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SEGUROS ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA

Nº 1415, DE 14 DE OUTUBRO 2011,


E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

DE SAÚDE

Seguradoras
rejeitam
seguro
vitalício Alguns operadores já haviam considerado
comercialmente pouco viável o modelo de seguro de
saúde vitalício apresentado ao mercado no ano passado,
quando o Instituto de Seguros de Portugal colocou o
projeto em consulta pública. O agravamento da crise
económica veio agora acentuar as críticas ao projeto,
com a generalidade das companhias de seguros a
recusar incluir tal oferta no seu portefólio.

Pág. III

ESTUDO BOP HEALTH – OS TENDÊNCIAS


PORTUGUESES E A SAÚDE
Segurados mais protegidos
Cortes nas comparticipações contra doenças graves
põem orçamentos familiares Pág. V

em risco
Pág. II

ENTREVISTA A RITA SAMBADO


“A inovação tecnológica
será um dos grandes
 
Pág. IV
II sexta-feira, 14 outubro de 2011
SEGUROS DE SAÚDE
BARÓMETRO CONFIRMA PREOCUPAÇÃO ELEVADA DOS PORTUGUESES

Cortes nas comparticipações


põem orçamentos familiares em risco
As reduções de
comparticipação em alguns Quais as alterações na gestão do seu orçamento familiar provocadas pelo
medicamentos obrigam os novo regime de comparticipação?
portugueses a refazer as contas
ao orçamento familiar e alguns
deles estão já a abdicar de
parte da sua medicação por
não conseguirem fazer face aos
elevados gastos na farmácia.
É o que conclui a terceira
vaga do estudo “BOP Health
- Os Portugueses e a Saúde”,
onde pelo menos ¼ dos
portugueses estão insatisfeitos
com o sistema de saúde em
Portugal. A maior parte das
queixas dizem respeito ao setor
público.
ANA SANTOS GOMES
anagomes@vidaeconomica.pt

Mais de quatro milhões de portugue- Fonte: BOP Health: os Portugueses e a Saúde 3ª Vaga (Setembro 2011)
ses admitem que o novo regime de com-
participações de medicamentos os vai
obrigar a fazer cortes no seu orçamento
familiar. E pelo menos 1,2 milhões de
portugueses assumem que irão abdicar pontos percentuais, de 4,5 para 14,5 por gueses são os tempos de espera para acesso a de espera. Bem mais elevado é o grau de
de alguns medicamentos necessários na cento. E é população idosa, não ativa, com consultas médicas e também nos serviços de apreciação das instituições privadas que
sequência da entrada em vigor de um níveis de instrução mais baixos e residente urgência, que coincide com o menor grau prestam cuidados de saúde e que merecem
novo regime de comparticipação. Estas na zona Sul e Ilhas aquela que diz ser mais de satisfação dos inquiridos. Entre os fato- nota positiva de 68,9% dos inquiridos. As
são algumas das conclusões da terceira atingida com este tipo de medidas. res que os portugueses menos criticam estão condições das infraestruturas e a simpatia
vaga do Barómetro “BOP Health – Os Numa análise ao setor da saúde, os portu- a competência, simpatia e disponibilidade dos profissionais são os fatores que reco-
Portugueses e a Saúde”, desenvolvido gueses revelam um grau de satisfação muito dos profissionais de saúde. lhem avaliação mais elevada por parte dos
pela empresa Spirituc – Investigação baixo. Pelo menos 23,5% dos portugueses Dentro do Serviço Nacional de Saúde, inquiridos. Muitos deles acedem a este
Aplicada, em parceria com a Guess What que participaram no barómetro assumiram são os hospitais públicos que ainda vão tipo de prestador de cuidados de saúde
PR e o Grupo Havas Media. estar pouco ou nada satisfeitos com o siste- merecendo alguma consideração, sendo através de contratos de seguros de saúde.
Realizado em julho, com base em 645 ma de saúde, sobretudo com o sistema pú- apreciados por 37,1% dos inquiridos. O O barómetro confirmou ainda, com base
questionários, o estudo conclui também blico. Ainda assim, a 3ª vaga do barómetro grau de satisfação para com os cuidados na amostra analisada, que 22,8% da po-
que tem vindo a aumentar o número de reflete uma inversão na perceção dos por- públicos de saúde é globalmente baixo, e pulação adulta beneficia atualmente de
portugueses que está já a proceder a cortes tugueses em relação ao setor, já que esta foi especial no que diz respeito aos tempos um seguro de saúde.
no seu orçamento devido ao novo regime a primeira vez, desde o início de 2010, que
de comparticipação de medicamentos. Só os níveis de satisfação dos portugueses com
no primeiro semestre deste ano, esse nú- o setor da saúde registaram um crescimen-
mero aumentou 8 pontos percentuais, de to, chegando mesmo a ultrapassar a barreira
Posicionamento competitivo dos actuais players
39,7 para 47,8%. Entre aqueles que estão psicológica dos 50%. no sector da saúde em Portugal
a prescindir de medicamentos que consi- Os fatores mais valorizados pelos portu-
deram necessários, o aumento foi de 10 Hospitais Centros de Clínicas/Hospitais
Públicos Saúde /USF Privados
Tempo de espera para consultas 4,55 5,05 7,19
médicas
Tempo de espera nos serviços de 4,41 5,08 6,98
urgência
Tempo de espera para intervenções 4,78 5,17 7,20
cirúrgicas
Facilidade em realizar exames de 5,80 5,94 7,35
diagnóstico
Condições de internamento 6,24 5,77 7,51
Condições das infra-estruturas 6,24 6,22 7,66
(espaços de atendimento, espaço
de consultas, serviços de apoio
-refeitórios, bares, etc.)
Disponibilidade dos profissionais de 6,56 6,53 7,61
saúde
Simpatia dos profissionais de saúde 6,78 6,70 7,66
Competência dos profissionais de 7,05 6,90 7,59
saúde
Média Ponderada 5,85 6,00 7,43
Fonte: BOP Health: os Portugueses e a Saúde 3ª Vaga (Setembro 2011)
SEGUROS DE SAÚDE sexta-feira, 14 outubro de 2011 III

CRISE ECONÓMICA ACENTUOU SENTIMENTO DE INVIABILIDADE COMERCIAL

Seguradoras rejeitam seguro de saúde vitalício


Corre o risco de ficar
definitivamente na gaveta o
projecto de introdução do
seguro de saúde vitalício em
Portugal, nos moldes em
que o Instituto de Seguros
de Portugal apresentou em
projecto no Verão do ano
passado. Com o agravamento
da crise económica, as
companhias de seguros
questionam a viabilidade
comercial deste seguro e
rejeitam incluir uma apólice
desta natureza na sua oferta.
ANA SANTOS GOMES
anagomes@vidaeconomica.pt

As companhias de seguros não estão


dispostas a avançar com a comercialização
de contratos de seguro de saúde vitalício,
nos moldes em que o Instituto de Segu-
ros de Portugal apresentou em projeto de
consulta pública, em junho de 2010. Se
até aqui vários tinham sido os operadores
a questionar a dimensão do mercado que
tal produto poderia atingir, partindo do
princípio de que obrigaria a um esforço
financeiro significativo dos seus subscri-
tores, agora, com o agravamento da crise em percentagem dos rendimentos, dado Massificação quase impossível pio fundamental da atividade, não ope-
económica, a generalidade dos operadores que é praticamente incomportável em sis- ra, tornando inviável a exploração dessa
diz “NÃO” à ideia de avançar com tal tipo tema de prémios ‘idade a idade’ a pessoa “Esse era um projeto do anterior Go- linha de produto”.
de produto na sua oferta. pagar os prémios correspondentes aos últi- verno, que, face ao atual contexto go- E as críticas prosseguem. No BES Segu-
Com efeito, o projecto que o ISP apre- mos anos de vida”, explica. “Desta forma, vernativo, estará, no imediato, posto de ros, Afonso Barata, director de Marketing
sentou no ano passado prevê que os clien- o valor a pagar para adquirir este tipo de parte”, deduz Rui Meireles, diretor téc- e Comercial do braço segurador do Ban-
tes aceitem o chamado “nivelamento de seguro é claramente mais elevado dos que nico de Saúde da Generali. “Neste mo- co Espírito Santo, prevê que “dificilmente
preços” para subscrever um seguro de saú- nos seguros que compõem a oferta atual. mento ainda não sabemos se o tema será este tipo de seguro se irá massificar em
de vitalício, sendo logo calculada a evolu- Isso torna-se muito mais evidente em mo- retomado, mas não será expectável que Portugal”. Uma antevisão justificada, diz
ção do prémio do seguro para toda a po- mentos de crise económica como o atual”, haja desenvolvimento no curto prazo”, o mesmo responsável, “face ao contexto
tencial vigência do contrato, repartindo-o acrescenta o responsável da Allianz. prevê o mesmo responsável. Na AXA, atual e considerando que este tipo de se-
ao longo dos anos e logo desde o início da Várias seguradoras comercializam já se- que não impõe idade limite de perma- guro implica um prémio bastante elevado
apólice. Assim, os segurados jovens pagam guros de saúde sem limite de idade de per- nência aos subscritores da sua apólice face à atual oferta do seguro de saúde”.
nos primeiros anos do contrato um prémio manência do segurado, desde que este subs- de seguro de saúde, vendida nos mol- Na Liberty Seguros, Paulo Ferreira, di-
superior àquele que pagariam num seguro creva a apólice antes de atingir determinada des convencionais, Alexandra Catalão, retor da Área de Particulares e Pessoas,
de saúde comum, de base anual, pois co- idade, que pode variar entre os 45 e os 55 diretora de Oferta e Segmentos Estraté- alega que “um seguro de saúde com estas
meçam desde logo a suportar o custo do anos. É o que acontece na CA Seguros, do gicos, afirma com veemência que “este características terá sempre um custo mui-
seguro que teriam de pagar em fase mais grupo Crédito Agrícola, se o cliente subs- tipo de seguro será comercialmente to elevado e inacessível à grande maioria
avançada da sua vida. crever o seguro antes de completar 55 anos. inviável” e na Groupama, Paulo Mas- dos portugueses, em especial, quando não
“O momento atual é altamente inibidor Mas também aqui não há convicção na co- carenhas, responsável pelos seguros de subscrito em idades mais jovens”. O res-
do lançamento de uma solução deste tipo”, mercialização do seguro vitalício, nos mol- Saúde e Acidentes, diz que “não se pers- ponsável da Liberty conclui, assim, que “o
constata José Francisco Neves, director de des apresentados pelo ISP. “A par de uma pectivam nichos de mercado em Portu- agravamento da crise, com a redução sig-
Gestão de Produtos Saúde e Acidentes de evidente recessão económica, confrontamo- gal que tenham a capacidade financeira nificativa do rendimento disponível para
Trabalho da Allianz Portugal. “Os seguros nos principalmente com uma insuficiente de suportar um seguro de saúde vitalí- as famílias, poderá, de facto, diminuir a
de saúde vitalícios implicam nivelamen- massa crítica no mercado para este tipo de cio”, Seguindo esta lógica de raciocínio, faixa da população com condições para a
to de prémios ao longo de toda a vida da seguro”, afirma Tiago Corrêa, diretor da Paulo Mascarenhas conclui que “ao não sua aquisição, limitando a viabilidade da
pessoa segura, ou em valor absoluto ou Área de Subscrição da CA Seguros. existir volume, a mutualidade, princí- comercialização do produto”.
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IV sexta-feira, 14 outubro de 2011
SEGUROS DE SAÚDE
RITA SAMBADO IDENTIFICA ESTRATÉGIAS PARA MELHORIA DE RENTABILIDADE DOS SEGUROS DE SAÚDE

“A inovação tecnológica será


um dos grandes desafios do setor”
As crescentes limitações desafios do setor. Devemos mudar de para-
digma, aumentando a aposta continuada
do Estado Social desafiam que fazemos na prevenção. É importante
o mercado de seguros de termos em conta que se estima que os custos
saúde a responder com mais associados à prevenção são genericamente
inferiores aos custos associados ao tratamen-
eficácia às necessidades dos to da doença.
portugueses, embora tal acentue Outra tendência passará por aumentar a
a obrigatoriedade de controlar proteção social através do alargamento das
garantias de prestação dos cuidados de saú-
custos com sinistros, confirma de, com maiores níveis de assistência, para
Rita Sambado, diretora de clientes mais idosos. Esta necessidade surge
sobretudo pela concentração da população
Marketing do braço segurador em idades mais avançadas e pelo modelo so-
do grupo Caixa Geral de cial muito assente na autonomia da pessoa, o
Depósitos, onde a Multicare, que leva à procura de soluções de saúde mais
abrangentes, como sejam o caso de residên-
líder do mercado de seguros cias assistidas.
de saúde, tem apostado na Em termos de produtos, acreditamos que
prevenção e nas medicinas se confirme a tendência até agora verificada
da procura de capitais de seguro mais eleva-
alternativas para reforçar a dos, sobretudo em termos de internamento,
carteira de clientes. de forma a garantir uma proteção mais com-
pleta.
ANA SANTOS GOMES
anagomes@vidaeconomica.pt
VE – Os clientes valorizam a integração
Vida Económica – Criaram um plano de uma cobertura de Medicina Preventi-
de Medicinas Integradas, permitindo ao va no seu seguro de saúde?
cliente usufruir dos benefícios do seguro RS – Uma sociedade prevenida é uma so-
quando recorre a terapêuticas não con- ciedade mais saudável e mais sustentável. E,
vencionais. Porque sentiram que o de- de facto, a preocupação com a saúde já não
viam fazer? acontece só no momento da doença, mas
Rita Sambado – Porque consideramos muito mais cedo no processo, quer através
que o papel da Multicare, enquanto líder de da adoção de hábitos de vida saudável, quer
mercado, é acompanhar as necessidades dos através da monitorização regular do estado de
seus clientes. Assim, a criação deste plano de- saúde das pessoas. A prevenção assume assim
correu da identificação de uma mudança que um papel cada vez mais premente, permitin- “É importante termos em conta que se estima que os custos associados à prevenção são generica-
se tem vindo a observar no comportamento do que nos mantenhamos saudáveis e ativos mente inferiores aos custos associados ao tratamento da doença”, salienta Rita Sambado.
dos consumidores em relação à abordagem no dia-a-dia. E é também através dela que cia nas coberturas de ambulatório e estoma- RS – A cobertura de Proteção ao Paga-
que assumem perante a sua saúde, procuran- vamos podendo monitorizar o estado geral tologia, a sua utilização torna-se mais fácil e mento dos Prémios de Seguro surgiu na se-
do várias soluções e formas alternativas de da nossa saúde e que vamos tendo pequenas adequada por quem não pode ter acesso a quência da política de inovação da Multica-
olhar para a mesma realidade. Como resulta- pistas para a melhorar. Partindo da responsa- planos de saúde, quer seja por motivos de re, enquanto marca que privilegia a relação
do, desenvolvemos o Plano Medicinas Inte- bilidade que nos advém como maior grupo saúde quer seja por limites de idade. do cliente com a saúde. Esta cobertura per-
gradas concebido para quem quer o melhor português, faz-nos sentido fazer esse inves- Os cartões que incluem as coberturas de mite ao cliente manter o seu seguro de saúde,
de dois mundos, permitindo o acesso a uma timento na mudança de paradigma de vida ambulatório e estomatologia são os mais em situações imprevistas, como por exem-
rede de Terapêuticas Não Convencionais e à das pessoas, melhorando substancialmente a procurados, uma vez que essas são as cober- plo, em caso de desemprego. E, porque foi
rede médica convencional da Multicare, in- qualidade das suas vidas futuras. Neste senti- turas mais procuradas pelos clientes. Neste pensada para apoiar o cliente em situações
cluindo também um capital de internamen- do, e assumindo uma vez mais um papel de contexto, o Activcare Geral é o cartão mais adversas, a sua inclusão no plano é gratuita.
to para manter salvaguardados os riscos mais inovador no mercado, incluímos a Medicina procurado, uma vez que permite o acesso a
graves e imprevistos. Preventiva como cobertura base, em todos os estas duas coberturas. VE – As crescentes limitações do Es-
Acreditamos que as Terapêuticas Não Planos de Saúde da Oferta Global de Saúde, tado Social parecem empurrar os portu-
Convencionais vêm preencher uma lacuna permitindo assim a monitorização de estado VE – Os aumentos de franquias/copa- gueses para a procura de cuidados de
e trazer benefícios comprovados através do geral de saúde e otimização da utilização do gamentos são habitualmente estratégicos saúde privados, mas esbarra, por outro
recurso a técnicas, cujas valências são já reco- seguro de saúde. para evitar o aumento de prémios neste lado, nas igualmente crescentes limita-
nhecidas por muitos. Este produto permite, ramo. Foi esta a opção seguida pela Mul- ções ao poder de compra da população.
assim, aceder, a preços mais acessíveis, a uma VE – Como tem evoluído a procura dos ticare em 2011? Como será em 2012? Num cenário dicotómico como este, que
rede de Terapêuticas Não Convencionais (ou cartões Activcare? O perfil do seu utiliza- RS – O mercado está em constante mo- potencial de crescimento tem o seguro
Alternativas) como sejam a Acupuntura, Ho- dor esbarra no consumidor que não dis- vimento e as atualizações da carteira dos de saúde em Portugal?
meopatia, Osteopatia, Quiroprática e Natu- põe de seguro de saúde? Qual o cartão seguros de saúde são parte integrante da RS – Diria que o primeiro grande desa-
ropatia, para consultas e tratamentos e à rede com maior índice de procura? sua evolução. Porém, temos como objetivo fio que se colocará ao setor segurador é a
de prestadores Multicare, nas coberturas de RS – Na nossa ótica, os portugueses com- primordial não mexer nos prémios. No en- capacidade de resposta às necessidades cres-
Ambulatório e Estomatologia, completando pram cartões de desconto por duas grandes tanto, e dependendo da avaliação económi- centes de saúde da população. Não é possí-
assim a visão de um acesso à saúde integrado razões, ou por ambicionarem cuidados de ca, poderá ser necessário efetuar ajustes nas vel continuarmos com níveis crescentes de
e completo, em todas as suas vertentes. saúde com maior abrangência face aos cuida- franquias/copagamento, salvaguardando as despesas de saúde e com o correspondente
dos prestados pelo SNS ou para terem acesso coberturas de risco, que são a essência do se- desequilíbrio das contas públicas. O Estado
VE – A inovação tem sido, aliás, uma a esses serviços de uma forma mais acessível. guro de saúde. contará naturalmente para este efeito com as
das bandeiras da Multicare neste mer- Para problemas mais graves de saúde, de seguradoras, no sentido de disponibilizarem
cado. Em que vertentes poderá o seguro maior risco ou que impliquem uma despesa VE – Recentemente, incluíram nas soluções abrangentes de resposta em termos
de saúde estar mais propenso a inovação elevada por parte do Cliente, a preferência apólices uma proteção ao pagamento do de saúde e, com as pessoas, no sentido de
nos próximos tempos? continua a recair nos planos de saúde ou nos prémios, a pensar nos clientes que pu- investirem na sua saúde, adotando uma pos-
RS – O futuro do setor deverá necessaria- cuidados públicos. dessem enfrentar situações de desem- tura de prevenção. No seguimento da redu-
mente passar por uma melhoria da rentabili- Os cartões de consumo da Multicare – os prego. Esta decisão surgiu para contrariar ção da participação do Estado, será também
dade, uma vez que as taxas de sinistralidade Activcare – são uma forma simples de se ter o crescente índice de anulações que o necessário fomentar a auto-sustentabilidade
atingem níveis muito elevados. Desta forma, acesso a cuidados de saúde. Uma vez que não mercado de seguros de saúde tem estado individual, promovendo a “poupança para a
a inovação tecnológica será um dos grandes têm limites de idade nem períodos de carên- a registar? saúde”.
SEGUROS DE SAÚDE sexta-feira, 14 outubro de 2011 V

COBERTURAS DE UM MILHÃO DE EUROS SÃO CADA VEZ MAIS FREQUENTES

Segurados mais protegidos contra doenças graves


Coberturas específicas generalidade das companhias que Barata, diretor de Marketing do
já o fizeram disponibiliza atual- BES Seguros.
para fazer face a mente uma cobertura com capital É geralmente através de parcerias
tratamentos ao cancro, de um milhão de euros para am- estabelecidas com redes internacio-
cirurgias ao coração ou pliar a proteção do segurado em nais de prestadores de cuidados de
caso de doença grave. “Infelizmente saúde que as companhias de segu-
ao cérebro e transplantes todos nós conhecemos alguém que ros conseguem disponibilizar aos
de órgãos são cada vez já passou por uma situação destas. seus segurados o acesso a médicos
mais procuradas pelos Esta proximidade com uma doença e clínicas espalhados pelo Mundo.
grave, a noção de que a pessoa fica Muitas vezes, é desta forma que os
portugueses, que assim emocionalmente muito fragilizada, segurados conseguem aceder a tra-
veem abertas as portas de desperta-nos para a necessidade de tamentos inovadores, que podem
uma maior proteção, quer ao nível não estar ainda a ser implementa-
prestadores de cuidados da qualidade dos técnicos de saúde, dos em Portugal. Noutros casos, as
de saúde em todo o quer ao nível do conforto e tranqui- redes internacionais, como a pres-
Mundo lidade dos meios hospitalares, que, tigiada Best Doctors, são chamadas
num caso destes, são essenciais ao a fornecer uma segunda opinião
ANA SANTOS GOMES bem-estar emocional do paciente”, médica. “Nestas situações, em que tura de Doenças Graves em dois ralmente cobertos pelo conceito de
anagomes@vidaeconomica.pt
constata Gustavo Barreto, dire- os tratamentos atingem custos in- planos do seu seguro de saúde por “Doenças Graves” os tratamentos
tor de Marketing e Comunicação suportáveis para a grande maioria entender que “esta é uma grande de cancro que envolvam tumores
O risco de não ter capacidade
da Médis. “Fazer face ao volume das pessoas, o acesso rápido às mais mais-valia para o cliente, que per- malignos, as cirurgias by-pass de
financeira para enfrentar uma do-
considerável de despesas que uma avançadas terapêuticas revela-se in- mite, por um lado, o alargamento coração aberto para correção de
ença grave e suportar os respetivos
situação destas pode representar é dispensável para um maior confor- dos capitais de seguro disponíveis estenose de um mínimo de duas
tratamentos, geralmente dispen-
uma clara preocupação da maioria to psicológico dos clientes e igual- para fazer face a tratamentos de artérias coronárias, as cirurgias de
diosos e/ou prolongados, pode ser
das pessoas. Essa foi uma das razões mente uma maior probabilidade doenças graves e, por outro lado, válvulas cardíacas para substitui-
assustador para muitos portugueses
que nos levaram a incluir uma co- de sucesso dos tratamentos”, alega o acesso a uma vasta rede médica ção total de uma ou mais válvulas
e são cada vez mais aqueles que, já
bertura de doenças graves no nosso Paulo Ferreira, diretor da Área de internacional, onde o cliente po- ou tratamento de doença, as neu-
dispondo de um seguro de saúde,
seguro de saúde com capital de um Particulares e Pessoas da Liberty, derá ter acesso às melhores práticas rocirurgias com intervenções do
optam por subscrever uma cober-
milhão de euros, colmatando assim que também disponibiliza um ca- médicas, quer de diagnóstico, quer cérebro ou de outras estruturas in-
tura específica para este fim. Por
os limites insuficientes que ofere- pital de um milhão de euros especi- de tratamento”, justifica Alexandra tracranianas e ainda os transplantes
seu turno, é também crescente o
cem as coberturas de internamen- ficamente para fazer face a este tipo Catalão, diretora de Oferta e Seg- de órgãos resultantes de perda total
número de seguradoras que pro-
to e ambulatório para este tipo de de doenças. O mesmo acontece mentos estratégicos da AXA. ou danos irreversíveis da respetiva
movem esta opção dentro do seu
situações”, explica também Afonso com a AXA, que integrou a cober- No mercado segurador, estão ge- função orgânica.
seguro de saúde convencional e a

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VI sexta-feira, 14 outubro de 2011
SEGUROS DE SAÚDE
PORTUGUESES TEMEM REDUÇÃO DE QUALIDADE DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

Sem seguro de saúde é que não!


O agravamento da crise ANA SANTOS GOMES
anagomes@vidaeconomica.pt
ção Portuguesa de Seguradores operadores falam em mais subs- valorizados, pelo que esta mo-
(APS) confirma precisamente crições que anulações, num sal- dalidade de seguro continua em
económica reduziu o o contrário. “Os dados mais do claramente positivo. “Poderá crescimento no mercado”.
“O receio do imprevisto e as
poder de compra dos alterações que têm vindo a ocor- recentes, referentes a julho de ser um indicador que mostra Há, no entanto, quem ne-
portugueses, mas a rer no Serviço Nacional de Saú- 2011, evidenciam um cresci- que as famílias portuguesas en- cessite de renegociar condições
de são argumentos fortes para a mento do volume de prémios caram os seguros de saúde como com a seguradora e essa é uma
manutenção do seguro de 3,3% face ao período ho- uma mais-valia, tendo em con- realidade bem presente nos dias
manutenção do seguro”, cons-
de saúde continua a ser tata Gustavo Barreto, diretor mólogo”, informa fonte oficial ta que os custos com saúde são que correm. Evitando recorrer
uma das prioridades de Marketing e Comunicação da associação. Só entre janeiro usualmente avultados e através à anulação da apólice, muitos
da Médis. “Verificamos mesmo e julho foram emitidos prémios do seguro têm acesso a preços subscritores preferem abdicar de
das famílias, que no montante de 345,1 milhões convencionados e/ou coparti- coberturas ou reduzir o número
que em situações de dificuldade
reconhecem na há este esforço em manter o se- de euros. cipados em unidades privadas, de pessoas seguras, nos casos em
“As preocupações com a saúde com qualidade superior e maior que vários elementos do agrega-
apólice a porta de guro, senão para a família, pelo
continuam a ser prioritárias e os rapidez do que através do Servi- do familiar estavam abrangidos.
acesso a cuidados de menos para as crianças”, refere
o mesmo responsável, eviden- clientes percecionam o seguro ço Nacional de Saúde”, sustenta Constata Tiago Corrêa, diretor
saúde privados. E os ciando uma decisão comum a de saúde como uma mais-valia Alexandra Catalão, diretora de da Área de Subscrição da CA
significativa na sua qualidade Oferta e Segmentos Estratégi- Seguros, que “a atual conjun-
anunciados cortes muitas que se veem obrigadas
de vida, sendo uma proteção cos da AXA. tura económica pode ter maior
a rever prioridades dentro do
no Serviço Nacional orçamento familiar, à medida extra em caso de risco de saú- E a realidade não difere mui- impacto no ‘downgrade’ de co-
de Saúde podem que a crise lhes vai diminuindo de, pelo que estão dispostos to no segmento empresarial, berturas do que está a ter na
o poder de compra. a manter este benefício como onde o seguro de saúde é uma anulação de contratos. Se, por
influenciar a procura complementaridade ao Servi- realidade mais antiga e habi- um lado, os clientes estão cons-
Com efeito, as dificuldades
de seguros já a curto económicas que muitos agre- ço Nacional de Saúde (SNS)”, tualmente concedida aos cola- cientes das dificuldades eco-
prazo gados familiares enfrentam nos explica Rita Sambado, direto- boradores a título de benefício nómicas que atravessam, por
dias que correm levariam a pre- ra de Marketing da Fidelidade social. José Francisco Neves, outro lado, não prescindem de
sumir que os seguros de saúde, Mundial e Império Bonança, diretor de Gestão de Produtos ter uma proteção mínima para
que constituem seguros não do grupo Caixa Geral de Depó- Saúde e Acidentes de Trabalho a sua saúde e do seu agregado,
obrigatórios, seriam facilmente sitos. E mesmo reconhecendo da Allianz, confirma que “tam- pois temem a falta de resposta
riscados da lista de serviços a que a crise tem obrigado a al- bém nas empresas o seguro de do Serviço Nacional de Saúde”.
manter ativos, mas a Associa- gumas anulações de apólices, os saúde é um dos benefícios mais Pelo mesmo diapasão afina Rui

Preços diferentes, coberturas diferentes


Tenha muita atenção antes de mercado apresentam pacotes de no grau de proteção que se quer que conjugue as coberturas de dos planos apresentados
comparar propostas de seguro coberturas muito diferenciadas, contratar. hospitalização e ambulatório, inclui outras coberturas, que
de saúde simplesmente com com limites de capital A tabela aqui apresentada reúne que constituem as coberturas importa também apreciar. E os
base no prémio anual. Os igualmente diversos e que as melhores propostas de cada mais procuradas pelos potenciais segurados devem
planos de saúde disponíveis no podem fazer toda a diferença companhia para um seguro portugueses. A generalidade ainda observar as franquias

Fidelidade Império
Companhia Açoreana Allianz AXA BES Seguros CA Seguros Generali Groupama Liberty Lusitania
Mundial Bonança
Imed Económico Hospitalização e Lusitania Saúde
Plano Equilíbrio Simples Solução 1 Essencial Moderato Medium Essencial Liberty Saúde 1
Classic Ambulatório Pleno2
Rede Advance Care
Advance Care Allianz Saúde Advance Care Advance Care Médis Multicare Advance Care Multicare Multicare Médis
Convencionada
Capital J 2.500 50 000 J 30 000 J 10 000 J 12 500 J 20 000 J 20 000 J 25 000 J 20 000 J 20 000 J 20.000 J
Hospitalização
Franquia J 250 250 J 150 J n.a. 300 J 250 J n.a. 250 J 250 J 0J 0J
Comparticipação 100% 100% 100% 90% 100% 100% 90% 100% 100% 100% 90%
na rede
Comparticipação 45% 70% 50% 60% 35% 50% 60% 60% 50% 35% 55%
fora da rede
Capital Ambulatório J 250 1 500 J 2 500 J 1 000 J 1 000 J 1 000 J 2 000 J 1 250 J 1 000 J 1 000 J 1.500 J
Comparticipação 100% 100% 100% 90% 100% 100% 90% 50% 100% 100% 90%
na rede
Comparticipação 45% 50% 80% 60% 35% 50% 60% 0% 50% 35% 55%
fora da rede
Outras coberturas Avaliação de saúde; 2ª opinião 2ª opinião médica; assistência; Fisioterapia; 2ª pequena rede bem- Estomatologia pequena Parto; benefício
incluídas 2ª op. médica intern; média; doenças extensão Espanha; 2ª op. Médica opinião Best cirurgia; parto, estar, extensão cirurgia; parto, diário; 2ª op.
rede Bem-Estar; graves; assist. rede bem-estar; internacional; Doctors; Ask 2ª opinião estrangeiro, 2ª opinião Médica; rede
assistência viagem; assist. assistência, rede Espanha Best Doctors Best Doctors, assistência Best Doctors, Bem-Estar; Linha
Portugal; subsídio subsídio diário extensão médica extensão Emergência; Assist.
hospitalização e estrangeiro, domicílio e estrangeiro, Domiciliária; rede
deslocação medicina viagem, 2ª medicina Espanha
preventiva; opinião médica preventiva;
protecção de internacional protecção de
pagamento pagamento
Prémio
10 anos J92,41 309,34 J 251,97 J 188,70 J 218,91 J 330,14 J 205,91 J 174,32 J 330,14 J 226,57 J n.a.
20 anos J92,41 277,27 J 293,00 J 191,48 J 218,91 J 364,13 J 205,91 J 187,39 J 364,13 J 226,57 J 276,11 J
30 anos J111,84 378,92 J 371,74 J 261,90 J 272,40 J 479,83 J 303,77 J 252,71 J 479,83 J 281,26 J 326,33 J
40 anos J127,49 409,31 J 445,28 J 307,82 J 364,09 J 572,02 J 354,99 J 303,89 J 572,02 J 375,80 J 389,53 J
50 anos J154,23 523,18 J 618,00 J 361,97 J 475,81 J 698,66 J 443,67 J 436,73 J 698,66 J 492,89 J 513,52 J
60 anos J215,57 833,07 J n.a. 473,17 J 789,67 J 1 090,94 J 693,01 J 655,08 J 1 090,94 J 828,26 J 714,44 J
Idade limite 60 60 50 64 64 60 60 55 60 64 60
subscrição
Idade limite sem limite* sem limite sem limite sem limite* sem limite* 70 75*** 70 70 sem limite* sem limite**
permanência
Descontos para 5 a 20% 4 a 13% 2,5 a 15% 2,5 a 15% 10 a 15% 10 a 20% 7,5 a 20% 10 a 23% 10 a 20% 10 a 15% 2,5 a 15%
agregado familiar
n.d.: não divulgado n.a.: não aplicável * desde que subscrito até aos 55 ** desde que subscrito até aos 50 *** desde que subscrito até aos 45
SEGUROS DE SAÚDE sexta-feira, 14 outubro de 2011 VII

Meireles, diretor técnico de Popular Seguros, acredita que, gueses”, afirma Paulo Ferreira, derão perspetivar-se soluções de nómica transversal a vários seto-
Saúde da Generali, segundo o “com o expectável decréscimo diretor da Área de Particulares autêntica complementaridade, res, os cortes orçamentais acima
qual “o crescimento da fatura- dos serviços assegurados pelos e Pessoas da Liberty, para quem caso contrário o caráter suple- dos 10% ao SNS têm vindo a
ção é menos acentuado do que serviços públicos de saúde, as se- “o número de pessoas seguras tivo manter-se-á, sendo que as reduzir a adesão dos utentes nas
em anos anteriores, pois, com a guradoras vão seguir a estratégia continuará certamente a crescer, soluções de baixo custo serão as respetivas instituições de saúde.
contração do poder de compra, de ajustar a sua oferta de segu- embora a um ritmo mais lento mais procuradas, genericamen- Os seguros de saúde continuam
os seguros de saúde mais pro- ros de saúde às necessidades das e possivelmente com subscri- te”. a ser muito procurados, uma vez
curados são aqueles com menor famílias portuguesas, lançando ção de pacotes mais limitados E se as críticas ao serviço que há um sentimento generali-
leque de coberturas”. novos planos de coberturas mo- de coberturas, por via das difi- prestado pelo SNS já foram, ao zado de que o SNS não corres-
dulares e criando soluções para culdades económicas”. Também longo dos anos, catalisadoras ponde de forma rápida e eficien-
SNS e seguros em relação enfrentar possíveis dificuldades na Groupama, Paulo Mascare- do crescimento neste mercado, te as necessidades dos utentes”.
direta financeiras para pagamento do nhas, responsável pelos seguros agora podem sê-lo ainda mais, a Por isso, diz Paulo Aranha, a
prémio de seguro”. de Saúde e Acidentes, sublinha confirmar-se a previsão de redu- Zurich estima que o mercado
Em Portugal, mais de 1,8 mi- As perspetivas de crescimento a relação direta que existe en- ção da qualidade. Lembra Paulo continue a crescer, já que esta é
lhões de cidadãos estão abrangi- são, aliás, partilhadas pela ge- tre a evolução dos seguros de Aranha, diretor da Área de De- uma área onde os consumidores
dos por contratos de seguros de neralidade dos operadores. “O saúde e o Serviço Nacional de senvolvimento de Soluções de estão dispostos a investir para
saúde privados, segundo as con- seguro de saúde continuará a ser Saúde. “Se o SNS cumprir mais Mercado da Zurich, que “num beneficiarem de um serviço mais
tas da APS, que não antecipa uma prioridade para os portu- eficientemente o seu papel, po- momento de instabilidade eco- rápido e de qualidade”.
qualquer tendência de inversão PUB
ao fenómeno de crescimento da
procura neste segmento de mer-
cado. A pressão financeira a que
o Serviço Nacional de Saúde
está sujeito tende a deixar mar-
cas na qualidade percecionada
pelo cidadão e as seguradoras
sabem que podem encontrar
neste âmbito espaço para captar
novos clientes. Francisco Valé-
rio, administrador-delegado da
14ª edição

DIRECTIONS®2011
TRANSFORM TO COMPETE
cobradas (preços a pagar
obrigatoriamente para acionar The ICT Market in a Global Context
a apólice) e as percentagens Philippe de Marcillac, Executive Vice President,
HOW CAN ICT TRANSFORM YOUR BUSINESS
de reembolso dentro e fora da International Business Units, IDC TO COMPETE IN A GLOBAL SCALE
rede convencionada. Optimização de custos em TIC, ZON Case Study
João Hrotko, Head of LME & Carrier business, ZON
Médis Popular Zurich Adivinhar o futuro da internet das coisas: o que vai
27 DE OUTUBRO DE 2011
Popular Saúde
mudar? CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL
Opção 1 Zurich Saúde Carlos Lourenço, Head of Business Unit, Optimus
Express
Innovation Imperatives for the Instant-on Enterprise
Médis Advance Care Médis Shatha Ahmad, HP Innovation Center Manager, Dubai,
Innovation Centers, EMEA, HP
15 000 J 10 000 J 15 000 J
The Power to do More
RESERVE JÁ O SEU LUGAR!
João Albuquerque, Country Manager, Dell Portugal
50 J n.d. 200 J
100% 80% 100% Smarter Computing: um novo Modelo Computacional
para um Mundo mais Inteligente PATROCINADORES
José Manuel Paraíso, Director Executivo da IBM Global
35% 0% 35% Technology Services, Portugal Diamond Platinum Keynote

1 000 J sem limite 1 000 J Mobile Strategies to Drive Global Efficiency


Paulo Rosado, CEO, OutSystems
100% 100% 100%
Social Media and the Consumerization of Information
35% 0% 35% Technology - What it means to the Enterprise
Vito Mabrucco, Senior VP Worldwide Consulting, IDC
Platinum
2ª opinião; proteção 2ª op. Best The Rise of the Information Center
Ask Best dentária; Doctors; Ask Best Bob Plumridge, EMEA Sales Solutions, Marketing &
Hitachi Data Systems
Doctors assistência no Doctors Business Development, Hitachi Data Systems
repatriamento; Roundtable Sponsor Exclusive Drive IT Sponsor
Painel “Transformar e Recriar”, patrocínio Indra
serviços de bem- Domitília M. dos Santos, Arbitrator with the North
estar American Securities Dealers (NASD) and the New York
Stock Exchange (NYSE); António Murta, Managing
Partner, Pathena; António Pereira de Oliveira, Head of
Business Excellence South East Europe Region, Nokia Silver Exhibitor
Siemens Networks; Horácio Sabino, Administrador
Indra; Nuno de Sousa Pereira, Presidente da Direcção
da EGP - University of Porto Business School; Rui Paiva,
202,07 J 152,00 J 225,01 J Presidente Executivo da WeDo Technologies
230,67 J 152,00 J 225,01 J Qual o custo do meu processo crítico? Silver
251,02 J 162,00 J 279,42 J Bruno Morais, Director Geral, Software AG Portugal
334,51 J 205,00 J 372,46 J Sustainable switch – mudança sustentável
436,37 J 291,00 J 486,05 J João Virott da Costa, Managing Partner, Bright Partners
725,01 J 646,00 J 807,34 J Parceiro Tecnológico Media Partners Communication Partner Wi-Fi Sponsor
Painel “Economia & Negócios”, coordenado por Camilo
64 55 64 Lourenço, Jornalista; Alberto da Ponte, Presidente da
Comissão Executiva da Sociedade Central de Cervejas e
Bebidas, SA ; José Galamba de Oliveira, Presidente da Apoio
sem limite sem limite *
Accenture Portugal e Presidente da Associação Portugal
Outsourcing ; Paulo Rosado, CEO, OutSystems
10 a 15% 2,5 a 15% 10 a 15%

Centro Empresarial Torres de Lisboa | Rua Tomás da Fonseca, Torre G - 1º | 1600-209 Lisboa | Tel.: 21 723 0622 | Fax.: 21 723 0675 | portugal@idc.com | www.idc.pt
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