Você está na página 1de 21

Desigualdades urbanas: observadas pela maneira

como os centros urbanos cresceram sem espaços de


UNIDADE 01 – Constituição Federal e suas
moradia. Dessa forma, as periferias se consolidaram
determinações para a cidade e o homem social
nas regiões metropolitanas, enquanto a urbanização
se tornava realidade, isto é, mais pessoas no espaço
sem planejamento urbano e moradia.
OBJETIVOS:
Pessoas que moram nas
• Compreender o contexto histórico anterior à
periferias
promulgação da Constituição Federal de 1988 (CF
88);
• Conhecer o papel dos arquitetos e urbanistas no Excluídas do direito de
Movimento Nacional de Luta pela Reforma morar na cidade
Urbana na elaboração da CF 88;
• Compreender os princípios conceituais da CF 88 a
Aumento das desigualdades
partir dos artigos 6, 21, 182 e 183 e suas relações sociais nas últimas décadas.
com a cidadania, as cidades e a prática
profissional do arquiteto urbanista;
As desigualdades urbanas são mais evidentes nas
• Conhecer o Estatudo da Cidade e seus grandes regiões metropolitanas ou em municípios com
instrumentos de desenvolvimento urbano. alto crescimento populacional.
TÓPICOS DE ESTUDO
O conceito de desigualdade urbana se estende a
• Urbanização brasileira grupos sociais sem acesso a:
• Conceito da Constituição Federal de 1988 •serviços de mobilidade urbana
• Política e Legislação Urbana •acessibilidade
• Os instrumentos do Estatuto da Cidade •equipamentos públicos (escolas, postos de saúde,
• Instrumentos de regularização fundiária etc.)
•equipamentos urbanos (praças, parques,
• Instrumentos de democratização da gestão
iluminação pública)
urbana
•serviços de saneamento básico.

CRESCIMENTO POPULACIONAL NÃO REPRESENTA


URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
DESENVOLVIMENTO E PROGRESSO
A urbanização brasileira representa a formação de
centros urbanos com alta densidade de pessoas. Com
IMPLICA EM
o tempo, os centros urbanos com mais população
definiram as chamadas regiões metropolitanas, que
não tinham planejamento urbano, políticas de MAIS PROBLEMAS SOCIAIS, URBANOS E
educação, saúde e infraestrutura de saneamento ECONÔMICOS
básico. Quanto maior a população urbana, mais problemas
se constituem, principalmente pela ausência de terra
1930 - 2000: aumento do e moradia. Logo, o urbanismo e o planejamento
crescimento populacional
urbano vão se tornando fundamentais na
administração pública.
Pessoas sem recursos migram do
campo para as cidades Arquitetos Estatuto Elaborar as
Urbanistas da Cidade políticas e
Planejadores 2001 legislações
Resultado: Desigualdades
urbanos municipais
urbanas
MOVIMENTO NACIONAL DA REFORMA URBANA 1985: Movimento Nacional pela Reforma Urbana

1988: Capítulos 182 e 183 da CF88


Industrialização
Década de 30 2001: Estatuto da Cidade (Leia 10.257 de 10 de julho
brasileira
de 2001)

CONCEITO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988


Mão de obra não especializada;
- negros libertos da escravidão Artigo 6: toda pessoa é um cidadão
- trabalhadores da indústria do café
Artigos 182 e 183: a cidade é um direito fundamental
- trabalhadores do interior do nordeste
à vida
- indivíduos livres da servidão colonial
Direitos do Cidadão (garantidos a partir de projetos
urbanos e de equipamentos públicos mantidos pelo
Se direcionaram para os centros, onde poder público):
havia promessa de trabalho e renda
• Educação
• Saúde
Ocuparam áreas sem interesse imobiliário • Trabalho
• Moradia
• Transportes etc.
Problemas de habitação, mobilidade,
Esses artigos foram fundamentos pela Declaração
transporte, acessibilidade, saneamento e
Universal dos Direitos Humanos (1948):
infraestrutura urbanas.
• Direitos humanos
Reforma Urbana: pensamento relacionado às • Cidadania
políticas de planejamento urbano e à qualificação da • Liberdade Do Estado e governantes
para com o povo
vida pela moradia e acesso à cidade, isto é, pensar na • Igualdade
diminuição das desigualdades, na distribuição de • Proteção
renda, no acesso aos bens e serviços públicos e na • Seguridade
qualidade de vida cotidiana.
Direitos Sociais: o conceito de cidadão e de direitos
Década de 30: moradores da periferia sociais apareceu com a promulgação da CF88, e a
Década de 60: lutas pela reforma urbana iniciam-se partir desse momento o poder público começou a
adotar o planejamento urbano como estratégia para
1963: É realizado o Seminário de Habitação e implementar os artigos 6, 182 e 183.
Reforma Urbana (SHRU), com participação do
Instituto de Arquitetos do Brasil, setores progressivos Estatuto da Cidade: regulamentou os artigos 182 e
da sociedade e alguns setores do estado. Tinha dois 183 da CF88.
temas centrais: habitação e reforma urbana.
Direito à
1964: O golpe de estado e a criminalização dos Prefeituras
cidade
movimentos sociais gerou uma ruptura no movimento
de lutas por direitos e um freio nos debates
urbanísticos.

1980: arquitetos, urbanistas, geógrafos, sociólogos, Políticas municipais


Recursos
antropólogos, assistentes sociais, psicólogos e de desenvolvimento
Públicos
advogados urbano
O Estatuto da Cidade obriga que todas as políticas garantindo liberdade e autonomia dos cidadãos
urbanas sejam elaboradas por arquitetos e vivendo em uma república.
urbanistas.

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO APÓS A CF88 POLÍTICA E LEGISLAÇÃO URBANA

Estatuto da Cidade: é um conceito de sociedade, pois


REGIME DE GOVERNO: pressupõe que a terra urbana não seja usada como
mercadoria por uma pequena minoria. E por isso, seu
Democrático fundamento conceitual é o de garantir a função
FORMA DE GOVERNO: social da propriedade – terra ou edifício.

Republicana Políticas nacionais: orientam o desenvolvimento da


área de atuação de cada ministério.
FORMA DE ESTADO
Plano: documento político contendo um diagnóstico
Federação da situação, um prognóstico do que pode ser feito
SITEMA DE GOVERNO para resolver problemas identificados na etapa
anterior e, por fim, um plano de metas, ações e
Presidencialismo estratégias em que os investimentos são propostos.
Considera a realidade de estados, municípios e regiões
brasileiras e, assim, orienta o legislativo a
Democracia: regime político em que os cidadãos, no transformar em legislação.
aspecto dos direitos políticos, participam igualmente,
Política urbana: conjunto de políticas, executadas
diretamente ou através de representantes eleitos, na
pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos
proposta, no desenvolvimento e na criação de leis,
municípios, que compreende o planejamento e a
exercendo o poder da governação através do sufrágio
gestão sobre o uso do território em áreas urbanas e
universal.
que tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento
República: forma de governo em que o Chefe de das funções sociais da cidade e da propriedade.
Estado é eleito pelos representantes dos cidadãos ou
Legislação urbana: é aquela que rege o
pelos próprios cidadãos, e exerce sua função durante
aproveitamento urbanístico do solo urbano, ou seja,
um tempo limitado.
as atividades relacionadas ao uso, ocupação e
Federação: modelo de descentralização política, a parcelamento.
partir das repartições constitucionais de
competências entre as unidades federadas
autônomas que a integram. Une-se pelo pacto Sistema Nacional de
Habitação de Interesse
federativo. Apenas o Estado Federal (União) é
Social (SNHIS)
considerado soberano. Política
Nacional de
Presidencialismo: sistema de governo em que um chefe Habitação
de governo também é o chefe de Estado e lidera o Fundo Nacional de
Habitação de Interesse
poder executivo, que é separado do poder legislativo e
Social (FNHIS)
do poder judiciário.

CONTEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988


Lei 11.124/2005: instituiu o SNHIS e o FNHIS. Estados
Toda ação relacionada à cidade é uma decisão devem elaborar seus planos estaduais de habitação,
fundamentada na CF88. Seus parágrafos e artigos ampliando os princípios e diretrizes do que foi
em forma de lei preveem que o Estado, governos e aprovada pela Lei Federal. Serão firmados pactos
instituições apliquem outro conjunto de leis, federativos, através de convênios.
Os municípios devem elaborar o Plano Local de 4 – Instrumentos de financiamento da política
Habitação de Interesse Social (PLHIS) e transformá- urbana
lo em legislação municipal, respeitando os princípios
e diretrizes da Legislação Estadual e Municipal.
INSTRUMENTOS DE INDUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
URBANO
OS INSTRUMENTOS DO ESTATUTO DA CIDADE
Macrozoneamento: mapa municipal que define
Plano Diretor: é o principal instrumento da política diretrizes ao desenvolvimento urbano e rural. É o
urbana brasileira – o Estatuto da Cidade. primeiro nível de definição das diretrizes espaciais do
Plano Diretor, estabelecendo um referencial espacial
FASES DO PLANO DIRETOR para o uso e a ocupação do solo na cidade, em
Fase 1: DIAGNÓSTICO – leitura dos laudos técnicos concordância com as estratégias de política urbana.
elaborados pelos profissionais que analisaram o Zonamento: subdivisão do perímetro urbano. É o
espaço urbano (coordenadora por arquiteto), conjunto de regras – de parcelamento, uso e ocupação
abordando problemas, condicionantes e tendências do solo – que define as atividades que podem ser
urbanas. instaladas nos diferentes locais da cidade. De modo
Fase 2: PROGNÓSTICO – define os eixos de geral, toda zona possui seus índices urbanísticos de
desenvolvimento urbano e social e quais instrumentos controle de ocupação:
do estatuto devem ser abordados na fase seguinte. • Coeficiente de aproveitamento (CA) ou índice de
Fase 3: FUNDAMENTOS DA LPDM – documento que aproveitamento (IA): é o número que multiplica a
propõe as diretrizes, ações, metas, projetos e área do lote para resultar na quantidade de
prioridades para a elaboração da Lei do Plano metros quadrados que podem ser construídos no
Diretor Municipal. terreno determinado.
• Taxa de ocupação (TO): é a porcentagem do
Fase 4: APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI – importante
terreno ocupado pela projeção do edifício no solo.
a presença do arquiteto coordenador para contestar
• Taxa de permeabilidade: é a relação entre a área
possíveis interesses individuais.
penetrável pela água da chuva e a área total do
OBRIGATORIEDADE DO PLANO DIRETOR terreno.

1 – Todo município cuja área urbana tenha mais de Direito de superfície: o proprietário urbano poderá
20 mil habitantes; conceder a outrem o direito de superfície do seu
terreno (construir, plantar, usufruir etc.), por tempo
2 – Municípios de regiões metropolitanas;
determinado ou indeterminado, mediante escritura
3 – Municípios, independentemente da população, pública registrada no cartório de registro de imóveis.
que estejam em áreas de turismo;
Outorga onerosa do direito de construir (solo criado):
4 – Municípios que possam vir a ser afetados por o plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito
algum grande equipamento regional. de construir poderá ser exercido acima do coeficiente
de aproveitamento básico adotado, mediante
INSTRUMENTOS – cumprir a função social da contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. Os
propriedade recursos dessa contrapartida devem ser aplicados em
1 – Instrumentos de indução do desenvolvimento questões sociais da cidade, garantindo menos
urbano desigualdades e mais acesso aos bens e serviços
públicos.
2 – Instrumentos de regularização fundiária
Direito de preempção: confere ao poder público
3 – Instrumentos de democratização da gestão municipal preferência para aquisição de imóvel
urbana urbano objeto de alienação onerosa entre
particulares.
Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios ocupadas por população de baixa renda e habitação
(PEUC): lei municipal específica para área incluída no de interesse social.
plano diretor poderá determinar o parcelamento, a
edificação ou a utilização compulsórios do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
devendo fixar as condições e prazos para
Usucapião especial de imóvel urbano: aquele que
implementação da referida obrigação.
possuir como sua área ou edificação urbana de até
Consórcio imobiliário: o poder público municipal duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco
poderá facultar ao proprietário de área atingida anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-
pela obrigação do PEUC, a requerimento deste, o a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á
estabelecimento de consórcio imobiliário como forma o domínio, desde que não seja proprietário de outro
de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel urbano ou rural.
imóvel. É a forma de viabilização de planos de
Concessão de uso especial para fins de moradia
urbanização ou edificação por meio da qual o
(artigos vetados no Estatuto da Cidade): criado para
proprietário transfere ao poder público municipal seu
regularizar famílias morando de forma ilegal em
imóvel, e após a realização das obras, recebe, como
terras públicas. A prefeitura pode conceder a
pagamento, unidades imobiliárias devidamente
regularização coletiva a todos moradores como se a
urbanizadas ou edificadas.
ocupação fosse um condomínio pertencente a todos;
Imposto predial e territorial urbano progressivo: em ela também pode fazê-lo de forma individual.
caso de descumprimento das condições e dos prazos
ZEIS: parcela de área urbana instituída pelo plano
previstos pela obrigação do PEUC, ou não sendo
diretor ou definida por outra lei municipal,
cumpridas as etapas previstas se o empreendimento
destinada predominantemente à moradia de
for de grande porte, o município procederá a
população de baixa renda e sujeita a regras
aplicação do imposto sobre a propriedade predial e
específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo.
territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo,
Podem ser áreas já ocupadas por assentamentos
mediante a majoração da alíquota pelo prazo de
precários, e podem ser demarcadas sobre terrenos
cinco anos consecutivos.
vazios. No primeiro caso, visam flexibilizar normas e
Operações urbanas consorciadas: conjunto de padrões urbanísticos para, através de um plano
intervenções e medidas coordenadas pelo poder específico de urbanização, regularizar o
público municipal, com a participação dos assentamento. No caso de áreas vazias, o objetivo é
proprietários, moradores, usuários permanentes e aumentar a oferta de terrenos para habitação de
investidores privados, com o objetivo de alcançar em interesse social e reduzir seu custo.
uma área transformações urbanísticas estruturais,
melhorias sociais e a valorização ambiental.
INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO
Transferência do direito de construir: lei municipal,
URBANA
baseada no plano diretor, poderá autorizar o
proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a O Estatuto prevê mecanismos de gestão, participação
exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura e controle social do que o Poder Público está fazendo.
pública, o direito de construir previsto no plano
diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, Conselho de habitação e desenvolvimento urbano:
quando o referido imóvel for considerado necessário todo município que possui um Plano Diretor deve ter
para fins de: implantação de equipamentos urbanos o Conselho da Cidade, para discutir investimentos,
e comunitários; preservação, quando o imóvel for pensar em decisões de interesse comum e fiscalizar o
considerado de interesse histórico, ambiental, Poder Público. É formado por representantes diversos
paisagístico , social ou cultural; servir a programas de da sociedade que tenham participado da elaboração
regularização fundiária, urbanização de áreas do PD e entendam as legislações urbanas. É
consultivo, mas pode denunciar ao Ministério Público
improbidades administrativas por descumprimento à
lei do Plano Diretor.

Audiências públicas: obrigatórias em todas as fases


do plano diretor. Um dos instrumentos de
participação popular no Estado Democrático de
Direito, é uma reunião que visa ampla discussão dos
mais variados temas entre sociedade, especialistas e
autoridades públicas.

Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV): lei municipal


definirá os empreendimentos e atividades privados ou
públicos em área urbana que dependerão de
elaboração de estudo prévio de impacto de
vizinhança para obter as licenças ou autorizações de
construção, ampliação ou funcionamento a carga do
poder público municipal.

Orçamento participativo: mecanismo direto de


participação popular. Através dele a população
discute e decide sobre o orçamento público e as
políticas públicas, e faz o levantamento das
necessidades de seu setor para discutir as prioridades
de acordo com o orçamento do município.

Iniciativa popular: direito que torna possível a um


grupo de cidadãos apresentarem projetos de lei para
serem votados e eventualmente aprovados.
Princípios: função social da cidade; função social da
propriedade urbana, função social da propriedade
UNIDADE 2 – Plano Diretor e a Lei de Uso e
rural; direito à cidade; direito ao meio ambiente e
Ocupação do Solo
gestão democrática.

Diretrizes: orientam os rumos que serão definidos pela


gestão pública municipal para uma melhor
OBJETIVOS: ordenação da cidade conforme os critérios da real
necessidade que serão definidos por prioridades para
• Abordar sobre o Plano Diretor enquanto uma
realização de cada ponto preestabelecido no Plano
importante ferramenta para um planejamento
Diretor.
ideal;
• Apresentar sobre a importância da população na O Plano Diretor municipal é de suma importância,
participação do Plano Diretor; sendo um dos instrumentos de planejamento e gestão
• Contextualizar o Plano Diretor e a Lei de Uso e de município e prefeituras, devendo ser atualizado a
Ocupação do Solo. cada dez anos.

TÓPICOS DE ESTUDO: O PLANO DIRETOR DEVERÁ ATENDER A QUAIS


MUNICÍPIOS?
• Plano Diretor
✓ O Plano Diretor deverá atender quais O principal objetivo do Plano Diretor é definir como
municípios? determinado local irá cumprir sua função social,
✓ Plano Diretor participativo para que possa garantir o acesso à terra urbana e que
✓ Plano Diretor versus demais leis municipais os cidadãos tenham o direito aos serviços que a
cidade oferece, assim como o direito à moradia. O PD
• Lei de Uso e Ocupação do Solo
não é somente um instrumento de regulação do uso
✓ Entendendo a Lei de Uso e Ocupação do Solo
do solo. Trata-se de um instrumento que induz e
✓ Instrumentos urbanísticos no uso e ocupação
assegura, de forma sustentável, que os espaços
do solo
ofereçam condições seguras de moradia,
✓ Como a Lei de Uso e Ocupação do Solo pode
possibilitando que novas empresas e indústrias
beneficiar a cidade?
consigam se instalar na cidade.

OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR


PLANO DIRETOR

O Plano Diretor é instrumento do planejamento Garantir acesso a uma cidade sustentável,


municipal e estabelece diretrizes e instrumentos para desenvolvendo e integrando a ocupação e o
execução dos demais planos, programas e ações dos uso do solo com a reestruturação do sistema
setores público e privado (art. 1º, §1º da Lei viário, de forma a:
Complementar 5.481 de 20 de dezembro de 2019 –
Plano Diretor de Teresina).
Conformar policentricidades
Existem planos e normas que são a base para a
Desenvolver a economia a partir da
realização do Plano Diretor. De forma geral, podemos
diversidade
citar o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual, Plano de Priorizar o transporte coletivo e individual
Metas, Lei de Parcelamento e o Uso e Ocupação do não motorizado
Solo. Compatibilizar o desenvolvimento municipal e
o metropolitano
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES QUE TRATAM DA
POLÍTICA URBANA E DO PLANO DIRETOR O Plano Diretor precisa considerar a totalidade do
território para garantir um plano desenvolvimento,
uma vez que o desenvolvimento da cidade também • Deve ser feita uma proposta do projeto de lei,
depende da zona rural. tendo a definição dos seus respectivos
instrumentos;
Pelo Estatuto da Cidade, o Plano Diretor é obrigatório
• Deverão ser encaminhados para a Câmara
para:
Municipal o projeto de lei, a discussão e a
1 – Todo município cuja área urbana tenha mais de
aprovação;
20 mil habitantes;
2 – Municípios de regiões metropolitanas; • Após a implementação, deverá ser feita a cada dez
3 – Municípios, independentemente da população, anos a revisão periódica para possíveis
que estejam em áreas de turismo; readequações.
4 – Municípios que possam vir a ser afetados por A leitura técnica e a leitura comunitária devem
algum grande equipamento regional. andar juntas, pois uma complementa a outra, porém
uma não substitui a outra. Permite que todos os
pontos sejam confrontados e analisados para obter
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO
uma melhor versão do Plano Diretor.
A elaboração do Plano Diretor deve atender às
ETAPAS PARA A CONCRETIZAÇÃO DA LEITURA
necessidades específicas de cada cidade, devendo ser
COMUNITÁRIA
elaborado pela municipalidade. É fundamental a
capacidade técnica da equipe de profissionais que • Seleção e identificação de quem fará parte, assim
irão executar o Plano Diretor. O órgão responsável é a como a definição da estratégia de mobilização;
Secretaria de Planejamento, Urbanismo e de Obras, • Promoção de encontros com os participantes;
mas com a participação de toda a prefeitura, pois • Arrumação e alinhamento das informações;
deve-se contar com profissionais de todos os setores,
• Definição dos principais temas pertinentes para a
além da sociedade.
elaboração do Plano Diretor;
CONDICIONANTES PARA O PLANO DIRETOR • Retorno das últimas considerações para a
PARTICIPATIVO sociedade.

A partir da leitura técnica em conjunto com as


Habitação informações trazidas pela população participante, os
eixos do plano poderão ser definidos, assim como
PLANO DIRETOR
PARTICIPATIVO

Saneamento todos os assuntos que serão trabalhados, quais


instrumentos serão utilizados e os objetivos a serem
Mobilidade alcançados.

PLANO DIRETOR VERSUS DEMAIS LEIS MUNICIPAIS


Uso e Ocupação do
solo Plano Diretor: é um dos principais instrumentos de
planejamento urbano, tendo como finalidade
A participação da sociedade é essencial para que se trabalhar todos os espaços físicos, sociais e políticos,
obtenha um projeto concreto e realístico da cidade, proporcionando uma melhor qualidade de vida para
com resoluções para os mais diversos problemas a população e infraestrutura de qualidade,
enfrentados nos diversos bairros. minimizando os problemas existentes.

ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA UM PLANO DIRETOR Lei Orgânica: é considerada a maior lei do município
PARTICIPATIVO e dita o funcionamento de uma ordem específica. São
normas que regulam a vida política na cidade, sempre
• Deve existir uma leitura técnica e comunitária de
respeitando a Constituição Federal e a Constituição
toda a cidade;
do Estado, sendo importante instrumento que ajuda
• Todos os eixos devem ser definidos, assim como os o poder público municipal a construir projetos ou leis
temas e objetivos do Plano Diretor; de interesse da população.
Código de Obras: é uma lei que estipula as normas O principal objetivo da LUOS é reordenar a cidade de
técnicas para a execução de qualquer tipo de forma planejada e organizada. Para isso, foi
construção. Nele, estão definidos os procedimentos necessário desenvolver um planejamento que pudesse
para aprovação de projetos, metodologia para atender a essas demandas relacionadas à habitação,
execução e fiscalização das obras, licenças para mobilidade, distinção das zonas tanto comercial
execução e penalidades para os casos de como residencial, trazendo, assim, uma maior
descumprimento da lei. qualidade de vida para todos daquele local.

Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo: é uma lei A LOUS tem um grande potencial de contribuição
municipal que estabelece regras e parâmetros para o para a preservação do meio ambiente, contribuindo
uso do solo. O zoneamento consiste em um para o desenvolvimento econômico, melhorando a
instrumento do planejamento urbano que se estrutura comercial, além de contribuir para uma
caracteriza pela busca da regularização do uso e cidade sustentável que respeite não somente as
ocupação do solo do espaço urbano. As leis de questões financeiras, mas que envolva todos os
zoneamento costumam limitar-se ao tipo de aspectos sociais de moradia e mobilidade urbana.
estrutura a ser construída no local. É, portanto, a lei
CLASSIFICAÇÃO DO USO DO SOLO
que define o uso do solo de cada região.

Lei de Parcelamento do Solo Urbano: é uma lei federal NÃO


RESIDENCIAL
que se resume às questões de urbanização e divisões de RESIDENCIAL
glebas dentro de algum território municipal,
podendo definir como loteamento ou como Comercial
desmembramento. Apenas será permitido o
parcelamento urbano do solo para fins urbanos que Serviços
sejam em zonas urbanas, ou que se adequem como
expansão urbana. Industrial

Desmembramento: consiste na subdivisão de gleba,


Institucional
que é uma porção de terra na qual ainda não há
nenhuma construção e não é habitada. A partir
A LOUS visa orientar, de forma ordenada, o
desta subdivisão, ela é repartida em lotes que serão
crescimento da cidade englobando as áreas dentro
destinados para alguma edificação, de modo a
do perímetro urbano atual como áreas de expansão
aproveitar o sistema viário existente para que não seja
urbana. Elas se localizam dentro do perímetro
imposta a exigência de ter que criar novas vias
urbano, independentemente se vazias ou loteadas.
públicas ou, ainda, ter que modificar ou ampliar o
que já existe. Dessa forma, com essas divisões, o lote A LOUS visa coibir práticas especulativas, porém,
passará a possuir seu número de matrícula e devendo ser bem elaborada para que não prejudique
escritura. o desenvolvimento urbano do município e deixa de
atender a vocação econômica que o município elegeu
para si.
LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS NO USO E OCUPAÇÃO
A Lei de Uso e Ocupação do Solo caracteriza-se por DO SOLO
ser uma lei que organiza todo o espaço urbano. Surgiu Os instrumentos urbanísticos do uso e ocupação do
devido às transformações das cidades ao longo dos solo são:
anos e da necessidade de se expandirem,
disponibilizando mais empregos, melhor • Parcelamento, edificação ou utilização
infraestrutura e ampliação dos meios de locomoção. compulsórios; IPTU progressivo no tempo;
desapropriação com pagamentos em títulos;
ENTENDENDO A LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
consórcio imobiliário;
• Outorga onerosa do direito de construir; direito de
superfície;
• Transferência do direito de construir;
• Operações urbanas consorciadas;
• Direito de preempção.

COMO A LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO PODE


BENEFICIAR A CIDADE?

A LUOS pode garantir muitos benefícios, e um deles é


a melhoria do transporte municipal.

CAMINHOS DA LUOS PARA UM TRANSPORTE DE


QUALIDADE

• Otimizar o uso e ocupação das zonas;


• Orientar os eixos de comércio e serviços nos bairros;
• Articular o sistema de transporte às áreas com a
oferta de Habitação de Interesse Social;
• Estimular o uso do transporte público;
• Equilibrar os fluxos de veículos segundo a
capacidade de via;
• Estabelecer as relações funcionais entre as vias.

PONTOS MAIS IMPORTANTES DA LUOS

• Atualização e padronização de termos e conceitos,


de forma a facilitar a aplicação da lei;
• Escolha das melhores estratégias para manter a
paisagem natural;
• Definição dos princípios e criação de novos para o
uso nas macrozonas;
• Manter uma padronização de todo o zoneamento
e dos conceitos das diretrizes dos terrenos;
• Definição de centros de comércio e serviços, que
são vistos como importantes, partindo de critérios
de facilidade de acesso de transportes que venham
a gerar mais empregos e também arrecadação de
impostos;
• Poderá definir novos grupamentos e estabelecer
medidas para uso das calçadas públicas.
Constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente e
UNIDADE 3 – Legislações ambientais específicas institui o cadastro de defesa ambiental. Objetiva a
e noções de sustentabilidade urbana preservação e a recuperação da qualidade do
ambiente, de modo a proporcionar melhores
condições para a vida social e econômica do país,
OBJETIVOS: além de garantir segurança e proteção à vida
• Entender sobre a legislação ambientação e sua humana.
função;
PRINCÍPIOS
• Verificar a importância da legislação ambiental;
• Apresentar de que forma a legislação ambiental I. Ações do governo para manter o equilíbrio
contribui para a prevenção dos problemas ecológico;
ambientais; II. Racionalizar o uso do solo, subsolo, água e ar;
• Compreender questões sobre sustentabilidade III. Planejar e fiscalizar a forma como está sendo
urbana. feito o uso dos recursos ambientais;
IV. Proteger todos os ecossistemas;
TÓPICOS DE ESTUDO: V. Controle de atividades poluidoras;
VI. Incentivo a pesquisas que levam ao uso consciente
• Legislações ambientais específicas
dos recursos ambientais;
✓ Lei nº 6.938/1981: dispõe sobre a Política
VII. Monitorar de toda qualidade ambiental;
Nacional do Meio Ambiente;
VIII. Recuperar ambientes que sofreram danos
✓ Lei nº 9.605/1998: Leis dos Crimes Ambientais;
ambientais;
✓ Lei nº 12.305/2010: institui a Política Nacional
IX. Incluir a educação ambiental em todos os níveis
de Resíduos Sólidos
do ensino para que a comunidade acadêmica
• Noções de sustentabilidade urbana
possa agir de forma participativa na defesa do
✓ Entendendo a sustentabilidade e a cidade;
meio ambiente.
✓ Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da
sustentabilidade urbana; Meio ambiente: vem a ser o conjunto de diretrizes, leis
✓ Cidades sustentáveis. e interações, sendo de ordens física, química e
biológica, que direcionam a vida em todas as suas
formas.
LEGISLAÇÕES AMBIENTAIS ESPECÍFICAS A Política Nacional do Meio Ambiente tem em vista
Os problemas ambientais que são causados pela ação compatibilizar o desenvolvimento econômico e social
do homem são possíveis de serem evitados, graças a em questões que envolvem a preservação do meio
toda tecnologia existente. ambiente e o equilíbrio ecológico; estabelecer medidas
da qualidade ambiental para o uso dos recursos
A legislação ambiental brasileira foi criada para fins ambientais; propagação de tecnologias de uso
de proteção ao meio ambiente e para minimizar as ambiental; e a formação de indivíduos conscientes da
consequências das ações feitas, e devem cumprir essas necessidade de preservação etc.
leis tanto pessoas físicas como jurídicas.
INSTRUMENTOS
Todas as leis ambientais abordam como precisa ser
feito cada ação, estabelecendo normas. I. Criação de padrões para ter qualidade ambiental;
o zoneamento ambiental;
Art. 225 da CF88: todos possuem direito a viver em II. Questões que envolvem a avaliação de impactos
um ambiente que seja ecologicamente equilibrado e ambientais; licenciamento e revisão de atividades
onde possam ter qualidade de vida, cabendo ao Poder que possam poluir;
Público e à coletividade o dever de preservar para as III. Incentivos à tecnologia voltados para a melhoria
gerações atuais e futuras. da qualidade ambiental;
LEI Nº 6.938/1981: DISPÕE SOBRE A POLÍTICA IV. Criação de espaços que seja protegidos pelo Poder
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Público Federal, Estadual ou Municipal, como a
Área de Proteção Ambiental (APA), Área de LEI Nº 12.305/2010: INSTITUI A POLÍTICA NACIONAL
Relevante Interesse Ecológico (ARIE) e Reservas DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Extrativistas (RESEX);
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e
V. Sistema Nacional de Informação sobre o Meio
aborda sobre os princípios, objetivos e instrumentos,
Ambiente (Sinima);
bem como as questões que tratam da gestão
VI. Realização do cadastro técnico federal para
integrada e do gerenciamento dos resíduos sólidos.
atividades e instrumentos de defesa ambiental;
Explana sobre o que é de responsabilidade de quem
VII. Penalidades pelo não cumprimento das diretrizes
está gerando os resíduos e dita acerca dos
necessárias para que seja feita a preservação ou
instrumentos econômicos aplicáveis.
acerto do que foi degradado;
VIII. Utilização do Relatório de Qualidade do Meio PRINCÍPIOS
Ambiente (RQMA);
I. A prevenção e a precaução;
IX. Manter a garantia de prestação de dados a
II. O poluidor pagador e o protetor recebedor;
respeito do meio ambiente;
III. A visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos,
X. Realização do cadastro técnico federal de
que considere as variáveis ambiental, social,
atividades com grande potencial poluidor.
cultural, econômica, tecnológica e de saúde
LEI Nº 9.605/1998: LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS pública;
IV. O desenvolvimento sustentável;
Dispõe sobre questões penais a partir de ações que
V. A ecoeficiência, mediante a compatibilização
possam agredir o meio ambiente.
entre o fornecimento, preços competitivos, de bens
Crimes ambientais: são todas as formas de agressão e serviços qualificados que satisfaçam as
ao meio ambiente, como: fauna, flora, recursos necessidades humanas e tragam qualidade de vida
naturais, assim como o patrimônio cultural; e até e a redução do impacto ambiental e do consumo
ações que vão contra as normas ambientais de recursos naturais a um nível, no mínimo,
estabelecidas, mesmo que não venham a degradar o equivalente à capacidade de sustentação
meio ambiente. estimada do planeta;
VI. A cooperação entre as diferentes esferas do poder
PONTOS QUE DEVERÃO CONSTAR NO PROGRAMA DE
público, o setor empresarial e demais segmentos da
PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO
sociedade;
• Comprometimento com a proteção do VII. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
funcionário; vida dos produtos;
• Contribuir para a redução dos custos operacionais; VIII. O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e
• Ajudar a empresa a melhorar sua imagem; reciclável como um bem econômico e de valor
social, gerador de trabalho e renda e promotor de
• Contribuir para a redução de riscos de
cidadania;
responsabilidade criminosa;
IX. O respeito às diversidades locais e regionais;
• Comprometimento e zelo pela saúde pública;
X. O direito da sociedade à informação e ao controle
• Comprometimento com o meio ambiente.
social;
A prevenção da poluição tem como principal objetivo XI. A razoabilidade e a proporcionalidade.
a não geração de poluentes, e está ligada ao uso de
A Política Nacional de Resíduos Sólidos possui tais
matérias primas durante todo o processo produtivo.
objetivos: proteger a saúde pública e a qualidade do
Produção limpa: valoriza a utilização de técnicas que ambiente; não gerar, reduzir, reutilizar, reciclar e
pretendam o menor consumo dos recursos naturais, fazer o tratamento dos resíduos sólidos; estimular
assim como a diminuição dos resíduos e dos impactos ideias sustentáveis para produção e consumo; adesão
ambientais. Está conectada àquilo que envolve os de tecnologias limpas, a fim de minimizar os
valores e os comportamentos de agentes econômicos impactos do ambiente; direcionar para que a
e sociais. indústria realize a reciclagem etc.
INSTRUMENTOS ENTENDENDO A SUSTENTABILIDADE E A CIDADE

I. Planos de resíduos sólidos; Desenvolvimento urbano sustentável: é o processo de


II. Os inventários e o sistema declaratório anual de ocupação urbana orientada no tripé da proteção
resíduos sólidos; ambiental (ecológica), redução das desigualdades
III. A coleta seletiva, os sistemas de logística reversa (social) e prosperidade econômica (economia).
e outras ferramentas relacionadas à
implementação da responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; Desenvolv-
IV. O incentivo à criação e ao desenvolvimento de Inclusão mento Social Justiça sócio-
cooperativas ou de outras formas de associação social ambiental
de catadores de materiais reutilizáveis e Preserva
recicláveis; Desenvolvi ção e
V. O monitoramento e a fiscalização ambiental, mento conserva
Econômico ção
sanitária e agropecuária; ambiental
VI. A cooperação técnica e financeira entre os
setores público e privado para o desenvolvimento Ecoeficiência
de pesquisas de novos produtos, métodos,
processos e tecnologias de gestão, reciclagem, Agenda 21: instrumento de planejamento para a
reutilização, tratamento de resíduos e deposição construção de sociedades sustentáveis, em diferentes
final ambientalmente adequada de rejeitos. bases geográficas, que concilia métodos de proteção
ambiental, justiça social e eficiência econômica. O
eixo central da Agenda é a sustentabilidade e
NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE URBANA envolver a sociedade civil e o governo de maneira
participativa para tratar dos problemas ambientais,
Sustentabilidade urbana: é um conjunto de ações que
sociais e econômicos de determinado lugar.
preservam e cuidam daquele meio em que está
inserida, incluindo a conservação da fauna e flora OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E
local. Desse modo, possibilita que a população se DA SUSTENTABILIDADE URBANA
mantenha mais próxima da natureza sem degradá-
la, por meio de ações de conscientização. 1. Erradicação da pobreza
2. Fome zero e agricultura sustentável
A noção de sustentabilidade urbana remete ao 3. Saúde e bem-estar
espaço urbano. O desenvolvimento sustentável 4. Educação de qualidade
desencadeou vários aspectos da governança urbana, 5. Igualdade de gênero
desde a gestão de riscos e incertezas, até o aumento 6. Água limpa e saneamento
da resiliência e adaptabilidade das estruturas 7. Energia limpa acessível
urbanas. O desenvolvimento urbano sustentável 8. Trabalho decente e crescimento econômico
significaria a sua distribuição em duas áreas: de um 9. Inovação infraestrutura
lado, aquela que privilegia a representação técnica 10. Redução das desigualdades
das cidades ao articular o conceito de 11. Cidades e comunidades sustentáveis
desenvolvimento sustentável como forma de gestão 12. Consumo e produção responsáveis
dos fluxos de energia e materiais relacionados ao 13. Ação contra a mudança global do clima
desenvolvimento urbano; por outro lado, aquele que 14. Vida na água
define o caráter insustentável das cidades causado 15. Vida terrestre
pelo declínio da produtividade dos investimentos 16. Paz, justiça e instituições eficazes
urbanos. 17. Parcerias e meios de implementação
A sustentabilidade urbana atua com a ideia de que Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
as cidades precisam ser trabalhadas por meio de um buscam proporcionar qualidade de vida melhor para
sistema integrado.
todos os habitantes, agindo de forma sustentável em 6. Proporcionar meios para que haja a cultura e o
suas ações. lazer para a população.

A sustentabilidade passa a ser inserida no equilíbrio


que rege a Triple Bottom Line – pessoas, planeta e
lucro.

Agenda 2030: é um plano global para o


Desenvolvimento sustentável, que tem como objetivo
elevar o desenvolvimento do mundo e melhorar a
qualidade de vida de todas as pessoas. Os pilares são:
econômico, social e ambiental.

CIDADES SUSTENTÁVEIS

Para que uma cidade se torne sustentável, é preciso


que haja uma modificação na estrutura das políticas
públicas para intervenção nas áreas urbanas, tendo
como princípio elaborar medidas a fim de corroborar
com o planejamento do desenvolvimento regional em
direção à sustentabilidade.

A Agenda 21 possui grande contribuição com a


promoção das cidades sustentáveis, colaborando
para que exista o ordenamento do território; promova
o desenvolvimento da cidade; trabalhe no sentido de
fortalecer o planejamento territorial; contribua para
a gestão e democracia da cidade e desenvolva
instrumentos econômicos para fins de ordenamento
dos recursos naturais.

Os indicadores urbanos caracterizam-se por ser


instrumentos para facilitar o processo de leitura dos
dados das cidades.

O grande objetivo da cidade sustentável é acabar de


vez com a degradação do meio ambiente, garantindo
a existência dos recursos naturais para gerações
futuras.

CARACTERÍSTICAS PARA QUE UMA CIDADE SEJA


CONSIDERADA SUSTENTÁVEL

1. Direcionar de forma correta os resíduos sólidos,


assim como realizar o reaproveitamento destes;
2. Disponibilizar de água com qualidade e com
racionalidade sem esgotar os mananciais;
3. Realizar o reaproveitamento das águas das chuvas;
4. Buscar sempre a utilização de fontes de energia
renováveis;
5. Disponibilizar para a população transporte
público de qualidade para que seja a primeira
opção em vez de veículos particulares que
aumentar o índice de poluição atmosférica;
licenças necessárias, o método para fiscalizar a
execução das obras e possíveis penalidades em caso de
UNIDADE 4 – Código de obras e normas da
descumprimento da lei.
ABNT referentes ao edifício
CONCEITUAÇÃO DE CÓDIGO DE OBRAS

OBJETIVOS: “O Código de Obras estabelece as normas, condições,


delega competências e regulamenta os procedimentos
• Apresentar a definição do Código de Obras,
administrativos e executivos, e fixa as regras gerais e
evidenciando conceito, usos e composição;
específicas a serem obedecidas no projeto,
• Abordar normas da ABNT referentes ao edifício,
licenciamento, execução, manutenção e utilização de
como a NBR 15575, sobre desempenho das
obras, edificações para o licenciamento e a execução
edificações, e a NBR 9050, sobre acessibilidade nas
das obras de construção, realizados por agente
edificações.
particular ou público, no município de Teresina.”
TÓPICOS DE ESTUDO Artigo 1º da Lei Complementar nº. 4.729/2015.

• Código de Obras No Código de Obras, em sua grande maioria, são


✓ Conceituação de Código de Obras apresentados quais os profissionais que estão
✓ Disposições gerais do Código de Obras legalmente habilitados para projetar e executar obras
✓ Dados levantados em pesquisas científicas dentro do Município, e que estes deverão ter seus
utilizando o Código de Obras registros nos órgãos específicos, tanto no CREA como
• Normas da ABNT referentes ao edifício no CAU dos seus respectivos estados, assim como
✓ Principais normas para construção civil; deverão estar matriculados no Município onde
✓ NBR 15575 e suas características; assinarão como responsáveis pelo projeto e/ou da
✓ NBR 9050 e suas características. obra.

DEFINIÇÕES EXISTENTES NO CÓDIGO DE OBRAS

CÓDIGO DE OBRAS Acréscimo: aumento da área da edificação tanto no


alinhamento horizontal, como vertical, sem que haja
Definição: estabelece normas para as construções demolição;
prediais na área urbana. Contém uma série de
limitações quanto às formas de ocupação dos lotes, Afastamento: distância entre duas construções de
aos coeficientes de aproveitamento do terreno, à um mesmo lote, ou entre uma construção e suas
altura das edificações, às condições de iluminação e divisas frontal, lateral e de fundos.
ventilação. Alicerce: é a base maciça da construção. É capaz de
No Código de Obras são definidos parâmetros e suportar toda a edificação e deve ser feito de
conceitos básicos de conforto ambiental, segurança, material que suporte todas as partes da edificação;
conservação de energia, salubridade e acessibilidade, Alinhamento: linha paralela entre o alinhamento do
com o intuito de proporcionar uma vida melhor para lote com o logradouro público;
todos os indivíduos das áreas urbanas e rural. É
considerado um instrumento facilitador para que a Altura da edificação: medida a partir do nível do
gestão municipal atue no controle e fiscalização do passeio público até a parte mais alta da edificação;
espaço já edificado ou que entre para construção, Alvará de licença para construção: documento que é
avaliando, também, todo ambiente ao seu redor, emitido pelo município, informando que determinada
podendo garantir toda segurança necessária e boas construção pode ser iniciada;
condições de higiene das edificações. Nele são
apresentadas diretrizes integradas a outros Área edificável: espaço do lote onde é permitido
instrumentos urbanísticos. construir conforme a legislação vigente;

O Código de Obras contém o funcionamento de todo Área total da edificação: somatório das áreas de
o procedimento para aprovação dos projetos, as todos os pavimentos. Deve ser apresentada no quadro
de áreas que está na prancha para aprovação na moradia para atender as classes sociais mais baixas.
prefeitura; É preciso que exista uma base sólida para o construtor
especificar as medidas mínimas para que cada
Área útil da construção: somatório de todas as áreas
cômodo seja acessível para todos os públicos.
utilizáveis de uma construção, onde devem ser
excluídas as paredes. OBJETIVOS DO CÓDIGO DE OBRAS – ASPECTOS
GERAIS
CONDIÇÕES PARA MATRÍCULA NO MUNICÍPIO

1. Requerimento do interessado; Validar a estrutura do


2. Apresentar carteira profissional expedida pelo crescimento urbano
órgão responsável (CREA ou CAU) de qualquer
Auxiliar na regulação do uso do
região;
solo
3. Apresentar prova de quitação com o ISSQN e Taxa
de Localização ou prova de inscrição no Cadastro Controlar a densidade do local
Fiscal da Prefeitura, quando for o caso.
Contribuir para a proteção do
DISPOSIÇÕES GERAIS DO CÓDIGO DE OBRAS
meio ambiente
Uma construção é iniciada somente após a aprovação
Possiiblitar espaços arejados e
do projeto na prefeitura do município e após a iluminados
liberação da licença para construir, tendo a
responsabilidade do profissional cadastrado e Facilitar o acesso de quaisquer
pessoas nas edificações
legalmente habilitado para a função. Todos os
projetos devem condizer com as leis de zoneamento, Determinar o tipo da ocupação
uso do solo e parcelamento do solo. permitida para a área edificada

Após a aprovação do projeto e a obra iniciada, Limitar a taxa de ocupação no


havendo necessidade de realizar alguma modificação lote
no projeto, ela deve ser comunicada junto à Indicar os afastamentos e recuos
prefeitura, para fins de registro e verificação da analisados em relação às divisas
conformidade com as normas. Apenas profissionais
Determinar a área máxima para
habilitados elaboram e executam projetos para o construir
município. A responsabilidade dos projetos, cálculos e
demais itens a serem apresentados, cabe aos seus Apresentar larguras mínimas de
corredores, escadas e rampas
respectivos autores.

Projetos e licenças: para qualquer edificação, reforma


ou ampliação do prédio, é necessária a apresentação
do projeto, indicando os elementos a serem retirados NORMAS DA ABNT REFERENTE AO EDIFÍCIO
ou inseridos. Ele deve ser assinado pelo proprietário e
pelos responsáveis pela obra. As normas da ABNT buscam implantar
determinantes de qualidade, melhorar desempenho e
Embargo: é a paralisação da obra após o proprietário a segurança de todos os trabalhadores nas diversas
receber uma notificação. áreas. As normas específicas para construção civil
DADOS LEVANTADOS EM PESQUISAS CIENTÍFICAS proporcionam informações importantes sobre a
UTILIZANDO O CÓDIGO DE OBRAS medição de determinados elementos, além de trazer
métodos para atividades específicas.
O Código de obras tem o objetivo de criar normas
técnicas para execução de diversos tipos de Normas Regulamentadoras (NR): criadas pelo
construções. Todavia, para a sua elaboração o Ministério do Trabalho, são obrigatórias e podem
município leva em conta as características do local, gerar embargos, multas e penalidades, sendo
os problemas já apresentados e a realidade de direcionadas para questões que envolvam a segurança
e a medicina do trabalho. Até o momento, existem 36
NR’s com diretrizes para os quesitos de segurança e para proporcionar segurança aos seus funcionários
saúde dos trabalhadores. enquanto em atividade. Desenvolve diretrizes no
âmbito administrativo, organizacional e de
Normas Brasileiras (NBR): criadas pela ABNT, buscam
planejamento. Seu objetivo é implementar sistemas
direcionar os profissionais da área da construção
para controlar e prevenir acidentes no ambiente de
civil sobre o uso correto dos produtos e a forma
trabalho da construção civil. A norma estabelece um
correta de executar os processos, além de contribuir
ponto importante sobre a qualificação dos
para a melhoria da qualidade das obras,
colaboradores envolvidos nas etapas da obra, como
minimizando os erros e demais problemas em suas
na operação dos equipamentos, na manutenção,
diversas etapas de construção. Sendo criadas por
entre outros.
uma entidade privada, que não visa lucro, elas não
são de exigência obrigatória. Porém, a opção pela NR 35: define e regulamenta o trabalho em altura,
utilização e a certificação das empresas melhoram a aponta quem pode realizar essa atividade e estabelece
sua reputação e possibilita maior segurança para a os requisitos mínimos e as medidas de proteção para
execução dos métodos e procedimentos. o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a
organização e a execução, de forma a garantir a
PRINCIPAIS NORMAS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos
Seguir as normas traz benefícios como diminuição do direta ou indiretamente com esta atividade.
tempo de trabalho e atendimento aos prazos
NBR 6136: estabelece os requisitos para produção e
descritos no cronograma de obra. Além disso,
aceitação de blocos vazados de concretos simples,
garantem a qualidade e proporcionam maior
destinados à execução de alvenaria com ou sem
segurança dentro de uma obra.
função estrutural. A norma estabelece os melhores
NR 4: estabelece a obrigatoriedade de contratação blocos em cada caso específico. Os blocos possuem
de profissionais da área de segurança e saúde no uma determinada classe e a norma identifica
trabalho de acordo com o número de empregados e a exatamente o melhor uso para cada classe.
natureza do risco da atividade econômica da
NBR 8949: orienta sobre o método de preparo e
empresa.
ensaio de paredes estruturais, que são feitas de tijolos,
NR 6: é norma especial, posto que regulamenta a blocos de concreto ou cerâmico. Aborda ainda a
execução do trabalho com uso de Equipamentos de preparação de graute e argamassa de assentamento.
Proteção Individual (EPI), sem estar condicionada a
NBR 12118: regramento para garantir a correta
setores ou atividades econômicas específicas.
realização de testes de qualidades em blocos de
Estabelece várias obrigações – tanto para o
concreto. Define métodos de ensaio para verificar a
empregador quanto para o empregado – todas com a
conformidade às exigências técnicas das peças
finalidade de preservar a segurança e o conforto em
(tamanho do bloco, aderência de água, resistência à
todos os postos de trabalho.
compressão, entre outros fatores).
NR 7: obrigatoriedade das empresas e instituições que
NBR 13531: seu objetivo principal é fixar as atividades
admitam trabalhadores elaborarem e
técnicas de projeto de arquitetura e engenharia
implementarem o PCMSO (Programa de Controle
exigidas para a construção de edifícios.
Médico de Saúde Ocupacional). O objetivo do
programa é a promoção e preservação da saúde do NBR 13532: norma complementar à NBR 13531,
conjunto de trabalhadores, independentemente da aborda a confecção dos projetos arquitetônicos,
quantidade de empregados. Visa contribuir para a regulando as condições exigidas para a construção de
preservação da saúde dos colaboradores da edificações, além de detalhar quais as informações
construção civil ao diagnosticar possíveis doenças de referência devem contar do projeto.
relacionadas ao trabalho, devendo tomar algumas
NBR 15575: norma que trata do desempenho de
atitudes para que tais doenças sejam evitadas.
edificações habitacionais e apresenta características
NR 8: rege as principais práticas que devem ser indispensáveis de uma obra para o consumidor, com
adotadas pelos empregadores da área de Edificações o objetivo de prezar pelo conforto, acessibilidade,
higiene, estabilidade, vida útil da construção, construtivo destinado a atender a uma função,
segurança estrutural e contra incêndios. independentemente da solução técnica adotada.
Para se atingir esta finalidade, na avaliação do
NBR 15575 E SUAS CARACTERÍSTICAS
desempenho é realizada uma investigação sistemática
A norma de desempenho demonstra grande baseada em métodos consistentes, capazes de
preocupação com a vida útil, o desempenho, a produzir uma interpretação objetiva sobre o
eficiência, a sustentabilidade e a manutenção das comportamento esperado do sistema nas condições
edificações. Ela garante que há um fator de de uso definidas.
qualidade entregue aos futuros compradores das
Durabilidade da edificação: a durabilidade do
edificações.
edifício e de seus sistemas é um requisito econômico
EXIGÊNCIAS ATENDIDAS PELA NBR 15575 do usuário, pois está diretamente associado ao custo
global do bem imóvel. A durabilidade de um produto
•Segurança estrutural; se extingue quando ele deixa de atender às funções
•Segurança contra o que lhe forem atribuídas, quer seja pela degradação
Segurança fogo;
que o conduz a um estado insatisfatório de
•Segurança no uso e na
desempenho, quer seja por obsolescência funcional. O
operação.
período de tempo compreendido entre o início de
•Estanqueidade; operação ou uso de um produto e o momento em que
•Desempenho térmico; o seu desempenho deixa de atender aos requisitos do
•Desempenho acústico; usuário preestabelecidos é denominado vida útil.
•Desempenho lumínico; Projetistas, construtores e incorporadores são
Habitabilidade •Saúde, higiene e responsáveis pelos valores teóricos de vida útil de
qualidade do ar; projeto que podem ser confirmados por meio de
•Funcionalidade e
atendimento às Normas Brasileiras, Internacionais
acessibilidade;
ou Regionais. Não obstante, não podem prever,
•Conforto tátil e
antropodinâmico. estimar ou se responsabilizar pelo valor atingido de
vida útil, uma vez que este depende de fatores fora de
•Durabilidade;
Sustentabilidade •Manutenibilidade; seu controle.
•Impacto ambiental. NBR 9050 E SUAS CARACTERÍSTICAS

Vida útil do projeto: de acordo com a NBR 15575, cabe A NBR 9050 estabelece critérios e parâmetros
ao projetista estabelecer a vida útil do projeto de técnicos a serem observados quanto ao projeto,
cada etapa que compõe a construção, devendo construção, instalação e adaptação do meio urbano
especificar os materiais utilizados, os produtos e rural, e de edificações às condições de
indicados e a forma de execução que atenda ao acessibilidade.
desempenho mínimo da norma.
Trata de questões que envolvam acessibilidade,
Manual de uso, operação e manutenção: é o conjunto mobiliário, espaços e equipamentos urbanos nas
de informações técnicas geradas durante o processo edificações, estabelecendo critérios quanto a
de projeto e execução que são sistematizadas em construção, instalação e adaptação das edificações e
forma de manual (NBR 14037). A responsabilidade de de todos os espaços e equipamentos urbanos de forma
elaboração é do incorporador ou construtor, e vai a torná-los acessíveis para todos.
nortear as intervenções do usuário. O usuário deve
Acessibilidade: possibilidade para ter acesso e
realizar a manutenção correta, de acordo com o
alcançar com segurança e autonomia todos os
manual, não podendo realizar alterações que venham
espaços da edificação, assim como os mobiliários,
a prejudicar o desempenho conforme especificado
equipamentos urbanos e demais itens. Condição de
pela construtora.
possibilidade para a transposição dos entraves que
Avaliação de desempenho: busca analisar a representam as barreiras para a efetiva participação
adequação ao uso de um sistema ou de um processo de pessoas nos vários âmbitos da vida social.
Acessível: todos os elementos que possam ser
alcançados, utilizados e vivenciados por qualquer
indivíduo, considerando as pessoas com mobilidade
reduzida. O espaço físico e de comunicação devem ter
acessos livres, sem interrupções.

Adaptável: espaço da edificação que pode se tornar


acessível.

Adaptado: espaço da edificação planejado para ser


acessível;

Área de aproximação: área sem obstáculos, de forma


que uma pessoa que utiliza cadeiras de rodas consiga
realizar as manobras necessárias (manobrar,
deslocar-se, aproximar-se e utilizar) para utilizar
determinado mobiliário com total autonomia e
segurança.

Área de resgate: área em que pessoas com


necessidades especiais devem aguardar o socorro das
equipes de salvamento, em caso de situações de
emergência. Nessa área deve haver um acesso
conduzindo para alguma saída, mantendo em
segurança os indivíduos com alguma deficiência ou
com mobilidade reduzida.

EXCEÇÕES À NBR 9050

• Não precisam ser acessíveis:


✓ Casa de máquinas;
✓ Áreas técnicas;
✓ Outras áreas com acesso restrito.
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL parcelamento complementam as de zoneamento e
SEGUNDO A “PESQUISA DE INFORMAÇÕES BÁSICAS devem ser estabelecidas pelos municípios.
MUNICIPAIS” DO IBGE.
Lei de Zoneamento: lei que define os possíveis usos de
Lei Orgânica Municipal: conjunto de leis básicas do solo em zonas determinadas do município. É de
município, obrigatório a partir da Constituição responsabilidade municipal e visa tornar as cidades
Federal de 1988. eficientes, pondo cada edificação, cada tipo de
atividade e cada grupo humano em um lugar próprio,
Plano de Governo ou Plano de Diretrizes criando zonas comerciais, zonas industriais, zonas
Governamentais: conjunto de objetivos e linhas gerais residenciais e especiais. Também estabelece gabaritos
de ação, expostos de forma a orientar o e limites volumétricos dos prédios.
desenvolvimento local e a melhorar as condições de
vida da população numa determinada gestão. Lei sobre Áreas de Interesse Especial: pode ser criada
em função da preservação ambiental, cultural,
Plano Plurianual de Investimentos: plano de ação paisagística ou do estabelecimento de um tipo
governamental que orienta os investimentos e específico de uso do solo, como de habitação de
compromissos de uma gestão. A Constituição interesse social.
determina que o Poder Executivo Municipal, durante
o primeiro ano de seu mandato, dê continuidade ao Legislação sobre Áreas de Interesse Social: tem como
plano existente e elabore um plano que vai vigorar objetivo a construção ou a preservação de habitações
durante os três anos restantes de seu governo e o populares.
primeiro ano do governo que lhe suceder. Código de Obras: estabelece normas para as
Lei de Diretrizes Orçamentárias: baseado no Plano construções prediais na área urbana. Contém uma
Plurianual, é detalhado a cada ano e define as série de limitações quanto às formas de ocupação dos
diretrizes que vão permitir a elaboração da Lei do lotes, aos coeficientes de aproveitamento do terreno,
Orçamento Anual. à altura das edificações, às condições de iluminação
e ventilação.
Lei do Orçamento Anual: instrumento através do qual
o município discrimina e projeta suas receitas e suas Código de Posturas: estabelece normas de convívio e
despesas, segundo as diretrizes traçadas em seu Plano formas de utilização dos espaços públicos e privados
de Governo e apresentadas na Lei de Diretrizes nas cidades. Constitui uma coleção de regras e
Orçamentárias. sanções, visando preservar o interesse coletivo acima
dos direitos individuais.
Plano Diretor: voltado para a orientação racional do
desenvolvimento físico da área urbana do município, Código de Vigilância Sanitária: estabelece normas
organizando o seu crescimento, estimulando e referentes à saúde pública. Pode conter normas
ordenando as principais atividades urbanas, como: relativas a condições higiênicas de estabelecimentos
habitação, indústria, comércio, serviços entre outras. comerciais, de condições de armazenamento e
conservação de alimentos em estabelecimentos
Lei do Perímetro Urbano: lei que define a área urbana comerciais e feiras livres e mesmo normas de conduta
do município. A fixação do perímetro urbano é de dos cidadãos relativas à disposição do lixo.
exclusiva competência municipal e serve tanto para
fins urbanísticos quanto tributários, pois apesar de Lei do Solo Criado: um instrumento que define um
algumas alterações os tributos na área rural são de limite de área para construção. O direito de
competência federal. O perímetro urbano também construção acima deste limite passa à coletividade,
indica o limite oficial entre as áreas urbanas e rurais. que poderá conceder licença para a construção
mediante o pagamento pelo proprietário de um
Lei do Parcelamento do Solo: lei que tem por objetivo determinado valor. O produto de venda do direito de
criar normas para loteamentos urbanos. Estabelece construção excedente ao limite estabelecido, deverá
diretrizes urbanísticas e de implantação de serviços ser utilizado no financiamento do desenvolvimento
públicos. As leis específicas de loteamento ou urbano ou de programas de construção de moradias
de interesse social.
IPTU Progressivo: instrumento utilizado para
estimular novas construções e contribuir para a
diminuição do déficit habitacional. Consiste no
estabelecimento de alíquotas progressivamente
maiores de imposto territorial de terrenos vazios,
onde não há construções, para desestimular a
retenção de terrenos ociosos por parte de seus
proprietários.

Operações Interligadas: permitem a obtenção de


exceções à legislação de zonamento, mediante a
doação à prefeitura de um certo número de
habitações de interesse social.

Operações urbanas: instrumentos de parceria


público/privado para promoção do desenvolvimento
urbano. Para realizar uma operação urbana, o poder
público municipal convoca por edital os interessados
para apresentar propostas para lotes ou quadras com
a aprovação condicionada a diretrizes urbanísticas
determinadas em lei específica e mediante
contrapartida. As propostas podem conter
solicitações quanto à utilização de parte do estoque
de área edificável para o uso e localização
pretendidos, à concessão de uso do espaço aéreo e
subterrâneo de áreas públicas. A contrapartida deve
ser paga pelo interessado através de doação de terras
ou de áreas construídas; a implantação de
infraestrutura, de sistema viário, de habitações de
interesse social ou de áreas verdes.

Transferência de Potencial Construtivo: instrumento


que se baseia na separação entre o direito de
propriedade e o direito de consumir. É um
instrumento utilizado quando os terrenos que
abrigam imóveis cujo preservação é considerada como
necessária, têm seu potencial construtivo transferido
para outras zonas da cidade.

Você também pode gostar