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I.E.E.MARCÍIO DIAS.

TORRES
“Educando para a vida”.
Professora: Margarete Larrosa
Nome:_____________________________ Turma:____ Data: ____/____/______. valor ( 60 )
Prova de L. Portuguesa( Substituição) – Conteúdos: Interpretação de Texto e Análise Sintática.
TEXTO I:
O medo Social
No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado. De repente foi assaltada
por um adolescente, que a roubou , ameaçando cortar a garganta do garoto. Dias depois, a mesma
senhora reconhece o assaltante na rua. Acelera o carro, atropela - o e mata-o, com a aprovação dos
que presenciaram a cena. Verídica
ou não, a história é exemplar, ilustra o que é a cultura da violência, a sua nova feição no Brasil.
Ela segue regras próprias. Ao expor as pessoas a constantes ataques à integridade física e moral, a
violência começa a gerar expectativas, a fornecer padrões de resposta.Episódios truculentos e
situações limite passam a ser imaginados e repetidos com o fim de caucionar a idéia de que só a força
resolve conflitos.A violência torna-se um item obrigatório na visão do mundo que nos é transmitida. Cria
a convicção tática de que o crime e a brutalidade são inevitáveis. O problema, então, é entender como
chegamos a esse ponto. Como e porque estamos nos familiarizando com a violência, tornando-a nosso
cotidiano.
Em primeiro lugar, é preciso que a violência se torne corriqueira para que a lei deixe de ser
concebida como o instrumento de escolha na aplicação da justiça. Sua proliferação indiscriminada
mostra que as leis perderam o valor normativo e os meios legais de coerção, a força que deveria ter.
Nesse vácuo, indivíduos e grupos passam a arbitrar o que é justo ou injusto, segundo decisões
privadas, dissociadas de princípios éticos válidos para todos .O crime é assim, relativizado em seu
valor de infração. Os criminosos agem com consciências felizes. Não se julgam fora da lei ou da moral,
pois conduzem-se de acordo com o que o estipulam ser o preceito correto. A imoralidade da cultura da
violência consiste justamente na disseminação de sistemas morais particularizados e irredutíveis a
idéias comuns, condição prévia para que qualquer atitude criminosa possa ser justificada e legítima.
Jurandir Freire
Questão 01
A narrativa contida no primeiro parágrafo tem a função textual de:
a) exemplificar algo que vai ser explicitado depois. b) justificar a reação social contra a violência.
c) despertar a atenção do leitor para o problema da violência. d) mostrar a violência nas grandes cidades.
e) relatar algo que vai justificar uma reação social.
Questão 02
Idéia não contida no texto é:
a) a violência cria regras próprias. b) os criminosos agem segundo regras particulares.
c) a violência aparece socialmente justificada. d) a violência aparece como algo inevitável.
e) a violência requer uma ação governamental eficiente.
Questão 03
Segundo o texto, para que a lei deixe de ser o remédio contra a violência é necessário:
a) que as leis se tornem obsoletas. b) que os governos descuidem dos problemas.
c) que a violência se banalize. d) que os marginais se tornem mais audaciosos.
e) que a violência crie regras próprias.
Questão 04
“A imoralidade da cultura da violência consiste justamente na disseminação de sistemas morais particularizados e
irredutíveis a idéias comuns...” isso significa que:
a) na cultura da violência todos os marginais pensam de forma semelhante.
b) A imoralidade da cultura da violência se localiza em pequenos grupos.
c) Na cultura da violência todos saem perdendo.
d) Na cultura da violência, os ideais comuns inexistem.
e) A violência dissemina ideais comuns irredutíveis.
Texto II
“E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo
livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que são
minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta como em um prisma. O pavão. É um arco-íris de plumas. Eu
considerei que este luxo do grande artista , atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz
ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! Minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e
deliria em mim existe apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz
magnífico. Rubens Braga
O poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu assim sobre a obra de Rubem Braga.
“O que ele nos conta é o seu dia, o seu expediente de homem, apanhado no essencial, narrativa direta e
econômica.[...] É o poeta do real, do palpável, que se vai diluindo em cisma. Dá o sentimento da realidade e o
remédio para ela”.
QUESTÃO 05:
Em seu texto, Rubem Braga afirma que “este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o
mínimo de elementos” . A afirmação semelhante pode ser encontrada no texto de Carlos Drummond , quando, ao
analisar a obra de Braga, diz que ela é:
a) uma narrativa direta e econômica b)real, palpável c)sentimento de realidade
d) seu expediente de homem e) seu remédio

Texto III
O Parto e o Tapete
Rio de Janeiro – Big nem era minha , era de um cunhado. Naquele tempo eu ainda não gostava de cachorros,
pagando por isso um preço que até hoje me maltrata. Mas, como ia dizendo, Big não era minha, mas estava de
ninhada, e meu cunhado, viajara.
De repente, Big procurou um canto e entrou naquilo que os entendidos chamam de “trabalho de parto”. Alertado
pela cozinheira , que entendia mais do assunto , telefonei para o veterinário que era amigo do cunhado. Não o
encontrei. Tive de apelar para uma emergência, expliquei a situação, 15 minutos depois veio um veterinário.
Examinou Big, achou tudo bem, pediu um tapete.
Providenciei um, que estava desativado, tivera alguma nobreza, agora estava puído e desbotado. O veterinário
deitou Big em cima, pediu uma cadeira e um café. Duas horas se passaram, Big teve nove filhotes e o veterinário
me cobrou 90 mil cruzeiros, eram cruzeiros naquela época, e dez mil por filhote. Valiam mais – tive de admitir.
No dia seguinte, com a volta do cunhado, chamou-se o veterinário oficial. Quis informações sobre o colega que me
atendera. Contei que ele se limitara a pedir um tapete e pusera Big em cima. Depois pedira um café e uma cadeira,
cobrando-me 90 mil cruzeiros pelo trabalho.
O veterinário limitou-se a comentar: “Ótimo! Você teve sorte, chamou um bom profissional!”. Como? A ciência
que cuida do parto dos animais se limita a colocar um tapete em baixo?
“Exatamente. Se tivesse me encontrado, eu faria o mesmo e cobraria mais caro, moro longe.
Nem sei por que estou contando isso. Acho que tem alguma coisa a ver com a sucessão presidencial. Muitas
especulações, um parto complicado, que requer veterinário e curiosos. Todos darão palpites, todos se esbofarão
para colocar o tapete providencial que receberá o candidato ungido, que nascerá por circunstância que ninguém
domina.
E todos cobrarão caro.
Carlos Heitor Cony - Folha de S. Paulo- 2001
QUESTÃO 06
A associação entre o episódio narrado e a sucessão presidencial apóia-se:
a) no argumento de que dos dois nascerá algo de grande valia e importância.
b) na idéia de que, num e outro caso, cumpre-se rituais que pouco interferem nos fatos, mas que têm alto preço.
c) no fato de que sempre se estendem tapetes aos líderes poderosos que estão por vir.
d) na suposição de que as emergências são iguais por mais que diferentes que pareçam.
e) na constatação de que a sucessão requer o envolvimento de especialistas e muita precisão.
QUESTÃO 07
Observe as frases I e II, extraídas do texto:
I- “Big nem era minha, era de um cunhado.”
II- “Big não era minha, mas estava para ter ninhada, e meu cunhado viajara”.
É correto dizer que o narrador
a) em I, sugere estar desobrigado em relação ao animal; em II, faz ressalva a essa desobrigação.
b) em I, afirma ser estranho ao animal; em II reitera sua indiferença em relação a este.
c) em I , exprime desprezo pelo animal; em II, manifesta um mínimo de consideração pelo destino deste.
d) em I, nega ter vínculos com o animal; em II, critica o cunhado que se ausentou, deixando Big aos cuidados
de outrem.
e) em I, mostra-se longe de ter responsabilidade pelo animal; em II, invoca a responsabilidade do legítimo
proprietário.
QUESTÃO 08
Ao afirmar “tive de admitir”(final do 3 parágrafo), o narrador dos fatos está indicando que:
a) constatou a verdadeira importância do profissional que assistira Big, em seu trabalho de parto.
b) Tomou consciência de que pagara mais do que valia os filhotes de Big no mercado.
c) Se curvou ao argumento empregado pelo veterinário para justificar o preço pelo serviço.
d) Se estarreceu com o valor que um filhote pode atingir e com o preço que cobram os veterinários.
e) Pagou pelos filhotes um preço justo, já que valiam mais do que dez mil cruzeiros.
QUESTÃO 09
A frase que traz implícita a idéia de mudança de situação é:
a) Naquele tempo eu ainda não gostava de cachorros
b) Nem sei por que estou contando isso.
c) Examinou Big, achou tudo bem, pediu um tapete.
d) Quis informações sobre o colega que me atendera
e) Ótimo! Você teve sorte, chamou um bom profissional.
Gramática
Questão 10
Na frase: “Não se fazem motocicletas como antigamente.” Aponte e classifique o sujeito.

Questões: Classifique o sujeito das orações:


11. “Lá no morro uma luz somente havia.”
12. Assassinaram mais um líder rural.
13. Ele faz treze anos amanhã.
14. “Não existe pecado do lado de baixo do equador.”
15. Acordei de um sonho.
16. Faz oito anos que mudamos para o Brasil.

Questões: Faça a análise sintática das orações.

17. Oferecemos uma medalha a Carlos.

18. Os passageiros esperavam o trem.

19. Ninguém acredita em você.

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