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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

WAGNER RODRIGUES DE ARAUJO FILHO

FICHAMENTO DE RESUMO: A PESQUISA EM HISTÓRIA

FORTALEZA - CE
2019

BURKE, Peter. História e teoria social. São Paulo; Editora UNESP, 2002, P. 39-66.
Peter Burker dedica esse segundo capítulo denominado Modelos e metodos a abordar
quatro modelos de abordagem genéricas que podem ser aplicados a diversas diciplinas apesar de
serem vistas de como polemicas em algumas delas

A primeira abordagem de pesquisa trabalhada pelo autor é a comparação que por ele é
demonstrada sempre localizada no centro da teoria social e cita Durkhein em sua afirmação de
que a sociologia comparativa seria a própria sociologia para exemplificar como esse sociologo
destacou o valor da variação concomitante como uma espécie de experimento indireto utilizado
pela sociologia para uma análise dos fatores que levam uma sociedade a assumir uma
determinada forma.

Temos dois tipos de comparação defendidas por Durkhein onde a primeira é entre
sociedades que possuem a mesma estrutura as que ele chamava de forma metáforica “da mesma
espécie” e o segundo tipo de comparação entre sociedades basicamente diferentes.

Historiadores tenderam a rejeitar a comparação por seu interesse no específico e único,


mas para essa objeção Peter Burke aponta a resposta dada por Max Weber em 1914 para o
historiador Georg von Below para concluir que graças à comparação é possivel ver o que não
está lá e entender a importancia de certas ausências específicas. Weber passou parte de sua vida
profissional buscando uma definição das caracteristicas da civilização ocidental e utilizou-se de
comparações sistematicas entre a Europa e Asia analizando economia politica e religião como
fenomenos interligados e comparando os com os de outros lugares.

Marc Block aprendeu o método comparativo de Durkheim e do linguista Antoine


Meillet para definir um método semelhante ao deles onde diferenciava as comparações entre os
“vizinhos” e as comparações entre sociedades distantes no tempo e no espaço e defendendo o
método com base nos mesmos fundamentos pois permitia ao historiador um avanço real na
busca pelas causas.

Os estudos comparativos ganharam maior importancia após a segunda guerra mundial


nos Estados Unidos com o surgimento de subdiciplinas e desenvolvimento da economia,
literatura e da política comparativa. Na história econômica o processo da industrialização é visto
de uma perspectiva comparativa com frequência assim como na história política é o estudo
comparativo das revoluções que vem despertando mairo interesse.

Apesar de seus meritos o estudo comparativo também apresenta riscos como o de


aceitar muito facilmente a premissa de que as sociedade evoluem de acordo com uma sequencia
inevitável de estágios como o metodo comparativo de max que consistia em identificar o estágio
alcançado por uma sociedade específica e colocá-lo em uma escala de evolução social. Um
segundo risco seria o do etnocentrismo por muitos academicos pois mesmo que haja uma
ossociação de estudos comparativos a conhecimentos das culturas orientais por parte de
estudiosos do ocidente esse conhecimento por vezes toma as culturas ocidentais como regra e as
demais como divergentes. A tambem a problematica de decidir oque deve ser comparado com o
quê, o texto traz os comparatistas do século XIX voltando sua atenção em semelhanças entre
carcterísticas ou costumes culturais mesmo que nisso estejam ignorando o contexto social
desses costumes já os funcionalistas trazem como objeto de estudo os “equivalentes funcionais”
em diferentes sociedades.
Passada essa primeira discução sobre sobre estudos comparativos Peter Burker traz uma
definição de modelo como uma construção intelectual simplicadora da realidade com a
finalidade de entende-la. Para que tal contrução siplificada ocorra haveria uma omissão de
certos elementos da realidade para a transformar os elementos restantes em um sistema de
partes interdependentes. E uma definição mais restrita o autor delimita o “modelo” com a
função de salientar o recorrente, o geral e o típico na forma de conjunto de caracteristicas.
Alguns modelos exemplificados pelo autor são os dois modelos contrastante de sociedade o
“consensual” associado a Durkheim e desta a importância dos vínculso sociais e o “conflituoso”
que é relacionado a Karl Marx e que da enfase a “contradição do conflito social”.

Alguns historiadores negam a utilização de modelos por acreditar que seu trabalho é
estudar o evento particular e não generalizar, porem na maoria deles acabam por fazer uso de
modelos sem perceber e comumente imcorrem em afirmações genéricas sobre sociedades
específicas. A suspeitas sobre a utilização de modelos é a crença de que seu uso pode levar a
indiferença em relação as mudanças ao longo do tempo, porem os modelos podem sim
incorporar mudanças com a busca de identificação de sequencias tipicas dessas modificações
como é exemplificado com o modelo da modernização.

O metodo quantitativo é o terceiro a ser tratado pelo autor que inicia sua abordadagem
com uma rapida passagem por sua história iniciando na Roma antiga e a organização de censos
chegando aos historiadores economicos do século XIX. A novidade estaria em ver o metodo
quantitativo como úteis no estudo e pequisa do comportamento humano. Peter Burker
exemplifica com a utilização dos sociologos e seus questionarios feitos com grandes grupos de
tamanho que possam ser analisados de forma estatistica, pesquisas de opinão e estatisticas de
natalidade levantadas por demografos e etcs,. Assim como os demais exemplos anteriores os
historiadores seguem esse caminho e vale ressaltar o surgimento de um estudo de demografia
histórica na França com a colaboração de demógrafos e historiadores.

Existem varios metodo quantativos porem para o historiador o mais adequados para as
suas necessidades é a análise estatística de uma série que podem, por exemplo, mostras as
mudanças do preço do grão ao longo do tempo ou a idade média das mulheres no primeiro
casamento é o que os franceses chamam de “história serial”.

Para estabelecer uma distinção entre as varias formas de historia quantitativa o autor
trata de exemplificar como o senado Romano e o parlamento foram estudados por meio das
biografias de seus membros em um estudo do grupo todo, a “população total” em um metodo
apontado como apropriado para a análise de pequenos grupos dos quais se tem pouca
informação. Ao historiadores de sociedades industriais responsaveis por grandes grupos com
acesso a uma quantidade bem maior de informações cabe um estudo com técnicas de
amostragem desenvolvida por estatísticos no seculo XVII para estabelecer estimativas.

Ha metodos quantitativos mais complexos como a chamada “nova história econômica”


que se diferencia por sua ênfase sobre a avaliação do desempenho de economias inteiras de
onde se extraem conclusões frequentemente apresentadas por historiadores sob a forma de
“modelos” economicos.

Sem os métodos quantitativos seria impossível desenvolver alguns tipos de história


como os voltados a movimentação de preço e de população, porem esses métodos estão longe
de serem aceitos sem polêmicas como os problemas para alcançar fontes precisas ou objetivas
como seriam necessarias e a dificuldade em depender da premissa de que o objeto de estudo não
sofre alterações em sua forma com o passar do tempo.

O último ponto tratado é “O microscópio social” que surge como resposta a ação de
alguns historiadores sociais que por exemplo dos sociólogos empregavam métodos quantitativos
interessados na vida de milhões de pessoas e concentrados na análise de tendências gerais e
observando um todo por um telescopio. Passaram a ver através de um microscópio para uma
compreenção melhor das relações microssociais dando origem ao que seria chamada de “micro-
história”.

A virada na direção da micro-história esta diretamente ligada com a descoberta do


trabalho dos antropólogos sociais. Os método micro-histórico tem muito em comum com estudo
de comunidades conduzida pelo antropologo Robert Redield na decada de trinta. Algumas das
mais interessantes obras dedicam-se ao chamado “drama social” que é um termo cunhado pelo
antropologo britanico Victor Turner para referir-se a um comflito de pequena abrangência com
tensões latentes na sociedade geral e passam por uma sequencia de quatro fases a ruptura, crise,
ação corretiva e reintegração.

Com a apresentação de obras de alguns autores de notoria importancia o autor trás


alguns conceitos de destaque para micro história como o conceito de exemplo microscópico
com o qual Geetz busca interpretar tod uma cultura ou o conceito de micro fisica do poder que
Foucalt utiliza para discutir o poder fora da esfera do estado e para representar o poder em suas
formas capilares que se quiam ao amago do individuo em suas ações, discursos e rotina.

Um segundo modelo abordado por Peter Burke seria o modelo

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