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INTRODUÇÃO

A adolescência é uma transição no desenvolvimento entre a infância e a vida


adulta que impõe grandes mudanças físicas, cognitivas e psicossociais (PAPALIA,
2010 p.397). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) A faixa etária
considerada para adolescentes está entre 10 e 19 anos; enquanto a Organização
das Nações Unidas (ONU) entre 10 e 19 anos. No Brasil o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) considera a adolescência a faixa etária entre 12 a 18 anos
(EISENSTEIN, 2005). Entretanto a consideração cronológica, por si, não é suficiente
para definir este período por se tratar de uma construção social que dependente de
costumes e culturas locais. A adolescência é um período crítico em que o indivíduo
passa pela vivência de descobertas, afirmação da personalidade e individualidade
(CAVALCANTE, 2008, p.556)
A vulnerabilidade na adolescência decorre de vários fatores característicos
desta etapa incluindo o contexto cultural, social e econômico. (TRINDADE et al.
2014.p.1143). É comum adolescentes se exporem a muitos riscos, decorrente do
vislumbre e da possibilidade de poder e autocontrole sobre sua vida. Nesta fase
pode ocorrer o afastamento da família e a identificação a grupos de sua
semelhança; uma reorganização social que muitas vezes preocupa pais, educadores
e profissionais da saúde. (RESSEL et al. 2009. p. 553). A associação entre
juventude e vulnerabilidade decorre das condições de vida material, dificuldades de
acesso a oportunidades sociais e culturais, e fatores motivados pelo imaginário
social que deixam segmentos da juventude efetivamente mais expostos aos riscos
das grandes cidades e da violência estimulada, sobretudo, pela desigualdade social
do Brasil.(MALVASI, 2008, p.607). Entendendo que os profissionais de Enfermagem
podem atuar no processo da transformação social, surge a indagação inicial que
norteia este trabalho: quais as atuações do profissional de Enfermagem na atenção,
extra-hospitalar, a adolescentes em condições de vulnerabilidade?

OBJETIVO:
Este trabalho visa obter na literatura exemplos de atuações extra-hospitalares
do Enfermeiro, na atenção aos adolescentes em condições de vulnerabilidade, a
partir de uma revisão sistematizada da bibliografia nacional seguindo de uma análise
e discussão destas publicações.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo realizado a partir de revisão de
literatura de artigos científicos nas bases de dados Lilacs, Medline e Sciello, sites
governamentais e textos de livros especializados. Após a leitura e seleção daqueles
artigos que melhor atendem aos objetivos do estudo segue-se a elaboração de
fichamento bibliográfico e o desenvolvido do texto a partir de informações
atualizadas sobre o tema.

DESENVOLVIMENTO
Os Profissionais de Enfermagem que possivelmente praticam assistência a
adolescentes em condição de vulnerabilidade podem estar alocados em Programas
da Saúde da Família (PSF), Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher,
Criança e Adolescente, Epidemiologia, Vigilância em Saúde, CAPS I (Centro de
Atenção Psicossocial) CAPS AD (Centro de Atenção a usuários de Álcool e Drogas)
e Comunidade Terapêutica.
O enfoque de risco, em particular, na adolescência aparece fortemente
associado a repertórios expressos por: gravidez não planejada, aborto, risco ao
contrair o HIV, risco de uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas, risco de morte frente
à violência (BRÊTAS, 2010, p.92).

Citar casos: exemplos de atuações.

Resultados preliminares

Há poucos trabalhos que evidenciam especificamente a atenção a esta clientela.


Segundo GONÇALVES, (2007, p.591) ao estudar a atuação do Enfermeiro na
atenção ao usuário de álcool e outras drogas a grande maioria dos profissionais
atuava na perspectiva tradicional de atenção em saúde.

Os artigos selecionados
Fontes consultadas

BRÊTAS, J.R.S. Vulnerabilidade e adolescência. Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped.,


São Paulo. v.10, n.2, p. 92, 2010.

CAVALCANTE, M. B. de P. T; ALVES M. D. S.; BARROSO, M. G. T. Adolescência,


álcool e drogas: uma revisão na perspectiva da promoção da saúde. Esc. Anna
Nery, Rio de Janeiro , v. 12, n. 3, p.556,set. 2008.

EISENSTEIN E. Adolescência: definições, conceitos e critérios. Adolescência &


Saúde, Rio de Janeiro,v.2, n.2, jun.2005.

GONÇALVES, S.S.P.M., TAVARES, C.M.M., Atuação do Enfermeiro na atenção ao


usuário de álcool e outras drogas nos serviços extra-hospitalares. Esc. Anna Nery
Ver Enferm. Rio de Janeiro, v.11, n.4, p.591. 2007.

MALVASI, P. A. ONGs, vulnerabilidade juvenil e reconhecimento cultural: eficácia


simbólica e dilemas. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 12,n. 26,set. 2008.

PAPALIA, D.E., OLDS, S.W., FELDMAN, R.D. Desenvolvimento Físico e Cognitivo


na Adolescência. In _____. Desenvolvimento Humano.10.ed.Porto Alegre: AMGH,
2010. p.397.

RESSEL, L. B. et al . Representações culturais de saúde, doença e vulnerabilidade


sob a ótica de mulheres adolescentes. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3,
p.553set. 2009.

TRINDADE L.L, FERRAZ L., ZANATTA E.A. et al. Vulnerability in adolescence: the
perspective of nurses of the family health. J Nurs UFPE on line., Recife, v.8, n.5,
p.1143, May., 2014. Disponível em
file:///C:/Documents%20and%20Settings/Marcolino/Meus%20documentos/Download
s/5919-56185-1-PB.pdf . Acessos em 26 ago. 2014.

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