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IKCÍH?E:E97FÐJKBE Embora os relatos recentes tenham mostrado um declínio cons-
tante na prevalência da perda dentária durante as últimas
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$MBTTJ¹DBmkPEF,FOOFEZ ção da perda dentária. Seria mais útil considerar quais combi-
3FHSBEF"QQMFHBUFQBSBB"QMJDBmkPEB$MBTTJ¹DBmkPEF nações de perda dentária são mais comuns e classificá-las com
,FOOFEZ o propósito de auxiliar o tratamento de pacientes parcialmente
desdentados. Várias classificações de arcadas parcialmente des-
dentadas têm sido propostas e estão sendo utilizadas. Esta varie-
dade tem levado a algumas confusões e discordâncias sobre qual
classificação descreve melhor todas as possíveis configurações e
deve ser adotada.
As classificações mais familiares são aquelas originalmente
propostas por Kennedy, Cummer e Bailyn. Beckett, Godfrey,
Swenson, Friedman, Wilson, Skinner, Applegate, Avant, Miller e
outros também propuseram classificações. É evidente que se
deve realizar uma tentativa para combinar as melhores caracte-
rísticas de todas as classificações de modo que uma classificação
universal possa ser adotada.
Uma classificação que é baseada em critérios diagnósticos foi
proposta recentemente para desdentados parciais.1 O propósito
deste sistema de classificação é facilitar as decisões do trata-
mento com base na complexidade do caso. A complexidade é
determinada por quatro amplas categorias diagnósticas que
incluem: local e extensão da área desdentada, condição dos
pilares, características e requisitos oclusais e características do
rebordo residual. A vantagem deste sistema de classificação em
comparação àqueles mais utilizados atualmente ainda não foi
documentada.
Hoje, o método de Kennedy é provavelmente a classificação
mais amplamente aceita de arcadas parcialmente desdentadas.
Em uma tentativa de simplificar o problema e encorajar uma
utilização mais universal de uma classificação, e no interesse de
comunicação adequada, será utilizada neste livro a classificação
de Kennedy. O estudante pode consultar a seção Recursos de
Leitura Selecionados para informações relativas a outras
classificações.


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Embora as classificações sejam na verdade descrição de $-"44*'*$"b¨0%&,&//&%:


arcadas parcialmente desdentadas, a prótese parcial removível
que restaura uma classe particular de arcada é descrita como O método de classificação de Kennedy foi originalmente proposto
uma prótese daquela classe. Por exemplo, falamos de uma pelo Dr. Edward Kennedy em 1925. Ele tenta classificar as arcadas
prótese parcial removível Classe III ou Classe I. É mais simples parcialmente desdentadas de um modo que sugere certos princí-
dizer “uma prótese parcial Classe II” do que dizer “uma prótese pios de desenho da prótese para uma dada situação (Figura 3-1).
parcial restaurando uma arcada parcialmente desdentada Kennedy dividiu todas as arcadas parcialmente desdentadas
Classe II”. em quatro classes básicas. Áreas desdentadas que não aquelas
que determinam as classes básicas foram designadas como
espaços de modificação (Figura 3-2).
A seguir, apresentamos a classificação de Kennedy:
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Classe I Área desdentada bilateral localizada posteriormente
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aos dentes naturais
A classificação das arcadas parcialmente desdentadas deveria Classe II Uma área desdentada unilateral localizada posterior-
satisfazer os seguintes requisitos: mente aos dentes naturais
1. Possibilitar uma visualização imediata do tipo de arcada Classe III Uma área desdentada unilateral com dentes naturais
parcialmente desdentada que está sendo considerada. remanescentes tanto posterior como anterior a eles (intercalar)
2. Possibilitar a diferenciação imediata entre a prótese dentos- Classe IV Uma área desdentada única, mas bilateral (cruzando
suportada e dentomucosossuportada. a linha média), localizada anterior aos dentes naturais
3. Ser universalmente aceita. remanescentes

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Uma das principais vantagens do método de Kennedy é que ter uma base de extensão mucosossuportada, a prótese deve ser
ele favorece a visualização imediata da arcada parcialmente des- desenhada de forma semelhante à prótese Classe I. Frequente-
dentada e possibilita uma fácil distinção entre a prótese dentos- mente, entretanto, um componente dentossuportado, ou Classe
suportada e a dentomucosossuportada. Aqueles que aprenderam III, está presente em outras partes da arcada. Portanto, a prótese
esta classificação e que conhecem os princípios de desenho de parcial Classe II cai justamente entre a Classe I e a Classe III por
próteses parciais podem prontamente fazer a relação com o incorporar características de desenho comuns a ambos. De
desenho da configuração da arcada para ser utilizada na prótese acordo com o princípio de que o desenho é fundamentado na
parcial básica. Este método torna possível uma abordagem classificação, a aplicação de tais princípios de desenho é sim-
lógica dos problemas do desenho da prótese. Ele torna possível plificada retendo-se a classificação original de Kennedy.
a aplicação dos bons princípios de desenho de próteses parciais A Figura 3-3 apresenta uma oportunidade de testar suas
e é, portanto, um método lógico de classificação. Entretanto, habilidades. Reveja a figura e classifique as arcadas parcialmente
um sistema de classificação não deve ser utilizado para estereo- desdentadas ilustradas. As respostas estão relacionadas a seguir.
tipar ou limitar os conceitos de desenho de próteses.

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%"$-"44*'*$"b¨0%&,&//&%:
McGarry TJ, Nimmo A, Skiba JF, et al: Classification system for partial
A classificação de Kennedy seria difícil de aplicar em todas as edentulism, J Prosthodont 11(3):181–193, 2002.
situações sem certas regras de aplicação. Applegate forneceu
oito regras que controlam a aplicação do método de Kennedy Respostas para a Figura 3-3:
(Quadro 3-1). A. Cl IV
Embora inicialmente possa ocorrer alguma confusão, como B. Cl II Modificação 2
por que a Classe I deve se referir a duas áreas desdentadas e a C. Cl I Modificação 1
Classe II deve se referir a uma, os princípios de desenho tornam D. Cl III Modificação 3
lógica esta distinção. Kennedy colocou a Classe II unilateral com E. Cl III Modificação 1
extensão distal entre a Classe I bilateral com extensão distal e a F. Cl III Modificação 1
classificação Classe III dentossuportada porque a prótese parcial G. Cl IV
Classe II deve incorporar características de ambas, especialmente H. Cl II
quando as modificações dentossuportadas estão presentes. Por I. Cl III Modificação 5

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