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“NADA PODE REVIVER UM HOMEM, MAS AÇÕES DE SEGURANÇA PODEM MANTÊ-LO VIVO”

ESTATÍSTICAS OIT - 2020


• O Brasil gasta cerca de 40 bilhões anuais em acidentes causados no
ambiente de trabalho pela falta de prevenção.

• Acidentes de trabalho – o Brasil está em 3º lugar no ranking mundial.

• Acidentes de Trânsito – o Brasil está em 5º lugar

• 2,3 milhões de trabalhadores morrem por ano no mundo.

• 300 milhões ficam feridos em atividades profissionais.

• 4% do PIB Mundial se dedica a custos vindos de acidentes no Trabalho.

• O BRASIL É O PAIS MAIS ANSIOSO DO MUNDO.


Os Acidentes aumentaram em 40% entre 2019 e 2020.

O Portal Acidentômetro da OIT – Brasil apresentam estes números:

+ de 5,5 milhões de acidentes aconteceram entre 2012 e 2020

+ de 20 mil resultaram em mortes

A cada 3h50min ocorre 1 morte no Brasil

+ de 427 milhões de dias de trabalho perdidos entre 2012 e 2020

Foram gastos com benefícios neste mesmo período R$ 106.097.737.197,06 (notificados


apenas os trabalhadores com vínculo formal regidos pelo Regime Geral da Previdência Social.

Fonte: https://smartlabbr.org/sst
https://www.ilo.org/brasilia/centro-de-informacoes/lang--pt/index.htm
OIT - 110ª Conferência Internacional do Trabalho
DIREITOS NO TRABALHO

GENEBRA – 10/06/2022

A decisão histórica significa que todos os estados membros da OIT se


comprometem a respeitar e promover o direito fundamental a um ambiente
seguro e saudável, tenham ou não ratificado as Convenções relevantes.

1. Liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva;


2. Eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório;
3. Abolição efetiva do trabalho infantil;
4. Eliminação da discriminação em relação ao emprego e à ocupação;

Quinto direito incluso: Segurança e Saúde no Trabalho.

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Em 2006 o Ministério do Trabalho divulga a NR33 que
pela primeira vez entende que todos os profissionais
que trabalham em espaço confinado sejam
observados quanto as suas condições emocionais e
psicológicas para lidar com o perigo, através da
avaliação psicossocial. Vamos então, buscar
compreender cada termo.

Espaço confinado é todo e qualquer ambiente não


projetado para ocupação humana prolongada e que
não possua meios de entrada e saída adequados, e
que não haja condições de ventilação suficientes para
remover contaminantes permitindo assim, a
oxigenação adequada para garantir a segurança do
trabalhador.
Quanto ao risco psicossocial, diz respeito a todas as pressões da vida diária geradas pelo trabalho e pela vida
pessoal, e que impactam na saúde mental do indivíduo. Bem, isso posto, passamos a ter que revisar a
premissa de que devemos separar vida pessoal e trabalho. E a antiga crença até hoje cobrada pelas
organizações, que afirma que, todos nossos problemas pessoais devem ficar do lado de fora da empresa,
passa a ser rejeitada, pois, a saúde mental do trabalhador é também afetada pelos problemas domésticos, e
sendo assim, não pode mais ser ignorada por aqueles que fazem a gestão das pessoas no trabalho.

A partir do momento que Ministério do Trabalho entende que cada trabalhador de espaço confinado dever
ser avaliado através de um método que observe os riscos psicossociais, para que assim se possa conduzi-lo a
um desempenho seguro, estamos diante de uma nova crença – os riscos psicossociais estão presentes no
trabalho e na vida pessoal igualmente.

Assim, não podemos mais desprezar o que se passa na vida familiar e social dos nossos heróis. O que quero
dizer com isso, é que ocasionalmente pode acontecer que aspectos pessoais interfiram no trabalho, e vice-
versa. O que ataca a saúde mental e o bem-estar no ambiente pessoal, pode estar interferindo em sua
segurança no trabalho. Digo, pode estar, por que nem sempre afeta. Algumas pessoas reagem buscando
viver bons momentos no trabalho, justamente para suprir o mal-estar vivido em sua vida pessoal. Por isso,
atenção as respostas que o sujeito apresenta frente a cada situação vivida.
DISTINÇÃO DE MÉTODOS
PSICOLÓGICA PSICODIAGNÓSTICO PSICOSSOCIAL

•Foco: competências •Foco: sintomas •Foco: nos risco


comportamentais observados psicossociais

•Objetivo: adequação ao •Objetivo: diagnostico •Objetivo: preservação


cargo
clinico da vida

•Metodologia: testes e
•Metodologia: testes, •Metodologia: grupo
entrevista
semiestruturada anamnese e entrevista focal, entrevista
diagnóstica estruturada e testes
•Conteúdo:
comportamentos •Conteúdo: aspectos •Conteúdo: atitudes e
relativos ao cargo clínicos valores
A distinção entre avaliação por competência, avaliação psicossocial e psicodiagnóstico nos
permite perceber exatamente os aspectos que devem ser observados para que não se faça
confusões, ou ainda se perca o foco.

Ter claro o objetivo de avaliação psicossocial já permite delinear um caminho distinto de


todas as outras avaliações psicológicas que se costuma fazer dentro de uma empresa.

A avaliação por competência foca nos comportamentos descritos no cargo e é usual nos
processos seletivos. Tem por objetivo ajustar o indivíduo a função. O psicodiagnóstico
baseia-se nos sintomas previamente relatados, e tem por finalidade estabelecer um
diagnóstico para dar início a um tratamento. E por fim, a avaliação psicossocial pretende
identificar as condições psicológicas para que o sujeito possa trabalhar sem riscos a sua
segurança, identificando como suas respostas se formam diante das ameaças do dia a dia.

No momento em que sabemos para que avaliar riscos psicossociais, todo o processo passa a
ser construído para responder as perguntas iniciais que levarão a resposta desejada. Isso
significa que ao escolher os testes, por exemplo, precisamos ter clareza se este trarão as
informações necessárias para a construção de um resultado seguro e confiável.

Sabendo o que avaliar, tendo os conceitos dos construtos bem-conceituados poderemos


chegar a uma conclusão final clara.
ESCLARECENDO O FOCO
A Avaliação Psicossocial destina-se a investigar as condições psicológicas do trabalhador para suportar
os riscos psicossociais e assim, enfrentar os riscos ocupacionais.

RISCO PSICOSSOCIAL RISCO OCUPACIONAL


Relativos ao SUJEITO Relativos à TAREFA

• Sobrecarga • Risco de queda

• Pressões • Risco de desmoronamento

• Exigências • Risco de incêndio

• Relacionamentos Difíceis • Risco de intoxicação

• Cobranças • Risco de Choque Elétrico

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PSICOSSOCIAL - O que significa?

PSICO – refere-se a psique, ou seja ao estudo dos fenômenos


psíquicos.
Psicologia, ciência do comportamento

SOCIAL – refere-se a sociedade e as interações sociais

Psicossocial se refere conjuntamente aspectos psicológicos e sociais.


Consiste num ramo de estudo que abrange os aspectos da vida
social em conjunto com a psicologia.

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PORQUE UMA PESSOA COM EXPERIÊNCIA E
CONHECIMENTO SE ACIDENTA?
Durante a elaboração do projeto-piloto que culminou na validação da metodologia,
pude perceber que, a questão que mais inquietava engenheiros, ergonomistas e
profissionais de segurança, era quanto ao que levava um trabalhador com muita
experiência e conhecimento, cometer falhas banais e provocar um acidente, algumas
vezes grave.

A mesma questão pairava sobre os engenheiros que discutiam a NR33, no ao de


2006, quando decidiram incluir a avaliação psicossocial para todos que se
desenvolvessem atividades laborais em espaço confinado – por que as pessoas se
acidentam? Por que, se possuem conhecimento e experiência? O que leva alguém a
negligenciar a sua segurança e deixar de lado tudo que aprendeu e sabe?

Esta dúvida incomodativa deu origem as demandas de avaliação psicossocial, visando


responder as questões acima a partir de uma perspectiva humana e psicológica.
Trata-se de uma prática investigativa destinada a
explorar as condições psicológicas do individuo para
lidar com os riscos psicossociais no trabalho.

Em se tratando do ambiente laboral, seu objetivo é O QUE É A


de prevenção dos acidentes. AVALIAÇÃO
PSICOSSOCIAL
A Avaliação Psicossocial também pode ocorrer em
situações familiares, escolares ou mesmo jurídicas,
tendo assim um enfoque específico e orientado a
outros objetivos.
COMPORTAMENTO & ATITUDE

COMPORTAMENTO:
liderança, trabalho em
equipe, comunicação.

ATITUDE: autoestima,
otimismo, autoconfiança,
senso de urgência
FOCO DA
AVALIAÇÃO
VALORES: amor ao PSICOSSOCIAL
próximo, respeito, justiça,
liberdade.
COMPORTAMENTOS CONHECIDO QI

ATITUDES
DESCONHECIDO

QIE

MEDOS
CRENÇAS

VALORES
EMOÇÕESS

MOTIVAÇÕES
IMPULSOS
Para que o foco da avaliação psicossocial fique claro é bastante importante que se
perceba que é preciso avaliar além dos comportamentos. Não basta observar o
que o sujeito manifesta ou expressa. É preciso ver o que move seu
comportamento, ou seja, atitudes e valores.
Na figura do iceberg podemos visualizar esta compreensão. Avaliar
comportamentos, quociente de inteligência ou aquilo que o sujeito sabe e
verbaliza sobre s mesmo, não basta. Quando falo que é preciso ir além, me refiro
aquilo que o sujeito não identifica, ou tem dificuldade em compreender. Falo em
ler as entrelinhas de sua fala e descobrir por exemplo quais são seus medos, o
quanto tem consciência destes, o quanto reconhece seus limites, suas motivações,
quais seus valores fundamentais e o quanto age de acordo com estes.
Identificar o que impulsiona os comportamentos do avaliado nos permite
compreender de forma clara, o quanto este poderá ter estratégias adequadas a
sua segurança ou não. Os comportamentos seguros que esperamos encontrar
dependem fundamentalmente da estrutura da personalidade, ou seja, do quanto o
indivíduo será capaz de reconhecer seus limites, de agir com controle emocional,
de fazer uso de estratégias de enfrentamento e preservar sua autoestima.
REVISÃO NAS NRS COM FOCO EM
RISCO PSICOSSOCIAL
NR 07 NR 17
NR 01
(PCMSO) (ERGONOMIA)
• O objetivo desta Norma é • Esta Norma Regulamentadora • Esta Norma Regulamentadora
estabelecer as disposições - NR estabelece diretrizes e visa a estabelecer parâmetros
gerais, o campo de aplicação, requisitos para o que permitam a adaptação
os termos e as definições desenvolvimento do das condições de trabalho às
comuns às Normas Programa de Controle características
Regulamentadoras - NR Médico de Saúde psicofisiológicas dos
relativas a segurança e saúde Ocupacional - PCMSO nas trabalhadores, de modo a
no trabalho e as diretrizes e organizações, com o objetivo proporcionar um máximo de
os requisitos para o de proteger e preservar a conforto, segurança e
gerenciamento de riscos saúde de seus empregados desempenho eficiente.
ocupacionais e as medidas de em relação aos riscos
prevenção em Segurança e ocupacionais, conforme
Saúde no Trabalho - SST. avaliação de riscos do
Programa de Gerenciamento
de Risco - PGR da
organização.

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INTERVALOS ENTRE
As avaliações Periódicas devem observar o
intervalo de 2 anos
AS AVALIAÇÕES
NR 07 - O PCMSO é parte
Empresas com Certificação em SST (ISO 45000),
integrante do conjunto podem ter 3 anos de intervalo entre as avaliações.
mais amplo de iniciativas
da organização no campo As Avaliações Demissionais só devem ser feitas sob
da saúde de seus solicitação do médico responsável pelo ASO e não
devem ultrapassar 30 dias do desligamento efetivo.
empregados, devendo
estar harmonizado com o No entanto, se o avaliador perceber neecssário,
disposto nas demais NR.
pode antecipar a data de validade da avaliação. O
que não é permitido é que ultrapasse este prazo.

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SITUAÇÕES DE AVALIAÇÃO PSICOSSOCIAL – NR 07 (PCMSO)

• Avaliar as experiências anteriores com SST, acidentes, lições aprendidas e


ADMISSIONAL expectativas frente a vaga

• Atualizar a avaliação dos constructos e observar a condição de continuar


PERIÓDICO lidando com os riscos

• Avaliar o fator que levou ao afastamento, a evolução do caso, as


RETORNO AO TRABALHO condições para readaptação e ajustes, e vulnerabilidade

TROCA DE RISCO • Avaliar o que muda na percepção do risco ocupacional. A avaliação


segue com foco nos constructos.
OCUPACIONAL
•Avalia-se o quanto existe de desgaste, estresse e as condições de saúde para
novos ambientes e riscos.
DEMISSIONAL •Deve ser feito em até 10 dias após o termino do contrato, podendo ser
dispensado caso o exame clínico ocupacional mais recente tenha sido realizado
há menos de 135 dias.
NR 20 NR 31 NR 33 NR 34

• Esta norma estabelece • Esta Norma • Esta norma tem como Esta NR estabelece os
requisitos mínimos para Regulamentadora - NR objetivo estabelecer os requisitos mínimos e as
a gestão da segurança e tem por objetivo requisitos mínimos para medidas de proteção à
saúde no trabalho estabelecer os identificação de segurança, à saúde e ao
contra os fatores de preceitos a serem espaços confinados e o meio ambiente de
risco de acidentes observados na reconhecimento, trabalho nas atividades
provenientes das organização e no avaliação, da indústria de
atividades de extração, ambiente de trabalho monitoramento e construção, reparação e
produção, rural, de forma a tornar controle dos riscos desmonte naval.
armazenamento, compatível o existentes de forma a • Consideram-se
transferência, planejamento e o / garantir atividades da indústria
manuseio e desenvolvimento das permanentemente a da construção e
manipulação de atividades do setor com segurança e saúde dos reparação naval todas
inflamáveis e líquidos a prevenção de trabalhadores que aquelas desenvolvidas
combustíveis. acidentes e doenças interagem direta ou no âmbito das
relacionadas ao indiretamente nestes instalações empregadas
trabalho rural. espaços. para este fim ou nas
próprias embarcações e
estruturas, tais como
navios, barcos, lanchas,
plataformas fixas ou
flutuantes, dentre
outras.

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NR 35 NR 36 NR 37

• Esta norma tem como • O objetivo desta Norma é • Esta Norma Regulamentadora
objetivo garantir as condições estabelecer os requisitos - NR estabelece os requisitos
de segurança necessárias ao mínimos para a avaliação, mínimos de segurança, saúde
trabalho em altura. Por controle e monitoramento e condições de vivência no
trabalho em altura entende- dos riscos existentes nas trabalho a bordo de
se mais de 2 metros acima do atividades desenvolvidas na plataformas de petróleo em
nível inferior onde possa indústria de abate e operação nas Águas
haver queda. processamento de carnes e Jurisdicionais Brasileiras - AJB.
derivados destinados ao
consumo humano, de forma a
garantir permanentemente a
segurança, a saúde e a
qualidade de vida no
trabalho, sem prejuízo da
observância do disposto nas
demais Normas
Regulamentadoras.

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RESOLUÇÕES CFP
relativas a RESOLUÇÃO 06 – 29 DE MARÇO DE 2019 (elaboração de
avaliação documentos psicológicos)
psicossocial,
ao uso de
testes e RESOLUÇÃO 09 – 25 DE ABRIL DE 2018 (uso de testes
psicológicos)
elaboração
de
documentos RESOLUÇÃO 10 – 21 DE JULHO DE 2005 (código de ética)
psicológicos

RESOLUÇÃO 02 – 02 de JANEIRO DE 2022(avaliação


psicossocial)

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SOBRE A RESOLUÇÃO PARA AVALIAÇÃO
PSICOSSOCIAL
O processo de avaliação psicossocial, em atendimento às normas A avaliação psicossocial deverá ser individual, e incluir

regulamentadoras emitidas pela Secretaria de Trabalho do Ministério da informações direta ou indiretamente coletadas sobre o trabalho,

Economia ou órgão correlato, deve considerar a investigação dos ambiente e gestão.

seguintes aspectos: A depender do contexto, podem recorrer a procedimentos e


recursos auxiliares, denominadas fontes complementares de
I - as características pessoais, psicológicas, ocupacionais e sociais do
informação, conforme art. 2º da Resolução CFP nº 09, de 2018.
trabalhador; Art. 1º Art. 2º 1/4 Atos Oficiais.com.br - Resolução do

Exercício Profissional 2/2022 - 19/05/2022 14:55:31 Deve ser conclusivo de modo a subsidiar decisões relacionadas
ao contexto de trabalho, assim como contribuir em ações de
II - as características da atividade de trabalho, as do ambiente de prevenção e controle de acidentes e doenças ocupacionais.
trabalho e as das condições necessárias à sua realização, inclusive para
O documento psicológico que resultar da avaliação psicossocial,
atividades remotas, que devem ter como referência os documentos
em atendimento às normas regulamentadoras emitidas pela
nacionais e internacionais que dispõem sobre funcionalidade e doenças;
Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia ou órgão
correlato, será um laudo psicológico, que será entregue ao
III - as características da gestão do trabalho e dos controles preventivos
requerente e devidamente arquivado.
em saúde e segurança do trabalhador

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PROJETO DE LEI 3588 DE 2020

Foi apresentado pelo deputado Alexandre Padilha (PT-SP) o Projeto de Lei 3588 de
2020, medidas de prevenção, intervenção e gestão dos riscos psicossociais por
parte do empregador.
O presente projeto de lei, visa incluir das Normas Regulamentadoras, medidas de
prevenção, intervenção e gestão dos riscos psicossociais por parte do empregador.

Foi Aprovado e esta sendo examinado por um grupo de estudos para elaboração de
diretrizes.

Fonte: Relações Institucionais da CNTC

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TIPOS DE RISCOS SEGUNDO A ENGENHARIA
DE SEGURANÇA
A Engenharia de Segurança aponta para 5 tipos de riscos: os riscos físicos se referem
aos riscos provenientes do ambiente de trabalho e que podem gerar prejuízos a saúde
do trabalhador.
Os riscos químicos, também surgem do ambiente de trabalho e podem causar
diferentes tipos de intoxicação, também prejudicando a saúde física de quem se expõe
a ela.
Já os riscos biológicos podem contaminar e provocar doenças de todos os tipos, desde
as mais graves.
Os riscos ergonômicos, tratam das limitações físicas, cognitivas e psicológicas de seu
executor, e por este motivo, podem prejudicar inclusive, a saúde mental. E aqui, se
classificam os riscos psicossocial, embora sem grande destaque.
Por fim, os riscos de acidentes indicam tudo que pode ameaçar ou prejudicar a
integridade física, a saúde e segurança do trabalhador.
Assim, nesta classificação pode-se perceber claramente o quanto os riscos psicossociais
ainda não são tão estudados e contemplados na gestão dos riscos psicossociais. Eis aí o
nosso desafio!
RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO:

EXIGÊNCIAS
DEMASIADAS

AUSENCIA DE
PRESSÕES E
QUALIDADE DE
COBRANÇAS
VIDA

RELACIONAMENTO
DISCRIMINAÇAO NA EMPRESA S DIFICEIS

ASSEDIO MORAL BULLYING

ADOECIMENTO
No ambiente de trabalho é possível observar o que pode ser causador de risco
psicossocial. E destaco aqui, a importância de contextualizar o indivíduo na cultura
organizacional, modelo de gestão de pessoas e ainda no sub clima de seu setor
que está sob a influência de seu líder imediato.
Uma empresa com cultura orientada para a produtividade, que não possui
políticas e ações orientadas para a saúde mental e segurança e cujo modelo de
gestão não contempla os limites humanos provavelmente irá gerar riscos
psicossociais oriundos de fatores como conflitos nos relacionamentos, ausência de
qualidade de vida, pressões, cobranças, sobrecarga ou superexigência.
Este tipo de cultura, que permite a formação de riscos psicossociais
provavelmente terá índices de acidentes de trabalho e de afastamento
decorrentes de causas emocionais e de danos a saúde mental. Porém, esta causa
provavelmente nãos será periciada como causa de acidente de trabalho, por não
ser considerado os riscos psicossociais como um fator aceitável. E assim,
comumente ouve-se que causa foi “falha humana” ou “falha operacional”.
RISCOS PSICOSSOCIAIS NA FAMÍLIA:

CONFLITOS

FALTA DE
PROBLEMAS
INTEGRAÇÃO
FINANCEIROS
FAMILIAR

FALTA DE
INTERESSES
QUALIDADE DE
DIVERSOS
VIDA
NA FAMILIA

EXPECTATIVAS VIOLÊNCIA
EMOCIONAIS DOMÉSTICA

PRESSÕES E
DESAJUSTES
COBRANÇAS
Do mesmo modo, a cultura familiar traz as características de sua cultura revelada
através dos valores que o indivíduo traz consigo. Fatores muito comuns a família
brasileira são: conflitos familiares, problemas com o desemprego, doenças
maltratadas, endividamento, falta de integração entre outros.
Estes mesmos fatores podem ser vividos de forma diferente entre as famílias. Seu
estilo de vida e atitudes diante das dificuldades indicarão o quanto estes fatores
serão vividos em forma de riscos podendo desencadear outras dificuldades e
problemas graves como violência doméstica, por exemplo.
Estes dois ambientes: família e trabalho intervindo entre si poderão estimular o
indivíduo a cuidar de sua segurança e saúde ou não. Tudo dependerá de como este
trabalhador assimilará o aprendizado e as experiências diárias.
RISCOS PSICOSSOCIAIS NA PANDEMIA:

Medo de
contaminaçã
o

Custos Medo de
emocionais morrer

NA PANDEMIA
Insegurança Medo de
no futuro desemprego

Medo de
Solidão
ficar doente
Os fatores psicossociais representam tudo que é demandado pela sociedade e que
interfere na resposta psicológica do indivíduo. Neste momento, a contaminação, a
possibilidade de adoecimento pela falta de um tratamento adequado, o
distanciamento e isolamento social, o impacto na economia trazendo desemprego
e redução da renda junto de uma nova crise econômica.
Estes novos fatos que passaram a ser parte da vida diária de todos os brasileiros
podem ser vividos de forma a gerar adaptação e aprendizado, ou ansiedade,
desajuste e insegurança.
Quando a resposta a estes fatores, não é favorável a saúde mental temos então os
riscos psicossociais da pandemia: medo exacerbado ou negado, solidão,
depressão, pânico, alterações de sono, humor ou apetite, que podem levar a
formação de transtornos comprometendo todas as áreas e funções do indivíduo.
O PÚBLICO A SER
AVALIADO PASSA A SER
TODO E QUALQUER
TRABALHADOR
A partir da pandemia, todo o
qualquer trabalhador vive
diariamente riscos psicossociais
ainda não experimentados, e
que estão presentes em todos
os ambientes e situações atuais
prejudicando sua saúde mental
e portanto, ameaçando sua
segurança.
Em princípio, as avaliações psicossociais são consideradas apenas para aqueles trabalhadores cujas funções
envolvem trabalho confinado (NR33), trabalho em altura (NR35) e todo trabalho que envolva líquidos
combustíveis e inflamáveis. Contudo, algumas empresas, por se preocuparem com saúde de segurança e por se
empenharem em ações preventivas, adotaram a avaliação psicossocial para outras funções, ainda que exista
obrigatoriedade. E sendo assim, é possível encontrarmos empresas que adotam a prática da avaliação
psicossocial para, por exemplo, NR10 (eletricidade), NR18(obras e demolições), NR19 (transporte de
explosivos), NR29 (trabalho portuário), NR34 (construção e reparo naval) e NR36 (abate e processamento de
carnes e derivados).

Porém, neste momento em que vivemos todos os fatores psicossociais de uma pandemia e de um isolamento
social não podemos desconsiderar todas as demandas emocionais e psicológicas experimentadas por todos os
trabalhadores. Diante de um cenário de tantas ameaças psicossociais fica bastante claro a necessidade de
cuidados e atenção sobre os aspectos psicossociais visto que a saúde mental passa a ser um sério problema
para todos.

O impacto emocional foi intenso e as respostas bastante prejudiciais interferindo na adaptação, ajuste e
aceitação, e resultando em um aumento considerável nos níveis de ansiedade, estresse e depressão.
Considerando este cenário, seria importante que as avaliações psicossociais passem a ser cogitadas para
qualquer trabalhador que demonstre necessidade de apoio e cuidado com sua saúde mental.
Crenças, estilo de vida,
CENÁRIO DE PAÍS hábitos, crises politicas e
econômicas
Cobranças, pressões,
sobrecarga, conflitos CENÁRIO DE TRABALHO
com colegas, falta de
Conflitos familiares,
integração CENÁRIO FAMILIAR endividamento, falta
de qualidade de vida,
desemprego
Autoestima,
autoconfiança, ATITUDES VALORES
autorrespeito, ética,
segurança.
ESTRUTURA DE O que é importante? Do
PERSONALIDADE que não abre mão?

Crenças, registros,
PENSAMENTO EMOÇÕES
conceitos sobre os
fatos
Como sente, como manifesta
e o quanto controla.

Adaptabilidade, resiliência e
enfrentamento.
Toda a avaliação psicossocial precisa ser realizada com vistas ao cenário em que o
avaliado se situa. Não seria adequado olhar apenas o indivíduo e sua função, sem inseri-
lo na cena em que vive.
Em tempos de pandemia, temos todos os hábitos, rotinas, costumes e planos
desconstruídos colocando o indivíduo em um horizonte desconhecido, sem
perspectivas e sem clareza sobre seu futuro. O impacto da pandemia ressoa na gestão
da saúde pública e por consequência na economia do país, trazendo mais crise, mais
conflito e mais tensão. Sem dúvida, todos estes movimentos afetam a saúde financeira
das empresas gerando desemprego, perda de renda e grande insegurança e
instabilidade para a vida de todos.
Todas estas demandas acarretam mais ansiedade, mais depressão, mais estresse e
atingem fortemente a estrutura de toda sociedade e, portanto, de cada cidadão. Alguns
se mostram com mais capacidade de assimilação, de ajuste e de aprendizagem. Outros
nem tanto, respondendo com intolerância, agressividade e resistência.
Sendo assim, é imprescindível que para cada indivíduo avaliado é preciso compreendê-
lo de acordo com sua percepção de realidade e capacidade adaptativa, assim como sua
condição de administrar o estresse e assim, preservar sua saúde mental.
• Autoestima
• Inteligência Emocional
EMOÇÕES • Medo

• Familiar
• Organizacional
FOCO DE
CULTURA • Lócus de Controle
ANÁLISE –
• Física
• Mental Conceitos
SAÚDE • Estresse
Básicos
• Coping
• Percepção do Risco
COGNIÇÃO • Homeostase
As avaliações devem ser realizadas com um foco bem claro e conceituado.
Basicamente quatro áreas devem ser exploradas: cognição, saúde, emoções e
cultura.
Em relação a cognição, vamos investigar a capacidade do indivíduo em perceber os
riscos presentes em seu dia a dia e suas condições em desenvolver estratégias de
enfrentamento.
Quanto a emoções avaliamos se o medo é negado ou reconhecido e como lida com
estes medos, avaliamos sua autoestima e a inteligência emocional que envolve o
autoconhecimento, habilidade de relacionamento, adaptabilidade e gestão do
estresse.
Sobre saúde, avaliamos estresse físico, mental e emocional, assim como o histórico
de saúde através de questionário de anamnese.
E quanto a cultura, compreendemos as influências culturais da família e da empresa,
considerando também todos os aspectos referentes a pandemia e suas repercussões.
A QUESTÃO DO MEDO
Esta emoção existe como um SINAL DE ALERTA diante de situações de real
perigo. Ajuda a desencadear uma atitude de defesa gerada por um instinto
de autopreservação. Portanto, natural e saudável em nossas vidas.
O medo é um importante balizador para nos apontar o quanto o individuo está lúcido
sobre sua realidades e os riscos presentes.

Negar o medo representa não perceber os riscos. Do mesmo modo que o pânico
também não é adequado devido o desgaste emocional causado.

É preciso a presença do medo na medida certa para o processo perceptivo aconteça.

A percepção e forma como esta é desenvolvida é determinante na gestão de riscos e


na promoção da saúde mental do trabalhador. É preciso compreender com a pessoa
recebe informações e o mundo que o cerca, como registra e como irá responder ao
que registrou, definido assim, seu comportamento.
TIPOS DE MEDO

MEDOS EMOCIONAIS MEDOS IRRACIONAIS

▪ Medo do fracasso ◦ Acrofobia (lugares altos)


▪ Medo do abandono ◦ Claustrofobia (lugares fechados)
▪ Medo de morrer ◦ Agorafobia (ficar preso)
▪ Medo de doenças ◦ Fobia Social
▪ Medo de Ser Rejeitado ◦ Aracnofobia (medo de aranhas)
▪ Medo de ficar louco ◦ Medo de Tempestade
◦ Medo de falar em público
◦ Medo de escuro
DIMENSÕES adequado inadequado PÂNICO

entre SAÚDE ▪Medo de ser ▪com insônia ▪ Medo de morrer

e DOENÇA contaminado
▪Medo do estresse
▪ com ansiedade
continua
▪ Pensamento
catastrófico

A presença de sintomas ▪Dos Problemas ▪com dificuldade de ▪ Descontrole

físicos, fantasias e o Financeiros concentração emocional

pensamento catastrófico ▪Medo de outras ▪com desânimo ▪ Ansiedade

apontam para os limites doenças ▪com pessimismo exacerbada

entre o medo saudável e o ▪com alterações de ▪ Sintomas físicos:

medo patológico humor taquicardia,


▪Medo irracional sudorese,
tremor, etc
O QUE É PERCEPÇÃO?

Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização


das informações obtidas por meios dos sentidos.

A percepção pode sofrer interferência emocional


dependendo das experiências já vividas.

Quando o processo perceptivo se dá por completo, deve


provocar uma mudança de comportamento.
PERCEPÇÃO DOS RISCOS - Lei de Weber
Segundo a Lei de Weber, chamamos de Limiar Absoluto, a condição mínima
necessária para que um estimulo seja percebido e desencadeie algum tipo de
mudança comportamental (resposta).

CONDIÇÕES
EMOCIONAIS

ESTADO DE
SAÚDE
recepção
estimulo sensação processamento
EXPERIÊNCIAS neural
ANTERIORES

EXPECTATIVAS
A percepção é um processo, e como tal, depende de algumas condições para que
aconteça. A Lei de Weber fala do limiar absoluto, ou seja, as condições mínimas para que o
processo se estabeleça e seja processado gerando assim, uma mudança de
comportamento.

As condições emocionais tratam de emoções que motivam o sujeito a identificar algum


estímulo. Por exemplo, o medo de se machucar leva o trabalhador a perceber os riscos de
sua atividade.

O estado de saúde cria condições para que as sensações estejam ativas, como por
exemplo: o olfato permite a identificação de um vazamento de gás.

Já as experiências anteriores geram aprendizado de modo que o sujeito saiba os cuidados


que deve ter, onde existem mais riscos ou traz lembranças de acidentes que já presenciou.

E por fim, as expectativas trazem o desejo de manter-se seguro, de não se acidentar e de


ter domínio sobre os riscos de trabalho.

A partir destas condições mínimas, o estímulo externo é assimilado pelas sensações,


processado através de uma recepção neural (sinapse) promovendo o processo completo
de percepção e gerado a mudança comportamental necessária.
DEVEMOS CONSIDERAR QUE:

* O que uma pessoa percebe sempre será a SUA realidade objetiva.

* O comportamento das pessoas baseia-se na sua percepção da realidade.

* A percepção é individual.

* A percepção sofre influências da cultura que estamos inseridos.

* A percepção é um processo e depende de algumas variáveis para que se conclua por completo.
A percepção seletiva nos faz ver, escutar
ou focar a nossa atenção em um
determinado estímulo em função das
nossas expectativas, sem ter em conta as
informações restantes.

PERCEPÇÃO
É uma interpretação tendenciosa e parcial
SELETIVA da realidade influenciado por nossos
valores e nossas demandas emocionais
que formam filtros para a assimilação dos
estimulo, gerando assim, distorções que
resultam na realidade desejada.

Fonte: A Mente é Maravilhosa, 2019


FENÔMENOS MAIS COMUNS

•A exposição seletiva: só vemos e escutamos que nos agrada.

•A atenção seletiva: nos faz focar naquilo que nos interessa, descartando o resto
da informação.

•A defesa perceptual: apagamos do nosso campo seletivo aqueles elementos


que nos ameaçam.
Pessoas com a percepção de sintoma mais desenvolvida são aquelas que focam
sua atenção no problema, na dor e na dificuldade. Tendem a usar este tipo de
percepção para justificar seus fracassos, seus problemas e assim, se vitimizam.
Pessoas com foco nas necessidades, são resolutas, buscam caminhos para sanar a
dor ou o problema e agem com rapidez. São práticas, ágeis e dinâmicas e focam
na solução.
Já pessoas com percepção aspiracional vão além da solução. Querem
compreender o todo e a dinâmica dos fatos. Além do uso da razão, usam a
intuição como fonte e desta forma, aprendem mais.
ANSIEDADE | MEDO | PERCEPÇÃO
Ansiedade adaptativa: sua função é nos preparar para enfrentar um perigo ou uma situação
ameaçadora real.

Ansiedade patológica: surge em face de ameaças imaginárias ou supervalorizadas, quase sempre mal
definidas.

O QUE EXISTE EM COMUM É O MEDO.

Recebemos uma multiplicidade de informações constantemente, o que significa que não iremos
absorver tudo.

Sendo assim, as informações serão selecionadas de acordo com critérios subjetivos, objetivos,
conscientes e inconscientes.
O medo abre condições para que a percepção do risco aconteça. Se existe medo,
existe perigo e neste caso o comportamento seguro é desencadeado.
No entanto, existem aspectos subjetivos e inconscientes que também irão
determinar o processo perceptivo, como crenças, desejos, expectativas e demandas
emocionais.
A ansiedade frequentemente poderá estar presente. Caso surja com orientação
adaptativa, levará o sujeito a buscar caminhos para se preparar e criar meios de lidar
com situações ameaçadoras. É importante observar o quanto esta ansiedade estará
se apresentando com efeito adaptativo, ou se estará revelando aspectos
patológicos de seu funcionamento, prejudicando a forma de lidar com o risco e
ainda trazendo indícios de problemas com sua saúde mental.
AS MÚLTIPLAS PERCEPÇÕES EM SST

PERCPÇÃO DE SI MESMO (riscos psicossociais)

PERCEPÇÃO DO OUTRO

PERCEPÇÃO DOS RISCOS (ocupacionais)

PERCEPÇÃO DO AMBIENTE

PERCEPÇÃO DE CONSEQUÊNCIAS (visão sistêmica)


OUTROS TIPOS DE PERCEPÇÃO
Fonte: http://facilitadordeworkshopdeinovacao.blogspot.com/2010/11/percepcao-de-sintomas-necessidades-e.html

PERCEPÇÃO DE PERCEPÇÃO DE PERCEPÇÃO


SINTOMA NECESSIDADE ASPIRACIONAL

Se colocam na posição de Querem saber mais sobre a


Vítima Querem Respostas Rápidas Solução

Não procuram a Solução para os Querem Resolver o Diagnóstico


Sintomas Querem Soluções para Todos os além do Sintoma
Problemas
Desejam acentuar a Percepção
Tem melhor Auto conhecimento
Sintomática
Tem Aprendizagem Simples
Não Querem Aprender Aprendizagem Dupla

Atitude de Racionalizar Atitude Racional Atitude Intuitiva


(justificar)
HOMEOSTASE
do RISCO
Homeo = similar ou igual e Stasis
= estável

Toda sua organização interna,


funcional e estrutural visam a
manutenção do equilíbrio.

Nas funções de risco, a


homeostase pode demonstrar a
NÃO PERCEPÇÃO DO RISCO.

O trabalhador acomoda-se diante


de uma realidade adversa. É o
“piloto automático”.
A homeostase é um processo natural em todos os seres vivos. Estamos sempre em
busca de equilíbrio e estabilidade. Diante de algo ameaçador, buscaremos uma
forma de nos adaptar e encontrar condições de ajuste para seguir com nossas
necessidades atendidas.
Quando um indivíduo inicia um trabalho perigoso, sua tendência será de ficar atento
aos riscos, mas também buscará adaptar-se e ajustar-se as demandas do mesmo
com o intuito de construir até mesmo um certo conforto neste novo ambiente.
Diante disso, acontece a homeostase. O sujeito se acostuma aos riscos diários até
chegar ao ponto de banalizar os mesmos e perder a atenção devida. Este fenômeno
pode ser entendido como um “piloto automático.” O trabalhador se acomoda,
criando a ilusão de já ter dominado os riscos existentes e perde o medo. A perda do
medo e a crença de que já dominou os riscos geram a homeostase do risco,
diminuído a atenção aos riscos, a perda da percepção e abrindo espaço para um
acidente.
AS INTER-RELAÇÕES

PRESENÇA DO PERCEPÇAO DOS


MEDO RISCOS COMPORTAMENTO
• Ativa a • Recebe o SEGURO
percepção estímulo
CONDIÇÕES
ADEQUADAS PARA
A AQUISIÇÃO DE
INFORMAÇÕES NEGAÇÃO DO PERCEPÇAO DOS
MEDO RISCOS
HOMEOSTASE
• Bloqueia a • Ausência de
percepção estimulo
1.Quais os riscos que você percebe em seu trabalho?

2.Quais os mais presentes em seu dia a dia? O que mais


te assusta?

3.Quais os que mais causam acidente de trabalho?

4.O que você entende por risco psicossocial?

5.De que forma se manifesta em seu dia a dia?

SUGESTÃO DE ABORDAGEM 1
SOMENTE NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL
O CONCEITO DE COPING
COPING refere-se a uma estratégia de
enfrentamento diante de situações de elevado
estresse e desgaste emocional.

“Trata-se de um conjunto de esforços cognitivos e


comportamentais utilizados pelo indivíduo diante
de situações de emergência, e que são avaliadas
como sobrecarregando ou excedendo seus recursos
pessoais.” (Folkmann & Lazarus, 1984)
Coping é um conceito desenvolvido a partir de um estudo sobre temperamento, e
que diz respeito as estratégias de enfrentamento. A condição de desenvolver meios
para lidar com situações que sobrecarreguem os recursos individuais dependem de
sua capacidade cognitiva e de seu controle emocional.
É preciso que, ao perceber uma situação de grande tensão e demanda emocional,
este indivíduo consiga pensar nas soluções possíveis aprendidas nos treinamentos, e
é fundamental que tenha autocontrole para evitar atitudes impulsivas ou
impensadas.
Estas condições de reunir todos estes recursos (pensar em soluções e controlar suas
emoções) diante de emergências representam as estratégias de coping, ou
estratégias de enfrentamento.
Cabe esclarecer ainda que, em relação a pandemia e suas consequências, os
brasileiros em geral não possuem registro de alguma experiência semelhante e
portanto, não possuem padrões de comportamento para responder a este tipo de
situação. Por isso, não podemos esperar respostas de enfrentamento baseado em
um aprendizado prévio por não haver recurso cognitivo suficiente. Estas respostas
serão sim, caso o indivíduo consiga construir estratégias de enfrentamento,
baseadas em seus recursos emocionais e comportamentais.
ESTILOS DE COPING
Estudos apontam duas categorias de
estratégias de coping básicas:

◦ 1. Voltadas para a resolução do problema:


prioriza a solução ou o encaminhamento de uma
resolução.

◦ 2. Orientadas para a regulação da emoção:


prioriza o controle emocional.
Miller (1981) apresenta dois estilos de coping denominados monitorador e
desatento, e que se referem ao estilo de atenção do indivíduo em situação
de stress.

O indivíduo representante do estilo monitorador utiliza estratégias que


envolvem estar alerta e sensibilizado a aspectos negativos de uma
experiência, apresentando uma atenção vigilante, procurando informações e
visualizando a situação para controlá-la.

O estilo desatento envolve distração e proteção cognitiva de fontes de perigo.


O indivíduo apresenta um comportamento de desatenção, tendendo a se
afastar da ameaça, distrair-se e evitar informações, postergando uma ação.

Fonte: https://doi.org/10.1590/S1413-294X1998000200006
• Relate um acidente no trabalho
• Como sentiu-se? Como resolveu?
ACIDENTE • Por que aconteceu?

• O que sentiu no exato no momento?


• Qual sua primeira ação?
• Como se sentiu? O que pensou?
EMERGÊNCIA • Por que aconteceu?

SUGESTÃO DE ABORDAGEM 2
SOMENTE NO AMBIENTE ORGANIZACIOAL
PILARES DA AUTOESTIMA
Por Nathaniel Branden

Auto respeito

Auto
Autoconfiança
aceitação

Meu
SOU EXERCE SEU
Valor
MERECEDORA DE DIREITO DE
SEGURANÇA?
Pessoal RECUSA?
A autoestima é um importante pilar de sustentação para o comportamento seguro.
Espera-se que o indivíduo que reconhece seu valor pessoal também se sinta
merecedor de segurança e bem-estar.
Na medida em que seu valor pessoal é vivido, este mesmo sujeito torna-se
fortalecido por ser capaz de respeitar seus limites, acreditar em sua capacidade de
obter êxito em seus propósitos e aceita a si mesmo como alguém que mesmo
dentro de seus limites, é um ser de valor e único.
Nestas condições, espera-se ainda, que este trabalhador seja capaz de exercer seu
direito de recusa pelo fato de saber-se merecedor de respeito, de segurança e de
qualidade de vida.
Direito de recusa é uma Lei da Constituição Federal que atribui ao trabalhador, o
direito de se recusar a realizar um trabalho caso não se sinta em condições seguras
para tanto. Neste caso, o empregador deve respeitar sua limitação e ajudá-lo a
construir condições de segurança para seguir em frente com suas tarefas.
LEI DO DIREITO DE RECUSA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL E NR 01

1.4.3 O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar uma situação de
trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua vida e saúde, informando
imediatamente ao seu superior hierárquico.

1.4.3.1 Comprovada pelo empregador a situação de grave e iminente risco, não poderá ser exigida
a volta dos trabalhadores à atividade enquanto não sejam tomadas as medidas corretivas.
DIREITO DE RECUSA NÃO É MULETA PARA FUNCIONÁRIO PREGUIÇOSO

Se o funcionário usar o direito para tirar vantagem indevidamente, poderá ser


demitido por justa causa, de acordo com o Artigo 482 da CLT.

Vale lembrar que não cumprir o direito de recusa implica ao empregador o risco de ser
submetido as penalidades previstas em lei!
Fonte: http://segurancadotrabalhonwn.com/direito-de-recusa-ao-trabalho
Verifique como está o nível de desempenho e ambição.(trabalho)

Observe se existem atitudes queixosas continuamente (trabalho)

Veja se sente medo de desafios e se prefere deixar tudo como já está.(trabalho)

Observe se busca aprovação incessantemente.(trabalho)

Verifique se apresenta dificuldade em aceitar elogio ou o amor do outro.


(família)

Perceba se busca culpar os outros por seus erros.(família)

Veja se consegue aceitar críticas, ou se sente estas como geradoras de muita


dor e sofrimento.(família)

SUGESTÃO DE ABORDAGEM 3
GESTÃO DO ESTRESSE

Qual o nível de
estresse que se
apresenta?

De que forma
É identificado pelo
busca minimizar
avaliado?
seus impactos?
Ao avaliarmos o estresse, é importante já deixar claro que partiremos do pressuposto
de que o estresse já não é mais uma variável, mas uma constante na vida de todas as
pessoas – algumas em grau maior, outras nem tanto.
É fundamental que possamos compreender se o sujeito avaliado reconhece o quanto
está prejudicado pelo seu estresse e o que faz para reduzir seu impacto em sua vida
diária e saúde. Ao avaliador cabe mensurar em que novel de evolução está o estresse
mental e emocional.
Essa compreensão permite ao avaliador analisar o quanto o avaliado está com sua
saúde comprometida pelos desgastes diários, o quanto é capaz de administrar seu
próprio estresse, o quanto está em condições de conduzir-se diante dos riscos do
trabalho.
CANSAÇO: pode ser superado após uma noite de descanso
ESTRESSE: torna-se repetitivo e acumulativo
SÍNDROME DE BURNOUT (ESGOTAMENTO): ultrapassa o limite do indivÍduo gerando
problemas de saúde fisica e mental comprometendo todas as funções.
CANSAÇO | ESTRESSE | BURNOUT
CANSAÇO: pode ser superado após uma noite de
descanso

ESTRESSE: torna-se repetitivo e acumulativo

SÍNDROME DE BURNOUT (ESGOTAMENTO):


ultrapassa o limite do indivÍduo gerando
problemas de saúde fisica e mental
comprometendo todas as funções.
Estou cansado

Estado de
Estou cansado e
completo
irritado
desânimo

/
Em casa não tenho
Sintomas físicos
descanso

Não tenho tempo Dificuldade


para mim relacionais

O CICLO ACUMULATIVO DO ESTRESSE


COMO OBSERVAR OS EFEITOS DO ESTRESSE
CAUSADO PELOS RISCO PSICOSSOCIAIS

COGNITIVO EMOCIONAL COMPORTAMENTO SAÚDE

Dificuldade de Irritabilidade Hábitos nervosos Ausências mais


lembrar
prolongadas
Mau Humor
Dificuldade de Desastrado ou
aprender negligente
Afastamentos
Ansiedade
mais frequentes
Dificuldade de
Se torna violento
concentração Dificuldades de
relacionamento
Baixa no sistema
Pensamentos Deixa de ser
Isolamento imunológico
negativos pontual
ESTABELEÇA UMA MÉTRICA

• Dores no corpo
Sintoma • Alterações do sono ALTA
físico • Alterações do apetite MÉDIA
• Fadiga INTENSIDADE DAS QUEIXAS LEVE

• Preocupações
Sintoma • Hiper vigilância
mental • Dificuldade de DIÁRIA
concentração
SEMANAL
FREQUÊNCIA DAS QUEIXAS MENSAL

• Oscilação de Humor
Sintoma • Irritabilidade
emocional • Desmotivação
• Isolamento
FREQUÊNCIA INTENSIDADE
Diário semanal mensal leve médio forte

Sintomas Dor de cabeça

físicos inapetência

Insônia

Fadiga

Sintomas Esquecimentos

mentais Falta de
concentração
hiper vigilância

Ruminação

Sintomas Irritabilidade

emocionais Ansiedade

Agressividade

Humor oscilante

Faça registros sobre os sintomas de estresse e observe frequência e intensidade


A intensidade e a frequência dos sintomas poderão contribuir para a identificação
do quanto o indivíduo possa estar ainda em estágio inicial de desgaste, ou se já está
avançando e possivelmente se aproximando de uma condição de transtorno.
Frequências semanal ou mensal com intensidade leve não são preocupantes.
Contudo, uma intensidade média ou alta, com frequência semanal ou diária requer
mais atenção e acompanhamento médico. A consciência do avaliado sobre seu
estresse e sua disposição e iniciativa em busca de ajuda, também são
determinantes para a compreensão final.
É importante mais uma vez lembrar que, a avaliação psicossocial não pretende ser
um psicodiagnóstico, mas, caso algum indicador de patologia se apresenta, passa a
ser necessário o devido encaminhamento a uma avaliação mais específica que
responda por questões clínicas.
MODELO HOLÍSTICO DE ESTRESSE
Nelson e Simmons, 2003

SAVORING Motivação

CONSEQUÊNCIAS
EUSTRESSE Alta Performance
POSITIVAS

Criatividade
FATORES
ESTRESSORES
Queixas

CONSEQUÊNCIAS
DISTRESSE Desânimo
• Sobrecarga NEGATIVAS
• Pressões
• Conflitos
Pessimismo
• Dívidas
• Desemprego
Existe um estresse bom e um estresse ruim. Um traz bem-estar, ânimo, disposição e
vontade de fazer mais e melhor. Traz a sensação de estar aprendendo, vencendo
desafios e superando a si mesmo. É um estresse saudavel chamado por Nelson e
Simons de EUSTRESSE.
Por outro lado, existe o estresse que adoece, que traz mal-estar e o desanimo. Pode
se acumular e levar a exaustão comprometendo todas as funções mentais e a saúde
geral do sujeito. Este é o DISTRESSE, que faz mal e deve ser combatido.
O que cabe ao avaliador é perceber como o estresse é experimentado, se bom ou
ruim, se com controle ou sem controle, com consciência ou sem consciência, intenso
ou moderado. Estas dimensões darão a clareza necessária para saber o quanto esta
pessoa é capaz de aborver os fatores psicossociais sem adoecer ou sem se machucar.
SOBRE A SÍNDROME DE BURNOUT

Desde o dia 1º de janeiro, a síndrome do burnout tem uma nova classificação dada
pela OMS: o transtorno é considerado uma doença decorrente do trabalho, um
"estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso", diz a
definição do órgão mundial de saúde. Burnout vem do inglês e quer dizer
"esgotamento".

De acordo com a ISMA-Bra (Associação Internacional de Gerenciamento do


Estresse),30% dos brasileiros estão acometidos desta síndrome. (2021)

Existem 3 dimensões para o diagnóstico da síndrome: A primeira delas é a sensação


de exaustão ou falta de energia. A segunda são sentimentos de negativismo, cinismo
ou distância em relação ao trabalho. A terceira é a sensação de ineficácia e falta de
realização. (site agênciabrasil - INSS)
SINTOMAS E PREVENÇÃO DO BURNOUT

Sintomas Prevenção
•Dores musculares e de Exercícios físicos
• Isolamento
cabeça;
• Pessimismo e baixa Descanso e sono de qualidade
•Irritabilidade excessiva
autoestima
Alimentação balanceada
•Alterações de humor;
• Sentimento de apatia e Controle da autoexigência e
desesperança •Falhas de memória; cobranças

• Perda de prazer •Dificuldade de concentração; Cultivo de relacionamentos


saudáveis
• Maior suscetibilidade à •Falta de apetite;
doenças (baixa imunidade) Yoga e Meditação
•Agressividade;
Reorganização do uso tempo
SUGESTÃO DE ABORDAGEM 4

NO TRABALHO NA FAMÍLIA
1. O que mais te incomoda no trabalho?
1. O que você mais gosta de fazer nas
2. Sente seu trabalho reconhecido? De horas livres?
que forma?
2. O que faz para descansar?
3. O que mais te dá prazer no trabalho?
3. O que tem feito para cuidar de sua
4. Como avalia sua carga de trabalho?
saúde?
5. Como avalia as pressões e cobranças
que recebe? 4. Como avalia a qualidade do seu sono?
6. Como avalia a harmonia entre as 5. Como avalia sua vida social?
pessoas de seu setor?
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
É um conjunto de competências que permite a você aplicar pensamentos e
sentimentos para tomar decisões melhores. (MYERS, CARUSO E SALOVEY)
Em se tratando de saúde mental no trabalho, a IE abre condições para que o trabalhador se
conheça, entenda suas reações, respeite seus limites e desenvolva a autoaceitação. Acredita-se
que a partir disso, a consciência e o comprometimento com sua qualidade de vida e bem-estar se
estabeleça, permitindo então, o desenvolvimento de comportamentos seguros.

Goleman, através de seu conceito revolucionário sobre inteligência, nos faz perceber o quanto o
controle e uso das emoções pode ser determinante nos resultados que alcançamos. Para tanto,
é essencial partir do autoconhecimento e identificar como reagimos, porque nos sentimos de tal
forma, quais os gatilhos, que valores nos movem e desta forma, colocamos o pensamento a
comandar estas reações e assim, a escolha dos comportamentos.

Diante de situações de emergência, ou mesmo para agir preventivamente é necessário que o


sujeito seja capaz de minimamente ter controle sobre suas emoções, pensar sobre a situação
que vive com consciência e clareza, e assim, escolher seus comportamentos com discernimento.

A Inteligência emocional é um conjunto de habilidades para lidar consigo mesmo, e não requer
nenhum recurso cognitivo sendo assim, possível de ser aplicada e desenvolvida em qualquer
população. No entanto, sabemos que em nosso país ainda não existe esta cultura e, portanto,
sua prática deve ser estimulada e orientada.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

“ É a capacidade da pessoa de motivar a si


mesma e persistir a despeito das frustrações, de

controlar os impulsos e adiar as recompensas, de

regular o seu próprio estado psicológico e

impedir que o desânimo subjugue a faculdade de

pensar, de sentir, de ter empatia e esperança.”

DANIEL GOLEMAN
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

De acordo com Daniel Goleman, o que avaliar para mensurar esta competência ao

indivíduo:

 Aptidões Intrapessoais: a relação consigo mesmo (autoconhecimento)

 Aptidões Interpessoais: capacidade de se relacionar com outras pessoas

 Gestão do Estresse: como proteger sua saúde e lidar com fatores estressores

 Adaptabilidade: capacidade de ajustar-se a ambientes e situações novas

 Disposição Geral (felicidade e otimismo)


Avaliar a Inteligência Emocional passa por elaborar questões que remetam o
sujeito a buscar respostas em suas experiências já vividas. As questões elaboradas
não devem ser previsíveis e nem fechadas, mas amplas e reflexivas de maneira que
precise pensar sobre si mesmo e fazer algumas divagações.
Goleman sugere que sejam avaliadas a habilidades interpessoais que tratam dos
padrões de relacionamentos estabelecidos entre os sujeitos e as demais
personalidades com quem convive, observando sobretudo, sua capacidade de
lidar com pessoas que o provoquem reações indesejadas. As habilidades
intrapessoais também devem ser observadas atentando para como o indivíduo
lida consigo mesmo, ou seja, controle emocional e autoconhecimento. A Gestão
do estresse também deve passar por este crivo, verificando o quanto o sujeito é
capaz de refrear o impacto do estresse emocional evitando danos a sua saúde e
relacionamentos. Outro aspecto é a adaptabilidade, isto é, o quanto o avaliado é
capaz de ajustar-se, integrar-se e inserir-se a n vos grupos, ambientes e situações
de forma positiva e construtiva.
Conhecendo suas Desenvolvendo Exercendo uma
respostas controle de seus gestão eficaz sobre
emocionais impulsos seu estresse

Favorecendo a
Melhorando a Aprimorando sua
formação de
qualidade de seus autoestima e
estratégias e
relacionamentos autoconfiança
coping

Ampliando suas
Praticando a
possibilidades de
Resiliência
adaptação

Como a Inteligência Emocional influencia na saúde


e segurança do trabalhador?
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

QUAIS ASPECTOS DEVEM SER OBSERVADOS

AUTOCONHECIMENTO REGULAÇÃO EMOCIONAL


PARA IDENTIFICAR SEUS LIMITES, ACEITAR-SE E CONTROLE EMOCIONAL QUE EVITE IMPULSIVIDADE,
TAMBEM ACREDITAR EM SUA CAPACIDADE. AGRESSIVIDADE E UMA RESPOSTA EMOCIONAL
ADEQUADA EM SITUAÇÕES DE ELEVADO DESGASTE.

AUTOGESTÃO HABILIDADESINTERPESSOAIS
PERMITINDO UMA MELHOR ADAPTAÇÃO, AJUSTE PARA SABER LIDAR COM PESSOAS QUE DESAFIE SUA
E CONDUÇÃO DE SI MESMO EM SITUAÇÕES DE CAPACIDADE ADAPTATIVA, E PARA TER ACESSO A
EMERGÊNCIA OU QUE EXIJA MAIOR TERCEIROS QUANDO FOR NECESSÁRIO INFLUENCIAR
FLEXIBILIDADE. PARA UM COMPORTAMENTO SEGURO.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL & COPING

COPING INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Conjunto de estratégias para lidar Conjunto de habilidades para lidar


com situações adversas. com suas emoções

Envolve capacidade cognitiva Envolve capacidade emocional

Se dá por meio da interação do Se dá por meio da interação do


indivíduo com o ambiente. indivíduo consigo mesmo.
APTIDÃO INTERPESSOAL: Descreva uma pessoa que você considere difícil de tratar.
Como você tenta lidar com ela? (família e trabalho)

APTIDÃO INTRAPESSOAL: Descreva uma situação que tenha te deixado muito irritado e
bravo. Pq sentiu-se assim? E o que fez para controlar a si mesmo? (família e trabalho)

ADAPTABILIDADE E TOMADA DE DECISÕES: Conte uma situação que você precisou


tomar uma decisão difícil. Como se sentiu e como decidiu? (família e trabalho)

GESTÃO DO ESTRESSE: Relate um momento de pressão em que você não sabia


como reagir, ou ainda, uma situação em que você tenha se visto reagindo de
forma incomum. O que sentiu? O que pensou? (família e trabalho)

SUGESTÃO DE ABORDAGEM 5
LOCUS DE CONTROLE Fonte: Rotter, 2009

É um construto vinculado a Teoria da Aprendizagem Social, e refere-se às expectativas


que os indivíduos mantém sobre as situações de sua vida diária.

Através desta aprendizagem, os indivíduos compreendem por que os fatos acontecem


em sua vida diária.
Tudo que se passa em nossas vidas são de nossa inteira responsabilidade. Os bons
e maus resultados que colhemos dependem das escolhas e decisões que
tomamos. Assim trata a teoria do LOCUS DE CONTROLE que demonstra como age
e que resultados obrem, as pessoas que agem com LOCUS INTERNO ou com
LOCUS EXTERNO. Este conceito tem especial importância quando falamos de
saúde mental e segurança, visto que deste depende as ações de prevenção que
serão escolhidas por nosso avaliado, ou que serão negligenciadas.
Sujeitos com Locus Externo irão terceirizar sua segurança, se eximindo de
responsabilidade e deixando esta a cargo do seu supervisor, do técnico de
segurança ou do RH. Estes, agem de forma a se descomprometer com seu futuro,
com sua saúde e sua segurança abrindo possibilidades de acidentes ou de
problemas de saúde devido a sua ausência de atenção e de cuidado.
Já aqueles que agem com Locus Interno, compreendem que sua segurança e sua
saúde não podem ser terceirizados e assumem total responsabilidade por todos os
aspectos que se referem sua vida. Quando necessário, estabelecem limites, dizem
“Não” e se fazem respeitar por suas escolhas e pela atitude responsável que
adotam diante de todos os aspectos de sua vida pessoal e profissional.
LOCUS DE CONTROLE
INTERNO EXTERNO

☺Sente-se responsável por seu Seu destino depende da sorte;


destino;

Não assume erros, busca


☺Assume seus erros e enganos; culpados;

☺Pega para si a condição de Mudar sua vida depende de


mudar sua vida. fatores externos.
Alguns autores tem pesquisado que, possuir Locus
de Controle Interno (LCI) relaciona-se com alguns
aspectos positivos da personalidade, por exemplo:

Aplicação da † Inclinam-se a solucionar problemas;

† Tratam de melhorar sua vida;


teoria do
† São mais persistentes;

Locus de † Tem elevado autoconceito e sensação de


domínio do ambiente;
Controle † Valorizam mais o êxito e rechaçam mais o
fracasso;

† Demonstram maior autoconfiança e


autoestima.
ATITUDES OBSERVÁVEIS

ATITUDE DE VÍTIMA (EXTERNO) ATITUDE DE PROTAGONISTA (INTERNO)

Comodismo Pró atividade


Defensividade Analisa e pensa
Busca salvar a própria pele Busca resultado e realização
Não assume responsabilidade Se responsabiliza
Obediência Comprometimento
Motiva-se pela punição/prêmios Motiva-se pelo desafio/superação
Foca no problema Foca na solução
Indivíduos que desenvolvem o Locus de Controle Interno tendem a adotar uma
posição de protagonista diante das situações de sua vida, ou seja, agem de
maneira a tomar a frente sobre tudo que tenha que ser feito, não terceiriza
responsabilidades e acredita em sua capacidade de resolução.
Já aqueles que adotam o Locus Externo, acomoda-se, tem dúvidas se poderá
conseguir bons resultados, sente-se mais seguro se tiver outra pessoa tomando a
frente e prefere ser liderado a liderar.
Em tempos de pandemia, e mesmo diante de situações de trabalho, se faz
fundamental que o sujeito compreenda e assuma a responsabilidade sobre sua
saúde e segurança, de modo que tenha a inciativa necessária para fazer a sua
parte e cumprir com seu papel social.
Quem você considera ser o primeiro responsável por sua segurança no trabalho?

Por que você já se acidentou?

Como você pode ter mais segurança?

• Trabalho

Quem você considera ser capaz de encaminhar uma solução para as dificuldades
familiares?

Como você poderia contribuir para o bem-estar familiar?

• Família

SUGESTÃO DE ABORDAGEM 6
TUDO ISSO SIGNIFICA QUE...

AUTOESTIMA + MEDO + PERCEPÇÃO DOS RISCO + HOMEOSTASE + COPING


+ INTELIGÊNCIA EMOCIONAL + ESTRESSE + LOCUS DE CONTROLE =

ANÁLISE DO RISCO PSICOSSOCIAL


AMPLITUDE DE ANÁLISE

Risco
psicossocial

Ambiente Ambiente
Laboral familiar
É importante lembrar a importância de contextualizar o avaliado em seus principais
ambientes psicossociais: o trabalho e a família, para, a partir disso, observar como
resiste a cada um e como lida com suas demandas diárias – se com saúde e força, ou
com sofrimento e vulnerabilidade.
Toda a avaliação psicossocial deve necessariamente, olhar para o trabalhador
interagindo em todos os cenários de sua vida – família e trabalho.
Durante o evento pandêmico foi importante ter em mente todas as influencias que
este contexto trazia para a saúde mental e segurança no trabalho. Assim, procure
sempre contextualizar a pessoa durante todos os momentos de modo a ter uma
perspectiva de suas reações e suas tentavas de adaptação.
PLANO DE TRABALHO

VISITAÇÃO

Área de SST Área de RH Lideranças

Estrutura em
Estatísticas de Cultura de Perfil dos Direito de
saúde Comunicação
acidente segurança cargos de risco recusa
ocupacional

Gestão de
Treinamentos EPIS
pessoas
Antes de dar início as avaliações propriamente ditas, é bastante necessário que o
psicólogo conheça a empresa e sua cultura. Em tender seu jeito de ser, modelo de
gestão, políticas e clima permite que o trabalho seja melhor conduzido trazendo
maior clareza sobre os resultados.
Sugiro sempre que seja realizada uma visita de integração, onde passaremos por 3
áreas fundamentais: área de segurança, onde estão os engenheiros, técnicos e
ergonomistas, área de RH, onde termos contato com a descrição de cargos e a
estrutura de saúde ocupacional existente (ou pode ser terceirizada) e a algumas
lideranças, que poderá trazer informações sobre o clima do setor, os
relacionamentos, conflitos e o psicólogo poderá observar o modelo de liderança
vigente.
Esta visita trará uma ampla e clara visão sobre a cultura da empresa balizando o
trabalho do psicólogo e a compreensão das respostas do indivíduo encontradas
durante a avaliação. Da mesma forma, favorece a integração e a formação dos
vínculos para que o trabalho em equipe aconteça de maneira produtiva e
harmoniosa.
FAÇA UMA REUNIÃO PARA ALINHAMENTO

❑Palestra de Divulgação – todos podem ser convidados

❑Prazos: de acordo com as possibilidades reais, sem perda da qualidade

❑Devoluções:

O documento só será entregue ao avaliado com autorização da empresa.

Agendar somente após todas as avaliações concluídas.

Protocolar as devoluções.

❑Organização da logística: quantas pessoas por dia?

❑Quem receberá o Laudo: Somente psicólogo (RH), o médico (medicina ocupacional e responsável pelo ASO)
podem receber, ou ainda um profissional de RH responsável pelos documentos dos funcionários.
Inaptos: o que fazer?
Reavaliações: quando e pq
Encaminhamentos (INAPTO)
Recomendações (APTO)
Compromisso de cada um:
- do avaliado
- do gestor
- do RH
- do médico

SOBRE A ENTREGA E O COMPROMISSO DE TODOS


Ainda antes do início das avaliações, ou na entrega da proposta de trabalho, deve-se
salientar alguns aspectos que permeiam a avaliação psicossocial, por exemplo, o que
fazer com o resultado INAPTO? Quando reavaliar? A importância dos
encaminhamentos serem seguidos, e o compromisso de cada um para que tudo
aconteça de forma harmoniosa.
Inapto deve ser afastado do risco, não da função. Demitir nunca! Uma avaliação
psicossocial não deve ocasionar demissões, mas sim ações de cuidado, atendimento,
apoio e orientação para que sua saúde se recupere. As reavaliações devem acontecer
em no máximo 12 meses, mas podem acontecer antes, caso o avaliador compreenda
desta forma.
Tudo deve ser pontuado e esclarecido para que a empresa tenha clareza sobre o que
estará acontecendo – não se trata de uma simples avaliação ou de um documento a
ser produzido, mas de algo que irá impactar na cultura e na gestão das pessoas.
É um trabalho multidisciplinar. Todos devem contribuir fazendo a sua parte. Este
alinhamento previne problemas e estimula o trabalho em equipe de maneira que os
resultados sejam construídos em conjunto e seu objetivo maior atingido.
ESTRUTURA 1. Justificativa
DA
PROPOSTA 2. Objetivo

3. Objeto da Proposta

4. Sistemática de Implantação

5. Equipe Disponível | Prazos | Devoluções

6. Metodologia

7. Sigilo e Ética

8. Resultados | Encaminhamentos | Recomendações

9. Investimento | Validade | Assinaturas


Entregue a proposta presencialmente ou através de uma reunião on line.
Esclareça como planejou cada item e destaque os aspectos principais que
precisam ser acordados previamente.
É fundamental que todos os aspectos acima sejam combinados com
antecedência para evitar contratempos posteriores.
Muitas vezes a empresa contrata a avaliação psicossocial sem ter consciência da
totalidade do projeto e do compromisso que isso representa.

Veja vídeo no YouTube com mais detalhes sobre elaboração de proposta:


https://www.youtube.com/watch?v=FuG0pWQZzLo&t=38s
METODOLOGIA PRESENCIAL

GRUPO FOCAL

QUESTIONÁRIO DE ANAMNESE

TESTES PSICOLÓGICOS

ENTREVISTA ESTRUTURADA
A metodologia presencial compreende 4 etapas:

- Grupo Focal: onde investiga-se a cultura organizacional aos olhos do avaliado. Como ele a percebe,
como se sente, como reage. Situações vividas de acidentes, de emergência, o aprendizado vivido, os
valores estabelecidos, tudo é conversado e explorado. Anotações são feitas e, se necessário, revisitadas na
entrevista.

- Anamnese: investiga-se todo o histórico de saúde do avaliado e de sua família (pai, mãe e irmãos), e
neste momento de pandemia, algumas questões referentes a saúde mental devem ser incluídas.

- Testes Psicológicos: examina-se atenção concentrada, dividida e alternada, características de


personalidade e estresse através de testes validados pelo SATEPSI. Sugiro BFP, PALOGRÁFICO, TEADI,
TEALT, TEACO, EVENT. Mas cada psicólogo deve ter a liberdade de optar pelos testes que lhe traz mais
segurança.

- Entrevista Individual: é a etapa final e mais importante, visto que consolida todas as informações
obtidas e conduz a decisão final. A técnica é de entrevista estruturada onde o entrevistador traz um plano
de entrevista prévio e a conduz com o objetivo de compreender a dinâmica de cada construto avaliado.

No caso do método ser utilizado de forma remota, o grupo focal passa a ser opcional, pois dependerá das
condições de operar esta etapa através da tecnologia da informação. Neste caso, se o grupo focal não for
possível, a entrevista deverá dar conta de explorar os conteúdos que teriam sido explorados nesta etapa
do método. A anamnese e os testes são enviados através do email, com os devidos links, para posterior
levantamento e análise. E a entrevista agendada de forma individual para também ser realizada através de
alguma plataforma on line.
As entrevistas de grupo focal constituem uma técnica de
pesquisa qualitativa.

A utilização dos grupos focais, de forma isolada ou combinada com


outras técnicas de coleta de dados primários, revela-se
GRUPO FOCAL –
especialmente útil na pesquisa avaliativa.

o que é e como
A abordagem clínica, por sua vez, tem o intuito de trazer à tona
é usado
sentimentos e sensações que não seriam percebidos através de
métodos de pesquisa estruturados, lidando com informações
veladas, por vezes inacessíveis e inconscientes nos
relacionamentos interpessoais.
GRUPO FOCAL
INTRODUÇÃO DA AVALIAÇÃO
Observar:
PSICOSSOCIAL AOS AVALIADOS
▪ Postura
➢ Apresentação da coordenadora
▪ Linguagem não verbal
➢ Expectativas|Dúvidas|Fantasias ▪ Procurar ter uma atitude próxima,
segura e cativar a confiança do grupo.
➢ Objetivos da AP

➢ Devolução do Resultados

➢ Programação do Dia
CONSIDERAÇÕES SOBRE O GRUPO FOCAL

Primeiro ano • Realizar Grupo Focal

• Só repetir se tiver muita rotatividade ou se a


Demais anos
empresa for vendida

 TODOS DEVEM PARTICIPAR


 EVITAR DESVIO DO FOCO
O QUE MUDA?

Admissão de Pessoal

• Experiências anteriores
• Valores e Crenças sobre segurança
• Expectativas

Periódico

• Cultura Organizacional e do setor


• Relacionamentos
• Situações já vividas em acidentes
SITUAÇÕES • Acidentes anteriores
VIVIDAS • Emergências

RISCOS E • Percepção
APRENDIZADO • Medo GRUPO FOCAL
(Plano de
CULTURA E • Autoestima
VALORES • Valores Estabelecidos Condução)

EQUIPE E • Relação com Líder


CLIMA • Relação com grupo
O Grupo focal é uma etapa inicial. O primeiro contato do avaliador com o avaliado. Dura cerca
de 1 hora e meia e serve para conhecer como o sujeito vive a cultura organizacional onde está
inserido, e de que forma a percebe.

É bastante importante procurar construir um vínculo de confiança e transparência. Oferecer a


devolução dos resultados e deixar claro o objetivo do trabalho ser realizado contribui muito
para aproximar e integrar a todos com o avaliador.

Do mesmo modo, uma atitude simples, despojada, afetiva, próxima expressa através de uma
comunicação desobstruída conferem ao avaliador a condição de formar uma imagem
favorável ao relacionamento interpessoal.

A estrutura ou roteiro para a condução do grupo focal deve ser elaborada tendo em vista os
aspectos referentes a cultura de SST que devem ser explorados. Todos devem responder e
participar, evitando o monopólio dos mais falantes. Do mesmo modo, o foco deve ser
respeitando não deixado espaço para desvios com outros temas.

Em tempos de pandemia, o grupo focal ganha outro enfoque – é preciso neste momento
avaliar se o sujeito está em condições de ser avaliado, ou se vive sofrimento psíquico
situacional que o impede de revelar suas forças para lidar com os riscos psicossociais de seu
dia a dia. Neste caso, o grupo focal passa a ser um momento de triagem para definir se seguirá
sendo avaliado, ou se deverá ser encaminhado para um atendimento psicossocial.
EXEMPLO DE ROTEIRO para Avaliação em Processo
Admissional

Relate suas experiências com segurança no trabalho.

Descrevam acidentes que já tenham vivido ou presenciado.

Como se sente diante dos riscos. Sente medo?

Quais seus valores? O que é mais importante para você?

O que considera válido para garantir a saúde e segurança no trabalho?

O que acredita ser causador de acidentes?

Que lições aprendeu sobre segurança e saúde ocupacional?

O que espera desta empresa a que se candidata?


EXEMPLO DE ROTEIRO para Avaliação Periódica

Relate suas atividades, ambiente e os riscos.

Descrevam acidentes que já tenham vivido ou presenciado.

Como se sente diante dos riscos. Sente medo?

Quais seus valores? O que é mais importante para você?

Sente-se importante para a empresa? O que é feito por sua segurança?

Como se sente tratado por seu líder?

Como é o ambiente com seus colegas?


ROTEIRO DE GRUPO FOCAL NA PANDEMIA

Adaptação e Saúde
Gestão do Estresse Percepção da realidade
mental

Como foram as alterações em Como você está


Como se sente diante deste
sua rotina? compreendendo este
momento?
momento?
Quais novos hábitos adquiriu?
O que vem sendo mais difícil? Como vem tentando lidar?

Deixou de fazer alguma coisa?


Como percebe as pessoas ao
O que mais preocupa?
Passou a fazer algo que antes seu redor?
não fazia?
O que te feito para lidar com
Como age para atender as suas sua ansiedade? Ou para O que acha mais importante?
necessidades pessoais? melhorar a qualidade de vida?
QUANDO NÃO AVALIAR!
Objetivo: avaliar a vulnerabilidade emocional, comportamental e adaptativa do período pandêmico. Neste
momento também deve-se aplicar questionário de anamnese.

Testes
ATENDIMENTO psicológicos
PSICOSSOCIAL

Entrevista
Grupo focal + estruturada
ENCAMINHAMENTO
ESPECIFICO
anamnese
Elaboração de
laudo
ORIENTAÇÃO AO
GESTOR, RH Devolutiva

Etapa Eliminatória – caso não demonstre condições para a avaliação psicossocial é encaminhado para
atendimento psicossocial. Caso demonstre condições, segue para testes e entrevista.
É extremamente importante compreender que ao avaliar alguém, precisamos nos certificar de que esta
pessoa está em condições de ser avaliado – quero dizer, o sujeito precisa estar em condições mínimas de
poder expressar suas forças, suas características e projetar toda sua personalidade. Se algo estiver
impedindo essa livre expressão, então não é um momento adequado e a avaliação deve ser adiada.

Você avaliaria alguém que acabou de chegar do velório de um ente querido? Você avaliaria alguém que
acabou de sofrer um grave acidente de carro? Ou que acaba de receber a informação que foi demitido?

O mesmo ocorre quando vivemos a pandemia e o isolamento social. Muitos estão com grande dificuldade de
adaptar-se a esta nova realidade, muito sequer conseguiram compreender o que está acontecendo. Os níveis
de sofrimento psíquicos dispararam em frequência e intensidade. Encontramos diariamente pessoas
ansiosas, tristes, irritadas, desorientadas com reações desmedidas de agressividade e intolerância, e que
muitas vezes prejudica suas relações e sua capacidade laboral.

Neste cenário, o mais prudente e sábio é contribuir, apoiar e acompanhar estas pessoas a se adaptarem a
uma nova forma de conduzir suas rotinas e sua vida pessoal, ouvindo seu sofrimento com empatia,
oferecendo um trabalho de atendimento psicossocial, onde elas possam se expressar e receber a orientação
necessária.

A avaliação pode esperar por mais algumas semanas. E cabe ainda ressaltar, a avaliação não deve ser vista
como um documento a ser produzido, ou visto de forma burocrática, mas como uma ferramenta de gestão
de pessoas e de saúde mental.
OS TESTES PSICOLÓGICOS TEM A FUNÇÃO DE APOIO A COMPREENSÃO DO
PSICÓLOGO, E NÃO UM INSTRUMENTO ÚNICO PARA O PROCESSO DECISÓRIO.
Os testes compreendem uma etapa relevante do processo avaliativo e traz
informações que contribuem para o atendimento da dinâmica de funcionamento
do indivíduo.
O avaliador deve se sentir absolutamente à vontade para escolher a bateria eu
considera mais adequada e na qual confia. Entretanto, alguns critérios devem ser
observados para que esta bateria de ajuste as necessidades do avaliador e do
avaliado.
Conhecer o tipo de ambiente de risco, ajuda a saber como interpretar do
resultado dos testes, por exemplo, testes de atenção deverão ter um escore mais
alto quando a função esperar por melhores condições de concentração para
evitar acidentes.
A bateria deve compor uma quantidade adequada que confira consistência, sem
ser muito demorada. Ainda para ter mais agilidade, os testes devem ser de
simples aplicação e com levantamento informatizado. Lembrando que em caso
de pessoas com maior dificuldade de compreensão será necessário recorrer a
testes de desenho.
TESTES PARA AVALIAÇÕES DE FUNÇÕES DE RISCO –
Critérios de Escolha da Bateria

Conheça bem o ambiente de trabalho  Validade dos instrumentos

 identifique o tipo de risco  Tempo disponível/quantidade de pessoas

Idade e escolaridade dos avaliados  Quantidade suficiente e adequada

 Aplicação simples e rápida


Objetivo da avaliação

DURANTE A PANDEMIA O CFP PERMITE A AVALIAÇÃO PSICOSSOCIAL


SEM TESTES PSICOLÓGICOS.
objetivo da avaliação também é um critério relevante visto que pode implicar em
mudanças na bateria. Uma avaliação periódica é diferente de uma avaliação
realizada com um colaborador que volta de um afastamento por acidente de
trabalho ou para tratar algum transtorno mental. Neste último, testes clínicos e
projetivos serão de grande importância.
No caso de uma avaliação no método remoto, os testes passam a ser escolhidos
dento de universo mais limitado, que provavelmente não atenderá a mesma
abrangência que se teria no método presencial. Porém, neste momento de
pandemia, vem sendo permitido pelo CFP que a avaliação seja realizada sem uso de
testes, mas com um maior aprofundamento da entrevista.
TESTES PARA AVALIAÇÕES DE FUNÇÕES DE RISCO
AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DE AVALIAÇÃO DO
COGNITIVA PERSONALIDADE ESTRESSE

• TEADI, TEALT, TEACO * • BFP * • ISSL


• BPA • PALOGRÁFICO* • EVENT *
• BDEFS (Escala de • ZULLIGER • STAXI 2
Avaliação das Funções • HTP
Executivas de Barkley) • MAPA (on line)
• HUMAN GUIDE(on line)
• ON LINE: • NEO PI (on line)
• Bateria Rotas • BOLIE (on line)
• AOL • EPR (on line)
• BGFM

** Itens assinalados com * são considerados básicos: atenção concentrada,


dividida, alternada, palografico, BFP e EVENT
QUESTIONÁRIO DE ANAMNESE: UM HISTÓRICO DE SAÚDE
PARA INVESTIGAR AS HERANÇAS E INFLUÊNCIAS SOBRE A
SAÚDE FÍSICA E PSÍQUICA
CONTEÚDO DA ANAMNESE
1. Dados pessoais: nome, idade, sexo, data de Nascimento, nacionalidade, naturalidade, escolaridade, estado civil,
profissão, religião, estrutura familiar.

2. Histórico familiar

• Informações sobre estado físico (doenças crônicas ou congênitas)


• Informações sobre estado de saúde mental
• Histórico de hospitalizações
• Histórico de acidentes
• Condições de saúde da familia atualmente

3. Histórico Pessoal

• De estado fisico (doenças crônicas ou congênitas)


• Sobre doenças mentais
• Hospitalizações
• Acidentes de trabalho
• Perdas, luto e traumas (infância e vida atual)
• Algum tratamento atual
• Uso de medicações contínuas ou diárias

4. Informações gerais: hobbies, esportes, uso de álcool, drogas e cigarro.

5. Questões relativas a Pandemia


Diante de um cenário de pandemia as pessoas passam a viver e sentir o que nunca haviam vivido. Cabe
ressaltar que jamais viveu-se o que está se passando neste momento. A ameaça de um vírus ainda não estuda
traz o risco de contaminação e morte e cada um de nós. Ao mesmo tempo, a necessidade de isolamento
social remete a sensação de solidão, de abandono e de impotência. A crise econômica inevitável, traz
inseguranças de medo de perda de condições básicas como o emprego e o abastecimento de alimentos.

Nesta perspectiva, reações como medo, tristeza, ansiedade, irritabilidade, intolerância e incerteza passam a
ser esperadas. Desde o início da pandemia estamos vendo em nós mesmos e ao nosso redor, um verdadeiro
turbilhão de emoções que por vezes, podem parecer difíceis de controlar. Mas não podemos esquecer que
esta situação é única e sem precedentes para os brasileiros, e por este motivo, não temos um padrão de
resposta. O custo emocional é grande. Viver longe de quem amamos, não poder abraçar, estar sem interação
social é algo impensável no estilo de vida do brasileiro. Por esta razão, muitas reações emocionais que seriam
entendidas como anormais, passam a ser esperadas. Estranho seria não ter essas reações todas.

Por tratar-se de uma nova experiência, estamos aprendendo, se adaptando e desenvolvendo respostas mais
apropriadas e que não prejudique tanto a saúde mental. Enquanto isso não acontece, é necessário evitar a
patologização precoce e precipitada. Sabemos por estatística de outros países, que a tendência é de
normalização, ou seja, o desfecho mais frequente é de retomada da saúde mental.
AVALIE A VULNERABILIDADE

1. Condições Pré-existentes. 6. Morte de amigos ou familiares.


- problemas emocionais pré-existentes
7. Pessoas que se expuseram muito ao risco de morte
- precariedade social ou que foram testemunha da morte de outros.
- sem rede de apoio
8. Uso abusivo de álcool ou substância psicoativas.
- diagnostico prévio de transtorno
mental 9. Incapacidade de identificar estratégias positivas

2. Incapacidade para o autocuidado. para lidar com o estresse.

3. Confusão e desorientação severa. Grupos mais vulneráveis: mulheres grávidas ou

4. Risco de agressividade (auto e hereto). lactante, crianças, idosos, refugiados, imigrantes,


expostos ao vírus, portadores de necessidades
5. Preocupações com familiares.
especiais.
Este é um aspecto de extrema importância – avaliar a vulnerabilidade do sujeito diante da pandemia. É de
grande importância observar quais as condições reais do avaliado para lidar, adaptar-se e superar todos os
desafios da pandemia e do distanciamento social.

Alguns vivem em situação de precariedade social, morando em casas pequenas e com poucas condições de
saneamento junto de vários outros familiares, não possuem rede de apoio para situações de emergências
(amigos, familiares ou vizinhos) e podem viver a tensão e o risco de contaminação com maior dificuldade.

Outra questão que aumenta a sua vulnerabilidade, são casos pré-existentes de depressão, ansiedade ou
qualquer outro tipo de desordem psicológica, assim como diagnósticos prévios de algum transtorno. Estes
sujeitos podem ter seu quadro agravado ou novos problemas podem surgir.

Pessoas com dificuldade de praticar o autocuidado, seja por limitação cognitiva, ou por não acreditar que
seja importante, ou por falta de consciência. Estas podem ter ainda, alguma incapacidade para desenvolver
estratégias positivas e favoráveis ao enfrentamento da pandemia.

O aumento da violência doméstica, riscos de agressividade entre familiares ou entre vizinhos também podem
tornar nosso avaliado ainda mais suscetível a mais problemas. Pode haver situações de desorientação,
dúvida, confusão e dificuldade em compreender o que se passa. E ainda aqueles que recorrem ao uso de
álcool, drogas ou outros elementos psicoativos como forma de controlar sua ansiedade.
APESAR DE ESPERADO É IMPORTANTE NÃO
PATOLOGIZAR.

O QUE FÍSICO: tensão, fadiga, dores corporais, respostas


aceleradas, náuseas, pressão no peito
PARECE COGNITIVO: estados confusionais, tomada de decisão

ANORMAL perturbada, pensamentos intrusivo, baixa concentração e


memória

PASSA A COMPORTAMENTO: hipervigilância, busca por culpados,


agitação psicomotora, fala acelerada, retraimento social,

SER coordenação prejudicada.

EMOÇÃO: culpa, medo, tristeza acentuada, desconfiança,


NORMAL angústia, irritabilidade, apreensão, insegurança.

O DESFECHO MAIS COMUM É O RETORNO A


NORMALIDADE.
TIPOS DE ENTREVISTA

INFORMAL SEMI-ESTRUTURADA ESTRUTURADA


Sem Roteiro Não tem Roteiro Preciso Roteiro Preciso

As perguntas são feitas com base Pode tomar outros rumos, Dados Específicos
nas respostas conforme as respostas obtidas
Busca gerar hipóteses
Busca gerar hipóteses Busca gerar hipóteses
Deve-se fazer anotações
Deve-se fazer anotações Deve-se fazer anotações
Espera-se por respostas certas
Tem tempo longo de duração
Tem tempo curto de duração
COMPETE AO PSICÓLOGO AVALIAR SE OBTEVE ELEMENTOS

SEGUROS E SUFICIENTES PARA A TOMADA DE DECISÕES.

CONSTRUTOS A SEREM
INVESTIGADOS

PROPÓSITO DA
AVALIAÇÃO

CONTEXTO ATUAL
Para que uma avaliação seja bem conduzida e seu resultado final seja fidedigno, o avaliador deve ter todos os
construtos bem-conceituados e compreendidos.

A qualidade de uma avaliação depende muito da capacitação do psicólogo que a conduz, e esta capacitação
começa por saber O QUE AVALIAR. Neste caso, prepare-se para a entrevista estudando detalhadamente cada
construto e elaborando um roteiro de entrevista para que nenhum item fique de fora.

Tenha em mente o objetivo da avaliação, ou seja, a que ela se propõe, porque está sendo realizada. Esta
clareza também contribui muito para a condução da entrevista e para a construção da decisão final.

E ainda, lembre-se de considerar o cenário e o contexto pessoal, profissional e social que o este indivíduo
está inserido. Toda a compreensão dinâmica de uma personalidade passa por compreender suas reações
dentro do meio ambiente global em que vive.

A Entrevista para a avaliação psicossocial será do tipo estruturada para que assim, possa atender as
demandas do foco e do seu objetivo. Portanto, deve ter roteiro, um plano para sua condução, com
perguntas bem definidas de acordo com o foco de análise. Deverá buscar obter dados específicos, esperar
por respostas adequadas ao comportamento seguro, e, por ser focada, terá um tempo curto de duração.

No final deste ebook, está um modelo sugestivo de entrevista, no entanto, este modelo poderá ser
desenvolvido pelo profissional de acordo com sua forma de comunicação, e de maneira que ofereça
segurança para a tomada de decisão e para as conclusões finais.
Planeje sua entrevista. Elabore um roteiro.

Tenha em mente o que quer


investigar.(construtos)

Fique atento a sua postura e a resposta


não verbal do entrevistado. ANALISE O
CONTEÚDO E
Não aceite apenas o que é dito. Leia as DECIDA!
entrelinhas.

Faça anotações sobre a sua impressão.

Use de Empatia para “sentir” o que se


passa com o outro.
Analisar o conteúdo de uma entrevista parece ser óbvio em um primeiro momento. Porém, com
frequência vejo isso ser realizado de forma superficial e muitas vezes dissociada.

Para uma entrevista ser desenvolvida com competência costumo dizer que é preciso
consistência, ou seja, análise de conteúdo. Saber claramente o que investigar e o momento de
perceber-se satisfeito com as informações já colhidas é essencial.

O avaliado comunica muita coisa com sua resposta não verbal ou com seu esquema corporal.
Observe o quanto pode estar tenso ou a vontade, atento ou distraído, interessado ou
desinteressado, se compreendeu a questão ou não. Tudo isso e muito mais pode ser observado
pelo não-verbal.

Do mesmo modo, ficar atento e conectado as entrelinhas é de grande valia. Muitas vezes temos
muito conteúdo manifesto na mensagem subliminar, ou ainda nas contradições, nas respostas
evasivas ou mesmo no conteúdo emocional colocado naquilo que é dito.

Por isso, ao fazer anotações, não se contente apenas com o que É relatado, mas sobretudo,
com aquilo que fica implícito. Anote tudo. Mas registre com destaque as suas percepções e
interpretações diante do que está ouvindo. Não hesite em perguntar mais e explorar mais a
fundo o que não ficou muito claro.

A entrevista é a última etapa da metodologia. É o momento mais importante. A cereja do bolo!


Onde todas as informações irão se reunir para serem compreendidas dinamicamente.

Lembre-se: A ENTREVISTA É O MOMENTO DA DECISÃO!


Resolução CFP nº 011/2018:

https://atosoficiais.com.br/cfp/resolucao-do-exercicio-
profissional-n-11-2018-regulamenta-a-prestacao-de-servicos-
psicologicos-realizados-por-meios-de-tecnologias-da-
informacao-e-da-comunicacao-e-revoga-a-resolucao-cfp-no-
11-2012?origin=instituicao&q=11/2018

CUIDADOS Resolução CFP nº 004/2020:


COM A https://atosoficiais.com.br/cfp/resolucao-do-exercicio-

ENTREVISTA profissional-n-4-2020-dispoe-sobre-regulamentacao-de-
servicos-psicologicos-prestados-por-meio-de-tecnologia-da-
informacao-e-da-comunicacao-durante-a-pandemia-do-covid-
ON LINE 19?origin=instituicao

Informações sobre os critérios de análise do CRP-12 para o


cadastro e-psi, entre outras orientações:

https://transparencia.cfp.org.br/crp12/pergunta-
frequente/atendimento-terapeutico-mediado-por-
computador/
CUIDADOS ANTES DE INICIAR A
ENTREVISTA
•Certifique-se que o sujeito tem conhecimentos da
plataforma que será utilizada, ou que tem alguém
capacitado para ajudá-lo.
•Peça que o avaliando garanta as condições adequadas
de internet e equipamentos.
•Observe se o local escolhido pelo avaliado é adequado
e que não haja interrupções. (ele deverá ter sido
orientado antes).
•Oriente para que o telefone celular fique no modo
silencioso, caso seja necessário comunique-se com ele
através de whatsapp (tenha o número dele para
contato.
ENTREVISTA ESTRUTURADA (Periódico)

1. EM RELAÇÃO A VALORES E CRENÇAS: suas prioridades, suas crenças e conceitos sobre SST

2. EM RELAÇÃO A CULTURA: o quanto se sente protegido, seguro e acolhido pela organização e seus lideres

3. EM RELAÇÃO A SEGURANÇA: o que considera importante, o que valoriza, acidentes que já tenha vivido

4. EM RELAÇÃO AS EMOÇÕES E COGNIÇÃO: sente medo, se considera capaz, exerce o DR, conte situações
que precisou resolver uma situação de emergência

5. EM RELAÇÃO A SI MESMO: o que te motiva, o que te estressa, o que deve corrigir em si mesmo, o que
mais valoriza em si mesmo, já recebeu feedback (de quem veio e o que foi dito)

6. EM RELAÇÃO A FAMÍLIA: sente-se valorizado, importante, acolhido, tem QV, lazer etc.
AVALIAÇÃO DEMISSIONAL

É citado na NR 07 – essa norma estabelece diretrizes para o PCMSO nas


organizações, com o objetivo de proteger e preservar a saúde de seus
empregados em relação aos riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos
do Programa de Gerenciamento de Risco - PGR da organização.

Objetivo: levantamento de indicadores para ações preventivas

Deve ser feito em até 10 dias após o termino do contrato, podendo ser
dispensado caso o exame clínico ocupacional mais recente tenha sido realizado
há menos de 135 dias.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO DEMISSIONAL
1. Como foi sua experiência aqui na empresa em relação as medidas de SST?
2. Aconteceram acidentes ou incidentes? Como se sentiu? Qual sua visão crítica?
3. Como sente em relação as pressões, cobranças e exigências?
4. Como avalia seu estresse no trabalho? Observa sintomas físicos/mentais/emocionais?
5. Quais os aspectos mais desgastantes do seu trabalho?
6. Como avalia sua carga de trabalho?
7. De que forma os relacionamentos com seus lideres interferem em sua saúde e contribuem para sua
segurança?
8. Sente-se à vontade de se recusar a um trabalho, caso não perceba segurança para fazê-lo?
9. Como avalia o relacionamento com colegas e pares?
10.Como avalia o empenho da empresa para disponibilizar EPIs e treinamentos? E o quanto você faz
bom uso disso tudo?
11.Sugere alguma melhoria para que as atividades e o ambiente sejam mais adequados a saúde e a
segurança?

141
AVALIAÇÃO HÍBRIDA =
avaliação por competência + avaliação psicossocial
Trata de combinar 2 avaliações, com enfoques diferentes em uma única
pratica visando agilidade e redução de custos.

1. Defina o perfil e o foco 3. Registre as informações


Busque no RH as informações sobre o cargo, Faça registros separados. Lembre que você
defina o foco da psicossocial, converse com os precisa de dados para a avaliação do RH e para a
envolvidos. avaliação de SST,

2. Planeje os procedimentos 4. Elabore os documentos distintos


Escolha os testes que possam atender aos dois Serão 2 documentos: um parecer para o RH,
objetivos, planeje um único roteiro de entrevista ficando na vaga em questão, e um laudo para o
para conduzir de uma única vez. medico focando em riscos psicossociais.

142
Ocorre quando é preciso fazer uma avaliação psicológica para admissão de
pessoal e também uma avaliação psicossocial. Nestes casos, para não
sobrecarregar o avaliado, realiza-se uma única avaliação, entendida como
híbrida.

Este tipo de avaliação é composta de uma única entrevista e uma única bateria
de testes para que, desta forma, atenda aos dois objetivos.

Por fim, elabora-se 2 pareceres: um parecer psicológico para o RH e um parecer


psicossocial para o medico do trabalho.

Ganha-se tempo, se reduz custos e o avaliado é poupado de mais desgastes.

Para o avaliador é fundamental que terá diante deste modelo de avaliação, dois
focos que precisam ser atendidos – a avaliação admissional que requer dados
sobre a vaga, suas competências e desafios, e a avaliação psicossocial que tem
seu foco específico.
TÉCNICAS COMPLEMENTARES
Não são testes psicológicos, mas técnicas estudadas e validade científica que
podem complementar uma avaliação psicossocial

❑Avaliação da Escala de Locus de Controle

❑Avaliação do Eustresse e Distresse

❑Avaliação Preliminar do Burnout

❑Questionário de Autoestima de Rosemberg

❑Questionário Adaptado de Coping

❑Escala de Indicadores de Risco Psicossocial

144
APTO OU INAPTO? VISÃO DE DRONE: olhar e compreender o indivíduo de forma
completa e profunda considerando seus cenários e relacionando todos os aspectos
observados durante as etapas da avaliação.

GRUPO
FOCAL

ANAMNESE
e TESTES

ENTREVISTA
Decidir entre APTO ou INAPTO é sempre desafiador e de extrema responsabilidade. Mas vamos
entender antes de tudo que, decisão é um processo. E esta decisão teve início desde o primeiro
minuto do grupo focal, e deve ser encerrada na entrevista.

Ao iniciar a entrevista, já temos algumas impressões, mas nenhuma certeza. Estas ideias
preliminares foram colhidas no grupo focal, na anamnese e nos testes que já puderam ser
levantados.

Durante a análise que vai ocorrendo durante a condução da entrevista, este processo começa a
se concluir. Mas não raro acontece a dúvida. Mas precisamos mesmo assim “desempatar” o
jogo. Para isso, recomendo que se faça uma retrospectiva do contexto familiar, sua cultura, a
qualidade afetiva dos relacionamentos e a saúde emocional gerada por este ambiente. Logo em
seguida, faça a mesma retrospectiva sobre a cultura organizacional, ou seja, o quanto tem um
modelo de gestão saudável, que comtempla as necessidades e limitações humanas, respeita o
direito de recusa e valoriza a vida. A capacidade de aprender é outro aspecto que pode ajudar a
desempatar esse jogo, que significa o quanto este sujeito consegue corrigir seus erros,
aprender com críticas e evoluir. E ainda, analise seus antecedentes em relação a acidentes,
emergências, saúde física e mental.

Se estes 4 aspectos acima comentados forem favoráveis a evolução, ao desenvolvimento e a


saúde mental do sujeito, teremos um APTO, caso contrário, ou seja, se não for favorável a
evolução e a saúde mental de nosso avaliado, teremos então um INAPTO.
PRÉVIA DA CONCLUSÃO

CONTEXTO DE CULTURA
VIDA FAMILIAR ORGANIZACIONAL

ANTECEDENTES

CAPACIDADE DE
APRENDER
A Decisão final sobre um apto/inapto tem inicio desde o primeiro momento do
grupo focal. Este processo segue passo a passo até ser concluído na entrevista.
Porém, nada nos impede de ter dúvidas, ou seja, vemos boas razões para aptar,
mas também existem pontos preocupantes que nos faz pensar em inaptar.
Como esclarecer a dúvida e chegar finalmente a uma decisão?
Sugiro iniciar por uma retrospectiva sobre os antecedentes deste avaliado, ou
seja como costuma ser sua disciplina, cumprimento de regras, uso de EPIs,
aplicação da lei do direito de recusa, histórico de acidentes e de emergências, e
todas as informações pregressas que possam contribuir para a sua conclusão.
No contexto familiar, avalie a acultura, o ambiente a atmosfera afetiva e a
colhedora existente ou não. Do mesmo modo, em relação a cultura
organizacional: avalie o quanto a cultura vigente pode ser favorável a saúde
mental, ou promotora de estresse e doenças ocupacionais
Por fim, elimine suas duvidas considerando o quanto seu avaliado É capaz de
aprender com as situações vividas, o quanto pe aberto a mudança e o se sabe
receber criticas e reconhecer erros. Esta atitude coloca o indivíduo capaz de
crescer e superar suas dificuldades.
PROCESSO DECISÓRIO
• Autoestima
• Inteligência emocional
• Formação de coping
• Locus de controle

CONTEXTO INFLUÊNCIAS Estresse
• Percepção dos riscos
• Medo/homeostase

• Adaptação ao novo cenário


• Aprendizado e ajuste
Vale enfatizar que, a decisão final deve ser tomada em cima dos elementos avaliados
durante o processo, sem desvio ou perda do foco. Havendo condições adequadas
nos aspectos pesquisados, temos um apto, mas havendo a suspeita de algo
importante como depressão ou alcoolismo, o sujeito deve ser encaminhado para a
avaliação adequada, com outro profissional.
Em caso de dúvida, avalie o contexto de vida pessoal, profissional e as reais
condições do avaliado de superar as dificuldades observadas. Caso seja favorável, o
coloque na condição de apto e faça as recomendações necessárias para que ele siga
por um caminho de melhora, de cura e de evolução pessoal.

Caso contrário, o deixe como inapto e o encaminhe para a terapêutica mais adequada,
de acordo com a limitação observada. Retome o objetivo da avaliação
psicossocial e seu maior significado – preservar vidas.
SOBRE O INAPTO
O QUE FAZER O QUE NÃO FAZER

▪Afastar do dos riscos ocupacionais ▪DEMITIR


▪Estimular para que siga o ▪Colocar na “geladeira”
encaminhamento sugerido
▪Expor frente a terceiros
▪Orientar o gestor sobre como
ajudar ▪Deixar sem apoio/orientação
▪Dar feedback de forma positiva
É extremamente importante ter cuidado com este colaborar. Se ele foi “inapto”
significa que não está bem e precisa de ajuda. E este resultado certamente terá um
grande peso sobre seus ombros.
É preciso que ele seja orientado, apoiado e mais que isso, encorajado a seguir em
frente compreendendo que esta situação desfavorável é passageira e pode ser
superada. É para a empresa, uma excelente oportunidade de demonstrar o quanto se
preocupa e esta disposta a se envolver com a saúde e a segurança de seu
empregados.
O mesmo modo, o gestor deverá ser orientado sobre o que fazer e sobre o que não
fazer. A ideia de demissão deve ser descartada de imediato, sob pena de por em
descredito todas as ações da empresa em busca do bem-estar de seus colaboradores.
É imprescindível que ele seja afastado dos riscos ocupacionais até possa ser reavaliado
e recobrado sua condição de “apto”. Até la, os riscos da atividade devem ser evitados,
visto que esta é a função de uma avaliação psicossocial – verificar as condições
psicológicas do sujeito para lidar com os riscos de sua atividade.
CRENÇAS ESTRATÉGIAS
MEDO PERCEPÇÃO ESTRESSE
LIMITADORAS DE COPING

Dificuldade de
Os EPIs não
De ter medo Dos riscos controle Emocional
funcionam
emocional

Das O acidente é Medo de ter


De morrer Mental
consequências inevitável iniciativa

As normas são
De ser Bloqueio de
Das pessoas apenas Físico
demitido autoconfiança
burocracia

Dos fatores
Locus Externo
estressores

SITUAÇÕES ESTATÍSTICAMENTE DESFAVORÁVEIS


Estatisticamente, os motivos mais frequentes de não-indicação para as funções
de risco, dizem respeito ao medo e percepção dos riscos, as crenças limitadoras,
a dificuldade na formação de estratégias de coping e nos altos índices de
estresse e sua gestão.
Isso não significa que apenas estes motivos contraindicam alguém para as
funções de risco, mas tem sido os mais comuns nas justificativa dos inaptos. Mas
de fato, são os que mais pesam para que haja condições psicológica adequadas.
E por este motivo, cabe dedicar mais atenção a estes aspectos para que se possa
chegar a uma conclusão mais segura e consistente.
ENCAMINHAMENTOS FREQUENTES
Déficits de Atenção Avaliação neurológica
Problemas familiares Apoio do serviço social

Transtornos Emocionais
Avaliação Psiquiátrica
Estresse aumentado Apoio Psicológico

Falhas na percepção do Risco


Treinamentos de Reciclagem
Homeostase
Treinamentos em Riscos Psicossociais
Falhas no coping
Os encaminhamentos acontecem com todos os INAPTOS como forma de garantir
que será recuperado naquilo que o fez não ser aceito para funções perigosas.
É sempre importante orientar a empresa, ou o RH que esta pessoa seja
acompanhada, orientada e apoiada no que for preciso e possível para que possa
cuidar de sua saúde mental e assim garantir sua segurança no trabalho.
De nada adiantaria avaliar e nada fazer com este resultado. E dependendo da
dificuldade identificada, ou seja, dependendo do motivo que o fez inapto, o
encaminhamento deve ser condizente com este. Significa por exemplo, se o
avaliado está com suspeita de transtornos emocionais deve ser encaminhado a um
psicólogo ou psiquiatra, se estiver com dificuldade de percepção dos riscos, talvez
se beneficiasse de um treinamento de reciclagem.
Destaco ainda a importância de a empresa garantir condições de que este
encaminhamento será orientado, do gestor de apoiar para que siga as instruções
recebidas de encaminhamento, e do próprio avaliado de comprometer-se com sua
saúde e segurança.
SITUAÇÕES DE ENCAMINHAMENTOS
Depressão
Impulsividade
Agressividade
Sindromes
Fobias
Transtornos
Drogadição
Alcoolismo
Em caso de encaminhamentos relativos a alguma hipótese clínica, este
encaminhamento deve ser feito a outro psicólogo. No entanto cabe ressaltar que,
em hipótese alguma uma suposição clínica pode ser justificativa para um inapto.
Nestes casos, o inapto deve estar sempre explicado através dos conceitos que
sustentam a avaliação psicossocial.
Já nos casos de um apto, cabe uma recomendação que servirá para orientar o
avaliado sobre o que pode ser feito para preservar sua saúde mental e sua
segurança no trabalho.
É importante lembrar, não se trata de um psicodiagnóstico, caso contrário a
metodologia seria outra. Não é possível realizar uma avaliação psicossocial e
concluir com um psicodiagnóstico. Se queremos um diagnóstico, partimos de
sintomas relatados, a análise é outra e o método também. Mas, se estamos
realizando uma avaliação psicossocial, então nosso objetivo é conhecer as
condições psicológicas do indivíduo para lidar com as pressões a ameaças a sua
saúde mental se segurança. Talvez haja a suspeita, mas certamente não teremos a
certeza por não ter sido este o objetivo final.
DEVOLUÇÃO DOS RESULTADOS

AO AVALIADO
§Expectativas e necessidades
§Considerações
§Aspectos positivos
§Aspectos a observar
§Pontos Cegos (oportunidade)
§Conscientização final

*Não tenha medo das reações. Tenha em mente que você está ajudando o
trabalhador. E sinta-se seguro sobre sua conclusão e os dados que obteve!!
A Devolução ao avaliado é um dever do psicólogo e um direito do avaliado. Deve ser
oferecida logo no início do grupo focal, mas agendada apenas quando todas as avaliações já
estiverem sido entregues. A empresa deve orientar o psicólogo se o documento físico pode
ser entregue, ou se a devolução será apenas verbal.

Recomendo ao psicólogo a máxima transparência possível de forma a conferir credibilidade


ao seu trabalho e aos resultados obtidos. Inicie pelas expectativas. Saiba o que ele veio
buscar com a devolução dos resultados. Considere o caráter subjetivo de uma avaliação, e
destaque que não existem respostas certas ou erradas, visto que tudo que foi produzido
partiu de respostas trazidas por ele mesmo.

Destaque ainda que cabe a ele escolher se quer aceitar os resultados, refletir e crescer a
partir disto, ou se prefere ignorar, se defender e nada evoluir. Desta forma, é possível reduzir
as possibilidades de resistência e comprometer o avaliado com seu próprio desenvolvimento
e evolução. Caso seja necessário, esclareça sobre os pontos cegos (aquelas características
que os outros veem, mas a pessoa não) e o quanto pode ser engrandecedor aprender sobre
si mesmo.

Conclua a devolução com orientação sobre seu desenvolvimento e como ele mesmo pode
ser condutor de si mesmo nesta trajetória. Faça isso levando palavras fortalecedoras e
encorajadoras.
ORIENTAÇÃO SOBRE OS
RESULTADOS
AO GESTOR

◦ Seu papel e abrangência

◦ Compreendendo a avaliação na medida certa

◦ O Encaminhamento e a recomendação

◦ Foco em desenvolvimento

*LEMBRE-SE: NADA DE TESTES E PARECER.


APENAS CONVERSE E ORIENTE!!
Muitas vezes quando o gestor se depara com um resultado desfavorável de algum
membro de sua equipe, este responde com angústia, dúvida e as vezes até mesmo
com certa irritação. Por este motivo, um momento de orientação pode ser
importante e elucidativo sobre como ele pode agir a colaborar na recuperação
deste colaborador.
É interessante iniciar deixando claro que lhe cabe fazer, e o que não deve fazer
evitando que surjam sentimento de culpa ou de impotência. Nenhum material ou
documento deve ser exposto preservando assim, o sigilo e a ética da avaliação
realizada.
Destaque a importância de apoiar e facilitar o encaminhamento sugerido de forma
a recuperar este colaborador na ocasião da próxima avaliação. Ajude-o a
compreender que sempre existe uma possibilidade deste colaborador voltar a ser
apto.
Conclua com orientações para o desenvolvimento do avaliado, esclarecendo o que
ele pode fazer, como a equipe pode ajudar e o que deve ser evitado para não
agravar a situação.
DOCUMENTOS PSICOLÓGICOS

Laudo Psicológico Atestado Psicológico

•Documento Completo •Documento resumido


•Explicativo •Poucas informações
•Entregue somente ao medico, •Pode ser entregue a outros
psicólogo ou profissional de RH profissionais não psicólogos
AVALIAÇÃO PSICOSSOCIAL

1. Identificação do avaliado:
Avaliado: Mário amostra
Idade: 24 anos
Escolaridade: Ensino Médio – Curso Técnico Integrado
Cargo: Técnico em Sistema de Pesagem
Data: 14 de maio de 2021
Validade: 24 meses

2. Motivo da Avaliação: ( ) Exame Periódico ( ) Brigada de Emergência


( ) Demissional ( x ) Admissional ( ) Retorno de afastamento ( ) Mudança de cargo
( ) NR:___

3. Objetivo: avaliar as condições psicológicas do profissional de atuar diante de situações de risco tolerando as
pressões de modo razoável garantindo assim sua segurança e dos demais. Desta forma, pretende-se ainda atender
as exigências das NRs minimizando as chances de acidente de trabalho.
4. Metodologia utilizada
- Grupo Focal: avaliar a percepção do risco, do medo, as motivações, cultura organizacional e a inter-
relação do grupo e com seus líderes.
- Testagem psicológica:
- Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) – Manual Técnico/ Carlos Henrique Sancineto da
Silva Nunes, Claudio Simon Hutz, Maiana Farias Oliveira Nunes – São Paulo/SP Casa do
Psicólogo/2010.
- O Teste Palográfico na Avaliação de Personalidade /Irai Cristina Boccato Alves, Cristiano
Esteves, 2.ed, São Paulo, Vetor, 2009.
- Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho – EVENT/ Fermino Fernandes Sisto
[et.al] São Paulo/SP, Vetor, 2012.
- Técnicas Complementares:
- Questionário de Eustresse e Distresse
- Inventário de Coping de Folkmann e Lazarus
- Entrevista Estruturada Individual
- Questionário de Anamnese
5. ANÁLISE RESUMIDA DOS DADOS:

Mário mostra algumas limitações em suas condições para focar sua atenção obtendo escores baixos
nos itens de atenção dividida e alternada. Observa-se ainda, clara propensão ao estresse neste
momento, sobretudo no que se refere a infraestrutura do trabalho e as pressões oriundas do mesmo.
Sua motivação parece residir nos desafios do dia a dia quando sente a necessidade de aprender algo
novo. Não refere maiores ambições no sentido de crescimento, mas sim de estabilizar-se e seguir na
empresa preservando o bom ambiente de trabalho que percebe atualmente.
Sua atitude reflete pessoa humilde e simples, com clareza dos riscos de sua função e de si mesmo.
Reconhece seu medo e o quanto este se faz necessário para que se mantenha em uma atitude de
cautela. Sua percepção dos riscos aliada a atitudes de segurança geradas pela capacidade de aceitar
seu medo o colocam em condições de adaptar-se a sua função atual. Por outro lado, o elevado estresse
observado, exige que Mário busque meios de melhor administrar as pressões sofridas, minimizando
assim, as chances de acidente.
6. CONCLUSÃO:
Mário não está indicado a continuar desempenhando atividades de risco, neste momento.
Observam-se dificuldades na atenção concentrada, provocado por abalos emocionais que prejudicam a
capacidade de controle de si mesmo, sendo gerador de elevado nível de estresse influenciando sua condição
de desenvolver estratégias de coping. Por estes motivos, Mário torna-se vulnerável aos riscos psicossociais
ampliando as possibilidades de acidente.

7. ENCAMINHAMENTO
Recomenda-se que seja afastado dos riscos existentes em seu trabalho, e seja acompanhado por
psicólogo no sentido de melhor lidar seu estresse emocional, favorecendo sua qualidade de vida, e assim,
reduzindo as chances de acidentes.

Assinatura
CRP
Data da próxima avaliação: maio/2023
Observação: Laudo Psicológico confidencial e sigiloso, de acordo com o Código de Ética profissional do
Psicólogo e da Resolução 06/2019: Este documento não poderá ser utilizado para fins diferentes do apontado
no item de identificação. Possui caráter sigiloso, visto que trata de documento extrajudicial. O psicólogo autor
não se responsabiliza pelo uso dado ao laudo por parte da pessoa, grupo ou instituição, após a sua entrega.

8. REFERÊNCIAS:

Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP Nº 02/2022. Normas e Procedimentos para a Avaliação
Psicossocial
Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 010/2005. Código de Ética Profissional.
Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 9/2018.
Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 6/2019. Elaboração de documentos escritos produzidos por
psicólogo (a).
Sebben, L. S. Avaliação psicossocial: psicologia aplicada à segurança no trabalho. São Paulo: Vetor, 2018.
O VERDADEIRO SENTIDO DESTE TRABALHO
“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a
escada. Apenas dê o primeiro passo.” (Martin Luther King)

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