1. Para com a Ordem (Artigo 125.º EOSAE e Artigo 6.º CD)
2. Para com o Cliente (Artigo 144.º EOSAE) 3. Para com a Comunidade (Artigo 124.º EOSAE e Artigo 5.º CD)
- Responsabilidade Civil (Artigo 123.º EOSAE e Artigo 15.º CD)
- Sigilo Profissional (Artigo 127.º e 141.º EOSAE e Artigo 7.º CD)
- Informação e Publicidade (Artigo 128.º EOSAE e Artigo 8.º CD)
- Deveres Recíprocos dos Associados (Artigo 130.º EOSAE e Artigo 12.º CD)
Não prejudicar os fins e o prestígio da Ordem e de qualquer das atividades profissionais
reguladas pela Ordem; Observar escrupulosamente o disposto no código de deontologia da Ordem; Colaborar na prossecução das atribuições da Ordem; Exercer os cargos para que tenha sido eleito ou nomeado e desempenhar os mandatos que lhe forem confiados; Usar de urbanidade e de educação na relação com colegas, magistrados, advogados, trabalhadores e demais pessoas ou entidades com quem tenham contacto profissional; Recusar o exercício de funções quando suspeitar seriamente que a operação ou atuação jurídica em causa visa a obtenção de resultados ilícitos e que o interessado não pretende abster-se de tal atuação; Recusar-se a receber e movimentar fundos que não correspondam estritamente a uma questão que lhe tenha sido confiada; Ser rigoroso na gestão dos valores que lhe são confiados ou que administra no exercício das suas funções; Diligenciar no sentido do pagamento dos honorários e de demais quantias devidas aos colegas que o antecederam no mandato ou nas funções que lhe foram confiadas; Não fazer publicidade fora dos limites previstos no presente Estatuto; Não solicitar nem angariar clientes por si ou por interposta pessoa, sem prejuízo do disposto no artigo 128.º; Usar trajo profissional de acordo com o respetivo regulamento; Não recusar a aceitação do processo para que tenha sido designado oficiosamente, salvo por motivo de impedimento ou suspeição; Ter domicílio profissional, comunicando de imediato ao conselho geral a sua alteração, devendo a Ordem regulamentar as suas características essenciais em função da atividade profissional exercida; Não agir contra o direito, não usar meios ou expedientes ilegais ou dilatórios, nem promover diligências inúteis ou prejudiciais para a correta aplicação do direito, administração da justiça e descoberta da verdade; Cumprir as regras de fixação de honorários, questionando os órgãos competentes da Ordem quanto à aplicação dos mesmos, sempre que tenha dúvidas sobre a sua aplicação; Manter os seus conhecimentos atualizados, designadamente através do acompanhamento das alterações legislativas e regulamentares.
Defina os principais deveres deontológicos dos solicitadores.
Depois de bem analisados os dois conceitos (ética e deontologia) na questão anterior, compraz-me afirmar que estes são indispensáveis na vida de qualquer trabalhador, neste caso, na vida dos solicitadores, isto porque, todos aqueles que exerçam esta profissão estão sujeitos a seguir um conjunto de normas, deveres e princípios, estabelecidos no Código Deontológico e que vão de encontro com os princípios éticos que qualquer ser humano deveria adotar. Desta forma e tendo em conta o n.º 2 do Artigo 4.º do Código Deontológico dos Solicitadores e Agentes de Execução, que nos diz que “São deveres gerais de conduta profissional do solicitador e do agente de execução, designadamente, a honestidade, a probidade, a retidão, a lealdade, a cortesia e a sinceridade”, estes são os principais deveres dos solicitadores, não obstante dos deveres que constam nos números 1 e 3 do mesmo Artigo, tal como os que constam nos Artigos 5.º do Código Deontológico e 124.º do Estatuto (Deveres para com a comunidade), no Artigo 6.º do Código Deontológico e 125.º do Estatuto (Deveres para com a Ordem dos Solicitadores) e também de acordo com os Artigos 7.º do Código Deontológico, 127.º e 141.º do Estatuto, onde estes últimos têm preceituado o dever de sigilo profissional por parte dos solicitadores, sendo este essencial ao exercício da profissão, uma vez que é crucial que o solicitador transmita lealdade e confiança para o seu cliente. Posto isto, deve também em toda a sua carreira, mostrar-se prudente e leal para com os e seus clientes, com os seus colegas e ser honesto, agindo sempre em conformidade a lei. PRINCÍPIOS DO SOLICITADOR:
1. Integridade (Artigo 119.º EOSAE e Artigo 3.º CD)
2. Independência (Artigo 121.º EOSAE e Artigo 2.º CD)
Que princípios tutelam a profissão deontologicamente?
Ao analisarmos o Código Deontológico verificamos que os dois princípios previstos na lei são o princípio da integridade, artigo 2.º e o princípio da independência, artigo 3.º.
No princípio da integridade percebemos que os solicitadores são indispensáveis à
realização de tarefas de interesse público e à administração da justiça, ou seja, o seu trabalho deve ser feito de modo a que este não coloque em causa a sua profissão e que faça uma boa administração da justiça, isto é, ele tem de ser integro devendo agir com dignidade e responsabilidade para as funções que lhe são dadas a exercer.
No princípio da independência verificamos que o solicitador deve agir livre de qualquer
pressão, abstendo-se de negligenciar a deontologia profissional no intuito de agradar ao seu cliente, aos colegas, ao tribunal, a exequentes, a executados ou a terceiros, ou seja, este deve ser o mais parcial possível para consigo e para com os outros, uma vez que caso apareça alguém no seu escritório a pedir ajuda relativamente a algo e caso ele saiba que o assunto que a pessoa em questão quer tratar é um assunto perdido deve dizer lhe que ele efetivamente não vai ganhar o caso, mas pode o solicitador acompanha-lo neste, fazendo o requerimento e todos os possíveis para ajudar o cliente em questão, mas nunca lhe deve dar garantias de nada. Em relação a este princípio devemos olhar para o n.º 2 do artigo 3.º que nos diz, basicamente, que não se pode fazer tudo aquilo que quer, pois, existe uma conduta a seguir.
Estes princípios também estão patentes no Estatuto, nos seus Artigos 121.º (Integridade) e 119.º (Independência).