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Atividade semipresencial: Sociologia e antropologia jurídica.

Resenha do texto: Sociedade de consumo - entre o esclarecimento e a


vida para o consumo.

O presente artigo estudado trata sobre as relações de consumo e o


superendividamento, onde o consumidor por se tratar da parte mais vulnerável da
relação acaba por se endividar para se sentir parte da sociedade.
Numa sociedade onde o consumo fala quem você é, fica difícil se libertar,
ainda mais quando se é consumidor e não fornecedor. O consumidor acaba
entrando no superendividamento por falta de consciência e educação financeira,
que pouco se fala na nossa sociedade.
Vivemos hoje em uma sociedade consumista num ponto onde se fazem
comparação de bens supérfluos, como celulares, roupas, calçados. Neste cenário,
quando nós começamos a frequentar determinado local - trabalho; faculdade - mas
não somos do mesmo nível econômico daquelas pessoas que ali estão, acabamos
por nos sentirmos deslocados. E o que nos fará sentir parte daquele local? Começar
a consumir as mesmas coisas que aquelas pessoas.
No entanto, quando começamos a consumir acima do que realmente
poderíamos, não conseguimos voltar a não consumir mais determinadas coisas. É
como um caminho sem volta, você sente que não estará aceito pelas pessoas que
te rodeiam, você sente que para pertencer àquele local precisa continuar
consumindo, é a aqui que entra o superendividamento tratado no artigo.
Diante disso, como fala o autor, as pessoas são tratadas como as
próprias mercadorias, onde são o que consomem. o superendividamento é outro
caminho sem volta, pois, quando se está endividado, se quer pagar aquelas contas,
assim procuramos por empréstimos, acertos - todos com juros altíssimos - onde nos
atolamos cada vez mais em dívidas até que não se consiga mais sair.
Neste caso, o que acontece? A pessoa acaba por sair do mercado de
consumo por não ter mais nenhum crédito, nem dinheiro, nada, se sentido
novamente fora da sociedade, o que muitas vezes acarreta em problemas
psicológicos até.
O código de defesa do consumidor não trata sobre o superendividamento
de forma eficiente, uma vez que os fornecedores, cada vez mais burlam sistemas
para ampliar o créditos de seus clientes, ora, se uma pessoa tem um salário de dois
mil reais, como esta pode ter um limite de compra de cinco mil reais - em apenas
uma loja - sem se endividar, no começo até pode ser que está fique inadimplente
por um tempo, mas assim que sentir a necessidade de consumir mais e mais, está
com certeza entrará em inadimplência.
Diante disso, o fato de que as “coisas” que consumimos traz apenas um
prazer momentâneo, que passa muito rapidamente e então precisamos comprar
outra coisa para ter o prazer da compra novamente, é assim que um ciclo vicioso da
compra acontece.
como o autor explica, não é sobre esclarecimento e sim sobre se
emancipar desta visão do consumo para se tornar membro da sociedade, é uma
emancipação psicológica que precisa ser trabalhada aos poucos, com
conscientização, e mais importante uma legislação eficiente onde o consumidor
realmente seja o protagonista, onde seus direitos estejam realmente protegidos e
amparados.

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