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FORTALEZA - CE
2019
BURKE, Peter. História e teoria social. São Paulo; Editora UNESP, 2002, P. 39-66.
Peter Burker dedica esse segundo capítulo denominado Modelos e metodos a abordar
quatro modelos de abordagem genéricas que podem ser aplicados a diversas diciplinas apesar de
serem vistas de como polemicas em algumas delas
A primeira abordagem de pesquisa trabalhada pelo autor é a comparação que por ele é
demonstrada sempre localizada no centro da teoria social e cita Durkhein em sua afirmação de
que a sociologia comparativa seria a própria sociologia para exemplificar como esse sociologo
destacou o valor da variação concomitante como uma espécie de experimento indireto utilizado
pela sociologia para uma análise dos fatores que levam uma sociedade a assumir uma
determinada forma.
Temos dois tipos de comparação defendidas por Durkhein onde a primeira é entre
sociedades que possuem a mesma estrutura as que ele chamava de forma metáforica “da mesma
espécie” e o segundo tipo de comparação entre sociedades basicamente diferentes.
Alguns historiadores negam a utilização de modelos por acreditar que seu trabalho é
estudar o evento particular e não generalizar, porem na maoria deles acabam por fazer uso de
modelos sem perceber e comumente imcorrem em afirmações genéricas sobre sociedades
específicas. A suspeitas sobre a utilização de modelos é a crença de que seu uso pode levar a
indiferença em relação as mudanças ao longo do tempo, porem os modelos podem sim
incorporar mudanças com a busca de identificação de sequencias tipicas dessas modificações
como é exemplificado com o modelo da modernização.
O metodo quantitativo é o terceiro a ser tratado pelo autor que inicia sua abordadagem
com uma rapida passagem por sua história iniciando na Roma antiga e a organização de censos
chegando aos historiadores economicos do século XIX. A novidade estaria em ver o metodo
quantitativo como úteis no estudo e pequisa do comportamento humano. Peter Burker
exemplifica com a utilização dos sociologos e seus questionarios feitos com grandes grupos de
tamanho que possam ser analisados de forma estatistica, pesquisas de opinão e estatisticas de
natalidade levantadas por demografos e etcs,. Assim como os demais exemplos anteriores os
historiadores seguem esse caminho e vale ressaltar o surgimento de um estudo de demografia
histórica na França com a colaboração de demógrafos e historiadores.
Existem varios metodo quantativos porem para o historiador o mais adequados para as
suas necessidades é a análise estatística de uma série que podem, por exemplo, mostras as
mudanças do preço do grão ao longo do tempo ou a idade média das mulheres no primeiro
casamento é o que os franceses chamam de “história serial”.
Para estabelecer uma distinção entre as varias formas de historia quantitativa o autor
trata de exemplificar como o senado Romano e o parlamento foram estudados por meio das
biografias de seus membros em um estudo do grupo todo, a “população total” em um metodo
apontado como apropriado para a análise de pequenos grupos dos quais se tem pouca
informação. Ao historiadores de sociedades industriais responsaveis por grandes grupos com
acesso a uma quantidade bem maior de informações cabe um estudo com técnicas de
amostragem desenvolvida por estatísticos no seculo XVII para estabelecer estimativas.
O último ponto tratado é “O microscópio social” que surge como resposta a ação de
alguns historiadores sociais que por exemplo dos sociólogos empregavam métodos quantitativos
interessados na vida de milhões de pessoas e concentrados na análise de tendências gerais e
observando um todo por um telescopio. Passaram a ver através de um microscópio para uma
compreenção melhor das relações microssociais dando origem ao que seria chamada de “micro-
história”.