MENSAL

EDIÇÃO N.º 44
AGOSTO 2023

WWW.SONANGOL.CO.AO

ESPECIAL MARÇO MULHER

NESTA EDIÇÃO
GRANDE ENTREVISTA COM O PCA GASPAR MARTINS
JORGE VINHAS SONÁSIA DESTAQUE | 03

VISITA ICPN UMA INCURSÃO PELA UNIDADE DE COMERCIALIZAÇÃO

“A INTERVENÇÃO INTERNACIONAL DA SONANGOL NA REGIÃO ASIÁTICA.
VISA O AUMENTO
DA CAPACIDADE DE É UMA REGIÃO
ARMAZENAGEM E
EXPEDIÇÃO DE LPG”
QUE NÃO TEM
GRANDES RECURSOS
PETROLÍFEROS E,
POR ISSO,
ACREDITAMOS
QUE AINDA HÁ
MUITA MARGEM DE
DESTAQUE| 04
CRESCIMENTO”
ÓSCAR BRITO
PCE DA SONÁSIA

DESTAQUE | 18 Gaspar Martins

DESTAQUE
PCA | 08| 04
da Sonangol
DESTAQUE

COORDENAÇÃO DAS
DESTAQUE | 12
EMISSÕES PETROLÍFERA NACIONAL ANGOLANA
OBRIGACIONISTAS ANUNCIA EMISSÃO DE 7 MILHÕES E 500
FORNECE MIL OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS COM
PORMENORES TAXA DE JUROS BASTANTE APETECÍVEL.
SOBRE AS “O NOSSO OBJECTIVO É CHEGARMOS A
UMA DISPERSÃO EM BOLSA DE ATÉ
OBRIGAÇÕES EM
30% DE CAPITAL SOCIAL DA SONANGOL”
MERCADO PCA GASPAR MARTINS
ENTREVISTA | 04
DESTAQUE | 02

UNDC TREINA PESSOAL DA TOTAL ENERGIES

PARA VENDA DE LUBRIFICANTES NGOL
ACTUALIDADE | 20

RESERVATÓRIOS DE LPG JÁ NO TOBD

O MATERIAL É CRUCIAL PARA OS OBJECTIVOS DO TERMINAL
ACTUALIDADE | 17
 DESTAQUE
| 02
PETROLÍFERA NACIONAL ANGOLANA ANUNCIA
EMISSÃO DE 7 MILHÕES E 500 MIL OBRIGAÇÕES
FINANCEIRAS COM TAXA DE JUROS BASTANTE
APETECÍVEL
A Sonangol acaba de escrever mais uma
página indelével na sua história, ao tor-
nar-se a primeira empresa a proceder à
emissão de obrigações públicas, um pro-
duto do mercado de capitais.
A petrolífera efectuou a maior emissão
obrigacionista corporativa alguma vez
realizada em Angola, feito já considerado
um marco histórico e que abre caminho
à adesão de outros investidores à Bolsa
de Valores de Angola, como alternativa
de nanciamento.
Com a oferta pública, a Sonangol prevê
emitir 7 milhões e 500 mil obrigações,
com o valor unitário de 10 mil Kz cada
uma, o que perfaz 75 mil milhões de Kz.
No acto o cial de formalização da emis-
são das obrigações, perante represen-
tantes do Estado, entidades do mercado
de capitais, actores do mercado de
petróleo e gás, entre outras guras, o
Presidente da Sonangol, Gaspar Mar-
tins, levando em consideração o facto de
a reputação ser um factor chave no mer-
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
A Sonangol tem uma trajectória
sólida de crescimento e rentabilidade
e esta emissão irá permitir,
de certeza, obter fundos de que
necessita para investir em
projectos estratégicos”.
José Barroso
Secretário de Estado dos
Petróleos
cado nanceiro, lembrou que a Sonangol
é a maior empresa pública, o maior pro-
vedor logístico de produtos derivados de
petróleo, a segunda maior produtora de
petróleo e gás da África subsaariana,
região na qual detém também a segunda
maior reserva dos produtos citados.
O PCA mencionou o comprometimento
da empresa com a transição energética,
aludindo aos vários projectos de energi-
as renováveis, assim como os resultados
positivos obtidos pela empresa no seu
balanço referente ao ano de 2022, entre
outros aspectos de uma apresentação
na qual destacou, de forma transversal,
o percurso e feitos da empresa na sua
trajectória e relembrou os 8 objectivos
estratégicos da petrolífera para o ciclo
2022/2030. “Iniciamos hoje a emissão de
dívida obrigacionista, mas o nosso objec-
tivo é chegarmos a uma dispersão em
bolsa de até 30% do capital social da
Sonangol.
 DESTAQUE
| 03

EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC

Estamos a preparar o nosso caminho,
estamos a fazê-lo de forma prudente e
tranquila, de modo a que tenhamos real-
mente uma empresa que tem capitais
públicos mas também privados e que
possa desenvolver a sua actividade de
modo e ciente.
Para o quinquénio 2023/2027, os nossos
instrumentos estão aprovados para este
ciclo de negócio e temos um grande desa-
o, sobretudo na nossa principal cadeia
de valor e também em energias renová-
veis”, destacou o gestor.
Sonangol e oferta pública de subscrição
de obrigações.
O Estado, enquanto accionista da Sonan-
gol, está bastante con ante neste gran-
de passo, principalmente pelo impacto
positivo que esta emissão deverá ter no
mercado nanceiro nacional”.
O governante acrescentou que a iniciati-
va busca fortalecer a base nanceira do
país e impulsionar o desenvolvimento
económico de maneira sustentável e a
amento similares e potencializar ainda
mais o mercado de capitais angolano.
“A Sonangol tem uma trajectória sólida
de crescimento e rentabilidade e esta
emissão irá permitir, de certeza, obter
fundos de que necessita para investir em
projectos estratégicos que deverão
impulsionar de forma crescente e sus-
tentável o sucesso da nossa companhia
de bandeira” José Barroso nalizou fri-
sando o facto desta emissão constituir
um elemento crucial no processo que
conduzirá a oferta pública inicial da

O Secretário de Estado dos Petróleos,

José Barroso, que no acto representou o
Ministro dos Recursos Minerais Petróle-
os e Gás, destacou a importância do acto
para a história e a con ança do Estado
neste processo.

“É um marco histórico para o sector

empresarial público angolano, a primei-
ra emissão de dívida obrigacionista da
Sonangol e oferta pública de subscrição
de obrigações.

“É um marco histórico para o sector pretensão de que a curto e médio prazos, petrolífera na sua listagem em Bolsa.
empresarial público angolano, a primei- outras empresas públicas possam optar
ra emissão de dívida obrigacionista da por diversi car as suas fontes de nanci-
 ENTREVISTA
| 04
ENTREVISTA A COORDENADORA
DAS EMISSÕES OBRIGACIONISTAS
DA SONANGOL
As obrigações são instrumentos nance-
iros que representam um empréstimo
contraído junto dos investidores pela enti-
dade que as emite.
Ao adquirir uma obrigação, o investidor
torna-se credor dessa entidade. A petro-
lífera nacional angolana, acaba de tor-
nar-se a primeira empresa a proceder à
emissão de obrigações públicas, um dos
vários produtos do mercado de capitais.
Com a oferta pública, a Sonangol irá emi-
tir 7 milhões e 500 mil obrigações, com o
valor unitário de 10 mil Kz cada uma, o
que perfaz 75 mil milhões de Kz de oferta.
Nesta edição do PACAÇA pretendemos
entender, de forma mais pormenorizada,
o que são obrigações e quais as suas
envolvências, numa conversa com Indira
Segunda Caetano, coordenadora das
emissões obrigacionistas da Sonangol.
PACAÇA - Explique-nos em pormenor o
que é uma emissão de dívida obrigacio-
nista e como funciona.
Indira Caetano - A emissão de dívida obri-
gacionista é uma modalidade de nanci-
amento que a empresa utiliza para nan-
ciar as suas actividades ou projectos,
optando por emitir obrigações e permitir
que o investidor participe directamente
na concessão de crédito.
Este tipo de nanciamento é utilizado em
detrimento do nanciamento por via da
banca ou fontes próprias. Por outro lado,
este tipo de nanciamento costuma ser
mais barato em relação aos nancia-
mentos tradicionais.
Num empréstimo obrigacionista, o
investidor tem o direito de receber juros
anuais ou semestrais e o dinheiro investi-
do é recebido na maturidade, ou seja, no
último dia de vida do empréstimo.
É como se cada comprador emprestas-
se dinheiro, recebendo juros pelo
empréstimo?
Tal como respondi na questão anterior, a
Sonangol, como emitente, não fugirá à
regra. Realmente cada investidor rece-
berá juros semestralmente enquanto
durarem as obrigações.
Quanto é que o investidor receberá por
OSVALDO INÁCIO
ADMINISTRADOR DA SONANGOL
ano e em que altura?
A remuneração esperada é 17,5% ao ano.
Por exemplo, quem investir o mínimo,
isto é, Kz 100 mil, receberá a 14 de Março
e a 14 de Setembro de cada ano Kz
8.750,00, perfazendo assim um total de
Kz 17.500,00 por ano. Vamos realçar que
neste valor não estão deduzidos os
impostos e comissões que venham a ser
cobrados. Os Kz 17.500,00 são valores
considerados brutos.
O que é feito do valor de quem comprar
(investir), depois dos 5 anos?
Depois dos 5 anos, o investidor receberá
a totalidade do montante investido.
Tendo como referência o exemplo anteri-
or, o investidor receberá o seu valor a 14
de Setembro de 2028.
Há limites na quantidade de obrigações
a comprar?
Relativamente à limitação na compra das
obrigações “Sonangol 2023/2028”, existe
o mínimo a ser investido que correspon-
de a 10 obrigações pelo valor de Kz
100.000,00.
Pode uma só entidade comprar todas as
obrigações?
A resposta a esta questão é negativa.
Nenhum investidor poderá comprar
todas as obrigações da Sonangol. Tendo
em conta que vários investidores darão
diferentes ordens de subscrição, nenhu-
ma entidade será contemplada com
todas as obrigações, uma vez que exis-
tem critérios de rateio quando a procura
exceder a oferta.
 ENTREVISTA
| 05
Por que a Sonangol não solicitou sim-
plesmente um empréstimo bancário?
Primeiro, a Sonangol busca a diversi ca-
ção das suas fontes de nanciamento, já
que uma empresa, quando tem várias
opções de nanciar as suas actividades,
tem maior capacidade de negociação.
Segundo, o empréstimo bancário revela-
se mais oneroso que o nanciamento via
mercado de capitais.
Por exemplo, se a Sonangol fosse à
banca local para ser nanciada mediante
uma taxa de juros, de certeza que a taxa
seria superior, relativamente à taxa de
juros das obrigações. Em terceiro lugar,
e consideramos algo fundamental, a
Sonangol está a dar um sinal positivo ao
mercado, uma vez que na Bolsa de Valo-
res são admitidas apenas empresas que
cumpram com os critérios de boa gover-
nança, publicação das suas contas e
aspectos relacionados com o controlo
interno.
Por que alguém adquiriria obrigações
em vez de apostar numa aplicação ban-
OSVALDO INÁCIO
ADMINISTRADOR DA SONANGOL
cária a prazo?
A dívida obrigacionista tem vantagens
não só para o emitente, mas também
para os investidores, porque a remune-
ração oferecida aos potenciais investido-
res é superior aos depósitos a prazo com
maturidade de um ano.
Aconselharia os investidores a aderirem
às obrigações, pois caso necessitem de
liquidez, o investidor poderá negociar na
Bolsa as obrigações que detém, sem per-
der parte dos seus juros.
 ACTUALIDADE
| 06
O lançamento das emissões de obri-
gações públicas pela Sonangol foi um
acto devidamente planeado e com
toda uma envoltura técnica de respos-
ta à previsível demanda de informação
por questões a ela inerentes, tanto
para algumas enunciadas no acto de
lançamento, como para outras que,
pela sua natureza, seriam posterior-
mente tornadas acessíveis.
Tratando-se de um instrumento
nanceiro, era mandatório tornar
visível a lisura e transparência dos
mecanismos de actuação envolvidos
nessa emissão.
Pelo facto, Dinis Mendes, Director da
Banca de Investimentos do Standard
Bank, elucidou os interessados pre-
sentes no acto de lançamento sobre
certos critérios e procedimentos a
adoptar em algumas situações sus-
ceptíveis de ocorrerem durante o pro-
cesso de aquisição de obrigações.
O especialista explicou, por exemplo,
que a oferta é dirigida ao público em
geral, tendo especi camente como
destinatários qualquer pessoa singu-
lar ou colectiva residente ou com esta-
belecimento em Angola.
EMISSÃO DE OBRIGAÇÕES
A LISURA DO PROCESSO
O montante mínimo a adquirir é de dez
obrigações, traduzido num montante
de Kz 100.000,00.
“Este montante mínimo é importante
e crítico porque permite a democrati-
zação da obrigação e do mercado
angolano aos investidores particula-
res de uma forma bastante simples e
e caz”, explicou Dinis Mendes, acres-
centando que esta oferta prevê uma
opção de reembolso antecipado pelo
emitente a partir do primeiro ano, ou
seja, em Setembro de 2024.
A emissão está sujeita às leis angola-
nas, “sendo que as obrigações serão
emitidas à negociação no Mercado de
Bolsa, signi cando que os investido-
res poderão livremente negociar as
suas obrigações em mercado secun-
dário, a partir da sua admissão”.
A demanda pode exceder as expecta-
tivas, pelo que se a gura importante
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
para a nitidez do procedimento, com-
preender-se quais as acções a imple-
mentar no caso de, hipoteticamente,
haver um número de subscritores de
oferta superior ao total de número de
obrigações emitidas.
“Nesse cenário, independentemente
do número de obrigações que cada
investidor pretenda subscrever, será
atribuída a quantidade mínima de 10
obrigações por investidor, sendo que é
determinada a alocação das obriga-
ções por ordem da data de entrada da
subscrição, isto até atingirmos o mon-
tante total.
À todas as ordens submetidas no dia
posterior a ter atingido o limite, não
serão atribuídas quaisquer obriga-
ções. Naturalmente, haverá o dia em
que se vai atingir o total e provavel-
mente não fechará o dia nesse mon-
tante, podendo atingir algumas
ordens acima do pretendido.
 ACTUALIDADE
| 07
Para fazermos o rateio das inscrições
desse dia, será efectuado um sorteio
simples das obrigações solicitadas
pelos investidores.
Esse sorteio será realizado pela Bodi-
va de acordo com os seus sistemas de
apuramento de resultados”. Anali-
sando a possibilidade de que haja uma
procura superior ao valor monetário
total da oferta, o primeiro critério de
rateio, “é que todos os investidores
tenham garantido a subscrição míni-
ma de 10 obrigações, novamente para
termos uma protecção aos investido-
res mais pequenos. Assim conside-
rar-se-á a sua subscrição realizada
na totalidade.
As restantes obrigações que sobrem
serão depois atribuídas por rateio arit-
mético simples, tendo em conta a
dimensão de cada ordem proporcio-
nalmente à sua intenção de compra,
arredondada por defeito”, clari cou.O
gestor debruçou-se também sobre o
calendário de oferta, cujo prospecto
foi aprovado pela comissão do Merca-
do de Capitais, no dia 4 de Agosto.
Dinis Mendes informou que decorreri-
am duas semanas entre o anúncio o -
cial e o início das subscrições, para,
entre outros, permitir que as entida-
des colectivas desencadeiem os res-
pectivos processos juntos das suas
estruturas superintendentes.
Até ao dia 7 de Setembro, os investido-
res são livres de modi CHINDECASSE
EMANUEL car, cancelar
ou alterar as suas ordens,
Director caso
de Marketing pre-
da UNDC
tendam. Já, a partir das 15 horas do
dia 8 de Setembro, todas as ordens
válidas transmitidas tornar-se-ão de
carácter vinculativo, não podendo ser
canceladas ou alteradas. O período de
subscrição termina do dia 12 de
Setembro “e no dia seguinte será rea-
lizada uma sessão especial de Bolsa
para o apuramento dos resultados,
ocorrendo a liquidação física e nan-
ceira da oferta no dia imediatamente a
seguir”, terminou o responsável pela
Banca de Investimentos do Standard
Bank.
 ESPECIAL SONÁSIA
POR QUE LINHAS SE TECE A
COMERCIALIZAÇÃO DE PETRÓLEO
BRUTO NO MAIOR MERCADO MUNDIAL
Quando, há alguns meses, nospropusemos
a radiografar as unidades de trading da
Sonangol, assinalámos, entre os objecti-
vos, a necessidade de levarmos os leitores
desta publicação e o público em geral (por
via do programa radiofónico Ngol), a
conhecerem os meandros do processo de
venda do petróleo bruto de Angola, consi-
derando a importância deste produto para
a economia nacional.
A transparência, hoje patente de forma
transversal na actividade da petrolífera
nacional angolana, foi outro factor deter-
minante para a elaboração das matérias.
Assim, depois de termos a orado a activi-
dade das unidades de comercialização
internacional de Houston, Estados Unidos
da América e Londres, Inglaterra, traze-
mos o essencial da actividade da unidade
de comercialização de Singapura.
A empresa atende a região asiática. Contu-
do, relembramos que, não obstante a res-
ponsabilidade regional de cada uma das
representações na sua geogra a de per-
| 08
tença,as três (Houston, Londres e Singapu-
ra) mandatoriamentecoabitam numa per-
manente articulação, levando a que, consi-
derando as diferenças de fusos horários,
uma delas esteja sempre operativa para
responder pelas demais no processo entre
elas articulado para cada venda, sempre
sob o superior controlo e coordenação da
Unidade de Negócio de Trading e Shipping
da Sonangol.
Em Singapura, a Sonásia está instalada no
26º andar da Centenial Tower, um edifício
situado na Temasek avenue, onde funcio-
nam 11 colaboradores sob a gestão de
Óscar Brito, o presidente da unidade, que
nos explica como atendem o maior merca-
do de petróleo.
“A Ásia é o continente que mais cresce, a
China é o país que tem crescido com per-
centagem muito alta, comparativamente
aos outros países, é a segunda maior eco-
nomia do mundo, é o país com mais habi-
tantes e toda a dinâmica a ele inerente, faz
crescer a procura”, disse o Presidente, em
cujo percurso pro ssional se destaca tam-
bém a experiência como Trader. Referindo-
se à actividade diária da área que dirige,
Óscar Brito descreveu-a como bastante
inconstante.
“Há dias mais agitados que outros. Nor-
malmente recebemos a programação de
carregamentos no dia 16 de cada mês e a
partir daí começa a actividade de vendas,
que é quando começa toda a agitação. Ana-
lisamos como é que vamos apresentar-nos
no mercado, que preços vamos praticar,
que clientes alvo, e com essa estratégia,
entramos no mercado.
Mostramos aos clientes o que é que temos
disponível seguindo a estratégia. Essa acti-
vidade é agitada”. Apesar da agitação, dife-
rente a cada dia, existem, no dizer do ges-
tor, alguns factores que proporcionam um
sentimento de missão mais acentuado.
Para o cliente asiático é
muito importante perceber
que tens propósito e
consegues transmitir
a tua mensagem”.
Óscar Brito
PCE da SONÁSIA
 ESPECIAL SONÁSIA
“Apesar de ser uma actividade de parceria
com os outros escritórios, experimenta-
mos sempre uma grande satisfação quan-
do conseguimos encontrar o melhor clien-
te na nossa região.
Então, quando se faz uma boa venda aqui na
região, é muito bom para a Sonangol Ásia,
mas precisamos sempre da colaboração
dos colegas dos outros escritórios”, adian-
ta Óscar Brito que realça a importância do
trabalho em equipa.
Apesar de estar numa região que, pela sua
dimensão e população, constitui um mer-
cado de bastante responsabilidade, reitera
que o factor chave para o sucesso é o casa-
mento com as demais unidades.
“Os grandes clientes, os maiores compra-
dores como os chineses, por exemplo, têm
também escritórios em Londres e nos Esta-
dos Unidos e, igualmente, alguns dos clien-
tes europeus também têm escritórios aqui
em Singapura. É mesmo uma actividade
interligada entre os escritórios.
Nós assumimos com responsabilidade
esta actividade e tentamos cobrir o merca-
do da melhor forma, para que consigamos
ter o melhor cliente para a Sonangol, aque-
le que paga melhor, o que é bom para a com-
panhia e para o país”.
O presidente da unidade de comercializa-
ção da Sonangol na Ásia, a rmou, ao refe-
rir-se às ramas angolanas, que naquela
região “a maior parte das re narias, princi-
palmente as da China, são adequadas ao
nosso tipo de petróleo. Elas são bem cota-
das, bem valorizadas”.
O gestor aplaudiu a visão que no passado
levou à criação da unidade na Ásia, sobre-
tudo porque quando se fez a aposta na Soná-
sia, a região não oferecia o potencial que
hoje ostenta, mas, ainda assim, “a Sonan-
gol acreditou que a Ásia seria o que vemos
hoje. Foi uma visão que resultou positiva-
mente para a empresa. Naquela altura era
normal ter dúvidas, porque a Ásia não era
| 09
desenvolvida, mas a estratégia foi bem mon-
tada e abrimos o escritório. Há uma parti-
cularidade aqui na Ásia que se assemelha
um pouco à nossa cultura: o cliente asiático
gosta de ver a cara, gosta de conviver, pre-
cisa de con ar e é importante uma visita, o
que o deixa mais à vontade.
Nós, sendo uma das poucas companhias
africanas que se estabeleceu nesta região,
a curiosidade era maior e por isso os con-
tactos directos eram fundamentais. Para o
cliente asiático é muito importante perce-
ber que tens propósito e consegues trans-
mitir a tua mensagem”.
A entrada em funcionamento, futuramente,
de três novas re narias, é o facto de, irre-
mediavelmente, levar ao reposicionamento
e uma maior agressividade das unidades de
comercialização internacional, perspectiva
que já está assimilada, conforme nos deixa
perceber o responsável.
“Essas re narias vão precisar de petróleo,
obviamente. Nós vamos estar na condição
de abastecê-las, eventualmente, ser com o
nosso petróleo, ou, estando no mercado,
vermos uma melhor opção para o fazer.
O que vai acontecer é passarmos de vende-
dores, que somos hoje, a compradores tam-
bém. Vai depender do petróleo disponível
no mercado ou do nosso petróleo, o que é
que vai tornar essas re narias mais rentá-
veis. Poderá resultar em vendermos o
nosso petróleo, caso esteja mais valorizado
no mercado no momento, e contactarmos
outro que esteja menos valorizado para
abastecer as re narias.
São opções que, acredito, estarão abertas
para melhor optimizarmos o nosso petró-
leo e as nossas re narias. A actividade será
um pouco mais desa ante do que actual-
mente, mas estamos a preparar-nos”, adi-
antou.
Quanto à perspectiva de maior expansão na
região asiática, um mercado em contínuo
crescimento, Óscar Brito assegura que o
potencial da região não ca pela China e
Índia. “A região é grande e ainda está em
desenvolvimento.
Nós, actualmente, não fornecemos para as
Filipinas, por exemplo, fornecemos pouco
para a Indonésia, mas são países que conti-
nuam a desenvolver-se e podemos citar
também Laos, Myanmar, Camboja ou Viet-
nam, são países em pleno desenvolvimento
e nos quais a procura vai aumentar.
É uma região que não tem grandes recur-
sos petrolíferos e, por isso, acreditamos
que ainda há muita margem de crescimen-
to. O que fazemos actualmente é estarmos
ao pé deles e acompanhar o desenvolvi-
mento”, nalizou o presidente da Sonásia.
 ESPECIAL SONÁSIA | 10
Alex Tan é singapuriano, há 20 anos ao
serviço da Sonangol Ásia, onde, desde
2005, desempenha a função de gerente
de Trading. Diz que se juntou à equipa a
convite da gura que foi a primeira presi-
dente da unidade e, desde a data, tem
como função procurar sempre os melho-
res clientes para o petróleo bruto de Ango-
la.
Em entrevista concedida em inglês, já
que, apesar do que aprendeu de portu-
guês com os colegas, não fala, Alex consi-
dera determinante dominar os meandros
do mercado asiático, enquanto aspecto
chave para se negociar naquela região.
Reiterou que se trabalha 24 horas/dia
durante os 7 dias da semana. “Passamos
a carteira de negociação (Trading Book)
de um escritório para o outro. Num dia
típico, quando, ao m do dia, o escritório
de Houston fecha, Singapura inicia a sua
actividade assumindo a carteira de nego-
ciação de Houston; da mesma forma,
quando o escritório de Singapura fecha o
dia, passamos a carteira de negociação
para Londres.
Basicamente, a primeira coisa que faze-
mos é informar-nos sobre o que aconte-
ceu nas últimas 18 horas enquanto não
estivemos no mercado. Depois de traçada
a nossa coordenação interna, saber do
estado das actividades, a próxima acção
importante é a revisão da nossa interação
com o mercado, vendo relatórios do que
está a acontecer, se em algum lugar
houve alguma ocorrência e seus impac-
ALEX TAN
UM TRADER EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
SINGAPURIANO
QUE MANJA DE
PETRÓLEO
E FUNGE DE
ANGOLA
tos, realizar pesquisas de mercado, etc. e às vezes um mês, não há uma regra
Precisamos estar constantemente actua- xa.“Se conseguirmos negociar com
lizados, pois o negócio de comercializa- sucesso e concluir a venda, então preci-
ção de petróleo (trading) é um negócio samos tratar de toda a documentação, é a
geopolítico e é em tempo real. Portanto, chamada deal camp, que é basicamente
precisamos de saber a todo o momento o um conjunto de documentos que envia-
que está a acontecer no mundo. mos para a nossa contraparte com outros
detalhes chave do acordo: qual carga, o
Falamos com as pessoas, com os nossos negócio de carregamento, o preço, a data,
clientes e até com os nossos concorren- etc.
tes, porque falando com eles podemos
obter informações importantes através Temos de ser muito claros quanto a todos
de trocas de impressões de inteligência os termos e condições. Após a conclusão
de mercado”, assegura o gerente que tem do negócio, entregamos a recapitulação
na interacção o que considera como o do mesmo à equipa de operações, para
segundo passo do dia. registo de que a negociação foi concluída.
Uma vez enviada, a equipa de operações
“Temos carga para vender e, conversando assume a operação da carga.
com as pessoas e entendendo o nosso
mercado, vamos nos focar em alguns No entanto, o trabalho ainda não está con-
potenciais clientes-chave. Consequente- cluído porque após a recapitulação do
mente, envolvemo-los e discutimos com negócio, o passo seguinte é a elaboração
eles, mostramos a indicação de preço, de um relatório de vendas para ns inter-
listamos qual é o seu feedback e negocia- nos, enviado para a UNTS e equipa de tra-
mos o melhor custo”. ding.
O trader adi-
anta que, da
demonstração
de interesse
de um cliente à
conclusão da
negociação,
há todo um
processo que
podelevar
dias, semanas
 ESPECIAL SONÁSIA
| 11
É um documento importante que regista
todas as vendas”. Alex Tan informa que a
sua área cuida, igualmente, como activi-
dade periférica, de análisesde mercado,
reuniões e desenvolvimento de outros
mercados para captar novos clientes.
Assegura que o facto de estarem na
região dos maiores clientes da Sonangol
na actualidade, não signi ca que tenham
desa os maiores que os outros escritóri-
os.
Não obstante a noção de “a China ser um
cliente muito importante, o país tem mais
de mil milhões de pessoas e se juntarmos
toda a Ásia, combinando China, Índia,
Japão, Coreia, Tailândia, Indonésia e Sin-
gapura, somam aproximadamente 4
bilhões de pessoas e isso é um mercado
muito grande”.
O país está a construir três novas re nari-
as, quadro que vai levar à mudança de
paradigma nas Unidades de Trading. O
Gerente de Trading da Sonásia a rma que
a unidade “pode contribuir para esse
esforço negociando o petróleo bruto ideal
para as futuras re narias.
“O que quero dizer com isso?
Angola produz várias gamas crude. Há
crude, todos de qualidade diferente.
A maneira mais fácil é pegar o que você
produz e colocar na re naria para proces-
sar.
Mas será este o melhor caminho? Será
esta a melhor forma? Às vezes sim, às
vezes não. Porque o que você tem, o que
você produz, pode não ser o petróleo
bruto ideal para a sua re naria proces-
sar.E se este for o caso, teremos de olhar
para os concorrentes, veri car seus pre-
ços para as ramas que nos interessam,
entre outras acções.
O que eles produzem, mas não proces-
sam, vão negociar. Eu posso ter mercado
para o ‘Girassol’ a USD 1,00 e comprar a
0,80 cêntimos. Isto é negociar. Então acho
que nós podemos contribuir como um
escritório de trading executando as suas
tarefas.
Re ro junto aos meus colegas em Lon-
dres e Houston. Trading é procurar valor.
É disso que se trata”.
O singapuriano considera muito boa a
dinâmica de trabalho com os outros
escritórios de trading (Londres e Hous-
ton), “óptimo trabalho em equipa, somos
todos organizados e essa é uma das nos-
sas principais forças, trabalhamos muito
de perto e cooperamos uns com os
outros”.
Ao descrever um bom dia de trabalho,
pragmático, relembrou que “há duas
semanas, vendemos uma carga Girassol
para um cliente asiático por 4 dólares a
mais; este é o Girassol mais alto que ven-
demos há mais de doze meses e isso é
muito bom”.
Mas também dá o exemplo do que pode
ser um dia mau. “Se eu estragar uma
negociação comercial, isso é um dia
muito mau. Por exemplo, se negociamos
com um cliente e no nal há um desacor-
do devido a uma falha de comunicação
sobre o preço negociado”.Alex
EMANUEL CHINDECASSE garante
Director
gostar bastante do faz. de Marketing da UNDC
“É uma função muito dinâmica; cada dia é
um dia diferente porque o mundo a cada
dia é um mundo diferente. E o meu traba-
lho é em função do mundo.
Por exemplo, quando você acha que o
impacto do COVID acabou, a economia
global vai se recuperar, a demanda vai
aumentar, no dia seguinte a Rússia invade
a Ucrânia e muda tudo novamente.
O amanhã como vai ser, o que eu sei? Tal-
vez outra coisa irá acontecer. Este é um
negócio e não é só sobre o petróleo, mas o
petróleo é o mundo, o petróleo é energia,
a energia é o mundo, portanto diz respeito
ao mundo inteiro.
Diz respeito à economia, e, de nitivamen-
te, à geopolítica. No m de tudo as pesso-
as só se preocupam com o petróleo, por
isso é um negócio interessante. É preciso
estar muito atento à geopolítica e à eco-
nomia internacional”.
 ESPECIAL SONÁSIA
| 13

UM DIA NAS
OPERAÇÕES
DA SONÁSIA

A Direcção de Operações da Sonásia, ção de reportar e também gerir situa- mento de qualquer problema com os
entra no processo de venda de cada ções como perdas nos terminais e tra- operadores.
carregamento de petróleo bruto, ime- balhamos a tramitação de toda a docu-
diatamente após a consumação de um mentação”, explicou. Acrescentou “Se houver quedas de produção,
contrato. que têm trabalhado bastante com cli- implicitamente signi ca movimenta-
entes re nadores da Índia, China e, ção nas escalas dos navios e, conse-
Garantida a venda, inicia-se a gestão mais recentemente, da Tailândia e quentemente, custos nanceiros. Na
operacional, em coordenação com as Indonésia. nossa actividade tempo é dinheiro,
áreas de Trading de Houston e Lon- tudo é dinheiro, então temos de, mui-
dres, o que requer uma atenção 24 O Director de Operações considera a tas vezes, ter sensibilidade e raciona-
horas ao dia, durante os 7 dias da parte comercial indissociável do mar- lidade para convencer os clientes a
semana. keting, o que promove a necessidade aceitarem determinadas ocorrências
de aproximação aos clientes, até por nos terminais”, naliza Nelson Silva.
Nelson Silva, Director de Operações questões culturais.
da unidade, considera a actividade
intensa e bastante exigente. “O que Assegura que a
fazemos em concreto é a gestão ope- satisfação cabal do
racional técnica e comercial das cláu- cliente é um impera-
sulas dos termos gerais dos contratos tivo diário e que qual-
que a Sonangol celebra. quer falha pode con-
formar uma crise.
Estão envolvidas três instituições, “Crise é não poder
nomeadamente: o cliente, a Sonangol dar solução a um pro-
e os operadores dos terminais. Nós blema a curto prazo.
somos o elo entre os clientes e os ter-
minais”. Não é apenas dar
solução, mas dar
O Director adianta que a actividade solução a curto pra-
diária tem início com a revisão dos zo, porque a activida-
emails, como actividade prioritária no de operacional é
início de cada jornada laboral. “Che- muito dinâmica e
gamos e começamos logo a dar res- tem de haver muita
postas. Temos de fazer menção aos predisponibilidade
navios, à qualidade dos produtos, ao do operador.
local de entrega, etc.
Trabalha-se muito
As características do produto não apa- sob pressão e é um
recem no contrato, mas o cliente tem factor que também
acesso à toda a informação pelas se ter deve em con-
reportagens anteriores e fazemos o ta”, adianta, acres-
cálculo dos preços para enviar aos cli- centando que outro
entes. elemento capaz de
gerar grandes preo-
cupações é o surgi-
Após os carregamos, temos a obriga-
 ESPECIAL SONÁSIA
| 14

BÁRBARA BINGA
UMA MULHER DE OFÍCIOS
Bárbara Binga ou simplesmente
Patrícia, como é tratada pelos
colegas, é quadro da Sonangol há 23
anos, actualmente colocada na
Sonásia, em Singapura. Formada em
marketing, teve uma primeira
passagem por Singapura na
abertura do escritório local,
ausentando-se depois para concluir
os seus estudos.

No regresso, teve passagem pelas

áreas de Operações e Trading, para Missão
mais tarde ocupar-se de uma nova Contribuir para a
área criada na unidade para
responder pela administração,
sustentabilidade e o
tecnologias de informação, crescimento da indústria
qualidade e segurança, gestão de petrolífera nacional, de forma
riscos empresariais e planeamento,
como forma de manter os a garantir maior retorno para
responsáveis das diferentes áreas o Estado Angolano, dando
focados nos seus respectivos suporte à participação das
objectivos concretos de trabalho,
sem disrupções para atender a acções não core. É na nova área que Patrícia empresas e dos quadros
inicia o desdobramento para atender as várias obrigações. nacionais nas actividades do
sector para o
Na Administração, ela tem a responsabilidade de gerir o arquivo da Sonangol
Ásia, “elaborar o processo de compras, proceder à distribuição de documentos,
desenvolvimento
elaborar documentos, assegurar o suporte logístico para as demais áreas e socioeconómico de Angola.
programar formações”, explica a responsável por gerar todo um conjunto de
condições para que a unidade funcione em pleno. Na Qualidade “tem a
responsabilidade de manter a certi cação, através do cumprimento dos Visão
requisitos e padrões convencionais, organizar a auditoria interna, programar a Tornar-se numa empresa de
reunião estratégica anual da unidade que afere o cumprimento das metas, da referência do sector
missão e da visão”.
petrolífero no continente
Bárbara Binga tem ainda a responsabilidade do Planeamento, que passa pela Africano, comprometida com
elaboração e compilação de a sustentabilidade.
relatórios mensais e anuais,
“trabalhamos em estreita
colaboração com os colegas Valores
da UNTS em Luanda, sendo o Humildade
planeamento o elo no
processo comunicação em Disciplina e seriedade
relação às solicitações da EP Conduta ética
ou da nossa Unidade líder, Alto desempenho
relativas, por exemplo, à
estratégia da Sonásia”. Respeito pelas partes
interessadas
Na área de Risco, lida com os manuais de gestão de risco empresarial, Trabalho em equipa
“reportando trimestralmente os resultados dos objectivos da empresa”. Sobre
a pro ssional recai ainda a missão de velar pela Segurança Ocupacional, pelo Lealdade
Ambiente e pelas Tecnologias de Informação intermediando os processos com Rigor
as área sde tecnologias da sede, em Luanda, e a assistência necessária ao nível
local.É com respostas cabais à cada uma das múltiplas tarefas a si adstritas,
que Bárbara Binga contribui para o bom labor da Sonásia em Singapura.
ESPECIAL SONÁSIA
| 15

EQUIPA DO JORNAL
EMANUEL CHINDECASSE
PACAÇADirector
NAdeSONÁSIA
Marketing da UNDC
 DESTAQUE
| 17
TERMINAL OCEÂNICO DA BARRA DA DANDE
Alguns materiais, considerados chave
para o funcionamento do Terminal Oceâ-
nico da Barra da Dande, estão em fase de
montagem, naquela que é a fase derradei-
ra dos trabalhos da enorme infraestrutura
logística.
O TOBD, além da enorme capacidade de
acomodação de diferentes derivados de
petróleo, que se vai re ectir numa grande
melhoria de logística de recepção e distri-
buição de combustíveis, encerra também
alguns objectivos estratégicos para a
Sonangol e para o país, como a pretensão
de expansão comercial regional no conti-
nente e a constituição da reserva estraté-
gica nacional de derivados do ouro negro.
Obedecendo ao cronograma do projecto,
está em curso a descarga e montagem
dos reservatórios de LPG.
“É uma operação bastante complexa,
dado o risco de movimentação destes
reservatórios”, informa o Director do pro-
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
EM ‘SPRINT’ PARA A META
jecto, Mauro Graça. Os também designa- riscos hoje associados à movimentação
dos charutos de LPG são equipamentos de de um produto in amável.
grande envergadura, com 72 metros de
cumprimento, 8 metros de diâmetro, 400
toneladas de peso, estando cada um capa-
citado para armazenar 3 mil metros cúbi-
cos de produtos. “Costumamos dizer que
são equivalentes a um prédio de 25 anda-
res. Vêm já totalmente montados e pron-
tos para a instalação no local.
Este aspecto foi, desde sempre, um dife-
rencial na engenharia desta obra, pelos
benefícios que representa para o plano de
execução do projecto, que é bastante desa-
ante”, acrescenta o Director.
São um total de 34 charutos, produzidos
obedecendo aos mais exigentes padrões
internacionais da indústria. Transporta-
dos para Angola por via marítima, os equi-
pamentos são armazenados, numa pri-
meira fase, na base da Sonils e depois
transportados, também por via marítima,
para o Terminal da Barra do Dande.
É uma operação bastante
“A operação está a decorrer com toda a
complexa, dado o risco de
normalidade, desde o carregamento à des-
movimentação destes
carga, no Dande, e podemos dizer que no
reservatórios” Mauro Graça
Director do Projecto
nal desta operação iremos contar com a
maior capacidade de armazenamento de
LPG ao nível nacional, o que representa Vamos poder ter o processo de recepção
benefícios imensos para todo o país, tanto do produto sem limitações e de forma céle-
em termos nanceiros pela poupança re e mais e ciente, o que se vai traduzir
com o armazenamento utuante, mas numa melhor e maior capacidade de
também na perspectiva de segurança ope- fazermos chegar o produto ao seu destino
racional, uma vez que vamos eliminar os nal que são as nossas casas”, concluiu
Mauro Graça.
 ACTUALIDADE
| 18

ICPN RECEBE VISITA

A Instalação Carlos Pinto Nogueira
(ICPN) vai, em breve, funcionar com maior
e ciência operacional, que se irá re ectir
no incremento da capacidade de enchi-
mento, passando das 35 mil garrafas actu-
ais, para 50 mil/ dia.
O enchimento a granel, de igual modo,
bene ciará de mais uma “ilha” de enchi-
mento, saindo dos actuais 650 TM/dia
para aproximadamente 2000 TM/dia.
São os mais expressivos resultados espe-
rados das benfeitorias em curso na Insta-
lação, segundo o Administrador Executivo
Jorge Vinhas, que para conferir, no local,
o andamento dos trabalhos, encabeçou
uma equipa que foi veri car os progres-
sos alcançados no Projecto de Melhoria
Técnica e Operacional na ICPN.
DE CONSTATAÇÃO
ram progresso menor porque dependem
de algum material que está a ser importa-
do”, acrescentou o Administrador que
deu ainda a conhecer o ajustamento do
cronograma de execução da obra, tendo
em consideração os actuais prazos de
aprovisionamento dos equipamentos.
A intervenção visa o aumento da capaci-
dade de armazenagem e expedição de
LPG e resultará em melhorias técnicas
signi cativas no desenvolvimento e ade-
quação do sistema de combate a incêndi-
os, na bombagem de LPG, assim como na
melhoria do sistema eléctrico.
As obras passam também pela constru-
ção de uma nova ilha de expedição que
resultará num sistema mais célere e e -
ciente de entrega de produtos ao consu-
midor nal.A equipa de trabalho integrou
membros da Comissão Executiva da Uni-
dade de Negócio de Gás.
A instalação Carlos Pinto Nogueira é res-
ponsável pela produção de 70% de enchi-
mento do segmento de engarrafamento
ao nível nacional.

“O objectivo foi o de constatar o progresso

da empreitada depois da última visita rea-
lizada em 2022” a rmou o gestor no m
da jornada.

“Constatou-se que houve progressos, fun-

damentalmente no sistema de combate a
incêndios. A área de bombagem, o siste-
ma eléctrico e o de descarga a granel tive-
 DESTAQUE
ISPTEC CELEBRA 12.º ANIVERSÁRIO
O Instituto Superior Politécnico de Tec-
nologias e Ciências (ISPTEC) comple-
| 19
que se destacaram nas suas activida-
des, acto presenciado pela Adminis-
tradora supervisora, Olga Sabalo, que,
numa curta intervenção confortou os
trabalhadores e augurou sucessos à
tou, no passado dia 5 de Agosto, 12 organização.Actualmente o ISPTEC
anos de existência. A celebração ocor- possui cursos de licenciatura em Enge-
reu um dia antes nharias Electrotécnica, Informática,
da data, a 11 de Mecânica e Química, além da oferta
Agosto, num para as áreas de Produção Industrial,
acto que balan- Petróleos, Geofísica, Economia, Con-
ceou as mais tabilidade e Gestão de Empresarial.
relevantes acti-
vidades desen- Quanto à especialização, a instituição
volvidas pela ins- oferece cursos de pós-graduação em
tituição acadé- Gestão de Projectos, Engenharias de
mica. Manutenção Industrial e de Re nação.
A efeméride A unidade de ensino superior ministra
cou marcada também mestrados num leque de
pelo reconheci- opções, dos quais se destacam as Enge-
mento a alguns nharias de Petróleos e de Sistemas
trabalhadores Cyber Físicos entre outros.
 ACTUALIDADE
UNDC TREINA PESSOAL DA TOTAL ENERGIES
PARA VENDA DE LUBRIFICANTES NGOL
A UNDC proporcionou um treina-
mento inovador e prático para os
lojistas e frentistas dos Postos de
Abastecimento (PA) da Total Ener-
gies, com vista ao aprimoramento
do conhecimento sobre os produtos
e técnicas de venda dos lubri can-
tes Ngol.
O programa, inserido nas acções de
estreitamento da relação com a
empresa parceira, foi concebido em
2020 e tem como objetivo atender
melhor as necessidades dos clien-
tes e impulsionar a comercializa-
ção do referido produto.
A primeira fase teve início em Luan-
da, a 18 de Julho de 2023, com a
segunda etapa programada para
estender-se às demais províncias
do país, ampliando o alcance da ini-
ciativa.
| 20
De acordo com os técnicos de
assistência e suporte comercial da
UNDC, Adilson Gomes e Igor Fer-
nandes, a demanda crescente pelos
lubri cantes da marca nos diversos
PA’s da petrolífera francesa moti-
vou a implementação deste treina-
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
mento.
Adriano Inácio, técnico da rede de
lubri cantes da Total Energies,
elogiou a formação, destacando o
seu potencial para impulsionar as
vendas nos demais postos da rede.
A colaboração re ecte o compro-
misso mútuo de elevar os padrões
de serviço, melhorar a experiência
dos clientes e promover a qualidade
dos produtos Ngol, projecto que
não só bene cia os colaboradores
envolvidos, como também fortalece
a relação entre as empresas parti-
cipantes, contribuindo para o contí-
nuo crescimento do sector de dis-
tribuição de combustíveis e lubri -
cantes em Angola.
 ACTUALIDADE | 21

EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC

SONANGOL E CNCEC REUNIDAS

NA MESA CONSTRUÇÃO DA REFINARIA DO LOBITO
A Sonangol e a empresa chinesa construção da futura re -
China National Chemical Engine- naria.
ering Company (CNCEC) estive-
ram reunidas, no passado dia 30 Os Administradores Joa-
de Agosto, na sede da petrolífera quim Fernandes, Olga Saba-
nacional angolana, com o propó- lo e Baltazar Miguel, assim
sito de avaliarem o estado das como altos quadros da
negociações em curso, para a CNCEC têm sido guras
construção da re naria do Lobito. permanentes nessas nego-
ciações, cujos principais
As conversações, lideradas por aspectos estão sumaria-
Gaspar Matins, Presidente da mente concluídos.
Sonangol, e Wu Xiangong, Vice-
Presidente da entidade chinesa,
que decorrem há cerca de três
semanas, em regime contínuo,
serviram para analisar, entre
outras particularidades, o ponto
de situação das negociações
sobre o contrato de engenharia e
 ACTUALIDADE
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SONANGOL RECEBE CHINA DEVELOPMENT BANK

A Sonangol recebeu a visita de uma dele-
gação da China Development Bank para
um encontro inserido nas relações exis-
tentes entre as duas instituições.

Os visitantes, no cumprimento do progra-

ma da visita, estiveram na Re naria de
Luanda, onde foram recepcionados pelos
membros da Comissão Executiva daquela
Unidade, dos quais receberam informa-
ções sobre o funcionamento da estrutura
e constataram “in loco” a qualidade dos
produtos nela produzidos.

A comitiva chinesa não abandonou o local

sem antes veri car o funcionamento do
novo Complexo de Produção de Gasolina,
acção recebida com bastante interesse
pela delegação que pretende continuar a
nanciar investimentos no sector petrolí-
fero em Angola.

A equipa, encabeçada pelo Presidente do

CDB, Tan Jiong, foi recebida pelo PCA Gas-
par Martins e os Administradores Balta-
zar Miguel e Joaquim Fernandes.
 Direcção de Comunicação, Marca e Conselho de Administração Propriedade e Distribuição:
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Presidente: Gaspar Martins Sonangol E.P. - Direcção de Comunicação,
Director: Dionísio Rocha Marca e Responsabilidade Social (DCMRS)
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