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Entendendo e interpretando
indicadores econômicos e
financeiros
Influência e métodos de índices
de inflação
Definição de inflação, principais teorias e
seus efeitos na economia e nas empresas
Bloco 1
Amaury José Alves Aranha
Vamos refletir?
Plano Verão:
O plano verão se mostrou monetarista,
criando a moeda cruzado novo, aumentando
os juros e controle dos gastos públicos.
Planos econômicos neoliberais
O Plano Collor se baseou em conceitos monetaristas para
explicar e conter a inflação e trabalhava com o conceito de
liquidez da economia, taxas de juros elevadas, diminuição da
liquidez da economia, reduzindo consumo e atuando sobre a
inflação.
Mas o meio inicial de desmonetização da economia foi
fazendo o sequestro e o bloqueio dos ativos financeiros.
Plano Collor:
Foi marcado pela política de privatização e bloqueio dos ativos financeiros
brasileiros, incluindo o da poupança. Bloqueou a liquidez da economia e
aumentou as taxas de juros como forma de conter o crescimento
inflacionário, cenário de inflação elevada que perdurou até 1996.
Plano Real:
Fase 2: ajuste dos preços relativos com a criação da unidade real de valor
(URV).
Bloco 2
Amaury José Alves Aranha
Método de Paasche para o cálculo de índice de
inflação, tabela base
Tabela 1 - Paasche
Bloco 3
Amaury José Alves Aranha
Índice de Fischer
Para calcular esse índice é preciso encontrar os resultados de
Laspeyres e Paasche. Os dois nos mesmos anos correntes e na
mesma data base.
Índice de Laspeyres
Tabela 3 – Índice de Laspeyres
20x0 (ano base) 20x1 20x2 (ano corrente)
Mercadoria
Preço Qtde Preço Qtde Preço Qtde
A 1,00 100 0,80 200 1,20 120
B 5,00 60 4,9 70 5,50 80
C 8,00 2 9,00 3 10,00 4
Fonte: elaborada pelo autor.
IL = [(1,20 *100) + (5.50 * 60) + (10,00 * 2) / (1,00*100) + (5,00 * 60) + (8,00 * 2)] * 100 - 100 =
IL = {(120 + 330 + 20) / (100 + 300 + 16)} * 100 - 100 =
IL = (470 / 416) * 100 - 100
IL = 1,1298 * 100 => IL = 112,98 => IL = 112,98 - 100 = 12,98 %
Índice de Paasche
Tabela 4 – Índice de Paasche
20x0 (ano base) 20x1 20x2 (ano corrente)
Mercadoria
Preço Qtde Preço Qtde Preço Qtde
A 1,00 100 0,80 200 1,20 120
B 5,00 60 4,9 70 5,50 80
C 8,00 2 9,00 3 10,00 4
Fonte: elaborada pelo autor.
Bloco 4
Amaury José Alves Aranha
Reflita sobre a seguinte situação
A correção integral de balanços foi implementada
oficialmente pela “Instrução CVM n. 64, de 19 de maio de
1987” em conjunto com o Instituto Brasileiro de Contadores
(IBRACON), voltados para empresas Sociedades Anônimas.
Oficialmente a elaboração de demonstrativos contábeis com
essas regras foram extintas no Plano Real.
Mas com inflação baixa ou em elevação é preciso analisar com
diligência o comportamento econômico e financeiro das
empresas, e compreender o crescimento real ou não entre
exercícios sociais, conta do ativo, conta do passivo, conta do
patrimônio líquido e conta do demonstrativo do resultado do
exercício.
Reflita sobre a seguinte situação
Neste tópico serão comparados dois exercícios sociais de uma empresa hipotética;
Os exercícios sociais estão denominados como: 31-12-20x1 com 31-12-20x2;
O exercício social de 31-12-20x1 será definido como base 100, significando que todos os anos
posteriores deverão ter seus valores monetários descapitalizados por uma taxa inflacionária
com o objetivo de serem comparadas em termos reais com este exercício social.
Um exemplo seria a Receita Operacional Bruta de 31-12-20x2, descapitalizada por uma taxa
de inflação, e trazer esta Receita aos preços de 31-12-20x1:
ROB 31-12-20X1 = $ 100.000,00 (BASE 100)
ROB 31-12-20X2 = $ 100.000,00 (deverá ser descapitalizado aos preços de 31-12-20X1).
Inflação do Período: 10 %
Fórmula: Valor Preços (VPbase 100) 31-12-20x1 = (Valores 31-12-20x2) / (1 + i)
Resultado: VPbase 100 = 100.000,00 / 1,10 = Resultado = 90.909,09
Significado Análise Horizontal (AH): 31-12-20x2 reduziu em relação a 31-12-20x1 em 9,09%,
significando redução real no faturamento em relação à base.
Fórmula: ((ROB 31-12-20X2 / ROB 31-12-20X1) x 100) – 100 =
Resultado: ((90.909,09 / 100.000,00) x 100) – 100 = 9,09%
Norte para a resolução
DRE - Demonstrativo do Ano 20x1 Moeda Ano 20x2 Moeda Ano 20x2 Correção
Resultado do Exercício Fucional Fucional integral AH %
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(ROB) R$ 340.000,00 R$ 380.000,00 R$ 345.454,55 1,60
(-) Impostos Incidentes sobre o
Faturamento -R$ 34.000,00 -R$ 38.000,00 -R$ 34.545,45 1,60
(=) Receita Operacional Líquida R$ 306.000,00 R$ 342.000,00 R$ 310.909,09 1,60
(-) Custo da Mercadoria Vendida -R$ 170.000,00 -R$ 190.000,00 -R$ 172.727,27 1,60
(=) Lucro Bruto R$ 136.000,00 R$ 152.000,00 R$ 138.181,82 1,60
(-) Despesas Administrativas -R$ 76.000,00 -R$ 70.000,00 -R$ 63.636,36 -16,27
(-) Despesas de Vendas -R$ 30.000,00 -R$ 30.000,00 -R$ 27.272,73 -9,09
(=) Lucro Operacional R$ 30.000,00 R$ 52.000,00 R$ 47.272,73 57,58
(-) Imposto de Renda e
Contrib.Social -R$ 5.000,00 -R$ 7.000,00 -R$ 6.363,64 27,27
(=) Lucro Líquido R$ 25.000,00 R$ 45.000,00 R$ 40.909,09 63,64
Fonte: elaborada pelo autor.
Influência e métodos de índices
de inflação
Dicas do(a) Professor(a)
Bloco 5
Amaury José Alves Aranha
Leitura Fundamental
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login
por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites
acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação de leitura 1
Este artigo apresentará como de forma ortodoxa foi pensado
academicamente medidas de combate à inflação que se
contrapuseram aos planos econômicos anteriores de combate
à inflação denominados heterodoxos.
O Plano Collor, conforme apontado no artigo foi “uma das
mais drásticas intervenções do Estado na economia do Brasil”.
Referência:
CARVALHO, C. E. As origens e a gênese do Plano Collor. Economia e Sociedade
Brasileiras, v. 16, n. 1, abr. 2006. Scielo, 2006.
Indicação de leitura 2
Este artigo evidencia as características multidimensionais do
Plano Real e as ações estratégicas para fazer frente à
hiperinflação baseando-se em conceitos neoliberais, em
contraposição ao estado desenvolvimentista e o
fortalecimento da ideologia liberal, para fazer frente ao
descontrole econômico e a hiperinflação.
Referência:
IANONI, M. Políticas públicas e estado: Plano Real. Lua Nova, São Paulo, p. 143-
183, 2009.
Dica do(a) Professor(a)
Inflação não é atemporal e desorganiza a economia além de
dificultar o planejamento de longo prazo, o vídeo de
Humberto Matos que pode ser encontrado no YouTube,
denominado de Monetaristas versus Estruturalistas, levanta a
importância da atenção à inflação.
Referências
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
BRASIL. Parecer de Orientação CVM N. 14, de 14 de dezembro de 1987. Disponível
em: https://conteudo.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/pareceres-
orientacao/anexos/pare014.pdf. Acesso em: 22 jan. 2023.
CASTELLS, M. Outra economia é possível: cultura e economia em tempos de crise.
Rio de Janeiro, ed. Zahar, 2019.
FEIJÓ, C. A. et al. Contabilidade Social – Referência atualizada das contas nacionais
no Brasil. 5. ed. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier (Atlas), 2017.
MCGUIGAN J. R.; MOYER R. C. Economia Empresarial. Trad . 13. ed. São Paulo:
Cengage Learnig, 2018.
MANKWIN, N. G. Introdução à economia. 6. ed. São Paulo: Cengage, 2014.
MOCHÓN, F. Princípios de Economia. Ed. Pearson, São Paulo, 2006.
Referências
RASMUSSEN, U. W. Economia para não economistas: a desmistificação das teorias
econômicas. São Paulo: Saraiva, 2006.
SILVA, C. R. L.; LUIZ, S. Economias e mercados: introdução à economia. 19. ed. São
Paulo: Saraiva, 2010.
SILVA, J. P. Análise Financeira das Empresas. 13. ed. São Paulo: Editora Cengage,
2016.
VASCONCELLOS, M. A. S.; PINHO, D. B. (orgs.) Manual da economia. 6. ed. São
Paulo: Saraiva, 2013.
Bons estudos!