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DEVERES:

ART 88 (INTEGRIDADE) + 89
(INDEPENDÊNCIA): DEVERES GERAIS

ART 90º: PARA COM A COMUNIDADE

ART 91º: PARA COM A ORDEM DOS


ADVOGADOS

ART 95º: DEVER GERAL DE URBANIDADE

ART 97 + 98 + 99 + 100 º: DEVERES NAS


RELAÇÕES COM OS CLIENTES

108: DEVERES NAS RELAÇÕES COM O


TRIBUNAL
111º + 112º + 113º DEVERES PARA COM
OUTROS ADVOGADOS

114º + 115º + 130º : INFRAÇÃO


DISCIPLINAR ( VIOLAÇÃO DE DEVERES
DEONTOLÓGICOS.)
PRINCIPIOS GERAIS:
 
 
 
88º: INTEGRIDADE:

88 Nº1: comportamento público e profissional adequado


à dignidade e responsabilidades da função que exerce

cumprindo   deveres  consignados  no  presente  Estatuto  e  todos  aqueles  que  


a  lei,  os  usos,  costumes  e  tradições  profissionais  lhe  impõem.  

Há também usos, costumes e tradições da profissão


de Advogado, não escritos na lei, e que devem ser
levados em consideração, designadamente:

“Em   assunto   que   requeira   a   realização   de   um   ou   mais   encontros   entre  


Advogados,   o   de   inscrição   mais   recente   deve   prestar-­‐se   a   efectuar   o  
primeiro  encontro  no  escritório  do  Advogado  mais  antigo”  

“Advogado   mais   antigo   deve   decidir   se   é   necessário   efectuar  


determinado  acordo  pessoalmente,  ou  se  não  o  é  

“O   Advogado,   que   tem   direito   de   orar   sentado,   deve   levantar-­‐se   ao  


aparecimento   dos   magistrados,   devidamente   paramentados,   na   sala   de  
audiências”  

O   Advogado   deve   portar   o   seu   traje   profissional   e   insígnias   nas  


cerimónias  em  que  a  Ordem  dos  Advogados  o  ordenar  

O  Advogado  titular  do  direito  ao  uso  de  insígnias  não  as  deve  ostentar  no  
exercício   da   actividade   profissional,   especialmente,   se   defronta   Colega  
que  não  tenha  tal  direito  

A violação dos usos, costumes e tradições profissionais,


porque fundamentados em normas jurídicas e por
constituírem fonte de direito para a Ordem dos Advogados,
faz incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar
(arts. 114. e 115. do EOA).
88 Nº2 - A honestidade, probidade, rectidão,
lealdade, cortesia e sinceridade são obrigações
profissionais.

! Um adv que não seja honesto ou que seja descortês (adv que tratam
mal os funcionários na secretaria judicial) viola o art. 88º

! O adv aditou uma data e uma h,. Isso é um comportamento


honesto? Não. Crime de falsificação de documentos.

! Dever de probidade – art. 88º do EOA; ser integro; ser


merecedor de confiança.

• art. 177 a 179 + 188 nº5 - processo de averiguação da

iNIDONEIDADE "desencadeado para ver se é inidóneo (NÃO SERVE).

• PRENDE-SE COM O DEVER DE INTEGRIDADE OU PROBIDADE, pelo


qual o advogado deve ter um comportamento PÚBLICO E
PROFISSONAL ADEQUADO À DIGNIDADE E RESPONSABILIDADE DA
FUNÇÃO.

• 177º: OBRIGATORIEDADE DE INSTAURAÇÃO DE PROCESSO:


• - Condenação por crime gravemente desonroso
• - Falsas declarações quanto a incompatibilidades

• - Condenação disciplinar por reiterado e grave


incumprimento de deveres profissionais

• não é um processo disciplinar, mas sim um processo de


natureza administrativa,

o Por outro lado, há uma garantia fundamental: para


evitar erros de qualificação e algum pendor excessivo da
sensibilidade da pessoa, a deliberação que declara a FALTA
DE idoneidade, só se torna eficaz com maioria de 2/3 dos
membros do conselho (e não dos membros presentes no
conselho).

o Estes processos terminam com uma decisão: ou se


considera a pessoa inidónea (não serve) ou não inidónea

o CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
NOTA:

! O adv tem de ter o comportamento publico adequado à


dignidade e responsabilidades da função que exerce.
Aqui trata-se do comportamento extra profissão, na vida
privada.

! Não podem ter comportamentos que possam ser ilegais,


contraordenacionais.

! comportamento escandaloso que se repercuta na


profissão. Não é ser apanhado bêbado uma vez.

! comportamentos isolados, não são limitadores da sua função.

! Os actos da vida privada do Advogado só podem provocar a


reacção do poder disciplinar da Ordem dos Advogados quando
forem escandalosos, impliquem a desconsideração pública,
enodoem o carácter de quem as pratique e sejam susceptíveis de
lesar o bom nome da Ordem.
 

O   Advogado   e   o   Advogado   estagiário   estão,   portanto,   sujeitos   a   um  


conjunto   de   deveres   deontológicos   previstos   no   EOA,   e,   no   seu  
pressuposto  devem  exercer  a  sua  actividade:  
# de  forma  integra  (art.  88º)  

#  independente  (art.  89º),  

# de  modo  a  manter  a  confiança  do  cliente  (art.  97º)  

# e  a  salvaguardar  o  segredo  profissional  (art.  92º)  


Artigo 89º + Pontos 2.1, 2.5-1 e 3.2-2 CDAE

Independência
devendo agir livre de qualquer pressão, especialmente a que
resulte dos seus próprios interesses ou de influências
exteriores,

• muito importante para a sua credibilidade e boa realização da justiça.

• Inclusive, o Advogado não deve usar o cargo ou funções que


desempenha no poder político para conseguir privilégios
injustificados, benesses para a sua vida profissional forense ou
dos seus clientes e amigos.

• PRINCIPIO QUE SE APLICA EM MATÉRIA DE HONORÁRIOS, COM A

PROIBIÇÃO DE QUOTA LITIS, - ART. 106º

• aceitar mandato para causas injustas e quando suspeitar seriamente


que a situação jurídica em causa visa a obtenção de resultados ilícitos –
art. 90 do EOA.

• Do mesmo modo, o Advogado tem o dever de agir de forma a


defender os interesses legítimos do cliente, sem prejuízo do
cumprimento das normas legais e deontológicas – art. 97.º, n.º 2 do
EOA.
• O Advogado subordinado a um contrato privado ou público, deve
no exercício da actividade para que foi contratado ou provido
salvaguardar sempre a sua autonomia técnica, a isenção, a
independência e a responsabilidade, bem como os deveres deontológicos
que constam do EOA – arts. 73. e 81 do EOA e arts. 116. e 127, n.º
1, al. e) do Código do Trabalho.
DEVERES PARA COM A COMUNIDADE:

ART 90º: PARA COM A COMUNIDADE:

a) Não advogar contra o direito, não usar de meios ou


expedientes ilegais, nem promover diligências
reconhecidamente dilatórias, inúteis ou prejudiciais para a
correcta aplicação de lei ou a descoberta da verdade;

• Advogado não deve advogar contra lei expressa, sob pena de haver
litigância de má- fé. Quando se reconheça que o mandatário da
parte teve responsabilidade pessoal e directa nos actos pelos quais
se revelou a má-fé na causa, dar-se-á conhecimento do facto à
respetiva associação pública profissional, para que esta possa
aplicar sanções e condenar o mandatário na quota-parte das
custas, multa e indemnização que lhe parecer justa – art. 545.o do
Código de Processo Civil.

• Para   existir   má-­‐fé   do   Advogado   é   necessário   ir   além   da   simples  


culpa.  Exige-­‐se  o  dolo,  a  malícia.  

• Compete  à  Ordem   dos   Advogado  exercer,  em   exclusivo,  jurisdição  


disciplinar   sobre   os   Advogados   e   Advogados   estagiários   –   arts.   3.,  
al.  g,  +  114  N.º  1  +  87  +    121  do  EOA  
 

b) Recusar os patrocínios que considere injustos;

O  Advogado  não  é  obrigado  a  aceitar  o  patrocínio.  Numa  relação  privada,  


o   Advogado   pode   comunicar   ao   consulente   que   não   quer   ou   não   pode  
tomar  conta  do  assunto.  

O Advogado   nomeado  pode   pedir   escusa   (art.  34)   e   dispensa   (art.42)   logo  

no  início,  não  chegando  a  iniciar  o  patrocínio.  

c) Verificar a identidade do cliente e dos representantes


do cliente, assim como os poderes de representação
conferidos a estes últimos;

Não   é   possível   ao   mandatário   judicial   representar   um   cliente   se   não   o  


conhecer   e   se   a   procuração   não   lhe   foi   outorgada   pessoalmente,   pois  
corre  o  risco  de  patrocinar  quem  nunca  lhe  encomendou  o  serviço  e  estar  
a  dar  informações  a  terceiros,  em  violação  do  segredo  profissional.  

 O  cliente  deve  assinar  pessoalmente  a  procuração.  

 
d)   Recusar   a   prestação   de   serviços   quando   suspeitar   seriamente   que   a  
operação   ou   actuação   jurídica   em   causa   visa   a   obtenção   de   resultados  
ilícitos  e  que  o  interessado  não  pretende  abster-­‐se  de  tal  operação;  

e)   Recusar-­‐se   a   receber   e   movimentar   fundos   que   não   correspondam  


estritamente  a  uma  questão  que  lhe  tenha  sido  confiada;  

f)  Colaborar  no  acesso  ao  direito;    

g) Não se servir do mandato para prosseguir


objectivos que não sejam profissionais;

O  Advogado  não  pode:  

# associar-se com outras pessoas para a angariação de clientela;

# exercer a profissão de Advogado em sociedades multiprofissionais

# partilhar o espaço onde tem o seu escritório com quem não

exerça a advocacia ou solicitadoria;

# pretender ficar com bens objectos da lide.


h) Não solicitar clientes, por si ou por interposta pessoa.

É um acto ilícito de publicidade o uso de propaganda directa não


solicitada, como, por exemplo, colocar nas caixas de correio ou
depositar em balcões de estabelecimentos ou enviar cartas,
participações, panfletos ou outro tipo de informação a oferecer os seus
préstimos profissionais – art. 94.o, nº 4, al. e) do EOA.

Não é lícito ao Advogado pedir a outras pessoas para lhe arranjarem


clientes, bem como não pode repartir honorários, ainda que a título de
comissões ou outra forma de compensação, excepto com Advogados,
Advogados estagiários e solicitadores com quem colabore ou que lhe
tenham prestado colaboração – arts. 67, n.º 2, 90, nº 1, al. h), 98.o, nº 1 e
107.o do EOA.

o Advogado não pode solicitar nem aceitar honorários, comissões ou


qualquer outra compensação de um Advogado ou de terceiro, por
recomendar ou encaminhar um Advogado a um cliente,

+ e não pode pagar a ninguém honorários, comissões ou qualquer


outra compensação em contrapartida pela angariação de um cliente –
Pontos 3.6 e 5.4 do CDAE.

O Advogado não pode aceitar o patrocínio ou a prestação de quaisquer


serviços profissionais se para tal não estiver livremente mandatado
pelo cliente, ou por outro Advogado, em representação do cliente (p. ex.:
substabelecimento), ou se não estiver nomeado para o efeito, por
entidade legalmente competente – art. 98.o, n.o1 do EOA.

escolha pessoal e livre do mandatário pelo mandante –


91º: DEVERES PARA COM A ORDEM DOS
ADVOGADOS:

• Art 91 c): cada adv deve declarar ao requerer a inscrição,


quer como adv estagiário, quer como adv, declarar com
verdade qlq cargo ou atv profissional q exerça.
Voltamos ao 177 nº1 alínea e): prestando falsas
declarações, também é motivo para abertura de processo
de idoneidade

• 91 d) incompatibilidades supervenientes. – adv


inscreveu-se, mas entretanto tem oferta de trabalho para
uma função incompatível.
A partir do momento em que assina contrato ou inicia funções
deve deixar de praticar todos os atos próprios da profissão (se o
fizer é uma potencial infração disciplinar), e depois tem 30 dias
para requerer a suspensão da inscrição. E quando é
suspensão a pedido pode ficar suspenso pelo tempo que a
pessoa entender.

por exemplo, ser eleito para funções autárquicas, cargos


políticos que levem à incompatibilidade;
91 e): Obrigação de pagar quotas e outros encargos – o
conselho geral pode emitir certidão de divida das quotas em
atraso, que passou a ser titulo executivo.

Art 180 N.2 º + sempre que as quotas em atraso foram


superiores a 12 meses o conselho geral comunica ao conselho
de deontologia competente, visto que é infração deontológica
ter quotas em atraso superiores a 12 meses" abre
processo disciplinar

91 g) quando se fala em mudança de escritório, refere-


se apenas ao domicílio profissional. Trata-se da mudança de
escritório em sentido administrativo. Refere-se ao local
onde somos contactáveis.

91 h) Refere-se ao domicílio profissional dotado de uma


estrutura: ser um domicílio profissional digno e
adequado, que permita a preservar o segredo
profissional da identidade, documentos, valores e dossiês
dos clientes.

Mesmo quando tem o escritório na sua habitação, é dever do Advogado


reservar um espaço exclusivamente para o exercício da sua
actividade, onde mais ninguém tenha acesso livre.
Ex.: agência de contribuintes que tratam de apresentar as
declarações fiscais, têm técnico de contas (agência de contribuintes).
Convidam um advogado para instalar o seu domicílio profissional lá, em
início de carreira. – O advogado poderia estar a tirar benefício na própria
atividade profissional em que foi inserido. Não será um domicílio
profissional adequado ao exercício das funções.

Ex.: escritórios de advogados em centros comerciais, sem


separação física que proteja o segredo profissional.
Traje Profissional

• uso da toga é obrigatório para os Advogados e Advogados

estagiários, quando pleiteiem oralmente – art. 74. do EOA.

• O traje profissional compõe-se de toga (obrigatório) e de barrete

(facultativo). Um e outro estão estabelecidos no Regulamento do

Traje e Insígnia Profissionais aprovado na sessão de Conselho Geral

de 1 de Julho de 1941 – art. 74, nº 2 do EOA.

• É dever do Advogado e do Advogado estagiário, sob pena de

procedimento disciplinar, usar a toga e zelar pela completa

compostura e asseio do trajo profissional – arts. 114, 115 e 87

e 121 Nº1 do EOA

• O magistrado não pode impedir que o Advogado pleiteie sem

toga, mas deve comunicar a infração à Ordem dos Advogados,

ainda que o autorize – arts. 66º, n.º 3 e 69 do EOA e art. 4.o da Lei

n.o 49/2004, de 24 de Agosto (actos próprios dos Advogados).


95º : Dever Geral de URBANIDADE

obriga-o a ser cortês com os Colegas, magistrados,


árbitros, peritos, testemunhas e demais intervenientes nos
processo, e ainda funcionários judiciais, notariais, das
conservatórias, outras repartições ou entidade públicas e
provas

Não envolvem quebra do especial dever de urbanidade


:

# direito – dever de protesto (art. 80 do EOA e 362, n.º 2 do CPP),

# o uso das expressões e imputações indispensáveis à defesa da causa


(arts. 9.o, n.o 2 e 150.o, n.o 2 do CPC e art. 326.o, al. c) do CPP

# o abandono do local de qualquer diligência por parte do Advogado, se


ocorrendo justificado obstáculo ao início pontual da diligência, o juiz não
o comunicar ao Advogado, dentro dos 30 minutos subsequentes à hora
designada para o seu início (art. 151.o, n.os 6 e 7 do CPC).
ART 97º: DEVERES NAS RELAÇÕES COM
OS CLIENTES

+
Pontos 2.1, 2.2, 2.3, 2.5 e 3 do Código de Deontologia dos
Advogados Europeus (CDAE).

97   Nº1   -­‐   A   relação   entre   o   advogado   e   o   cliente   deve   fundar-­‐se   na  

confiança  recíproca.  

A relação de confiança começa na escolha livre do mandatário


pelo mandante – Art. 67., n.º 2 do EOA.

A relação jurídica entre o cliente e o Advogado inicia-se com a


consulta e pode continuar na prática de actos próprios de Advogados
(a elaboração de contratos, o mandato judicial e forense, a
representação e a assistência – arts. 66., n.º 2 + 67 do EOA

O mandato conferido a Advogado é livremente revogável pelo


cliente, não se aplicando in casu a figura da procuração irrevogável
prevista no art. 265.o, n.o 3 do Código Civil.
A princípio da confiança exige a honestidade, a probidade, a
rectidão, a sinceridade, a independência do Advogado e o
cumprimento do segredo profissional, de forma inquestionável –
Ponto 2.2 do Código de Deontologia dos Advogados Europeus e
arts. 88., 89. e 92. do EOA.

Será que a nossa lei permite ao Advogado receber uma pessoa no


segredo das quatro paredes do seu gabinete, sabendo que ela é
representada ou assistida por outro Colega?

Há quem entenda que qualquer cidadão tem direito a uma


segunda opinião jurídica, ainda que o Advogado saiba que o “cliente”
é representado ou assistido por um Colega, admitindo que o
segundo Advogado fica obrigado ao dever do segredo
profissional (art. 92.).

O direito à segunda opinião jurídica pode ter lugar se o primeiro

Advogado autorizar o cliente a consultar outro(s) Colega(s). Se essa

consulta se efectuar sem a devida autorização, é motivo justificado

para o Advogado cessar o patrocínio das questões que lhe estão

confiadas, por violação do princípio da confiança recíproca – arts.

97., n.º 1 e 100., nº 1, al. e) e n.º 2 do EOA.


97 Nº2 - O advogado tem o dever de agir de forma a defender
os interesses legítimos do cliente, sem prejuízo do
cumprimento das normas legais e deontológicas.

advogado tem a obrigação de agir sempre em defesa dos interesses


legítimos do seu cliente, em primazia sobre os seus próprios
interesses ou dos Colegas de profissão – Ponto 2.7 do CDAE.
Este assunto é tratado nos arts. :

o 88 :(integridade),
o 89 (independência),
o 92. (segredo profissional),
o 95. (dever geral de urbanidade),
o 97. (princípios gerais),
o 98. (aceitação do patrocínio e dever de competência),
o 99. (conflito de interesses),
o 100. (outros deveres),
o 101. (valores e documentos do cliente), 102.o (fundos do
cliente),
o 103. (provisões),
o 104. (responsabilidade civil profissional)
o 105. (honorários),
o 106. (proibição da quota litis e da divisão de honorários) e
o 107 (repartição de honorários)
Artigo 98º

Aceitação do patrocínio e dever de


competência

 
O cliente é livre de escolher o seu mandatário.

O mandato não pode ser objecto, por qualquer forma, de medida ou


acordo que impeça ou limite a escolha pessoal e livre do mandatário
pelo mandante – art. 67., n.º 2 do EOA.

O mandato do Advogado deve resultar de uma escolha livre, quer do


Advogado, quer do cliente. Não se podem impor um ao outro.

Do mesmo modo, é vedado ao Advogado solicitar clientes, por si ou por


interposta pessoa – Arts. 90, n. 2, al. h) e 94., n. 4, al. e) do EOA

Os mandatários judiciais só podem confessar a acção, transigir sobre o seu


objecto e desistir do pedido ou da instância, quando estejam munidos de
procuração que os autorize expressamente a praticar qualquer desses actos
– arts. 43.o a 46.o do Código de Processo Civil

Nos poderes gerais presumem-se estar incluídos os de


substabelecimento noutro Colega (o substabelecimento sem reserva
implica a exclusão do anterior mandatário) – art. 44., n.o 2 e 3 do Código
de Processo Civil.

O Advogado não pode intitular-se mandatário ou representante de


alguém, sem que para tal não esteja autorizado pelo cliente, salvo se
intervier com substabelecimento ou a título de gestão de negócios.
100:ºOUTROS DEVERES:
 

- Nas relações com o cliente, são ainda deveres do


advogado:

a)
# Dar a sua opinião conscienciosa sobre o
merecimento do direito ou pretensão que o cliente
invoca

# prestar, sempre que lhe for solicitado, informação


sobre o andamento das questões que lhe forem
confiadas

# sobre os critérios que utiliza na fixação dos seus


honorários, indicando, sempre que possível, o seu
montante total aproximado,

o ao pedido de provisão e ao critério ordinário de fixação de honorários


mencionados nos arts. 103 e 105 do EOA, esclarecendo-o que os
honorários devem corresponder a uma compensação adequada
pelos serviços efectivamente prestados, ao que acrescem ainda a taxa
de justiça e encargos com o processo e outras despesas documentadas.
# e ainda sobre a possibilidade e a forma de obter
apoio judiciário;

b) Estudar com cuidado e tratar com zelo a questão de


que seja incumbido, utilizando para o efeito todos os
recursos da sua experiência, saber e atividade;

O Advogado não deve aceitar o patrocínio de uma questão se souber,


ou dever saber, que não tem competência ou disponibilidade para dela
se ocupar prontamente – art. 98, n.2 do EOA.

Grande parte das infracções disciplinares têm por base a forma negligente
como o Advogado conduz o processo, bem como a preterição dos
prazos, perante os assuntos que lhe são confiados, de propor e contestar
acções e de recorrer das decisões judiciais, e que conduz à prescrição e
caducidade dos direitos e legítimos interesses dos clientes.

c) Aconselhar toda a composição que ache justa e


equitativa;

Se   ao   longo   do   processo,   o   Advogado   descobrir   que   a   prova   não   vai   no  


sentido  da  versão  indicada  pelo  cliente  ou  que  a  mesma  é  pouco  ou  quase  
nada   convincente,   deve   aconselhá-­‐lo   a   inflectir   a   marcha   ou   a  
propor/aceitar   a   composição   que   ache   justa   e   equitativa   para   os  
interesses  legítimos  do  cliente  
d) Não celebrar, em proveito próprio, contratos sobre o
objeto das questões confiadas;

e) Não cessar, sem motivo justificado, o patrocínio das


questões que lhe estão cometidas.

 
A relação do Advogado com o cliente é feita com base na confiança
recíproca – art. 97 N. 1 do EOA.

A procuração é livremente revogável pelo representado, inexistindo no


mandato judicial lugar figura da procuração irrevogável prevista nos arts.
265.o, n.o 3 e 1170.o, n.o 2 do Código Civil.

Depois de aceitar o patrocínio do cliente, o mandato judicial não é


livremente renunciável pelo Advogado, não se lhe aplicando o disposto no
art. 1170.o, n.o 1 do Código Civil, salvo ocorrendo justa causa,
nomeadamente, a quebra da confiança e o não adiantamento de
provisão para honorários e para o pagamento de despesas – arts. 97.o, n.o
1, e 103.o, n.o 2 do EOA.
100 Nº2 - Ainda que exista motivo justificado para a
cessação do patrocínio, o advogado não deve fazê-lo
por forma a impossibilitar o cliente de obter, em
tempo útil, a assistência de outro advogado

Havendo motivo justificado para que o Advogado cesse o patrocínio, o


Advogado deve ter presente o princípio da oportunidade da sua desvinculação,
pois não deve fazê-lo de forma a impossibilitar o cliente de obter, em tempo
útil, a assistência de outro Advogado.

O Advogado nomeado oficiosamente, ao abrigo do disposto no art. 51.o do


Código de Processo Civil, pode pedir escusa em cinco dias ao Conselho
Regional da Ordem dos Advogados competente, comunicando ao processo,
se existir, que suscitou o incidente, sem mencionar os factos justificativos
constantes do pedido de escusa – art. 54.o., n.º 1, als. o) e p) do EOA. Da
deliberação do Conselho Regional, recorre-se para o Bastonário, nos
termos do disposto no art. 39., n.º 1, al. o) do EOA.

Se o processo já estiver pendente em juízo, deve o Advogado dar


conhecimento ao Tribunal que apresentou o pedido de escusa à Ordem dos
Advogados, sem mencionar os factos que o fundamentam, caso que
interrompe o prazo que estiver curso, com a junção aos autos da
respectiva prova de ter feito o referido pedido.

O  prazo   interrompido  para  a  prática  do  acto,  se  ainda  não  estiver  esgotado,  
começa  a  correr  de  novo  a  partir  da  notificação  ao  patrono  nomeado  da  sua  
designação;  a  partir  da  notificação  ao  requerente  da  decisão  de  indeferimento  
do  pedido  de  nomeação  de  patrono  –  art.  24.o,  n.os  4  e  5  da  Lei  n.o  43/2004.  
92º + Pontos 2.3. e 5.3. do C.D.A.E:
SEGREDO PROFISSIONAL
 

O   segredo   profissional   está   em   estreita   conexão   com   a   lealdade   e   a  


confiança   devidos   ao   cliente   +   e   também   aos   Colegas.   O   Advogado,   no  
exercício   da   sua   relação   profissional,   é   o   depositário   de   muitas   revelações  
confidenciais.   O   segredo   profissional   é,   pois,   a   regra   de   ouro   da   profissão  
de  Advogado.  

Artigo  208º  da  C.R.P.  

Artigo  13º  2.  a)    da  L.O.S.J.  

Artigo  66º  C.P.P.    (dispensa    de  defensor  nomeado)  e  47º  CPC  


(recusa  do  mandato)    

Artigos  46º  1.  g),  55º  1.  l)  e  m),  75º  a  78º,  92º,  94º  3.  h),  99º  n.ºs  4  
e  5  e  113º  do  E.O.A.    

+  

Artigos  195º  e  196º  do  C.  Penal  

Artigo  135º  do  C.P.P  

Artigos  497º  3.  e  417º  3.  c)  e  4.  do  C.P.C.  

 
O   Advogado   é   obrigado   a   guardar   segredo   profissional   no   que   respeita   a  
todos   os   factos   cujo   conhecimento   lhe   advenha   do   exercício   das   suas  
funções   ou   da   prestação   dos   seus   serviços   e   por   causa   do   exercício   da  
profissão.    

MAS TODOS OS FACTOS? NÃO.


 

$ AQUELES CONHECIDOS EXCLUSIVAMENTE POR REVELAÇÃO DO


CLIENTE

$ INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS DE QUE TOME CONHECIMENTO NA


ATIVIDADE PROFISSIONAL

(ACESSO PRIVILIGIADO À INFORMAÇÃO)

92 Nº 7 - O dever de guardar sigilo quanto aos factos


descritos no n.º 1 é extensivo a todas as pessoas que
colaborem com o advogado no exercício da sua
actividade profissional, com a cominação prevista no n.º
5.
-EXTENSIBILIDADE A COLABORADORES

-PARTILHA COM COLEGAS

-SUCESSÃO NO MANDATO
a) A factos referentes a assuntos profissionais conhecidos,
exclusivamente, por revelação do cliente ou revelados por ordem
deste;

O cliente, ou alguém a seu mando (p.ex. procurador, o contabilista, um


funcionário ou um familiar e amigo) revela ao Advogado no exercício da
sua profissão (consulta, mandato forense, representação e assistência)
um facto ou entrega-lhe documentos ou outras coisas que se
relacionem, directa ou indirectamente, com os factos sujeitos a sigilo.

O profissional deve guardar sigilo absoluto, e para sempre, ainda que


não aceite ou deixe de tomar conta do assunto.

c) A factos referentes a assuntos profissionais comunicados por


colega com o qual esteja associado ou ao qual preste
colaboração;

O sigilo absolute inclui os assuntos profissionais comunicados por


Colega com quem exerça a sua actividade em associação, sob a
forma de sociedade ou não.

Esses assuntos profissionais podem incluir estratégias de


procedimentos, troca de impressões e aconselhamentos entre
Colegas.
e) A factos de que a parte contrária do cliente ou respetivos
representantes lhe tenham dado conhecimento durante
negociações para acordo que vise pôr termo ao diferendo ou
litígio;

f) A factos de que tenha tido conhecimento no âmbito de


quaisquer negociações malogradas, orais ou escritas, em que
tenha intervindo.

# não houve conciliação possível.

# os factos q o adv tem conhecimento pela parte contrária e


cliente ficam sujeitos ao segredo : TODOS OS FACTOS
SUJEITOS A SEGREDO.

# Esta alínea parece colidir com o disposto no art. 594., n.º 4 do


CPC: frustrando-se, total ou parcialmente, a conciliação, as
partes devem declarar, para efeito de ficar consignado em acta,
os fundamentos que no seu entendimento justificam a
persistência do litígio.

# os Advogados devem evitar expôr ao magistrado o conteúdo


das negociações tentadas fora da sala de audiência.

# Basta comunicar que não houve conciliação possível,


PORQUE AS PARTES MANTÊM A POSIÇÃO VERTIDA NOS
ARTICULADOS.
92 Nº2 - A obrigação do segredo profissional existe quer o serviço
solicitado ou cometido ao advogado envolva ou não representação
judicial ou extrajudicial, quer deva ou não ser remunerado, quer o
advogado haja ou não chegado a aceitar e a desempenhar a
representação ou serviço, o mesmo acontecendo para todos os
Advogados que, directa ou indirectamente, tenham qualquer
intervenção no serviço.

A   extensão   do   segredo   profissional   a   todos   os   Advogados   que,   directa  


ou   indirectamente,   tenham   qualquer   intervenção   no   serviço,   tem   por  
finalidade  evitar  o  comportamento  desleal,  astucioso  e  ilícito.    

ORLANDO   GUEDES   DA   COSTA   ensina   que   também o Advogado que


sucedeu a outro no patrocínio de uma causa ou de outra que com ela seja
conexa, quer a sucessão tenha origem em substabelecimento, com ou sem
reserva, ou em revogação ou renúncia ao mandato quer em sucessão no
mandato de Advogado falecido, está obrigado ao mesmo dever de
segredo profissional do primitivo Advogado, mesmo que os factos não
lhe tenham sido transmitidos por este último e apenas constem do dossier
referente à causa.162  
92 Nº3 - O segredo profissional abrange ainda documentos
ou outras coisas que se relacionem, directa ou indiretamente,
com os factos sujeitos a sigilo.

Por   exemplo,   o   relatório   de   uma   perícia   solicitada   por   comum   acordo  


pelas   partes   numa   negociação   amigável   que   se   veio   a   malograr   é   um  
documento  sujeito  ao  segredo  profissional.  
NOTIFICADO PARA DEPOR NO PROCESSO DE
CLIENTES:

O Advogado que esteja na posse de factos protegidos pelo


segredo profissional deve escusar-se a depor sobre os factos por
ele abrangidos

o art. 417, n.º 3, al. c) e 4 e 497, nº 3. do Código de Processo


Civil e
o art. 135., n.º 1 do Código de Processo Penal
FORMA DE QUEBRA DO SEGREDO
PROFISSIONAL:

1. 92 Nº4- a PEDIDO do ADVOGADO, - SÓ o


adv tem legitimidade para pedir o levantamento.

2.Imposição dos tribunais: 135 nº3/4 CPP

3.Lei de combate ao branqueamento dos


capitais
Este 92 n.º 4 apenas trata da dispensa do segredo
profissional a pedido do Advogado interessado (apenas o
Advogado ou Advogado estagiário sujeito ao segredo profissional tem
legitimidade para o fazer).

92 Nº4 - O advogado pode revelar factos abrangidos pelo


segredo profissional, desde que tal seja absolutamente
necessário para a defesa da dignidade, direitos e interesses
legítimos do próprio advogado ou do cliente ou seus
representantes, mediante prévia autorização do presidente

do conselho regional respectivo, com recurso para o


bastonário, nos termos previstos no respetivo

regulamento.

+  arts.  92,  n.º  4  do  EOA,  +    55.,  n.º  1,  al.  l),  40º,  n.º  1,  al.  n)  e  Regulamento  
de  Dispensa  de  Segredo  Profissional  n.º  94/06,  de  12  de  Junho.    

Presidente do conselho regional - O segredo profissional


serve o interesse publico, não do interesse privado do
cliente.

 
92  Nº4:  PRESSUPOSTOS  PARA  O  LEVANTAMENTO  DO  SEGREDO:

a)   Se   são   factos   cujo   conhecimento   advieram   ao   Advogado   do   exercício  


das  suas  funções  ou  da  prestação  dos  seus  serviços;  

+  

b)  Se  a  dispensa  do  segredo  é  absolutamente  necessária  para  a  defesa  da  


dignidade,  direitos  e  interesses  legítimos  do  próprio  Advogado  ou  do  seu  
cliente  ou  seus  representantes.

NOTA: Se for para defesa de dtos de 3ºs ja NÃO se


pode Quebrar. Tem de se tratar defesa da dignidade do
cliente ou próprio advogado.

A decisão de deferimento da dispensa de segredo profissional é


irrecorrível – art. 5., n.º 2 do Regulamento de Dispensa de
Segredo Profissional.

Da decisão que negue autorização para dispensa de segredo


apenas o requerente tem legitimidade para recorrer para o
Bastonário + e a decisão deste é vinculativa e irrecorrível – arts.
5., n.º 1, e 6. do Regulamento de Dispensa de Segredo
Profissional.
$ DO DESPACHO FINAL DO BASTONÁRIO:

$ Não há recurso jurisdicional para os


tribunais administrativos da decisão que
indeferir o pedido de dispensa de segredo
profissional, pese embora o disposto no art. 6.,
n.º 3 do EOA.

$ O recurso aos tribunais seria permitir a


devassa do segredo que se quer guardar, o
conhecimento público daquilo que é sigiloso,
dada a natureza pública dos processos
judiciais.
 

 
NÃO ESTAVA DISPENSADO / NÃO HÁ PRÉVIA
AUTORIZAÇÃO, E MESMO ASSIM DEPÕE:

CONSEQUÊNCIAS:

-­‐ procedimento disciplinar na Ordem dos


Advogados, " 115º EOA, INFRAÇÃO
DISCIPLINAR GRAVE

-­‐ a responsabilidade civil – 483º cc,


responsabilidade civil extracontratual, por ato
ilícito

-­‐ crime de violação de segredo (art. 195º do CP).

92 nº5:

A PROVA É NULA. = PROVA PROIBIDA

 
92 Nº6

Neste   número,   permite-­‐se   ao   Advogado   proceder   de   acordo   com   a   sua  

consciência:   está   autorizado   a   quebrar   o   segredo   profissional   mas  

prefere  não  o  fazer.    –  ESCUSA  INVOCADA  PELO  ADVOGADO:  

ALEGAR QUE EXISTE OUTRO MEIO DE PROVA, PARA NAO TER

DE QUEBRAR O SEGREDO.

Face   a   esta   recusa,   ao   magistrado  competirá  fazer  funcionar   o   disposto   no  

citado  artigo  135º  CPP  

Compete   ao   tribunal   superior   àquele   onde   o   incidente   de   escusa   foi  

suscitado  (se  tiver  sido  suscitado  perante  o  Supremo  Tribunal  de  Justiça,  o  

pleno   das   secções   criminais)   decidir   da   prestação   de   testemunho   com  

quebra   do   segredo   profissional   sempre   que   esta   se   mostre   justificada,  

segundo   o   princípio   da   prevalência   do   interesse   preponderante,  


nomeadamente  tendo  em  conta  a  imprescindibilidade  do  depoimento  para  

a   descoberta   da   verdade,   a   gravidade   do   crime   e   a   necessidade   de  

protecção  de  bens  jurídicos  –  art.  135.,  n.º  3  do  Código  de  Processo  Penal.

SE o tribunal ordenar o depoimento, terá de o prestar,


sob pena de incorrer em crime de desobediência
qualificada.

Esta decisão nunca pode ser tomada sem se ouvir a O.A.

Este parecer será vinculativo ou não? O juiz, antes de


tomar a decisão, terá de ouvir a O.A., cujo parecer é ou
não vinculativo? Qual a sua força jurídica?

O juiz não pode, por isso, ficar vinculado ao parecer. Deve ter em conta a
posição da O.A., mas nada pode conduzir e condicionar a posição do juiz.

Escusa – colocada ao tribunal (averiguação) – escusa legitima –


FIM;

Escusa – colocada ao tribunal (averiguação) – escusa ilegítima –


ordena um depoimento – advogado depõe OU recorre da decisão –
tribunal superior (após ouvir a ordem) – privilegia (FIM); ou não
privilegia – advogado tem de depor, sob pena de crime de
desobediência
NOTA:  

EXCEÇÕES:  TOTAL  PROIBIÇÃO  DE  LEVANTAMENTO  DO  SIGILO-­‐  

NÃO  SE  APLICA  O  ARTIGO  92º,  N.º4    

A correspondência entre os Advogados que tenha carácter


confidencial não pode em qualquer caso constituir
meio de prova, nem ser objecto da dispensa ou
autorização pelo Presidente do Conselho Regional, nos
termos do disposto no art. 113 do EOA.

Para garantir a proteção do art.113.º, é necessário


que quem emite a carta não deixe de mencionar
expressamente a intenção dela possuir caráter
confidencial.

Ex.: Um advogado escreve uma carta a outro advogado e não a


qualifica, de acordo com o art. 113.º como possuindo caráter
confidencial. Se se tratar de uma negociação de um litígio, em
que os dois advogados são mandatários das partes, esta carta
pode ser utilizada num processo enquanto prova? A norma
do n.º 2 só se aplica às cartas classificadas como confidenciais, o
que não é o caso;

O facto de a carta não estar classificada como confidencial, não


impede que haja segredo profissional.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo 96º

Patrocínio contra Advogados e Magistrados

O advogado, antes de intervir em procedimento disciplinar,


judicial ou de qualquer outra natureza contra um colega ou
um magistrado, deve comunicar-lhes por escrito a sua
intenção, com as explicações que entenda necessárias, salvo
tratando-se de procedimentos que tenham natureza secreta
ou urgente.

A   regra   é   o   Advogado,   antes   de   intervir   contra   um   Colega   ou   um  


magistrado,   "   comunicar-­‐lhe   por   escrito   essa   intenção,   quer   para  
requerer   (queixa,   denúncia,   participação,   reclamação,   petição   ou  
requerimento   inicial),   quer   para   contestar   ou   se   opor   em   procedimento  
disciplinar,  judicial  ou  de  qualquer  outra  natureza,  com  as  explicações  que  
entender   necessárias,   mas   sem   violar   normas   deontológicas,  
nomeadamente  o  segredo  profissional.  

Do   mesmo   modo,   havendo   um   substabelecimento   sem   reserva,   o   novo  


mandatário  deve  proceder   em   conformidade  com  o  disposto  no  art.  96º  do  
EOA.  
A   excepção   da   necessidade   da   prévia   comunicação   funciona   quando   se  
tratar  de  procedimentos  que  tenham  natureza  secreta  ou  urgente,  ou  seja,  
quando   a   divulgação   do   seu   conteúdo   possa   causar   dano   à   dignidade   das  
pessoas,   à   intimidade   da   vida   privada   ou   familiar   ou   à   moral   pública,   ou  
ponha   em   causa   a   eficácia   da   decisão  a  proferir,  nomeadamente  no  caso  
de   vítimas   de   crimes   violentos,   violência   doméstica,   maus   tratos,  
branqueamento   de   capitais   (no   caso   em   que   for   imposto   ao   Advogado   o  
dever  de  segredo).  

deverá  ser  efectuada  findo  o  secretismo/urgência;  

Uma   vez   feita   a   comunicação,   não   há   necessidade   de   proceder   a   nova  


comunicação  nos  procedimentos  conexos.    

Exemplificando:  feita  a  comunicação  prévia:    

i) numa   participação   criminal,   não   é   necessário   repeti-­‐la   antes   de  


requerer  a  indemnização  cível  por  adesão  ao  processo-­‐crime;    

ii) numa   acção   declarativa,   não   é   necessário   repeti-­‐la   antes   de   requerer  


um  procedimento  cautelar  por  via  incidental.  

 
 
111º + DEVERES PARA COM OUTROS
ADVOGADOS
 
 

Artigo 111º
Dever de Solidariedade
 

Relação de Confiança e Cooperação entre os


Advogados

No exercício da profissão o Advogado deve proceder com


urbanidade para com os Colegas – art. 95.o do EOA.

O Advogado, antes de intervir e procedimento disciplinar, judicial ou


de qualquer outra natureza contra um Colega, deve comunicar-lhe
por escrito a sua intenção, com as explicações que entenda
necessárias, salvo tratando-se de procedimentos que tenham
natureza secreta ou urgente – art. 96º do EOA.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo 112º

Deveres recíprocos dos advogados


 

a) Proceder com a maior correcção e urbanidade, abstendo-se


de qualquer ataque pessoal, alusão deprimente ou crítica
desprimorosa, de fundo ou de forma; = Dever especial de
urbanidade

# condutas ou as palavras menos próprios

# Deve criticar-se a peça, e não a pessoa do advogado –


por exemplo, não se deve dizer “o colega devia voltar aos
bancos da universidade”;

# sem prejuízo da responsabilidade disciplinar do


infractor (arts. 96º e 115º).

+  
 

O Advogado não deve olvidar, em qualquer circunstância, que


é um elemento essencial na administração da justiça e, como
tal, deve ter um comportamento público e profissional
adequado à dignidade e responsabilidade dessa função
(art. 88.).
b) Responder, em prazo razoável, às solicitações orais
ou escritas;

Daí que quando um Advogado comunica oralmente ou por escrito (SMS, e-


mail, carta, fax, telegrama) com o outro, merece deste uma resposta, em
prazo razoável. " DEVE DAR RESPOSTA

c) Não emitir publicamente opinião sobre questão que


saiba confiada a outro advogado, salvo na presença deste
ou com o seu prévio acordo;

O  Advogado   não  deve  pronunciar-­‐se  publicamente,  na  imprensa  ou  noutros  


meios  de  comunicação  social,  sobre  os  seus   casos   pendentes  (art.   93),  muito  
menos   os   casos   dos   outros   Colegas.   Para   além   de   constituir   infracção  
disciplinar,   é   indelicado   um   Advogado   comentar   com   outras   pessoas  
questões  que  sabe  estar  confiada  a  outro  Colega.  

e) Não contactar a parte contrária que esteja


representada por advogado, salvo se previamente
autorizado por este, ou se tal for indispensável, por imposição
legal ou contratual;

f) Não assinar pareceres, peças processuais ou outros


escritos profissionais que não sejam da sua autoria ou em
que não tenha colaborado;

O  Advogado  não  deve  dar  cobertura  ao  exercício  ilegítimo  da  advocacia  –  art.  
87.o  do  EOA.  

Tão   pouco,   pode   um   Advogado   angariar   clientes   por   interposição   daquelas  


pessoas   e   repartir   honorários   com   elas,   ainda   que   a   título   de   comissão   ou  
outra  forma  de  compensação  –  arts.  67.,  n.º  2,  +  90.,  n.º  2,  al.  h)  +  e  107  do  
EOA.  

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
112 Nº2 – O advogado a quem se pretende cometer assunto

anteriormente confiado a outro advogado não deve iniciar a

sua atuação sem antes diligenciar no sentido de a este serem

pagos os honorários e demais quantias que a este sejam

devidas, devendo expor ao colega, oralmente ou por escrito, as

razões da aceitação do mandato e dar-lhe conta dos esforços que

tenha desenvolvido para aquele efeito.

cliente tem direito a uma segunda opinião jurídica

A   conduta   do   cliente,   ao   contactar   e   contratar   novo   Advogado   viola   o   princípio   da  

confiança  e  é  motivo  justificado  para  o  primitivo  Advogado:  

o Renunciar  ao  Mandato,  

o apresentar   a   Nota  de  Honorários,   esperar   o   prazo   da   sua   liquidação   (presume-­‐se   que   o  

cliente   a   não   aceita,   decorridos   3   meses   após   a   emissão   da   mesma,   nos   termos   do  

Regulamento   dos   Laudos),   pedir   dispensa   do   segredo   profissional   ao   Presidente   do  

Conselho   Regional,   se   for   necessário,   e   requerer   uma   injunção   ou   propor   acção   de  

honorários.  

o Pode   ainda   requerer,   se   o   caso   justificar,   arresto   sobre   os   bens   do   devedor   ou   invocar   o  
direito   de   retenção   sobre   os   valores   e   documentos   que   se   encontrem   em   seu   poder  

(art.  101.).  

Antes  de  iniciar  a  sua  actuação,  deve  o  novo  Advogado:  

i) Diligenciar   junto   do   cliente   no   sentido   de   este   contactar   com   o  

anterior  Advogado,  pagar  ou  negociar  o  pagamento  dos  honorários  e  

demais  quantias  que  a  este  sejam  devidos  

 
# PARECER   DO   CONSELHO   GERAL:   Mas   o  
pagamento   não   é   condição   de   aceitar   o   assunto   e   de  
iniciar  a  actuação.    =  MAS  O  ADVOGADO  TEM  DE  TER  
DEMONSTRADO   TER   FEITO   ESFORÇOS   JUNTO   DO  
CLIENTE   PARA   O   PAGAMENTO   DA   CONTA   E   TENHA  
SOLICITADO   A   EMISSÃO   DE   LAUDO   EM  
REPRESENTAÇÃO  DO  CLIENTE.

ii) Expor  ao  Colega,  oralmente  ou  por  escrito,  as  razões  da  aceitação  do  

mandato,   com   respeito   pelo   dever   de   sigilo   profissional,   e   dar-­‐lhe  

conta   dos   esforços   que   tenha   desenvolvido   para   que   o   cliente   lhe  

pague  os  honorários  e  demais  quantias  devidos.  

 
 
Artigo 113º + Ponto 5.3 do CDAE

Correspondência entre advogados e entre estes e


solicitadores

Nota: TODA A CORRESPONDÊNCIA TROCADA ENTRE

MANDATÁRIOS CONTINUA SUJEITA À OBRIGAÇÃO DE

SEGREDO PROFISSIONAL, SÓ PODENDO SER

DISPENSADA DESDE QUE PREVIAMENTE OBJETO DE

PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO – 92º, N.º4

CONTUDO, A QUE FOR CLASSIFICADA COMO

CONFIDENCIAL NÃO PODERÁ NUNCA SER REVELADA,

NÃO PODENDO SER SUJEITA A AUTORIZAÇÃO PRÉVIA.

EXPRESSAMENTE   REFERIR   QUE   A   MESMA   TEM   CARÁTER   CONFIDENCIAL:  


Comunicação/mensagem   pessoal   e   intransmissível”;   “Reservada   ao  
destinatário”  

 
 

A correspondência entre Advogados com caracter


confidencial não pode ser usada, em qualquer caso,
como meio de prova – não admitindo, sequer, o pedido de
dispensa ao Presidente do Conselho Regional (art. 92,
n.º 4) –, excepto o caso de respeitar a facto criminoso
relativamente ao qual o Advogado tenha sido constituído
arguido – arts. 76º, n.ºs 1 e 4, e 113, n.º 2, ambos do
EOA.

 
NÃO ESTÃO SUJEITAS AO SEGREDO PROFISSIONAL OS
FACTOS TRANSMITIDOS À CONTRAPARTE COM
NATUREZA INTERPELATÓRIA.
Artigo 93
Discussão pública de questões profissionais
O comentador convidado para divulgar o direito, informar o cidadão, ou seja,
ter uma função instrutiva, não tem qualquer problema.

A pronuncia pública sobre questões profissionais que transcende o dever de


informação é uma clara violação do dever de lealdade. Também existe aqui,
às vezes, uma forma de buscar protagonismo.

O Advogado deve ter uma conduta discreta sobre os assuntos


profissionais pendentes, aliás, não seria de esperar outra coisa face
ao segredo profissional e à confiança que o cliente nele deposita
relativamente a assuntos confidenciais – arts. 88, 89, 92 e 97 do
EOA

O segredo profissional obriga o Advogado a não divulgar factos,


documentos ou objectos a ele sujeitos, sem estar munido da prévia
autorização pelo Presidente do Conselho Regional competente,
conforma já vimos no art. 92 do EOA.

visa impedir com a proibição é que o Advogado não tente


influenciar as decisões, julgando-se na opinião pública o que
compete aos tribunais.

Usar os meios de comunicação social para conseguir alcançar


objectivos processuais é recorrer a meios desleais de defesa dos
interesses das partes, também proibido pelo art. 108. e 112., n.º
1, als. a), c) e d) do EOA.  

A excepção é o direito de resposta, justificado para prevenir


ou remediar a ofensa à dignidade, direitos e interesses
legítimos do cliente ou do próprio Advogado.

DIREITO DE RESPOSTA POR SER:

1. DIFERIDO
2. IMEDIATO

Se o Advogado de uma das partes escreve um artigo de


opinião num jornal, a pronunciar-se sobre uma questão jurídica
pendente, onde põe em causa o bom nome, a honra e
consideração do constituinte de outro Advogado ou do próprio,
este apenas poderá usar o direito de resposta depois de pedir
e ser autorizado pelo Presidente do Conselho Regional
(que pode ser tácita), com recurso do indeferimento para o
Bastonário. "  arts.  55.,  n.  1,  al.  n),  40.,  n.º  1,  als.  n)  e  r),  e  93,  n.º  3  
do  EOA.  

Se, porém, o denegrir da imagem do cliente ou do seu


Advogado for feito em directo nos órgãos de comunicação
social, há urgência em usar o direito de resposta de
imediato, pois quem ouvir e ver essa emissão, poderá já não
escutar e olhar a sessão posterior do direito de resposta,
depois de obtida a necessária autorização. Neste caso, o
Advogado pode pronunciar- se, excepcionalmente, de
forma tão restrita e contida quanto possível, de forma a
prevenir ou remediar a ofensa à dignidade, direitos e
interesses legítimos do cliente ou do próprio.
Artigo 94.º
Informação e publicidade

# Não se pode dizer publicamente quem são os clientes.


- Art. 94, n.º 3 h)

94  Nº4  -­‐  São,  designadamente,  Atos  Ilícitos  de  publicidade:

 
a) A colocação de Conteúdos Persuasivos, Ideológicos, de
Autoengrandecimento e de Comparação;

A Placa ou Tabuleta afixada no exterior do escritório


identificativa da exigência do Advogado ou da sociedade de
Advogados é uma informação objectiva, não um acto de
publicidade

As tabuletas, placas ou letreiros que podem ser colocadas pelos


advogados no exterior/para o exterior dos seus escritórios têm
exclusivamente caráter informativo, pelo que apenas podem
conter o nome do advogado, a sua qualidade, o horário de
atendimento, e andar ou fração em que se situa o
escritório, e a referência à especialização (ART. 70º), sendo
o caso

já  não  elementos  de  publicidade,  como  sejam  a  listagem   dos   serviços   mais  
correntes  no  mesmo  praticados  

o  exercício  da  advocacia  não   deve   ser   publicitada   em   folhetos,   revistas  ou  
pasquins  de  um  qualquer  clube  futebolístico  ou  associado  a  qualquer  outra  
actividade.  A  publicitação  do  exercício  da  advocacia  apenas  poderá  ser  feita  
através   de   anuários   profissionais,   nacionais   ou   estrangeiros,   pois   estas  
resumem-­‐se   à   publicitação   exclusiva   da   actividade   de   advocacia,   não  
confundindo  o  seu  exercício  com  o  de  qualquer  outra  actividade  comercial,  
mantendo,  desse  modo,  a  dignidade  da  profissão.  

b) A menção à qualidade do escritório;

c) A prestação de informações erróneas ou


enganosas;

d) A promessa ou indução da produção de resultados;

e) O uso de publicidade directa não solicitada;

o Publicidade de caixa de correio e ao publico indiferenciado,


não dirigido a algo objetivo
Artigo 114º
Poder disciplinar

 
1   -­‐   Os   advogados   e   os   advogados   estagiários   estão   sujeitos  
ao   poder   disciplinar   exclusivo   dos   órgãos   da   Ordem   dos  
Advogados,   nos   termos   previstos   no   presente   Estatuto   e   nos  
respectivos   regulamentos.   =   por Violação dos Deveres
consagrados no EOA.

# Os MAGISTRADOS NÃO podem APLICAR MULTA AO

ADVOGADO, por causa do exercicio das suas funções.

 
devem dar conhecimento à Ordem dos Advogados de
todos os factos susceptíveis de constituir infracção
disciplinar praticados por Advogados (arts. 48.o, n.o 3,
150o, n.o 4, e 545.o do Código de Processo Civil e 116.,
n.º 3, 117, n.º 8, e art. 326 do Código de Processo Penal;

# Os Advogados, os advogados estagiários e as sociedades de

advogados estão sujeitos à jurisdição disciplinar exclusiva

dos órgãos da Ordem dos Advogado – arts. 3., al. g), 114.,

115. e 213., n.º 5, do EOA.


# A responsabilidade disciplinar é independente da

responsabilidade civil, criminal e laboral – art. 116, n.º 1 e 6

do EOA.

# Os Advogados o longo da sua actividade profissional estão

sujeitos a uma tríplice responsabilidade autónoma:

disciplinar (por violação dos deveres consagrados no EOA,

nos seus Regulamentos e na demais legislação aplicável);

civil (contratual e extra contratual) e penal.

# Por outro lado, sempre que haja denúncias, participações

ou queixas apresentadas contra Advogados – ainda que

nada tenha a ver com a sua actividade profissional – o

Ministério Público e os órgãos e autoridades de polícia

criminal devem remeter à Ordem dos Advogados as

respectivas certidões – art. 121, n.º 2 do EOA.

# Em 1.a instância, os Conselhos de Deontologia (ou suas


secções) julgam os processos em que sejam arguidos os

Advogados e Advogados estagiários com domicílio

profissional na área da respectiva região e das suas

deliberações recorre-se para o Conselho Superior (2º

INSTANCIA)

# Das deliberações das secções do Conselho Superior, nos

termos da al. d) do n.º 3 do artigo 44., cabe recurso para o

plenário do mesmo órgão.

# A  condenação  em  processo  criminal  deve  ser  comunicada  à  Ordem  

para   efeitos   de   registo   no   respectivo   processo   individual   –   Art.  

141.,  n.º2  do  EOA.  


115º: INFRAÇÕES DISCIPLINARES

VIOLA DOLOSA OU CULPOSAMENTE ALGUM DOS


DEVERES DO ESTATUTO.

são  puníveis  a  título  de  dolo  ou  negligência.  

Punibilidade da tentativa – Artigo 115º


n.º 2 EOA

a)   Leve,   quando   o   arguido   viole   de   forma   pouco   intensa   os   deveres  


profissionais  a  que  se  encontra  adstrito  no  exercício  da  advocacia;    

b)   Grave,   quando   o   arguido   viole   de   forma   séria   os   deveres   profissionais   a  


que  se  encontra  adstrito  no  exercício  da  advocacia;    

c)   Muito   grave,   quando   o   arguido   viole   os   deveres   profissionais   a   que   está  


adstrito   no   exercício   da   advocacia,   afetando   com   a   sua   conduta,   de   tal  
forma,   a   dignidade   e   o   prestígio   profissional,   que   fique   definitivamente  
inviabilizado  o  exercício  da  advocacia.  
130º: SANÇÕES DISCIPLINARES:
As penas disciplinares são as seguintes

a) Advertência; (INFRAÇÃO LEVE)

b) Censura; (INFRAÇÃO LEVE +)

c) Multa de quantitativo até ao valor da alçada dos tribunais de


comarca; (INFRAÇÃO GRAVE)

d) Multa de quantitativo entre o valor da alçada dos tribunais de


comarca e o valor da alçada dos tribunais de Relação ou, no
caso de pessoas coletivas, o valor do triplo da alçada da Relação;
(INFRAÇÃO GRAVE +)

e) Suspensão até dez anos; + maioria qualificada de 2/3


(INFRAÇÃO GRAVE +)

f) Expulsão. ; + maioria qualificada de 2/3 (INFRAÇÃO MUITO


GRAVE)

Cumulativamente ou não com qualquer das penas previstas no


EOA, pode ser imposta a restituição total ou parcial de honorários.
ART 80º: DIREITO/DEVER DE PROTESTO

Direito: Defesa das prorrogativas profissonais

Dever: Dever de patrocínio perante o cliente, por força do 100º,


n.º1 b)
Art. 88, n.º 1: dever de competência;

art. 90., nº 1: boa administração da justiça no


patrocínio;

É a última arma processual a utilizar para a defesa do patrocínio, só se

justificando quando ao advogado NÃO FOR CONCEDIDA A PALAVRA

ou NÃO LHE SEJA ADMITIDO REQUERER NO MOMENTO QUE

CONSIDERAR OPORTUNO.

1º: A primeira coisa a fazer-se não é passar para o


protesto, mas sim dizer que se quer ditar para ata um
requerimento.

2º: Quando o direito ao requerimento não é autorizado


– é quando surge o direito ao protesto.

(Advogado, ao ditar o protesto, pode fazer a indicação do


teor do requerimento que foi impedido de efetuar)
O PROTESTO tem de ser EXARADO EM ATA. – PARA O
MAGISTRADO CONSTITUI GRAVE INFRAÇÃO
DISCIPLINAR A VIOLAÇÃO DESTE PRECEITO POR
DESOBEDIÊNCIA À LEI.     (O conselho superior da magistratura

aprecia. )

80 N.º3: Pelo juiz não é facultada a ata, pode o protesto


ser apresentado por escrito na secretaria judicial. "
apresentado  via  plataforma  informática  CITIUS    

80 Nº3: O USO DO DIREITO DE PROTESTO


CORRESPONDE A INCIDENTE PROCESSUAL DE
ARGUIÇÃO DE NULIDADE – DUPLA NULIDADE  

# do ato impeditivo da formulação do


requerimento " é nulo o ato do juiz que não deu
oportunidade de requerer.
+
# da nulidade que, por via do requerimento
não admitido, se pretendia arguir. " e é nulo
aquilo que foi decretado sem o advogado ter tido a
oportunidade de intervir.
# 199.  Código  de  Processo  Civil  e
#  120.,  n.º  3,  al.  a,)  e  123.  do  Código  de  Processo  Penal.  

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