A advocacia é uma das primeiras profissões a se preocupar com
sua ética profissional. Concebia-se ética, àquela altura, como a parte da filosofia disciplinadora da moralidade dos atos humanos. Para Rafael Bielsa, “o atributo do advogado é sua moral. É o substrato da profissão. A advocacia é um sacerdócio; a reputação do advogado se mede por seu talento e por sua moral”. “A ética profissional do advogado consiste, portanto, na persistente aspiração de amoldar sua conduta, sua vida, aos princípios básicos dos valores culturais de sua missão e seus fins, em todas as esferas de suas atividades”. O codificador da ética profissional dos advogados entendeu ser conveniente a enunciação dos vários preceitos aplicáveis à categoria. “Os cânones de ética profissional justificam-se por si mesmos. A adoção de regras positivadas num ordenamento propicia ao profissional condições de balizar a própria conduta diante das exigências morais, constituindo-se em parâmetro valioso de atuação. Vive-se um momento trágico nas carreiras jurídicas. A síntese dos deveres desses profissionais, considerados pelo constituinte como essenciais à administração da justiça. O rol dos deveres e vedações foram substancialmente alterados, para incluir a tópica dos episódios que chegaram à apreciação dos Tribunais de Ética e Disciplina da OAB.
7.2. Deveres para consigo mesmo:
Quem procura um advogado está quase sempre em situação de
angústia e desespero. Quem escolhe a profissão de advogado deve ser probo. A probidade, ao invocar o magistério de João Monteiro, completa que o primeiro dever do advogado é “ser probo, diligente, delicado e discreto”. O domínio do idioma constitui empreitada complexa e reclama incessante empenho de qualquer profissional, para o advogado essa obrigação é enfatizada. No momento em que se constata a existência de imensa percentagem de analfabetos funcionais a cursar direito, fica difícil acreditar que haja recuperação próxima dos níveis de utilização do português. O processo de globalização em que todos se encontram submersos impõe ainda proficiência ao menos em mais um idioma. Para o brasileiro, o inglês serve como língua universal, qual o esperanto. Quem não lê e não escreve, não tem condições de pensar. Todos merecem igual proteção da justiça, e, se o advogado é essencial à administração dela, deverá se comportar de idêntica forma em todos os feitos em que atuar. O advento das novas tecnologias faz com que o advogado também tenha desenvoltura na utilização da Internet, das infovias, das redes e de todo o acervo posto à disposição do direito nesta era. A Justiça convencional só poderá tornar-se o serviço público eficiente que dela se requer se houver familiaridade do profissional com suas técnicas. O único óbice é permitir que as informações impliquem na oferta de serviços ou representem forma de captação de clientela. Postula a ética advocatícia que o advogado, quando nomeado, conveniado ou dativo, desempenhe suas funções com o mesmo zelo com que as exerce na condição de contratado.
7.3. Das relações com o cliente:
O advogado está, em primeiro lugar, a serviço da Justiça, mas, direta e secundariamente, a serviço de quem o constitui. O primeiro dever posto pelo Código de Ética é informar o cliente, de forma clara e inequívoca, em relação aos eventuais riscos da sua pretensão e das consequências que poderão advir da demanda. Pode-se pensar que o advogado, por depender de trabalho, deverá estimular quem o procure a iniciar um processo judicial. Muitas vezes isso é de fato necessário. Ninguém pode ser aconselhado a desistir da defesa de seus direitos. O advogado não pode garantir ao cliente que o seu direito será reconhecido e, se o for, na plenitude pretendida. E esse dever da verdade há de ser conciliado com o dever de aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial e estimular a conciliação e a mediação entre os litigantes, evitando, sempre que possível, a instauração de litígios, conforme já examinado.
A pessoa que se considera injustiçada não percebe o quão
cansativo é, para o profissional, ouvir relatos minuciosos, plenos de detalhes insignificantes. Ela perde a noção das conveniências. Torna-se muitas vezes irritante. O advogado também pode renunciar ao patrocínio independentemente de motivo, responsabilizando-se por eventuais danos causados a clientes ou terceiros. Em tempos de “Lava Jato”, quando se respira no ar brasílico uma ira que alguns consideram saudável, outros excessiva, paira uma dúvida sobre a defesa propiciada a denunciados de terem perpetrado infrações de verdadeira lesa pátria.
7.4. Do sigilo profissional:
O cliente não deveria guardar reserva alguma para com seu
advogado. Ao contrário, precisaria confiar plenamente nele. Afinal, o escolheu. Sabe que o sigilo profissional é inerente à profissão e o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. Indispensável para a sua defesa e exibir no caso os documentos que aquele lhe haja confiado”. De qualquer forma, a revelação sempre estará restrita ao interesse da causa. Interessante a questão sobre a quebra do sigilo telefônico do advogado. Já se decidiu que “a quebra de sigilo telefônico é medida extrema e excepcionalíssima, que só deve ser adotada quando fica demonstrada a sua indispensabilidade e de modo a não ofender as prerrogativas do profissional do direito, com as cautelas necessárias.
As confidências que este fizer ao advogado só podem ser
utilizadas no limite da necessidade da defesa e desde que autorizado pelo constituinte. Mesmo as comunicações epistolares – aqui incluídas as transmitidas por telegrama, telex, fac-símile ou por qualquer outro meio eletrônico ou informatizado – entre advogado e cliente são consideradas confidenciais. Em regra, os processos são públicos e qualquer advogado tem acesso às suas peças. Sigilo absoluto é uma utopia. Principalmente quando a desenvoltura dos hackers invade qualquer casamata protetiva de informações. A previsão do sigilo está sempre na teleologia, na ordem do dever ser, que é um dos pilares dogmáticos da ciência jurídica. Todavia, “em casos imperiosos, o sigilo profissional poderá ser flexibilizado sem que haja configuração de infração ética, afinal, seria inadmissível o direito de defesa do profissional que esteja injustamente sendo acusado, ser tolhido ou diminuído em relação aos demais cidadãos, em razão de preceitos éticos absolutos”.
7.5. Da publicidade:
A sociedade de massa, também considerada a sociedade da
informação e da comunicação, fortaleceu os meios de divulgação das profissões. Em relação à advocacia, é necessária uma postura prudencial. A contratação do causídico está sempre vinculada à ameaça ou efetiva lesão de um bem da vida do constituinte. Ele precisa de um profissional que atue tecnicamente, mas em quem confie suficientemente para entregar a ele informações íntimas sobre a família, bens e haveres, honra e deslizes. Entre essas, práticas afrontosas da ética, da administração, do direito civil e do direito criminal. Não está o advogado proibido de anunciar os seus serviços. Mas precisa fazê-lo com discrição e moderação. Os escritórios podem se utilizar de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes da discrição e sobriedade, evitando-se captação de clientela ou mercantilização da profissão. É óbvio que a presença contínua nos jornais físicos ou eletrônicos induz o leitor que aprecia as manifestações do advogado a procurá-lo se necessitar. O Código torna admissíveis o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico. Seria interessante que os grandes escritórios se valessem dessa prerrogativa para alavancar iniciativas culturais que viessem a contribuir para o aprimoramento da cidadania. O reconhecimento espontâneo nem sempre surge. Mas quando é provocado pelo próprio interessado, não deveria revestir valor algum. Apenas serviria a refletir, melancolicamente, a vulnerabilidade do ser humano vaidoso. O advogado que convida clientes, por meio de mala direta, com exaltação do escritório e de seus merecimentos, transgrede regras básicas de discrição e moderação e incorre na inculcação ou captação desleal de clientela, vedadas expressamente pelo Código de Ética e Disciplina da OAB. Deve prevalecer o bom senso, o bom gosto, a moderação, a elegância. Propaganda agressiva pode até sugerir ao destinatário que a qualidade dos préstimos profissionais deixa a desejar.
7.6. Dos honorários profissionais:
O advogado é um profissional que trabalha e precisa receber por
seus préstimos. “Não há critérios definitivos que possam delimitar a fixação dos honorários advocatícios, porque flutuam em função de vários fatores, alguns de forte densidade subjetiva, tais como o prestígio profissional, a qualificação, a reputação na comunidade, o tempo de experiência, a titulação acadêmica, a dificuldade da matéria, os recursos do cliente, o valor da demanda etc. A missão do advogado não consiste na venda dos seus conhecimentos, por um preço chamado honorários, senão na luta diária pela atuação da justiça nas relações humanas! Esta missão não tem equivalente pecuniário e, por ela, a remuneração que se paga não é o preço da paz que se procura, senão o das necessidades de quem se consagra a tal nobre forma de vida”. Os honorários de sucumbência, devidos a quem perde a causa, não excluem os valores contratados. No acerto final hão de ser levados em conta, tendo sempre presente o que se ajustou na aceitação da causa. Não é conveniente que o advogado faça compensação ou desconto dos honorários com os valores que devam ser entregues ao constituinte. É comum que a parte, depois de resolvido o problema, considere singela a sua causa e exagerada a pretensão remuneratória do advogado. O Código de Ética e Disciplina teve de prever que todo advogado deverá observar o valor mínimo, inclusive aquele referente às diligências do Oficial de Justiça, sob pena de se caracterizar o aviltamento de honorários. O advogado vive dessa remuneração. Muitos deles são, na verdade, assalariados, de onde não advém desonra alguma. Já no início do século passado observava Alcântara Machado: “Repugna a certos espíritos a equiparação dos opera libera-lhes aos serviços manuais, e há quem não se conforme com a ideia de constituírem ofícios mercenários as profissões de cunho intelectual. Os Tribunais de Ética enfrentaram inúmeras questões derivadas de desentendimento entre o cliente e o advogado contratado. Muitas delas têm pertinência com a cobrança de honorários
7.7. Relações com os colegas:
O Código de Ética e Disciplina da OAB de 1995 dedicava apenas
um dispositivo para as relações do advogado com os colegas, que estão colocados ao lado do público, autoridades e funcionários do juízo. Esse preceito abrigava o dever de o advogado tratar todas essas pessoas com respeito, discrição e independência, exigindo igual tratamento e zelando pelas prerrogativas a que tem direito. A crônica das decisões dos Tribunais de Ética e também a jurisprudência em várias Justiças impôs a edição de um dispositivo de eloquência autoexplicativa: “No caso de ofensa à honra do advogado ou à imagem da instituição, adotar-se-ão as medidas cabíveis, instaurando- se processo ético-disciplinar e dando-se ciência às autoridades competentes para apuração de eventual ilícito penal”. Os advogados não devem competir entre si, menos ainda se referir desairosamente à atuação do colega. Nesse ponto, era mais preciso o Código de Ética do Instituto dos Advogados de São Paulo, cujo art. 50 dispunha: “Devem os advogados observar, na discussão dos pleitos, a mais perfeita cortesia e urbanidade, abstendo-se de alusões à vida privada ou a peculiaridades do patrono adverso, bem como de tudo quanto possa distrair o debate para o terreno pessoal”.
7.8. Relações com o juiz:
O advogado não pode perder de vista que o juiz é responsável
por milhares de processos, não se resumindo a impulsionar e a decidir aquele de seu interesse. Nem sempre o juiz é o culpado único pela lentidão do Judiciário, chaga contra a qual pouco se tem feito de efetivo. Não existe hierarquia entre juiz, promotor e advogado. Isso não significa estar o advogado liberado de se portar de maneira respeitosa em relação ao titular da função estatal de dizer o direito. Com a implementação do processo eletrônico, tudo fica ainda mais artificial. Mensagens chegam nas telas e são estas que recebem a resposta judicial. O acúmulo de processos, quantos deles repetitivos, mas que demandam estudo porque pode existir uma ínfima fímbria de distinção em cotejo com outros similares, mas não inteiramente idênticos, faz com que o juiz prescinda da presença física do advogado. Este, quando insiste em conversar, em entregar o memorial, em “esclarecer pontos duvidosos” naquilo que a Magistratura chama de “sustentação auricular privativa”, gera não pouco desconforto. A advocacia brasileira tem sido sempre lhana com a magistratura, como que atenta à antiga peroração de Pedro Lessa: “Tratai bem os juízes, tendo sempre em mente as contínuas injustiças com que eles são julgados, devido às paixões e aos interesses contrariados pelas sentenças, e a leviandade e precipitações que presidem as apreciações dos interessados”. A severidade para com os juízes procede antes da mídia do que dos advogados, agora talvez desavisados da continuidade da recomendação: “Mas, quando verificadas com segurança, com o espírito perfeitamente isento de todos os elementos subjetivos que perturbam a exata visão da realidade, que as suas decisões foram inspiradas pela amizade, pela gratidão, pela vingança, pelo ódio, pelo interesse ou pela subserviência aos poderes, zurzi-os desapiedadamente, sede implacáveis, sede cruéis, por amor à Justiça”. Da mesma forma, os advogados familiares de juízes devem se abster de propalar a condição, seja com vistas a evitar a ideia de que estejam a captar clientela ou a se imporem perante os demais magistrados, seja para não causarem constrangimento aos próprios familiares invocados. Houve um tempo em que o juiz era tão próximo ao advogado que não hesitava em solicitar a ele para que servisse como ad hoc em algumas audiências ou se encarregasse do patrocínio de causas dos desvalidos sem condições de custear um profissional da postulação.
7.9. Relações com o Ministério Público:
Entre as instituições brasileiras, aquela que mais se desenvolveu
neste século foi o Ministério Público. Também considerada essencial à administração da justiça, a instituição viu suas atribuições dilatadas pelo constituinte. Tornou-se responsável por parcela imensa de direitos difusos, coletivos e homogêneos e ocupou espaço considerável na cena judicial. Tornou-se a instituição mais poderosa e a mais temida na República. O promotor de justiça merece o mesmo respeito devotado ao juiz e a tais operadores a advocacia deve idêntica postura de consideração. O advogado, não raro, tem no Ministério Público parceiro qualificado, auxiliando com argumentos tecnicamente consistentes o seu pleito. O advogado não deve se imbuir do mesmo espírito das partes que represente no processo – grandes infratores ambientais ou os notórios ímprobos – e deve manter um tratamento lhano, respeitoso, polido e cordial. Civilizado, enfim, com o Ministério Público. Laborar tecnicamente, acreditando que alguém, em alguma das instâncias e num dos atalhos das vicissitudes a que os jurisdicionados estão sujeitos, venha a ler, a refletir e a considerar sua argumentação.
7.10. Relações com a polícia:
A sabedoria popular caracteriza com algum menoscabo a figura
do advogado de porta de cadeia. O relacionamento da advocacia com a polícia precisa se pautar por parâmetros éticos também irrepreensíveis, para resgate da imagem dessa instituição e preservação do prestígio dos causídicos especializados em processo criminal. O advogado tem o dever de libertar seu patrocinado, fazendo-o mediante recurso aos instrumentos previstos na lei, assim como tem o dever de reagir juridicamente contra quem lhe solicite ou sugira atuar de forma não condigna com o seu parâmetro ético. Não existe possibilidade de redução de nível de uma sem que a outra também venha com isso a perder. Os policiais militares são recrutados mediante seleção que leva em conta não apenas os atributos físicos, mas os intelectuais.
7.11. Relações com os:
O perito é um profissional sempre necessário à realização da
justiça. Na era da especialização e do aprofundamento científico em áreas cada vez mais reduzidas do conhecimento, especialistas em determinados campos precisam ser chamados para esclarecer o juiz. O advogado nunca deve procurar o perito do juízo, tentando com isso obter laudo favorável às suas pretensões. Toda proposta de auxílio deverá ser feita mediante petição despachada pelo juízo e inserta nos autos, para conhecimento da parte adversa. Nem deve converter o seu assistente técnico em profissional que, no afã de satisfazer quem o remunera, deixa de lado o caráter científico do trabalho para se converter em mera peça de persuasão judicial.
7.12. Relações com os cartorários:
O servidor da justiça – notadamente o da esquecida Justiça
Estadual, a mais ampla das Justiças – é um funcionário público hoje mal remunerado, desestimulado pela ausência de uma carreira racional e ainda designado cartorário, o que não é pouco num país em que cartório e cartorialismo passaram a revestir significado pejorativo. A massificação do Judiciário, a criação de inúmeras novas unidades judiciais e o crescimento vegetativo do quadro funcional mudaram os atributos do pessoal recrutado O funcionário a que se confere um trato humano e digno portar-se-á também humana e dignamente. Nem se mencione a falta ética – resvalando até para o campo da criminalidade
7.13. Relação do advogado com o estagiário:
O advogado que aceitar estagiário assume a responsabilidade de
ser um formador do futuro colega. Tem de ter paciência para esclarecer suas dúvidas, aceitar seus erros ou equívocos. Saber que o início é difícil para todos. Os estagiários pertencem à geração Y, aquela que já nasceu com chip e tem inegável desenvoltura para o manejo da informática, da eletrônica, da cibernética, da telemática e de tudo aquilo que ciência e tecnologia nos propiciam. Em inúmeros escritórios, são os estagiários que ensinam os advogados seniores a se servirem com proficiência dos aplicativos, das funcionalidades dos mobiles, do uso inteligente de tudo aquilo que transformou a nossa vida e que transformará ainda mais, pois irreversivelmente mergulhados nesta era mágica e surpreendente.
7.14. A punição do advogado faltoso:
O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete
exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal. O poder disciplinar se fundamenta na teoria da instituição. O processo disciplinar se instaura de ofício ou mediante representação – não anônima – de interessado. É nomeado um relator que pode propor arquivamento sumário da representação, quando desconstituída dos pressupostos de admissibilidade. Essa possibilidade era prevista para a hipótese em que o infrator primário, dentro do prazo de 120 dias, passasse a frequentar e concluísse, comprovadamente, curso, simpósio, seminário ou atividade equivalente sobre Ética Profissional do Advogado, realizado por entidade de notória idoneidade. O comportamento moralmente idôneo é uma prática a ser continuamente estimulada. Converter ao ideário ético todos os profissionais deve ser o objetivo da pregação deontológica. Os deveres éticos consignados no Código não são recomendações de bom comportamento, mas normas jurídicas dotadas de obrigatoriedade que devem ser cumpridas com rigor, sob pena de cometimento de infração disciplinar punível com a sanção de censura (art. 36 do EOAB) se outra mais grave não for aplicável. Portanto, as regras deontológicas são regras providas de força normativa; a lei (o Estatuto), o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina e os provimentos são suas fontes positivas, às quais se agregam, como fontes secundárias, a tradição, a interpretação jurisprudencial e administrativa, a doutrina, os costumes profissionais”.