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1 – Todo município cuja área urbana tenha mais de Direito de superfície: o proprietário urbano poderá
20 mil habitantes; conceder a outrem o direito de superfície do seu
terreno (construir, plantar, usufruir etc.), por tempo
2 – Municípios de regiões metropolitanas;
determinado ou indeterminado, mediante escritura
3 – Municípios, independentemente da população, pública registrada no cartório de registro de imóveis.
que estejam em áreas de turismo;
Outorga onerosa do direito de construir (solo criado):
4 – Municípios que possam vir a ser afetados por o plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito
algum grande equipamento regional. de construir poderá ser exercido acima do coeficiente
de aproveitamento básico adotado, mediante
INSTRUMENTOS – cumprir a função social da contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. Os
propriedade recursos dessa contrapartida devem ser aplicados em
1 – Instrumentos de indução do desenvolvimento questões sociais da cidade, garantindo menos
urbano desigualdades e mais acesso aos bens e serviços
públicos.
2 – Instrumentos de regularização fundiária
Direito de preempção: confere ao poder público
3 – Instrumentos de democratização da gestão municipal preferência para aquisição de imóvel
urbana urbano objeto de alienação onerosa entre
particulares.
Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios ocupadas por população de baixa renda e habitação
(PEUC): lei municipal específica para área incluída no de interesse social.
plano diretor poderá determinar o parcelamento, a
edificação ou a utilização compulsórios do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
devendo fixar as condições e prazos para
Usucapião especial de imóvel urbano: aquele que
implementação da referida obrigação.
possuir como sua área ou edificação urbana de até
Consórcio imobiliário: o poder público municipal duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco
poderá facultar ao proprietário de área atingida anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-
pela obrigação do PEUC, a requerimento deste, o a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á
estabelecimento de consórcio imobiliário como forma o domínio, desde que não seja proprietário de outro
de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel urbano ou rural.
imóvel. É a forma de viabilização de planos de
Concessão de uso especial para fins de moradia
urbanização ou edificação por meio da qual o
(artigos vetados no Estatuto da Cidade): criado para
proprietário transfere ao poder público municipal seu
regularizar famílias morando de forma ilegal em
imóvel, e após a realização das obras, recebe, como
terras públicas. A prefeitura pode conceder a
pagamento, unidades imobiliárias devidamente
regularização coletiva a todos moradores como se a
urbanizadas ou edificadas.
ocupação fosse um condomínio pertencente a todos;
Imposto predial e territorial urbano progressivo: em ela também pode fazê-lo de forma individual.
caso de descumprimento das condições e dos prazos
ZEIS: parcela de área urbana instituída pelo plano
previstos pela obrigação do PEUC, ou não sendo
diretor ou definida por outra lei municipal,
cumpridas as etapas previstas se o empreendimento
destinada predominantemente à moradia de
for de grande porte, o município procederá a
população de baixa renda e sujeita a regras
aplicação do imposto sobre a propriedade predial e
específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo.
territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo,
Podem ser áreas já ocupadas por assentamentos
mediante a majoração da alíquota pelo prazo de
precários, e podem ser demarcadas sobre terrenos
cinco anos consecutivos.
vazios. No primeiro caso, visam flexibilizar normas e
Operações urbanas consorciadas: conjunto de padrões urbanísticos para, através de um plano
intervenções e medidas coordenadas pelo poder específico de urbanização, regularizar o
público municipal, com a participação dos assentamento. No caso de áreas vazias, o objetivo é
proprietários, moradores, usuários permanentes e aumentar a oferta de terrenos para habitação de
investidores privados, com o objetivo de alcançar em interesse social e reduzir seu custo.
uma área transformações urbanísticas estruturais,
melhorias sociais e a valorização ambiental.
INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO
Transferência do direito de construir: lei municipal,
URBANA
baseada no plano diretor, poderá autorizar o
proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a O Estatuto prevê mecanismos de gestão, participação
exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura e controle social do que o Poder Público está fazendo.
pública, o direito de construir previsto no plano
diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, Conselho de habitação e desenvolvimento urbano:
quando o referido imóvel for considerado necessário todo município que possui um Plano Diretor deve ter
para fins de: implantação de equipamentos urbanos o Conselho da Cidade, para discutir investimentos,
e comunitários; preservação, quando o imóvel for pensar em decisões de interesse comum e fiscalizar o
considerado de interesse histórico, ambiental, Poder Público. É formado por representantes diversos
paisagístico , social ou cultural; servir a programas de da sociedade que tenham participado da elaboração
regularização fundiária, urbanização de áreas do PD e entendam as legislações urbanas. É
consultivo, mas pode denunciar ao Ministério Público
improbidades administrativas por descumprimento à
lei do Plano Diretor.
ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA UM PLANO DIRETOR Lei Orgânica: é considerada a maior lei do município
PARTICIPATIVO e dita o funcionamento de uma ordem específica. São
normas que regulam a vida política na cidade, sempre
• Deve existir uma leitura técnica e comunitária de
respeitando a Constituição Federal e a Constituição
toda a cidade;
do Estado, sendo importante instrumento que ajuda
• Todos os eixos devem ser definidos, assim como os o poder público municipal a construir projetos ou leis
temas e objetivos do Plano Diretor; de interesse da população.
Código de Obras: é uma lei que estipula as normas O principal objetivo da LUOS é reordenar a cidade de
técnicas para a execução de qualquer tipo de forma planejada e organizada. Para isso, foi
construção. Nele, estão definidos os procedimentos necessário desenvolver um planejamento que pudesse
para aprovação de projetos, metodologia para atender a essas demandas relacionadas à habitação,
execução e fiscalização das obras, licenças para mobilidade, distinção das zonas tanto comercial
execução e penalidades para os casos de como residencial, trazendo, assim, uma maior
descumprimento da lei. qualidade de vida para todos daquele local.
Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo: é uma lei A LOUS tem um grande potencial de contribuição
municipal que estabelece regras e parâmetros para o para a preservação do meio ambiente, contribuindo
uso do solo. O zoneamento consiste em um para o desenvolvimento econômico, melhorando a
instrumento do planejamento urbano que se estrutura comercial, além de contribuir para uma
caracteriza pela busca da regularização do uso e cidade sustentável que respeite não somente as
ocupação do solo do espaço urbano. As leis de questões financeiras, mas que envolva todos os
zoneamento costumam limitar-se ao tipo de aspectos sociais de moradia e mobilidade urbana.
estrutura a ser construída no local. É, portanto, a lei
CLASSIFICAÇÃO DO USO DO SOLO
que define o uso do solo de cada região.
CIDADES SUSTENTÁVEIS
O Código de Obras contém o funcionamento de todo Área total da edificação: somatório das áreas de
o procedimento para aprovação dos projetos, as todos os pavimentos. Deve ser apresentada no quadro
de áreas que está na prancha para aprovação na moradia para atender as classes sociais mais baixas.
prefeitura; É preciso que exista uma base sólida para o construtor
especificar as medidas mínimas para que cada
Área útil da construção: somatório de todas as áreas
cômodo seja acessível para todos os públicos.
utilizáveis de uma construção, onde devem ser
excluídas as paredes. OBJETIVOS DO CÓDIGO DE OBRAS – ASPECTOS
GERAIS
CONDIÇÕES PARA MATRÍCULA NO MUNICÍPIO
Vida útil do projeto: de acordo com a NBR 15575, cabe A NBR 9050 estabelece critérios e parâmetros
ao projetista estabelecer a vida útil do projeto de técnicos a serem observados quanto ao projeto,
cada etapa que compõe a construção, devendo construção, instalação e adaptação do meio urbano
especificar os materiais utilizados, os produtos e rural, e de edificações às condições de
indicados e a forma de execução que atenda ao acessibilidade.
desempenho mínimo da norma.
Trata de questões que envolvam acessibilidade,
Manual de uso, operação e manutenção: é o conjunto mobiliário, espaços e equipamentos urbanos nas
de informações técnicas geradas durante o processo edificações, estabelecendo critérios quanto a
de projeto e execução que são sistematizadas em construção, instalação e adaptação das edificações e
forma de manual (NBR 14037). A responsabilidade de de todos os espaços e equipamentos urbanos de forma
elaboração é do incorporador ou construtor, e vai a torná-los acessíveis para todos.
nortear as intervenções do usuário. O usuário deve
Acessibilidade: possibilidade para ter acesso e
realizar a manutenção correta, de acordo com o
alcançar com segurança e autonomia todos os
manual, não podendo realizar alterações que venham
espaços da edificação, assim como os mobiliários,
a prejudicar o desempenho conforme especificado
equipamentos urbanos e demais itens. Condição de
pela construtora.
possibilidade para a transposição dos entraves que
Avaliação de desempenho: busca analisar a representam as barreiras para a efetiva participação
adequação ao uso de um sistema ou de um processo de pessoas nos vários âmbitos da vida social.
Acessível: todos os elementos que possam ser
alcançados, utilizados e vivenciados por qualquer
indivíduo, considerando as pessoas com mobilidade
reduzida. O espaço físico e de comunicação devem ter
acessos livres, sem interrupções.