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ÍNDICE

A Relevância deste trabalho página 2

As NRS e suas atualizações página 5

Os Impactos da Pandemia página 11

A Avaliação Psicossocial na Pandemia página 24

Roteiro de Entrevista Estruturada Admissional página 30

Roteiro de Entrevista Estruturada Periódica página 32

Roteiro de Entrevista Estruturada na Pandemia página 34

Roteiro de Entrevista Demissional página 38

Questionário de Anamnese página 39

Modelos de Laudos página 46

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INTRODUÇÃO

Vivemos tempos em que o estresse e a ansiedade influenciam intensamente a saúde física e


mental das pessoas. Mas isso não é uma novidade. Antes da Pandemia, o Brasil já era apontado
pela OMS, como o país mais ansioso do mundo. Depois do evento da pandemia, estes números
triplicaram, enquanto os índices de depressão e estresse duplicaram.

Cuidar da saúde mental já não é mais um luxo, mas uma necessidade básica imposta a todos nós
por força das pressões da vida diária. Disso surge a necessidade de compreender o que é RISCO
PSICOSSOCIAL. Então vamos lá. O termo psicossocial refere-se a tudo que interfere no
funcionamento psicológico do indivíduo, ou seja, família, amigos, trabalho repercutindo em seu
comportamento. Vamos considerar o princípio básico da ação e reação que compreende que
nosso comportamento é produto de tudo que vivemos, sentimos, pensamos e desejamos e por
isso, este resultado poderá ser favorável ou não as pessoas que expõem a funções
perigosas. Assim, risco psicossocial compreende tudo o que influencia a saúde mental do
indivíduo, partindo das tensões de sua vida diária e de tudo que é vivido pelo indivíduo como
algo adverso. Pode ser experimentado do ambiente familiar ou do trabalho, sendo causador de
estresse, diminuição da qualidade de vida, redução da motivação e da capacidade produtiva.

O antigo paradigma que afirmava que os problemas de casa devem ficar em casa, e assim não se
misturar com as questões do trabalho, já não tem mais eco. A partir deste conceito, fica bem claro
que tudo que passa no ambiente pessoal interfere no desempenho do ambiente laboral, e vice-
versa. Portanto, “deixar os problemas do lado de fora do portão” já não faz mais sentido. Como
é possível um indivíduo desempenhar-se deixando de lado suas preocupações pessoais e
angústias familiares? Como o indivíduo que termina um dia de trabalho exaustivo, com
emergências de segurança, cobranças e pressões por produtividades ou ainda com um clima
tenso e sem cooperação entre colegas e líderes, pode chegar bem em casa para conviver com sua
família?

A verdade sobre isso é que podemos controlar até certo ponto, e até mesmo em certa medida
disfarçar nossos sentimentos e pensamentos fazendo o ajuste possível para cada situação. Mas
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não podemos mudar nossos sentimentos e emoções mais primitivas e profundas. Para
exemplificar isso, podemos citar os medos mais básicos presentes na mente de todo indivíduo em
momentos específicos: medo do desemprego, de passar fome, de fazer dívidas, de perder a
família, os amigos, medo de ficar doente, medo de morrer, ou ainda de sofrer alguma violência ou
acidente. Essa emoção não pode ser evitada. E muito menos negada. Devemos reconhecer,
aceitar e respeitar sua presença, e dar a devida atenção ao tanto que isso pode colocar o indivíduo
em uma situação vulnerável diante do ambiente de risco que se faz presente no trabalho.

Compreender a aceitar a influência do risco psicossocial no trabalho implica em rever conceitos e


quebrar paradigmas. Não é mais possível aceitar a ideia de que as pessoas devam deixar seus
problemas em casa para irem trabalhar tranquilas e felizes e dar o melhor de si produzindo ao
máximo. Essa crença impede a gestão do risco psicossocial na medida em que nega o seu impacto
no comportamento laboral de qualquer profissional, prejudica a saúde mental e toda a
possibilidade uma vida com qualidade.

As estatísticas da OIT (Organização Internacional do Trabalho) apresenta números que revelam


as razões para as quais é preciso priorizar a atenção as ações preventivas diante dos acidentes de
trabalho:

• O Brasil gasta cerca de 40 bilhões anuais em acidentes causados no ambiente de trabalho


pela falta de prevenção.

• Acidentes de trabalho – o Brasil está em 3º lugar no ranking mundial.

• Acidentes de Trânsito – o Brasil está em 5º lugar

• 2,3 milhões de trabalhadores morrem por ano no mundo.

• 300 milhões ficam feridos em atividades profissionais.

• 4% do PIB Mundial se dedica a custos vindos de acidentes no Trabalho.

• O BRASIL É O PAÍS MAIS ANSIOSO DO MUNDO.

• Os Acidentes aumentaram em 40% entre 2019 e 2020.

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• O Portal Acidentômetro da OIT – Brasil apresentam estes números:

• + de 5,5 milhões de acidentes aconteceram entre 2012 e 2020

• + de 20 mil resultaram em mortes

• A cada 3h50min ocorre 1 morte no Brasil

• + de 427 milhões de dias de trabalho perdidos entre 2012 e 2020

• Foram gastos com benefícios neste mesmo período R$ 106.097.737.197,06 (notificados


apenas os trabalhadores com vínculo formal regidos pelo Regime Geral da Previdência
Social.

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Seguem alguns trechos das NRs revisadas e validas desde 1º de janeiro de 2022:
A NOVA NR 01 – atualizada em 2020

O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os


termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR relativas a segurança e
saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos
ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho - SST.

Portaria SEPRT n.º 6.730, de 09/03/20

Direitos e deveres

1.4.1 Cabe ao empregador:

Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde


no trabalho;

b) informar aos trabalhadores:

I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho;

II. as medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou reduzir taisriscos;

III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos


quais os próprios trabalhadores forem submetidos;

IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.

c) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos
trabalhadores.

ALGUNS TERMOS DO GLOSSÁRIO DAS NRS

Avaliação de riscos: processo geral, abrangente e amplo de identificação, análise e valoração,


para definir ações de controle e monitoração.

Características psicofisiológicas: englobam o que constitui o caráter distintivo, particular de uma


pessoa, incluindo suas capacidades sensitivas, motoras, psíquicas e cognitivas, destacando,
entre outras, questões relativas aos reflexos, à postura, ao equilíbrio, à coordenação motora e
aos mecanismos de execução dos movimentos que variam intra e inter indivíduos. Inclui, no

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mínimo, o conhecimento antropológico, psicológico, fisiológico relativo ao ser humano.
Englobam, ainda, temas como níveis de vigilância, sono, motivação e emoção; memória e
aprendizagem.

Demanda ergonômica: observação do contexto geral do processo produtivo da empresa e a


evidência de seus disfuncionamentos, não devendo se restringir apenas a dores, sofrimento e
doenças.

NR 07 – PCMSO (PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes e requisitos para o desenvolvimento do


Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO nas organizações, com o objetivo
de proteger e preservar a saúde de seus empregados em relação aos riscos ocupacionais,
conforme avaliação de riscos do Programa de Gerenciamento de Risco - PGR da organização.

O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da organização no campo da


saúde de seus empregados, devendo estar harmonizado com o disposto nas demais NR.

Portaria SEPRT n.º 6.734, de 10 de março de 2020

O PCMSO deve incluir ações de:

a) vigilância passiva da saúde ocupacional, a partir de informações sobre a demanda


espontânea de empregados que procurem serviços médicos;

b) b) vigilância ativa da saúde ocupacional, por meio de exames médicos dirigidos que
incluam, além dos exames previstos nesta NR, a coleta de dados sobre sinais e sintomas
de agravos à saúde relacionados aos riscos ocupacionais.

O PCMSO deve incluir a realização obrigatória dos exames médicos:

a) admissional;

b) periódico;

c) de retorno ao trabalho;

d) de mudança de riscos ocupacionais;

e) demissional.

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NR 17 - ERGONOMIA

Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

Portaria MTb 876/2018

17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos


trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:

a) as normas de produção;

b) o modo operatório;

c) a exigência de tempo;

d) a determinação do conteúdo de tempo;

e) o ritmo de trabalho;

f) o conteúdo das tarefas.

NR 20 - INFLAMÁVEIS

Esta norma estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho
contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção,
armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.

Portaria MTb n.º 872, de 06 de julho de 2017

NR 31 – ATIVIDADES RURAIS

Esta Norma Regulamentadora - NR tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem


observados na organização e no ambiente de trabalho rural, de forma a tornar compatível o

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planejamento e o desenvolvimento das atividades do setor com a prevenção de acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho rural.

Portaria SEPRT n.º 22.677, de 22 de outubro de 2020

31.3.2 O PGRTR (PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS NO TRABALHO RURAL) deve


contemplar os riscos químicos, físicos, biológicos, de acidentes e os aspectos ergonômicos,
sendo sua abrangência e complexidade dependentes das características dos riscos e das
necessidades de controle.

31.8 Ergonomia

31.8.1 O empregador rural ou equiparado deve adotar princípios ergonômicos que visem a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de
modo a proporcionar adequadas condições de conforto e segurança no trabalho.

NR 33 – ESPAÇO CONFINADO

Esta norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços
confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes de
forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem
direta ou indiretamente nestes espaços. (Portaria GM 202, de 22 de dezembro de 2006)

Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua,
que possua meios limitados de entrada e de saída, cuja ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes ou onde possa existir a insuficiência de oxigênio.

Atividade Econômica e Espaços Confinados Típicos


Agricultura Biodigestores, silos, moegas, tremonhas, tanques, transportadores
enclausurados, elevadores de caneca, poços, cisternas, esgotos, valas, trincheiras.
Construção Civil Poços, valas, trincheiras, esgotos, escavações, caixas, caixões, shafts
(passa-dutos), forros, espaços reduzidos (onde a movimentação é realizada por
rastejamento).
Alimentos Retortas, tubos, bacias, panelões, fornos, depósitos, silos, tanques,
misturadores, secadores, lavadores de ar, tonéis.
Têxtil Caixas, recipientes de tingimento, caldeiras, tanques, prensas.
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Papel e Polpa Depósitos, torres, colunas, digestores, batedores, misturadores, tanques,
fornos, silos.
Editoras e Impressão Gráfica Tanques
Indústria do Petróleo e Indústrias Químicas Reatores, colunas de destilação, tanques,
torres de resfriamento, áreas de diques, tanques de água, filtros coletores,
precipitadores, lavadores de ar, secadores.
Borracha Tanques, fornos, misturadores.
Couro Tonéis, tanques, poços.
Tabaco Secadores, tonéis.
Concreto, argila, pedras, cerâmica e vidro Fornos, depósitos, silos, tremonhas, moinhos,
secadores.
Metalurgia Depósitos, dutos, tubulação, silos, poços, tanques, desengraxadores,
coletores e cabines.
Eletrônica Desengraxadores, cabines e tanques.
Transporte Tanques nas asas dos aviões, caminhões-tanque, vagões ferroviários, tanque,
navios-tanque.
Serviços de sanitários, de águas e de esgotos.
Serviços de gás, eletricidade e telefonia.
Poços de válvulas, cabos, caixas, caixões, enclausuramento, poços, poços químicos,
incineradores, estações de bombas, reguladores, poços de lama, poços de água,
digestores, caixas de gordura, estações elevatórias, esgotos e drenos.
Equipamentos e Máquinas Caldeiras, transportadores, coletores e túneis.
Operações Marítimas Porões, contêineres, caldeiras, tanques de combustível e de água e
compartimentos.

NR34 – ATIVIDADES NAVAIS

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à


segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção,
reparação e desmonte naval.

Consideram-se atividades da indústria da construção e reparação naval todas aquelas


desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas para este fim ou nas próprias
embarcações e estruturas, tais como navios, barcos, lanchas, plataformas fixas ou flutuantes,
dentre outras. (Portaria SIT 235/2011 – Ministério do Trabalho)

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NR 35 – ATIVIDADES EM ALTURA

Esta norma tem como objetivo garantir as condições de segurança necessárias ao trabalho em
altura. Por trabalho em altura entende-se mais de 2 metros acima do nível inferior onde possa
haver queda. (Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019 31/07/19)

NR 36 – ATIVIDADE EM FRIGORÍFICO

O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e


monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e
processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir
permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da
observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras. (Portaria MTb n.º 99, de 08 de
fevereiro de 2018)

36.14.8 Aspectos psicossociais

36.14.8.1 Os superiores hierárquicos diretos dos trabalhadores da área industrial devem


ser treinados para buscar no exercício de suas atividades:

a) facilitar a compreensão das atribuições e responsabilidades de cada função;

b) manter aberto o diálogo de modo que os trabalhadores possam sanar dúvidas quanto
ao exercício de suas atividades;

c) facilitar o trabalho em equipe;

d) conhecer os procedimentos para prestar auxílio em caso de emergência ou mal estar;

e) estimular tratamento justo e respeitoso nas relações pessoais no ambiente de


trabalho.

36.15 Análise Ergonômica do Trabalho

36.15.1 As análises ergonômicas do trabalho devem ser realizadas para avaliar a


adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos

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trabalhadores e subsidiar a implementação das medidas e adequações necessárias
conforme previsto na NR-17.

36.15.2 As análises ergonômicas do trabalho devem incluir as seguintes etapas:

a) discussão e divulgação dos resultados com os trabalhadores e


instâncias hierárquicas envolvidas, assim como apresentação e discussão do documento
na CIPA;

b) recomendações ergonômicas específicas para os postos e


atividades avaliadas;

c) avaliação e revisão das intervenções efetuadas com a


participação dos trabalhadores, supervisores e gerentes.

NR 37 – PLATAFORMAS PETROLÍFERAS

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos mínimos de segurança,


saúde e condições de vivência no trabalho a bordo de plataformas de petróleo em
operação nas Águas Jurisdicionais Brasileiras - AJB.

Cabe à operadora da instalação:

d) garantir que todos os trabalhadores sejam informados sobre os riscos e as medidas de


controle que devem ser adotadas, associados às atividades realizadas a bordo, os riscos
psicossociais e os demais riscos existentes nos locais de trabalho e nas áreas de vivência;
(Portaria SEPRT n.º 1.412, de 17 de dezembro de 2019 18/12/19)

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O QUE MUDA NO MUNDO PÓS PANDEMIA?

( a pandemia ainda não acabou!)

A Pandemia do Novo Coronavírus teve início na China em 31 dezembro de 2019, e


três meses depois já havia se espalhado por 203 países. De acordo com o instituto
John Hopkins, em início de abril já eram 1,3 milhões de infectados e mais de 74 mil
mortes. Estes números ainda estão longe de retratar o auge do desastre para que se
possa compreender a complexidade do caos e de suas consequências.

Cabe destacar que esta situação é absolutamente sem precedentes no Brasil. Ainda
não havíamos vivido um ambiente de pandemia que nos exigisse o isolamento social
e a ruptura abrupta de nossa rotina e de velhos hábitos. Diante da notícia e
informação clara de ameaça, todos nós buscamos meios de nos proteger, seja por
meio de um isolamento parcial (que não seria eficaz), seja por meio de uma busca
desenfreada e exagerada de informações, ou ainda através de recursos criados pelo
próprio indivíduo que acreditar estar protegido (por exemplo, tomar vitaminas
diariamente).

Realizado o primeiro impacto, uma explosão de emoções acontecem em nossa


mente através de uma frenética conexão de novas sinapses que buscam construir
um conceito e um padrão de resposta para este novo cenário. Muitos relatam: medo,
raiva, confusão, irritação, tristeza, ansiedade, dúvida, insegurança, impotência, apatia
e desorientação entre tantas outras emoções. Mas sem dúvida, o medo é a primeira
emoção relatada pela grande maioria acompanhado de ansiedade e insegurança.

Diante de tanta agitação externa e interna, quero dizer, externa por que parece que o
mundo parou (e de fato parou) e nossa rotina se alterou quase que por completo, e
interna, por que são muitas as emoções para dar conta de controlar e administrar
nossas reações de forma razoável para que possamos nos realinhar a uma nova
normalidade.

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Mas como já se sabe, toda evolução e crescimento advém de alguma crise, significa
que passaremos por turbulências e dificuldades para depois, e somente depois,
alcançarmos uma condição de crescimento, aprendizado e evolução pessoal e
humana.

Cabe destacar que, a evolução deste processo depende de vencer cada etapa de
forma a construir algum aprendizado, o que significa extrair lições que se apliquem
ao nosso dia a dia mudando e transformando hábitos, crenças e conceitos de
maneira a impactar em nossas relações de um modo geral. E, justamente, a
mudança de valores e significados é que dará condição de uma nova normalidade.

Para entender o processo de adaptação e assimilação deste fenômeno, vamos


refletir sobre como acontece a compreensão, e em que se apoia este processo de
forma que permita uma assimilação lúcida e adequada da realidade que se
apresenta.

ZONA DE
CRESCIMENTO:
esperança, empatia,
compaixão,
cooperação

ZONA DE
ADAPTAÇÃO:
autoconhecimen
to, mudança de
hábitos

ZONA DO
MEDO: pânico,
raiva,
intolerância,
insegurança

IMPACTO
EMOCIONAL

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Nossas reações diante de fatos novos e inesperados dependem de 3 elementos que
determinam nossas condições de assimilação e compreensão dos fatos, são elas:
estrutura de personalidade, experiências anteriores e percepção da realidade.

A estrutura de personalidade depende de como outros fatos relevantes anteriores a


este foram vividos e como se deu a adaptação a estes, se foi aceito e compreendido
com abertura e flexibilidade, o quanto abalou ou não os relacionamentos
interpessoais, se houve controle emocional, empatia em relação aos demais, e ainda,
se o indivíduo foi capaz de reconhecer suas reações para melhor lidar consigo
mesmo no sentido de buscar a melhor resposta emocional para cada situação,
ambiente e pessoa. Essa condição de lidar com as emoções poderá definir se o
indivíduo irá responder ao evento de forma a favorecer sua adaptação e
acomodação diante do novo, ou se irá sucumbir a reações emocionais de maior
desgaste, sofrimento e resistência prejudicando a construção de novos
comportamentos, novos hábitos e uma nova normalidade. A resistência se revela na
forma de uma negativa em aceitar os fatos e as repercussões advindas. Pode ser
percebido pela reação de diminuição da importância das consequências,
minimizando seus riscos e procurando acreditar que não se trata de nada relevante,
ou que exija mudanças de hábitos ou de comportamentos. Ainda sobre este aspecto,
pode haver reações de pânico, de pensamento catastrófico ou de confusão. Significa
uma exacerbação das reações de maneira que o indivíduo perde a dimensão dos
fatos conferindo a estes, uma dimensão que justifica sua reação de medo exagero e
superdimensionado. A confusão se configura em uma dificuldade de formatar uma
resposta emocional que não adota o vetor do desânimo ou do ânimo, nem do medo
ou da coragem. Na verdade, o indivíduo não sabe em que acreditar, não constrói
uma compreensão dos fatos e a busca por informações é vivida sem foco, portanto
sem trazer compreensão. De qualquer forma, todas estas respostas retratam
imaturidade emocional que prejudicam a adaptação ao evento estressor.

Em relação as experiências anteriores é preciso observar como foram registradas


outras situações semelhantes em que foi necessário adaptação e ajuste emocional,
isto é, como que a pessoa lidou com situações marcantes, se de forma a aprender

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lições, mudar hábitos e evoluir, ou se em forma de grande sofrimento psíquico, com
traumas e lutos mal resolvidos. Esta condição de lidar e assimilar experiências
difíceis irá determinar como o evento da pandemia e do isolamento será vivido – se
trará evolução ou trauma. Quando a situação vivida é tratada com abertura ao
aprendizado, como uma oportunidade de autoconhecimento e com uma real
disposição de revisar seus comportamento e reações, na busca por um novo padrão
que possa estar mais bem alinhado com seus valores e seus propósitos de vida, a
experiência é registrada sob a forma de aprendizado. Caso contrário, a experiência
ficará registrada como apenas sofrimento, sem identificar as lições aprendidas,
permitindo que as emoções predominem de forma desfavorável.

A percepção da realidade, ou ainda a forma de construir esta percepção, também


será um fator fundamental na assimilação de um novo evento estressor, neste caso,
a pandemia. Uma variante a considerar neste caso, é a capacidade cognitiva que irá
interferir na condição com compreensão, e, portanto, de compreensão. Alguns fatos
referentes a este evento, podem requerer maior reflexão e aprofundamento, ou ainda
interrelação de dados para um entendimento de suas consequências através do
tempo e dentro de uma perspectiva de futuro. Associado a isto, está a fonte de
informações para permitir uma melhor clareza e fidedignidade de dados.
Naturalmente os cuidados com as fakes news se tornam imprescindíveis, já que este
passou a ser um fator relevante e interveniente da construção do cenário de
realidade que se espera compreender.

ESTRUTURA DE EXPERIÊNCIAS PERCEPÇÃO DE


PERSONALIDADE ANTERIORES REALIDADE
Capacidade de se relacionar Crenças e conceitos estabelecidos Clareza sobre os fatos

Capacidade adaptativa
Traumas, lutos ou perdas Fonte de informações
Empatia
Lições aprendidas Processo de Assimilação
Controle Emocional
Capacidade de compreensão
Autoconhecimento Novos Hábitos
(cognição)

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Estes aspectos, se bem construídos, permitem a assimilação de um novo evento
estressor através de uma perspectiva positiva, reflexiva, significativa e transformadora
com aprendizado e a construção de novos hábitos mais significativos e alinhados a
uma nova normalidade que já começa a ser instituída em nossa rotina e realidade
diária.

Ao que tudo indica, esta pandemia parece ter vindo para encerrar uma fase de nossa
história e dar início a uma nova ordem. Muitas questões já tomam conta em todos os
fóruns de discussão: Como será o mundo pós-Coronavírus? Que lições teremos
aprendido? Como passaremos a lidar com a saúde? Como será a vida cotidiana?
Haverá mudanças nas relações de afeto, o mercado de consumo, a espiritualidade?
Ninguém tem ainda essas respostas. O resultado vai depender de nossa com-
preensão dos acontecimentos, dos posicionamentos da sociedade civil, das atitudes
socialmente responsáveis das empresas, dos caminhos adotados pelos governantes.
Mas as mudanças já estão despontando em alguns cenários.

Historicamente as grandes transformações da humanidade aconteceram depois de;

o GUERRAS
o REVOLUÇÕES
o EPIDEMIAS

Dizendo isso, vocês já devem lembrar da primeira e segunda guerra mundial, A


Grande Depressão, Apartheid, e gripe Espanhola, entre tantos outros eventos. Todas
marcando nossas histórias deixando aprendizado, reflexões, legados e
transformações em nossa forma de ver o mundo e viver a vida.

Eventos como estes são entendidos por historiadores, pesquisadores, antropólogos e


especialistas como sendo um “acelerador” de mudanças que vinham se desenhando
em nossos horizontes.

Como já afirmava Vladimir Lenin: “há décadas que nada acontece, e semanas em
que tudo acontece.” De acordo com a Teoria Geracional de Strauss e Howe, a crise

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atual pode ser entendida como a quarta virada, marcando o fim de uma Era. Para
alguns vivido como triunfo, para outros vivido como tragédia. De qualquer forma,
estamos diante da angústia da incerteza e do declínio da sociedade na forma como
a conhecemos.

Na primeira guerra vimos o carvão como base para a economia. Na segunda guerra,
vimos uma sociedade se erguer sobre o sustento do combustível fóssil. Logo em
seguida tivemos a ascensão da comunicação digital marcando uma fase que, agora
cederá a vez para a Inteligência Artificial e das Energias Renováveis. Estamos
testemunhando o nascimento do que vem sendo chamado de Economia Verde e
sim, o fim do capitalismo.

Mas sabe-se que o desenvolvimento sustentável é amparada por 3 aspectos:


Econômicos, Sociais e Ambientais. Sendo assim, vamos avaliar passo a passo as
mudanças de cenário que já estão se apresentando, e outras que decorrerão das
primeiras.

A Primeira Cena: Empresas, Trabalho e Liderança

Haverá muito desemprego. Estima-se ainda este ano, cerca de 20 milhões de


desempregados. A economia informal ganha espaço e se reinventa. Mas isso só não
basta. A única forma será a cooperação mútua. A automatização das empresas, que
já vem acontecendo, será acelerada e provavelmente irá reduzir e muito, os
empregos tradicionais da forma como o conhecemos já vivem uma tendência de
diminuir e vai reduzir ainda mais – neste sentido é importante que o trabalhador
brasileiro pense em meios de não contar mais com isso. Será estimulado que os
profissionais pensem em suas carreiras de forma independente de forma que possa
servir a vários mercados sem aquela vinculação exclusiva a uma única empresa.
Esta condição de independência e autossustentação será uma condição de
sobrevivência e não uma escolha.

O conhecimento passa a ser valorizado na medida em que for inovador e criativo, já


que o rotineiro poderá ser desenvolvido por robôs. Em outros termos, o ser humano

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deverá agregar com aquilo que a tecnologia não faz, ou seja, a sociedade pós-crise
terá uma base industrial automatizada. Fala-se em “fábricas no escuro” onde
funcionam apenas as máquinas, sem a taxação abusiva de impostos que teria para
contratar um profissional dentro do regime CLT (consolidação das leis trabalhistas).

Diante disso, o perfil dos líderes muda radicalmente: aquele voltado a maximização
do lucro e ao crescimento obstinado da organização, de competências que gerem
mais crescimento a mesma e de produtividade a qualquer custo passa a ser
substituído pelo líder que, de fato, compreende essa nova visão voltada a
sustentabilidade humana e planetária.

Neste sentido, a competição passa a dar lugar a cooperação; a liderança no Market


Share cede lugar ao compartilhamento de mercado sem monopólios; a busca por
profissionais workaholic passa a ser uma busca por profissionais com qualidade e
competência para equilibrar trabalho x saúde porque estes, produzem com mais
qualidade.

Os Novos líderes que darão vida a Nova Ordem deverão ter um olhar que atenda ao
objetivo de catalisar um novo “humanus digital”. Esse é o renascimento digital, a
assimetria entre o homem e a máquina como base para as empresas seguirem
produtivas. Estes líderes deverão reescrever a concepção de aprendizado e
educação. O apoio a produção e a competência cederá lugar ao estímulo de
profissionais criativos, que seja flexíveis e complacentes para poder seguir inovando,
e que atentem para os cuidados com o ecossistema trazendo a luz novos campos de
trabalho para engenheiros, artistas, psicólogos ou biólogos.

E por falar em profissionais, a formação não será mais pré-concebida pelas


universidades, mas será individualizada e o currículo de disciplinas escolhido pelo
sujeito que já definiu como quer construí seu conhecimento. As profissões passarão
a ser concebidas na forma de especialização, e cada um poderá desenhar o seu
modelo. As universidades não terão mais salas de aula de 60 ou 80 alunos
aprendendo a mesma coisa, mas sim salas virtuais, de ensino on line, onde cada um

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irá compor suas demandas de conhecimento e informação, de acordo com seus
objetivos, sua ideia inovadora e seus interesses de especialização e foco de atuação

Por exemplo, o engenheiro de segurança quer ter disciplinas de medicina, psicologia,


botânica e artes se quiser, e assim o fará, e terá seu trânsito profissional com o
diferencial de acordo com seus valores, potenciais e motivações.

Do mesmo modo que aconteceu no Renascimento Europeu quando os dogmas


religiosos foram substituídos pelo humanismo, o Renascimento Digital retira o foco
do mercado para uma visão espiritual sustentável ecologicamente equilibrada.
Encerra-se a Era do Capitalismo e inicia-se uma Nova Era, ainda a ser escrita por
todos nós – governos, empresas e pessoas.

A Segunda cena: A Resistência

Os seres humanos precisam se adaptar rapidamente a um novo cenário em busca


de sobrevivência. Esta é nossa natureza: se existe mudança, existe medo, existe
relutância em aceitar, existe dificuldade em se adaptar e de assimilar. O fenômeno da
homeostase se repetindo para que a espécie humana consiga se manter em
equilíbrio e estável.

Porém, como já diziam os Xamãs norte-americanos: “Tudo aquilo a que se resiste,


persiste.” A resistência, o medo, a incerteza ou qualquer tipo de insegurança apenas
tornará o processo mais moroso e sofrido. Aceitar a realidade que se descortina,
compreender as necessidades de mudar o que é urgente, e buscar meios de
contribuir para que tudo se dê de forma inteligente, dinâmica e produtiva para todos
ainda é a melhor maneira de transitar por um turbulento processo de evolução.

Mas como toda a crise precede a mudança, e para toda mudança existe alguma
dose de resistência, vivemos este momento na forma de caos, desordem, dúvidas e
incertezas. No entanto, ainda que se resista e se lute contra qualquer ameaça ao
nosso conforto e acomodação, algo parece ser maior e impulsionar com força e
velocidade todo o processo de evolução que já se faz presente.

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O que está claro neste momento é que tudo saiu do lugar. O mundo parou! A
Pandemia vem para ser o agente propulsor desta transformação. Se já vivíamos as
necessidades de mudança e de resgate de valores fundamentais, agora mais de eu
nunca isso se torna o único caminho para superarmos o caos deste momento.

A realidade que se instalou repentinamente, nos mostra pessoas em ações ágeis e


eficientes de solidariedade umas com as outras. Governos parando seus projetos e
discussões para fornecer auxílio emergencial aos mais vulneráveis. Estádios de
futebol e arenas de shows se transformando em hospitais de campanha. Indústrias
de bens de consumo se dedicando a produzir respiradores. Vizinhos se oferecendo
aos seus vizinhos idosos para fazer compras em supermercado ou farmácias para
que se mantenham em distanciamento social. Restaurantes e chefs se dedicando a
doar alimentos aos mais pobres. Entre outras tantas ações que não cessam de
acontecer a partir de um profundo sentimento de compaixão e empatia que assola o
coração de todos os seres humanos em um fenômeno planetário.

É interessante ainda comentar que, paralelo a isso tudo, a natureza passa a se


manifestar de uma forma ainda não vista – as aguas de tornaram mais limpas e
claras (os canais de Veneza são um bom exemplo disso), os animais passaram a se
mostrar mais, como se estivessem retomando a posse daquele planeta que sempre
foi seu, javalis andando pelas ruas de Barcelona, pássaros cantando a plenos
pulmões entre o silêncio dos carros guardados em suas garagens, explica Jérôme
Sueur, especialista em acústica do Museu Nacional de História Natural de Paris. Nos
resta apenas refletir – O que fizemos durante todos estes séculos?

Neste sentido, a Pandemia do Novo Coronavírus se torna uma acelerador de


mudanças que já vinham se mostrando emergentes – cuidados com o planeta, a
importância de resgate de valores essenciais e mais humanizados, um limite ao
poder e a ganância que vem regendo nações e desencadeando guerras. E ainda
numa escala individual, podemos ver a necessidade de praticar estes valores
necessários, a vida doméstica e familiar onde laços de amor e respeito devem ser

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cultivados diariamente, relacionamentos mais harmoniosos e cooperativos, estilo e
vida menos competitivo e mais colaborativo etc.

Cabe lembrar antes de dar continuidade, a diferença entre mudança e


transformação. A primeira trata de uma simples troca ou alteração, já a segunda fala
em algo de nível espiritual, psicológico e emocional. Para que a transformação
aconteça, antes precisamos de mudanças. Mudança é meio, um instrumento, um
facilitador de um processo maior.

A evolução de que falamos, implica em transformação, e não apenas mudança.


Penso que já podemos identificar algumas transformações, embora as mudanças
sejam mais fáceis, como por exemplo, uma nova rotina doméstica em razão do
isolamento social.

Mas as resistências oriundas da necessidade de manter a homeostase leva as


pessoas a buscarem evitar que tais mudanças persistam e gerem transformações.
Contudo, diante das pressões com a força de uma Pandemia e da busca por
sobrevivência, nada mais restará a fazer se não se adaptar e seguir frente, dando
lugar ao processo de transformação global.

ISOLAMENTO RESISTÊNCIA AGRAVAMENTO DA ADAPTAÇÃO


SOCIAL PANDEMIA

•Novos Hábitos •Medo •aceleração da •Revisao de


•Nova Rotina •Incerteza contaminação comportamentos
•Mudanças no •Insegurança •ausência de , estilo de vida,
trabalho tratamento prioridade e
•colapso do valores.
sistema de saúde

TENDÊNCIAS QUE JÁ VINHAM SE APRESENTADO: revisão de valores, crises


econômicas, dificuldades na gestão da saúde pública, necessidade de maior
sustentabilidade humana, preservação ambiental, equilíbrio ecológico,

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Além de tudo que já foi comentado, algumas outras mudanças já estão fazendo
parte de nossa realidade e podemos compreendê-las, alguns de ordem prática,
outras de ordem psicológica.

1. Valores fundamentais se revelam em atitudes, não apenas em palavras. Muitos

falam e poucos fazem. Valores devem ser a base de nossas escolhas,

comportamentos e ações. Veremos a compaixão no lugar do ódio, o perdão no

lugar do julgamento, a solidariedade no lugar no egoísmo, o convívio

harmonioso com a natureza antes de destruí-la, a busca por uma vida mais

simples e significativo, no lugar de uma vida fútil e consumista baseada em

status social. E tudo pelo simples fato que não é possível viver de outra forma.

2. Revisam-se hábitos de consumo: menos é mais. A atitude consumista passará

a ser mais comedida, e não apenas pela falta de recursos financeiros, mas pela

falta de necessidade e de sentido. A ilusão de que ser chique, ter belos carros e

ostentar um padrão de vida luxuoso acaba e a satisfação virá de outros meios e

de outros recursos com significado mais relevante. A vida prática, simples e

com qualidade passa a ser mais valorizada e desejada.

3. Criam-se mais cuidados com saúde física e mental. É possível inclusive, que o

uso de máscaras se torne mais difundido e usual entre todos, mesmo fora de

um cenário de pandemia. Hábitos de higiene que até então não eram

observados, passarão a ser mais frequentes. Falar sobre saúde mental e ter

inciativas para dar atenção a este aspecto de nossa saúde, passará ser mais

frequente e tratado maior naturalidade. Todos os ambientes passarão a ser

projetados pensando em saúde e segurança, sejam ambientes de lazer,

doméstico ou corporativo. A estrutura de saúde dos países do mundo todo

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estarão sendo revisadas para atender a um novo perfil de cidadão e um novo

cenário socio-econômico-cultural.

4. Menos aglomerações e mais desfrute do ambiente doméstico e ao ar livre.

Teremos aprendido o valor de estar em casa, do prazer, da segurança e de o

quanto uma vida ao ar livre pode ser mais prazerosa do que uma vida em

ambientes aglomerados. Isto também se dará por conta da diminuição do

poder aquisitivo da grande maioria da população.

5. Experiências mais virtuais e menos presenciais. O deslocamento cederá lugar a

prática de atividades remotas e online, como serão atividades comerciais,

educativas, palestras, reuniões, e muitas atividades em grupo que já se pôde

experimentar durante o distanciamento social. Um bom exemplo disso é o

home office, as lojas virtuais e a telemedicina.

6. O agronegócio terá uma lente voltada a sanidade e segurança alimentar.

Haverá um cuidado bem maior com a segurança dos alimentos, seu cultivo,

produção, distribuição e comercialização tendo em vista a saúde pública. Não

vamos mais querer uma nova pandemia.

7. Avanço na robótica e na tecnologia pensando na sustentabilidade humana e

planetária. As empresas irão ter mais robôs em linhas de produção ou

atividades rotineiras e as pessoas serão contratadas para atividades

especializadas. A automatização será acelerada, porém com a necessidade de

humanização do uso dos recursos digitais, sem perder de vista novos valores

humanos que se resgatam.

8. A saúde mental ganhará maior importância e valorização levando as pessoas a

cuidarem mais de sua qualidade de vida e da qualidade de suas relações

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interpessoais. O tipo workaholic já não faz mais sentido. Não será mais aceito

pelas empresas pessoas que não cuidem de sua qualidade de vida e saúde

mental. Assim como não será mais aceito pelas pessoas, empresas que não

respeitem este limite.

9. A telemedicina e a os atendimentos psicológicos online terão se tornado um

caminho sem volta. Esta prática não será mais adotada apenas para situações

de desastres, mas se tornará uma modalidade simples, comum e acessível a

todos.

10. O Emprego não existirá mais da forma como o conhecemos. As pessoas terão

que produzir o seu labor, criar meios de atender a novas demandas que

surgirão. O trabalho será compartilhado e desempenhado de forma

cooperativa atendendo as necessidades de carreira de cada um, e oferecendo

as empresas uma mão de obra especializada que atenderá a várias empresas,

sem mais haver aquela exclusividade de trabalhar apenas para uma

organização.

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A AVALIAÇÃO PSICOSSOCIAL NA PANDEMIA

Antes de abordar este tema especificamente, e sob o ponto de vista técnico e

metodológico preferi passar por esta reflexão para que se tenha a clareza da

abrangência necessária que o momento exige. Quero dizer com isso, que não se trata

apenas de escolher o melhor teste ou de fazer um cadastro no CFP. Trata-se sim, e

acima de tudo, de um olhar respeitoso e compassivo ao ser humano que está em sua

frente e que necessita acima de tudo de ajuda e amor.

Não podemos tornar nossa prática tarefeira e alienada. Mas sim, cheia de significado

e efeito sobre a vida de quem está exposto em nossa frente, sem saber em que

acreditar ou o que fazer. É verdade, existe um ajuste feito no método. Mas existe antes

de tudo, um ajuste a ser feito nas organizações, na gestão das pessoas e na nossa

contribuição diante dessa tão necessária mudança cultural. A tão falada humanização

das empresas passa pelo significado que imprimimos em nosso trabalho –

profissionais da ciência do comportamento. Quero dizer com isso, que neste momento

tão complicado e difícil em alguns momentos poder necessário ajudar, apoiar, escutar,

orientar e acompanhar para depois avaliar. O atendimento psicossocial pode ser a

solução mais eficaz, obvia e inteligente a ser feita, para então depois, realizar a

avaliação psicossocial. Penso que é necessário que se retire a “névoa do sofrimento

pandêmico” para que se possa então conhecer a força psíquica e as condições

disponíveis no indivíduo para lidar com os riscos psicossociais.

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Para isso, antes de mais nada, avaliamos a vulnerabilidade, ou seja, investigamos o

quanto este indivíduo possa estar exposto as pressões e as mazelas do isolamento

social e do risco de contaminação com poucas chances de se defender. É

extremamente importante que se considere antes de avaliar aspectos como por

exemplo, as condições pré-existentes, ou seja, condições familiares, precariedade

social e financeira, ausência de uma rede de apoio próxima, diagnósticos ou

dificuldades emocionais pré-existentes, risco de agressões familiares, pessoas que

tenham passado por luto ou que tenha contraído o COVID19, hábito do uso de álcool

ou drogas contínuo, dificuldades para o autocuidado, desorientação e confusão pela

falta de uma fonte de informação segura, e ainda aqueles que tenham dificuldade de

autocuidado, ou que adotaram uma polarização negativa e pessimista frente ao

evento. Todos estes aspectos devem ser observados antes do início da avaliação

psicossocial, como sendo uma forma de assessment – será avaliado neste momento

ou não?

Assim, se pensar no sentido do trabalho e não apenas na produção de um documento

percebemos que existe algo maior a ser feito antes – ajudar as pessoas a diminuir o

sofrimento e viver com mais qualidade.

Bem, vencida esta etapa, a avaliação psicossocial segue e o método se ajusta. O que

muda? Tudo que for possível ser feito de forma remota, deve ser assim. No entanto, o

conteúdo a ser avaliado também deve contemplar os efeitos do isolamento social e

da pandemia.

O grupo focal deverá observar fundamentalmente aspectos como: percepção da

realidade, gestão do estresse e adaptabilidade. Estes trarão uma melhor compreensão


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da saúde mental do individuo e de sua condição de suportar as demandas emocionais

para seguir na avaliação. Ainda dentro do grupo, deve ser feito um questionário de

anamnese que aprofundará informações sobre a saúde do avaliado permitindo assim,

uma conclusão consolidada. Caso o sujeito não seja avaliado, encontra-se uma

oportunidade da empresa abrir espaço para atender a questões de saúde mental que

passam a se evidenciar no pós-pandemia. Seria de grande valia um espaço de

conversa sobre as agruras dos momentos, suas dúvidas, medos e incertezas. Assim

como, para buscar aconselhamento para lidar com o estresse emocional e mental do

distanciamento, ou ainda para orientar em situações de risco de contágio ou de luto

que tenham sido vividas.

A próxima etapa são testes psicológicos. E está, com certeza, é a etapa que fica mais

empobrecida pelas poucas opções de aplicação on line que temos. Para avaliação

psicométrica temos algumas opções razoáveis e que atendem a necessidade de

avaliar as 3 atenções: concentrada, dividida e alternada. Para avaliação de

personalidade algumas alternativas como Human guide, Mapa e NEOPI podem

contribuir. Já para avaliar estresse não restam alternativas, cabendo a anamnese e a

entrevista cumprir com este papel.

E para a entrevista, várias plataformas estão disponíveis para a este momento. Mas

antes é preciso verificar o quanto o avaliado possui acesso a internet, ambiente

adequado e os equipamentos necessários. É extremamente importante que ele seja

orientado para que tudo ocorra de forma que o sigilo, a privacidade e a atenção ao

momento da entrevista sejam respeitados.

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Sugiro que se tenha em mãos os resultados dos testes e uma leitura atenta as

respostas da anamnese para que se possa explorar na entrevista e aprofundar o

entendimento. Do mesmo modo que no grupo focal, a entrevista também deverá

passar pelos conteúdos referentes ao efeito emocional da pandemia, para só então

focar nas questões pertinentes ao risco psicossocial do trabalho.

CONCLUSÃO

Enfim, de modo geral haverá uma mudança de cultura onde novas prioridades

surgirão ressignificando nossa existência no planeta, e os relacionamentos em geral.

A transformação que já teve início, atingirá as pessoas em seus valores

fundamentais, e por este motivo, os relacionamentos, as famílias, os casamentos, as

amizades, as relações de trabalho e a forma como vivemos terá sofrido alterações

significativas e estruturais.

E para terminar esta leitura, convido você a refletir sobre algumas questões básicas

que ajudarão você a ajustar diante deste momento, esclarecendo sobre seus valores

e atitudes, e o que você pretende adotar como posicionamento para o nosso NOVO

MUNDO!

1. O que faz você feliz?

2. Do que você se arrepende?

3. O que é imprescindível para você?

4. O que você não tolera?

5. Porque a mudança é importante, e o que você espera que isto te proporcione?

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“O próprio conteúdo – felicidade, fluidez, sentido, amor, gratidão, realização,

crescimento, melhores relacionamentos – constitui o florescimento humano. É

transformador descobrir que você pode ter mais destas coisas. É transformador

vislumbrar a imagem de um futuro florescimento humano.” (Martin Seligman)

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Entrevista Individual Estruturada – Avaliação Admissional

ASPECTOS INTRÍNSECOS

Resuma suas experiências anteriores.

Quais suas expectativas?

O que te motiva?

O que te estressa?

Como está estruturada sua vida pessoal?

Quais seus planos de vida?

EM RELAÇÃO A VALORES E CRENÇAS

O que é mais importante para você?

O que pensa sobre segurança e as causas de acidente?

Acredita que problemas pessoais possam ser causadores de acidentes no trabalho?

O que mais causa acidentes? Acredita que possam ser evitados?

_____________________________________________________________________________________________
_______

EM RELAÇÃO A CULTURA

Como avalia o ambiente de trabalho em relação a sua segurança?

O que a empresa faz por sua segurança?

Sente-se importante para a empresa? Protegido por ela?

O que te estressa no trabalho?

O que te motiva?

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EM RELAÇÃO A SEGURANÇA

Relate um acidente/emergência recente que tenha te deixado assustado.

Por que estes fatos aconteceram? Como se sentiu e o que fez logo em seguida?

Como você poderia ter evitado?

RELAÇÃO AS EMOÇÕES E COGNIÇÃO

Que riscos você percebe em seu trabalho? O que é mais tenso? Como lida com isso tudo?

De quem depende sua segurança? O que pode fazer para proteger-se?

Como são os relacionamentos no trabalho?

O que você considera uma pessoa difícil? Como lida

com ela?

O que te deixa muito irritado? O que faz para se acalmar?

________________________________________________________________________________________________
_____

EM RELAÇÃO A SI MESMO

Está satisfeito com sua Qualidade de vida? Vida Social? Lazer?

Como está sua saúde? Tem ido ao médico regularmente?

O que você mais gosta em você mesmo, e o que menos gosta? Por quê?

_____________________________________________________________________________________________
_______

EM RELAÇÃO A FAMÍLIA

Como está estruturada sua vida pessoal?

Sente-se satisfeito com sua vida familiar?

O que te estressa no ambiente familiar?

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Entrevista Individual Estruturada – Avaliação Periódica
EM RELAÇÃO A VALORES E CRENÇAS

O que é mais importante para você?

O que pensa sobre segurança e as causas de acidente?

Acredita que problemas pessoais possam ser causadores de acidentes no trabalho?

O que mais causa acidentes? Acredita que possam ser evitados?

_____________________________________________________________________________________________
_______

EM RELAÇÃO A CULTURA

Como avalia o ambiente de trabalho em relação a sua segurança?

O que a empresa faz por sua segurança?

Sente-se importante para a empresa? Protegido por ela?

O que te estressa no trabalho?

O que te motiva?

_____________________________________________________________________________________________
____

EM RELAÇÃO A SEGURANÇA

Relate um acidente/emergência recente que tenha te deixado assustado.

Por que estes fatos aconteceram? Como se sentiu e o que fez logo em seguida?

Como você poderia ter evitado?

RELAÇÃO AS EMOÇÕES E COGNIÇÃO

Que riscos você percebe em seu trabalho? O que é mais tenso? Como lida com isso tudo?

De quem depende sua segurança? O que pode fazer para proteger-se?

Como são os relacionamentos no trabalho?


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O que você considera uma pessoa difícil? Como lida com ela?

O que te deixa muito irritado? O que faz para se acalmar?

EM RELAÇÃO A SI MESMO

Está satisfeito com sua Qualidade de vida? Vida Social? Lazer?

Como está sua saúde? Tem ido ao médico regularmente?

O que você mais gosta em você mesmo, e o que menos gosta? Por quê?

_____________________________________________________________________________________________
_______

EM RELAÇÃO A FAMÍLIA

Como está estruturada sua vida pessoal?

Sente-se satisfeito com sua vida familiar?

O que te estressa no ambiente familiar?

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ROTEIRO DE ENTREVISTA EM CENÁRIO DE PANDEMIA

CULTURA FAMILIAR E ORGANIZACIONAL


EMPRESA

 Quais as características que mais chama sua atenção sobre o jeito de ser da empresa?

 O que você acredita que a empresa considera mais importante?

 O que mais te agrada no ambiente da empresa em geral? O que menos agrada?]

 Como sua empresa vem lidando com a pandemia? Sente-se seguro desta forma?

FAMÍLIA

 Como é o ambiente familiar?

 Como são os relacionamentos?

 Como são as reuniões familiares?

 Quais os conflitos atuais? Como estão sendo tratados?

 Como estão suas relações familiares desde o início da pandemia?

MEDO
• O que mais te assusta?

• Quais os riscos presentes em sua rotina?

• Como vem tentando proteger-se?

• Acredita estar se protegendo de forma adequada?

• Em que acredita com relação a sua saúde e segurança? Como busca informações? Confia em sua
fonte?

• Do que você tem medo? No trabalho? E na Pandemia?

• Alguma preocupação é mais frequente?

• Acredita que suas preocupações são adequadas ou exageradas?

HOMEOSTASE | PERCEPÇÃO
• Como sente-se diante dos riscos do trabalho?

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• Acredita no risco de se infectar ou acha pouco provável? (estimule que fale mais)
• Que riscos existem neste momento e como faz para proteger-se?
• Acredita estar fazendo tudo que pode?
• De que forma os riscos se fazem presentes em seu dia a dia?
• Em que situações os riscos aumentam?

AUTOESTIMA
• O que tem sido sua prioridade?

• Sente-se apoiado pela empresa?

• Sente-se apoiado pela família?

• Está satisfeito com sua capacidade de lidar com o distanciamento social?

• O que tem feito pelo seu bem-estar?

• Sente-se responsável por algo de ruim? Por quê?

• Fez algo de que se arrependa?

• Está satisfeito com sua adaptação até este momento?

ESTRATÉGIAS DE COPING
• Relate um acidente de trabalho.

• Como se sentiu no momento que percebeu o que estava acontecendo?

• Como resolveu?

• O que aprendeu?

• Como percebe o momento atual e as necessidades de isolamento social?

• Como se sente em relação a isso?

• Como procura enfrentar os riscos e as necessidades de ajuste?

• Como lidar com isso? Como me defender? Como enfrentar?

• Como se sente?

• Como reage?

• Como controla o que sente e suas reações?

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
• Como se sente diante das mudanças? Como tenta lidar consigo mesmo?

• Qual foi o momento ou fase mais difícil? Como resolveu?

• Como vem tentando lidar com a nova rotina?

• Como está sendo sua relação com seu parceiro de quarentena? Melhorou ou piorou? Comente

LOCUS DE CONTROLE
• Quem você considera ser o principal responsável por:
• sua segurança?
• sua saúde?
• solução de problemas familiares?

ESTRESSE
• FÍSICO
• Como avalia a carga de trabalho?
• Como está sua saúde física?
• Costuma ir a médico e dentista periodicamente? Quando foi a última vez? Qual foi o motivo da
consulta?
• EMOCIONAL
• Como vem se sentido?
• O que o incomoda no trabalho e como lida com isso?
• O que faz para se divertir e espairecer?
• MENTAL
• Como está sua motivação?
• O que mais cansa no trabalho e como lida com isso?
• O que mais o preocupa hoje?

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SOBRE A PANDEMIA APENAS
Adaptação e saúde mental

• Como foram as alterações em sua rotina?

• Quais novos hábitos adquiriu?

Deixou de fazer alguma coisa? Passou a fazer algo que antes não fazia?

• Como age para atender as suas necessidades pessoais?

Gestão do Estresse

• Como se sente diante deste momento?

• O que vem sendo mais difícil?

• O que mais preocupa?

• O que tem feito para lidar com sua ansiedade? Ou para melhorar a qualidade de vida?

Percepção da realidade

• Como você está compreendendo este momento?

• Como vem tentando lidar?

• Como percebe as pessoas ao seu redor?

• O que acha mais importante?

Saúde Emocional

• O que tem te deixado triste?

• O que te irrita?

• Do que sente medo?

• O que faz para se sentir melhor?

• Que resultado obtém?

• Como tenta se adaptar a este novo tempo?

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QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA DEMISSIONAL

1. Como foi sua experiência aqui na empresa em relação as medidas de SST?


2. Aconteceram acidentes ou incidentes? Como se sentiu? Qual sua visão crítica?
3. Como sente em relação as pressões, cobranças e exigências?
4. Como avalia seu estresse no trabalho? Observa sintomas físicos/mentais/emocionais?
5. Quais os aspectos mais desgastantes do seu trabalho?
6. Como avalia sua carga de trabalho?
7. De que forma os relacionamentos com seus líderes interferem em sua saúde e contribuem
para sua segurança?
8. Sente-se à vontade de se recusar a um trabalho, caso não perceba segurança para fazê-lo?
9. Como avalia o relacionamento com colegas e pares?
10. Como avalia o empenho da empresa para disponibilizar EPIs e treinamentos? E o quanto você
faz bom uso disso tudo?
11. Sugere alguma melhoria para que as atividades e o ambiente sejam mais adequados a saúde
e a segurança?

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QUESTIONÁRIO DE ANAMNESE
1.Dados Pessoais:

Nome:

CPF: RG:

Data de nascimento: / / Idade: Sexo:

Escolaridade: Profissão/Ocupação Atual:

Estado Civil:

Naturalidade: Religião:

Endereço:

Cidade:

Possui Dependentes: ( )Não ( )Sim Quantos?

1. Em relação a hábitos alimentares

Marque a categoria que tenha mais itens ou mais semelhança com seus hábitos:

( ) 1 (Não como nenhum tipo de vegetal, nem frutas. Pulo refeições. Como muitos doces e guloseimas sem horário
determinado. Gosto de frituras. Gosto de biscoitos recheadas. Gosto de salgadinhos refrigerantes. Gosto de bebidas
alcoólicas. Tomo muito café preto. Dou preferência a comidas rápidas e alimentos industrializados.)

( ) 2 (Faço pelo menos três refeições por dia. Como ao menos uma porção de fruta e vegetais por dia. As vezes como
guloseimas. As vezes tomo refrigerantes. Tomo bebidas alcoólicas somente nos finais de semana. Como carne vermelha.
As vezes como alguma fritura. As vezes tomo café preto. Com alguma frequência semanal como alimentos
industrializados)

( ) 3 ( Faço três refeições ao dia. Como pequenas porções entre as refeições. Como frutas, verduras, legumes. Dou
preferência a carne branca. Como carne vermelha com moderação. Tomo Leite. Como pão. Como pequenas guloseimas.
Eventualmente como bolachinhas. Como iogurte. Raramente como alimentos industrializados.)

( ) 4 (Faço três refeições ao dia, sempre nos mesmos horários. Entre as refeições sempre como alguma coisa que
considero saudável. Como frutas e vegetais, dou preferência às comidas que contenham alto valor nutritivo. Dou
preferência aos alimentos orgânicos. Como carne vermelha raramente. Dou preferência às carnes brancas. Dou
preferência aos alimentos naturais, evito os industrializados.)

( ) 5 Sou Vegetariano. Sou Ovo lacto vegetariano como ovos e leite além de frutas e verduras. Sou Lacto Vegetariano
não como ovo. Sou Vegetariano e não como nenhum alimento de origem animal (Vegan). Sou Frugívoro, não como raízes
ou tubérculos. Sou Crudívoro, não como nada cozido, frito nem aquecido.

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( ) 6 Sou intolerante ao glúten. Sou intolerante ao glúten e à lactose. Sou intolerante ao glúten, à lactose e a clara de
ovos. Tenho baixa tolerância ao glúten. Tenho baixa tolerância ao leite. Tenho baixa tolerância a clara de ovo. Tenho
média ou baixa intolerância a algum dos itens citados acima. Tenho alergia ou alguma intolerância
à______________________.

( ) 7 Minha dieta é de acordo com minha crença e religião.

Faz quantas refeições por dia?  1  2 3 4 5  Mais de 5

Faz dieta ou suplementação alimentar?  Sim  Não

3. Em relação a família

Pai, Mãe e Irmãos Alguém de sua família possui algumas Quem? Há quanto tempo? Está em tratamento?
destas doenças?

Diabetes

Hipertensão

Asma

Problemas cardíacos

Dores de cabeça

Dificuldades visuais

Dificuldades auditivas

Probl. ortopédicos

Convulsões

Doença mental

Trat. psicológico

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3.1 Algum membro de sua família necessitou / necessita cuidados hospitalares? Quem e Por que?

4. Em relação a você mesmo:

4.1 Sua Saúde Já teve alguma destas doenças? Está em tratamento? Desde quando? Obteve melhora?

Diabetes

Hipertensão

Asma

Problemas cardíacos

Dores de cabeça

Dificuldades visuais

Dificuldades
auditivas

Problema
ortopédico

Convulsões

Doença Mental

Tratamento
psicológico

4.2 No trabalho sim não quando resultado

Fraturas

Queimaduras

Intoxicação

Queda

hospitalização

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4.3 Atividade Física?  Sim  Não

Qual(is) e a quanto tempo?

Quantas vezes por semana?

Se não pratica, já praticou?  Sim  Não

Qual(is) e por quanto tempo?

E a quanto tempo deixou de praticar?

4.4 Sobre o sono: Como você avalia seu sono:

( ) Tranquilo

( ) Acorda várias vezes

( ) Inquieto

( ) Agitado

( ) Com pesadelos

Quantas horas dorme por dia?

( ) Menos de 2 horas

( ) de 2 a 4 horas

( ) de 4 a 6 horas

( ) de 6 a 8 horas

( ) mais de 8 horas

Como você acorda?

( ) Cansado

( ) Com muito sono

( ) Descansado

( ) mau humorado

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( ) com dores no corpo

5. Informações gerais

Você fuma?

Não ( )

Sim ( ) Quantos cigarros por dia?

Convive com fumantes?

Bebida alcóolica. Consome?

Não ( )

Sim ( ) Qual?____

Com que frequência? ( ) Diária

( ) Semanal

( ) Ocasional

O que você faz nas horas de lazer?

Você possui algum hobby?

EM RELAÇÃO A PANDEMIA

1. COM QUEM TEM FEITO A QUARENTENA?

( )sozinho

( )família

( )com animal de estimação

2. SABE COMO AGIR CASO PRECISE DE AJUDA EM UMA EMERGÊNCIA?

( ) Sim. Como?

( )Não

3. QUEM SÃO AS PESSOAS QUE PROCURARIA CASO PRECISASSE DE AJUDA?

____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
_____________

4. COMO FAZ PARA SE DIVERTIR:

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____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

5. CONHECE ALGUÉM QUE JÁ SE CONTAMINOU PELO NOVO CORONAVIRUS?

( )SIM. QUEM? _______________ COMO FAZ PARA AJUDAR?

( )NÃO

6. FAZ USO DE ALGUMA SUBSTÂNCIA PSICOATIVA?

SIM. QUAL? COM QUE FREQUÊNCIA?

7. JÁ FEZ ALGUM TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO? QUAL E POR QUANTO TEMPO?

___________________________________________________________________________________________

8. MARQUE COM UM X COMO VEM SE SENTINDO NA ÚLTIMA SEMANA

NUNCA AS VEZES COM FREQUENCIA SEMPRE

TRISTEZA ACENTUADA

IRRITABILIDADE

CULPA

MEDO

ANSIEDADE

INSEGURANÇA

DÚVIDA

CONFUSÃO

EXAUSTÃO

INQUIETAÇÃO

INTOLERÂNCIA

DIFICULDADE DE
CONCENTRAÇÃO

PERDA DE MEMÓRIA

DESÂNIMO

DESCONFIANÇA

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MUDOU SUA ROTINA?

( ) SIM. Como?

( ) NÃO

9. ADQUIRIU NOVOS HÁBITOS:

10. COMO FAZ PARA SE MANTER INFORMADO?

( )TV

( ) REDES SOCIAIS

( ) AMIGOS

( )JORNAIS E REVISTAS

( )PREFERE NÃO SE INFORMAR

QUANTAS VEZES POR DIA ACESSA INFORMAÇÕES?

( ) 1 VEZ

( ) 2 VEZES

( ) VÁRIAS VEZES

( )NENHUMA

11. COMO SE SENTE EM RELAÇÃO AO FUTURO?

( )Otimista

( )Pessimista

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AVALIAÇÃO PSICOSSOCIAL
1. Identificação do avaliado

Avaliado: Mário

Idade: 32 anos

Escolaridade: Ensino Médio – Curso Técnico Integrado

Cargo: Mecânico de manutenção

Data: 10 de maio de 2020

Validade: 12 meses

2. Motivo da Avaliação: ( ) Exame Periódico ( ) Brigada de Emergência


( ) Retorno ao trabalho ( x ) Mudança de Risco Ocupacional ( ) Admissional
( ) Demissional

3. Objetivo: avaliar as condições psicológicas do profissional de atuar diante de situações de risco


tolerando as pressões de modo a garantir assim sua segurança e dos demais, além de atender as
exigências das NRs.

4. Metodologia utilizada
- Grupo Focal: avaliar a percepção do risco, do medo, as motivações, cultura organizacional e a inter-
relação do grupo e com seus líderes.

- Testagem psicológica:

- Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) – Manual Técnico/ Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes,
Claudio Simon Hutz, Maiana Farias Oliveira Nunes – São Paulo/SP Casa do Psicólogo/2010.

- O Teste Palográfico na Avaliação de Personalidade /Irai Cristina Boccato Alves, Cristiano Esteves, 2.ed,
São Paulo, Vetor, 2009.

- Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho – EVENT/ Fermino Fernandes Sisto [et.al] São
Paulo/SP, Vetor, 2012.

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- Teste de Atenção Dividida (TEADI) e Teste de Atenção Alternada (TEALT / manual Fabian Javier Marín

Rueda – São Paulo/SP, Casa do Psicólogo, 2010.

- Entrevista Individual Estruturada: valida os resultados já apurados e aprofunda as questões observadas


no grupo focal.

5. ANÁLISE RESUMIDA DOS DADOS

Mário mostra algumas limitações em suas condições para focar sua atenção obtendo escores
mais adequados nos itens de atenção dividida e alternada. Observa-se ainda, clara propensão
ao estresse neste momento, sobretudo no que se refere a infraestrutura do trabalho e as
pressões oriundas dele.

Revela poucas condições de desenvolver estratégias de coping sendo capaz de pensar em


soluções em situações de crise, porém com certa dificuldade quanto a capacidade de
reconhecer suas emoções e administrá-las de forma adequada buscando a conduta necessária
para emergências.

Sua atitude reflete pessoa humilde e simples, com clareza dos riscos de sua função e de si
mesmo., porém em homeostase neste momento. Não reconhece seu medo e o quanto este
se faz necessário para que se mantenha em uma atitude de cautela. Somado a isso, o elevado
estresse observado, exige que Mário busque meios de melhor administrar as pressões
sofridas, minimizando assim, as chances de acidente.

6. CONCLUSÃO: Mário não está indicado a continuar se expondo a riscos ocupacionais, neste
momento.

Observam-se dificuldades na atenção concentrada, provocado por abalos emocionais que


prejudicam a capacidade de controle de si mesmo, sendo gerador de elevado nível de estresse
influenciando sua condição de desenvolver estratégias de coping. Por estes motivos, Mário
torna-se vulnerável aos riscos psicossociais ampliando as possibilidades de acidente.

7. ENCAMINHAMENTO

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É importante que seja afastado dos riscos existentes em seu trabalho, e seja acompanhado
por psicólogo no sentido de melhor lidar seu estresse emocional, favorecendo sua qualidade
de vida, e assim, reduzindo as chances de acidentes.

Data da próxima avaliação: 10/05/2022

Observação: Laudo Psicológico confidencial e sigiloso, de acordo com o Código de Ética profissional
do Psicólogo e da Resolução 06/2019: Este documento não poderá ser utilizado para fins diferentes
do apontado no item de identificação. Possui caráter sigiloso, visto que trata de documento
extrajudicial. O psicólogo autor não se responsabiliza pelo uso dado ao laudo por parte da pessoa,
grupo ou instituição, após a sua entrega.

REFERÊNCIAS:

Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP Nº 02/2022. Avaliação Psicossocial

Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 010/2005. Código de Ética Profissional.

Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 9/2018.

Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 6/2019. Elaboração de documentos escritos
produzidos por psicólogo (a).

Nome

Psicóloga

CRP

AVALIAÇÃO PSICOSSOCIAL
1. Identificação do avaliado:
Avaliado: Douglas

Idade: 24 anos

Escolaridade: Ensino Médio – Curso Técnico Integrado

Cargo: Técnico em Mecânica

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Data: 14 de maio de 2021

Validade: 12 meses

2. Motivo da Avaliação: ( ) Exame Periódico ( ) Brigada de Emergência


( ) Retorno ao trabalho ( x ) Mudança de Risco Ocupacional ( x ) Admissional

3. Objetivo: avaliar as condições psicológicas do profissional de atuar diante de situações de risco


tolerando as pressões de modo a garantir assim sua segurança e dos demais, além de atender as
exigências das NRs.

4. Metodologia utilizada
- Grupo Focal: avaliar a percepção do risco, do medo, as motivações, cultura organizacional e a inter-
relação do grupo e com seus líderes.

- Testagem psicológica:

- Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) – Manual Técnico/ Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes,
Claudio Simon Hutz, Maiana Farias Oliveira Nunes – São Paulo/SP Casa do Psicólogo/2010.

- O Teste Palográfico na Avaliação de Personalidade /Irai Cristina Boccato Alves, Cristiano Esteves, 2.ed,
São Paulo, Vetor, 2009.

- Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho – EVENT/ Fermino Fernandes Sisto [et.al] São
Paulo/SP, Vetor, 2012.

- Teste de Atenção Dividida (TEADI) e Teste de Atenção Alternada (TEALT / manual Fabian Javier Marín

Rueda – São Paulo/SP, Casa do Psicólogo, 2010.

- Entrevista Individual Estruturada: valida os resultados já apurados e aprofunda as questões observadas


no grupo focal.

5. ANÁLISE RESUMIDA DOS DADOS

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Douglas tem atenção desenvolvida dentro do esperado sendo capaz de ater-se a minucias
detalhes com agilidade e qualidade final dos resultados obtidos.

Quanto ao estresse e a saúde mental, Douglas indica habilidade para lidar com as demandas
estressoras do seu dia a dia de forma a assimilá-las e controlar os impactos sobre sua saúde mental.

Sua motivação é ativada diante da oportunidade de aprender e superar desafios de maneira a


sentir-se em desenvolvimento. Ainda em fase de amadurecimento, Douglas revela certa necessidade
de autoafirmação e de “sentir que tem razão” para assim, manter sua autoestima em dia.

Sua atitude diante da sua segurança aponta para uma boa percepção dos riscos do seu trabalho e
sobre a função que irá desempenhar, embora ainda não tenha vivido uma experiencia específica na
atividade. Traz consigo valores e crenças voltados a sua segurança, sendo capaz de assumir para si
mesmo a responsabilidade sobre sua segurança. Tem em sua família seu primeiro grande valor, e
expressa vínculos muito forte de apego e dependência afetiva.

Ainda não é possível predizer sua reação diante de emergência visto que não relata nenhum caso
anterior, contudo pode-se perceber que existem condições para desenvolver estratégias de
enfrentamento já que se supõe haver recursos cognitivos e emocionais adequados.

6. CONCLUSÃO
Douglas está indicado para desempenhar-se na atividade a que se candidata, neste momento.

7. RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se que seja treinado e acompanhado durante o período de adaptação no sentido
de reconhecer e lidar com os riscos de sua atividade e ações suas preventivas.

Data da próxima avaliação: 14/05/2022

Observação: Laudo Psicológico confidencial e sigiloso, de acordo com o Código de Ética profissional
do Psicólogo e da Resolução 06/2019: Este documento não poderá ser utilizado para fins diferentes
do apontado no item de identificação. Possui caráter sigiloso, visto que trata de documento

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extrajudicial. O psicólogo autor não se responsabiliza pelo uso dado ao laudo por parte da pessoa,
grupo ou instituição, após a sua entrega.

1- REFERÊNCIAS:

Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP Nº 02/2022. Avaliação Psicossocial

Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 010/2005. Código de Ética Profissional.

Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 9/2018.

Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 6/2019. Elaboração de documentos escritos
produzidos por psicólogo (a).

Sebben, L. S. Avaliação psicossocial: psicologia aplicada à segurança no trabalho. São Paulo: Vetor,
2018.

Nome

Psicóloga

CRP

AVALIAÇÃO PSICOSSOCIAL DEMISSIONAL

1. Identificação do avaliado:
Avaliado: Julio Exemplo

Idade: 42 anos

Escolaridade: Ensino Médio – Curso Técnico Integrado

Cargo: Técnico em Mecânica

Tempo de Empresa: 4 anos e 3 meses

Data: 14 de maio de 2022

2. Objetivo: levantar indicadores sobre a gestão dos riscos psicossociais através da observação dos
desgastes sofridos pelo trabalhador durante sua permanência na empresa.

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3. Metodologia utilizada
- Testagem psicológica:

- O Teste Palográfico na Avaliação de Personalidade /Irai Cristina Boccato Alves, Cristiano Esteves, 2.ed,
São Paulo, Vetor, 2009.

- Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho – EVENT/ Fermino Fernandes Sisto [et.al] São
Paulo/SP, Vetor, 2012.

- Técnica Complementar: EIRP – Escala de Identificação dos Riscos Psicossociais

- Entrevista Individual Estruturada

4.ANÁLISE RESUMIDA DOS DADOS

Júlio revela elevada carga excessiva de trabalho indicando fadiga, queixas sobre excesso de horas
extras e sintomas físicos e emocionais como dores no corpo, insônia e irritabilidade. Apresenta
estresse emocional observando conflitos interpessoais no ambiente laboral e familiar.

Comparando com os resultados da avaliação psicossocial realizada em junho de 2021, observa-se


perda de energia vital, aumento dos níveis de estresse e dos sintomas físicos, assim como em sua
capacidade produtiva e adaptativa.

5. CONCLUSÃO
Sugere-se a sua liderança que melhor identifique os limites de cada colaborador, percebendo
sua capacidade produtiva e suas necessidades de repouso. Horas extras devem ser conduzidas
com mais atenção e através de um planejamento que equilibre as necessidades da empresa
com as possibilidades do trabalhador.

Nome
CRP
Data

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