
terceiros adequadamente contabilizadas e aprovadas por pessoa
competente.
Exame dos Documentos Originais
- exame documental das aquisições realizadas; A seguir, elencamos os procedimentos usualmente
- exame documental das vendas utilizados nas auditorias do imobilizado:
- exames de atas de assembléias;
- exames de contratos. Inspeção Física
- inspeção física dos bens do imobilizado
Cálculos - inspeção física das obras em andamento.
- cálculo da participação acionária;
- cálculo da equivalência patrimonial; Confirmação
- cálculo da correção monetária; - confirmação dos cartórios para as escrituras;
- cálculo da provisão para perdas. - confirmação dos fornecedores quanto a bens
adquiridos a prazo;
Exame da Escrituração - confirmação de advogados sobre processos em
- exame da conta razão de investimentos; andamento.
- exame da conta razão de receitas.
Exame dos Documentos Originais
Investigação - exame documental das compras realizadas;
- exame detalhado da documentação de compra; - exame documental das vendas realizadas;
- exame detalhado das aprovações e autorizações. - exame das atas de assembléias;
- exame dos contratos de empréstimos;
Inquérito - exame dos certificados de propriedade de veículos;
- explicação quanto às compras ou vendas de - exame das escrituras de bens imóveis.
investimentos realizadas;
Cálculos
Correlação - cálculo da correção monetária do exercício;
- relacionamento das compras de investimentos - cálculo da depreciação do exercício;
realizadas com o disponível ou o passivo; - soma das fichas individuais dos bens do imobilizado;
- relacionamento da correção monetária contabilizada - cálculo do lucro ou prejuízo da venda de imobilizado.
com o resultado;
- relacionamento da equivalência patrimonial Exame da Escrituração
contabilizada com o resultado; - exame da conta razão do imobilizado;
- relacionamento dos investimentos com os dividendos - exame da conta de correção de reparos e
recebidos. manutenção;
- exame de contabilização no período de competência.
Observação
- classificação adequada dos investimentos; Investigação
- utilização dos princípios fundamentais de - exame minucioso de documentação de compras;
contabilidade; - exame minucioso de documentação de vendas;
- controles existentes sobre os investimentos. - exame minucioso das aprovações e autorizações;
- exame minucioso de escrituras de imóveis;
AUDITORIA DO IMOBILIZADO. - exame minucioso das contas de manutenção e
reparos.
Os principais objetivos de auditoria na verificação do
Ativo Imobilizado são: Inquérito
- variação do saldo do imobilizado;
- Constatar a existência física e a propriedade dos bens - existência de itens obsoletos;
relacionados; - tendência de expansão ou remodelação.

- Determinar se os métodos de avaliação empregados Exame dos Registros Auxiliares


são adequados; - exame das fichas individuais dos bens do imobilizado;
- exame dos mapas de cálculos de depreciação;
- Julgar a adequabilidade do programa de depreciação - exame dos mapas de cálculos de correção;
em relação à vida útil do bem; - exame do razão analítico do imobilizado.

- Determinar se os cálculos da atualização monetária e Correlação


da depreciação no período estão adequados; - relacionamento da depreciação com o resultado;
- relacionamento da correção monetária com o
- Determinar se os métodos e taxas de depreciação são resultado;
razoáveis e consistentes com período anterior; - relacionamento das contas de manutenção e reparos
com o imobilizado.
- Avaliar o sistema de controle interno em uso;
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Observação PARECER DE AUDITORIA


- classificação adequada das contas;
- aplicação dos princípios fundamentais de O parecer de auditoria representa o produto final do
contabilidade; trabalho do auditor idependente. Nele está
- observação da existência de bens do imobilizado fora consubstanciado o atingimento do objetivo fundamental
de uso. da auditoria, que é o de expressar a opinião sobre a
adequação das demonstrações contábeis e se estas
AUDITORIA DO PASSIVO representam a verdadeira posição patrimonial e
financeira da entidade.
Consiste em verificar a assunção de obrigações pela
entidade, as quais normalmente compreendem os O termo PARECER é utilizado no Brasil por
seguintes grupos de contas: recomendação do IBRACON - Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil e por exigência do CFC –
- Empréstimos a pagar Conselho Federal de Contabilidade, órgão
- Fornecedores a pagar, regulamentador da atividade. Por isso, não são
- Imposto de renda a pagar, formalmente admitidas expressões como certificado,
- Outros impostos a pagar, atestado e outras afins.
- Salários a pagar e descontos e encargos sociais a
recolher, O parecer do auditor divide-se em três parágrafos:
- Outras obrigações,
- Provisões 1º Parágrafo: Identifica as demonstrações contábeis e
define as responsabilidades do auditor e da
A seguir, elencamos os procedimentos usualmente Administração.
utilizados nas auditorias do passivo: 2º Parágrafo: Menciona a extensão dos trabalhos.
3º Parágrafo: Expressa a opinião.
Exame Físico
- contagem de contas a pagar; O Parecer deve cumprir as seguintes exigências legais:
- contagem dos títulos a pagar. - É dirigido aos acionistas, cotistas ou sócios; ao
conselho de administração ou à diretoria da entidade
Confirmação (ou órgão equivalente); e ao contratante dos serviços
- confirmação dos fornecedores; (em circunstância própria).
- confirmação dos empréstimos a pagar; - Nele o auditor assume responsabilidade técnico-
- confirmação das contas a pagar. profissional definida, de ordem pública.
- Possui data igual ao dia do encerramento dos
Exame dos Documentos Originais trabalhos da auditoria.
- exame documental das faturas/notas fiscais; - É assinado pelo contador responsável pelos trabalhos
- exame documental dos contratos de empréstimos; (CRC) e deve conter nome e registro cadastral (CRC)
- exames das atas de assembléias; da empresa de auditoria contratada, se for o caso.
- exame documental das guias de recolhimento de
impostos. TIPOS DE PARECERES
a)parecer sem ressalvas;
Cálculos b) parecer com ressalvas;
- cálculo do imposto a pagar; c) parecer adverso;
- cálculo da variação monetária cambial dos d) parecer com abstenção de opinião.
empréstimos;
- cálculo dos juros a pagar; PARECER SEM RESSALVAS
- cálculo das provisões de férias, 13º salário; É emitido quando o auditor conclui pela adequabilidade
- cálculo dos royalties a pagar; das Demonstrações Contábeis à situação patrimonial
- soma da composição dos fornecedores; evidenciada na Entidade.
- cálculo da divisão entre curto e longo prazo.
PARECER COM RESSALVAS
Exame da Escrituração Ocorre a ressalva quando o auditor evidencia
- exame da conta razão de fornecedores; discordâncias e/ou inadequações isoladas e de pouca
- exame da conta razão de contas a pagar; relevância e/ou pequenas limitações na extensão dos
- exame da contabilização no período de competência. trabalhos. Assim sendo, precedendo o parágrafo da
opinião, é introduzido parágrafo específico no Parecer, o
Investigação qual descreve claramente as razões da ressalva.
- exame minucioso da documentação de compras;
- exame minucioso dos passivos com saldos devedores; PARECER ADVERSO
- exame minucioso das aprovações de compras; É emitido quando há evidências que demonstrações
- exame minucioso das aprovações de pagamentos. financeiras não representam adequadamente a posição
patrimonial e financeira, o resultado das operações, as
Inquérito mutações do patrimônio líquido e as origens e
- variação do saldo dos passivos; aplicações de recursos auditados. Tais discordâncias e
- existência de passivos não registrados; incorreções necessariamente devem ser de relevante
- ativos dados em garantia. magnitude, que justifique a emissão desse tipo de
parecer. Será introduzido parágrafo específico, que
descreve claramente as razões que levaram o auditor a
emitir tal parecer, precedendo o parágrafo da opinião.
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entenda relevante, sempre apresentadas


PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO comparativamente e em moeda constante.
É emitido quando o auditor não obteve elementos
comprobatórios suficientes para formação de opinião O Objetivo:
sobre as demonstrações financeiras, tomadas em O objetivo da revisão das ITR é habilitar o auditor
conjunto. Será introduzido parágrafo específico, que independente a declarar que não tomou conhecimento
descreve claramente as razões que fundamentaram de qualquer modificação relevante que deva ser feita
esse, precedendo o parágrafo da opinião. Qualquer nas ITR para que as mesmas estejam de acordo com as
desvio relevante deve ser mencionado no Parecer. práticas contábeis adotadas no Brasil , as quais
fundamentaram a elaboração das demonstrações
NOTE: financeiras, e se estas foram aplicadas de forma
condizente com as normas expedidas pela Comissão de
DISCORDÂNCIA A RESPEITO DO CONTEÚDO E/OU Valores Mobiliários, especialmente quanto à elaboração
FORMA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, EM das informações trimestrais.
ASPECTOS RELEVANTES, GERA:
- Parecer com Ressalva - se forem fatos de pequena Importante:
magnitude. Na revisão especial, ao contrário de uma auditoria
- Parecer Adverso - se forem fatos de grande independente das demonstrações contábeis, o auditor
magnitude. não emite sua opinião, mas tão-somente afirma não ter
conhecimento de qualquer modificação relevante que
LIMITAÇÃO NA EXTENSÃO DOS TRABALHOS DA deva ser feita nas informações financeiras revisadas.
AUDITORIA (NECESSARIAMENTE IMPOSTAS PELA Sendo assim, o nível de segurança que o auditor
ADMINISTRAÇÃO DA ENTIDADE) GERA: oferece aos vários usuários dessas demonstrações é
- Parecer com Ressalva - se a restrição for de pequena bem menor que aquele decorrente de uma auditoria
magnitude. propriamente dita.
- Parecer com Abstenção de Opinião - quando a
limitação for de tal monta que impeça a obtenção de As Obrigações do Auditor:
comprovação suficiente para comprovar qualquer Com a finalidade de cumprir sua missão, o auditor deve:
opinião. - Verificar se as divulgações feitas nas ITR são
adequadas e se atendem às normas específicas
INCERTEZA RELEVANTE OMITIDA OU NÃO emanadas pela CVM;
ADEQUADAMENTE DIVULGADA NAS NOTAS - Certificar-se de que os princípios contábeis que foram
EXPLICATIVAS GERA: utilizados como base para a confecção das
- Ressalva ou Opinião Adversa ou ainda Abstenção de demonstrações financeiras foram aplicados de forma
Opinião (se forem múltiplas e complexas incertezas condizente com as normas expedidas pela CVM e se
relevantes). também o foram por ocasião da confecção das ITR e;
- Observar se os princípios contábeis adotados para a
FRAUDE E/OU ERRO QUE TENHAM EFEITO elaboração das demonstrações financeiras base para as
RELEVANTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES ITR estão de acordo com os princípios contábeis
CONTÁBEIS, NÃO APROPRIADAMENTE REFLETIDO geralmente aceitos.
OU CORRIGIDO (O EFEITO), GERA
- Ressalva ou Opinião Adversa. Os procedimentos Mínimos:
Quando da revisão especial, há que serem aplicados
PROCEDIMENTOS DE INCLUSÃO E EVIDENCIAÇÃO pelo auditor os seguintes procedimentos mínimos (não
DE EVENTOS SUBSEQÜENTES RELEVANTES esquecendo as ITR de controladas e coligadas
Para transações e/ou eventos relevantes para as relevantes):
demonstrações contábeis e que ocorreram após o 1. Obter carta dos administradores que evidencie a
encerramento dos trabalhos de auditoria e antes da responsabilidade da entidade sobre as ITR, divulgação
emissão do parecer, o auditor poderá optar se: de fatos relevantes e demais assuntos que o auditor
julgar apropriado de acordo com o caso concreto.
- Atualiza a data original do parecer estendendo os 2. Questionar os administradores acerca de avais ou
trabalhos até a data do novo evento ou fianças prestados em favor de terceiros que possam
representar perdas contingentes, bem como da
- Emite o parecer com data dupla - data original para a existência de litígios que possam levar a ativos ou
opinião sobre as demonstrações contábeis e data atual passivos contingentes significativos.
para a menção ao evento a elas subseqüente. 3. Indagar os administradores e funcionários a respeito
da existência e natureza das operações mais
REVISÃO ESPECIAL DAS INFORMAÇÕES significativas no sistema de controle interno e contábil,
TRIMESTRAIS bem como dos procedimentos e critérios contábeis que
possam ter tido efeitos relevantes na confecção das
O que é: ITR.
A Revisão Especial das Informações Trimestrais (ITR) 4. Efetuar a revisão dos cálculos da equivalência
das Companhias Abertas, orientada pelo IBRACON por patrimonial, verificando se foram utilizados critérios
meio de pronunciamento técnico denominado NPA-06 contábeis uniformes entre investidora e
(Normas de Procedimentos de Auditoria), destina-se à coligada/controlada.
aplicação de procedimentos em pequena escala no 5. Revisar as bases que foram utilizadas para a
balanço e na demonstração do resultado do trimestre (e apuração dos estoques e os critérios de avaliação para
no acumulado do ano), bem como no relatório de a constituição das provisões, das variações monetárias
desempenho e outras informações que a Companhia e dos encargos financeiros sobre empréstimos e
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tributos, observando sua coerência com o período maiores sobre o plano da honra e da reputação
anterior. comercial do que sobre o plano do Direito. Entretanto, a
6. Revisar os critérios utilizados para a elaboração das simples carta de intenção ou de declaração não é
demonstrações contábeis em moeda constante, despojada de efeitos no mundo jurídico.
confrontando com os registros que lhe oferecem
suporte. Conteúdo:
7. Comparar os saldos das demonstrações em revisão
com as do período anterior, dando maior atenção O conteúdo das Cartas de Conforto é variadíssimo, indo
àqueles com variação ou comportamento extraordinário. desde simples informações ao banco até a assunção de
8. Revisar as análises e conciliações preparadas pela obrigações de fazer, como dar suporte para que a
companhia para os demais ativos e passivos sociedade-filha cumpra as obrigações assumidas com a
significativos, principalmente as contas de natureza instituição financeira. As jurisprudências francesa e
financeira. italiana revelam firme distinção entre as cartas de
9. Indagar os administradores responsáveis pelas áreas conforto que representam “simples notícias”, meras
contábil, financeira e operacional acerca da situação informações, através das quais a empresa controladora
financeira e das operações da companhia, bem como fornece dados ao banco acerca da empresa controlada -
sobre a eventual existência de fatos relevantes relativos por exemplo, explicando como se dão as suas relações
às operações do período sob revisão e/ou subseqüente etc - daquelas nas quais a empresa controladora se
que deveriam ser objeto de divulgação. obriga a fazer todo o possível (“best efforts”) no sentido
10. Revisar as atas da assembléia dos acionistas e das de que a empresa controlada consiga cumprir as
reuniões do conselho de administração e da diretoria obrigações assumidas perante o banco, inclusive
para tomar conhecimento de decisões que possam fornecendo os meios para tal.
afetar significativamente as ITR em revisão.
11. Observar se, como um todo, as normas expedidas As Comfort Letters cujo conteúdo representa “simples
pela CVM foram adotadas na elaboração das ITR, notícia”, meras informações, são chamadas de soft, ou
especialmente quanto ao conteúdo mínimo das notas morbide, segundo os doutrinadores italianos; e as que
explicativas e à divulgação dos eventos subseqüentes, representam obrigação de fazer, sendo mais ou menos
isto é, entre a data-base das ITR sob revisão e o vinculantes, de “hard” ou “dure”. Minudenciando, na
momento em que os trabalhos de campo forem prática, o conteúdo das Cartas de Conforto, temos:
concluídos, que tenham ou possam vir a ter efeitos
relevantes sobre a situação financeira e as operações - declaração da sociedade controladora de que possui
da companhia. ciência das tratativas da sociedade controlada para a
12. Preparar um índice relacionando todos os obtenção do crédito;
formulários e anexos incluídos nas ITR, os quais devem
ser rubricados pelo Diretor de Relações com o mercado - declaração da sociedade controladora de que existe
da companhia e pelo auditor, para efeito de relação de controle ou de coligação entre ela e a
identificação. sociedade patrocinada; esta declaração vai explicitar
que a sociedade controladora detém o total, ou que
COMFORT LETTER fração, do capital acionário da controlada;

Nos últimos anos, com a intensificação das relações - declaração da sociedade-mãe na qual assume a
comerciais, começa a surgir no cenário internacional obrigação (ou se limita a prometer) de manter inalterada
uma nova forma de garantia, menos rígida que a fiança, a sua participação no capital total da controlada, ou
e que consiste numa espécie de "acordo prévio", relação de controle ou de coligamento;
freqüentemente usado nas negociações concernentes a
contratos de mútuo e de financiamento com instituições - declaração da sociedade controladora à instituição
financeiras, presentes também durante o processo de financeira de que “é de sua política” apoiar a sociedade
formação de outros contratos, onde existam controlada;
compromissos financeiros de certa magnitude. Tal
garantia atípica recebe o nome de CARTA DE - declaração feita ao banco de empenhar-se ao máximo
CONFORTO, COMFORT LETTER, COLD LETTER, para evitar que ele não tenha ressarcimento da
LETTRE DE PATRONAGE, LETERE DI CONFORTO importância que financiou;
OU PATRONATKLÄRUNGEN.
- declaração de exercer a sua influência com o fito de
É conceituada como "a garantia pela qual uma forçar a patrocinada a cumprir com o avençado;
sociedade-mãe (controladora) mediante a emissão de
uma "carta", garante ao credor de sua controlada - declaração de empenhar-se a manter a saúde
(sociedade-filha), o pagamento do débito desta última, financeira da coligada e,
sendo variáveis a extensão e o alcance da expressão
“garante”, porquanto esta dependerá da modalidade da - declaração de assumir a obrigação de fornecer à
carta emitida". coligada o meio de financiar o necessário para solver o
devido.
A Comfort Letter, forma peculiar de garantia, é um
instituto ligado a um fenômeno de crescente difusão na De acordo com o conteúdo, as Cartas de Conforto
economia moderna, o do holding e da sociedade dividem-se em três modalidades, a saber:
coligada. A Comfort Letter advém da intenção do - DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA.
garantidor de ofertar qualquer garantia com efeitos - DECLARAÇÃO NEGOCIAL DE VONTADE
menos obrigatórios que a fiança; poder-se-ia afirmar que - DECLARAÇÃO DE EMPENHO MORAL.
seria uma declaração obrigatória que teria reflexos
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Efeitos Jurídicos
PROVAS DE CONCURSOS ANTERIORES
Desconhecidas (ou quase) no cenário internacional, as
Comfort Letters não receberam da doutrina e da Coletânea de Provas da ESAF/MF
jurisprudência a atenção devida em face da sua difusão.
Para a determinação dos efeitos jurídicos, torna-se AUDITORIA – AFRFB 2009
necessário distinguir as Comfort Letters que contêm
meras informações das que manifestam a assunção de 21- A responsabilidade primária na prevenção e
obrigações, mais ou menos vinculantes, por parte da detecção de fraudes e erros é:
sociedade-mãe no sentido de que a sociedade-filha a) da administração.
adimpla o contratado. b) da auditoria interna.
c) do conselho de administração.
Nas Comfort Letters “soft” ou “morbide”, as declarações d) da auditoria externa.
são do seguinte teor: "Por este instrumento, informamos e) do comitê de auditoria.
que é do nosso conhecimento as relações de crédito
envolvendo a quantia de US$... entre a instituição 'A' e a 22- A empresa de prestação de serviços NBA
nossa sociedade controlada 'Y'". Informática S.A. tem seus processos integrados
ou sistemicamente. A folha de salários é integrada à
"Nesta oportunidade, tendo em vista as negociações em contabilidade mensalmente. No mês de julho de 2009,
andamento entre VS (banco ou agente financeiro) e a não foi feita a parametrização no sistema, para
sociedade 'Y', para a conclusão de um contrato de contabilização de uma nova verba de horas extras a
mútuo de... (ou financiamento de...) queremos confirmar pagar, de 100% de acréscimo. A folha de pagamentos
que o capital acionário da referida sociedade 'Y' é por apresentava remuneração de R$ 20.000,00 nessa
nós inteiramente possuído (ou a participação nossa é de verba. Dessa forma, pode-se afirmar que:
..% do capital), razão pela qual fornecemos a mesma a) o passivo está superavaliado e o resultado está
management support, quando necessário." subavaliado.
ou, ainda, b) o ativo está subavaliado e o passivo está
"Para o bom andamento das negociações em curso superavaliado.
entre o Banco 'X' e a sociedade 'Y', com vistas ao futuro c) o passivo está subavaliado e o resultado está
contrato de financiamento de US$.. ou outra moeda... subavaliado.
necessários à... informamos que, na condição de d) os saldos estão adequados sem subavaliação ou
empresa controladora da referida sociedade 'Y', sempre superavaliação.
foi nossa política não interferir nas decisões e negócios e) o passivo está superavaliado e o resultado está
encetados pela controlada." superavaliado.

Com o teor destas declarações, não parece que haja um 23- O auditor, ao realizar auditoria na empresa
vínculo obrigacional forte para a sociedade-mãe (exceto Construção S.A., aplicou todos os procedimentos de
nos casos de dolo e má fé) quando temos a auditoria necessários ao trabalho, realizando os
responsabilidade aquiliana. Para reforçar sua garantia, o trabalhos em conformidade com as normas de auditoria.
banco beneficiário da Comfort Letter pode exigir que Ao solicitar a carta de responsabilidade da
conste do documento a obrigação da sociedade administração da empresa, esta deve ser emitida na
controladora de fornecer todas as informações acerca data
de eventual modificação de sua participação acionária a) de encerramento das demonstrações contábeis.
na controlada, garantindo-se nesse caso da b) do término dos relatórios de revisão.
possibilidade de pedir a restituição antecipada do c) da publicação das demonstrações contábeis.
avençado. d) de emissão do parecer dos auditores.
e) em que o auditor finalizar os trabalhos em campo.
Nas lettres de patronage 'hard' ou 'dures', em que as
declarações típicas são as de não reduzir a participação 24- O auditor, ao realizar o processo de escolha da
acionária na controlada enquanto durar a relação de amostra, deve considerar:
crédito ou modificá-la mediante comunicação bastante I. que cada item que compõe a amostra é conhecido
antecipada, a controlada poderá responder pelos danos como unidade de amostragem;
sofridos pelo banco (no caso de não comunicação), a II. que estratificação é o processo de dividir a população
quem compete demonstrar a necessidade de em subpopulações, cada qual contendo um grupo de
ressarcimento e o dano sofrido. Uma obrigação mais unidades de amostragem com características
“hard” na Comfort Letter é aquela em que a controladora homogêneas ou similares;
promete os maiores esforços no sentido de que a III. na determinação do tamanho da amostra, o risco de
controlada vá cumprir a obrigação. Neste caso, a amostragem, sem considerar os erros esperados.
sociedade-mãe responderá na medida em que o banco a) Somente a I é verdadeira.
conseguir demonstrar que a controlada não conseguiu b) Somente a II é verdadeira.
cumprir seus compromissos junto a ele porque a c) I e III são verdadeiras.
controladora não respeitou a obrigação de “não medir d) Todas são falsas.
esforços”, “usar de sua influência” ou “dar-lhe suporte e) Todas são verdadeiras.
financeiro”.

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25- O auditor da empresa Negócios S.A. estabeleceu c) está irregular, por ter condições superiores às
três procedimentos obrigatórios para emissão do praticadas pelo mercado, bem como sem a retenção do
parecer. O primeiro, que a empresa renovasse o IOF, obrigatório em todas as transações financeiras.
contrato de auditoria para o próximo ano, o segundo, d) é normal, visto que operações feitas entre
que a empresa emitisse a carta de responsabilidade da companhias do mesmo grupo devem praticar taxas de
administração e o terceiro, que o parecer seria assinado juros superiores às praticadas pelo mercado.
por sócio do escritório de contabilidade, cuja única e) é irregular por não ser permitido empréstimos entre
formação é administração de empresas. Pode-se companhias do grupo, mas que está correta sobre o não
afirmar, com relação aos procedimentos, recolhimento do IOF, o qual não incide em operações
respectivamente, que: feitas entre empresas não financeiras.
a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as
normas de auditoria e da pessoa do auditor. 29- Com relação aos relatórios de auditoria interna,
b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não pode-se afirmar que:
atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. a) podem considerar posições de interesse da
c) é ético, não deve ser considerado para emissão do administração e dos gestores, sendo conduzidos aos
parecer e atende as normas de auditoria e da pessoa do interesses desses.
auditor. b) devem estar disponíveis a qualquer administrador da
d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para empresa, sem restrição.
emissão do parecer e não atende as normas de c) podem relatar parcialmente os riscos associados aos
auditoria e pessoa do auditor. possíveis pontos a serem levantados pela auditoria
e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende externa.
as normas de auditoria e da pessoa do auditor. d) somente devem ser emitidos antes do final dos
trabalhos, quando houver irregularidades que requeiram
26- A empresa Agrotoxics S.A. tem seus produtos ações imediatas.
espalhados por diversos representantes, em todas as e) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos,
regiões do Brasil. Seu processo de vendas é por por não possuírem informações completas.
consignação, recebendo somente após a venda. O
procedimento de auditoria que garantiria confirmar a 30- A auditoria externa realizou na empresa Avalia S.A.
quantidade de produtos existentes em seus o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para
representantes seria: verificar se apresentava índice correspondente às
a) inventário físico. operações praticadas pela empresa. Esse procedimento
b) custeio ponderado. técnico básico corresponde a:
c) circularização. a) inspeção.
d) custeio integrado. b) revisão analítica.
e) amostragem. c) investigação.
d) observação.
27- O auditor da empresa Encerramento S.A. obteve e) confronto.
evidências da incapacidade de continuidade da
entidade, nos próximos 6 meses. Dessa forma, deve o 31- A empresa Evolution S.A. comprou novo sistema de
auditor: faturamento para registro de suas vendas. A auditoria
a) informar, em parágrafo de ênfase no parecer, os externa realizou testes para confirmar se todas as
efeitos da situação na continuidade operacional da operações de vendas, efetivamente, haviam sido
empresa de forma que os usuários tenham adequada registradas na contabilidade. Esse procedimento tem
informação sobre a situação. como objetivo confirmar a:
b) emitir parecer com ressalva, limitando o escopo dos a) existência.
trabalhos pelas restrições financeiras apresentadas pela b) abrangência.
atividade. c) mensuração.
c) emitir parecer com abstenção de opinião por não d) ocorrência.
conseguir determinar a posição econômica e financeira e) divulgação.
da empresa.
d) emitir parecer sem ressalva, mas estabelecendo que 32- O auditor, ao avaliar as provisões para processos
a empresa apresente as demonstrações contábeis, de trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções S.A.,
forma a divulgar os valores dos ativos e passivos por percebeu que nos últimos três anos, os valores
valor de realização. provisionados ficaram distantes dos valores reais.
e) relatar em parecer adverso os efeitos no patrimônio Dessa forma, deve o auditor:
que o processo de descontinuidade ocasiona, trazendo a) estabelecer novos critérios para realização das
os valores dos ativos e passivos, a valor de realização. estimativas pela empresa, no período.
b) determinar que a administração apresente novos
28- O auditor externo, ao realizar auditoria na empresa procedimentos de cálculos que garantam os valores
Participações S.A., constatou contrato de mútuo entre registrados.
companhias coligadas, com taxas de juros de 4% a.m. e c) ressalvar o parecer, por inadequação dos
sem o recolhimento do IOF sobre a operação. procedimentos, dimensionando os reflexos nas
Considerando que a taxa de juros praticada no demonstrações contábeis.
mercado, no período do contrato, era de 2% a.m., o d) exigir que seja feita uma média ponderada das
auditor pode afirmar que a transação: perdas dos últimos três anos, para estabelecer o valor
a) é normal e está dentro das práticas estabelecidas da provisão.
pelo mercado para operações dessa natureza. e) avaliar se houve o ajuste dos procedimentos, para
b) é normal, exceto quanto ao não recolhimento do IOF, permitir estimativas mais apropriadas no período.
que é obrigatório nas operações de crédito.
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33- A empresa Parcial S.A. realizou o estorno da e) subtração do erro total, do desvio das possíveis
Reserva de Reavaliação, conforme permissibilidade perdas amostrais.
estabelecida pela Lei n. 11.638/2007. No entanto, o
contador não realizou o estorno dos impostos 38- Na emissão de parecer com abstenção de opinião
pertinentes à reavaliação. Dessa forma pode-se afirmar para as demonstrações contábeis de uma entidade,
que: pode-se afirmar que:
a) a conta de reserva de reavaliação está superavaliada. a) elimina a responsabilidade do auditor de emitir
b) a conta de investimento reavaliação está adequada. qualquer parecer devendo este comunicar à
c) a conta de imposto de renda diferido está administração da empresa da suspensão dos trabalhos.
superavaliada. b) não suprime a responsabilidade do auditor de
d) a conta de lucros acumulados está superavaliada. mencionar, no parecer, qualquer desvio, independente
e) a conta de resultado do exercício está subavaliada. da relevância ou materialidade, que possa influenciar a
decisão do usuário dessas demonstrações.
34- A empresa Grandes Resultados S.A. possui c) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar
prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. A sob qualquer aspecto das demonstrações.
empresa estava em fase pré-operacional e agora d) não elimina a responsabilidade do auditor de
passou a operar em plena atividade. As projeções para mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que
os próximos cinco anos evidenciam lucros. O possa influenciar a decisão do usuário dessas
procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor demonstrações.
constataria esse evento seria: e) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar,
a) ocorrência. no parecer, qualquer desvio relevante que possa
b) circularização. influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações.
c) cálculo.
d) inspeção. 39- A empresa de Transportes S.A. é uma empresa que
e) inventário físico. tem seus registros contábeis e procedimentos
estabelecidos por agência de fiscalização. A agência
35- A empresa Eletronics S.A. fabrica televisores de estabeleceu procedimento para registro das concessões
LCD de última geração. A garantia convencional é dada que diverge significativamente, do procedimento
para três anos e a garantia oferecida é estendida para estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade.
mais um ano mediante pagamento complementar. Nessa situação, deve o auditor emitir parecer:
Como o custo é baixo, em 90% dos casos o cliente a) sem abstenção de opinião.
adquire. A empresa registra o valor da venda do b) adverso.
televisor como receita de vendas e a garantia estendida c) com ressalva.
como receita de serviços, no resultado. Pode-se afirmar d) sem ressalva, mas evidenciando em nota explicativa
que, nesse caso, não está sendo atendido o princípio: a divergência.
a) da continuidade. e) com abstenção de opinião.
b) do custo como base do valor.
c) da competência. 40- No processo de análise da continuidade dos
d) da neutralidade. negócios da empresa Extensão S.A., o auditor
e) da entidade. constatou que a empresa estava com passivo a
descoberto. Os diretores financeiro e de produção
36- A empresa Grandes Negócios S.A. adquiriu a pediram demissão, estando a empresa com dificuldades
principal concorrente, após o encerramento do balanço para substituí-los. A entidade foi autuada por impostos
e a emissão do parecer pelos auditores. No entanto, a não recolhidos, sem grandes chances de sucesso em
empresa ainda não havia publicado suas sua defesa. Esses fatos representam respectivamente
demonstrações com o parecer. Nessa situação, a firma indicadores:
de auditoria deve: a) de operação, de operação e financeiro.
a) manter o parecer com data anterior ao evento, dando b) financeiro, financeiro e financeiro.
encerramento aos trabalhos. c) de outras indicações, de operação e financeiro.
b) obrigatoriamente, rever o parecer considerando o fato d) financeiro, financeiro e de operação.
relevante. e) financeiro, de operação e de outras indicações.
c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante
nas notas explicativas. GABARITO:
d) refazer o parecer considerando as novas
informações, determinando nova data para publicação 21 A – 22 C - 23 D – 24 B – 25 E – 26 A – 27 A – 28 C –
das demonstrações contábeis. 29 D – 30 B
e) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, 31 B – 32 E – 33 C – 34 D – 35 C – 36 E – 37 A – 38 D
discutir o assunto com a administração e tomar as – 39 B – 40 E
medidas apropriadas às circunstâncias.
AFC/CGU 2006
37- No processo de amostragem o LSE – Limite
Superior de Erro para superavaliações é determinado 21- O Parecer de Auditoria é o instrumento por meio do
pela: qual o auditor independente comunica sua conclusão
a) soma do erro projetado e da provisão para risco de acerca das demonstrações contábeis de uma entidade,
amostragem. tendo caráter comparativo às demonstrações contábeis
b) divisão da população pela amostra estratificada. referentes ao exercício anterior. Sobre o Parecer em
c) soma do erro estimado e da confiabilidade da comento, assinale a opção incorreta.
amostra.
d) divisão do erro total pela população escolhida.
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a) A responsabilidade sobre a preparação e o conteúdo c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os


das demonstrações contábeis é do auditor valores relevantes contidos em suas demonstrações
independente. contábeis recebam a atenção requerida.
b) A opinião expressada pelo auditor independente deve d) identificar meios para aumento dos lucros da
ser obrigatoriamente clara e objetiva. entidade.
c) De maneira geral, o Parecer é destinado à diretoria e) identificar a legislação aplicável à entidade.
da entidade, seu conselho de administração e/ou a seus
acionistas. 26- Quando for realizada uma auditoria, pela primeira
d) A data do Parecer deve corresponder à data da vez, na entidade, ou quando as Demonstrações
conclusão dos trabalhos na entidade auditada. Contábeis do exercício anterior tenham sido
e) O Parecer deve ser assinado por profissional com examinadas por outro auditor independente, o
registro cadastral no Conselho Regional de planejamento da auditoria deve contemplar os seguintes
Contabilidade. procedimentos, exceto:
a) a obtenção de evidências suficientes de que os
22-Segundo as Normas de Auditoria Independente das saldos de abertura do exercício não contenham
Demonstrações Contábeis, o auditor deve adotar representações errôneas ou inconsistentes que, de
procedimentos apropriados para manter a custódia dos alguma maneira, distorçam as Demonstrações
papéis de trabalho Contábeis do exercício atual.
a) pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão b) o exame da adequação dos saldos de abertura do
do seu parecer. exercício anterior com os saldos de encerramento do
b) pelo prazo de três anos, a partir da data de emissão exercício atual.
do seu parecer. c) a verificação se as práticas contábeis adotadas no
c) pelo prazo de cinco anos, a partir da data de atual exercício são uniformes com as adotadas no
finalização da auditoria. exercício anterior.
d) pelo prazo de três anos, a partir da data de d) a identificação de fatos relevantes que possam afetar
finalização da auditoria. as atividades da entidade e sua situação patrimonial e
e) pelo prazo de dois anos, a partir da data de financeira.
finalização da auditoria. e) a identificação de relevantes eventos subseqüentes
ao exercício anterior, revelados ou não-revelados.
23- Ao tratar da independência, as Normas Brasileiras
para o Exercício da Auditoria Independente definem 28- Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade,
“entidade relacionada” como aquela que possui uma das acerca dos procedimentos da auditoria interna, assinale
seguintes relações com a entidade auditada, exceto a a afirmação incorreta.
a) entidade que tem controle direto ou indireto sobre a a) Os procedimentos de auditoria interna são os
entidade auditada, desde que a entidade auditada seja exames, incluindo testes de observância e testes
relevante para essa entidade. substantivos, que permitem ao auditor interno obter
b) entidade com interesse financeiro direto na entidade provas suficientes para fundamentar suas conclusões e
auditada, qualquer que seja a significância desse recomendações.
interesse financeiro na entidade auditada. b) Os testes de observância visam a obtenção de uma
c) entidade sobre a qual a entidade auditada tenha razoável segurança de que os controles internos
controle direto ou indireto. estabelecidos pela administração estão em efetivo
d) entidade na qual a entidade auditada, ou uma funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento
entidade a esta relacionada, tenha um interesse pelos funcionários da Entidade.
financeiro direto que lhe proporcione influência c) Os testes substantivos visam à obtenção de evidência
significativa, ou seja, preponderância nas deliberações quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
sociais, sobre essa entidade e o interesse seja relevante produzidos pelos sistemas de informações da Entidade.
para a entidade auditada e sua entidade relacionada. d) As informações que fundamentam os resultados da
e) entidade sob controle comum ao da entidade auditoria interna são denominadas de ‘evidências’, que
auditada desde que essa entidade e a entidade auditada devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de
sejam, ambas, relevantes para a entidade controladora. modo a fornecerem base sólida para as conclusões e
recomendações.
24- Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o e) O termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de
auditor independente deve levar em consideração os omissão, desatenção, desconhecimento ou má
seguintes aspectos: interpretação de fatos na elaboração de registros e
a) os objetivos específicos da auditoria. demonstrações contábeis, bem como de transações e
b) a população da qual se deseja extrair a amostra. operações da Entidade, tanto em termos físicos quanto
c) a estratificação da população. monetários.
d) a necessidade de comprovar que as demonstrações
financeiras auditadas estão corretas. 38- Como conjunto de regras, diretrizes e sistemas, os
e) o risco da amostragem. princípios de Controle Interno Administrativo visam ao
atingimento, entre outros, dos seguintes objetivos
25- Como objetivo do Planejamento da Auditoria não se específicos, exceto:
pode incluir: a) Segregação de funções.
a) obter conhecimento das atividades da entidade, para b) Delegação de poderes.
identificar eventos e transações relevantes que afetem c) Controle sobre as transações.
as Demonstrações Contábeis. d) Política salarial diferenciada para os auditores.
b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados e) Aderência a diretrizes e normas legais.
com a entidade dentro dos prazos e compromissos
previamente estabelecidos.
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Gabarito:
21 A - 22 A - 23 B - 24 D - 25 D - 26 B - 28 E - 38 D AFC/CGU 2004

AFCE/TCU 2006 26 - Assinale a opção que não representa princípio de


controle interno administrativo.
28- O auditor, ao determinar a amostra a ser a) controle independente do custo.
selecionada, deve considerar: b) instruções devidamente formalizadas.
a) obrigatoriamente, métodos de amostragem c) controle sobre as transações.
estatísticos e não estatísticos de forma a garantir a d) aderência a diretrizes e normas legais.
avaliação de todos os itens da amostra. e) segregação de funções.
b) um número mínimo de elementos a serem testados,
independente do volume da amostra. 27 - As variáveis básicas utilizadas em todas as fases
c) que a amostra deva ter uma relação direta com o do processo de planificação dos trabalhos de controle
volume de transações realizadas pela entidade na área são fundamentais. Determinadas variáveis apresentam-
ou transação objeto do exame. se com maior destaque ou contribuição para o processo.
d) que a amostra seja selecionada conforme critérios Essas variáveis são:
determinados pela área auditada e o auditor. a) Relevância - Criticidade – Continuidade.
e) somente elementos selecionados por métodos b) Criticidade - Uniformidade – Irrelevância.
estatísticos, sendo necessário evidenciar c) Descontinuidade - Relevância – Materialidade.
suficientemente os fatos que comprovem os itens d) Materialidade - Relevância – Criticidade.
selecionados. e) Uniformidade - Materialidade – Continuidade.

29- O auditor interno ao realizar o processo de avaliação Gabarito:


das rotinas a seguir, constata que 26 A - 27 D
I. uma nota fiscal de compras de material de escritório,
que o analista contábil havia guardado em sua gaveta ARFB 2003
para posterior registro, não foi lançada;
II. em virtude de problemas no setor de faturamento da 31 - A ética profissional é condição para o exercício de
empresa, o gerente de logística, que tinha urgência em qualquer profissão. Na execução do trabalho de
realizar a entrega da mercadoria a um cliente especial, auditoria, o auditor externo deve atender aos seguintes
utilizou uma nota fiscal de um outro cliente que já havia princípios éticos profissionais:
recebido a mercadoria com a mesma especificação e a) integridade, eficiência, confidencialidade e
quantidade para atender essa urgência; dependência.
III. o gerente de tecnologia da informação, por b) independência, integridade, eficiência e
solicitação do departamento de contabilidade, ajustou o confidencialidade.
sistema de estoques para que, todas as vezes que o c) dependência, integridade, imparcialidade e
saldo de mercadorias no sistema estiver abaixo da ineficiência.
quantidade vendida, sejam baixados somente os itens d) confidencialidade, integridade, eficiência e
existentes no sistema. negligência.
Com base nas considerações anteriores e de acordo e) eficiência, confidencialidade, integridade e
com as definições convencionadas de fraude e erro, parcialidade.
podemos afirmar que houve, respectivamente
a) I. Fraude; II. Fraude; III. Fraude 32 - A escolha do auditor nas Sociedades Anônimas é
b) I. Erro; II. Erro; III. Fraude de competência:
c) I. Erro; II. Erro; III. Erro a) do Conselho de Administração.
d) I. Fraude; II. Fraude; III. Erro b) do Conselho Consultivo.
e) I. Erro; II. Fraude; III. Fraude c) do Conselho Fiscal.
d) da Comissão de Valores Mobiliários.
30- Em relação à auditoria interna pode-se afirmar que, e) da Diretoria Executiva.
a) com relação às pessoas jurídicas de direito público
não é sua atribuição avaliar a economicidade dos 33 - A empresa Restrição S.A. contratou empresa de
processos, visto que o objetivo do governo é de auditoria independente somente para emitir parecer
controle, independente do valor. sobre seu Balanço Patrimonial. A empresa
b) é sua atribuição aperfeiçoar, implantar e fazer cumprir disponibilizou acesso ilimitado a todas as áreas da
as normas por ela criadas em sua plenitude. empresa, a todos os relatórios, registros, dados,
c) deve relatar as não-conformidades sem emitir opinião informações e demais demonstrações contábeis, de
ou sugestões para que sejam feitas as correções ou forma a serem possíveis todos os procedimentos de
melhorias necessárias. auditoria. Assim, podemos classificar esta auditoria
d) é seu objetivo prevenir fraudes ou roubos, sendo que como sendo:
sempre que tiver quaisquer indícios ou constatações a) uma limitação na extensão do trabalho.
deverá informar a administração, de forma reservada e b) um trabalho de objetivo ilimitado.
por escrito. c) uma indeterminação na extensão do trabalho.
e) sua função é exclusivamente de validar os processos d) um trabalho de objetivo limitado.
e transações realizadas, sem ter como objetivo assistir à e) uma restrição na extensão do trabalho.
administração da entidade no cumprimento de suas
atribuições.

Gabarito
28 C - 29 E - 30 D
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34 - Dadas as situações a seguir, identifique, na c) tiver conhecimento da atividade da entidade auditada.


respectiva ordem, quais os tipos de parecer de auditoria d) identificar e compreender as atividades da empresa.
mais adequados a cada situação: e) estiver capacitado para exercer o trabalho.

I. O auditor constatou que a empresa Alpha S.A. 38 - É evidência de independência do auditor externo:
somente faturava parte de suas mercadorias vendidas e a) parentesco com administrador, acionistas ou sócios
que boa parte das mercadorias compradas entravam da empresa auditada.
sem documentação hábil. b) participação direta ou indireta como sócio ou
II. O auditor constatou que a empresa Beta S.A. não acionista da empresa auditada.
estava reconhecendo os juros e variações monetárias c) ser representante comercial da empresa auditada
de seus contratos de financiamentos junto ao Banco sem vínculo empregatício.
Empresta Tudo S.A., efetuando a contabilização d) ter sido empregado há mais de três anos da empresa
somente no pagamento do empréstimo. auditada.
III. O auditor, ao executar os trabalhos na empresa e) fixar honorários condicionados ao tipo de parecer a
Gama S.A., encontrou divergências no cálculo da ser emitido.
provisão para contingências trabalhistas. Ao analisar a
relevância dos números, percebeu que os mesmos não 39 - O auditor externo, ao utilizar o trabalho de terceiros
afetavam as demonstrações contábeis. para complementar seus trabalhos, não terá
IV. O auditor, ao avaliar as demonstrações financeiras responsabilidade quando executado por:
da empresa Omega S.A., não conseguiu compor o saldo a) contador na função de auditor interno da empresa
das contas de financiamentos concedidos, nem das auditada para a qual realizou trabalhos.
contas de investimentos. b) perito contratado pelo cliente para elaboração de
laudo de reavaliação de ativos.
a) com ressalva, adverso, abstenção de opinião e sem c) consultores tributários ou advogados para
ressalva. complemento dos trabalhos da auditoria.
b) adverso, abstenção de opinião, sem ressalva e com d) especialistas da área de informática para revisão dos
ressalva. sistemas da empresa auditada.
c) adverso, com ressalva, sem ressalva e abstenção de e) especialistas legalmente habilitados para suporte aos
opinião. trabalhos da auditoria externa.
d) abstenção de opinião, sem ressalva, com ressalva e
adverso. 40 - Entre as assertivas a seguir, indique a opção que
e) abstenção de opinião, com ressalva, sem ressalva e não representa uma consideração relevante a ser feita
adverso. no planejamento do trabalho da auditoria externa.
a) O conhecimento detalhado das práticas contábeis
35 - Assinale a assertiva correta quanto às adotadas pela entidade e as alterações procedidas em
características da auditoria interna e externa. relação ao exercício anterior.
a) A auditoria interna é independente da empresa e a b) O conhecimento detalhado do sistema contábil e de
auditoria externa deve realizar testes nos controles controles internos da entidade e seu grau de
internos e modificá-los quando necessário. confiabilidade.
b) A auditoria interna é obrigatória, conforme determina c) A natureza, oportunidade e extensão dos
a Lei 6.404/76, e a auditoria externa deve disponibilizar procedimentos de auditoria a serem aplicados no
seus papéis de trabalho sempre que solicitados. trabalho.
c) A auditoria interna tem como objetivo atender à d) O uso dos trabalhos de outros auditores
gestão da empresa e a auditoria externa atender às independentes, especialistas e auditores internos.
necessidades da diretoria da empresa. e) O conhecimento das práticas contábeis adotadas
d) A auditoria interna não avalia os controles internos e pelos fornecedores e clientes da empresa auditada e as
a auditoria externa os elabora, modifica e implanta na alterações procedidas.
empresa auditada.
e) A auditoria interna tem como objetivo a revisão das 41 - O risco de controle é o risco:
atividades da empresa continuamente e a auditoria a) de o auditor deixar de realizar um procedimento de
externa é independente em todos os aspectos. auditoria, que levará a divergências relevantes nas
demonstrações contábeis.
36- A qualidade nos trabalhos da auditoria independente b) de associar a empresa a um cliente sem credibilidade
é essencial para a boa condução dos trabalhos e para e ter sua imagem confundida com a imagem do cliente.
emissão do parecer. Assim, em que periodicidade os c) de que os sistemas contábeis e de controle interno
auditores independentes devem se submeter à revisão deixem de detectar uma distorção de saldo que poderia
dos controles de qualidade internos, por outros ser relevante.
auditores independentes com estrutura compatível, d) de que os sistemas administrativos e o auditor
conforme determinação do CFC, IBRACON e CVM? deixem de avaliar as demonstrações contábeis.
a) 1 ano. e) de o auditor emitir uma opinião tecnicamente
b) 2 anos. inadequada sobre as demonstrações contábeis e estas
c) 3 anos. apresentarem uma situação enganosa ao mercado.
d) 4 anos.
e) 5 anos. 42 - A avaliação dos controles internos compreende:
a) suposição e presunção de que os procedimentos e
37 - O auditor externo deve recusar o serviço de métodos estabelecidos e um grau razoável de
auditoria, sempre que: segurança de que estes não estão sendo aplicados e
a) possuir ações ou debêntures da entidade auditada. funcionando conforme o previsto.
b) for independente em relação à entidade auditada.
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b) conhecimento e compreensão dos procedimentos e c) a obtenção de evidência quanto à suficiência,


métodos estabelecidos e um grau razoável de exatidão e velocidade dos dados produzidos pelo
insegurança de que estes estão sendo aplicados e não sistema de custos da entidade.
estão funcionando conforme o previsto. d) a suposição de evidência quanto à suficiência,
c) suposição e presunção de que os procedimentos e inexatidão e valor dos lançamentos produzidos pelo
métodos estabelecidos e um grau elevado de sistema contábil da entidade.
insegurança de que estes estão sendo aplicados e e) a obtenção de evidência quanto à insuficiência,
funcionando conforme o previsto. exatidão e validade dos registros produzidos pelo
d) certeza e compreensão dos procedimentos e sistema contábil da entidade.
métodos estabelecidos e um grau razoável de
segurança de que estes estão sendo aplicados e não 47 - De acordo com a NBC-T 11, o auditor, ao aplicar os
funcionando conforme o previsto. testes substantivos, deve objetivar obter as seguintes
e) conhecimento e compreensão dos procedimentos e conclusões:
métodos estabelecidos e um grau razoável de a) existência, ocorrência, abrangência, direitos e
segurança de que estes estão sendo aplicados e obrigações, apresentação, cálculo e inspeção.
funcionando conforme o previsto. b) existência, ocorrência, abrangência, direitos e
obrigações, apresentação, divulgação e mensuração.
43 - Na hipótese de o auditor constatar e evidenciar na c) existência, bens e direitos, ocorrência, abrangência,
análise da empresa que haja risco de continuidade, o mensuração, apresentação e irrelevância.
auditor deve: d) ocorrência, abrangência, existência, bens e direitos,
a) guardar sigilo dos fatos contábeis, não divulgando ao mensuração, apresentação e relevância.
público ou em nota explicativa. e) mensuração, apresentação, divulgação, direitos e
b) avaliar os efeitos nas demonstrações contábeis obrigações, limitação, investigação e confiabilidade.
quanto à realização dos ativos.
c) limitar os procedimentos e testes para realização do 48 - Das atribuições adicionais do auditor independente,
trabalho na empresa. quando na execução de trabalhos de auditoria
d) evidenciar a normalidade das operações pelo prazo de empresas que tenham ações negociadas no
mínimo de seis meses. mercado de valores mobiliários, não está previsto:
e) omitir do parecer de auditoria o fato para não dificultar a) verificar se as demonstrações e o parecer de
a situação da empresa. auditoria publicados estão de acordo com as
demonstrações auditadas e com o parecer emitido.
44 - São diversos os pressupostos mínimos a serem b) verificar se as informações divulgadas no relatório da
avaliados pelo auditor na análise da continuidade da administração estão em consonância com as
empresa, conforme determina a NBC-T 11. Dos demonstrações auditadas.
indicadores abaixo, indique qual não representa um c) elaborar relatório sobre deficiências encontradas nos
indicador financeiro. controles internos das companhias auditadas,
a) Índices financeiros adversos de forma contínua. informando à administração e ao Conselho Fiscal.
b) Dificuldades de acertos com credores. d) verificar se as informações constantes da
c) Posição negativa de capital circulante líquido. Demonstração do Fluxo de Caixa, bem como a estrutura
d) Perda de mercado, franquia ou licença. utilizada correspondem à determinada pela CVM.
e) Prejuízos operacionais substanciais de forma e) verificar se a destinação dada ao resultado foi feita de
contínua. acordo com o estabelecido na Lei 6.404/76, no estatuto
da empresa e nas normas da CVM.
45 - Indique a assertiva que completa as lacunas
corretamente. 49 - A CVM, no intuito de reduzir a possibilidade de
O auditor deve adotar procedimentos que o assegurem comprometer a qualidade dos serviços de auditoria, em
de que todas as ________º________ passivas virtude do auditor manter a prestação de serviços a um
relevantes, decorrentes de _______¹______, foram mesmo cliente por período indeterminado, instituiu o
________²______ pela administração na elaboração rodízio das empresas de auditoria ao realizarem
das demonstrações ______3________. auditoria em companhias abertas. Assim, efetuado o
a) contas º, acordos judiciais ¹, omitidas ², de resultado rodízio, é permitido o retorno da empresa de auditoria
do exercício 3 ao mesmo cliente, após:
b) inconsistências º, processos judiciais ¹, a) 1 ano.
desconsideradas ², contábeis 3 b) 2 anos.
c) contingências º, processos judiciais ¹, identificadas ², c) 3 anos.
contábeis 3 d) 4 anos.
d) contas º, processos injustos ¹, identificadas ², de e) 5 anos.
resultado do exercício 3
e) contingências º, processos de produção ¹, escondidas 50 - A não-emissão da carta proposta pelo auditor é
², contábeis 3 considerada, pelo Código de Ética do Contabilista,
a) infração.
46 - O teste substantivo tem como objetivo: b) erro.
a) a obtenção de evidência quanto à suficiência, c) negligência.
exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema d) normalidade.
contábil da entidade. e) fraude.
b) a suposição de evidência quanto à suficiência,
exatidão e valor dos dados produzidos pelo sistema
contábil da entidade.

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51 - Ao selecionar a amostra, o auditor não deve 57 - Para o exercício da profissão, o auditor deve ter
considerar: acesso a todos os documentos, fatos e informações da
a) sistematização. empresa. Assim, o sigilo deve ser mantido em diversas
b) materialidade. situações, exceto:
c) casualidade. a) na relação entre o auditor e a justiça.
d) experiência. b) na relação entre o auditor e a entidade auditada.
e) aleatoriedade. c) na relação entre os auditores e os órgãos
fiscalizadores.
52 - Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, na d) na relação entre o auditor e demais terceiros.
determinação da amostra para auditoria externa, devem e) na relação entre os auditores.
ser considerados, no mínimo:
a) população objeto da amostra, tamanho da amostra, 58 - O auditor externo, ao realizar procedimentos para
risco de amostragem e fraude. constatação de eventos subseqüentes e constatar a
b) tamanho da amostra, erro tolerável, tamanho da existência de evento que altera substancialmente a
empresa e inadimplência. situação patrimonial da empresa, deve:
c) risco de amostragem, erro intolerável, erro esperado a) sempre ressalvar o parecer e exigir o ajuste das
e manipulação. contas.
d) erro inesperado, risco de amostragem, tamanho da b) não se pronunciar por não fazer parte do período das
amostra e valores. demonstrações contábeis.
e) estratificação da amostra, tamanho da amostra, erro c) sempre emitir parecer adverso e solicitar a inclusão
tolerável e erro esperado. de notas explicativas.
d) elaborar notas explicativas e sempre ressalvar o
53 - A carta de responsabilidade deve ser emitida pelos parecer.
administradores da empresa auditada e datada com: e) exigir o ajuste das contas ou a inclusão de notas
a) a mesma data das demonstrações contábeis explicativas.
elaboradas pela empresa.
b) a data em que a administração efetivamente emitir a 59 - A expressão a ser utilizada na elaboração do
carta e assinar. parágrafo de opinião do parecer sem ressalva, emitido
c) a mesma data do parecer de auditoria sobre as pelos auditores independentes, sobre as demonstrações
demonstrações contábeis. contábeis, para identificar que as demonstrações
d) a mesma data da publicação das demonstrações contábeis foram avaliadas e nelas foram aplicadas as
contábeis nos jornais. Normas Brasileiras de Contabilidade, a legislação
e) a data que a empresa de auditoria solicitar que seja pertinente e os Princípios Fundamentais de
emitida. Contabilidade previstos pelo CFC é, de acordo com:
a) os princípios fundamentais de contabilidade.
54 - Dos objetivos a seguir relacionados, qual não b) as normas brasileiras de contabilidade.
corresponde aos objetivos do auditor na obtenção da c) os princípios contábeis geralmente aceitos.
Carta de Responsabilidade da Administração. d) as práticas contábeis adotadas no Brasil.
a) Atender às normas contábeis geralmente aceitas. e) as normas contábeis nacionais e internacionais
b) Obter evidência auditorial por escrito. aceitas.
c) Delimitar as responsabilidades do auditor e da
administração. 60 - O auditor, ao avaliar um empreendimento em fase
d) Dar mais confiabilidade às informações verbais pré-operacional, pode se confrontar com incertezas
obtidas. significativas, em razão dos gastos de instalação e das
e) Atender às normas de auditoria independente. aquisições de ativos ainda não terem demonstrado sua
capacidade de geração de lucros. Assim, o auditor, não
55 - A carta-proposta é o documento no qual o auditor deve considerar para decidir sobre a necessidade de
formaliza as condições do trabalho a ser executado. modificar seu parecer:
Entre as assertivas a seguir apresentadas, qual não a) a adequação do capital de giro e disponibilidade de
representa um item a ser considerado na carta- obtenção de capitais adicionais.
proposta. b) o fluxo de caixa apresentado para o projeto.
a) Descrição dos serviços a serem prestados. c) os eventos subseqüentes à data do balanço.
b) O prazo estimado para realização dos serviços. d) a competência e experiência da administração.
c) Os relatórios a serem emitidos para a empresa. e) a capacidade de realização de ativos, principalmente
d) As condições de pagamento dos honorários. os de vida longa.
e) Os testes de comprovação a serem realizados.
Gabarito:
56 - Ao determinar os honorários a serem pagos, o 31 B – 32 A – 33 D – 34 C – 35 E – 36 D – 37 A – 38 D
auditor externo deve considerar: – 39 B – 40 E - 41 C – 42 E – 43 B – 44 D - 45 C
a) o tipo de parecer a ser emitido à entidade auditada. 46 A – 47 B – 48 D – 49 C – 50 A - 51 B - 52 E - 53 C -
b) o conjunto de trabalhos de auditoria e consultoria 54 A - 55 E - 56 C - 57 A - 58 E - 59 D - 60 B
prestados.
c) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual ou Auditor do Tesouro Municipal - Prefeitura do Recife -
habitual. 2003
d) a limitação de acesso à documentação da entidade a
ser auditada. 51. Entre as habilidades e competências profissionais
e) o impedimento pela empresa dos locais onde os que o auditor deve possuir, estão:
serviços serão realizados. a) capacidade para aplicação das normas,
procedimentos e técnicas na execução das auditorias.
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b) capacidade de supor e imaginar quando não b) Sistema de autorização e aprovação de compras,


conseguir evidenciar, em seus procedimentos de com limites de alçada e níveis de autorização.
auditoria, confirmação dos fatos analisados. c) Elaboração de inventários periódicos para
c) conhecimentos de fundamentos de economia, direito confirmação da existência física dos estoques
comercial, impostos, finanças, entre outros. pertencentes à empresa.
d) capacidade na área de princípios, convenções, d) Controles da entrada e saída de bens do Ativo
postulados e técnicas contábeis. Permanente Imobilizado.
e) conhecimentos dos princípios de administração, para e) Acordo entre os funcionários do processo de compras
reconhecer e avaliar a relevância e o significado dos para direcionar a compra para a empresa Beta.
eventuais desvios em relação às boas práticas
empresariais. 56. A auditoria estabelece como "escopo" do trabalho o
período das demonstrações financeiras. Indique qual
52. A opção que representa o objetivo da auditoria das normas abaixo não se refere ao período objeto da
externa é: auditoria:
a) A elaboração das normas e procedimentos a) Transações com partes relacionadas.
econômicos, financeiros e de auditoria da empresa b) Carta de responsabilidade da administração.
auditada. c) Amostragem estatística.
b) Expressar um palpite sobre a posição patrimonial e d) Eventos subseqüentes.
financeira da empresa sem assegurar que elas e) Estimativas contábeis.
representem adequadamente as operações da
empresa. 57. Entre os procedimentos e técnicas de Auditoria, tem-
c) Assegurar que as demonstrações financeiras se o Exame Físico que deve conter as seguintes
irrelevantes representem a situação contábil-financeira características:
da empresa de forma fidedigna. a) Identificação, Existência Contábil, Valor, Existência
d) O processo pelo qual o auditor se certifica de que as Física, Amostragem.
demonstrações financeiras representam b) Existência Contábil, Autenticidade, Qualidade,
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a Quantidade, Tamanho.
posição patrimonial e financeira da empresa. c) Identificação, Existência Física, Autenticidade,
e) Garantir que todos os lançamentos contábeis foram Quantidade e Qualidade.
efetuados corretamente nos livros da empresa. d) Existência Contábil, Existência Física, Autenticidade,
Valor, Quantidade.
53. As indicações de que a continuidade da entidade em e) Identificação, Tamanho, Volume, Valor, Amostragem,
regime operacional esteja em risco podem vir das Existência Física.
demonstrações contábeis ou de outras fontes. De
acordo com a interpretação técnica dada pelo Conselho 58. Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve
Federal de Contabilidade, indique qual das opções a objetivar a seguinte conclusão:
seguir não representa uma indicação financeira: a) existência.
a) Perda de mercado importante, fornecedor essencial b) ocorrência.
ou financiador estratégico. c) avaliação.
b) Passivo a Descoberto ou Patrimônio Líquido d) abrangência.
Negativo. e) totalidade.
c) Posição negativa de Capital Circulante ou Capital
Circulante Negativo. 59. Em uma situação na qual a empresa está
d) Falta de capacidade financeira dos clientes para contestando judicialmente, certas incorreções no cálculo
saldar seus compromissos. do imposto de renda, apontadas por auditoria realizada
e) Prejuízos operacionais substanciais de forma pela Secretaria da Receita Federal, que arbitrou para o
continuada. ano das demonstrações financeiras objeto da auditoria,
um valor expressivo e relevante. Por ser matéria
54. Um dos instrumentos complementares da auditoria passível de questionamento jurídico, e tratar-se de
para auxiliar a revisão analítica é a utilização de índices matéria conflitante, questionável e difícil de quantificar,
econômicos e financeiros. Para avaliação da sendo assim, a empresa não constituiu provisão para
capacidade de pagamentos ou liquidação do total dos esse passivo contingente. De acordo com estas
compromissos, indique qual índice deve ser utilizado: informações, indique qual tipo de parecer que o auditor
a) Índice de Rentabilidade do Ativo. deve emitir.
b) Índice de Liquidez Geral. a) com ressalva.
c) Índice de Contas a Receber. b) sem ressalva.
d) Índice de Giro do Ativo. c) parcial.
e) Índice de Imobilizações. d) com abstenção de opinião.
e) adverso.
55. A existência de controles internos eficientes previne
contra a fraude e minimiza os riscos de erros e 60. Entre os relatórios emitidos pelo auditor, existe a
irregularidades nos registros e nos processos contábeis. carta de conforto, que tem como objetivo assessorar:
Com base nesta afirmação, indique qual das afirmativas a) a empresa para que possa fazer a revisão das
a seguir não representa um procedimento de controle normas e procedimentos contábeis.
interno: b) o contador/auditor interno na avaliação das
a) Segregação de funções da pessoa que executa a demonstrações financeiras da empresa.
escrituração contábil da que elabora os relatórios c) o subscritor e outros agentes envolvidos na emissão
contábeis. dos títulos.

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d) o auditor na limitação de sua responsabilidade c) é do auditor interno, se os estoques forem relevantes.


perante os trabalhos de auditoria. d) é única e exclusiva do auditor independente.
e) a empresa para ter a garantia de que o auditor e) é do auditor independente, porém de forma limitada.
executará a auditoria de forma correta.
36 - A possibilidade de o auditor vir a emitir um parecer
Gabarito: que contenha opinião tecnicamente inadequada sobre
51 A - 52 D - 53 A - 54 B - 55 E - 56 D - 57 C - 58 E - 59 demonstrações contábeis significativamente incorretas
A - 60 C denomina-se:
a) Risco de auditoria.
AFRF abril 2002 b) Risco do controle.
c) Risco inerente.
31 - A elaboração das demonstrações contábeis é de d) Risco esperado.
responsabilidade: e) Risco de detecção.
a) do auditor independente.
b) da administração. 37 - Indique o componente abaixo que não está
c) do auditor interno. relacionado com a estrutura de controle interno de uma
d) do contador. entidade.
e) do conselho fiscal. a) Controle das atividades.
b) Informação e comunicação.
32 - De acordo com o Conselho Federal de c) Risco de auditoria.
Contabilidade, a continuidade normal das atividades da d) Monitoração.
entidade auditada compreende o período de um ano e) Avaliação de risco.
após:
a) a data da assembléia de acionistas. 38 - Quando os produtos que estão sendo vendidos pela
b) a emissão do parecer dos auditores. empresa auditada estão sujeitos a alterações
c) a publicação das demonstrações contábeis. significativas de preços, o auditor deve considerar:
d) a data das demonstrações contábeis. a) aumento de risco inerente.
e) o último dia da visita dos auditores. b) redução de risco de controle.
c) aumento de risco de detecção.
33 - De acordo com a Resolução CFC nº 910/01, o d) redução de risco inerente.
objetivo da revisão pelos pares de auditoria é a: e) aumento de risco de controle.
a) revisão interna das práticas de auditoria aplicadas por
sócios de outros escritórios da mesma empresa de 39 - Quando um auditor eleva o nível de risco de
auditoria. controle, porque determinados procedimentos de
b) avaliação dos procedimentos adotados pelos controle do cliente mostraram-se ineficientes, ele deve:
auditores, com vistas a assegurar a qualidade dos a) aumentar o nível de risco inerente.
trabalhos desenvolvidos. b) estender os testes de controle.
c) revisão dos procedimentos e técnicas adotadas pelas c) aumentar o nível de risco de detecção.
empresas de auditoria que suportaram a emissão do d) efetuar testes alternativos de controle.
parecer. e) aumentar o nível de testes substantivos.
d) avaliação das práticas e das estimativas contábeis
adotadas pelos auditores que suportaram a emissão do 40 - Os testes substantivos de auditoria dividem-se nas
parecer. seguintes categorias:
e) revisão das políticas internas adotadas pelas a) testes de eventos subseqüentes e testes de
empresas de auditoria na segregação de outros tipos de transações e saldos.
serviços prestados. b) testes de observância e testes de circularização de
saldos.
34 - Uma revisão limitada, em face do caráter restrito de c) testes de amostragem estatística e procedimentos de
seu alcance, não possibilita ao auditor condições de revisão analítica.
expressar uma opinião sobre as demonstrações d) testes de observância e testes de amostragem
contábeis. Essa limitação refere-se a: estatística.
a) avaliação de risco de auditoria, controles internos e e) testes de transações e saldos e procedimentos de
sistemas de informações contábeis da empresa. revisão analítica.
b) avaliação de controles internos e inadequado controle
do sistema de informações contábeis. 41 - Quando a administração de uma entidade solicita,
c) falta de planejamento adequado e da adequada por carta postal, aos seus clientes que respondam
avaliação dos controles internos da empresa. diretamente aos seus auditores independentes, caso
d) falta de conhecimento suficiente das estratégias e não concorde com o saldo em aberto informado, numa
das atividades operacionais da empresa auditada. determinada data, tem-se uma circularização:
e) avaliação dos sistemas de controles internos e testes a) branca.
nos registros contábeis na extensão necessária. b) preta.
c) positiva.
35 - Quando um auditor independente utiliza relatórios d) negativa.
elaborados pelos auditores internos para concluir seus e) atestatória.
trabalhos nas áreas de estoques e imobilizado, a
responsabilidade do parecer:
a) deve ser compartilhada com a administração da
empresa.
b) deve ser compartilhada com o auditor interno.
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42 - Durante a fase de testes de observância, o auditor 47 - Um assistente de auditoria foi designado para
constatou algumas imperfeições no ciclo de compras e acompanhar a contagem física de lingotes de alumínio
foi necessário aumentar o nível de risco de detecção. nas instalações da Alumiar S/A. Ao chegar no local, foi
Assim, pode-se afirmar que o auditor deve: atendido pelo engenheiro responsável e gerente de
a) aumentar os testes de controle. contabilidade, quando então foi convidado para
b) diminuir os testes substantivos. conhecer o lugar onde estavam empilhados os lingotes.
c) aumentar os testes substantivos. Retornando ao escritório, tratou logo de efetuar o cut-off
d) diminuir os testes de controle. das movimentações de mercadorias. No pátio da
e) manter os testes substantivos. empresa, o engenheiro comunicou que a primeira pilha
de lingotes referia-se a alumínio de 95% de pureza, a
43 - No momento da circularização de advogados da segunda pilha referia-se a alumínio de 50% de pureza, e
empresa auditada, o objetivo do auditor é a terceira 25% de pureza. O procedimento de contagem
a) identificar todos os compromissos. foi efetuado como o auditor havia previsto. No entanto,
b) questionar os ativos e passivos contingentes. retornando ao seu escritório, o auditor passou a refletir:
c) identificar todos os passivos contingentes. “será que aquele produto era realmente alumínio e com
d) questionar as chances de sucesso das ações. os percentuais de pureza que me informaram?” Indique
e) identificar os valores a serem divulgados. qual o procedimento que o auditor deveria ter efetuado
para que essa dúvida fosse esclarecida:
44 - O responsável pela auditoria independente do a) Contatar um outro auditor mais experiente da
Grupo Niscau S/A deparou-se com a seguinte situação: empresa e pedir sua presença imediata para auxiliar no
ao requisitar os trabalhos de outros auditores de acompanhamento do inventário.
coligadas e controladas do Grupo Niscau, foi b) Pedir ao engenheiro presente no local do inventário
comunicado que os trabalhos desses outros auditores que emita um certificado atestando os percentuais de
não seriam disponibilizados. Nesse caso, o pureza de cada pilha.
procedimento a ser efetuado pelo auditor é: c) Retirar amostras de cada pilha de lingotes de
a) emitir um parecer com ressalva. alumínio para que sejam enviadas posteriormente para
b) aplicar procedimentos adicionais suficientes. certificação por um profissional independente.
c) emitir um parecer com abstenção de opinião. d) Interromper a contagem dos lingotes de alumínio e
d) incluir um parágrafo de ênfase na opinião. relatar que, por não conhecer o produto, o saldo de
e) justificar a limitação de escopo. estoques deve ser ressalvado.
e) Acompanhar os procedimentos de contagem e relatar
45 - Como resposta a uma circularização de advogados, que, por não conhecer suas características, o saldo de
o auditor recebeu a seguinte resposta de um dos estoque deve ser ressalvado.
advogados da empresa auditada: o valor da ação,
contra nosso cliente é 100.000 reais, e a expectativa de 48 - Durante o trabalho final de auditoria, o auditor
perda é remota. Baseado no julgamento do advogado, a identificou algumas diferenças numéricas em
posição do auditor é que a empresa: determinadas áreas testadas. Assinale, entre os pontos
a) contabilize o valor total da ação e adicione uma nota relacionados abaixo, o de maior relevância.
explicativa. a) Diferença de 2% no valor da depreciação anual do
b) contabilize o valor parcial da ação e adicione uma imobilizado.
nota explicativa. b) Ausência de apropriação pro-rata temporis de receita
c) contabilize o valor parcial da ação sem uma nota financeira.
explicativa. c) Diferença de 5% no valor da provisão para devedores
d) não contabilize o valor da ação e não inclua nota duvidosos.
explicativa. d) Ausência de contratos de seguros dos veículos e
e) não contabilize o valor da ação e adicione uma nota caminhões.
explicativa. e) Diferença de 5%, considerado imaterial, de
conciliação bancária.
46 - Durante o acompanhamento de um inventário físico
de estoques, o auditor deve efetuar o cut-off para: 49 - A Cia. Miudezas vende, em média, 70% de seus
a) determinar o momento em que os registros contábeis produtos a prazo e possui cerca de 5 mil clientes. O
auxiliares, bem como os documentos com eles perfil de seus clientes é o de pessoas que possuem
relacionados, refletem o levantamento do inventário. renda familiar de até 10 salários mínimos. Na análise da
b) comprovar que efetivamente todos os itens a serem constituição de provisão para devedores duvidosos do
inventariados estão adequadamente acondicionados no saldo de clientes da Cia. Miudezas, o auditor deve:
almoxarifado da empresa. a) circularizar um percentual significativo de clientes,
c) determinar o momento em que as três últimas questionando quanto à posição em atraso e suas
compras e as três últimas vendas de mercadorias justificativas.
ocorreram durante o inventário. b) analisar individualmente o máximo possível a carteira
d) comprovar que os procedimentos adotados pela de clientes da empresa e tirar suas conclusões
administração para a contagem de estoques são pessoais.
adequados às práticas usuais. c) segregar a carteira de clientes em função de períodos
e) comprovar que os documentos de compras de de contas vencidas, medindo tendências e
mercadorias estão suportados por documentação probabilidades de perdas.
suporte às necessidades da empresa. d) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes, uma
vez que as perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 %
das vendas.

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e) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir 56 - A responsabilidade do auditor independente sobre
perdas prováveis, de modo que não afete o fluxo de as demonstrações contábeis é até
caixa projetado. a) a data base das demonstrações contábeis.
b) o último dia de serviço da equipe de campo.
50 - O risco de amostragem em auditoria nos testes de c) a data de assinatura do parecer de auditoria.
procedimentos de comprovação pode ser assim d) a data da carta de responsabilidade da
classificado: administração.
a) subavaliação e superavaliação da confiabilidade. e) a data de publicação das demonstrações contábeis.
b) aceitação incorreta e superavaliação da
confiabilidade. 57 - A “ABC” Auditores Independentes é contratada pela
c) superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta. Cia. Petróleo S/A para efetuar a primeira auditoria da
d) rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade. empresa do período findo em 31/12/X1. Como os
e) rejeição incorreta e aceitação incorreta. valores relativos ao exercício anterior devem ser
apresentados comparativamente, o procedimento da
51 - O risco que o auditor corre por considerar, como "ABC" em seu parecer de auditoria, quanto aos números
resultado de uma amostra que suporte sua conclusão, de 31/12/X0, deve ser o de incluir uma:
que o saldo de uma conta ou classe de transações a) ressalva após o parágrafo de opinião.
registradas estão relevantemente corretos, quando de b) nota explicativa após o parágrafo de opinião.
fato não estão, é denominado: c) ressalva antes do parágrafo de opinião.
a) risco de aceitação incorreta. d) abstenção antes do parágrafo de opinião.
b) risco de superavaliação de confiabilidade. e) abstenção depois do parágrafo de opinião.
c) risco de rejeição incorreta.
d) risco de subavaliação de confiabilidade. 58 - A ABC Auditores, após seus trabalhos e na véspera
e) risco de estimativa contábil. de emitir seu parecer sem ressalvas da Cia. Beta,
recebe um comunicado que a matriz da Cia. Beta
52 - O auditor deve reavaliar o risco de amostragem requereu concordata. Diante desse fato, a ABC
quando o: Auditores deve emitir:
a) erro tolerável excede os erros da população. a) Parecer com ressalva.
b) risco de controle excede o risco de rejeição. b) Parece adverso.
c) erro da população excede o erro tolerável. c) Parecer com abstenção de opinião.
d) risco de aceitação excede o de rejeição. d) Parecer de continuidade.
e) erro tolerável excede o risco de detecção. e) Parecer sem ressalva.

53 - Ao determinar o tamanho de uma amostra, o 59 - O auditor independente foi contratado apenas para
auditor deve considerar: opinar sobre o balanço patrimonial da empresa "ABC".
a) tamanho da população, risco de amostragem e erro O auditor não encontrou nenhuma restrição ao acesso
esperado. de informações e registros, e todos os procedimentos
b) tamanho da população, erro tolerável e erro julgados necessários foram efetuados. Nesse caso, o
esperado. trabalho do auditor caracteriza-se:
c) risco da população, risco de controle e erro esperado. a) pela extensão limitada de seu objetivo.
d) risco de amostragem, erro tolerável e erro esperado. b) pelo objetivo limitado de seu trabalho.
e) risco de detecção, tamanho da população e desvio c) pela abstenção de outros demonstrativos.
aceitável. d) por uma ressalva de escopo.
e) pela limitação de escopo.
54 - O fato de a administração se recusar a fornecer
uma declaração que o auditor considere necessária 60 - O objetivo final de uma revisão especial das
constitui uma limitação de alcance. Nesse caso, o informações trimestrais pelo auditor é o de habilitar esse
auditor deve expressar um(a): profissional a:
a) parecer com ressalva ou com abstenção de opinião. a) declarar que ele não tomou conhecimento de
b) parágrafo de ênfase ou abstenção de opinião. qualquer modificação relevante que deverá ser feita nas
c) negativa de opinião ou com parágrafo de ênfase. informações trimestrais.
d) parecer de incerteza ou com abstenção de opinião. b) declarar que os valores relevantes apresentados nas
e) parecer com ressalva ou com parágrafo de ênfase. informações trimestrais estão de acordo com os
princípios contábeis.
55 - Quando o auditor vier a emitir uma ressalva em c) emitir um parecer de que os valores apresentados
decorrência do relatório de um especialista ou de suas estão de acordo com uma base conceitual reconhecida
conclusões, esse especialista: legalmente.
a) deve ser identificado no parecer para suportar o d) emitir um parecer de que as informações trimestrais
motivo da ressalva. estão suportadas por controles internos regularmente
b) com seu consentimento pode ser identificado no revisados.
parecer. e) declarar que os valores apresentados trimestralmente
c) deve ser identificado no parecer para dividir as estão suportados por documentação hábil e
responsabilidades. comprobatória.
d) não deve ser identificado no parecer por questões
éticas. Gabarito:
e) não deve ser identificado no parecer por questões 31 B – 32 D – 33 B – 34 E – 35 D – 36 A – 37 C – 38 A
técnicas. – 39 E – 40 E - 41 D – 42 C – 43 C – 44 B - 45 D
46 A – 47 C – 48 E – 49 C – 50 E - 51 A - 52 C - 53 D -
54 A - 55 B - 56 C - 57 D - 58 E - 59 B - 60 - A
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45. A revisão analítica vem a ser a(o):


AFC/CGU 2002 a) análise de desvios anormais constatados durante o
período de auditoria de acordo com os valores
31. Para fins de fiscalização do exercício profissional, o projetados pelo auditor.
auditor deve manter a boa guarda de toda a b) obtenção de informação junto à administração com o
documentação pelo prazo de: objetivo de confrontar a exatidão aritmética dos valores
a) três anos, a partir da data-base das demonstrações apresentados.
contábeis publicadas. c) acompanhamento de um determinado processo ou
b) quatro anos, a partir da data de emissão do parecer procedimento quando de sua execução por parte da
de auditoria. empresa auditada.
c) cinco anos, a partir da data de emissão do parecer de d) verificação de comportamento de valores
auditoria. significativos com vistas à identificação de situação ou
d) cinco anos, a partir da data-base das demonstrações tendências atípicas.
contábeis. e) obtenção de informação junto a pessoas ou entidades
e) três anos, a partir da data de publicação das conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade
demonstrações contábeis. auditada.

32. De acordo com o Conselho Federal de 46. O risco de auditoria significa:


Contabilidade, o parecer de auditoria independente é a) a probabilidade de o auditor vir a expressar uma
classificado, segundo a natureza da opinião que ressalva inadequada sobre as demonstrações contábeis
contém, em: significativamente corretas.
a) sem ressalva, com ressalva, adverso e com b) a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião
abstenção de opinião. tecnicamente inadequada sobre as demonstrações
b) sem ressalva, com parágrafo de ênfase, com ressalva contábeis significativamente corretas.
e adverso. c) a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião
c) positivo, com ressalva, negativa de opinião e com tecnicamente inadequada sobre as demonstrações
parágrafo de ênfase. contábeis significativamente incorretas.
d) sem ressalva, com nota explicativa, sem ressalva e d) a probabilidade de o auditor vir a expressar um
adverso. parecer com ressalva sobre as demonstrações
e) limpo, com parágrafo de ênfase, com nota explicativa contábeis significativamente incorretas.
e adverso. e) a possibilidade de o auditor vir a emitir uma ressalva
inadequada sobre as demonstrações contábeis que
33. Na avaliação do sistema contábil e de controles mereçam apenas um parágrafo de ênfase.
internos, o auditor deve considerar:
a) a estrutura do sistema contábil adotada pela 47.Os procedimentos de auditoria descritos no
administração e a eficácia dos controles internos programa de trabalho devem ser aplicados em termos
adotados. de:
b) a estrutura funcional da entidade e a eficiência dos a) oportunidade, controle interno e relevância.
controles internos mantidos pela sua administração. b) volume de saldo, relevância e extensão.
c) a aderência à estrutura conceitual básica de c) natureza, oportunidade e extensão.
contabilidade e a eficácia dos procedimentos adotados. d) risco, complexidade e relevância.
d) o ambiente de controle existente na entidade e os e) volume de operações, relevância e saldo.
procedimentos de controle adotados pela administração.
e) o tamanho e complexidade das atividades da 48.O exame utilizado para testar a efetividade dos
entidade e os procedimentos definidos pela controles, particularmente daqueles relativos à
administração. segurança de quantidades físicas ou qualidade dos
bens tangíveis é denominado:
34. Os procedimentos da auditoria interna são exames a) inspeção física.
que permitem ao auditor interno obter provas com as b) exame dos registros.
seguintes características: c) confirmação externa.
a) parciais para fundamentar suas conclusões. d) observação das condições.
b) suficientes para fundamentar suas conclusões. e) correlação das informações.
c) suficientes para fundamentar suas conclusões e
recomendações. 49. O pedido de uma confirmação externa, denominada
d) parciais para fundamentar suas conclusões e circularização, quando solicita a confirmação de todas
recomendações. as operações em aberto é denominada:
e) suficientes para fundamentar suas recomendações. a) positiva.
b) negativa.
44. O critério de seleção casual para determinar a c) preta.
amostra a ser testada pelo auditor ocorre quando a d) branca.
amostra: e) aberta.
a) for selecionada aleatoriamente sem um critério
definido. 50. Durante os testes preliminares o auditor constatou
b) obedecer a um intervalo constante entre transações que o risco envolvido numa auditoria de cálculo de
realizadas. depreciação era muito baixo. Nesse caso, para
c) possuir pequena cobertura em relação à população. verificação da razoabilidade do saldo de depreciação
d) contiver elevada cobertura em relação à população. acumulada, o auditor deve:
e) for definida em sua experiência profissional. a) efetuar a seleção e o teste de depreciação dos itens
materiais.
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b) proceder ao teste global de depreciação conhecendo 48. A seleção casual de dados para fins de testes de
a taxa utilizada. auditoria consiste em selecionar:
c) não efetuar qualquer teste, pois o risco é muito baixo. a) de forma aleatória os dados a serem testados.
d) fazer a verificação de aquisição dos itens adquiridos b) observando um intervalo constante entre os itens da
após os testes preliminares. população.
e) realizar a análise das taxas de depreciação utilizadas c) a critério do auditor com base em sua experiência
de acordo com os itens. profissional.
d) indagando aos administradores quanto aos itens mais
Gabarito: relevantes.
31 C - 32 A - 33 D - 34 C - 44 E - 45 D - 46 C - 47 C - 48 e) pela materialidade dos itens a serem testados.
A - 49 E - 50 B
49. O planejamento de auditoria deve ser revisado e
FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS – SEFA/PA 2002 atualizado:
a) ao final de cada trabalho de campo.
43. As estimativas contábeis que requerem o seu b) no início do ano, baseando-se no planejamento
julgamento, na determinação do valor adequado a ser anterior.
registrado nas demonstrações contábeis são de c) no início de cada trabalho de campo.
responsabilidade do: d) sempre que novos fatos o recomendarem.
a) administrador. e) quando a administração informar fatos relevantes.
b) auditor independente.
c) auditor interno. 50. A discordância com a administração da entidade a
d) acionista. respeito do conteúdo ou forma de apresentação das
e) contador. demonstrações contábeis conduz o auditor ao seguinte
tipo de parecer:
44. A carta de responsabilidade da administração deve a) com ênfase ou opinião negativa.
ser emitida com a data do(a): b) com ressalva ou abstenção de opinião.
a) período findo a que se referem as demonstrações c) com ressalva ou parágrafo de ênfase.
contábeis. d) com abstenção de opinião ou ressalva negativa.
b) último dia do trabalho de campo do auditor e) com abstenção de opinião ou adverso.
independente.
c) publicação das demonstrações contábeis. Gabarito:
d) parecer do auditor independente. 43 A - 44 D - 45 D - 46 A - 47 E - 48 C - 49 D - 50 B
e) entrega do parecer à administração.
AFCE TCU 2002
45. O auditor independente somente deverá divulgar, a
terceiros, informações sobre a entidade auditada ou 21- Ao utilizar o método de amostragem estatística para
sobre o trabalho por ele realizado quando, por escrito: verificar a aderência aos controles internos, o auditor
a) outros auditores ou partes relacionadas requisitarem. tem maior probabilidade em conduzir a uma opinião
b) o sócio responsável pela emissão do parecer errônea quando incorre no risco de:
autorizar. a) Subavaliação da confiabilidade.
c) os acionistas da entidade auditada requisitarem. b) Rejeição incorreta.
d) a administração da entidade auditada autorizar. c) Aceitação incorreta.
e) as partes relacionadas ou credores da entidade d) Superavaliação da confiabilidade.
requisitarem. e) Avaliação da população.

46. Entre uma das informações prestadas pelo auditor Gabarito: 21 D


independente, ao Conselho Regional de Contabilidade,
até 30 de junho de cada ano, está incluída a relação: Analista Técnico/SUSEP 2002
a) de clientes cujos honorários representem mais de
10% do seu faturamento anual. 59. O auditor independente, durante seus trabalhos,
b) dos 10 maiores clientes em termos de faturamento e circulariza uma amostra selecionada de fornecedores.
valor de patrimônio líquido. Este procedimento de auditoria deve ser autorizado
c) de clientes cujos honorários representem mais de 5% pelo:
do seu faturamento anual. a) auditor independente.
d) de seus clientes cujos pareceres emitidos mereceram b) administrador da empresa auditada.
ressalva ou abstenção de opinião. c) contador da empresa auditada.
e) de clientes cuja administração esteve envolvida no d) auditor interno da companhia.
exercício anterior em atos ilegais. e) sócio diretor da empresa de auditoria.

47 Os testes substantivos de auditoria dividem-se nas 60. A responsabilidade de avaliação das estimativas
seguintes categorias: contábeis de uma empresa a ser submetida a
a) de observância e de transações e saldos. uma auditoria independente é do:
b) de revisão analítica e de observância. a) contador responsável.
c) de partes relacionadas e eventos subseqüentes. b) auditor interno.
d) de contagem e procedimentos analíticos. c) administrador da empresa.
e) de transações e saldos e de procedimentos d) auditor independente.
analíticos. e) Controller geral.

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61. O auditor independente constatou, durante seus 65. Quando o auditor interno coopera, em tempo
trabalhos de campo, que uma contingência ativa, integral, com o trabalho do auditor independente,
provável e estimada, não constava nos registros conforme acordo pré-estabelecido com a administração
contábeis da entidade auditada. Nesse caso, o auditor da entidade, a responsabilidade do parecer é
deve emitir um parecer: a) compartilhada entre o auditor interno e o
a) sem ressalva. independente.
b) com ressalva. b) única e exclusiva do auditor interno.
c) adverso. c) única e exclusiva do auditor independente.
d) com negativa de opinião. d) única e exclusiva da administração da empresa.
e) com abstenção de opinião. e) compartilhada entre a administração e o auditor
interno.
62. De acordo com as normas brasileiras de auditoria
independente, o procedimento de revisão analítica vem Gabarito:
a ser a: 59 B - 60 C - 61 A - 62 D - 63 D - 64 A - 65 C
a) análise de flutuação anormal de saldos, mediante
quocientes, índices, confronto entre valores orçados e AFRF 2002 - setembro/2002
realizados ou outros meios, com vistas à detecção de
fraudes e erros. 31. Quando o faturamento de outros serviços prestados
b) verificação do comportamento de saldos anormais, aos mesmos clientes de auditoria ultrapassar, na média
mediante índices, quocientes, quantidades estimadas, dos três últimos anos, os honorários dos serviços de
com vistas à identificação de erros significativos. auditoria, a empresa:
c) análise de comportamento de estimativas, mediante a) tem que comunicar à Comissão de Valores
indagação à administração e análise de índices, com Mobiliários.
vistas à identificação de saldos e controles b) deve dar ciência do fato ao Conselho Federal de
inadequados. Contabilidade.
d) verificação do comportamento de valores c) apenas relata por ofício ao Banco Central do Brasil.
significativos, mediante índices, quocientes, quantidades d) deve comunicar ao Conselho Regional de
absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de Contabilidade.
situações ou tendências atípicas. e) não tem obrigatoriedade de comunicar a nenhum
e) verificação de saldos com flutuações relevantes, órgão.
mediante análise de índices e provas documentais, com
vistas à identificação e comprovação de falhas de 32. Os auditores independentes devem ter política
controle interno. definida para rotação de responsáveis técnicos, de
forma a evitar questionamentos relacionados à
63. Após a data de fechamento, mas antes da emissão independência. O período de atendimento de um
de seu parecer, o auditor independente constatou que a responsável técnico a um cliente não deve ultrapassar
matriz da empresa que ele audita requereu concordata. a:
Esse fato pode afetar a continuidade operacional de seu a) dois anos.
cliente que é dependente financeiramente da matriz. A b) três anos.
administração da empresa apresentou adequada c) quatro anos.
interpretação nas demonstrações contábeis; diante d) cinco anos.
dessa situação, o auditor deve emitir um parecer: e) sete anos.
a) com ressalva e parágrafo de ênfase.
b) com abstenção de opinião. 33. Se um supervisor de auditoria independente for
c) adverso com parágrafo de descontinuidade. designado para auditar uma empresa, onde sua esposa
d) sem ressalva com parágrafo de ênfase. trabalhou como secretária há um ano atrás, ele deve:
e) de incerteza com parágrafo de descontinuidade. a) recusar o trabalho.
b) comunicar o sócio e renunciar.
64. Para o auditor independente, uma informação é c) efetuar o trabalho.
relevante quando: d) comunicar o cliente.
a) sua omissão ou distorção puder influenciar nas e) comunicar o cliente e renunciar.
decisões econômicas dos usuários, se estas forem
tomadas com base nas demonstrações contábeis. 34. Entre as seguintes opções, não é de competência
b) a sua materialidade influenciar na tomada de da auditoria interna examinar os seguintes objetivos:
decisões econômicas e financeiras dos usuários, tendo a) integridade, adequação e eficácia dos controles
como base de decisão o parecer da auditoria. internos.
c) a sua distorção influenciar em decisões econômicas b) eficácia das informações físicas, contábeis e
ou financeiras tomadas pelos usuários, tendo como financeiras.
base de juízo o parecer da auditoria independente. c) adequação dos controles internos e das informações
d) a sua omissão influenciar negativamente nas físicas.
decisões tomadas com base nas demonstrações d) integridade das informações operacionais, financeiras
contábeis por acionistas preferenciais ou pelos e físicas.
membros do Conselho de Administração. e) eficiência e eficácia do parecer dos auditores
e) a sua subjetividade e distorção influenciar nas independentes.
decisões financeiras dos acionistas controladores e
demais usuários, se tomadas com base nas 35. Para o fornecimento de evidências às conclusões e
demonstrações contábeis. recomendações da auditoria interna, as informações
devem ser:
a) suficientes, adequadas, relevantes e úteis.
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b) relevantes, razoáveis, exatas e adequadas. e) as alterações no sistema contábil e de controles


c) suficientes, comprobatórias, subjetivas e úteis. internos, a estimativa dos saldos, a estrutura
d) adequadas, calculáveis, hábeis e comprobatórias. organizacional, a integridade da administração e a
e) objetivas, exatas, razoáveis e adequadas. continuidade normal das atividades.

36. O auditor deve avaliar o sistema contábil e de 39. Quando o auditor, de posse de algumas faturas
controles internos de uma entidade para determinar: selecionadas, tem como objetivo conferir detalhes
a) a relevância, o risco de auditoria e a avaliação. cotejando os dados de embarque com os dados da
da aplicação dos procedimentos de auditoria. prestação de serviços efetuados por uma determinada
b) a natureza, a oportunidade e a extensão da aplicação empresa, este teste denomina-se:
dos procedimentos de auditoria. a) de revisão analítica.
c) os riscos inerentes, os de controle e os de detecção b) substantivo.
da aplicação dos testes de auditoria. c) de conferência.
d) as estimativas contábeis, a aplicação dos d) abrangente.
procedimentos de auditoria e o risco de controle. e) de observância.
e) a relevância dos saldos, o risco de detecção e a
avaliação do controle de qualidade. 40. O teste referente à constatação, pelo auditor, de que
os orçamentos para aquisição de ativos são revisados e
37. Quando da realização de uma primeira auditoria aprovados por um funcionário adequado, denomina-se:
numa entidade, que foi auditada por outros profissionais a) de revisão analítica.
no período imediatamente anterior, o auditor deve incluir b) de observância.
no seu planejamento: c) substantivo.
a) a análise dos saldos de abertura, os procedimentos d) de abrangência.
contábeis adotados, a uniformidade dos procedimentos e) documental.
contábeis, a identificação de relevantes eventos
subseqüentes ao exercício anterior e à revisão dos 41. O teste referente à análise de movimentação e
papéis de trabalho do auditor anterior. investigação de quaisquer flutuações relevantes e não
b) a análise dos saldos finais do exercício anterior, a usuais, entre o exercício corrente e o exercício anterior,
relevância dos saldos, os controles internos, os nos índices de empréstimos de curto e longo prazo,
procedimentos contábeis adotados, a revisão do parecer denomina-se:
do auditor anterior e a identificação das principais a) de revisão analítica.
alterações adotadas em assembléia geral. b) substantivo.
c) a avaliação do risco de auditoria, a continuidade c) de observância.
normal das atividades, o ambiente de controle, o d) documental.
sistema de informação contábil, a identificação das e) de abrangência.
práticas contábeis, as partes relacionadas e a revisão
dos papéis de trabalho do auditor anterior. 42. O auditor, por meio de uma listagem de dividendos,
d) a identificação de eventos subseqüentes relevantes, confere a exatidão dos valores de pagamentos desses,
as práticas contábeis, a análise de uniformidade dos com as respectivas autorizações dadas em atas de
procedimentos contábeis, os saldos de abertura, a carta reuniões de diretoria ou de assembléias de acionistas.
de responsabilidade da administração e a revisão do Esse procedimento chama-se:
programa do auditor anterior. a) inspeção.
e) a avaliação dos procedimentos contábeis, a b) observação.
uniformidade dos procedimentos contábeis, os controles c) investigação.
internos, a identificação de transações com partes d) cálculo.
relacionadas, os eventos subseqüentes, as e) confirmação.
contingências e a revisão dos papéis de trabalho do
auditor anterior. 43. O acompanhamento para verificar os procedimentos
de contagem física de barras de ouro, no cofre de um
38. A análise de risco de auditoria, considerando a determinado banco, é denominado:
relevância em nível geral, a ser efetuada na fase de a) investigação.
planejamento de seus trabalhos, deve considerar: b) conferência.
a) o saldo das contas ou a natureza e o volume das c) inspeção.
transações, a qualidade dos advogados, a estrutura d) revisão.
organizacional, os métodos de administração adotados e) cálculo.
e os controles internos mantidos.
b) a supervisão e controle de qualidade, o estudo e 44. O procedimento a ser aplicado, quando o auditor
avaliação do sistema contábil e dos controles internos, o tiver como objetivo investigar relações inesperadas ou
risco inerente, a natureza e o volume das transações e a não usuais entre os valores do exercício corrente e o
relevância dos saldos. anterior, das despesas de reparos e manutenção de
c) as demonstrações contábeis tomadas em seu equipamentos, é denominado:
conjunto, bem como as atividades, a qualidade da a) observação.
administração, a avaliação do sistema contábil e de b) confirmação.
controles internos da situação econômica e financeira. c) investigação.
d) a continuidade normal das atividades, a avaliação do d) inspeção.
sistema contábil e de controles internos, o saldo das e) procedimento analítico.
contas e o volume de operações, a qualidade da
administração e dos advogados.

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45. Após uma série de respostas de advogados da c) a taxa de desvio aceitável será menor.
empresa auditada, o auditor segregou os processos d) a quantificação do erro tolerável será menor.
judiciais movidos contra a empresa em três categorias e) esta não afeta o erro tolerável nem o esperado.
de chance de insucesso, a saber: provável, possível e
remota. Quando os processos forem classificados como 50. Executados, para cada item da amostra, os
prováveis, cujo efeito não possa ser razoavelmente procedimentos de auditoria apropriados aos seus
estimado, o auditor deve emitir um parecer: objetivos, os resultados da amostra devem ser avaliados
a) sem ressalva. pelo auditor conforme a seqüência a seguir:
b) com parágrafo de ênfase. a) projetar os erros encontrados na amostra para a
c) com ressalva. população, analisar qualquer erro detectado na amostra,
d) adverso. reavaliar o risco de amostragem.
e) com abstenção. b) reavaliar o risco de amostragem, analisar qualquer
erro detectado na amostra, projetar os erros
46. Um auditor, sabendo que a taxa de depreciação de encontrados na amostra para a população.
um determinado grupo de imobilizado é de 10% ao ano c) analisar qualquer erro detectado na amostra, reavaliar
e que não ocorreram adições ou baixas no período sob o risco de amostragem, projetar os erros encontrados na
exame, efetua um cálculo global de despesa de amostra para a população.
depreciação no valor de $ 1.000. Se os saldos iniciais d) reavaliar o risco de amostragem, projetar os erros
de custo do bem e da depreciação acumulada eram de encontrados na amostra para a população, analisar
$ 10.000 e $ 5.000, respectivamente, e o auditor qualquer erro detectado na amostra.
constata que o livro contábil, no final do exercício, e) analisar qualquer erro detectado na amostra, projetar
apresenta um saldo de $ 10.000 para o custo do os erros encontrados na amostra para a população,
imobilizado e $ 5.500 como depreciação acumulada, reavaliar o risco de amostragem.
neste caso o auditor falhou em:
a) confiar demasiadamente no sistema da empresa. 51. Quando os dirigentes de uma entidade recusarem
b) confiar que a taxa de depreciação era de 10% ao confirmar uma determinada informação na carta de
ano. responsabilidade da administração, ao auditor
c) não verificar os itens totalmente depreciados. independente, este fato caracteriza:
d) não verificar os itens reavaliados do imobilizado. a) parecer com ressalva.
e) não considerar a adição de um novo imobilizado. b) parágrafo de ênfase no parecer.
c) limitação de escopo.
47. O auditor independente, ao efetuar o teste de d) abstenção de opinião.
auditoria nos contratos de seguros, constatou que todas e) falha de controle interno.
as apólices estavam em vigor conforme relatório
entregue pelo contador da Cia. Siderúrgica Ferro e Aço 52. Assinale a opção que não se refere ao objetivo de
S.A. Dois dias após o encerramento dos trabalhos de obtenção, pelo auditor independente, da carta de
auditoria, uma explosão ocorre em uma das principais responsabilidade da administração.
caldeiras da empresa e o auditor é convocado pelo a) Atendimento às normas de auditoria independente.
conselho de administração do cliente para b) Delimitação de responsabilidade do auditor e da
esclarecimentos, já que a cobertura de seguros não era administração.
suficiente para o sinistro ocorrido. Apesar de ter c) Obtenção de evidências de auditoria por escrito.
efetuado o teste quanto à vigência das apólices, o d) Esclarecimento de pontos não constantes nas
auditor não atentou em: demonstrações contábeis.
a) verificar o grau de risco de eventual sinistro dos e) Confirmação da exatidão e fidedignidade dos
imobilizados. números.
b) avaliar o montante segurado com o valor dos
imobilizados. 53. Quando outros auditores independentes emitirem
c) verificar as medidas preventivas tomadas pela parecer de auditoria de empresas controladas e
empresa. coligadas relevantes, o auditor da empresa
d) avaliar a real situação financeira da companhia controladora, em seu exame de consolidação, deve:
seguradora. a) revisar os papéis de trabalho de auditores das
e) verificar detalhadamente as informações fornecidas empresas controladas/coligadas.
para a seguradora. b) emitir uma ressalva de limitação de escopo em seu
parecer de auditoria.
48. O auditor utiliza o método de seleção aleatória de c) desconsiderar os trabalhos dos auditores das
uma amostra quando: empresas controladas/coligadas.
a) o intervalo entre as seleções for constante. d) abster-se de opinião dos valores consolidados
b) sua amostra for representativa da população toda. auditados por outros auditores.
c) os itens da população têm igual chance de seleção. e) basear-se exclusivamente no parecer dos outros
d) os itens menos representativos são excluídos da auditores independentes.
população.
e) não confiar nos controles internos mantidos na 54. O auditor independente, na avaliação de um
população. trabalho específico da auditoria interna com pretensão
de sua utilização, deve considerar:
49. Quando da aplicação da técnica de amostragem a) se o alcance do trabalho e seus programas correlatos
estatística em testes substantivos, quanto menor o são adequados, e se a avaliação preliminar da auditoria
tamanho da amostra: interna permanece apropriada.
a) a taxa de desvio aceitável será maior.
b) a quantificação do erro tolerável será maior.
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b) se a economia de horas e de pessoal é b) ressalva ou negativa de opinião.


compensadora, uma vez que a auditoria interna já c) parágrafo de ênfase ou opinião adversa.
executou diversos testes de mesma natureza. d) ressalva ou opinião adversa.
c) se o alcance dos trabalhos efetuados pela auditoria e) abstenção de opinião ou opinião adversa.
interna pode ser satisfatoriamente adequado à
necessidade do auditor independente. 60. Se o auditor independente não puder utilizar os
d) a qualidade dos trabalhos dos auditores internos, trabalhos de outros auditores e, também, não tiver
visto que, por conhecerem melhor as atividades da condições de aplicar procedimentos adicionais
empresa, seus trabalhos são confiáveis. suficientes nas demonstrações contábeis de coligadas
e) o conhecimento dos auditores internos, ou controladas, por eles auditadas, o seu procedimento
principalmente nas áreas de maior risco de auditoria, técnico deve ser o de emitir parecer contendo:
uma vez que a responsabilidade é compartilhada. a) ressalva ou abstenção de opinião.
b) parágrafo de ênfase ou ressalva.
55. Quando o auditor independente emitir um parecer c) abstenção de opinião ou opinião negativa.
modificado em função do resultado de um trabalho de d) parágrafo de ênfase ou abstenção de opinião.
um especialista identificado em seu parecer, a e) ressalva ou opinião negativa.
responsabilidade desse parecer é:
a) compartilhada entre o auditor e o especialista Gabarito:
contratado pelo auditor. 31 D – 32 D – 33 C – 34 E – 35 A – 36 B – 37 A – 38 C
b) da administração que contratou o especialista para – 39 B – 40 B - 41 A – 42 D – 43 C – 44 E - 45 B
execução do trabalho. 46 C – 47 B – 48 C – 49 A – 50 E - 51 C - 52 E - 53 E -
c) exclusiva do auditor independente, mesmo se 54 A - 55 C - 56 A - 57 E - 58 D - 59 D - 60 A
contratado pela administração.
d) compartilhada entre o auditor e o especialista AFPS 2002 (AUDITORIA - PROVA 3)
contratado pela administração.
e) do auditor, exceto pela alteração resultante do 36. A auditoria deve ser realizada consoante os
trabalho do especialista. Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de
Contabilidade. Na ausência de disposições específicas,
56. Se, após a emissão do parecer, o auditor tomar o auditor deve:
conhecimento de um fato, existente na data da emissão a) recusar o trabalho de auditoria e encaminhar relatório
do parecer que, se conhecido na ocasião, poderia ter consubstanciado para a direção da empresa.
gerado a modificação do seu parecer final, nesse caso o b) seguir as práticas utilizadas pela empresa de
procedimento a ser efetuado pelo auditor será: auditoria, ainda que não aceitas pelos órgãos
a) emitir um novo parecer de auditoria com parágrafo de regulamentadores.
ênfase sobre as demonstrações contábeis revisadas. c) seguir as práticas já consagradas pela Profissão
b) avaliar o efeito junto com a administração e incluir Contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos
como parágrafo de ênfase no próximo parecer. próprios.
c) comunicar aos órgãos reguladores que o parecer d) seguir as teorias defendidas pela empresa de
emitido naquela data não tem validade legal. auditoria e não aceitas pelos organismos próprios.
d) emitir um comunicado público que, exceto pelo fato e) omitir seu parecer, independente de quaisquer
mencionado, sua opinião é correta. práticas realizadas, ainda que já estejam consagradas
e) emitir um comunicado à Comissão de Valores pela Profissão Contábil.
Mobiliários de que desconhecia tal fato na data de
emissão do parecer. 37. Segundo as normas de auditoria, as definições de
fraude e erro são, respectivamente:
57. O modelo de parecer de auditoria independente com a) Ato não-intencional de registrar documentos oficiais
uma ressalva e um parágrafo de ênfase deve obedecer corretamente, bem como elaborar demonstrações
à seguinte estrutura seqüencial, em relação aos seus financeiras de forma correta. Ato intencional resultante
parágrafos: de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos
a) introdutório, de escopo, de opinião, ênfase e ressalva. na elaboração de registros e demonstrações contábeis.
b) de escopo, ressalva, introdutório, ênfase, de opinião. b) Ato não-intencional de omissão ou manipulação de
c) introdutório, de escopo, ênfase, ressalva, de opinião. transações, adulteração de documentos, registros e
d) ênfase, introdutório, de escopo, ressalva, de opinião. demonstrações contábeis. Ato intencional resultante de
e) introdutório, de escopo, ressalva, de opinião, ênfase omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na
elaboração de registros e demonstrações contábeis.
58. Indique o número de parágrafos contidos em um c) Ato não-intencional de evidenciar a manipulação de
parecer de auditoria com duas ressalvas e um parágrafo transações, adulteração de documentos, registros e
de ênfase: demonstrações contábeis. Ato intencional resultante de
a) três. omissão, desatenção ou interpretação correta de fatos
b) quatro. na elaboração de registros e demonstrações financeiras.
c) cinco. d) Ato intencional de registrar as transações de forma
d) seis. adequada os fatos contábeis e a elaboração das
e) sete. demonstrações contábeis. Ato não-intencional resultante
de omissão, desatenção ou interpretação de fatos de
59. Se o auditor independente concluir que uma forma correta na elaboração de registros e
determinada matéria, envolvendo incerteza relevante, demonstrações contábeis.
não está adequadamente divulgada nas demonstrações
contábeis, seu parecer deve conter:
a) parágrafo de ênfase ou ressalva.
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e) Ato intencional de omissão ou manipulação de b) do trabalho.


transações, adulteração de documentos, registros e c) de controle.
demonstrações contábeis. Ato não-intencional resultante d) detecção.
de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos e) do negócio.
na elaboração de registros e demonstrações contábeis.
45. Ao constatar a ineficácia de determinados
38. O Comitê Administrador do Programa de Revisão procedimentos de controle o auditor deve:
Externa de Qualidade é integrado por: a) aumentar a extensão dos testes de controle.
a) dois representantes do Conselho Federal de b) diminuir a extensão dos testes substantivos.
Contabilidade e dois representantes do IBRACON. c) aumentar o nível planejado de risco de detecção.
b) três representantes da Comissão de Valores d) diminuir o nível de risco inerente da área em questão.
Mobiliários e dois representantes do IBRACON. e) aumentar o nível planejado de testes substantivos.
c) dois representantes do IBRACON e dois
representantes da Comissão de Valores Mobiliários. 46. Na aplicação dos testes de observância, o auditor
d) três representantes das empresas de auditoria e três deve verificar a _________, ____________ e
representantes do Conselho Federal de Contabilidade. ____________ de controles internos.
e) dois representantes da Comissão de Valores a) existência, efetividade, continuidade.
Mobiliários e três representantes da AUDIBRA. b) deficiência, inexistência, continuidade.
c) validade, relevância, materialidade.
39. O objetivo da revisão pelos pares consiste na: d) aplicabilidade, eficiência, lógica.
a) explicação de motivos que levaram os auditores a e) extensão, irregularidade e descontinuidade.
emitir pareceres com ressalva contratados por seus
clientes. 47. Os testes substantivos têm por finalidade:
b) avaliação dos procedimentos adotados pelos a) avaliar a eficácia dos controles internos mantidos pela
auditores com vistas a assegurar a qualidade dos administração da empresa.
trabalhos desenvolvidos. b) determinar a adequação de afirmações significativas
c) análise dos procedimentos adotados pelos auditores nas demonstrações contábeis.
no cumprimento de um razoável critério de seleção de c) determinar a adequação das metas significativas
amostras. previstas nas demonstrações contábeis.
d) determinação dos procedimentos indicados pelo d) avaliar os critérios contábeis aplicados pela
auditor revisor quanto à qualidade dos trabalhos administração na elaboração de demonstrações
executados. contábeis.
e) análise da variação de taxa horária média dos três e) avaliar a fidedignidade dos controles mantidos pela
últimos anos praticada pelo auditor. administração através de testes documentais.

40. É uma característica da auditoria interna: 48. Os procedimentos de auditoria são um conjunto de
a) manter independência total da empresa. técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou
b) ser sempre executada por profissional liberal. provas suficientes e adequadas para fundamentar sua
c) emitir parecer sobre as demonstrações financeiras. opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas.
d) revisar integralmente os registros contábeis. Tais procedimentos abrangem os seguintes testes:
e) existir em todas empresas de capital aberto. a) substantivos e de observância.
b) de revisão analítica e substantivos.
41. O objetivo geral da auditoria interna é atender: c) substantivos e de cálculo.
a) à administração da empresa. d) de confirmação e de observância.
b) aos acionistas da empresa. e) de inspeção e revisão analítica.
c) à auditoria externa da empresa.
d) à gerência financeira da empresa. 49. A determinação da amplitude dos exames
e) à gerência comercial da empresa. necessários à obtenção dos elementos de convicção
que sejam válidos para o todo no processo de auditoria
42. Os procedimentos relacionados para compor um é feita com base:
programa de auditoria são desenhados para: a) na experiência do auditor em trabalhos executados.
a) detectar erros e irregularidades significativas. b) na quantidade de horas negociadas com o cliente
b) proteger o auditor em caso de litígio legal. para execução do trabalho.
c) avaliar a estrutura dos controles internos. c) na análise de riscos de auditoria e outros elementos
d) coletar evidências suficientes de auditoria. que dispuser.
e) desenvolver um plano estratégico da empresa. d) na quantidade de lançamentos contábeis feitos pela
empresa.
43. Os controles internos podem ser classificados em: e) na observância dos documentos utilizados no
a) contábeis e jurídicos. processo de contabilização.
b) patrimoniais e econômicos.
c) financeiros e econômicos. 50. A circularização é um procedimento de auditoria que
d) empresariais e externos. aplicado à área de contas a receber confirma:
e) administrativos e contábeis. a) os cálculos efetuados pelo auditor.
b) a existência física do bem da empresa.
44. O risco de sistemas contábeis e de controles c) a existência física do documento gerador do fato.
internos que deixarem de prevenir e/ou detectar uma d) a existência de duplicatas descontadas.
distorção no saldo de uma conta que pode ser e) o saldo apresentado pela empresa no cliente.
relevante, classifica-se como risco:
a) inerente.
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51. A administração de uma entidade envia uma carta 57. Em decorrência das respostas de circularização, de
às diversas instituições financeiras com as quais se advogados internos e externos da empresa auditada, o
relaciona comercialmente, solicitando informações dos auditor independente recebeu diversas respostas com
saldos em aberto existentes nessas empresas em uma opinião sobre a possibilidade remota de insucesso de
determinada data, cuja resposta deva ser enviada ações de diversas naturezas, contra a empresa, já em
diretamente aos seus auditores independentes. Nesse fase de execução. Neste caso, o auditor deve:
caso, ocorre um procedimento de: a) concordar integralmente com os advogados.
a) investigação. b) discordar parcialmente dos advogados.
b) observação. c) concordar parcialmente com os advogados.
c) confirmação. d) discordar integralmente dos advogados.
d) revisão analítica. e) não concordar nem discordar dos advogados.
e) inspeção.
58. Na determinação da amostra, o auditor não deve
52. Na aplicação dos procedimentos de revisão levar em consideração o(a):
analítica, o auditor deve considerar a ______________ a) erro esperado.
das informações, sua _____________________, b) valor dos itens da amostra.
______________ e comparabilidade. c) tamanho da amostra.
a) facilidade, materialidade, irrelevância. d) população objeto da amostra.
b) disponibilidade, relevância, confiabilidade. e) estratificação da amostra.
c) clareza, existência, individualidade.
d) indisponibilidade, apresentação, existência. 59. Nas alternativas de escolha da amostra, um dos
e) facilidade, irrelevância, materialidade. tipos a ser considerado pelo auditor é a seleção:
a) direcionada e padronizada dos itens que compõem a
53. Para determinação da suficiência de cobertura de amostra.
seguros para ativo imobilizado deve-se proceder ao b) dirigida e padronizada dos itens que comporão a
confronto da cobertura da apólice com o valor: base da amostra a ser utilizada.
a) da existência física do ativo imobilizado. c) casual, a critério do auditor, baseada em sua
b) das despesas antecipadas. experiência profissional.
c) total das despesas de seguros. d) casual, a critério da empresa auditada, para
d) do saldo contábil do ativo imobilizado. determinação da amostra a ser utilizada.
e) do Patrimônio Líquido. e) dirigida em comum acordo entre a empresa auditada
e o auditor.
54. Normalmente, o auditor efetua a conferência da
exatidão de rendimentos de aplicações financeiras de 60. A carta de responsabilidade da administração deve
longo prazo considerando as receitas auferidas destas ser emitida com a mesma data do(a):
aplicações de acordo com o regime de competência. a) parecer dos auditores.
Esse procedimento de auditoria é denominado: b) balanço patrimonial.
a) inspeção. c) relatório da administração.
b) cálculo. d) relatório de controle interno.
c) observação. e) publicação das demonstrações contábeis.
d) revisão analítica.
e) investigação. 61. Ao utilizar os trabalhos já efetuados pela auditoria
interna em seus testes substantivos, se o auditor
55. Assinale a opção em que o procedimento de revisão independente julgar que o volume de testes não é
analítica não está associado a clientes suficiente, ele deve:
a) Análise de flutuações de volume ou na quantidade de a) ressalvar o parecer de auditoria.
vendas por produto. b) abster-se de emitir uma opinião de auditoria.
b) Análise do nível de devoluções e abatimentos por c) requisitar novos testes à auditoria interna.
clientes individualmente. d) efetuar testes adicionais necessários.
c) Margem bruta por produto ou por localidade de seus e) incluir uma nota explicativa em seu parecer.
postos de vendas.
d) Análise de variação de preços de produtos entregues 62. Em uma auditoria de uma holding, os auditores de
pelos fornecedores. uma das controladas emitiram um parecer alertando da
e) Alterações nos preços unitários e taxas de desconto descontinuidade operacional. Nesse caso, o auditor
para clientes especiais. principal deve:
a) discutir com os auditores dessa controlada e
56. Assinale a opção que não corresponde ao fator de consolidar os valores.
risco inerente em estoques: b) avaliar a relevância dos valores da controlada e
a) Flutuações significativas nos preços de materiais. consolidar os valores.
b) Alterações significativas nos níveis de produção. c) discutir com a administração da holding e ressalvar o
c) Variação no custo-padrão é relevante. parecer.
d) Processo de produção envolve várias etapas d) ressalvar o parecer de auditoria em função do
complexas. parecer do outro auditor.
e) Análise de composição de estoques. e) incluir uma nota explicativa e não consolidar os
valores da controlada.

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63. Num exame de uma entidade de previdência 68. A administração da entidade auditada inclui em uma
privada, obrigatoriamente o auditor necessita do auxílio nota explicativa, de forma clara, um fato relevante,
de um especialista de outra área. Esse profissional é caracterizando a natureza e seu provável efeito em
um: decorrência da incerteza que o desfecho possa afetar
a) engenheiro. significativamente a posição patrimonial e financeira da
b) advogado. entidade e o resultado das suas operações. Ao elaborar
c) atuário. sua opinião, o auditor deve:
d) médico. a) incluir uma ressalva.
e) administrador. b) incluir uma nota explicativa.
c) abster-se de opinião.
64. Identifique um procedimento de auditoria para d) emitir parecer adverso.
evidenciação de um evento subseqüente. e) exigir que se contabilize o efeito.
a) Circularização do saldo de contas a receber do
período findo auditado. 69. Quando houver participação de outros auditores
b) Inventário físico dos saldos de abertura e final do independentes no exame de demonstrações contábeis
período auditado. de participações societárias irrelevantes, o auditor da
c) Exame dos pagamentos realizados no período empresa investidora:
auditado. a) deve destacar esse fato no seu parecer, indicando os
d) Exame de devoluções de vendas realizadas no valores envolvidos nas participações.
período seguinte auditado. b) deve incluir informações consideradas relevantes
e) Teste de adições de imobilizado realizado durante o para adequada interpretação de seus usuários.
período auditado. c) pode desconsiderar esse valor por ser imaterial no
conjunto das demonstrações contábeis.
65. Na constatação de omissão de eventos d) pode incluir em nota explicativa que essas
subseqüentes relevantes identificados pelo auditor, nas participações foram auditadas por outros auditores.
demonstrações contábeis da empresa auditada, o e) pode deixar de destacar esse fato e, também, seu
profissional deve: efeito em seu parecer de auditoria.
a) elaborar notas explicativas justificando.
b) ressalvar o parecer ou abster-se de dar opinião. 70. Quando um auditor expressa uma opinião sobre as
c) ajustar as contas com os procedimentos demonstrações contábeis apresentadas de forma
recomendados. condensada, ele deve:
d) recomendar à empresa que omita os ajustes. a) já ter emitido uma opinião sobre as demonstrações
e) emitir parecer sem ressalva. contábeis originais.
b) acrescentar uma nota explicativa em seu parecer
66. Se, após a emissão das demonstrações contábeis expondo os motivos.
de companhia aberta, o auditor tomar conhecimento de c) inserir uma ressalva, pois as demonstrações
um fato que poderia modificar seu parecer e, no entanto, contábeis estão incompletas.
a administração não toma as medidas necessárias para d) justificar à Comissão de Valores Mobiliários expondo
assegurar que os usuários sejam informados do fato, o os motivos.
auditor deve: e) incluir uma ressalva por não ter acesso aos saldos
a) informar à administração da empresa auditada que contábeis analíticos.
tomará medidas para impedir que seu parecer seja
utilizado por terceiros para tomada de decisão. Gabarito:
b) publicar, nos mesmos jornais onde foram publicadas 36 C - 37 E - 38 A - 39 D - 40 B - 41 A - 42 E - 43 B - 44
as demonstrações contábeis da empresa auditada, que A - 45 B - 46 C - 47 B - 48 A - 49 C - 50 E
o auditor está se abstendo do parecer de auditoria 51 C - 52 E - 53 D - 54 A - 55 D - 56 C - 57 D - 58 A - 59
publicado. B - 60 A - 61 D - 62 E - 63 B - 64 D - 65 B
c) informar aos órgãos regulamentares competentes que 66 E - 67 C - 68 B (anulada) - 69 E - 70 A
irá tomar medidas para informar aos usuários das
demonstrações contábeis publicadas quanto ao risco AFPS 2002 (PROVA 2 Contabilidade)
identificado.
d) enviar uma carta aos administradores da empresa 53. Segundo as Normas Profissionais de Auditor
auditada, informando que o trabalho de auditoria foi Independente, julgue os itens em relação à
prejudicado e, num momento futuro, oportuno, irá se independência do auditor, marcando a opção incorreta:
manifestar a respeito desse fato. a) A avaliação permanente da carteira de clientes
e) informar aos principais acionistas da empresa que as deverá ser feita por escrito, considerando que a
demonstrações contábeis publicadas podem apresentar independência em relação aos clientes deve abranger
vieses para fins de tomada de decisão. toda a equipe técnica que trabalhar para o cliente.
b) O auditor deve ser independente, não podendo
67. O auditor, ao terminar seus trabalhos, conclui que as deixar-se influenciar por fatores estranhos, por
demonstrações contábeis estão comprometidas preconceitos ou quaisquer outros elementos materiais
substancialmente. O tipo de parecer que o auditor deve ou afetivos que resultem perda, efetiva ou aparente, de
emitir é: sua independência.
a) sem ressalva ou com abstenção de opinião. c) O auditor deve recusar o trabalho ou renunciar à
b) com ressalva ou com nota explicativa. função na ocorrência de vínculo conjugal, relação de
c) adverso ou com ressalva. trabalho como empregado, participação direta ou
d) com abstenção de opinião ou limpo. indireta como acionista ou sócio, interesse financeiro
e) com limitação de opinião ou adverso. direto (imediato ou mediato) e função ou cargo
incompatível com a atividade de auditoria ou qualquer
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outra situação de conflito de interesses no exercício da c) em condições normais, é dirigido aos acionistas,
auditoria independente. cotistas, ou sócios, ao conselho de administração ou à
d) A utilização de equipe técnica deve ser prevista de diretoria da entidade, ou outro órgão equivalente,
maneira a fornecer razoável segurança de que o segundo a natureza desta. Em circunstâncias próprias,
trabalho venha a ser executado por pessoa com o parecer é dirigido ao contratante dos serviços.
capacitação profissional, independência e treinamento d) a abstenção de opinião em relação às demonstrações
requeridos nas circunstâncias. contábeis tomadas em conjunto não elimina a
e) Está impedido de executar trabalho de auditoria responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer,
independente, o auditor que tenha tido vínculo conjugal qualquer desvio relevante que possa influenciar a
ou de parentesco consangüíneo em linha reta, sem decisão do usuário dessas demonstrações.
limites de grau, em linha colateral até o 2º grau e por e) o auditor independente deverá, em seu parecer,
afinidade até o 3º grau, com administradores, acionistas, mencionar, em parágrafo de ênfase, as evidências de
sócios ou com empregados que tenham ingerência na riscos constatadas em exames e os efeitos que poderão
sua administração ou nos negócios ou sejam ocasionar na continuidade operacional da entidade, de
responsáveis por sua contabilidade, no período a que se modo que os usuários tenham adequada informação
refere a auditoria ou durante a execução dos serviços, sobre tal fato.
em relação à entidade auditada, suas coligadas,
controladas, controladoras ou integrantes do mesmo Gabarito:
grupo econômico. 53 E - 54 A - 55 C - 56 B

54. Na realização dos serviços de auditoria, a avaliação Auditor do Tesouro Municipal de Natal 2001
do controle interno é de fundamental importância para o
auditor. Assim sendo, pode-se afirmar que: 21. A auditoria independente das demonstrações
a) há relação do controle interno com o número de contábeis constitui o conjunto de procedimentos
testes a serem aplicados pela auditoria. Desta forma, se técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer
o controle interno for eficiente, menor será o número de sobre a adequação destas, consoante as (os):
testes, mas o auditor nunca deverá deixar de aplicá-los. a) Normas e Práticas da Legislação Fiscal.
No entanto, se o controle interno for deficiente, o auditor b) Princípios de Auditoria Geralmente Aceitos.
deverá aplicar número maior. c) Princípios Contábeis da Legislação Fiscal.
b) empresa que apresente controle interno deficiente, d) Normas Brasileiras de Auditoria Independente.
segundo a avaliação do auditor, dispensa a aplicação de e) Princípios Fundamentais de Contabilidade.
teste, pois o controle interno não interfere nessa análise.
c) o número de testes é puramente subjetivo, ou seja, 22. Toda documentação, papéis de trabalho e parecer,
depende da experiência do auditor. resultante da auditoria independente de demonstrações
d) os testes de auditoria não guardam correlação com a contábeis de uma entidade, deve ser conservada em
avaliação do controle interno da empresa. boa guarda, nos termos da NBC-P-1, pelo período de:
e) empresa que apresente controle interno eficiente, a) 5 anos, a partir da data de encerramento das
segundo a avaliação do auditor, dispensa a aplicação de demonstrações contábeis.
testes de auditoria. b) 4 anos, a partir da data de encerramento das
demonstrações contábeis.
55. Em relação aos procedimentos de auditoria, pode-se c) 5 anos, a partir da data de emissão do parecer dos
dizer que o procedimento de correlação das auditores independentes.
informações é aplicado quando: d) 5 anos, a partir da data de entrega da declaração de
a) faz-se a contagem de caixa. imposto de renda.
b) implica declaração formal e imparcial de pessoas e) 4 anos, a partir da data da assembléia que aprovou
independentes da empresa auditada e que estejam as demonstrações contábeis.
habilitadas a confirmar.
c) o auditor verificar o recebimento de duplicatas a 23. Indique, nas opções abaixo, a entidade que emitiu e
receber que afetam as disponibilidades e contas a aprovou, através das Resoluções nos 820/97 e 821/97,
receber. respectivamente, a NBC-T-11 – Normas de Auditoria
d) analisam-se os registros de uma determinada área da Independente das Demonstrações Contábeis e NBC-P-1
empresa que está sob exame. – Normas Profissionais de Auditor Independente:
e) é realizado qualquer procedimento de auditoria em a) Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes –
contas do passivo, caracterizando-se pela observação IBRACON.
das rotinas adotadas pelo empregado da empresa b) Conselho Federal de Contabilidade – CFC.
auditada em relação à execução de sua atividade diária. c) Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
d) Banco Central do Brasil – BACEN.
56. De acordo com as Normas de Auditoria e) Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.
Independente das Demonstrações Contábeis, em
relação ao Parecer do Auditor não é correto afirmar que: 24. O dever do auditor independente de demonstrações
a) é de exclusiva responsabilidade de contador contábeis de obter a Carta de Responsabilidade da
registrado no Conselho Regional de Contabilidade, Administração consta:
nestas normas denominado auditor. a) nas Normas Profissionais de Auditor Independente –
b) o parecer sem ressalva indica que o auditor está NBC-P-1.
convencido de que as demonstrações contábeis foram b) da Escrituração Contábil – NBC-T-2.
elaboradas consoante as Normas Brasileiras de c) da Divulgação das Demonstrações Contábeis – NBC-
Contabilidade, aos Princípios Geralmente Aceitos e com T-6.
base na subjetividade do auditor. d) dos Aspectos Contábeis Específicos em Entidades
Diversas – NBC-T-10.
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e) nas Normas de Auditoria Independente das 29. O sócio-diretor pagou diversos compromissos
Demonstrações Contábeis – NBC-T-11. pessoais com recursos financeiros da empresa e
determinou que tais valores fossem contabilizados como
25. Assinale a afirmativa falsa: duplicatas a receber de um determinado cliente. A
a) O auditor independente deverá comprovar a situação descrita caracteriza-se como:
participação em programa de educação continuada. a) Ativo fictício.
b) O auditor independente deverá submeter-se a exame b) Ativo oculto.
de competência profissional. c) Passivo fictício.
c) O auditor independente é responsável pela prevenção d) Passivo oculto.
de fraudes nas demonstrações contábeis. e) Ativo intangível.
d) O auditor independente pode utilizar os trabalhos de
engenheiros legalmente habilitados. 30. No processo de acompanhamento do inventário
e) O auditor independente pode utilizar os trabalhos físico de estoques de matéria-prima, o auditor constatou
realizados pelo auditor interno. a existência de quantidades relevantes de itens que não
constavam dos registros físico-financeiros e contábeis.
26. De acordo com as normas de auditoria, a Neste caso, o auditor pode ter descoberto:
identificação de partes relacionadas e o exame das a) ativos e passivos fictícios.
transações relevantes efetuadas entre estas e a b) ativos e passivos ocultos.
entidade auditada: c) ativos ocultos e passivos fictícios.
a) impõe ao auditor independente de demonstrações d) ativos fictícios e passivos ocultos.
contábeis a emissão de parecer com parágrafo de e) ativos obsoletos e passivos a descoberto.
ênfase.
b) resulta na evidência em notas explicativas e ressalva 31. No encerramento do exercício social, o balanço
no parecer do auditor independente de demonstrações patrimonial apresentava a rubrica contábil “Caixa” com
contábeis. saldo credor. Indique a opção que pode justificar essa
c) é uma tarefa de responsabilidade exclusiva do auditor situação:
interno, na condição de empregado da entidade a) pagamentos a fornecedores não contabilizados.
auditada. b) empréstimos concedidos não contabilizados.
d) é uma obrigação precípua do auditor independente c) recebimentos de numerários não contabilizados.
das demonstrações contábeis da entidade auditada. d) adiantamentos recebidos de clientes.
e) não é obrigação do auditor independente a e) compras a prazo canceladas.
identificação das partes relacionadas, mas somente o
exame das transações com estas. 32. Um ajuste contábil proposto pelo auditor
independente afetou de maneira relevante a relação
27. Um trabalho pioneiro de auditoria de demonstrações entre capital de terceiros e capital próprio. Assinale a
contábeis em uma entidade requer alguns opção que apresenta os grupos contábeis do balanço
procedimentos específicos de planejamento. Assinale a patrimonial que poderiam estar envolvidos nesse
opção que não representa um desses procedimentos: evento:
a) Exame das adequações dos saldos de encerramento a) Passivo Circulante, Exigível a Longo Prazo e
do exercício anterior com os saldos de abertura do Patrimônio Líquido.
exercício atual. b) Ativo Circulante, Realizável a Longo Prazo e Ativo
b) Verificação se as práticas contábeis adotadas no Permanente.
atual exercício são uniformes com as adotadas no c) Ativo Circulante e Passivo Circulante.
exercício anterior. d) Ativo Permanente e Ativo Total.
c) Identificação de fatos relevantes que possam afetar e) Passivo Circulante e Ativo Permanente.
as atividades da entidade e sua situação patrimonial e
financeira. 33. A posição negativa do capital circulante líquido pode
d) Identificação de eventos relevantes subseqüentes ao indicar que a empresa tem risco de continuidade
exercício anterior, revelados ou não revelados. operacional. Essa situação ocorre quando o:
e) Conhecimento detalhado do sistema contábil e de a) Ativo Circulante é maior do que o Passivo Circulante.
controle interno da entidade, em operação no exercício b) Ativo Circulante e o Realizável a Longo Prazo são
anterior. inferiores ao Passivo Total.
c) Ativo Circulante, deduzido dos Estoques, é superior
28. Em razão do método de partida dobrada, diversas ao Passivo Circulante.
contas patrimoniais e de resultado são inter- d) Ativo Circulante é menor do que o Passivo Circulante.
relacionadas. Das opções abaixo, assinale a que não e) Ativo Circulante é menor do que o Ativo Fixo.
corresponde a esta afirmativa:
a) Vendas - Contas a Receber. 34. Um dos indicadores de riscos de continuidade
b) Compras - Contas a Pagar. operacional citado pelas normas de auditoria
c) Estoques - Custo das Mercadorias Vendidas. independente de demonstrações contábeis é a
d) Investimentos - Resultado da Equivalência existência de passivo a descoberto, ou seja, quando o
Patrimonial. (a):
e) Imobilizado - Provisão para Devedores Duvidosos. a) Ativo Total é superior ao Passivo Total.
b) Ativo Total é inferior à soma do Passivo Circulante e
Exigível a Longo Prazo.
c) Ativo Total é superior ao Patrimônio Líquido.
d) Passivo Circulante é superior ao Patrimônio Líquido.
e) soma do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo
é superior ao Patrimônio Líquido.
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38. Indique a opção que representa um fator relevante 43. A constatação da existência de segregação de
que deve ser considerado pelo auditor independente no funções e de restrições de acesso para alterações nos
estudo e avaliação do sistema contábil e de controle arquivos de dados compõe alguns dos procedimentos
interno: de auditoria independente que visa:
a) O grau de descentralização de decisão adotado pela a) prevenir e detectar fraudes.
administração. b) avaliar o ambiente de controle.
b) O índice de liquidez e de rentabilidade da entidade. c) avaliar o risco de detecção.
c) As transações e eventos subseqüentes à data-base d) elaborar relatórios de sugestões.
do balanço. e) promover a eficácia dos controles.
d) A reavaliação de ativos tangíveis e a aprovação em
assembléia. 44. Assinale a opção que não representa um fator
e) Os critérios adotados para elaboração do relatório da importante na avaliação dos controles internos do ciclo
administração. de vendas e contas a receber, para a auditoria de
demonstrações contábeis:
39. Ao término dos trabalhos de avaliação de controle a) Análise de crédito anterior ao faturamento.
interno, o auditor independente constatou diversas b) Segregação de funções de vendas e análise de
fraquezas que poderiam ser eliminadas pela entidade crédito.
auditada. De acordo com as normas de auditoria c) Aprovação formal dos descontos concedidos.
vigentes, o auditor: d) Conferência independente dos pedidos de vendas.
a) deve continuar seus trabalhos somente após a e) Acompanhamento independente das metas de
entidade eliminar tais fraquezas. vendas.
b) deve ajustar o balanço pelos efeitos e colocar
parágrafo de ênfase no parecer. 46. Quando não há controles internos projetados para
c) deve sempre mensurar os efeitos das fraquezas e registrar uma transação contábil relevante, o auditor
ajustar as demonstrações contábeis. independente de demonstrações contábeis está
d) não deve fazer sugestões de melhorias, para não incorrendo no risco:
configurar a perda de independência. a) de Detecção.
e) deve efetuar sugestões objetivas visando ao b) Inerente.
aprimoramento dos controles internos. c) de Controle.
d) Controlável.
40. A principal finalidade do auditor independente de e) Absoluto.
demonstrações contábeis quando estuda e avalia o
sistema contábil e de controle interno da entidade 47. Indique a opção que representa um conflito de
auditada é: funções, no âmbito da avaliação de controle interno da
a) coletar dados e informações para elaboração do auditoria de demonstrações contábeis:
relatório de sugestões à entidade auditada. a) Cotações de preços junto a fornecedores realizadas
b) determinar a natureza, oportunidade e extensão da pela área de compras.
aplicação dos procedimentos de auditoria. b) Conferência de apontamentos de horas pela área de
c) procurar evidências de fraudes ou erros, ocorridos ou pessoal.
potenciais, de efeitos relevantes nas demonstrações c) Aprovação de tabelas de preços pela diretoria
contábeis. comercial.
d) identificar transações, não registradas nos controles, d) Recepção e conferência de mercadorias pela área de
de impacto relevante nas demonstrações contábeis. compras.
e) elaborar fluxogramas para análise de oportunidades e) Emissão de cheques para pagamentos pela área de
de redução de custos e despesas da entidade auditada. contas a pagar.

41. Um funcionário da entidade auditada, em conluio 48. O procedimento de auditoria independente que
com o fornecedor, realizou pagamentos por serviços consiste na obtenção de informações junto às
não prestados. Esse fato: instituições que emprestaram recursos financeiros à
a) constitui uma limitação inerente dos sistemas de entidade auditada é denominado:
controles internos. a) revisão analítica.
b) será detectado nos exames de auditoria de b) testes de observância.
“circularização” de fornecedores. c) investigação e confirmação.
c) será detectado nos exames de auditoria de d) eventos subseqüentes.
pagamentos subseqüentes. e) carta de gerência.
d) será detectado no acompanhamento do inventário
físico de estoques. 49. A verificação da existência, efetividade e
e) constitui uma das hipóteses de emissão de parecer continuidade dos controles projetados e em operação,
com ressalva. para identificar, mensurar e registrar as receitas
auferidas por uma entidade, caracteriza-se como:
42. O plano de organização e o conjunto integrado de a) testes substantivos.
métodos e procedimentos adotados pela entidade para b) testes de observância.
proteger seu patrimônio, promovendo, entre outras, a c) testes de continuidade operacional.
eficácia das suas operações, é a definição de: d) confirmação de contas a receber.
a) auditoria contábil e fiscal. e) testes de receitas operacionais.
b) sistema de controle de bens patrimoniais.
c) controle de orçamento e gestão de gastos.
d) sistema contábil e de controle interno.
e) auditoria interna de gestão.
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50. Os exames efetuados por um auditor nos 56. Assinale a afirmativa falsa:
documentos comprobatórios de despesas de a) Evidência de auditoria produzida por fontes externas
hospedagens e transportes, caracterizam-se como: é mais confiável do que a gerada internamente.
a) testes de observância. b) Evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor
b) testes de indagação. é mais confiável do que a obtida da entidade.
c) procedimentos analíticos. c) Evidência de auditoria em forma de documentos e
d) testes substantivos. declarações escritas é mais confiável do que as
e) procedimentos de cálculo. declarações verbais.
d) Evidência de auditoria gerada pelos sistemas de
51. O auditor comparou os valores constantes no controle interno é mais confiável quando esses sistemas
orçamento anual, elaborado pela administração da forem eficazes.
entidade auditada, com os valores realizados, e) Evidência de auditoria é conclusiva, e não
apresentados nos balancetes analíticos contábeis. O persuasiva, quando os itens obtidos de fontes diferentes
procedimento de auditoria aplicado, nesse caso, forem uniformes.
denomina-se:
a) revisão analítica. 57. De acordo com a natureza da opinião emitida pelo
b) cálculo. signatário, o Parecer dos Auditores Independentes é
c) observação. classificado pelas normas brasileiras de contabilidade
d) investigação e confirmação. em:
e) inspeção. a) Parecer sem restrição, com restrição, absoluto e sem
opinião.
52. Os testes substantivos de auditoria dividem-se nas b) Parecer com opinião contrária, favorável, neutra e
seguintes categorias: limpa.
a) testes de transações e saldos e procedimentos de c) Parecer sem ressalva, com ressalva, adverso e com
revisão analítica. abstenção de opinião.
b) testes de observância e testes de transações e d) Parecer parcial, completo, “sujeito a” e com parágrafo
saldos. de ênfase.
c) testes de observância e testes de investigação e e) Parecer com opinião limpa, com ressalva, sem
confirmação. ressalva relevante e adverso.
d) testes de inspeção física e testes de observação de
tangíveis. 58. Quando o auditor independente for impedido de
e) testes de transações subseqüentes e testes de examinar um saldo de conta relevante do balanço
inspeção física. patrimonial, o seu parecer deverá ser do tipo:
a) com ressalva ou adverso.
53. As informações obtidas pelo auditor independente, b) com abstenção de opinião ou com ressalva.
para chegar às conclusões em que se baseia sua c) com parágrafo de ênfase ou de impedimento.
opinião sobre as demonstrações contábeis, são d) adverso ou com ressalva de escopo.
denominadas: e) com abstenção de opinião ou adverso.
a) avaliação de risco de controle.
b) cartas de circularização. 59. As expressões que devem ser utilizadas em um
c) evidências de auditoria. parecer de auditoria independente de demonstrações
d) avaliação do risco inerente. contábeis que contenha ressalva, de acordo com as
e) relatório de auditoria. normas brasileiras de contabilidade, são:
a) “exceto por”, “exceto quanto” ou “com exceção de”.
54. Assinale a opção que não representa um fator b) “sujeito a”, “exceto quanto” ou “apesar de”.
importante que deve ser considerado no planejamento c) “com exceção de”, “sujeito a” ou “apesar de”.
dos trabalhos de auditoria das demonstrações d) “exceto por”, “desconsiderando o” ou “sujeito a”.
contábeis. e) “irregular quanto”, “irregular apenas” ou “regular,
a) Uso dos trabalhos de outros auditores independentes. exceto quanto a”.
b) Existência de entidades associadas e partes
relacionadas. 60. O auditor independente de demonstrações contábeis
c) Conhecimento do sistema contábil e de controles comunicou ao seu cliente, em documento confidencial,
internos. uma circunstância adversa que influiria na contratação
d) Conhecimento detalhado das práticas contábeis da dos seus serviços. Assinale a opção correta.
entidade. a) O procedimento feriu o Código de Ética dos
e) Utilização compulsória de métodos de amostragem Contabilistas.
estatística. b) A comunicação deveria ser feita na Carta de
Representação.
55. A medida da qualidade e confiabilidade da evidência c) A comunicação deveria ser feita no Parecer dos
de auditoria, assim como de sua relevância para uma Auditores.
afirmação contida nas demonstrações contábeis, é a d) O procedimento não feriu o Código de Ética dos
definição de: Contabilistas.
a) propriedade da evidência e) Tal fato justificaria a ressalva no parecer, por
b) suficiência da evidência limitação de escopo.
c) classes de evidências
d) auditoria independente
e) papéis de trabalho

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Gabarito: b) A obtenção de confirmações de consultores legais


21 E – 22 C – 23 B – 24 E – 25 C – 26 D – 27 E – 28 E deve ser obtida a cada revisão trimestral das ITRs, de
– 29 A – 30 B – 31 C – 32 A – 33 D – 34 B acordo com expressa previsão das normas do Ibracon.
35 D – 36 A – 37 C – 38 A – 39 E – 40 B - 41 A - 42 D - c) A obtenção de confirmações de consultores legais
43 B - 44 E - 46 B - 47 D - 48 C - 49 B - 50 D não está contemplada nas normas do Ibracon como
51 A - 52 A - 53 C - 54 E - 55 A - 56 E - 57 C - 58 B - 59 procedimento básico de auditoria por ser adotado na
A - 60 D revisão das ITRs.
d) As confirmações de consultores legais devem ser
ANALISTA CVM 2001 obtidas na forma “negativa”, a cada revisão trimestral
das ITRs, conforme previsto nas normas do Ibracon.
18. A NBC-P-1 Normas Profissionais de Auditor e) O relatório do auditor independente sobre a revisão
Independente prevê algumas hipóteses de conflito de especial das ITRs, nesse caso, deve ser emitido com
interesses que, se ocorrerem no período a que se refere ressalva de limitação na extensão dos trabalhos.
a auditoria ou durante a execução dos serviços, em
relação à entidade auditada, o auditor deve recusar o 22. As verificações da existência de limites de
trabalho de auditoria independente de demonstrações autoridades e responsabilidades definidos, de
contábeis. Assinale a opção que não é prevista na segregação de funções, de limites de acesso físico a
citada norma: ativos e registros contábeis, são alguns procedimentos
a) Participação direta ou indireta como acionista ou aplicados pelo auditor independente de demonstrações
sócio. contábeis com a finalidade principal de:
b) Fixados honorários incompatíveis com a natureza do a) avaliar o ambiente de controle.
trabalho contratado. b) determinar o risco de detecção.
c) Vínculo de parentesco consangüíneo em linha reta, c) elaborar relatório de recomendações.
sem limites de grau. d) emitir relatório de revisão das ITRs.
d) Relação de trabalho como empregado nos cinco e) identificar partes relacionadas.
últimos anos.
e) Função incompatível com a atividade de auditoria 23. A NBC-T-11 Normas de Auditoria Independente das
independente. Demonstrações Contábeis denomina o procedimento
técnico básico de exame de registros, documentos e
19. O documento emitido pelos administradores da ativos de:
entidade auditada e endereçado ao auditor a) Investigação e Confirmação.
independente, confirmando as informações e dados b) Observação.
fornecidos ao auditor, as bases de preparação, c) Inspeção.
apresentação e divulgação das demonstrações d) Cálculo.
contábeis submetidas à auditoria, denomina-se: e) Revisão Analítica.
a) Confirmação de Partes Relacionadas.
b) Circularização de Partes Relacionadas. 24. Assinale a opção falsa:
c) Carta de Responsabilidade da Administração. a) O auditor poderá expressar opinião sobre
d) Carta de Proposta de Auditoria. demonstrações contábeis apresentadas de forma
e) Carta de Resposta da Administração. condensada, desde que tenha emitido opinião sobre as
demonstrações contábeis originais.
20. De acordo com a Instrução CVM no 308/99, a b) Sempre que o nome do auditor estiver associado com
rotatividade na prestação de serviços de auditoria de demonstrações contábeis que ele não auditou, estas
demonstrações contábeis para a mesma entidade devem ser claramente identificadas como “não
realizada por auditor independente deve ocorrer, no auditadas”, em cada folha do conjunto.
máximo, a cada: c) O auditor independente deve incluir no seu parecer
a) três anos consecutivos, com intervalo mínimo de informações consideradas relevantes para adequada
cinco anos para a sua recontratação. interpretação das demonstrações contábeis, ainda que
b) cinco anos consecutivos, com intervalo mínimo de já divulgadas pela entidade.
dois anos para a sua recontratação. d) Se outro auditor independente emitir parecer sobre as
c) três anos consecutivos, com intervalo mínimo de três demonstrações contábeis de controlada relevante, o
anos para a sua recontratação. auditor independente da controladora deve destacar
d) quatro anos consecutivos, com intervalo mínimo de esse fato no seu parecer.
dois anos para a sua recontratação. e) A abstenção de opinião em relação às
e) cinco anos consecutivos, com intervalo mínimo de demonstrações contábeis tomadas em conjunto
três anos para a sua recontratação. elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no
parecer, qualquer desvio relevante constatado.
21. Nos trabalhos de Revisão Especial das Informações
Trimestrais (ITR) das Companhias Abertas, o auditor 25. Um auditor foi contratado para opinar somente sobre
independente não realizou procedimentos de o balanço patrimonial e não sobre as demais
confirmação junto aos consultores legais, mas somente demonstrações contábeis. A entidade auditada não
indagou aos administradores da companhia quanto à impôs nenhuma restrição de acesso às informações,
existência de litígios que poderiam representar ativos ou registros e dados contábeis. Todos os procedimentos de
passivos contingentes. Assinale a opção correta, de auditoria necessários nas circunstâncias foram
acordo com as normas do Instituto Brasileiro de possíveis. Nesta situação:
Contadores – Ibracon: a) caracteriza-se uma limitação na extensão dos
a) As confirmações de consultores legais devem ser trabalhos.
obtidas na forma “positiva”, a cada revisão trimestral das b) configura-se somente um trabalho de auditoria de
ITRs, conforme previsto nas normas do Ibracon. objetivo limitado.
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c) o auditor deve recusar o trabalho, seguindo o Código b) O auditor pode propor reclassificação entre contas de
de Ética do Contabilista. resultado da Controladora “A”, mas não ajustar o
d) o auditor pode aceitar o trabalho, desde que emita resultado apurado.
parecer com ressalva. c) O auditor deve propor reclassificação do valor para
e) o relatório do auditor será emitido na denominada conta de “Outras Receitas Não-operacionais” na
“forma longa”. Controladora “A”.
d) O auditor deve propor ajuste do valor para conta de
Gabarito “Lucros ou Prejuízos Acumulados” na Controladora “A”.
18 D - 19 C - 20 E - 21 C - 22 A - 23 C - 24 E - 25 B e) O procedimento adotado pela Controladora “A” está
incorreto e o auditor deve propor ajuste no resultado
Técnico SUSEP 2001 desta.

54. Assinale a afirmativa falsa: 59. A resposta de uma circularização de valores


a) O trabalho do auditor interno é normalmente adiantados a fornecedor indicou a necessidade de
subdividido em relação às áreas operacionais da ajuste a débito da conta. Nesta situação, detectou-se
entidade que o emprega. um:
b) O trabalho do auditor independente é normalmente a) Ativo fictício.
subdividido em relação às contas das demonstrações b) Ativo oculto.
contábeis. c) Passivo fictício.
c) A interceptação e prevenção de fraudes é d) Passivo oculto.
responsabilidade primária do auditor interno e do auditor e) Resultado fictício.
independente.
d) O auditor interno deve ser independente em relação 60. Assinale a afirmativa falsa.
às pessoas cujo trabalho examina, mas subordinado à a) Ao determinar o método de seleção de itens para
alta administração. testes, o auditor deve empregar técnicas de
e) O auditor externo deve ser independente em relação amostragem estatísticas.
a todos os membros da administração, de fato e de b) O auditor pode utilizar uma seleção casual de
atitude mental. amostras, a seu critério e baseada na sua experiência
profissional.
55. Na situação em que a chance de a entidade c) Quando usar uma seleção sistemática para a
auditada incorrer em um passivo for considerada amostra, o auditor deve observar um intervalo constante
provável e o efeito nas demonstrações contábeis não entre as transações realizadas.
puder ser objeto de estimativa em bases razoáveis, o d) A seleção aleatória e a sistemática podem ser
auditor independente deve emitir um: utilizadas pelo auditor para seleção da amostra.
a) Parecer com parágrafo de ênfase. e) A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma
b) Parecer com ressalva. relação direta com o volume de transações realizadas
c) Parecer adverso. pela entidade na área sob exame.
d) Parecer com abstenção de opinião.
e) Parecer de irregularidade. Gabarito:
54 C - 55 A - 56 B - 57 D - 58 E - 59 B - 60 A
56. De acordo com a NBC-T-11 – Normas de Auditoria
Independente das Demonstrações Contábeis, o parecer Auditor SEFAZ/PI 2001
com ressalva deve utilizar as expressões:
a) “exceto por”, “sujeito a” ou “dependendo de”. 17. Assinale a opção que não representa uma
b) “exceto por”, “exceto quanto” ou “com exceção de”. responsabilidade do auditor interno na execução dos
c) “exceto por”, “sujeito a” ou “restrito a”. seus trabalhos, conforme exposto na NBC-P-3 - Normas
d) “com exceção de”, “com a restrição quanto” ou “com Profissionais do Auditor Interno:
ênfase para”. a) Ter o máximo de cuidado, imparcialidade e zelo na
e) “dependendo de”, “sujeito a” ou “irregular quanto a”. realização dos trabalhos e na exposição das
conclusões.
57. Um pedido de confirmação que demonstra a b) Prevenir e detectar todas as fraudes e erros ocorridos
composição dos valores a receber, porém dispensa a na entidade são responsabilidade primária do auditor
resposta do destinatário caso não haja discordâncias, interno.
denomina-se: c) A amplitude do trabalho e a responsabilidade do
a) Pedido de confirmação positivo. auditor interno limitam-se á sua área de atuação.
b) Pedido de confirmação positivo – preto. d) Formar equipe de auditoria interna composta por
c) Pedido de confirmação negativo – branco. pessoas com capacitação profissional requerida nas
d) Pedido de confirmação negativo. circunstâncias.
e) Pedido de confirmação opcional – branco. e) Prestar assessoria ao Conselho Fiscal ou órgão
equivalente, cabe ao auditor interno, quando solicitado.
58. O auditor constatou que dividendos distribuídos pela
Controlada “B” foram registrados como Receitas 20. A certificação da existência e idoneidade dos
Operacionais na apuração do resultado da Controladora critérios. para identificar, classificar e mensurar dados
“A”. Considerando que a Controladora “A” adota o relevantes das operações das unidades auditadas faz
método de equivalência patrimonial para o investimento parte dos objetivos do auditor governamental quando
na Controlada “B”: realiza:
a) O procedimento adotado pela Controladora “A” está a) Exames de transações subseqüentes.
correto e não cabe nenhum ajuste no resultado desta. b) Exames de confirmações de saldos.
c) Revisão analítica de auditoria.
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d) Testes substantivos de auditoria. 28. Indique, nas opções abaixo, qual o procedimento de
e) Avaliação dos controles internos. auditoria mais eficaz para o auditor independente das
demonstrações contábeis certificar-se da razoabilidade
21. A realização de exames preliminares pelo auditor. a dos valores debitados no resultado do exercício, a título
respeito da natureza e característica das áreas, de despesas de amortização do ativo diferido:
operações. programas e dos recursos a serem a) Cálculo.
auditados, tem por finalidade: b) Inspeção.
a) Avaliar a capacidade e efetividade dos sistemas de c) Revisão Analítica.
controles internos contábeis. d) Observação.
b) Verificar se os procedimentos asseguram o e) Circularização.
cumprimento das diretrizes da administração.
c) Obter os elementos necessários ao planejamento dos Gabarito:
trabalhos de auditoria. 17 B - 20 E - 21 C - 22 E - 23 D - 25 B - 26 E - 27 C - 28
d) Coletar evidências para o objetivo primeiro da A
auditoria de buscar irregularidades.
e) Constatar evidências da ocorrência de transações e AFRF 2000
eventos subseqüentes relevantes.
01 - De acordo com a NBC-T-10 – Dos Aspectos
22. A determinação precisa dos objetivos da auditoria, Contábeis Específicos em Entidades Diversas, na
bem como a identificação do universo a ser examinado elaboração de demonstrações contábeis pelas
são algumas das exigências básicas para a elaboração entidades sem fins lucrativos, a conta Capital deve ser
de um adequado: substituída pela expressão:
a) Plano de amostragem estatística. a) Dotação dos Patrocinadores.
b) Plano de contingências de auditoria. b) Capital Filantrópico.
c) Programa de risco de auditoria. c) Dotação Inicial.
d) Sistema de controles internos. d) Patrimônio Social.
e) Programa de trabalho de auditoria. e) Patrimônio Filantrópico.

23. A documentação preparada pelo auditor 02 - A republicação das demonstrações contábeis não
independente de demonstrações contábeis ou fornecida será necessária, conforme a NBC-T-6 - Da Divulgação
a este, por intermédio de informações em meios das Demonstrações Contábeis quando:
eletrônicos, por exemplo que se constituem em a) forem elaboradas em desacordo com os princípios
evidências de auditoria é conhecida como: fundamentais de contabilidade.
a) Relatórios de Auditoria. b) forem elaboradas apenas com infringência de normas
b) Circularizações Eletrônicas. de organismos reguladores.
c) Técnicas Assistidas por Computador. c) não forem divulgados informações relevantes para o
d) Papéis de Trabalho. correto entendimento das demonstrações contábeis.
e) Programas de Auditoria de Sistemas. d) as informações constantes nas demonstrações
contábeis forem consideradas insuficientes para o seu
25. Para conseguir o nível de confiança desejado com correto entendimento.
menores amostras, a melhor técnica estatística que o e) a assembléia de sócios acionistas alterar a
auditor pode utilizar é a: destinação de resultado proposto pela administração da
a) Amostragem por Intervalo. entidade.
b) Amostragem por Estratificação.
c) Amostragem por Julgamento. 03 - Constitui infringência ao Código de Ética
d) Tabela de Números Aleatórios. Profissional do Contabilista e, portanto, é vedado ao
e) Amostragem Exploratória. auditor independente de demonstrações contábeis no
desempenho de suas funções:
26. O pedido de confirmação de dados que o auditor a) Valer-se de agenciador de serviços, mediante
utiliza quando a resposta for necessária somente em participação desse no montante de honorários
caso de discordância da pessoa de quem se quer obter profissionais estabelecidos para a contratação.
tal confirmação denomina-se: b) Transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro
a) Positivo. contabilista, mesmo com a anuência do cliente, por
b) Branco. escrito.
c) Preto. c) Transferir parcialmente a execução dos serviços a
d) Relativo. seu cargo a outro contabilista, mantendo, porém,
e) Negativo. sempre como sua a responsabilidade técnica.
d) Comunicar ao cliente, em documento reservado,
27. Com base no orçamento de receitas e despesas eventual circunstância adversa que possa influir na
elaborado pela entidade auditada, cobrindo o exercício decisão de contratação dos seus serviços profissionais.
social das demonstrações contábeis sob exame, o e) Indicar títulos, especializações, serviços oferecidos,
auditor independe verificou o comportamento em trabalhos realizados e relação de clientes.
relação aos valores efetivamente realizados. O
procedimento de auditoria aplicado nessa situação foi:
a) Cálculo.
b) Inspeção.
c) Revisão Analítica.
d) Investigação e Confirmação.
e) Observação.
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04 - Ao definir a responsabilidade do auditor 08 - Assinale a circunstância que requer modificação


independente de demonstrações contábeis quanto a relevante no Relatório de Revisão Especial das
fraudes e erros, o Conselho Federal de Contabilidade Informações Trimestrais (ITR), emitido pelo auditor
entende que: independente:
a) O auditor é responsável pela prevenção de fraudes a) Falta de observação das contagens físicas dos
ou erros, de efeitos relevantes nas demonstrações estoques.
contábeis da entidade auditada. b) Omissão de fatos relevantes nas notas explicativas.
b) O auditor não é responsável nem pode ser c) Não-obtenção de respostas de circularizações de
responsabilizado pela prevenção de fraudes ou erros clientes.
relevantes nas demonstrações contábeis. d) Falta de aplicação de testes de comprovação de
c) O auditor é responsável pela detecção de fraudes ou transações.
erros incorridos, independentemente dos valores e) Não-obtenção de respostas de circularizações de
monetários envolvidos. advogados.
d) Ao detectar a fraude o auditor tem a obrigação de
comunicar a administração da entidade auditada e 09 - O Conselho Federal de Contabilidade entende que
ressalvar o seu parecer. a continuidade normal das atividades da entidade
e) A sugestão de medidas corretivas de fraudes ou erros auditada fica evidente:
não é responsabilidade do auditor, bastando ressalvar a) 6 meses após a data das demonstrações contábeis.
seu parecer. b) 6 meses após a data da emissão do parecer.
c) 1 ano após a data das demonstrações contábeis.
05 - Assinale a opção que não representa um dever do d) 1 ano após a data da emissão do parecer.
auditor independente, de acordo com a Instrução no e) 1 mês após a data da assembléia de acionistas.
308/99, da Comissão de Valores Mobiliários:
a) Comunicar à Comissão de Valores Mobiliários, no 10 - A conclusão quanto à ocorrência efetiva de uma
prazo de vinte dias, a substituição por outro auditor, com transação contábil é um dos objetivos do auditor para a
justificativa e anuência da mudança. aplicação dos:
b) Verificar se as informações financeiras do relatório da a) testes de cálculos.
administração estão em consonância com as b) testes de observância.
demonstrações contábeis auditadas. c) testes de abrangência.
c) Elaborar e encaminhar à administração relatório d) testes substantivos.
circunstanciado que contenha observações a respeito e) testes de procedimentos.
de deficiências dos controles internos.
d) Indicar os efeitos no dividendo obrigatório e no lucro 11 - O pedido de confirmação (circularização) no qual o
ou prejuízo por ação, sempre que emitir parecer de auditor solicita que o destinatário responda apenas se a
auditoria com ressalva ou adverso. informação está errada é usualmente denominado na
e) Verificar se as demonstrações contábeis e o parecer atividade de auditoria independente:
de auditoria foram divulgados nos jornais em que seja a) Positivo.
obrigatória a sua publicação. b) Em branco.
c) Negativo.
06 - A possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião d) Em preto.
tecnicamente inadequada sobre demonstrações e) Com divergência.
contábeis significativamente incorretas é denominada:
a) Risco de detecção. 12 - Para verificar a existência, efetividade e
b) Risco de auditoria. continuidade dos controles internos da entidade, o
c) Risco inerente. auditor independente de demonstrações contábeis
d) Risco de controle. aplica:
e) Risco sistêmico. a) Testes substantivos.
b) Testes de observância.
07 - As informações que serviram de base para o último c) Testes de revisão analítica.
parecer sobre demonstrações contábeis emitido pelo d) Testes de abrangência.
auditor independente que tenha sido precedido: e) Testes de conferência de cálculos.
a) Não podem ser divulgadas para o auditor sucessor,
em nenhuma circunstância, sob pena de quebra de 13 - O procedimento de auditoria de verificação do
sigilo profissional. comportamento de valores relevantes, mediante índices,
b) Devem ser divulgadas para o auditor sucessor, quocientes e outros meios, visando identificar
independente de autorização da entidade auditada, tendências ou situações anormais, denomina-se:
conforme determinam as normas. a) Revisão analítica.
c) Podem ser divulgadas para o auditor sucessor, desde b) Observação.
que o Conselho Regional de Contabilidade autorize c) Investigação e confirmação.
formalmente. d) Conferência de cálculo.
d) Podem ser divulgadas para o auditor sucessor, desde e) Inspeção.
que a entidade auditada autorize previamente, por
escrito. 14 - A técnica de amostragem estatística em que se
e) Devem ser compulsoriamente divulgadas para o divide a população em subgrupos homogêneos,
auditor sucessor, sob pena de este emitir parecer com visando, por exemplo, diminuir o tamanho da amostra é
ressalva por limitação de escopo. denominada:
a) amostragem por conglomerado.
b) amostragem sistemática.
c) amostragem estratificada.
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d) amostragem por julgamento. b) entre as datas do balanço e a de publicação nos


e) amostragem não-probabilística. jornais.
c) entre as datas do balanço e a de emissão do seu
15 - O conjunto de parâmetros formado pela confiança, parecer.
precisão, desvio-padrão da população e tamanho da d) somente até 30 dias após a data de encerramento do
população determina o: balanço.
a) Desvio-padrão normal. e) somente até a data de conclusão dos exames de
b) Intervalo de confiança. passivos.
c) Erro-padrão da média.
d) Tamanho da amostra. 21 - Para certificar-se que direitos de crédito
e) Gerador de números aleatórios. efetivamente existem em determinada data, o auditor
independente utiliza, principalmente, o procedimento de:
16 - O termo estatístico que define o maior valor que um a) conferência de cálculo dos créditos.
auditor poderia considerar irrelevante na auditoria de b) observação de processo de controle.
uma determinada rubrica contábil denomina-se: c) inspeção de ativos tangíveis.
a) Desvio-padrão. d) confirmação junto aos devedores.
b) Precisão. e) revisão analítica dos recebíveis.
c) Variância.
d) Intervalo de confiança. 22 - A confirmação de assinaturas autorizadas é um
e) Erro-padrão. procedimento usual de auditoria aplicado:
a) nos Investimentos.
17 - Assinale a afirmativa falsa. b) nas Contas a Receber.
a) A auditoria interna constitui o conjunto de c) nas Contas a Pagar.
procedimentos técnicos que examina a integridade, d) no Ativo Imobilizado.
adequação e eficácia dos controles internos da e) no Disponível.
entidade.
b) A auditoria interna é de competência exclusiva de 23 - A auditoria das doações e subvenções para
Contador, devidamente registrado em Conselho investimentos é realizada na seguinte área do balanço:
Regional de Contabilidade. a) Despesas Antecipadas.
c) Os trabalhos do auditor interno não podem ser b) Ativo Diferido.
utilizados pelo auditor de demonstrações contábeis, c) Contas a Pagar.
para não afetar a independência deste último. d) Patrimônio Líquido.
d) O auditor interno pode obter provas suficientes para e) Receitas e Despesas.
fundamentar suas opiniões através da aplicação de
testes substantivos. 24 - Assinale a opção que não representa uma
e) O auditor interno tem como obrigação assessorar a obrigação do auditor, segundo a NBC-T-1 – Normas de
administração no trabalho de prevenção de fraudes e Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis:
erros. a) empregar técnicas de amostragem estatística.
b) confirmar valores expressivos de contas a pagar.
18 - No processo de avaliação do sistema contábil e de c) confirmar valores expressivos de contas a receber.
controles internos, o auditor pode constatar d) avaliar o sistema contábil e de controles internos.
necessidades de aprimoramentos. Nessa circunstância, e) acompanhar inventário físico de itens de valor
o auditor independente: expressivo.
a) não deve fazer sugestões de maneira formal, tão-
somente verbal. 25 - A empresa auditada possui investimento
b) pode efetuar sugestões relevantes para o permanente relevante em subsidiária integral. O
aprimoramento do sistema. principal procedimento de auditoria aplicável é:
c) está impedido de efetuar sugestões de qualquer a) conferência do cálculo da correção monetária
espécie. integral.
d) não pode efetuar sugestões, sob pena de perder a b) conferência do cálculo de equivalência patrimonial.
independência. c) confirmação dos investimentos através de
e) deve efetuar sugestões objetivas para tais circularizações.
aprimoramentos. d) acompanhamento de inventário físico das cautelas de
ações.
19 - A estrutura organizacional da entidade e os e) exame dos subsídios recebidos para investimentos.
métodos de delegação de autoridade e responsabilidade
devem ser considerados pelo auditor independente na: 26 - Assinale o melhor procedimento técnico de
a) avaliação dos procedimentos de controle. auditoria para certificar a adequação do saldo contábil
b) avaliação da continuidade operacional. da depreciação acumulada:
c) avaliação do ambiente de controle. a) Inspeção.
d) verificação das transações com partes relacionadas. b) Observação.
e) verificação das contingências trabalhistas. c) Investigação e Confirmação.
d) Revisão Analítica.
20 - O auditor deve considerar em seu parecer os e) Cálculo.
efeitos de transações e eventos subseqüentes
relevantes ocorridos:
a) entre as datas do balanço e a de convocação da
assembléia de acionistas.

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27 - A confirmação, por escrito, de um fornecedor que 2. Assinale a opção que não encontra amparo na NBC-
mantém estoques da empresa auditada em seu poder P-3 – Normas Profissionais do Auditor Interno:
na data-base do balanço: a) A amplitude do trabalho desenvolvido pelo auditor
a) É um procedimento que não deve ser aplicado na interno e sua responsabilidade estão limitadas à sua
auditoria contábil de estoques. área de atuação.
b) Não pode ser aceito pelo auditor como prova de b) Quando solicitado, cabe ao auditor interno prestar
propriedade e existência do ativo. assessoria ao Conselho Fiscal ou aos órgãos
c) Deve obrigatoriamente ser validado com a realização equivalentes da entidade.
de inspeção física no local. c) O dever de manter sigilo encerra-se cinco anos após
d) É um procedimento usual de auditoria independente terminado o vínculo empregatício ou contratual do
das demonstrações contábeis. auditor interno.
e) Deve gerar uma ressalva no parecer dos auditores e d) O auditor interno pode realizar trabalhos de forma
constar das notas explicativas. compartilhada com profissionais de outras áreas da
entidade que o emprega.
28 - Uma circunstância que impede o auditor de emitir e) Desde que autorizado pela administração da
um parecer sem ressalva é: entidade, o auditor interno pode apresentar os seus
a) Chance remota de não realizar um ativo. papéis de trabalho ao auditor independente.
b) Limitação da extensão do seu trabalho.
c) Capacidade de a entidade auditada continuar suas 3. A técnica de auditoria utilizada na obtenção de
operações. declaração formal e independente de pessoas não
d) A entidade acatar os desvios apurados pelo auditor. ligadas à entidade auditada denomina-se:
e) Discordância quanto à prática contábil de efeito a) circulação.
irrelevante. b) carta de conforto.
c) carta gerencial.
29 - Quando a chance de uma entidade incorrer em um d) circularização.
passivo for provável, mas o montante não puder ser e) carta de responsabilidade da administração.
razoavelmente estimado, o auditor deverá emitir
parecer: 4. Os procedimentos de auditoria mais eficazes para
a) Com ressalva. detectar a omissão de passivos nas demonstrações
b) Restritivo. contábeis são:
c) Adverso. a) exame das conciliações bancárias e análise das
d) Com opinião qualificada. pendências relevantes.
e) Com parágrafo de ênfase. b) confirmação de contas a pagar e inventário físico de
mercadorias.
30 - Assinale a opção que contenha demonstrativos c) exames de pagamentos subseqüentes e inventário
divulgados pelas companhias abertas no Brasil e que físico de mercadorias.
devem ser, obrigatoriamente, objeto da opinião de d) análise da composição dos saldos de fornecedores e
auditores independentes, de acordo com a legislação outras contas a pagar.
societária. e) confirmação de contas a pagar e exames de
a) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do pagamentos subseqüentes.
Exercício e Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos. 5. No acompanhamento dos inventários físicos de
b) Balanço Patrimonial, Balanço Social e Demonstração estoques de materiais, o auditor observou a existência
do Resultado do Exercício. de diversos itens obsoletos. Qual procedimento deve
c) Balanço Patrimonial, Balanço Social e Demonstração adotar?
das Origens e Aplicações de Recursos. a) Propor a imediata baixa dos estoques para despesas
d) Demonstração do Resultado do Exercício, não-operacionais.
Demonstração do Valor Adicionado e Demonstração do b) Propor reclassificação dos itens para outros valores a
Fluxo de Caixa. receber.
e) Balanço Social, Demonstração do Valor Adicionado e c) Propor a imediata baixa dos estoques para o custo
Demonstração do Fluxo de Caixa. dos produtos vendidos.
d) Propor a constituição de provisão para perdas em
Gabarito: estoques.
01 D – 02 E – 03 A – 04 B – 05 A – 06 B – 07 D – 08 B – e) Propor a constituição de provisão de créditos de
09 C – 10 D – 11 C – 12 B – 13 A – 14 C - 15 D liquidação duvidosa.
16 B – 17 C – 18 E – 19 C – 20 C – 21 D – 22 E – 23 –
D – 24 A – 25 B – 26 E – 27 D – 28 B - 29 E – 30 A 6. O tipo de amostragem indicado nos casos de
pesquisa de fraudes é:
AFC/CGU 2000 a) amostragem por estratificação.
b) amostragem por intervalo.
1. Os procedimentos de revisão analítica pertencem ao c) amostragem exploratória.
conjunto de: d) amostragem aleatória simples.
a) testes de observância. e) amostragem por julgamento.
b) testes substantivos.
c) testes de transações e saldos. Gabarito:
d) testes de controle interno. 01 B – 02 C – 03 D – 04 E – 05 D – 06 C
e) testes de inventários físicos.

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AFCE/TCU 2000 42. Assinale a opção que não representa um objetivo


dos testes substantivos, conforme a Resolução CFC no
49- Entre as assertivas abaixo, indique a que não 700/91:
encontra amparo na NBC T 11 – IT – 02 – Papéis de a) Constatar a existência de um componente patrimonial
Trabalho e Documentação de Auditoria: em certa data.
a) Os papéis de trabalho devem ser guardados pelo b) Comprovar que todas as transações do período estão
prazo de 5 anos, a partir da data de emissão do parecer registradas.
sobre as demonstrações contábeis. c) Verificar a existência, efetividade e continuidade dos
b) A critério do auditor independente, partes ou excertos controles internos.
dos papéis de trabalho podem ser postos à disposição d) Certificar que os itens estão apresentados e
da entidade auditada. divulgados adequadamente.
c) As cartas de responsabilidade da administração não e) Verificar se as transações estão registradas pelos
integram o conjunto de papéis de trabalho do auditor montantes corretos.
das demonstrações contábeis.
d) O auditor pode usar quaisquer documentos 43. Os três componentes básicos do Risco de Auditoria
preparados pela entidade, desde que avalie sua são:
consistência e se satisfaça com seu conteúdo. a) risco da amostragem, risco dos procedimentos e risco
e) No caso de auditorias realizadas em vários períodos da materialidade.
consecutivos, alguns papéis de trabalho, desde que b) risco de fraude, risco de erro e risco de omissão.
atualizados, podem ser reutilizados. c) risco de planejamento, risco de supervisão e risco de
execução.
Gabarito: 49 - C d) risco do ambiente, risco de sistemas e risco do
parecer.
AFCE/TCU 1999 e) risco inerente, risco de controle e risco de detecção.

44. Conforme determinação da NBC T 11, os papéis de 44. O estudo e a avaliação do sistema contábil e de
trabalho de auditoria são de propriedade exclusiva do controles internos, realizados por auditor independente
(da): de demonstrações contábeis, têm como principal
a) entidade auditada, que detém a responsabilidade finalidade:
pela guarda e divulgação dos mesmos. a) determinar a natureza, oportunidade e extensão da
b) auditor, que também é responsável pela sua guarda e aplicação dos procedimentos de auditoria.
sigilo. b) identificar falhas e oportunidades de melhorias dos
c) auditor, que também é responsável pela autorização controles, para oferecer sugestões à entidade.
de sua divulgação. c) detectar fraudes e erros, que possam ocasionar
d) entidade auditada, que também é responsável pela efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.
sua guarda e sigilo. d) documentar, através de fluxogramas ou memorandos
e) auditor, que poderá autorizar o uso das informações descritivos, o funcionamento dos sistemas.
por terceiros quando relevantes. e) obter evidências que assegurem a continuidade
normal dos negócios da entidade auditada.
45. Entre os fatores a serem considerados pelo auditor
na determinação da amostra, além da população objeto 45. Ao identificar matéria envolvendo incerteza relevante
da amostra, estão: não adequadamente divulgada nas demonstrações
a) erro eventual, risco de amostragem e estratificação contábeis ou notas explicativas, o auditor independente
da amostra. deve emitir parecer:
b) consistência, erro esperado, risco de amostragem e a) contendo um parágrafo de ênfase sobre o assunto.
tamanho da amostra. b) com ressalva ou opinião adversa.
c) risco de amostragem, homogeneidade e estratificação c) com abstenção de opinião ou não emiti-lo.
da amostra. d) sem ressalvas ou pleno.
d) risco de amostragem, erro tolerável e estratificação e) com a expressão “sujeito a”.
da amostra.
e) risco de amostragem, inconsistência e estratificação 46. São demonstrações contábeis obrigatórias:
da amostra. a) Balanço Patrimonial, Demonstração das Mutações
Patrimoniais e Demonstração do Resultado do
Gabarito: 44 B - 45 D Exercício.
b) Demonstração de Resultado de Exercício, Balanço
Auditor do Tesouro Municipal de Fortaleza 1998 Social e Demonstração das Mutações Patrimoniais.
c) Demonstração de Resultado de Exercício, Notas
41. De acordo com a Resolução CFC no 700/91, a Explicativas e Demonstração de Lucros Acumulados.
obtenção de informações junto a pessoas ou entidades, d) Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos,
externas ou internas, conhecedoras de determinadas Balanço Patrimonial e Notas Explicativas.
transações ou eventos da entidade auditada, é um e) Demonstração das Origens e Aplicações de
procedimento técnico de auditoria denominado: Recursos, Demonstração de Lucros Acumulados e
a) testes de observância. Balanço Social.
b) revisão analítica.
c) transações com partes relacionadas. Gabarito:
d) investigação e confirmação. 41 D - 42 C - 43 E - 44 A - 45 B - 46 A
e) carta de responsabilidade da administração.

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AFTN 1998 b) O auditor, no exercício de sua atividade, deverá


comprovar a participação em programas de educação
01 - Alguns dos Princípios Fundamentais de continuada.
Contabilidade enunciados pela Resolução CFC nº c) O auditor, para poder exercer sua atividade, deverá
750/93, do Conselho Federal de Contabilidade, são: submeter-se a exame de competência profissional.
a) Entidade, Continuidade e Regime de Caixa. d) A utilização do trabalho de contador, na função de
b) Oportunidade, Competência e Depreciação. auditor interno, não modifica a responsabilidade do
c) Registro pelo Valor Original e Essência e Forma. auditor.
d) Prudência, Oportunidade e Reavaliação de Ativos. e) O auditor deve planejar seu trabalho de forma a
e) Atualização Monetária, Entidade e Continuidade. detectar fraudes e erros que impliquem efeitos
relevantes nas demonstrações contábeis.
02 - Segundo a NBC-P-1 – Normas Profissionais do
Auditor Independente, o estabelecimento de honorários 07 - O dever do auditor independente de demonstrações
condicionados à natureza dos trabalhos contratados: contábeis de emitir relatório circunstanciado específico a
a) deve constar na carta de responsabilidade da respeito do descumprimento de normas legais e
administração. regulamentares é previsto formalmente na:
b) deve ser objeto de divulgação nas notas explicativas a) NBC-T-11 – Normas de Auditoria Independente das
do balanço. Demonstrações Contábeis.
c) deve constar na carta-proposta ou documento b) NPA - 02 – Procedimentos de Auditoria Independente
equivalente do auditor. de Instituições Financeiras e Entidades Equiparadas.
d) resulta em perda efetiva ou aparente da c) NPA - 06 – Revisão Especial das Informações
independência do auditor. Trimestrais das Companhias Abertas.
e) compõe um dos aspectos do sigilo profissional por d) NBC-P-1 – Normas Profissionais de Auditor
ser mantido. Independente.
e) NPA - 10 – Diretrizes Básicas sobre Controle Interno
03 - Segundo a NBC-P-1 – Normas Profissionais do de Qualidade para Auditores Independentes.
Auditor Independente, o conjunto de documentos que
compõe os papéis de trabalho desse profissional deve 08 - A obtenção de informações junto a pessoas ou
ser guardado pelo prazo de: entidades, para confirmação de transações, conhecida
a) 4 anos, a partir da data-base da auditoria. na atividade de auditoria como "circularização", pode ser
b) 5 anos, a partir da data-base da auditoria. de dois tipos, quanto à forma de resposta:
c) 3 anos, a partir da data da emissão do parecer. a) branca e preta.
d) 4 anos, a partir da data da assembléia de acionistas. b) aberta e fechada.
e) 5 anos, a partir da data da emissão do parecer. c) positiva e negativa.
d) interna e externa.
04 - Os procedimentos de auditoria que têm por e) ativa e passiva.
finalidade obter evidências quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de 09 - A conclusão sobre a adequada mensuração,
contabilidade da entidade são denominados testes: apresentação e divulgação das transações econômico-
a) de observância. financeiras, em consonância com os Princípios
b) de controle. Fundamentais de Contabilidade, é um dos objetivos dos:
c) substantivos. a) testes de observância.
d) de aderência. b) testes de procedimentos.
e) de existência. c) procedimentos de confirmação.
d) testes substantivos.
05 - De acordo com a NBC-P-1 – Normas Profissionais e) procedimentos de inspeção.
de Auditor Independente, ao estabelecer e documentar
seus honorários, o auditor incorre em infringência ao 10 - No exame das demonstrações contábeis de uma
Código de Ética do Contabilista quando: entidade, o risco de continuidade normal das atividades
a) omite os tipos de relatórios de auditoria previstos por desta deve ser objeto de atenção dos auditores
serem emitidos. independentes. Assinale a opção que não representa
b) define prazo para realização dos serviços de auditoria indicadores deste tipo de risco.
contratados. a) empréstimos e financiamentos de curto prazo.
c) fixa os honorários com base em estimativa de horas b) índices financeiros adversos de forma contínua.
por serem gastas. c) incapacidade de devedores na data do vencimento.
d) omite a data de validade da proposta comercial de d) dificuldades de acertos com credores.
prestação de serviços. e) passivo a descoberto.
e) determina a forma como os custos de viagens e
estadas serão reembolsados. 11 - Assinale a opção que não encontra amparo na
NBC-T-11 – Normas de Auditoria Independente das
06 - Entre as assertivas abaixo, indique aquela que não Demonstrações Contábeis (Resolução CFC n0 820/97):
se configura como responsabilidade ou dever do auditor a) A amostra de auditoria pode ser feita por seleção
independente, previsto nas normas de auditoria do casual, a critério do auditor, baseado em sua
Conselho Federal de Contabilidade: experiência.
a) O uso de trabalho de especialista, empregado da b) A amostra de auditoria pode ser por seleção
entidade auditada, restringe a responsabilidade do sistemática, observando intervalo constante entre
auditor à sua competência. transações.
c) A estratificação e o tamanho são alguns fatores que
devem ser considerados para determinar a amostra.
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d) A amostra de auditoria selecionada deve ter uma 17 - Assinale a opção que não representa um aspecto
relação direta com o volume de transações realizadas. relevante, previsto na NBC-T-11 – Normas de Auditoria
e) O auditor deve empregar métodos de amostragem Independente das Demonstrações Contábeis
estatística para seleção de itens por serem testados. (Resolução CFC n0 820/97), por ser considerado na
avaliação do ambiente de Controle de uma entidade,
12 - Os planos de amostragem probabilística, que para determinação do risco de auditoria das
pressupõem a disposição dos itens de uma população demonstrações contábeis:
em subgrupos heterogêneos representativos da a) Integridade e experiência da administração.
população global, é do tipo: b) Estrutura organizacional e métodos de administração.
a) amostragem aleatória. c) Normas para inventário e conciliação de contas.
b) amostragem sistemática. d) Sistema de aprovação e registro das transações.
c) amostragem estratificada. e) Políticas de pessoal e segregação de funções.
d) amostragem por julgamento.
e) amostragem por conglomerado. 18 - Os procedimentos de auditoria de conferência de
cálculo da equivalência patrimonial aplicam-se às contas
13 - Assinale a opção correta: contábeis que registram:
a) A utilização de trabalho de especialistas provoca a) capital social subscrito e integralizado.
perda de autonomia do auditor interno. b) investimentos permanentes relevantes em
b) De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, controladas.
auditoria interna é atribuição privativa de contadores. c) capital social subscrito e a subscrever.
c) O auditor interno não deve prestar assessoria ao d) importação de bens do imobilizado em andamento.
Conselho Fiscal ou órgãos equivalentes do empregador. e) investimentos temporários em ações de empresas.
d) O dever de manter sigilo encerra-se 3 anos após
terminado o vínculo empregatício do auditor interno. 19 - Assinale a opção abaixo que não corresponde a um
e) O conhecimento da execução orçamentária não é um procedimento geralmente empregado na auditoria das
fator relevante para os trabalhos do auditor interno. disponibilidades financeiras das entidades.
a) confirmação de assinaturas autorizadas.
14 - As transações e eventos econômicos relevantes b) análise do fluxo de caixa projetado.
ocorridos após a data-base de encerramento das c) contagem de fundo fixo de caixa.
demonstrações contábeis: d) confirmação de contas bancárias paralisadas.
a) não devem ser considerados pelo auditor no seu e) exame documental dos avisos bancários.
parecer, em nenhuma circunstância.
b) não obedecem ao regime de competência e, portanto, 20 - O procedimento técnico de confirmação não se
não têm reflexo no balanço. aplica nos exames de auditoria de:
c) somente devem constar de notas explicativas às a) reavaliação de imobilizado.
demonstrações contábeis. b) saldos de fornecedores.
d) devem ser objeto de ressalva ou ênfase, quando não c) saldos de clientes.
ajustadas ou reveladas adequadamente. d) cobertura de seguros.
e) devem constar como parágrafo de ênfase no parecer e) passivos contingentes.
dos auditores, em qualquer situação.
21 - O auditor realiza o procedimento técnico de
15 - O processo que tem por finalidade, entre outras, inspeção para:
proporcionar à empresa uma razoável garantia de a) verificação do comportamento de valores relevantes.
promover eficácia nas suas operações é denominado: b) acompanhamento de processos, no momento da
a) auditoria operacional e financeira. execução.
b) sistema contábil e de controle interno. c) conferência da exatidão aritmética de documentos e
c) auditoria das demonstrações contábeis. registros.
d) supervisão e controle de qualidade. d) exame de registros, documentos e de ativos
e) sistema de orçamento e gastos. tangíveis.
e) obtenção de informações junto a terceiros.
16 - Assinale a opção que não representa um fator por
ser considerado pelo auditor independente no estudo e 22 - Assinale a opção que apresenta um procedimento
avaliação do sistema contábil e de controle interno: não aplicável à auditoria dos estoques de materiais de
a) A existência de entidades associadas e partes uma entidade:
relacionadas. a) Coordenação e responsabilidade pela realização de
b) O grau de envolvimento da auditoria interna, se contagens físicas.
existente. b) Revisão preliminar das instruções de inventário físico.
c) O tamanho e complexidade das atividades da c) Exame do "corte" dos documentos de movimentação
entidade. dos estoques.
d) O grau de descentralização de decisão adotado pela d) Verificação da existência de penhoras e/ou hipotecas
administração. de itens.
e) As áreas de risco de auditoria. e) Confirmação de materiais em poder de terceiros.

23 - Entre as diversas obrigações do auditor


independente de demonstrações contábeis consta:
a) elaborar as notas explicativas às demonstrações
contábeis.
b) opinar sobre o conteúdo do relatório da
administração.
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c) emitir relatório formal de recomendações. 30- Uma limitação relevante na extensão do trabalho do
d) elaborar fluxogramas dos sistemas de controle auditor independente pode implicar a emissão de dois
interno. tipos de parecer:
e) obter carta de responsabilidade da administração. a) com ressalva ou adverso.
b) com ressalva ou com abstenção de opinião.
24 - As normas de auditoria independente preconizam c) com ressalva ou com parágrafo de ênfase.
que a relevância deve ser considerada pelo auditor: d) com abstenção de opinião ou adverso.
a) em montante que não ultrapasse 5% do ativo total da e) com parágrafo de ênfase ou adverso.
entidade auditada.
b) em montante que não ultrapasse 5% do resultado Gabarito
líquido do exercício. 01 E – 02 C – 03 E – 04 C – 05 A – 06 A – 07 B – 08 C
c) na determinação da natureza, oportunidade e – 09 D – 10 A – 11E – 12 E – 13 B – 14 D – 15 B
extensão dos procedimentos de auditoria. 16 A – 17 A – 18 B – 19 B – 20 A – 21 D – 22 A – 23 E –
d) em função do risco de auditoria, determinado por 24 C – 25 B – 26 E – 27 C – 28 C – 29 D – 30 B
amostragem estatística.
e) após avaliar o sistema contábil e de controles AFC 1997
internos da entidade.
1. A superavaliação da conta de Compras:
25 - Nos exames de auditoria das contas da a) tem como conseqüência a superavaliação do Lucro
demonstração de resultados, os seguintes Bruto sobre Vendas.
procedimentos técnicos não são usualmente aplicados b) pode ser evidenciada através de cartas de
pelos auditores: confirmação de saldo dos clientes da empresa.
a) inspeção e cálculo. c) pode ser originada em registros a menor dos
b) confirmação e observação. documentos de compra.
c) conferência de cálculo e registros. d) pode ser originada em devolução de compras não
d) revisão analítica e inspeção. registrada.
e) revisão analítica e cálculo. e) é irrelevante na apuração dos resultados do
exercício.
26 - A opinião do auditor independente não deverá
conter ressalva, no caso de omissão de apresentação 2. Na aplicação dos testes de observância e
ou divulgação inadequada nas demonstrações substantivos, o auditor deve considerar os seguintes
contábeis e/ou nas suas notas explicativas, da seguinte procedimentos técnicos:
informação: a) inspeção, revisão analítica e existência do
a) restrições estatutárias sobre dividendos. componente patrimonial.
b) existência de acordo de acionistas e suas bases. b) abrangência, revisão analítica e existência do
c) contratos relevantes de compromissos de compras. componente patrimonial.
d) transações e saldo com sociedades coligadas. c) inspeção, revisão analítica, investigação e
e) planejamento estratégico para o próximo exercício. confirmação.
d) inspeção, revisão analítica e obediência aos
27 - A incerteza quanto à realização de um ativo princípios fundamentais.
mensurado em bases razoáveis e considerado relevante e) obediência aos princípios fundamentais e a exatidão
para as demonstrações contábeis da entidade auditada aritmética dos dados.
implica a emissão de:
a) parecer com parágrafo de ênfase. 3. A responsabilidade do auditor independente, quando
b) parecer sem ressalva. realiza seu trabalho, em entidades que possuem
c) parecer com ressalva ou adverso. auditoria interna que contribuem significativamente para
d) parecer com abstenção de opinião. a execução de seus trabalhos:
e) relatório de recomendações. a) é totalmente modificada.
b) não será alterada.
28 - O exame das demonstrações contábeis de c) torna-se parcial.
sociedades controladas e/ou coligadas, relevantes, por d) fica reduzida.
outros auditores independentes, implica a seguinte e) não é abrangente.
obrigação para o auditor da sociedade controladora:
a) ressalvar seu parecer, por esse fato. 4. Assinale o que não constitui fator relevante na
b) emitir parecer com parágrafo de ênfase. execução dos trabalhos de auditoria interna, segundo a
c) destacar esse fato no seu parecer. NBC-T-12 - da Auditoria Interna:
d) emitir parecer com abstenção de opinião. a) A natureza, a oportunidade e a extensão dos
e) não considerar esse fato no seu parecer. procedimentos de auditoria interna.
b) O conhecimento detalhado dos sistemas contábeis e
29 - No âmbito do serviço público, as normas relativas à dos controles internos da entidade.
opinião do auditor estabelecem os seguintes tipos de c) O conhecimento da execução orçamentária, tanto
parecer: operacional como de investimentos.
a) pleno, com ressalva e abstenção de opinião. d) O uso do trabalho de especialistas e de outros
b) sem ressalva, com restrição e com incerteza. auditores.
c) sem ressalva, com ressalva e adverso. e) Detecção de fraudes e erros que impliquem efeitos
d) pleno, restritivo e de irregularidade. financeiros e patrimoniais relevantes.
e) positivo, negativo e omissão de opinião.

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5. As informações que fundamentam os resultados de 2. Existem diversos pontos fortes em um sistema de


uma auditoria são denominadas: controle interno de estoque eficaz. Identifique a opção
a) parecer dos auditores. que não representa um ponto forte deste sistema de
b) relatórios de recomendações. controle interno:
c) evidências de auditoria. a) Utilização de coletas de preços para aquisições.
d) testes substantivos. b) Utilização de requisições de materiais para produção
e) informações confidenciais. e consumo.
c) Controle periódico dos estoques.
6. Assinale a opção que não constitui obrigação do d) Determinação do ponto mínimo de estoques.
auditor interno, de acordo com a NBC-T-12 - da e) Contagem rotativas, ou periódicas, de estoques.
Auditoria Interna:
a) Documentar todos os elementos significativos dos 3. A confirmação implica a obtenção de declaração
exames realizados. formal e isenta de pessoas independentes à Companhia
b) Adotar procedimentos que assegurem a identificação . Quais dos procedimentos abaixo não estão
de contingências relevantes. relacionados com os exames de confirmação:
c) Certificar-se da exatidão de documentos que integram a) Seleção criteriosa dos itens, por serem examinados
os seus papéis de trabalhos. através do procedimento de confirmação.
d) Examinar a observância das legislações tributárias, b) Controle dos pedidos de confirmação, por serem
trabalhistas e societária. despachados aos destinatários.
e) Empregar técnicas de amostragem estatística na c) Procedimento alternativo de verificação para as
determinação da extensão de testes de auditoria. respostas de confirmações não recebidas.
d) As respostas do pedido de confirmação devem ser
7. O auditor independente, segundo a NBC-T-11 - endereçados à empresa auditada.
Normas de Auditoria Independente das Demonstrações e) Confirmações obtidas pessoalmente, nos casos
Contábeis, emite parecer com ressalva ou opinião julgados apropriados pelo auditor.
adversa, quando:
a) discordar do conteúdo e/ou forma da apresentação 4. Sob o aspecto financeiro, indique a proteção que
das demonstrações contábeis auditadas. auditoria oferece à riqueza patrimonial:
b) a extensão do seu trabalho sofrer limitações que o a) Contribui para a redução da ineficiência e da
impeça de obter fundamentos para opinar. negligência.
c) ocorrer incerteza em relação a fatos relevantes b) Possibilita melhor controle dos bens, direitos e
adequadamente divulgados nas demonstrações obrigações.
contábeis. c) Assegura a maior exatidão dos custos e veracidade
d) as Demonstrações Contábeis não forem elaboradas dos resultados.
de acordo com os critérios fiscais vigentes. d) Resguarda créditos de terceiros, contra possíveis
e) a continuidade normal dos negócios da empresa fraudes.
auditada estiver ameaçada por prejuízos. e) Inibe a concorrência de fraudes e erros.

8. O procedimento técnico de confirmação junto a 5. As transações comerciais compreendem o repasse


terceiros conhecedores da transação, dentro ou fora da de propriedade de bens ou serviços prestados por
entidade auditada, é empregado comumente para: intermédio de documentação hábil, que acompanha e
a) conferência do cálculo da Provisão de Férias. atesta a idoneidade de sua realização. Quando o auditor
b) análise do comportamento das receitas de vendas. realizar o exame dos documentos originais, deve estar
c) coleta de preço de mercado de ativos circulantes. atento para:
d) evidência de estoques em poder de terceiros. a) Autenticidade, normalidade, aprovação e registro.
e) confirmar o valor do goodwill da empresa auditada. b) Autenticidade, normalidade, aprovação e clareza.
c) Autenticidade, aprovação e registro contábil.
Gabarito: d) Aprovação, clareza e natureza dos valores.
01 D – 02 C – 03 B – 04 E – 05 C – 06 E – 07 A – 08 D e) O fato de que somente o registro contábil é objeto de
atenção.
AFTN 1996
6: As normas de auditoria, independentemente das
1. Para a realização da contagem de caixa, o auditor demonstrações contábeis, definem e distinguem os
deverá tomar os cuidados necessários para que o termos "fraudes" e "erro". Assinale a opção que
resultado seja válido. Indique a opção que não contenha as características exclusivamente de um ou de
representa uma atitude de zelo do auditor: outro termo:
a) Realização de contagem sem prévio aviso. a) Atos involuntários de omissão, desatenção,
b) Obter declaração formal de devolução dos desconhecimento e manipulação de transações.
numerários contados . b) Atos voluntários de omissão, manipulação de
c) Anotações da contagem em papel de trabalho. transações e adulteração de registros.
d) Certificar-se do número de caixas existentes na c) Adulteração de documentos, desconhecimentos ou
empresa. má interpretação de fatos.
e) Dispensa da presença do responsável pelo caixa, no d) Desatenção, desconhecimento, atos voluntários de
ato da contagem. omissão ou má interpretação do fato.
e) Desconhecimento, desatenção e manipulação de
transações.

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7. Quando os valores componentes de um determinado e) Armazena evidências de erros e irregularidades


ativo forem julgados relevantes e expressivos para a cometidos.
auditoria contábil, os exames a serem realizados serão
confirmados através dos saldos de: 12. Procedimentos de auditoria são o conjunto de
a) Análise da escrituração contábil e das notas fiscais técnicas que permitem ao auditor obter evidência ou
originais. provas suficientes e adequadas para fundamentar sua
b) Cartas entregues e recebidas pessoalmente pelo opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas e
auditor. abrangem:
c) Confronto com posições obtidas dos controles a) Testes de observância e procedimentos de revisão
internos. analítica.
d) Levantamentos físicos e da segunda via da nota b) Testes de transações e saldos e testes substantivos.
fiscal. c) Testes de observância e testes substantivos.
e) Verificações físicas, cálculos e inspeções internas e d) Testes de transações e procedimentos de revisão
externas. analítica.
e) Teste substantivo e procedimento de revisão
8. Assinale a opção que representa um objetivo analítica.
exclusivo de auditoria das contas contábeis
representativas do Ativo Imobilizado de uma empresa: 13. Na auditoria das demonstrações contábeis, o auditor
a) Determinar a existência física e estado geral de deve efetuar o estudo e avaliação do sistema contábil e
conservação. de controles internos da entidade, com a finalidade
b) Determinar se pertence à empresa ou a terceiros. principal de:
c) Verificar se foram aplicados os princípios a) Determinar a natureza, oportunidade e extensão dos
fundamentais de contabilidade. procedimentos de auditoria.
d) Constatar e divulgar a existência de itens penhorados b) Verificar se os sistemas funcionam da forma como
ou de uso restrito. estão previstos.
e) Constatar a adequação dos cálculos e registros c) Proporcionar a emissão de relatórios de
contábeis das depreciações. recomendação de melhorias requeridas.
d) Constatar pontos fracos e ineficiência que possam
9. Indique a opção que não representa um ponto forte gerar fraudes e erros.
dos controles internos das disponibilidades financeiras e) Proporcionar conhecimentos básicos sobre a
da empresa, considerando a execução dos trabalhos de empresa e sua organização.
auditoria das demonstrações contábeis:
a) Segregação de funções entre controles bancários e 14. O Auditor, ao expressar sua opinião (emitindo um
registros contábeis. parecer de auditoria) assume responsabilidades
b) Sistema formal de autorização de emissões de inclusive de ordem pública. Com base nesta afirmação,
ordens de pagamento. indique o item abaixo que não é essencial para o
c) Sistema de Fundo Fixo de Caixa para pagamentos de parecer:
pequena monta. a) Indicação das demonstrações contábeis examinadas
d) Contagem física dos cheques emitidos no exercício e períodos pertinentes.
social auditado. b) Data do parecer, correspondente ao dia da conclusão
e) Assinatura dos cheques, sempre, por duas pessoas dos trabalhos na empresa.
independentes. c) Data do parecer, correspondente ao dia efetivo de
sua emissão e assinatura.
10. Sob o aspecto administrativo, o reflexo da auditoria d) Assinatura do auditor e número de registro no
sobre a riqueza patrimonial é: Conselho Regional de Contabilidade.
a) Contribuir para uma melhor adequação na utilização e) Destinatários, que podem ser acionistas, conselheiros
das contas contábeis e do plano de contas. de administração ou diretores.
a) Assegurar maior exatidão dos custos e
estabelecimentos de padrão para os custos diretos e 15: O Parecer dos Auditores Independentes classifica-
indiretos. se segundo a natureza da opinião que contém, em:
c) Melhor controle dos bens, direitos e obrigações e a) Parecer sem ressalva, com ressalva, exceto quanto e
ainda maior exatidão dos custos indiretos. adverso.
d) Reduzir a ineficiência, negligência e improbidade dos b) Parecer sem ressalva, com ressalva, com abstenção
empregados e administradores. de opinião e adverso.
e) Promover eficiência na utilização de recursos c) Parecer com abstenção de opinião, com ressalva e
humanos e materiais e uma melhor utilização das sem ressalva.
contas. d) Parecer sujeito a, exceto por, exceto quanto e
parecer contrário.
11. Para o Fisco, quais as vantagens oferecidas por um e) Parecer negativo, positivo, limpo e parecer contrário.
adequado processo de auditoria:
a) Permite maior exatidão das demonstrações e 16. Segundo o NBC-P-1 - Normas Profissionais de
resultados contábeis. Auditor Independente, para o exercício da profissão de
b) Assegura maior correção dos registros financeiros auditor Independente, é necessário:
gerenciais. a) A auditoria independente poderá ser exercida por
c) Aponta falhas nos sistemas de controles internos da qualquer profissional, desde que devidamente treinado.
empresa. b) A auditoria independente deverá ser exercida
d) Opina sobre a adequação das demonstrações somente por Contador, registrado no Conselho Regional
contábeis. de Contabilidade.

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c) A auditoria independente deverá ser exercida por 22. Das opções abaixo, assinale a que não corresponde
técnicos em contabilidade e por contadores registrados a um procedimento usual de auditoria:
no Conselho Regional de Contabilidade. a) Exame físico, inspeção e conferência de cálculo.
d) A auditoria independente poderá ser exercida por b) Conferência de cálculo e exame da escrituração.
quaisquer profissionais treinados e qualificados, através c) Exames dos documentos originais e confirmação.
de educação formal. d) Análise do balanço e análise do fluxo de caixa.
e) A auditoria independente poderá ser exercida por e) Inspeção, investigação minuciosa e observação.
profissional graduado em economia, administração de
empresas ou ciências contábeis. 23. Assinale a opção que não se relacione com os
papéis de trabalho utilizados pelo auditor no transcorrer
17. Assinale as normas que se relacionam com a NBC- dos seus trabalhos:
T-11- Normas de Auditoria Independente das a) Os papéis de trabalho são o conjunto de documentos
Demonstrações Contábeis: e apontamentos do auditor.
a) Planejamento da Auditoria, Independência e b) Os papéis de trabalho, por serem confidenciais, são
Avaliação dos Controles Internos. propriedade da empresa auditada.
b) Zelo Profissional, Riscos de Auditoria e Relevância. c) Os papéis de trabalho constituem a evidência do
c) Risco e Auditoria, Supervisão e Controle de trabalho executado pelo auditor.
Qualidade e Zelo Profissional. d) Os papéis de trabalho devem ser mantidos em
d) Supervisão e Controle de Qualidade, Zelo arquivos, no mínimo, por 3 anos.
Profissional e Relevância. e) Os papéis de trabalho contém informações e provas
e) Planejamento da Auditoria, Relevância e Avaliação coligadas pelo auditor.
dos Controles Internos
24. Assinale a opção que represente alguns
18. A principal finalidade de uma auditoria contábil é: procedimentos técnicos básicos de auditoria, conforme
a) Elaboração de demonstrativos contábeis. as normas de auditoria independente das
b) Confirmação dos registros e demonstrações demonstrações contábeis:
contábeis. a) Inspeção, observação investigação e confirmação.
c) Conferência física dos elementos do ativo. b) Inspeção, observação e composição de saldos
d) Elaboração e avaliação dos registros contábeis. contábeis.
e) Apuração correta do lucro do exercício. c) Revisão analítica, cálculo e conciliação bancária.
d) Investigação e confirmação, inventário de estoques.
19. Indique a assertiva que não configura conflito de e) Composição e conciliação de saldos de fornecedores.
interesses e, portanto, perda efetiva, ou aparente, da
independência do auditor: 25: O plano de organização e todos os métodos e
a) Vínculos conjugais com o administrador da empresa procedimentos diretamente relacionados com a
auditada. salvaguarda dos ativos e a fidedignidade dos registros
b) Relação de trabalho como empregados, nos últimos financeiros são a definição de:
dois anos. a) Controles administrativos.
c) Utilização dos trabalhos dos auditores internos. b) Controles gerenciais.
d) Fixação de honorários condicionais à natureza dos c) Controles contábeis.
trabalhos. d) Controles de auditoria.
e) Participações indiretas como acionista da empresa. e) Controles de ativo fixo.

20. A NBC- P-1 - Normas Profissionais de Auditor 26. Os papéis de trabalho devem seguir um padrão
Independente do Conselho Federal de Contabilidade, definido e claro. Com base nesta afirmação, assinale a
entre outras, estabelece as seguintes normas:. opção que não se constitui numa regra básica que deve
a) Competência técnico-profissional, independência, ser observada na elaboração dos papéis de trabalho:
cuidado e zelo. a) Os papéis de trabalho devem ser limpos, claros e
b) Competência técnico-profissional, elementos evidenciar a obediência às normas de auditoria.
comprobatórios e cuidado e zelo. b) Os papéis de trabalho devem incluir todos os dados
c) Avaliação do controle interno, independência e pertinentes, inclusive os irrelevantes.
cuidado e zelo. c) Os papéis de trabalho devem ser limpos, claros e
d) Planejamento e supervisão, independência e cuidado corretos, e ainda sem erros matemáticos.
e zelo. d) Os papéis de trabalho devem ser concisos, limpos,
e) Documentação de auditoria, planejamento e claros, sem erros matemáticos e objetivos.
supervisão e imparcialidade. e) Os papéis de trabalho devem ser limpos, claros,
corretos e elaborados de forma sistemática e racional.
21. As características básicas do procedimento de
auditoria de exame físico são: 27. O planejamento de auditoria deve considerar todos
a) Quantidade, existência física, identificação, os fatores relevantes na execução dos trabalhos.
autenticidade e qualidade. Assinale a opção que não se constitui em fator relevante
b) Quantidade, existência física, seguro, documento para o planejamento de auditoria:
idôneo e identificação. a) Riscos de auditoria.
c) Quantidade, seguro, qualidade, autenticidade, b) Existência de entidades associadas, filiais e partes
propriedade e identificação. relacionadas.
d) Qualidade, existência física, seguro, identificação e c) Uso dos trabalhos de especialistas.
autenticidade. d) Prevenção de fraude e erro.
e) Qualidade, existência física, propriedade, seguro e e) Grau de confiança nos sistemas de controles
quantidade. internos.
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AFRF

Prof.Alzira Auditoria

28. A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na


fase de planejamento dos trabalhos, considerando a
relevância em nível geral e níveis específicos. A análise
de riscos de auditoria em nível geral deve considerar,
entre outras:
a) Transações com partes relacionadas, qualidade da
administração e saldos das contas.
b) Os negócios, qualidade da administração, saldo das
contas e volumes das transações.
c) Os negócios, avaliação dos controles internos e
situação econômica da entidade.
d) Transações com partes relacionadas, os negócios e a
qualidade da administração.
e) Avaliação dos controles internos, saldos das contas e
volumes das transações.

29. A investigação constitui-se em um dos


procedimentos da auditoria. Este deve ser utilizado em
qual caso abaixo:
a) Exame do saldo contábil de duplicatas a receber e
dos contratos.
b) Exame dos saldos bancários de livre movimentação e
dos contratos.
c) Exame de contratos e do saldo de contas a pagar.
d) Exame da variação de saldo de contas a pagar e dos
contratos.
e) Exame detalhado das aprovações de baixas de
duplicatas incobráveis.

30. A auditoria das despesas antecipadas, classificadas


como Ativo Circulante, tem a finalidade de determinar:
a) Que representam gastos efetivos que irão beneficiar
o período encerrado.
b) Se foram utilizados os Princípios Fundamentais de
Contabilidade.
c) Se elas representam gastos que não influenciarão
resultados futuros.
d) Se elas representam despesas que foram pagas para
reduzir o cálculo dos impostos.
e) Que as despesas incorreram, mas não foram pagas.

Gabarito:
01 E – 02 C – 03 D – 04 ANULADA – 05 A – 06 B – 07
E – 08 E – 09 D – 10 D – 11 A – 12 C – 13 A
14 C – 15 B – 16 B – 17 E – 18 B – 19 C – 20 A – 21 A –
22 D – 23 B (à época, atualmente não há resposta
certa) – 24 A – 25 C – 26 B – 27 D – 28 C – 29 E – 30 B

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