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Rmihnente M udar?
Pesquisas Cientfficas e
Autoridade Bíblica:
os Homossexuais Podem
Realmente Mudar?

John Ankerberg
e John Weldon

Obra
Missionária

Chamada da Meia-Noite?
Caixa Postal, 1688 • 90001-970 Porto Alegre-RS • Brasil
Fone: (051) 241-5050 • FAX: (051) 249-7385
Traduzido do original em inglês:
"The Facts on Hom osexuality"
Copyright © 1994 by
The Ankerberg Theological Research Institute

publicado por
Harvest House Publishers
Eugene, Oregon 97402
EUA

Tradução: Eros Pasquini Jr.


Revisão: Ingo Haake
Leandro Nunes Caetano
Joyce de Lima Silva
Capa e Layout: Reinhold Federolf

Todos os direitos reservados


para os países de língua portuguesa

© 1997 Obra Missionária


Cham ada da M eia-Noite
R. Erechim, 978 - B. Nonoai
90830-000 - PORTO ALEGRE - RS/Brasil
Fone: (051) 241-5050
FAX: (051) 249-7385

Composto e impresso em oficinas próprias

"M as, ò m eio-noite, ouviu-se um grito:


Eis o noivo! saí ao seu encontro" (M t 25.6).

A "Obra Missionária Chamada da Meia-Noite"


é uma missão sem fins lucrativos, que crê em
toda a Bíblia como infalível e eterna Palavra de
Deus (2 Pe 1.21). Sua tarefa é alcançar todo o
mundo com a mensagem de salvação em
Jesus Cristo e aprofundar os cristãos no conhe­
cimento da Palavra de Deus, preparando-os
para a volta do Senhor.
Í ncI íce
Página
Prefácio............................................. 7
Introdução
1. Como deveríamos avaliar a revolução sexual?.....10
2. Que grau de influência a comunidade
homossexual exerce hoje?....................................... 13

P r im e ir a P a r t e
Hom ossexualidade e Estudos
Científicos
3. Os homossexuais "nascem assim"?
Isso realmente importa?............................................ 20
4. Seriam confiáveis os estudos científicos
que alegam haver apoio biológico para a
homossexualidade?................................................... 22
5. E quanto à tendenciosidade dos pesquisadores?... 33
ó. Muitos pesquisadores científicos conceituados
consideram atualmente que a homossexualidade
não tem base biológica ou genética?...................... 35
7. A homossexualidade realmente é uma
preferência adquirida?..............................................38
8. Se a homossexualidade é uma preferência
adquirida, será que isso prova que os
homossexuais podem mudar sua orientação
sexual para a heterossexual idade?..........................40
9. Dez porcento da população americana
realmente é homossexual?........................................43
10. Como podemos avaliar da melhor maneira
possível a percepção dos homossexuais de
sempre terem se "sentido" diferentes?..................... 44
SequiMcl/v P a r t e
A Bíblia e o Estilo de V ida
Homossexual
11. A Igreja Cristã está aceitando cada vez mais
o estilo de vida homossexual?..................................48
12. Qual é a premissa básica por trás da
interpretação homossexual das Escrituras?............. 52
13. Quais são os problemas básicos do argumento
do "condicionamento cultural"?............................... 53
14. O que o relato da criação nos ensina a
respeito do estilo de vida homossexual?..................55
1 5 .0 que o relato de Sodoma e Gomorra
ensina a respeito do estilo de vida homossexual
(Gênesis 19.4-7)?..................................................... 58
16 . 0 que as passagens de Levítico ensinam a
respeito do estilo de vida homossexual?..................62
1 7 .0 que Romanos 1 ensina a respeito do estilo
de vida homossexual?.............................................. 65
18. O que 1 Corínfios 6.9-11 ensina a respeito
do estilo de vida homossexual?................................71
1 9 .0 que 2 Pedro 2.1 -10 e Judas ensinam a
respeito do estilo de vida homossexual?..................72

OONCIUSÃO
C om o posso deixar o estilo
d e vida hom ossexual................... 75

A p Ê N d ic E :
A questão homossexual
no Brasil............................................ 77
Notas................................................................................. 82
Sobre os autores...............................................................88
P r e Fá cío

“Penso que qualquer um que seja contra o estilo de


vida de outra pessoa está totalmente errado.” Essa cren­
ça norte-americana comum está quase se tornando uma
regra nacional - a ser implementada nos níveis social,
moral e até mesmo econômico.

Por que milhões de americanos acreditam ser supos­


tamente errado criticar o estilo de vida alheio? Talvez
por não estarem percebendo claramente as implicações.
Ou por não entenderem quanto essa atitude em fazer
disso uma regra nacional, tem o potencial de atingir
suas próprias vidas, prejudicando a sociedade como um
todo.

Certos estilos de vida merecem, sem sombra de dúvi­


da, uma avaliação crítica por suas implicações morais e
sociais. E o “estilo de vida” de um estuprador constante
ou de um criminoso? E o estilo de vida de um pedófilo?
A pergunta, é claro, é até que ponto podemos “lavar as
mãos” em situações assim?

Considere um artigo recente no US News and World


Report (Notícias dos EUA e do Mundo). Ele observa
que pedófilos não somente ficam ao redor das escolas -
mas sim “espreitam dentro delas”. Entre outras coisas,
esse artigo comentou:

- Peter Melzer, professor no elitista New York Bronx


High School of Science (Colégio Científico do Bronx em
Nova Iorque) faz parte do comitê orientador da NAM-
BLA (North American M an/Boy Love Association [Asso-
8 * John Ankerberg e John Weldon

ciaçõo Norte-Americana de Amor Entre Homens e Meni­


nos]), e do comitê editorial do jornal da NAMBLA. A Se­
cretaria de Educação da cidade tem conhecimento que
Melzer é pedófilo desde 1984 e não tomou qualquer
providência.

- Jornais de pesquisa sobre sexo estão, de maneira


crescente, defendendo alguns dos argumentos e princí­
pios básicos dos molestadores de crianças.

- Hoje em dia "molestadores de crianças não estão so­


mente por perto dos playgrounds" - mas arranjam em­
pregos em escolas, acampamentos, grupos de escoteiros,
ACMs. Amantes de meninos adoram trabalhar onde os
meninos estão. E mais, nossa cultura está se tornando tão
tolerante que muitos dão ouvidos a qualquer grupo de
auto-denominadas "vítimas", até mesmo pedófilos'.

Seria um pecado moral, então, questionar ou ser con­


tra o estilo de vida de alguém?

Como foi documentado no The Myth of Safe Sex (O


Mito do Sexo Seguro) [Moody, 1993], as conseqüências
individuais e sociais das revoluções heterossexuais e
homossexuais são pavorosas; na verdade, o americano
comum não tem a mínima idéia do preço final das atitu­
des sexuais liberais, incluindo o custo financeiro.

A crítica moral e social ao estilo de vida homosse­


xual não é mais uma opção de consciência, se é que al­
gum dia o foi. Agora é uma necessidade, mesmo que a
única razão seja a contínua expansão da AIDS - uma
praga, que nos EUA é principalmente de responsabili-
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 9

dade da comunidade homossexual, e indiretamente de


seus sustentadores.*2

Ninguém pode negar um fato simples: o comporta­


mento homossexual ameaça não somente a vida de mi­
lhões de homossexuais, mas também a de milhões de
outras pessoas através do estilo de vida homossexual,
que muitas vezes inclui sexo com homens bissexuais e
até com mulheres heterossexuais, além de outros pro­
blemas sérios (veja The Gay Nineties [A Década Gay
dos Noventa], 1994, do Dr. Paul Cameron).

Pecados heterossexuais também têm causado danos


incalculáveis. Mas isso não é razão para que se negli­
genciem as responsabilidades da comunidade homosse­
xual e de seus sustentadores liberais nos EUA.3-4

* Os militantes gays ficam irados com tal afirmação, porque enten­


dem que ela é fruto de discriminação e preconceito. Eles afirmam
que essa acusação é coisa dos primeiros tem pos do aparecimento
da AIDS, quando a quase totalidade dos casos da doença era de
pessoas do segm ento homossexual, mas que atualmente não é
assim, pois tam bém crianças, heterossexuais, usuários de drogas,
e pessoas que receberam sangue contaminado são atingidos.
Contudo, não podemos negar esses primeiros momentos, quando
falam tão imponentemente por si mesmos da íntima correlação en­
tre práticas sodom itas e a disseminação do vírus da Síndrome de
Imuno-Deficiência Adquirida - HIV. Tanto é assim que, sentindo-
se sob ameaça de ser dizimada pela pandemia, a com unidade ho­
mossexual se tornou uma das mais vigilantes em questões de pre­
venção e tratamento da AIDS (A. H. Lisboa).
I NTRod UÇÃO

1. Como deveriamos avaliar a


revolução sexual?

Nos livros Sexual Behavior and the Human Male


(Comportamento Sexual e o Macho Humano, 1948) e
Sexual Behavior and the Human Female (Comporta­
mento Sexual e a Fêmea Humana, 1953), Alfred Kinsey
e seus co-autores “desengavetaram” o assunto sexo. Es­
ses livros e estudos subseqüentes ensinaram muitos
americanos a terem uma atitude liberal para com o sexo
- em suma, que todos os tipos de comportamento se­
xual (seja dentro ou fora do casamento) seriam “natu­
rais” e deveriam ser desejados. Aparentemente, a única
coisa “não natural” a respeito do sexo é a culpa inexpli­
cável que as pessoas não conseguem evitar. Suposta­
mente, a solução seria mais diálogo a respeito de sexo e
mais educação sexual para jovens a fim de que não
viessem a crescer com as “neuroses” sexuais de seus
pais. “Educação” sexual para adultos (indiretamente) e
para crianças em idade escolar (diretamente) tornou-se
moda. No fim de tudo isso, milhões de americanos pas­
saram a acreditar que sexo entre adultos não era da con­
ta da sociedade.

Quarenta anos de revolução sexual, e os americanos


estão começando a experimentar as conseqüências de
serem “instruídos” por uma minoria que disso se tem
aproveitado, em detrimento dos outros. O resultado dis­
so pode ser traduzido por uma exuberância de adulté­
rios e divórcios, pelo aumento de molestamento infantil
e da pedofilia organizada, pela expansão da prostituição
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 11

e da pornografia, do homossexualismo militante, e do


lesbianismo feminista, por quase 60 doenças sexual­
mente transmissíveis, e por cerca de 50 milhões de ca­
sos de gravidez indesejada que levam ao aborto. Sozi­
nha, a revolução sexual forjou a crescente desintegração
da família e, com ela, a desintegração da sociedade em
geral. Mesmo hoje em dia, o americano comum parece
não perceber o quanto os problemas principais da socie­
dade moderna são resultado direto das mudanças larga­
mente difundidas no comportamento sexual.5

Agora enfrentamos a devastadora proliferação de ca­


sos de AIDS - só nos EUA mais de 275.000 mortos. É
quase cinco vezes o número de mortos e desaparecidos
durante os dez anos de guerra no Vietnã. Cerca de
400.000 vivem com AIDS e pelo menos mais 2 milhões
estão aparentemente infectados pelo HIV. Só em 1994
mais de 50.000 americanos morreram infectados pelo
HIV6 e essas cifras serão maiores a cada ano. À luz de
tais números, nenhuma pessoa pode se dar ao luxo de
permanecer indiferente ao homossexualismo ou à per-
missividade sexual de qualquer tipo.

Infelizmente, há muito mais. Um estudo feito em


Harvard (1992) estimou que até o ano 2000, daqui a
menos de cinco anos, cerca de 38 a 110 milhões de
adultos e mais de 10 milhões de crianças ao redor do
mundo estarão infectados pelo HIV.7 E esses números
podem até ser considerados baixos. O Dr. William Ha-
seltine é chefe da Divisão de Virologia Humana no Ins­
tituto Dana Faber e catedrático do Departamento de
Patologia e do Departamento de Biologia do Câncer da
“Harvard School of Public Health” (Escola de Saúde
12 * John Ankerberg e John Weldon

Pública de Harvard). Em sua apresentação em 16 de


novembro de 1992 para a Academia Francesa de Ciên­
cias, esse expert em AIDS declarou que sem uma vaci­
na eficaz ou uma mudança dramática no comportamen­
to sexual, “mais de 1 bilhão de pessoas serão infecta­
das e morrerão de AIDS na primeira década do
próximo século”.8

Vítimas inocentes da AIDS estão também aumen­


tando em número: fetos prestes a nascer, cônjuges de
parceiros infectados, hemofílicos, e pacientes cirúrgi­
cos, todos têm a possibilidade de ser infectados pelo
HIV. O suprimento de sangue em muitos países, in­
cluindo os Estados Unidos, não é totalmente seguro.
Nos anos 80 as transfusões já haviam destruído meta­
de da população hemofílica da França e dos EUA.
Apesar dos oficialmente responsáveis pela conservação
do sangue nos dois países saberem ou, pelo menos,
suspeitarem que o suprimento sanguíneo era mortal,
inexplicavelmente nada fizeram até serem forçados a
tomar uma atitude.9

Se não for descoberta a cura da AIDS, se homos­


sexuais e heterossexuais continuarem com seu estilo
de vida, se a sociedade não instituir medidas restri­
tivas apropriadas para que o vírus não se propague
por entre a população em geral, então a taxa poderá
eventualmente chegar a dezenas de milhões só nos
EUA.

Por que não fomos alertados? Fomos alertados - re­


petidamente - por nossa própria consciência, por nossa
própria experiência, pela Bíblia, e por milhares de púl­
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 13

pitos espalhados pelo país. Simplesmente optamos por


valorizar a liberdade sexual acima das restrições.

Os cristãos são os últimos a negar que a maior parte


da sociedade considera a opinião deles sobre moralida­
de irrelevante. Mas o fato permanece: se a sociedade ti­
vesse seguido os princípios bíblicos, não teria havido a
revolução sexual, não existiria a praga da AIDS e não
haveria milhões de mortos e moribundos.

2. Que grau de influência a comunidade


homossexual exerce hoje?

A maioria dos americanos tem apenas uma vaga


idéia da grande influência do movimento homossexual
moderno. E os cristãos nem percebem o número de
homossexuais em suas próprias fileiras. Em 1994 um
artigo da revista Time disse que a revolução homosse­
xual “ainda está modificando a maneira dos america­
nos verem muitas de suas instituições básicas - famí­
lia, igreja, escolas, militares, mídia e cultura, entre
elas... Em qualquer lugar que se olhe existem sinais de
aceitação gay [anteriormente] inimagináveis... os gays
trabalham abertamente na Casa Branca e no Capitó­
lio... Um gay é presidente da câmara do Estado de
Minnesota, o outro é candidato a secretário de Estado
na Califórnia. Astros pop e heróis olímpicos admitem
ser gays... O dólar gay é cortejado por grandes empre­
sas e o turismo gay é encorajado... [No início de ju­
nho de 1994,] 20.000 homens e mulheres gays foram
bem recebidos no ícone burguês da vida familiar, no
Disney World.”10
14 » John Ankerberg e John Weldon

Poder Político
O lobby homossexual tem hoje em dia um forte poder
político e social. O ex-congressista William Danneme-
yer observou: “O efeito do movimento homossexual na
legislação federal tem sido espantoso.” 11 A comunidade
homossexual está atualmente arrancando todos os obstá­
culos para assegurar os “direitos civis” que já foram
adotados em alguns estados.12 Em 1988, o Fundo de
Campanha de Direitos Humanos, o Comitê de Ação Po­
lítica (PAC), era o décimo-sexto maior comitê de ação
política independente do país. Em 1989 passou para o
nono lugar. E agora exerce uma influência ainda maior.
À luz do fato de que existem mais de 4.500 PACs nos
Estados Unidos, isso faz do lobby dos homossexuais um
dos mais poderosos do país, politicamente falando.13

Talvez isso venha a esclarecer porque alguns relatórios


do governo encorajam ativamente o homossexualismo.
Em 1989, por exemplo, o Report of the Secretaries Task
Force on Youth Suicide (Relatório do Comitê dos Secre­
tários Acerca de Suicídio Juvenil) defendia a homosse­
xualidade como sendo algo normal e encorajando várias
entidades a promoverem ativamente a homossexualidade:

Uma variedade de estilos de vida adulta gay e lésbica


deveriam ser apresentados como positivos e viáveis para
os jovens. Todos os jovens deveriam aprender a respeito
de gays e lésbicas proeminentes ao longo da História.

E importante que escolas contratem abertamente pro­


fessores gays e lésbicas para servirem de modelos e pes­
soal de apoio para a juventude gay.’4
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 15

Em junho de 1994, a revista Time comentou que “de


maneira crescente, especialmente para os americanos
jovens”, a homossexualidade “é vista como uma ques­
tão franca de auto-expressão e identidade.”15

A Ministra da Saúde, Joycelyn Elders, revelou sua


própria “agenda” quando argumentou: “Precisamos fa­
lar às pessoas que sexo é bom, sexo é maravilhoso, seja
ele homossexual ou heterossexual.”16

A Ministra da Saúde está errada. A homossexualida­


de não é normal nem saudável. A promoção de uma se­
xualidade generalizadamente desregrada, como atitude
nacional oficiosa, é o mesmo que participar diretamente
da destruição de nossa sociedade.17 Enrique Rueda sa­
lienta isso em seu importante e inquietante texto The
Homossexual Network (A Rede Homossexual). Soube­
mos por fontes internas que esse texto foi fortemente
reprimido pela comunidade homossexual:

Há pouca dúvida de que o movimento homossexual é


parte integrante do liberalismo americano... a preserva­
ção da sociedade tradicional e os valores que a maioria
dos americanos aprecia requerem a negação da ideolo­
gia homossexual. E impossível predizer se o movimento
homossexual será bem sucedido ou não. Entretanto, se
viesse a ser bem sucedido, a nação que conhecemos dei­
xaria de existir.18

Poder Religioso
Liberais de todas as convicções, incluindo a maior
parte das igrejas liberais (e algumas evangélicas), tam­
16 * John Ankerberg e John Weldon

bém jogaram o peso de seu poder coletivo na “liberação


gay” e no “orgulho gay”. Apesar do fato das pesquisas
de opinião pública continuarem a revelar que 75% dos
freqüentadores das igrejas não aprovam a homossexua­
lidade, as igrejas liberais americanas se tornaram as
mais fortes defensoras do estilo de vida homossexual.

Uma conseqüência? Afirma-se que literalmente mi­


lhares de padres católicos liberais e outros, como tam­
bém pastores de igrejas históricas protestantes estão
atualmente infectados pelo HIV. De acordo com o ex-
pert em AIDS Dr. Patrick Dixon, diretor da rede nacio­
nal de ajuda voluntária para pacientes de AIDS:

Nos Estados Unidos, estimativas governamentais e


eclesiásticas mostram que até um terço dos 57.000 pa­
dres católicos podem estar infectados (pela AIDS) e um
alto escalão episcopal disse que estima que uma propor­
ção parecida no clero episcopal (anglicano) dos EUA
também esteja em risco.'9

Poder Evangélico
“Evangelicals Concerned [EC]” (Evangélicos Preo­
cupados) é uma grande organização homossexual
“evangélica” que afirma ministrar aos cristãos evangéli­
cos a “verdade” de que relacionamentos homossexuais
amorosos e comprometidos são bíblicos e de acordo
com a vontade de Deus. A EC alega que tem milhares
de membros e se gaba de preletores renomados que mi­
nistram conferências, formados pelos mais conceitua­
dos seminários e institutos bíblicos incluindo Wheaton,
Dallas Theological Seminary (Seminário Teológico de
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 17

Dallas) e Moody Bible Institute (Instituto Bíblico


Moody), bem como autores que publicaram livros na
Zondervan, Word Books e outras editoras evangélicas.20

Líderes da EC afirmam ter falado em muitas igrejas


conservadoras e históricas, e liderado muitos estudos
bíblicos nas grandes cidades dos EUA. O boletim ofi­
cial da EC, Record, revela que a influência desse grupo
sobre certos evangélicos não é pequena. Aparentemen­
te, um número significativo de evangélicos agora sus­
tenta a idéia de que homossexuais evangélicos têm o di­
reito moral perante Deus de viverem relacionamentos
homossexuais comprometidos de forma declarada.21

Poder Coercivo
Os homossexuais aprenderam que podem exercer
um extraordinário poder coercivo. Por exemplo, o mar­
co da decisão da Associação Psiquiátrica Americana
de retirar em 1973 a homossexualidade de sua lista
de perturbações mentais foi, em grande parte, resul­
tado da intimidação militante feita pelos homossexuais
- sem mencionar a argumentação “espúria e pseudo-
científica”.22

O ativismo dos homossexuais tem influenciado gran­


demente a política nacional de saúde pública. Por cau­
sa das objeções gays, por exemplo, os testes, as infor­
mações, e o rastreamento da AIDS não são procedi­
mentos padrões para lidar com o que provavelmente
será o pior flagelo da História - apesar desses méto­
dos terem sido usados com todas as outras epidemias
contagiosas.23
18 * John Ankerberg e John Weldon

Além disso, o grupo nacional chamado “ACT-UP -


AIDS Coalition To Unleash Power” (Coalizão da AIDS
Para Liberar Poder) tem como alvo principal compare­
cer a eventos e reuniões onde “a agenda da AIDS não é
do agrado deles, para simplesmente atrapalhar a discus­
são ou acabar com ela de uma vez.”24

A lista acima inclui somente o levantamento mais


simples ilustrando o poder do ativismo homossexual. Se
fôssemos discutir os campos de educação, instituições
sociais, psicologia, cinema, arte, literatura, e outros, a
influência desse lobby seria compreendida em toda a
sua profundidade.

Em 1961, todos os estados americanos consideravam


as atividades homossexuais como sendo ilegais. Até
1980, 21 estados já haviam eliminado as penas legais da
sodomia; e até 1994, 27 estados haviam feito o mes­
mo.25 Em 1994 a revista Time corretamente se referiu a
“um quarto de século de mudanças fenomenais” quanto
às atitudes em relação à “agenda” homossexual e seu
avanço.26

Em outras palavras, o que aconteceu com o aborto


está acontecendo agora com a homossexualidade: lega­
lização pressupõe moralidade. Todos reconhecem que
as pessoas se comprometem mais facilmente com as ati­
vidades legais do que com as ilegais. Mas a questão
aqui não é a execução da lei, mas sim a mensagem que
a lei acaba passando:

Por que considerar a homossexualidade ilegal, se as


leis não serão executadas com rigor? Porque a lei é uma
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 19

das expressões mais altas do que acreditamos como po­


vo. Se dissermos que algo é contra a lei, então estamos
colocando tudo que temos por detrás dela - nossa legisla­
ção, os tribunais, policiais, todos as áreas do governo e
da sociedade. Ao contrário, se algo não é contra a lei en­
tão dizemos, mesmo que silenciosamente, que aprova­
mos, ou pelo menos que não consideramos isso destrutivo
à sociedade.27

Mas nenhuma sociedade sobreviverá intacta sem uma


coação ativa dos padrões morais. Isso é tão óbvio agora
que não pode ser negado. Abandonar valores morais pa­
ra não ofender àqueles que são imorais não é a solução.

Todavia, o que é importante sobre as promoções da


homossexualidade acima citadas é que elas são ampla­
mente baseadas na premissa de que os homossexuais
“nasceram assim.” Por isso, não é possível nem sequer
rejeitar a homossexualidade em bases morais. Quem
pode de maneira lógica condenar uma pessoa por sim­
plesmente estar agindo conforme sua constituição bio­
lógica?
P ríimeíra P arte

Homos­
sexualidade
e Estudos
Científicos
3. Os homossexuais “nascem assim”?
Isso realmente importa?

Ativistas gays freqüentemente afirmam que nasceram


homossexuais e que a sua orientação sexual é seme­
lhante a algo como cor dos olhos ou ser canhoto. Troy
Perry, o ex-pentecostal fundador da “Homossexual Me­
tropolitan Community Church” (Igreja Comunitária
Metropolitana Homossexual), declara a respeito de sua
própria homossexualidade: “eu simplesmente nasci as­
sim”. Em outras palavras, muitos homossexuais afir­
mam que suas preferências sexuais são inevitáveis e
imutáveis devido aos fatores biológicos e, portanto, o
estilo de vida homossexual seria algo que a sociedade
deveria aceitar como normal - de fato, precisaria ser
protegido pela legislação dos direitos civis para evitar a
discriminação contra os gays.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 21

Considere o quanto essa idéia de determinismo bioló­


gico tem sido utilizada de maneira crescente nos últi­
mos anos. Em 1940, só 9% dos homossexuais afirmava
ter “nascido assim”. Em 1983, o número tinha se eleva­
do para 22%. Em 1990, já era superior a 35%.28

Mas isso quer dizer também que, mesmo nos dias


atuais, quase dois terços dos homossexuais aparente­
mente não acreditam ter “nascido assim”. Se a maioria
dos homossexuais não acredita que “nasceu assim”, por
que a maioria dos heterossexuais deve acreditar [nessa
afirmação]?

De qualquer maneira, se um homossexual realmente


nasceu homossexual, o argumento apresentado é que a
sociedade não pode esperar que ele pare com o seu
comportamento ou se converta à heterossexualidade.
Não é justo esperar que uma pessoa mude o que ela é
biologicamente. Isso quer dizer que a homossexualida­
de é um comportamento normal e até moral para o ho­
mossexual.

Pense na força do argumento. Se uma pessoa é ho­


mossexual por uma condição biológica inata, então só
poderá corrigir sua homossexualidade se puder encon­
trar alguma maneira de alterar sua natureza biológica.
Mas até hoje não há evidência alguma de que tal al­
teração física tão profunda seja possível. Como resul­
tado, o homossexual fica sem qualquer esperança de
mudança.

As implicações desse ponto de vista são que todos


os aspectos da sociedade, incluindo a educação, a re­
22 * John Ankerberg e John Weldon

ligião, e a lei devem mudar, já que o homossexual


não pode mudar. O determinismo biológico afeta não
somente nossa atitude geral para com a homossexua­
lidade mas também nossa abordagem de aconselha­
mento e tratamento - eles são inúteis, já que a mu­
dança é impossível.

A partir desse ponto, o argumento logicamente ruma


para a legalização dos atos homossexuais. Eles não so­
mente devem ser aceitos como sendo socialmente legais
para homossexuais mas, na verdade, devem ser promo­
vidos como “opções de estilo de vida normal” pelas es­
colas, já que uma certa porcentagem de crianças sempre
“terá nascido assim.”

Alguns têm argumentado que a própria igreja deve


ser legalmente coagida, se necessário, a abandonar sua
discriminação “imoral” contra o comportamento ho­
mossexual e adotar uma posição em harmonia com o
“fato” científico.

Mas será mesmo verdade que os homens e mulheres


gays são biologicamente predestinados a uma certa se­
xualidade?

4. Seriam confiáveis os estudos


científicos que alegam haver apoio biológico
para a homossexualidade?
Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos biológi­
cos ou genéticos para a homossexualidade existem há
quase um século. Mas, o fato é que, ao longo dos
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 23

anos, nenhuma pesquisa jamais provou uma base or­


gânica para a homossexualidade. Alguns pesquisado­
res científicos acreditam piamente que a homossexua­
lidade é congênita. Muitas vezes encontra-se seus re­
latórios festivamente incluídos na literatura
homossexual. Mas, às vezes, até os homossexuais têm
razão de se surpreender com essa conclusão. Por exem­
plo, em seu livro The Homossexualization of Ameri­
ca (A Homossexualização da América) o ativista ho­
mossexual Dennis Altman faz uma observação acer­
ca de um estudo do Instituto Kinsey: “Eles estão
impressionados com os consideráveis esforços de bió­
logos, endocrinologistas, e fisiologistas em provar es­
se fundamento; estou mais impressionado com a in­
capacidade de tantos anos de pesquisa resultarem em
nada além de meras ‘sugestões’.”29

Precisamos também admitir nosso ceticismo quanto


a algumas ou a maioria das pesquisas atuais. Pergunta-
mo-nos quantos pesquisadores são influenciados pela
idéia muito difundida, mas falsa, de que os homosse­
xuais não conseguem mudar seu comportamento e,
portanto, podem estar inadvertidamente procurando
uma base biológica para “explicar” suas suposições.
Em outras palavras, será que a ciência moderna está
sendo usada numa busca objetiva pela verdade, ou será
que, de fato, para ser adequada ao que é “politicamente
correto”?

Pelas publicações que temos lido, parece que a maio­


ria dos artigos populares escritos a respeito de estudos
recentes concluem que os pesquisadores acharam fortes
evidências científicas de que a homossexualidade seria,
24 * John Ankerberg e John Weldon

pelo menos até certo ponto, de natureza biológica. Mas


isso simplesmente não é verdade. Considere os estudos
mais recentes:

1) A pesquisa do Dr. LeVay no Instituto Salk


O Dr. LeVay estudou um certo grupo de neurônios
na estrutura do hipotálamo no cérebro (chamado
INAH3, ou núcleos intersticiais do hipotálamo ante­
rior). Ele examinou 41 cadáveres, 19 dos quais eram de
(homens) homossexuais declarados, 16 eram suposta­
mente de homens heterossexuais e 6 eram de mulheres
heterossexuais.

O Dr. LeVay descobriu que alguns neurônios na re­


gião do hipotálamo no cérebro de alguns homens hete­
rossexuais eram maiores que aqueles encontrados nos
homens homossexuais. Ele teorizou que, se os homens
homossexuais têm neurônios menores, então possivel­
mente esses neurônios menores sejam responsáveis pela
homossexualidade dessas pessoas. Da mesma maneira,
se homens heterossexuais têm neurônios maiores, então
possivelmente esses neurônios maiores sejam responsá­
veis por serem heterossexuais.

LeVay supôs que se a diferença de tamanho dos neu­


rônios pudesse ser provada verdadeira em 100% das ve­
zes, isso seria evidência de que a homossexualidade tem
base biológica.

Entretanto, pelo menos sete razões científicas foram


apresentadas por críticos que rejeitam sua teoria, razões
que a maioria das pessoas jamais ouviu.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 25

Primeiro, o próprio gráfico do Dr. LeVay publicado


na revista Science (Ciência) revelou que havia falhas na
hipótese. O gráfico contradiz sua própria teoria. O Dr.
Ankerberg teve o privilégio de entrevistar o Dr. LeVay
no Instituto Salk, em La Jolla, Califórnia (EUA), e por
isso temos seus comentários a esse respeito gravados
em fita. Ankerberg disse: “Veja, você tem três dos nú­
cleos dos homens homossexuais que são realmente
maiores do que os dos homens heterossexuais. Se a sua
teoria fosse válida, isso não deveria ocorrer. Segundo,
você tem três dos homens heterossexuais que têm os
núcleos menores do que os dos homens homossexuais”.
Ankerberg perguntou: “Isso é verdade?” E ele respon­
deu: “Sim, é verdade.” Então o Dr. Ankerberg pergun­
tou: “Como é possível, porém, que a Associated Press
tenha noticiado que você tinha ‘sempre encontrado os
núcleos maiores nos homens heterossexuais e menores
nos homens homossexuais’?”30 O Dr. LeVay admitiu
que isso era falso. A imprensa popular havia distorcido
suas descobertas.31

Segundo, nenhum cientista jamais provou que essa


região específica do hipotálamo, que está em discussão,
determina preferência sexual. Considere os comentários
do Dr. Joseph Nicolosi, que é especialista no tratamento
de homens homossexuais. Seu livro Reparative Therapy
ofMale Homossexuality (Terapia Restauradora da Ho­
mossexualidade Masculina) lhe conferiu renome mun­
dial como autoridade na questão de atração pelo mesmo
sexo.

O Dr. Nicolosi enfatiza: “Estamos falando a respeito


de uma área genérica do cérebro relacionada com as
26 » John Ankerberg e John Weldon

emoções, incluindo a sexualidade; mas nesse núcleo es­


pecífico não temos, a esta altura, entendimento claro da
função para qual ele serve.”32

Portanto, parece que: (1) o fato dos neurônios serem


grandes ou pequenos não indica grande coisa, e (2) nin­
guém sabe, na verdade, se eles têm alguma relação com
preferência sexual.

O Dr. Charles Socarides, professor de psiquiatria na


Escola de Medicina Albert Einstein em Nova Iorque,
também observou que “a questão de uma porção dimi­
nuta do cérebro - quase submicroscópica - como... de­
cisiva quanto à preferência sexual é ilógica... certamen­
te... um setor do cérebro, não pode determinar a prefe­
rência sexual. Sabemos disso como fato.33

Terceiro, mesmo que pudesse ser demonstrado que a


área do hipotálamo anterior do cérebro fosse relaciona­
da ao comportamento sexual, ainda assim isso não res­
ponderia à questão de causa e efeito.

Em outras palavras: e se o próprio comportamento


homossexual provoca alterações orgânicas momentâ­
neas no corpo, que só posteriormente são consideradas
como sendo causas contribuidoras para a homossexuali­
dade? Estudos científicos indicam que o comportamen­
to em si pode causar a oscilação no tamanho dos neurô­
nios, ao invés dos neurônios causarem um comporta­
mento específico homossexual ou heterossexual.

O Dr. Kenneth Klivington, assistente do diretor do


Instituto Salk, onde o Dr. LeVay fez o seu estudo, sa-
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 27

Iientou que, “um conjunto de evidências mostra que as


redes neurais do cérebro se auto-reconfiguram como re­
sultado de certas experiências.”34

Assim sendo, o relacionamento entre causa e efeito -


o que afeta o que - não está claro. A diferença na estru­
tura do cérebro homossexual, portanto - supondo que
estudos adicionais confirmem a “descoberta” de LeVay
- pode ser resultado de um certo comportamento e/ou
de condições ambientais.

Quarto, a orientação sexual das pessoas que o Dr. Le­


Vay estudou não pode ser confirmada. Quando o Dr.
Ankerberg e o Dr. LeVay discutiram o fato de que três
homens heterossexuais tinham núcleos menores que os
dos homens homossexuais, LeVay disse: “Bem, talvez
alguns daqueles indivíduos fossem bissexuais.” Anker­
berg retrucou: “Mas se é ‘talvez’, então você, na verda­
de, não sabe”, e de fato, o Dr. LeVay confessou que
realmente não sabia. Alguns poderiam até ter sido ho­
mossexuais “enrustidos”, que se faziam passar por hete­
rossexuais. Já que todos os indivíduos pesquisados esta­
vam mortos, não há como sabermos.35

O quinto problema com o estudo do Dr. LeVay envol­


ve a possibilidade da tendenciosidade do pesquisador. O
Dr. LeVay é gay declarado e já confessou isso publica­
mente. Há registros, também, de que ele declarou ter-se
proposto a provar haver uma causa genética para a ho­
mossexualidade, depois que seu amante homossexual
morreu de AIDS. Ele foi até citado num número da re­
vista Newsweek como tendo declarado que, se não en­
contrasse a causa genética que buscava para a homosse­
28 * John Ankerberg e John Weldon

xualidade, abandonaria completamente a ciência.36A re­


vista Newsweek também citou-o dizendo que está pro­
curando “...[promover] a idéia de que o homossexualis­
mo é uma questão de destino, e não de escolha” porque
“é importante instruir a sociedade” seguindo a idéia da
influência biológica. De fato, LeVay abriu sua própria
escola para homossexuais e lésbicas em Los Angeles
para ajudar a propagar essa mensagem.31 Com toda a
honestidade, não seria possível que um cientista com
esse tipo de “agenda” pessoal esteja sujeito a ser ten­
dencioso em sua pesquisa?

Sexto, a interpretação dos dados e da metodologia


usadas por LeVay também são questionáveis. Outros
cientistas salientaram que até as medidas usadas por
ele são suspeitas. A suposta influência dos núcleos de­
veria ser avaliada só pelo tamanho - ou, ao invés dis­
so, pelo volume, pela contagem real de células, pela
densidade, ou por outros critérios (ou todos os três)?
Além do mais, o que fazem os cientistas com esses
critérios e o que eles significam? A verdade é que nin­
guém sabe.

Por último, os estudos de LeVay enfrentam o proble­


ma de quase todas as pesquisas que tentam provar de­
terminismo biológico: impossibilidade de repetição da
experiência. Esse parece ser o “tendão de Aquiles” de
todos esses esforços, pois parece que, quase invariavel­
mente, outros cientistas descobrem que não conseguem
reproduzir as descobertas do estudo inicial, o que quer
dizer que ele não provou nada. Não importa o quanto
anunciem os resultados como sendo “evidência científi­
ca”; a “evidência” ou é enganosa, ou, se for reproduzi-
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 29

da, estará sujeita a outras interpretações que rebatem a


teoria biológica.

Em relação ao trabalho do Dr. LeVay, não há repro­


dução de suas descobertas em qualquer outro estudo
científico. Na verdade, há pelo menos um trabalho feito
pelo Dr. Schwab na Holanda que claramente as contra­
diz.38

2) O estudo de Bailey e Pillard sobre gêmeos


univitelinos
O segundo estudo científico que a mídia usou pa­
ra propagar a idéia de que a homossexualidade é de­
terminada geneticamente, foi a conclusão de [que ha­
veria] maior predominância de homossexualidade en­
tre irmãos gêmeos [do que entre irmãos] adotivos.
Tal estudo foi feito pelo psiquiatra homossexual Ri-
chard Pillard e pelo psicólogo e ativista dos direitos
gays Michael Bailey. Para realizar o seu estudo, es­
ses pesquisadores recrutaram pessoas através de pu­
blicações homossexuais que alcançam exclusivamen­
te a população homossexual. Dessa forma, o estudo
deles não representou uma seleção ao acaso, que não
fosse tendenciosa.39

Não obstante, eles concluiram que dos irmãos que


responderam, 52% dos gêmeos univitelinos, 22% dos
gêmeos bivitelinos, 11% dos irmãos adotivos, e 9% dos
irmãos não-gêmeos, eram homossexuais. Bailey e Pil­
lard teorizaram que a razão da porcentagem tão alta de
homossexualidade de gêmeos univitelinos era a sua es­
trutura genética idêntica.
30 » John Ankerberg e John Weldon

Mas também aqui encontramos dificuldades. Metade


dos gêmeos univitelinos não eram homossexuais; eles
eram claramente heterossexuais. Como pode ser isso, se
eles compartilhavam dos mesmos genes que, suposta­
mente, predeterminam a homossexualidade? No livro
Perpetuating Homossexual Myths (Perpetuando Mitos
Homossexuais), Richard A. Cohen comenta: “se a
orientação homossexual é genética, então 100% de to­
dos os gêmeos univitelinos deveriam ser homossexuais,
mas somente a metade era. Portanto, é fácil concluir
que o que causa a homossexualidade são fatores am­
bientais e não genes.”40

Até o Dr. Simon LeVay admitiu que nem o estu­


do de Bailey e Pillard sobre os gêmeos, nem a sua
própria pesquisa sobre o cérebro, provaram que a ho­
mossexualidade é determinada geneticamente. “No
momento ainda se trata de um grande mistério. Nem
mesmo meu trabalho, nem qualquer outro feito até
agora consegue, de maneira determinante e comple­
ta, esclarecer a situação do que faz com que uma
pessoa seja gay ou não... Aliás, o estudo sobre os
gêmeos, por exemplo, sugere que [a homossexualida­
de] não é totalmente congênita porque até mesmo gê­
meos univitelinos nem sempre têm a mesma orienta­
ção sexual.”41

Mais uma vez, precisamos considerar a possibilidade


da tendenciosidade do pesquisador. Como o Dr. LeVay,
o Dr. Pillard é declaradamente homossexual. Ele admite
que seu propósito é promover a noção de que a homos­
sexualidade é inata e, portanto, um comportamento se­
xual natural.42
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 31

A conclusão editorial do prestigiado British Medicai


Journal (Jornal Médico Britânico) de 7 de agosto de
1993 resume adequadamente o problema de todos os
estudos como o de Bailey e Pillard:

São abundantes os estudos sobre gêmeos homosse­


xuais masculinos... A maioria desses resultados são im­
possíveis de se interpretar por causa da amostragem insu­
ficiente ou das questões não resolvidas sobre classificação
fenotípica, da seleção dos casos, e do diagnóstico de zi-
gose gemelar... Estudos definitivos sobre gêmeos e adoti­
vos homossexuais masculinos ainda estão por ser feitos.43

3) A pesquisa do Dr. Dean Hamer, e outros,


no Instituto Nacional do Câncer
O Dr. Dean Hamer e seus pesquisadores afirmam ter
descoberto que “a orientação sexual masculina é in­
fluenciada geneticamente.” Inicialmente eles descobri­
ram taxas mais elevadas de homossexualidade do lado
materno do que do lado paterno na família de 76 gays.
Isso sugeriu transmissão potencial de homossexualida­
de através do cromossomo X. Assim a equipe examinou
22 regiões ou “loci” cobrindo o cromossomo X de 40
pares de irmãos homossexuais que voluntariamente se
ofereceram para o estudo, através de anúncios feitos em
publicações homossexuais.

Os pesquisadores descobriram que 33 dos 40 pares


de irmãos compartilhavam de marcadores genéticos
idênticos em cinco locais (“loci”) da região q28 do cro­
mossomo X. Isso os levou à conclusão de que um gene
ou genes nessa região influenciam a expressão de ho­
32 ■ John Ankerberg e John Weldon

mossexualidade em pelo menos 64% dos irmãos que fo­


ram testados.44

Mas as conclusões são tão suspeitas quanto as das


pesquisas anteriores. Foi necessário, por exemplo, arre­
dondar as cifras para se chegar ao resultado desejado.45

Além disso, autoridades do mundo científico não es­


tão convencidas de que alguma conexão tenha sido esta­
belecida. Ruth Hubbard, por exemplo, que é professora
emérita de Biologia na Harvard University e co-autora
de Exploding the Gene Myth (Explodindo o Mito dos
Genes), comentou:

Esse estudo, como descobertas similares anteriores,


é falho. Ele é baseado em suposições simplistas e d i­
ficultado pela quase impossibilidade de se estabelecer
elos entre genes e comportamento. Do número bem
reduzido de irmãos pesquisados, quase um quarto não
apresentava as características adequadas. Da mesma
forma, os pesquisadores não fizeram o "óbvio con­
trole experimental para verificar a presença de tais
marcadores entre irmãos heterossexuais dos gays a
quem estudaram.46

Para completar, um editorial do renomado British


Medicai Journal comenta o seguinte a respeito da pes­
quisa Hamer: “Os resultados da conexão são ambí­
guos... Em sua análise original, Hamer (et al) coloca o
gene do homossexualismo oito centimorgrans distante
do marcador mais telomérico. A distância física curta
entre esse marcador e o telômero, entretanto, faz com
que esse resultado seja duvidoso.”47
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 33

O editorial concluiu: “A alegação da relação da ho­


mossexualidade masculina com o cromossomo Xq28
tem amplas implicações sociais e políticas. Até o mo­
mento, a questão científica é complexa, e a interpreta­
ção dos resultados é dificultada por incertezas metodo­
lógicas. Estudos adicionais serão decisivos para confir­
mar ou refutar essa descoberta.48

Finalmente, o Dr. Paul Cameron e colegas, depois de


um exame cuidadoso desse estudo e consultas com vá­
rios peritos, também rejeitaram as conclusões de Ha-
mer. Eles salientaram:

Uma correlação de marcas genéticas específicas não


implica em que um gene ou genes tenham causado ho­
mossexualidade em irmãos. Os resultados poderiam estar
apontando para outro traço compartilhado por esses in­
divíduos pesquisados e desproporcionalmente comum em
gays, tais como promiscuidade, exibicionismo, ou outras
caraterísticas de personalidade conhecidas por estarem
associadas à homossexualidade masculina.49

5. E quanto à tendenciosidade
dos pesquisadores?

Tendenciosidade na pesquisa é um fator funcional


evidente em muitos desses estudos. Por exemplo: “Ha-
mer desconsiderou informações que contrariavam sua
hipótese - apesar de ter informado que as irmãs desses
irmãos tinham uma incidência mais alta de lesbianismo,
o que cabe no modelo tradicional psiquiátrico de ‘famí­
lias perturbadas gerando mais homossexuais’, Hamer
34 * John Ankerberg e John Weldon

ignorou essa descoberta para dar continuidade à sua in­


terpretação genética.”50

Considere também o seguinte:

Ainda mais importante, a idéia amplamente difundida


de que a homossexualidade é, em grande escala, uma
questão de incesto e aliciamento é fatalmente ignorada...
[Além do mais] o determinismo biológico não pode ser res­
ponsabilizado pela troca de orientação. Os dois maiores
estudos de populações nesse campo, feitos pelo Instituto
Kinsey e pelo Instituto de Pesquisa da Família, mostraram
de maneira independente que a maioria dos homossexuais
entregaram-se ao heterossexualismo e uma minoria signifi­
cativa de heterossexuais, ao homossexualismo.51

À luz da sugestão de que pelo menos um dos indiví­


duos-chave envolvidos com a pesquisa de Hamer tam­
bém era gay, fica a pergunta: qual a porcentagem de
pesquisadores tão interessados em achar uma base bio­
lógica para o homossexualismo que também é gay? Se
muitos são, não é razoável pensar que o estilo de vida
pessoal e suas crenças possam ter influenciado seus mé­
todos de pesquisa e suas conclusões?

Além disso, quantos pesquisadores nesse campo po­


dem estar deliberadamente escondendo sua preferência
sexual para emprestar uma suposta objetividade científi­
ca às suas conclusões pessoais? Charles Silverstein,
Ph.D., é autor do livro Gays, Lesbians and Their Thera-
pists (Gays, Lésbicas e Seus Terapeutas) e é pesquisa­
dor na área de sexo há 25 anos. Ele afirma que as tenta­
tivas de cura para um homossexual são inúteis porque a
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 35

homossexualidade é “predeterminada biologicamen­


te.”52 No show de TV “Geraldo” do dia 11 de junho de
1991, ele, na verdade, afirmou o seguinte:

Geraldo, faz um quarto de século que sou psicólogo e


pesquisador na área de sexo. Nos últimos dez anos apren­
demos algumas coisas - e há uma declaração com que to­
do pesquisador de sexo que conheço no mundo vai con­
cordar: orientação sexual é determinada biologicamente.53

Dada tal afirmação, só podemos nos perguntar quan­


tos pesquisadores na área de sexo o Dr. Silverstein já
conheceu. Para milhões de telespectadores, tudo que
ouviram foi uma autoridade em sexualidade humana,
declarada imparcial, relatando “fatos” de como todos os
pesquisadores na área de sexo concordam que a homos­
sexualidade é causada por fatores biológicos. Infeliz-
mente, de alguma maneira, o Dr. Silverstein nunca foi
apresentado com suas credenciais completas de terapeu­
ta e pesquisador homossexual. Provavelmente, ele nun­
ca teria sido apresentado de tal forma se alguém no au­
ditório não tivesse feito a pergunta e assim forçado uma
confissão.54

6. Muitos pesquisadores científicos


conceituados consideram atualmente que
a homossexualidade não tem base
biológica ou genética?
Por mais de 30 anos, cientistas cuidadosos têm se re­
cusado a afirmar que a homossexualidade tem origem
biológica, por uma simples razão: falta de evidências
36 » John Ankerberg e John Weldon

comprobatórias. Nas páginas seguintes citaremos uma


variedade de autoridades para tentarmos contrariar a
opinião dominante sobre essa questão, que permeia nos­
sa sociedade.

O Dr. Joseph Nicolosi salienta que já examinou todos


os tipos de literatura científica que têm relação com os
supostos princípios biológicos da homossexualidade:
“Eu mesmo revisei toda a literatura, incluindo o estudo
de LeVay, e certamente não acredito, e acho que ne­
nhum cientista realmente acredita, que haja predetermi­
nação para a orientação sexual. Existem muito mais evi­
dências para os fatores ambientais que, desde cedo, de­
terminariam a orientação sexual de uma pessoa.”55

Ninguém menos que a grande autoridade no assunto,


o próprio Alfred Kinsey, conforme citado por W.B. Po-
meroy, seu pesquisador adjunto, declara: “Eu mesmo
cheguei à conclusão de que a homossexualidade é, em
grande escala, uma questão de condicionamento.”56 Tal­
vez isso explique porque os especialistas em sexo Mas-
ters e Johnson enfatizem: “E de grande importância que
todos os profissionais da área de saúde mental tenham
em mente que o homossexual masculino ou feminino é
basicamente um homem ou uma mulher por determina­
ção genética, com orientação homossexual por prefe­
rência aprendida.”57

Masters e Johnson também observaram o seguinte:

A teoria genética da homossexualidade é descartada


nos dias de hoje... nenhum cientista sério sugere que uma
simples relação causa/efeito faça sentido.58
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 37

O Dr. John Money, principal pesquisador de sexo da


Universidade Johns Hopkins, relatou: “Nenhuma dife­
rença de cromossomos foi encontrada entre sujeitos ho­
mossexuais e controles heterossexuais” e “com base no
conhecimento que temos até aqui, não existe fundamen­
to no qual possa se justificar a hipótese de que homos­
sexuais ou bissexuais de qualquer grau ou tipo tenham
cromossomos diferentes dos heterossexuais.” 59

Até John DeCecco, editor do Journal of Homosexua-


lity (Revista Sobre Homossexualidade), diz: “A idéia de
que as pessoas nascem direcionadas a um certo compor­
tamento sexual é tolice.”60

No mesmo número do Archives of General


Psychiatry (Arquivos de Psiquiatria Geral) no qual apa­
receu o artigo de Bailey/Pillard sobre gêmeas lésbicas,
dois pesquisadores altamente credenciados do Instituto
Psiquiátrico do Estado de Nova Iorque concluíram:
“Atualmente não há evidências para fundamentar uma
teoria biológica de orientação sexual.”61 De fato, publi­
cações científicas importantes têm salientado com fir­
meza “a falta de evidências que apoiem” uma base bio­
lógica da homossexualidade62- o que não é surpresa, já
que “a homossexualidade geneticamente determinada
teria se extinguido há muito tempo por causa da repro­
dução reduzida.”63

A quarta edição do Psychiatric Dictionary (Dicioná­


rio Psiquiátrico) observa que a maneira pela qual uma
criança é criada é muito mais importante na determina­
ção da sexualidade do que a genética: “Muitos pseudo-
hermafroditas e indivíduos com agênese gonodal foram
38 * John Ankerberg e John Weldon

criados como mulheres, sendo que seu sexo determina­


do pelos cromossomos é masculino (e vice-versn); ain­
da assim, em todos os casos o papel do sexo e a orienta­
ção foram coerentes com o sexo designado e com a
criação.”64

O professor William P. Wilson - chefe da Divisão de


Biologia Psiquiátrica no Centro Médico da Universida­
de Duke - argumenta: “Não se pode demonstrar que o
comportamento homossexual seja produzido diretamen­
te pela transmissão do comportamento determinado pe­
la genética ou pela ocorrência de um número excessivo
ou insuficiente de cromossomos sexuais.”65

O Dr. Clifford Allen conclui: “Nenhuma investigação


em qualquer esfera indica uma base orgânica para a ho­
mossexualidade, seja física, química, celular, microscó­
pica ou macroscópica.”66

7. A homossexualidade realmente
é uma preferência adquirida?

Se a homossexualidade não tem base biológica, então


só pode ser uma preferência adquirida. Wainwright
Churchill observa em seu livro Homosexual Behavior
Among Males (Comportamento Homossexual entre Ma­
chos): “Não existem instintos sexuais no homem... A
sexualidade humana é inteiramente dependente de um
aprendizado e condicionamento. O padrão de comporta­
mento sexual do indivíduo é adquirido no contexto de
suas experiências singulares, e não é, de maneira algu­
ma, inato ou herdado.”67
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 39

Escrevendo em Sexual Preference (Preferência Se­


xual), Bell, Weinberg, e Hammersmith argumentam de
maneira convincente que “a experiência de um desper-
tamento homossexual na infância e na adolescência e o
envolvimento em atividades homossexuais genitais são
fortes indicadores de futura homossexualidade adulta.”68
Essa conclusão é enfatizada pelo Instituto de Pesquisa
da Família de Washington, D.C. (EUA), que dirigiu
uma pesquisa nacional feita, ao acaso, com 4.340 adul­
tos. Nessa pesquisa, 96% dos homens heterossexuais e
97% das mulheres heterossexuais indicaram que sua
primeira experiência sexual foi heterossexual. Mas 85%
dos homossexuais e 29% das lésbicas relataram que sua
primeira experiência foi bissexual ou homossexual.69

Por tudo isso é que o Dr. van den Aardweg, autor do


livro Homosexuality and Hope (Homossexualidade e
Esperança), comentando que o ponto de vista biológico
“tem se tornado cada vez menos justificável”, conclui:
“Na minha opinião, qualquer pessoa que tenta se apro­
ximar da literatura de pesquisa fisiológica e psicológica
com a mente aberta, terá de admitir que a melhor inter­
pretação de homossexualidade deve ser a idéia de uma
variante neurótica [ i.e., um distúrbio psicológico ou
emocional].”70

Mas, indo além, uma suposta base biológica para a


homossexualidade nem é a questão central:

Será que devemos pensar que só pelo fato de algo ser


de origem genética, é normal ou "natural"? O que dire­
mos, então, a respeito de deformidades genéticas ou de­
feitos de nascimento?... Mesmo que possa ser provado
40 • John Ankerberg e John Weldon

que influências genéticas ou biológicas predispõem as


Dessoas à homossexualidade, isso nunca provará que a
lomossexualidade é normal em si mesma. Isso só provará
o que já sabemos - que variações genéticas podem, e
afetam comportamentos futuros, às vezes de maneiras in­
desejáveis...

Deixe que a pesquisa conclua o que puder sobre as


causas; origens genéticas não justificam um comporta­
mento pecaminoso.71

8. Se a homossexualidade é uma preferência


adquirida, será que isso prova que os
homossexuais podem mudar sua orientação
sexual para a heterossexualidade?
Homens e mulheres gays não nascem homossexuais,
e a mudança é possível. Estudos provam que homosse­
xuais freqüentemente trocam sua própria sexualidade.
Em seu relatório de 1970, o Instituto Kinsey comentou
que 84% dos gays trocaram ou mudaram sua orientação
sexual pelo menos uma vez. Além disso, 32% dos gays
relataram uma terceira troca, e 13% pelo menos cinco
mudanças.72 Em 1981 Bell, Weinberg e Hammersmith
também relataram números parecidos.73

Se for possível mostrar que homossexuais pratican­


tes “vitalícios” de fato mudam sua orientação sexual,
isso será um golpe devastador nas afirmações do movi­
mento homossexual. Aqui está o que pesquisas atuais
revelam sobre homossexuais que mudam para heteros­
sexuais.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade « 4 1

- Schwarz e Masters (no relatório do Johnson Institute


de 1984) revelam uma grau de sucesso de 79,9% de ho­
mossexuais mudando sua orientação sexual para a hete-
rossexualidade. Seu índice de seis anos de acompanha­
mento foram impressionantes 71.6%.74

- O Dr. van den Aarweg (1986) relatou um grau de


sucesso de 65%.75

- O Dr. Nicolosi, quando entrevistado em 1992, disse


o seguinte ao Dr. Ankerberg: "Trabalhei com aproxima­
damente 175 homens até hoje e, em relação a afirma­
ções de cura, posso dizer que quando os homens perma­
necem comigo, em questão de meses começam a experi­
mentar mudanças em suas vidas." 76

Até o ativista liberal e apresentador de TV Phil Dona-


hue, que acreditava na teoria biológica, agora diz aos ho­
mossexuais: “Se você quiser mudar, você pode mudar.”77
Portanto, não se pode negar que homossexuais que que­
rem mudar, geralmente mudam sua orientação sexual. A
mudança pode ser mais difícil para alguns devido a fatores
de motivação, vontade, e circunstâncias. Mas na terapia
em si, com motivação e ajuda adequadas, parece que, teo­
ricamente, a mudança é possível para todos: “Abandonar
hábitos homossexuais, assim como deixar de beber, pode
ser feito, e é feito por dezenas de milhares a cada ano.”78-75

De acordo com a pesquisa feita pelo Instituto de Pes­


quisa da Família em 1983 com 4.340 adultos:

- 82% das lésbicas e 66% dos gays disseram que já


haviam se apaixonado por alguém do sexo oposto,
42 » John Ankerberg e John Weldon

- 67% das lésbicas e 54 % dos gays informaram ter, no


presente, atração sexual pelo sexo oposto, e

- 85% das lésbicas e 54 % dos gays, depois de adul­


tos, tiveram relações sexuais com alguém do sexo oposto.

Parece que não só há mais pessoas que tentaram dei­


xar a homossexualidade do que aqueles que permane­
cem homossexuais, mas também que a homossexualida­
de não pode ser considerada imutável quando a maioria
já foi atraída sexualmente e teve relações com pessoas
do sexo oposto.80

O Dr. Irving Bieber salienta na Canadian Journal of


Psychiatry (Revista Canadense de Psiquiatria): “Du­
rante um período de até dez anos, temos acompanhado
alguns pacientes (homossexuais) que permaneceram ex­
clusivamente heterossexuais.”81

Ao descrever dois livros que publicou, The Homose-


xualities: Fantasy, Reality and the Arts (As Homosse­
xualidades: Fantasias, Realidade e as Artes - 1990) e
The Homosexualities and the Therapeutic Process (As
Homossexualidades e o Processo Terapêutico - 1991),
o Dr. Socarides observa: “Esses dois livros contêm a
obra de mais de 30 psicanalistas - professores, psicana­
listas célebres e pessoal da área médica de todo o país -
e todos afirmam o fato de que a homossexualidade é
uma condição psico-patológica que pode ser alterada se
alguém souber como alterá-la.”82

Se um grande número de terapeutas e pesquisadores


tem visto, ao longo dos anos, homossexuais mudando
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 43

para a heterossexualidade, e se isso tem sido comprova­


do pessoalmente pelos próprios homossexuais e seus
cônjuges, em que base pode alguém afirmar que homos­
sexuais jamais podem mudar? E mais, quais são as im­
plicações se, como uma sociedade, promovêssemos ofi­
cialmente o conceito de que não há como mudar?

9. Dez porcento da população americana


realmente é homossexual?

A pesquisa de Kinsey foi baseada na ciência ou na


“agenda social”? A pesquisa do Instituto Kinsey, que
foi amplamente divulgada dizendo que 10% da popula­
ção norte-americana é homossexual, é falsa e foi basea­
da em pesquisas falhas. Os estudos científicos mais re­
centes têm mostrado consistentemente que menos de
1% a 2% da população masculina é exclusivamente ho­
mossexual. De acordo com o jornal USA Today (EUA
Hoje) de 15 de abril de 1993 (ênfase acrescentada):

A idéia absurda de que 10% dos homens são gays - sur­


gida em estudos de Alfred Kinsey e popularizada por ativis­
tas - está desaparecendo sob o peso dos novos estudos.

Nos mais recentes, só 2,3% dos homens americanos de


20 a 39 anos de idade dizem ter tido uma experiência
sexual com alguém do mesmo sexo na última década. Só
1,1% dizem ser exclusivamente gays.

Os doutores Paul e Kirk Cameron pesquisaram um


novo estudo: “The Prevalence of Homosexuality” (A
Prevalência da Homossexualidade), no Psycholoyical
44 * John Ankerberg e John Weldon

Reports (Relatórios Psicológicos) que resume mais de


trinta levantamentos ao redor do mundo com “grandes
amostras razoavelmente imparciais”, que revelam nú­
meros parecidos.

Kinsey nunca declarou que 10% da população é ho­


mossexual. O que ele disse é que 10% dos homens entre
16 e 55 anos de idade se envolvem principalmente ou
exclusivamente em relacionamentos homossexuais por
um período de três anos. Apenas 4% dos homens bran­
cos foram exclusivamente homossexuais a vida toda.83

O Instituto Kinsey está enfrentando um processo ju­


dicial impetrado pela Dra. Judith Reisman. Reisman
acusa o Instituto Kinsey de descobertas que, em parte,
são baseadas em experiências criminosas conduzidas
por pedófilos que aparentemente estimularam sexual­
mente bebês (a partir dos dois meses) e crianças maio­
res, contra a vontade delas, e sem o consentimento dos
pais, até 24 horas a cada vez.84Esse é o tipo de “pesqui­
sa” que literalmente mudou uma nação.

Talvez os EUA devessem corar de vergonha.

10. Como podemos avaliar da


melhor maneira possível a percepção dos
homossexuais de sempre terem se
“sentido” diferentes?
Permanece o fato de que muitos homossexuais afir­
mam que sempre tiveram sentimentos homossexuais e
que, portanto, nunca escolheram ser homossexuais.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 45

Quando se fala com um homossexual, ouve-se essa per­


cepção repetida tão freqüentemente que é fácil acreditar
que a homossexualidade deve ser algo inato.

Entretanto, essa auto-percepção dos homossexuais


diz pouco ou nada a respeito da origem verdadeira da
homossexualidade, porque a percepção em si pode ser
uma interpretação inexata ou uma turva lembrança de
outra coisa completamente diferente. A pergunta verda­
deira é: “Quão importantes são tais sentimentos?” O
que significaram tais sentimentos quando ocorreram pe­
la primeira vez, e, eles significam o mesmo agora? A
interpretação de tais sensações reflete, de maneira pre­
cisa, a predeterminação biológica, ou foi colorida ou in­
terpretada pela própria experiência homossexual? Além
disso, tais sentimentos parecem ser prontamente expli­
cados por outros fatores.85

Roger Montgomery, por exemplo, um ex-prostituto


homossexual que esteve no “The John Ankerberg
Show” (Programa John Ankerberg) foi várias vezes es­
tuprado, quando criança, pelo vizinho homossexual.
Muito confuso e assustado com as ameaças desse ho­
mem para que não falasse nada a ninguém, só restava a
Roger se submeter. Mas, aos poucos aconteceu uma
transformação. O que foi inicialmente uma experiência
muito dolorosa e horrível, começou a ser visto como al­
go que trazia prazer. Essa foi a única experiência de se­
xo que Roger teve e o que ele aparentemente, por falta
de uma palavra melhor, “gravou na mente”. Isso explica
porque Roger nunca teve a percepção de desejos hete­
rossexuais. Através de tais experiências, sua orientação
sexual se tornou “fixa” e ele tinha pouca necessidade ou
46 • John Ankerberg e John Weldon

desejo de relações heterossexuais. Isso levanta uma


questão bastante séria. Quantos homossexuais podem se
lembrar de só terem desejos homossexuais porque essa
foi a única sexualidade à qual foram submetidos?

Em outras palavras, a incapacidade dos homosse­


xuais de se lembrarem da opção pela homossexualidade
pode ser apenas uma meia-verdade. A sexualidade hu­
mana parece ser um estado neutro no qual tanto a ho­
mossexualidade quanto a heterossexualidade podem ser
gravados pela experiência ou pela prática constante. Ro-
ger, por exemplo, foi uma vítima que nunca teve, por
inteiro, a oportunidade de escolha. Mas mesmo assim,
isso não garantiu que se tornasse homossexual, como
ele mesmo confessou: “Foi um erro muito grande ter
permanecido em silêncio, pois se tivesse podido com­
partilhar minha situação com a pessoa certa, estou con­
vencido de que teria levado uma vida heterossexual nor­
mal e saudável.”86

A incapacidade de lembrar a escolha não significa


que não houve tal escolha. Os homossexuais continuam
diariamente a fazer escolhas para permanecerem ho­
mossexuais. Quaisquer que sejam as influências exis­
tentes na vida de uma pessoa - evidentes ou sutis - que
encorajem direcionamentos de estilo de vida, a questão-
chave é como uma pessoa reage para com elas:

[Nós] reagimos a essas influências com atos responsá­


veis próprios, sutis ou óbvios, adicionando nossas pró­
prias escolhas à infinidade de influências que moldam
nossa personalidade. Podemos deixar de enxergar o im­
pacto de nossas escolhas, porque decisões que moldam
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 47

nossas vidas muifas vezes não são grandes e destacadas,


mas pequenas e cumulativas, e resultam em sermos bon­
dosos ou cruéis, invejosos ou gratos, idólatras ou piedo­
sos.87

Concluindo, pode ser que nunca venhamos a saber


com certeza absoluta uma causa única ou exata da ho­
mossexualidade, mas a irresponsabilidade dos pais, mo-
lestamento, e falta de religião na educação dos filhos,
parecem ser fatores-chaves.88

As complexidades da personalidade humana e a in­


fluência do meia ambiente na desenvolvimento humana
fazem cam que declarações sobre a condição homosse­
xual sejam virtualmente impassíveis. Fatores como pais,
condição sócio-econômica, ambiente na lar, educação re­
ligiosa, raça, nacionalidade e temperamento tornam a
coleta de dados algo muito difícil. A natureza subjetiva
do assunto também faz com que a interpretação das da­
das seja uma tarefa muito delicada.89

A idéia de que os homossexuais “nasceram desse jei­


to” e “nunca poderão mudar” é um mito. É um mito útil
para muitos homossexuais e ativistas liberais, mas um
mito de conseqüências nefastas para nós. Ninguém po­
de negar que as alegações de determinismo biológico e
de 10% de incidência de homossexualidade têm muito a
ver com a política, porque temos nos acostumado a
“justificar” um movimento completo de direitos civis.
Infelizmente, os mitos têm sido energizados pela “agen­
da” social, que não tem sido das melhores nos EUA.
S equncI a P arte

A Bíblia e o
Estilo de Vida
Homossexual
11. A Igreja Cristã está aceitando cada vez
mais o estilo de vida homossexual?

No livro The Homossexual Network (A Rede Homos­


sexual), Enrique Rueda revela:

Grandes esforços são feitos pelos homossexuais "libe­


rados" denfro dos vários segmentos religiosos... para al­
terar os ensinamentos e práticas dessas organizações a
fim de beneficiar o movimento... As principais denomina­
ções do protestantismo estão desacreditadas por sua dis­
posição em se comprometer com o movimento homosse­
xual... A maioria das denominações tem organizações
que defendem a causa homossexual dentro da mesma.90

Mel White é um exemplo da influência homossexual


na igreja. White era um homossexual comprometido, ao
mesmo tempo que escrevia best-sellers cristãos e produ­
zia filmes evangelísticos. Como lembrado em sua auto­
biografia, Stranger at the Gate (Estranho no Portão),
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 49

seu trabalho como autor que escrevia para outros envol­


veu livros de Jerry Falwell, Pat Robertson, W.A. Cris-
well e Billy Graham. Ele também produziu filmes com
o falecido Dr. Francis Schaeffer e com o Dr. James
Kennedy.

Só em junho de 1993, quando White foi indicado


deão da maior igreja de gays e lésbicas do mundo, a
“Cathedral of Hope” (Catedral da Esperança) em Dal-
las, Texas, foi que seu compromisso com o homosse­
xualismo atraiu a atenção nacional e a maioria dos
evangélicos ficou sabendo de sua preferência sexual.

Infelizmente, a rejeição de White às passagens bíbli­


cas e o ataque aos evangélicos que ensinam que a ho­
mossexualidade é pecado, tem causado confusão e tu­
multo na vida de alguns cristãos que estão em conflito
com sua própria identidade sexual. “Agendas” pessoais
desse tipo levaram milhares de pessoas a morrer de
AIDS. Independentemente disso, a influência de “evan­
gélicos” como White ou Ralph Blair, fundador do
“Evangélicos Preocupados”, são provas de que a igreja
precisa lidar eficazmente com a questão toda - não só
com compaixão para com aqueles que estão presos à
homossexualidade, mas com um compromisso total
com os ensinamentos bíblicos.

Em anos recentes a comunidade homossexual evan­


gélica tem desafiado os ensinamentos ortodoxos da
igreja. Na Europa isso tem sido liderado pelo que se co­
nhece como “Gay Christian Movement” (Movimento
Cristão Gay); e nos EUA, por “Evangelicals Concer-
ned” (Evangélicos Preocupados), a “Metropolitan Com-
50 * John Ankerberg e John Weldon

munity Churches” (Igrejas Comunitárias Metropolita­


nas) e grupos homossexuais a eles ligados.

Em novembro de 1989, num debate no “The John


Ankerberg Show” (Programa John Ankerberg), o bispo
episcopal John Spong argumentou que “a homossexua­
lidade tem sido discutida em todo segmento principal
da cristandade - em cada um deles - e há cem anos
atrás o assunto não era discutido. Isso acontecia porque
era consenso geral que a homossexualidade era eviden­
temente maligna... [agora] ele tem sido discutido até
nas igrejas batistas do sul dos Estados Unidos. O tema
tem sido discutido hoje porque não temos mais tanta
certeza. Quando não tiverem certeza, irmãos, não con­
denem.”91 Mas, esperem um pouco. Quais são as razões
que estão por trás de tal discussão? Será que é porque
cristãos genuínos estão realmente repensando a questão
toda ou, pelo contrário, porque elementos liberais den­
tro de, virtualmente, todas as denominações estão con­
fusos moralmente e têm aceito os argumentos ilegítimos
da ciência secular e da comunidade gay “cristã”? Acha­
mos que uma avaliação objetiva da situação não deixa
nenhum espaço para dúvida.

É preciso reconhecer que até algumas igrejas evangé­


licas estão confusas com respeito a essa questão, mas
essa confusão em si é resultante de estarem sendo enga­
nadas pelas falsas argumentações ou por sua própria
confusão sexual.

Entre as falsas argumentações estão as seguintes, pa­


ra as quais damos respostas breves entre parênteses: (1)
que a homossexualidade é muito comum para a socie­
Os Fatos Sobre a Homossexualidade * 5 1

dade poder condená-la (e quanto ao estupro, adultério, e


outras práticas comuns que são moralmente erradas?);
(2) o homossexual tem o direito de fazer o que quiser
com o seu corpo (e onde fica a AIDS?); (3) a homosse­
xualidade é um direito civil (um erro moral nunca pode
ser um direito civil); (4) críticos da homossexualidade
são fanáticos ou homossexuais disfarçados ocultando
seus próprios medos (muito conveniente!); (5) a homos­
sexualidade é normal para os homossexuais, portanto é
certo para homossexuais (o mesmo pode ser um argu­
mento para criminosos habituais); (6) quando a socieda­
de condena a homossexualidade, só está se condenando
a si mesma pois os homossexuais constituem membros
produtivos da sociedade (ao contrário92); (7) a opinião
cristã sobre homossexualidade está ultrapassada pela
pesquisa moderna (ao contrário93); (8) o amor é a única
questão que importa (quem define o amor e seus limi­
tes? Pode um comportamento pecaminoso ser amoro­
so?); (9) o próprio Jesus não condenou a homossexuali­
dade (não é bem assim - Jesus manteve a autoridade di­
vina do Velho Testamento em João 17.17; também
conferir com Mateus 19.4-5); (10) o comportamento
homossexual entre animais prova que a homossexuali­
dade é uma condição biológica/evolucionária natural
(não é assim94- e mesmo que fosse, homens e mulheres
não são meros animais); e (11) os cristãos devem, pelo
menos, distinguir entre a atitude homossexual promís­
cua (pecaminosa) e a condição homossexual (não peca­
minosa) - portanto, a homossexualidade monogâmica
não é pecaminosa (não é assim95; veja abaixo).

Uma vez que os fatos sejam fornecidos aos cristãos


confusos, eles se voltam para uma posição bíblica. Os
52 * John Ankerberg e John Weldon

poucos auto-denominados evangélicos que permane­


cem confusos nessa questão, assim o fazem não por
causa dos ensinamentos bíblicos, mas apesar deles.
Suas razões para aceitar a homossexualidade não têm
nada a ver com as Escrituras, mas somente com suas
próprias preferências.

A despeito de tudo isso, as próprias igrejas históricas


carregam uma medida significativa de responsabilidade
pela condição atual de aceitação da homossexualidade,
incluindo a propagação da AIDS. A maneira pela qual
as denominações, os congressos e/ou estudos têm inter­
pretado faIsamente as Escrituras e ativamente encoraja­
do a homossexualidade, têm simultaneamente promovi­
do tanto o pecado quanto o julgamento de Deus sobre o
pecado. E triste ter de reconhecer que, na verdade, a
própria igreja, cuja missão é sustentar a vida e a pieda­
de, está à frente promovendo o pecado e a morte.

12. Qual é a premissa básica por trás da


interpretação homossexual das Escrituras?

Para os homossexuais, o argumento fundamental é


que a Bíblia, se compreendida “adequadamente”, não
condena a homossexualidade em si. Quando muito,
condena apenas a promiscuidade homossexual - tipica­
mente relacionada à prostituição cultual da antiguida­
de. O argumento é, portanto, histórico. As passagens
bíblicas que trataram com as situações históricas no
passado remoto, seriam “condicionadas culturalmen­
te”, não sendo mais relevantes para a ética sexual cristã
do presente.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 53

O que isso quer dizer é que cada referência bíblica


que, alegadamente, condena a homossexualidade como
pecado tem sido interpretada erroneamente pela igreja.
Por quase 3.500 anos os judeus (e por 2.000 anos os
cristãos) têm interpretado falsamente suas Escrituras,
apesar de, aparentemente, essas Escrituras serem claras
em seus ensinamentos. Homossexuais atuais ficariam
mais satisfeitos se eles mesmos tivessem escrito a Bí­
blia toda.

13. Quais são os problemas básicos do


argumento do “condicionamento cultural”?

Primeiro, a rejeição da homossexualidade pelas Es­


crituras tem base principalmente no relato da criação no
Gênesis, que se aplica a todas culturas. Esse relato ante­
cede a Lei de Moisés e a teocracia de Israel, e, portanto,
não está culturalmente limitado.

A rejeição bíblica da homossexualidade é claramente


baseada na criação original do homem e da mulher, ma­
cho e fêmea, por Deus e na Sua instituição do matrimô­
nio heterossexual e da família - algo que foi sustentado
por Jesus (Mateus 19.4-5). Por ser um ensinamento que
transcende a cultura, ele não pode ser relegado como
tornado obsoleto por ela.

Segundo, o que as Escrituras ensinam sobre moral no


Antigo Testamento, elas ensinam também no Novo Tes­
tamento. Essa uniformidade também prova que esses
trechos bíblicos transcendem as supostas limitações cul­
turais. Porque o caráter santo de Deus nunca muda. Sua
54 • John Ankerberg e John Weldon

lei moral nunca muda. Deus é soberano sobre a cultura,


e não sujeito a ela. Os valores mutáveis da sociedade
não mudam a lei moral de Deus, que é válida para toda
e qualquer cultura, independentemente de suas crenças.

De fato, quando Deus deseja especificar que algo é


temporal ou “culturalmente condicionado”, Ele o faz.
Os aspectos cerimoniais da Lei de Moisés, por exem­
plo, que foram instituídos no Antigo Testamento, são
rescindidos no Novo Testamento. Daí podemos concluir
que, se as proibições de Deus contra a homossexualida­
de fossem restritas a uma época ou práticas específicas
e não mais relevantes, Deus certamente nos teria dito is­
so no Novo Testamento.

Finalmente, o argumento da cultura faz o “tiro sair pe­


la culatra”. Todas as culturas colocaram limites à homos­
sexualidade, e nenhuma cultura conhecida jamais permi­
tiu a homossexualidade como preferência para a maioria
dos adultos durante a maior parte do ciclo de vida.96

Alguns dos teólogos mais liberais admitem livremen­


te que a Bíblia condena a homossexualidade moderna.
Até alguns teólogos gays fizeram concessões. Por
exemplo: “Os quatro versículos citados do Novo Testa­
mento... não indicam possibilidade de qualificação das
práticas homossexuais por parte de Paulo (o autor de 1
Timóteo) como sendo pecados concretos em pé de
igualdade com o adultério e assassinato.”97 Tais confis­
sões provam que quando a teologia gay ensina que es­
ses versículos não condenam a homossexualidade, a
responsabilidade de ter que provar a tese fica com eles.
Mas, será que a comunidade homossexual já assumiu a
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 55

responsabilidade da prova? Não! Nem sequer por um


único versículo.

14. O que o relato da criação ensina a


respeito do estilo de vida homossexual?

Os relatos de Gênesis (Gênesis 1.27; 2.18,21-24) e


Mateus 19.4-6 ensinam que Deus criou a humanidade
de uma maneira específica (macho e fêmea) com propó­
sitos específicos relativos a isso (casamento, unidade
sexual e procriação subentendidos).

O lugar mais adequado para começar uma avaliação


bíblica sobre o homossexualismo não é com textos que
o rejeitam, mas com textos que sustentam e apoiam es­
sas passagens condenatórias.98 Essa abordagem de pano
de fundo é algo que quase todos os escritores pró-ho-
mossexuais falham em suprir.

A consideração do relato da criação é vital por mui­


tas razões. Para começar, é um relato da criação. Ho­
mens e mulheres não são o produto cego de uma evolu­
ção ao acaso em que, literalmente, nada é normativo e
os indivíduos são livres para escolher sua própria mora­
lidade ou sexualidade. Os homens devem prestar contas
ao Deus que os criou; eles não são o produto de uma
natureza impessoal que não se importa com o estilo de
vida deles.99

Abaixo estão cinco razões pelas quais o relato da


criação é decisivo para qualquer discussão bíblica sobre
a homossexualidade.
56 » John Ankerberg e John Weldon

Primeiro, a aceitação da homossexualidade


viola a ordem e a essência da própria criação
humana.
Deus declarou que não era bom que o homem es­
tivesse só. Para remediar essa situação, Ele criou a
mulher como complemento divino e contrapartida da
masculinidade. A comunhão sexual íntima foi pre­
tendida somente para o homem com a mulher. Isso
quer dizer que a homossexualidade distorce e desor­
dena as intenções de Deus na criação e que a prá­
tica da homossexualidade contradiz o padrão da he-
terossexualidade em seu nível mais básico. O estilo
de vida homossexual nega e desafia as polaridades
do sexo de tal maneira que nem mesmo comporta­
mentos heterossexuais, tais como fornicação e adul­
tério, o conseguem.

Segundo, os homossexuais não podem obedecer


ao mandamento de Deus quanto à procriação.
Em Gênesis 1.28, Deus ordenou a Adão, Eva e seus
descendentes: “sede fecundos, multiplicai-vos e en­
chei a terra”. Se Adão tivesse decidido ser homosse­
xual, ninguém jamais teria nascido.

Terceiro, a homossexualidade constitui uma


rebelião consciente contra a ordem divinamente
criada.
De acordo com Romanos 1.32 e outras passagens bí­
blicas, os homossexuais sabem que seu comportamento
é pecaminoso. A escolha contínua da prática de tal ati­
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 57

vidade é, portanto, uma rebelião intencional contra


Deus e a ordem da criação.

Quarto, a Bíblia está repleta de premissas do


relato da criação.
Se a homossexualidade fosse de alguma maneira le­
gítima, as Escrituras não assumiriam uma inclinação
heterossexual, mas incluiriam a opção homossexual. Se
Deus tivesse a intenção de que o homem fosse bisse­
xual, ou homossexual, ou se Ele tivesse criado o ho­
mem andrógino, o fato de criá-lo dessa maneira seria
evidente em outros relatos das Escrituras relacionados à
natureza do homem. Mas, o único padrão mantido e de­
fendido é o heterossexual. “Do primeiro capítulo de Gê­
nesis até o livro de Apocalipse, o significado duplo de
expressão sexual-genital - a saber, procriação e união -
é claramente manifesto... Javé é descrito como o noivo
fiel, e Israel, como a noiva fiel, indicando que o amor
heterossexual pode ser a base para se expressar o misté­
rio de Deus em amar a raça humana... Além disso, autor
de Efésios reitera a mesma verdade revelada sobre a se­
xualidade humana, no contexto da sublime comparação
em que o marido é comparado a Cristo e a mulher à
Igreja. Quando o autor deseja descrever o amor que
Cristo tem pela Sua Igreja, ele se volta para o amor he­
terossexual do marido e da mulher. [Efésios 5.25,28].”""

Em outras palavras, as Escrituras estão impregnadas


com premissas concernentes à adequação da heterosse-
xualidade; por comparação, a homossexualidade está
conspicuamente ausente exceto quando se trata de con­
denação.
58 * John Ankerberg e John Weldon

Quinto, a homossexualidade distorce a imagem


de Deus.

Gênesis 1.27 ensina claramente que a imagem de


Deus compreende tanto macho e fêmea - uma comple­
mentaridade que é eterna e existirá para sempre. Afir­
mar que a homossexualidade é bíblica e normal é dis­
torcer a imagem de Deus e, conseqüentemente, insultar
a natureza e o próprio Ser de Deus.

Ao entendermos o propósito divino da criação e o fa­


to de que a criação reflete o próprio Ser de Deus, pode­
mos entender mais claramente as razões para as conde­
nações bíblicas da homossexualidade moderna e porque
elas são tão rígidas.

15. O que o relato de Sodoma e


Gomorra ensina a respeito do estilo de vida
homossexual (Gênesis 19.4-7)?
Antes que [Ló e os anjos (que haviam aparecido como
homens) tivessem se retirado], todos os homens de todas
as partes da cidade de Sodoma - velhos e jovens - cerca­
ram a casa. Chamaram a Ló: " O n d e e stã o o s h om e ns
q u e v ie ram até você esta noite? T ra g a -o s até nó s p a ra
q u e p o s s a m o s faz e r se x o com eles. [ERC: " p a r a qu e
p o s s a m o s co n h e cê -lo s"]." Ló sa iu a o encontro deles, fe­
ch ou a porta e disse, " N ã o , m eus a m ig o s. N ã o fa ç a m
a lg o tão p e c a m in o s o " (NVI).

Derrick Sherwin Bailey foi o primeiro teólogo mo­


derno a questionar o entendimento tradicional judaico-
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 59

cristão com respeito a Sodoma e Gomorra. Ele argu­


menta que na versão King James (como na Edição Re­
vista e Corrigida, de João Ferreira de Almeida, em por­
tuguês), “conhecer” não se refere a uma relação sexual
e, portanto, diz que a tradução da Nova Versão Interna­
cional citada acima é mal feita. Ele observa que o pri­
meiro significado da palavra hebraica yada, “conhecer”,
é “familiarizar-se” ou “ter conhecimento de”, e que tem
pouca conotação sexual. Ele argumenta que essa pala­
vra aparece 943 vezes no Antigo Testamento, e que só é
usada algumas vezes para se referir ao ato sexual.
“Conseqüentemente, é excepcional encontrar yada em­
pregada no sentido de coito.”101Além disso, nesses raros
casos em que foi empregada dessa maneira, se refere só
ao ato heterossexual.ll)2

Por essa perspectiva, os sodomitas ficaram suposta­


mente zangados com Ló por permitir que estranhos,
cujos motjvos, bons ou maus, que eram desconhecidos,
entrassem na casa dele. (Esses tais eram os anjos [Gê­
nesis 19.1] que apareceram em forma humana.) Sendo
assim, as pessoas da cidade exigiam “saber” o intento e
o caráter dos estranhos. (Mas, certamente, se as pes­
soas de Sodoma eram tão perversas como as Escrituras
ensinam, é de se duvidar que sua perversidade genera­
lizada haveria de produzir uma preocupação moral de
tal ordem.)

Primeiramente, o significado de uma palavra é deter­


minado não só pela definição e prioridade, mas também
pelo contexto em geral. E verdade que só algumas ve­
zes o emprego da palavra yada na Bíblia se refere ao
ato sexual. Entretanto, em seu contexto imediato (Gêne-
60 » John Ankerberg e John Weldon

sis 19.5), yada designa somente o ato sexual. Ló se de­


parou com uma emergência. Ele estava confuso e ame­
drontado. Não sabia quem eram esses anjos, mas estava
sem dúvida alguma impressionado com eles. Então, ele
apressadamente ofereceu suas filhas para suavizar os
apetites sexuais da multidão (Gênesis 19.8). Agindo por
puro desespero e desesperança, ele propõe uma desgra­
ça menor (estupro heterossexual) no lugar de uma des­
graça maior (estupro homossexual).

Se não fosse assim, por que um pai ofereceria suas fi­


lhas para serem estupradas, se os sodomitas estavam
simplesmente violando um costume social, fazendo um
pedido indelicado para avaliar o caráter de estranhos? O
fato de Ló se referir à virgindade de suas filhas indica
que ele entendeu o conteúdo sexual do pedido e, portan­
to, ofereceu um suborno sexual. Notem também que os
homens não estavam interessados nas mulheres; eles re­
cusaram a oferta de Ló e, zangados, exigiram que sua
lascívia fosse satisfeita por aqueles que eles pensaram
ser homens (Gênesis 19.9). Também, “no versículo 8 o
mesmo verbo [yada] - com a partícula negativa - é usa­
do para descrever as filhas de Ló como “nunca tendo
conhecido” um homem. O verbo aqui obviamente se re­
fere à relação sexual.103 Então, com certeza, a palavra
yada se refere ao ato sexual.

Segundo, passagens bíblicas adicionais identificam


claramente o pecado principal de Sodoma como sendo
sexual, e de forma significativa, como sexualidade per­
vertida. Segunda Pedro 2.7-10 refere-se ao comporta­
mento dos homens de Sodoma como “conduta sensual de
homens sem princípios” e aos seus “atos ilícitos”, co-
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 61

mentando que o julgamento de Deus é reservado espe­


cialmente “para aqueles que cedem à carne e a seus dese­
jos corruptos”. Judas 7 ensina que “Sodoma e Gomorra
e as cidades circunvizinhas... havendo-se entregue à
prostituição como aqueles, seguindo outra carne”.

O termo "outra carne" poderia significar atos não na­


turais entre homens ou até de seres humanos com ani­
mais. Os habitantes de Canaã eram culpados desses dois
pecados (Levitíco 18.23-29). Isso inclui, com certeza, as
cidades de Sodoma e Gomorra. A História e a arqueolo­
gia confirmam as mesmas condições.'04

Em terceiro lugar, a tradição judaico-cristã testifica,


invariavelmente, o pecado de Sodoma como sendo a ho­
mossexualidade. Um comentário rabínico, por exemplo,
diz que os sodomitas tinham um acordo entre eles de
sodomizar e roubar todos os estranhos.105Filo, um judeu
de Alexandria (25 a.C. até 45 d.C.), comentou que em
Sodoma “os homens se acostumaram a ser tratados co­
mo mulheres.”106

Depois de citar inúmeras fontes primitivas em con­


firmação desse fato (Josefo, Justino, o Mártir, Meto-
dius de Olimpia, etc.), o teólogo sistemático Dr. John
Jefferson Davis conclui: “Está claro que tanto o con­
texto imediato de Gênesis 19.5 e a longa história de in­
terpretação tanto judaica como cristã apontam, sem
margem de erro, para o verdadeiro significado do texto:
práticas homossexuais. A má interpretação do texto
feita por Bailey, que se tornou um argumento capital
em círculos pró-homossexualismo, simplesmente não
pode ser sustentada.”107
62 * John Ankerberg e John Weldon

Finalmente, comentaristas modernos da Bíblia estão


quase totalmente de acordo que o pecado de Sodoma
era a homossexualidade. Para citar apenas alguns no­
mes, Keil e Delitzsch; H.C. Leupold; J.P. Lange, e mui­
tos outros.108

Judas 7 menciona especificamente que a destruição


de Sodoma e Gomorra foi uma lição e um alerta divino
para todos os homens com respeito à homossexualida­
de. Quem argumentaria que esse não é o legado históri­
co de Sodoma e Gomorra? Elas são conhecidas mun­
dialmente como as cidades que Deus visitou com juízo
santo por causa de suas práticas homossexuais. Até Bai-
ley confessa: “Esta história exerceu uma influência po­
derosa, direta ou indiretamente, sobre as atitudes civis e
eclesiásticas para com a [homossexualidade]...”109 De
fato, se essa passagem nunca fez referência à homosse­
xualidade, como o termo “sodomia” (de Sodoma) se
tornou um sinônimo universal de homossexualidade?

16. O que as passagens de Levítico ensinam a


respeito do estilo de vida homossexual?

“Com homem não te deitarás como se fosse mu­


lher: é abominação... Se um homem se deitar com
outro homem, como se fosse mulher, ambos pratica­
ram coisa abominável; ambos serão mortos; o seu
sangue cairá sobre eles” (Levítico 18.22; 20.13).

Os críticos afirmam que essas passagens não conde­


nam a homossexualidade em si, numa base moral, mas
sim a prostituição cultual masculina, ou a impureza ri­
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 63

tual associada à idolatria cananita. O argumento é que,


desde que as práticas religiosas idólatras cananitas que
o Levítico condena cessaram milhares de anos atrás,
elas não podem se aplicar aos “relacionamentos homos­
sexuais amorosos e compremetidos” nos dias de hoje.
Desse modo, os homossexuais argumentam que esses
versículos “são historicamente interessantes mas não
têm relevância contemporânea por causa de seu lugar
nas regras da purificação cultual, e pela falta de clareza
no seu significado subjacente.”110

O problema de tal opinião é que não existe absoluta­


mente nada no texto para evidenciá-la. Primeiro, até
Bailey e o bispo John Shelby Spong, ambos ardorosos
defensores do homossexualismo, podem ver isso. Bai­
ley confessa: “Dificilmente há dúvidas a respeito de que
ambas as leis em Levítico têm relação com os atos ho­
mossexuais costumeiros entre homens, e não a rituais
ou outros atos realizados em nome da religião.”1"
Spong também admite que práticas homossexuais nor­
mais são condenadas.112

Segundo, quando Deus quer mencionar especifica­


mente as práticas de prostituição cultual, Ele o faz, como
em Deuteronômio 23.17: “Das filhas de Israel não ha­
verá quem se prostitua no serviço do templo, nem dos
filhos de Israel haverá quem o faça.” O fato de não se­
rem mencionadas em Levítico 18.22 e 20.13, indica que
Deus está tratando da homossexualidade em si, não com
alguma forma específica de prática cultual cananita.

Terceiro, todo o contexto de Levítico 18 e Levítico


20 é principalmente de moralidade, e não de adoração
64 » John Ankerberg e John Weldon

idólatra. Nesse caso, em Levítico 18.1-5 Deus informa


os israelitas que não devem imitar as práticas malignas
dos cananeus, mas devem ser cuidadosos em obedecer
às leis de Deus e seguir as Suas determinações. Deus
está expulsando os cananeus, não por sua idolatria, mas
por suas práticas sexuais abomináveis. Na realidade, o
restante do capítulo descreve quase todas as práticas
malignas como pecados sexuais-, relações sexuais proi­
bidas entre membros da família, relação sexual durante
o ciclo menstrual de uma mulher, homossexualidade e
depravações. O restante do capítulo consiste em adver­
tências convincentes para não serem contaminados por
tais práticas. Por isso, Deus ordena no versículo 24:
“Com nenhuma destas coisas vos contamineis.”

Além disso, a constante repetição dos temas de con­


taminação e abominação ocorre nada menos do que
nove vezes nos versículos subseqüentes (Levítico
18.24-29).

As passagens do Levítico lidam com interesses mo­


rais, não meramente com o fato de participação em ri­
tuais cananeus idólatras. Mais que isso, tais interesses
morais ainda são relevantes hoje. É por isso que Bahn-
sen argumenta: “O caráter predominante [dessas por­
ções] é moral, e seu conteúdo é geralmente reconheci­
do como norma nos dias de hoje (por exemplo: proibi­
ção de incesto, adultério, sacrifício de crianças,
idolatria, opressão dos pobres, ódio, pesos e medidas
injustas)... O defensor da homossexualidade precisa
produzir um critério viável para distinguir entre leis
morais e cerimoniais, caso contrário precisa rejeitar a
todas consistentemente.”1'3
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 65

Finalmente, considere o significado léxico da palavra


hebraica traduzida por “abominação” (toebah): “[Essa
palavra é] usada cinco vezes em Levítico 18 [e] é um
termo de forte desaprovação, que significa literalmente
alguma coisa detestável e odiada por Deus.”"4

Concluindo, ninguém pode, de maneira lógica, afir­


mar que Deus não está condenando a homossexualidade
em si nessas passagens.

17. O que Romanos 1 ensina a respeito do


estilo de vida homossexual?

Romanos 1.26-27 é o principal texto do Novo Testa­


mento sobre a homossexualidade, condenando também
o lesbianismo. Apesar de seu significado estar óbvio já
numa leitura superficial, os homossexuais ainda argu­
mentam que Paulo não estava condenando a homosse­
xualidade em si, mas meramente a prática grega de pe­
derastia (sodomia com um menino) ou a prática “não
natural” de heterossexuais se tornando homossexuais.
Desse modo, quando Paulo argumentou que a homosse­
xualidade é “contra a natureza”, ele estaria argumentan­
do que era somente contra a “natureza” dos heterosse­
xuais. Os homossexuais, longe de estarem agindo “con­
tra a natureza,” estariam na verdade agindo em
harmonia “com a natureza” - i.e. com sua verdadeira
natureza biológica/homossexual. A prática se tornaria
pecaminosa somente quando os heterossexuais se en­
volvessem em atividades homossexuais, porque para
eles essas atividades não seriam naturais. (Isso é como
argumentar que o estupro é moral e natural para os estu-
66 • John Ankerberg e John Weldon

pradores, mas imoral para não-estupradores.) Já que os


homossexuais “nascem assim”, a prática homossexual é
supostamente normal para eles. Mas, para aqueles que
nasceram heterossexuais, é pecado praticar atos homos­
sexuais. (Se é assim, então o que dizem os homosse­
xuais a respeito de todas as suas atividades proselitistas
dirigidas a homens e meninos heterossexuais?)

Além do mais, eles afirmam que Paulo e outros escri­


tores da Bíblia eram ignorantes a respeito da opinião
científica/teológica mais “esclarecida” sobre a homos­
sexualidade, que faz distinção entre o ato e a condição
homossexual, sendo que a última é algo a respeito da
qual os homossexuais não têm qualquer responsabilida­
de. Mas, se eles não são responsáveis pelo que são, co­
mo podem ser responsáveis pelo que sua natureza bási­
ca os leva a fazer?

Se tais argumentos têm alguma validade, alguém po­


de se perguntar por que um homem tão erudito e cheio
de discernimento como o apóstolo Paulo nunca fez a tê­
nue distinção citada pelos homossexuais. Nenhuma vez
sequer ele menciona pederastia, nem conclui que esteja
se referindo a heterossexuais que praticam a homosse­
xualidade. Ele também não faz distinção entre o supos­
to ato e a condição homossexual. Paulo está simples­
mente condenando a homossexualidade em si. As defi­
nições dos dicionários para as palavras que Paulo usa -
pathe aschemosune, etc. - claramente se referem a ati­
vidade sexual.115

Os tipos de pecados homossexuais relacionados em


Romanos são tidos como conseqüência de uma apos­
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 67

tasia anterior, bem como de juízo divino. Paulo en­


sina uma direção lógica descendente: (1) Os homens
se recusam a aceitar a sabedoria intuitiva que Deus
colocou entre eles com respeito a Si mesmo (vv. 18-
22); (2) isso resulta em rebelião contra Deus, mani­
festa na idolatria (colocando outra coisa no lugar de
Deus em nossas vidas, seja a própria pessoa ou vá­
rios ídolos, v. 23); (3) Deus começa um processo ini­
cial de julgamento ou entrega ao pecado (vv. 24,25);
(4) isso produz, em parte, perversões e lascívia não-
naturais (vv. 26,27), e (5) resulta em uma grande va­
riedade de vícios e maldades (vv. 28-32) - como de­
monstram a literatura e o estilo de vida homosse­
xuais. É como observa Bahnsen: “Em resposta, Deus
os entrega às lascívias impuras e à desonra de seus
corpos - especificamente, para a homossexualidade,
que por sua vez estimula depravações adicionais.”116
De acordo com Colossenses 3.5, ganância de qual­
quer tipo, incluindo a ganância sexual, é uma forma
de idolatria. É como o Dr. Davis comenta numa ob­
servação importante:

E também importante que nas análises paulinas, as


práticas homossexuais derivam, em última análise, não
do ambiente social, mas do coração humano ou disposi­
ção interior, que se afasta de Deus, seu supremo bem, e
se volta para os bens mutáveis da criação, incluindo a
própria pessoa. A apostasia do coração, invisível e inte­
rior, finalmente se torna visível em falsas religiões e com­
portamentos imorais e anti-sociais. "A idolatria", comen­
ta Ernst Kasemann, "abre as comportas para os vícios
que destroem a sociedade e levam a criação a um terrí-
68 • John Ankerberg e John Weldon

As descrições feitas pelo apóstolo Paulo são também


dignas de nota. O livro de Romanos fala de homosse­
xuais queimando-se em lascívia uns pelos outros. No
inglês, a New American Standard Version diz: “queima­
dos em seus desejos”; a NVI traduz: “estavam inflama­
dos em lascívia”, e a Amplified diz: “estavam em cha­
mas (queimados, consumidos) pela lascívia.”

Mesmo que esses versículos se referissem somente à


pederastia, ainda assim condenariam muitos homosse­
xuais hoje, porque sua lascívia pode ser tão consumido­
ra que muitas vezes leva ao molestamento de crianças,
mesmo quando essa não é a intenção original. Conside­
re o seguinte diálogo do falecido Roger Montgomery,
um homossexual que se tornou heterossexual, com o
Dr. Ankerberg no “The John Ankerberg Show” (Progra­
ma John Ankerberg) no fim de 1989. Como Roger nos
explicou, muitos, talvez a maioria dos homossexuais
atuais, tenham sido molestados por um homossexual
mais velho quando eram crianças ou adolescentes:

Montgomery: Eu recrutava pessoas mais jovens, mas


isso não me importava. Tudo que me importava era mi­
nha excitação sexual. E a mim não importava como have­
ria de afetar a vida de outros. E conhecendo outros ho­
mossexuais, creio que a mesma coisa acontece com eles.
Eles não se importam nenhum pouco se isso afeta a vida
daquela jovem criatura... É como um vício. É por essa ra­
zão que um homossexual discordaria ou diria com violên­
cia: "Não somos aliciadores", porque não é essa a inten­
ção deles. Mas isso não os isenta, de forma alguma, da
responsabilidade, pelo fato de não terem tido a intenção.
Eles continuam molestando nossas crianças.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 69

Ankerberg: O que isso nos diz, então, acerca dos ho­


mossexuais em nossa sociedade tentando criar leis visan­
do poderem lecionar para crianças em escolas, acampa­
mentos ou em escolas dominicais, sem qualquer impedi­
mento?

Montgomery: Eles são aliciadores. E estão atrás de


seus filhos e dos meus. E se permitirem que continuem,
conseguirão atingir seus objetivos.118

Em outras palavras, vícios sexuais de qualquer tipo


podem não somente ser extremamente poderosos, mas
extremamente corruptores. Pelo fato dos homossexuais
serem controlados por uma lascívia insaciável, isso os
leva à rotina do molestamento de crianças, mesmo que
no começo essa não seja a intenção.

Mas, como comentamos, o livro de Romanos tam­


bém ensina que a homossexualidade pode ser uma con-
seqüência da idolatria - abandonando o Deus verdadei­
ro por outro deus falso (Colossenses 3.5). A idolatria da
qual o pecado da homossexualidade e outros pecados
podem originar é vista na literatura homossexual, espe­
cialmente do feminismo lésbico e da teologia gay. Con­
sidere, por exemplo, a seguinte declaração de Sally
Gearhart em seu artigo “The Miracle of Lesbianism” (O
Milagre do Lesbianismo):

Fomos importunadas, induzidas, estimuladas, humi­


lhadas e até ameaçadas - para não dizer, na verdade,
fisicamente coagidas - a crer na eterna, externa e exclu­
siva existência do grande deus-pai, e nas fabricações
teológicas feitas por homens que cercam seu nome. Ao
70 * John Ankerberg e John Weldon

servir o deus externo, negligenciamos... a mulher-deus,


entretanto ela é chamada, e não fala de fora, mas de
dentro de nós... 1,9

Gearhart também se refere ao conceito cristão de


Deus como algo maligno e conclama ao retorno da deu­
sa feminina da bruxaria: Tendo detido a verdade pela
injustiça, tendo abandonado o conhecimento que Deus
colocou neles, os homossexuais e as lésbicas foram
“entregues” ao seu pecado: esse é o processo descrito
em Romanos.

Ainda pior, mais adiante o apóstolo ensina que os ho­


mossexuais “não têm desculpa”, porque intuitivamente
compreendem que tais atos são errados e são passíveis
de morte (Romanos 1.32). Mesmo assim, deliberada-
mente detêm tal conhecimento (Romanos 1.18). Eles
não somente suprimem esse conhecimento, mas, apesar
de tudo, continuam suas práticas e até encorajam outros
a fazerem o mesmo, dando sua mais profunda aprova­
ção (Romanos 1.28-32).

A homossexualidade envolve uma violação deliberada


da lei moral fundamental de Deus, que é conhecida ins­
tintivamente por todos os homens em todas as culturas,
porque Deus mesmo colocou tal conhecimento nos cora­
ções de todos os homens e mulheres. Deus mesmo tem
sido o professor deles quanto ao conhecimento dEle, por
isso, não há possibilidade de falhas nesse pormenor. Es­
sa é, sem dúvida, a razão pela qual todas as culturas con­
denaram a homossexualidade e porque tal conhecimento
deve ser suprimido para que a homossexualidade seja
justificada.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade » 7 1

18. O que 1 Coríntios 6.9-11 ensina a respeito


do estilo de vida homossexual?
“Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras,
nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas,
nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem mal­
dizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus
(1 Coríntios 6.9-10).

Os homossexuais têm afirmado que essa passagem é


mal traduzida ou restrita a certas culturas. Alguns têm
afirmado que a palavra malakos (traduzida por “efemi­
nados”) se refere somente à fraqueza moral sem qual­
quer referência específica à homossexualidade, e que
arsenokoitai (traduzida por “sodomita”) se refere aos
efeminados - e assim, uma vez mais, esses versículos
não condenariam as uniões “amorosas” modernas dos
homossexuais.120

Mas malakoi e arsenokoitai têm significados espe­


cíficos. A primeira significa literalmente “macio ao ta­
to.”121 Na cultura grega, era usada de forma metafóri­
ca para homens que assumiam o papel passivo no ato
homossexual. O segundo termo, arsenokoitai, também
se refere claramente às relações homossexuais - espe-
cificamente, à pessoa que assumia o papel ativo no ato
homossexual.

Em arsenokoitai, arsen se refere a “macho” e koitai a


“cama” - uma palavra com claras conotações sexuais
(cf. Hebreus 13.4). Em outras palavras, esse termo se
refere aos homens que vão para a cama com outros ho­
mens. Ou, nas palavras do Thayer’s Greek-English Le-
72 * John Ankerberg e John Weldon

xicon (Léxico Grego-Inglês de Thayer): “Alguém que se


deita com am homem òú uma mulher.”122

Além disso, todo o trecho de 1 Coríntios 6.9 e se­


guintes é destacado pela palavra adikoi - “os iníquos”.
Os termos que se referem à homossexualidade são en­
contrados em conexão com outros pecados sexuais -
fornicadores (pomoi) e adúlteros (moichoi). Em outras
palavras, os significados das palavras em si e seus con­
textos todos argumentam por relevância às práticas ho­
mossexuais de hoje. Homossexualidade impenitente,
fornicação, e adultério todos excluem pessoas do reino
de Deus.123

19. O que 2 Pedro 2.1-10 e Judas ensinam a


respeito do estilo de vida homossexual?

Essas passagens estão repletas de referências ao ho­


mossexualismo e, implicitamente, também ao movi­
mento homossexual cristão. As passagens paralelas ao
trecho de Romanos são dignas de nota. Em 2 Pedro 2,
observe que o contexto envolve “falsos mestres entre
vós” (i.e. dentro da igreja) que ardilosamente introdu­
zem “heresias destrutivas” até mesmo negando o Mes­
tre (Jesus) que os comprou. Note, além disso, que mui­
tos seguirão sua “sensualidade” (v. 2) ou “caminhos
vergonhosos”, e por causa de tais mestres o caminho da
verdade será “difamado” ou distorcido.

Tais pessoas são consideradas como repletas de ga­


nância e descritas como sendo aquelas que exploram os
cristãos com “palavras falsas” ( v. 3) ou “fábulas”.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 73

Até aqui, a passagem é aplicável tanto a homosse­


xuais quanto a “homossexuais cristãos” que promovem
os tipos de argumentos que temos considerado neste li­
vro. Note também que nessa passagem é a homossexua­
lidade que é diretamente citada como ilustração de to­
dos acima. Sodoma e Gomorra são mencionadas especi­
ficamente por terem sido destruídas como “wm exemplo
para aqueles que viessem a viver vidas impiedosas de­
pois disso.”

O livro de Judas continua a rejeitar a homossexuali­


dade:

“Como Sodoma e Gomorra e as cidades circunvi­


zinhas que, havendo-se entregue à prostituição como
aqueles seguindo após outra carne, são postas para
exemplo do fogo eterno, sofrendo punição... Ora es­
tes da mesma sorte, quais sonhadores alucinados,
não só contaminam a carne, como rejeitam governo
e difamam autoridades superiores... Estes, porém,
quanto a tudo que não entendem, difamam... Estas
são as coisas que os destroem... São estes os que pro­
movem divisões, sensuais, que não têm o Espírito”
(Judas 7-19).

Essas palavras dispensam qualquer explicação e re­


querem pouco comentário.

Examinamos os principais e mais explícitos versícu­


los das Escrituras relacionados ao homossexualismo.
Aquele que afirma que a questão bíblica contra a ho­
mossexualidade é baseada em alguns textos “isolados”
e “obscuros”, simplesmente não entende o peso desses
74 « John Ankerberg e John Weldon

trechos das Escrituras. Além dos versículos acima, há


um grande número de versículos adicionais que são
aplicáveis às práticas homossexuais apesar do termo em
si não ser usado (por exemplo, Romanos 6.11-21; Ro­
manos 12.1-2; 1 Coríntios 6.19-20: Filipenses 1.20; Co-
lossenses 3.5-8, Apocalipse 21.8).

Concluindo, tanto a igreja cristã quanto a sociedade


causam muito dano às pessoas - homossexuais e hete­
rossexuais - quando ativamente promovem a causa da
homossexualidade.
C o nc Lusão

Como posso deixar o estilo de vida


homossexual?

Deixar o estilo de vida homossexual pode ser relati­


vamente fácil ou difícil, dependendo de diversos fato­
res. O passo mais importante é este - aceitar que o esti­
lo de vida homossexual é moralmente errado e resolver
mudar. Como foi comentado neste livro, a mudança é
claramente possível para homossexuais que queiram
mudar, e Deus concederá graça e poder àqueles que se
voltarem para Ele com fé, desejosos de agradá-lO com
seu comportamento sexual. Nesse caso, a chave é uma
oração de arrependimento diante de Deus, resolvendo
deixar o estilo de vida homossexual, o incentivo e o
aconselhamento daqueles que já fizeram isso.

A “Êxodus Internacional” é uma importante organi­


zação dedicada a ajudar homens e mulheres homosse­
xuais durante a transição para um estilo de vida celiba­
tário e a transição para a heterossexualidade.

Para aqueles que verdadeiramente desejam deixar o


estilo de vida homossexual, nós recomendamos a se­
guinte oração:

Querido Deus:

Eu agora reconheço que a minha homossexualidade


tem Te desagradada. Confesso meu pecado diante de Ti e
peço o Teu poder e Tua graça para deixar o meu estilo de
76 » John Ankerberg e John Weldon

vida anterior, de forma final e completa. Entendo que o


Senhor é Santo e que meu pecado me separou de Ti. Por­
tanto, agora recebo a Cristo como meu Senhor e Salva­
dor pessoal, crendo que Ele morreu na cruz por todos os
meus pecados e que ressuscitou dentre os mortos ao ter­
ceiro dia. Agradeço-Te que, pela fé no Teu Filho, posso
agora saber que todos os meus pecados foram perdoa­
dos, - passados, presentes e futuros. Não preciso mais te­
mer o Teu julgamento por causa do que Cristo consumou
na cruz. Com a Tua ajuda, eu agora resolvo buscar qual­
quer ajuda e aconselhamento necessários para obedecer
à Tua vontade para a minha vida. Em nome de Jesus,
amém.

Aqueles que fizeram essa oração devem entender que


a entrega a Cristo é um assunto sério e envolve fazer
dEle o Senhor de cada área de sua vida. Vocês devem
saber também que inclinações para o mesmo sexo po­
dem, mas provavelmente não vão, cessar automatica­
mente. O pecado da homossexualidade é igual a qual­
quer outro pecado sexual e requer tempo e paciência
para ser vencido. Outro passo importante é um rompi­
mento explícito e permanente de todos os laços com a
comunidade homossexual, incluindo, se necessário, to­
das as amizades anteriores. Nenhuma brecha de tenta­
ção deve ser permitida. Toda rejeição ao pecado equiva­
le à auto-negação e, é claro, é algo doloroso, mas o sim­
ples fato da dificuldade não nos isenta da
responsabilidade diante de Deus de amá-10 como Ele
nos amou. Milhares de homens e mulheres gays teste­
munharam que existe vitória - vitória completa - e
aqueles que acabaram de começar seu novo estilo de vi­
da devem ser encorajados por esse fato.
A questão
homossexual no
Brasil
Ageu Heringer Lisboa*
Vivemos em uma era de grande mutação de valores
morais. Conseqüentemente, novos comportamentos e
atitudes surgem em todos os setores da vida social. É o
tempo da globalização econômica, da comunicação de
massa, da perda total da soberania para algumas nações
e da relativização para outras. Tempo da modernidade
ditada pelo capital, notadamente, de potências ociden­
tais pós-cristãs. Uma civilização planetária, interligada
eletronicamente, “civilização transpolítica, transeconô-
mica e transexual” no dizer do filósofo Jean Baudrilard.

Civilização que questiona o sentido de tudo e onde se


fortalece o culto do indivíduo - do ego, do corpo - e de­
sacredita-se de qualquer instância tradicional geradora
ou controladora de valores. Especialmente os valores

* Psicólogo Clínico - psicoterapeuta em São Paulo, fundador do


Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos (CPPC).
78 » John Ankerberg e John Weldon

judaico-cristãos e seu principal registro - a Bíblia - so­


frem sabotagem e campanha de descrédito ou relativiza-
ção por formadores de opinião preconceituosos ou liga­
dos às novas religiões que estão surgindo cada vez
mais. É o caso de muitos profissionais de marketing e
comunicação, docentes universitários, teólogos liberais
e psicólogos humanistas.

A idéia imposta à população é a da autonomia do


indivíduo como fonte dos próprios valores. Não exis­
tiriam valores universais nem absolutos - daí a Bíblia
seria tão válida quanto um livro de Alan Kardec ou o
Bhagavad-Gita, uma obra científica ou literária. Cada
um tendo o direito de escolher seu sabonete, sua pro­
fissão, sua religião ou deus, seu próprio sexo e tudo o
mais. Tudo como construção individual em meio a va­
riáveis histórico-sociais. Sem transcendência nem um
Legislador Divino, sem culpa nem arrependimento. Pe­
lo princípio do prazer. E o prazer como meio e alvo
de tudo.

Especificamente no universo da sexualidade humana


acontece uma explosão de possibilidades de experiên­
cias na vida privada ou pública. Cresce a oferta de ser­
viços eróticos para toda variedade de perversões, parafi-
lias e orientações. Motéis, saunas, boates especiais, ca­
sas de sexo explícito, e espaço na mídia. Colunas gays
nas maiores publicações do país, anúncios de prostitui­
ção masculina, feminina, homossexual, travesti, troca
de casais, etc. Nossa sociedade não exerce nenhum po­
der de censura sobre abuso de exposição pornográfica
ou visual. Tanto é que crianças e adolescentes, como
qualquer pessoa, involuntariamente estão expostas a es­
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 79

tímulos lascivos explícitos nas bancas de revistas, nos


outdoors e nas propagandas. Basta citar as propagandas
da Du Loren mostrando casais homossexuais masculi­
nos e femininos se beijando. Numa dessas montagens,
duas mulheres são apresentadas como casal. Ao fundo,
a inscrição “a favor do aborto”.

Qualquer reclamação de leitores ou de organizações


civis sobre tais abusos recebe a recriminação de sempre:
disciplinar essas manifestações atenta contra a liberdade
de expressão, base da democracia (sic). As vozes dissi­
dentes vão sendo intimidadas e a grande maioria da po­
pulação vai sofrendo um constante e demolidor proces­
so de condicionamento alienante que mina toda capaci­
dade de reação à mentira. Poucas vozes se dispõem a
lutar pela verdade dos fatos e a mostrar a manipulação
existente. Infelizmente um ceticismo pessimista, junto
com uma preguiça mental, faz muitos pensarem que não
adianta reagir, que as coisas irão mesmo de mal a pior,
que não há nada a fazer. Esse imobilismo é resultado da
ação satânica em mentes fracas e desinformadas.

O dominador deste século tenebroso opera para en­


ganar inclusive os cristãos. Em alguns produz medo,
paralisia e covardia. Em outros opera uma autêntica
conversão anticristã, como o caso de apóstatas moder­
nos que querem reescrever a Bíblia para adaptá-la à
cosmovisão da Nova Era. Assim também encontramos
aqui no Brasil ex-padres e pastores liderando grupos de
militância homossexual e vindo a público, em jornais e
na TV, para defender “biblicamente” teses homosse­
xuais. Rompendo com milenares tradições hermenêuti­
cas judaicas, ortodoxas, católicas e evangélicas, que
80 * John Ankerberg e John Weldon

sempre incluíram a homossexualidade entre os compor­


tamentos pecaminosos e abomináveis perante Deus,
propõem releituras gays dos textos bíblicos. Dessa for­
ma concluem, por exemplo, que relacionamentos entre
Rute e Noemi, Jônatas e Davi, Elias e Eliseu, Paulo e
Timóteo, Jesus e alguns discípulos, especialmente João,
são homossexuais. E para legitimar/abençoar uniões ho­
mossexuais alegam que em havendo amor, todos os pe­
cados são eliminados.

Novas investidas estão sendo tomadas segundo uma


agenda política de âmbito mundial. Em 1995, no Rio de
Janeiro, reuniu-se a “Liga Internacional de Gays e Lés­
bicas”. Proposta sobre casamentos gays à semelhança
de países nórdicos já se encontra no Congresso Nacio­
nal. Projetos para educação sexual nas escolas de Io e 2o
graus seguindo cartilha escrita por grupos gays já estão
sendo discutidos em vários âmbitos. Em julho de 1996,
na cidade de Santos, um Conselho Municipal determi­
nou a acomodação de um travesti na ala feminina do
hospital municipal, mesmo com o constrangimento e
protesto das mulheres naturais que se negavam a com­
partilhar banheiro e espaço de intimidade com ele. Para
garantir direitos de uma minoria, autoridades contra­
riam o direito natural de outros. Neste caso, porque não
criar uma ala para indefinidos? Discute-se, também, a
legitimidade de mudanças cirúrgicas de sexo de acordo
com o desejo manifesto de alguém.

Essas novas questões significam profundos questio­


namentos ético-morais, teológicos e jurídicos para os
quais necessitamos a luz da Palavra de Deus. Neste li­
vro, o leitor encontrou elementos fundamentais para co­
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 81

nhecer mais amplamente fatos sobre a homossexualida­


de, notadamente a controvérsia sobre determinação ge-
nético-biológica-ambiental e fatos bíblicos irrevogáveis
que não admitem manipulação. Finalmente, declaramos
a boa nova de que há esperança concreta para libertação
de compulsões sexuais. Pessoas que sofrem problemas
de identidade sexual, pessoas abusadas na infância ou
adolescência, podem reestruturar suas vidas através do
poder de Deus que operou a ressurreição de Cristo e
que está disponível para quem O receber.
N otas
1. John Leo, “On Society: Pedophiles in the Schools”, U. S.
News and W orld Report, 11 de outubro, 1993, p. 37.
2. Stanley Monteith, A ID S : T he U n n e ce ssa ry E p id e m ic (Sevier-
ville, TN: Covenant House, 1992).
3. E. g., Time, 27 de Junho, 1994, p. 57.
4. Warren J. Gadpaille, “Cross-Species and Cross-Cultural
Contributions to Understanding Homosexual Activity” , Arqui­
vos de Psiquiatria Geral, Vol. 37, 1980, p. 352.
5. John Ankerberg, John W eldon, The M yth o f S a fe Sex (Chica­
go, IL: Moody, 1993).
6. Estes números foram baseados em estimativas do Centro de
Controle de Moléstias que projetou por aproximação os da­
dos de dezembro de 1993. As últimas estimativas foram de
29 de junho de 1994. O número 50.000 foi conservadora­
mente projetado por Stanley Monteith, M. D., H IV W atch,
Vol. 2, n2 1, p. 7. A estimativa de 2 milhões não é necessa­
riamente uma estimativa do CCM, embora muitas autorida­
des a considerem baixa.
7. Comunicado, “AIDS in the W orld” (Boston, MA: International
AIDS Center, Harvard School of Public Health, 1992), 12 de
junho, 1992, p. 4.
8. Stanley K. Monteith, M.D., H IV W atch, Vol. 2, n2 1, p. 1 (P.
O. Box 1835, Soquei, CA 95073).
9. A cobertura da situação francesa pela imprensa foi extensiva
nos EUA; para a situação americana, e. g. a Cruz Vermelha,
c. f. the C h a tta n o o g a F ree-P ress, 15 de maio, 1994, A9.
10. Time, 27 de junho, 1994, pp. 55, 57.
11. William Dannemeyer, S h a d o w in the L a n d (San Francisco,
CA: Ignatius Press, 1989), p. 15.
12. Time, 27 de junho, 1994, p. 58.
13. cf. Dannemeyer, S hadow , p. 15; Paul Cameron, E xp o sin g
the A ID S S c a n d a l (Lafayette, LA: Huntington House, 1988),
p. 42.
14. U.S. Government Printing Office, R e p o rt o f the S ecre ta rie s
T ask F o rce on Youth S uicide, DHHS Publication #
(ADMN)89-1621; 4 volumes, 888 p p „ divulgado em agosto
de 1989. Algum as citações-chave foram fornecidas por Fa­
m ily R esearch, verão de 1989, pp. 1-7.
15. Time, 27 de junho, 1994, p. 55.
16. Essa citação foi muito divulgada na imprensa popular em
meados de 1994.
17. Ankerberg e W eldon, passim.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 83

18. Enrique Rueda, The H o m o s e x u a l N e tw o rk (Old Greenwich,


CT: Devin Adair Co., 1982), pp. 140, 385.
19. Patrick Dixon, The Truth A b o u t A ID S (Nashville, TN: Nelson,
1989), p. 22.
20. R ecord, o boletim de quatro páginas de “Evangelicals Con­
cerned” , 19 quadrimestre, 1987, p. 70.
21. R ecord, veja todas as edições de 1987 a 1990.
22. Charles W. Socarides, “Sexual Politics and Scientific Logic:
The Issue of Homosexuality” , The Jo u rn a l o f P sychohistory,
inverno de 1992, pp. 308-329.
23. Monteith, A ID S : T he U n n e cessa ry E pidem ic, pp. 13-56; H IV
W atch, P.O. Box 1835, Soquei, CA 95073, Vols. I e II.
24. Dannemeyer, S hadow , p. 17.
25. John Jefferson Davis, E v a n g e lica l E th ics: Issu e s F a cin g the
C hurch T o d a y (Phillipsburg, NJ: Presbyterian and Reformed,
1985), p. 127; Time, 27 de junho, 1994, p. 57; Cameron, Ex­
posing, pp. 141-143.
26. Time, 26 de junho, 1994, p. 59.
27. Cameron, E xp o sin g the A id s S ca n d a l (Lafayette, LA: Hun­
tington House, 1988), p. 42.
28. Ibid., p. 153.
29. Em Dannemeyer, S hadow , pp. 49-50.
30. Entrevista feita em 26 de fevereiro, 1992, ênfase acrescentada.
31. “Homosexual Brains” , F a m ily R esearch Report, junho/setem -
bro, 1991. Veja a avaliação do relato original na revista
Science, disponível pelo Family Research Institute, P.O. Box
2091, W ashington, D.C. 20013.
32. Dr. Joseph Nicolosi, entrevista gravada para “The John An-
kerberg Show” .
33. Dr. Charles Socarides, entrevista gravada para “The John
Ankerberg Show” , ênfase acrescentada.
34. Dr. Kenneth Klivington, em N ew sw eek, 24 de fevereiro,
1992.
35. O repórter homossexual M. Botkin reconhece isso em “Salk
and Pepper” B a y A rea R eporter, 5 de setembro, 1991, pp.
21, 24, cf., “Homosexual Brains”, F a m ily R e a rch R eport, ju-
nho/setembro 1991, p. 1.
36. N ew sw eek, 24 de fev., 1992.
37. Ibid.
38. Dr. Joseph Nicolosi, entrevista gravada para “The John An­
kerberg Show.”
39. Veja “Twins Born Gay?” F a m ily R esearch R eport, jan./fev.,
1992, pp. 1-4 e outros lançamentos do Family Research Ins­
titute, W ashington, D.C.
84 * John Ankerberg e John Weldon

40. Richard A. Cohen, em Perpetuating H om osexual M yths (Seat­


tle, WA: Public Education Committe, 1992 rev.), pp. 18-19.
41. Dr. Simon Le Vay, entrevista gravada para “The John Anker-
berg Show” .
42. Veja “Twins Born Gay?” p. 4.
43. Editorial, “Genetic Linkage and Male Homosexual Orienta­
tion: Reasons to be Cautious” , B ritish M e d ica l Journal, 7 de
agosto, 1993, p. 337, ênfase acrescentada.
44. Agradecimento ao Dr. Paul Cameron, “Chromosomal Diffe­
rences in Gays?” exemplar de pré-lançamento do F a m ily R e ­
search R eport, 1993.
45. Ibid.
46. Ibid.
47. Editorial, B ritish M e d ica l Journal, 7 de agosto, 1993, p. 337.
48. Ibid., p. 338.
49. Cameron, “Chromosomal Difference in Gays?” .
50. Ibid.
51. Ibid.
52. “Can Gays and Lesbians Go Straight?” “Geraldo” , 11 de ju ­
nho, 1991, cópia ne 974, pp. 6, 17-18, ênfase acrescentada.
53. Ibid., p. 5.
54. Ibid., p. 10.
55. Dr. Joseph Nicolosi, entrevista gravada para ‘T h e John An-
kerberg Show”.
56. Citado por W.B. Pomeroy em Dr. K in se y a n d the Institute fo r
S e x R e se a rch (New York: Harper & Row, 1972), p. 147.
57. Citado em van den Aardweg, H o m o se xu a lity a n d H o p e (Ann
Arbor, Ml: Servant, 1985), p. 32.
58. W illiam M asters, V.E. Johnson, R. C. Kolodny, H u m a n S e ­
x u a lity (Boston: Little, Brown and C om pany, 1984), pp.
319-320.
59. Em Judd Marmor, ed., H o m o s e x u a l B e h a vio r: A M odern
R e a p p ra isa l (New York: Basic Books, 1980), pp. 9, 66.
60. Em USA Today, 1s de março, 1989, p. 4D; de The G a y
C hurch por Enroth (Grand Rapids, Ml, Eerdmans, 1974).
61. William Byne e Bruce Parsons, A rc h iv e s o f G e n e ra l
P sychiatry, março, 1993, citado em F a m ily R e se a rch Report,
março/abril, 1993, p. 1.
62. Editorial, B ritish M e d ica l Journal, 7 de agosto, 1993, p. 337.
63. Ibid; cf. nota 4.
64. Leland E. Hinsie e Robert Jean Campbell, P sych ia tric D ictio ­
nary, 4B ed. (New York: Oxford University Press, 1970), p.
350, ênfase acrescentada.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 85

65. Em Clifford Wilson, Im p o rta n t F a cts A b o u t S e x D iffe re n ce s


(Dandenong, Victoria, Austrália: Pacific College, Inc., 1986),
p. 75.
66. Clifford Allen, T extb o o k fo r P syc h o s e x u a l D iso rd e rs (Oxford:
1962), p. 170, citado em Ed Hurst, Dave e Neta Jackson,
O ve rco m in g H om osexuality, p. 91, ênfase acrescentada; cf.
van den Aardweg, pp. 28-33.
67. W ainwright Churchill, H o m o se xu a l B e h a v io r A m o n g M ales,
1967, p. 101, citado em Dannemeyer, S h a d o w in the Land,
p. 47.
68. A. P. Bell, M. S. Weinberg, and S. K. Hammersmith, S exu a l
P re fe re n ce S ta tis tic a l A p p e n d ix (Bloomington, IN: Indiana
University Press, 1981), p.113.
69. Paul Cameron et al, “Sexual Orientation and Sexually Trans­
mitted Disease”, The N e b ra ska M e d ic a l Journal, agosto,
1985, rel.
70. van den Aardweg, H o m o se xu a lity a n d H ope, p. 45.
71. Joe Dallas, ‘Born Gay?”, C h ris tia n ity Today, 22 de junho,
1992, p. 23.
72. Veja ‘Born that W ay?” F a m ily R e se a rch R e p o rt S p e cia l R e­
port, 1991, e atualizações.
73. A.P. Bell, M.S. Weinberg, and S.K. Hammersmith, S e xu a l
Preference, p. 261.
74. Douglas A. Houck, ‘Case Study Analysis of Homosexual to
Heterosexual Transformation with Overview of the Moberly
Model” (Seatle, WA: Metanoya Ministries, 1988) em Cohen,
P e rp e tu a tin g H o m o s e x u a l M yths, p. 9.
75. Cohen, em P e rp e tu a tin g H o m o s e x u a l M yths, p. 9.
76. Dr. Joseph Nicolosi, entrevista gravada para “The John An-
kerberg Show”.
IT . The P h il D o n a hu e Show, 12 de novembro, 1993.
78. Family Research Institute, W hat C auses H om osexuality?, p. 5.
79. Citado em USA Today, 15 de abril, 1993.
80. Family Research Institute, W hat C a u se s H o m o se xu a lity a n d
C an It Be C u red? (Washington, DC: Family Research Institu­
te), p. 5.
81. Em Joe Dallas, D esire s in C onflict, p. 116, citando Irving Bie-
ber “Male Hom osexuality” C a n a d ia n Jo u rn a l o f Psychiatry,
vol. 24, n2 5, 1979, p. 416.
82. Dr. Charles Socarides, entrevista gravada para “The John
Ankerberg Show” .
83. Cf. “Homosexuality: The 10% Lie” , F a m ily R e se a rch Report,
maio-junho de 1992 e lançamentos recentes do Family Re­
search Institute.
86 » John Ankerberg e John Weldon

84. Como noticiado em The W all S tre e t Journal, 31 de março,


1993. Veja também Judith A. Reisman, Edward W. Eichel,
et. al., Kinsey, S e x a n d F ra u d : The Indo ctrin a tio n o f a P eople
(Lafayette, LA: Huntington House, 1990).
85. E.g. Michael R. Saia, C o u n selin g the H o m o se xu a l (Minnea­
polis, MN: Bethany, 1988), pp. 41-42.
86. Roger Montgomery, M y L ife in H om osexuality, ms., 1989, pp.
43-44.
87. Jones, p. 29.
88. John Weldon, H o m o se xu a lity: A Scientific, B ib lica l a n d S o cia l
C ritique, ms., 1992; pesquisa do Family Research Institute,
P. O. Box 2091, W ashington, D. C. 20013; e. g. Cf. Saia,
passim.
89. Saia, C ounseling, p. 39.
90. Rueda, H o m o s e x u a l N etw ok, p. 296-297.
91. Programa 6 do bispo John Spong/W alter Martin, novembro
de 1989, debate realizado no “The John Ankerberg Show” .
92. Veja pesquisa do Family Research Institute, Washington, D. C.
93. Weldon, H om osexuality, ms.
94. Veja notas 42, 93.
95. Ibid.
96. Cf. J.D. Unwin, “Monogamy as a Conditon of Social Energy”,
H ib b e t Journal, vol. 25 (1927), pp. 662-677.
97. S. Gearhart and W. R. Johson (eds), Lovin g W om en/Loving
M e n : G a y L ib e ra tio n in the C hurch (San Francisco: Glide Pu­
blications, 1974), p. 40.
98. John Stott, “Homosexual Partnerships”, Involvement, vol. 2,
p. 226.
99. Veja John Ankerberg e John Weldon, Os F atos S obre C ria ­
çã o e E vo lu çã o (Obra Missionária Chamada da Meia-Noite,
1995).
100. John F. Harvey, The H o m o se xu a l P erson (San Francisco: Ig­
natius, 1987), p. 95-97.
101. D. Sherwin Bailey, H o m o se xu a lity a n d the W estern C hristian
T radition (Hamden, CT: Shoe String Press/Archon Books,
1975 (ed. orig. London: Longman Greens & Co., 1955), p. 3.
102. Ibid., p. 5.
103. Kidner, citado em P. Michael Uklaja, “H om osexuality and
the Old T esta m e n t”, B ib lio th e c a S a cra , julho/setem bro,
1983, p. 261.
104. Ibid., p. 262.
105. Davis, E v a n g e lic a l Ethics, p. 116.
106. Ibid.
Os Fatos Sobre a Homossexualidade • 87

107. Ibid., p. 117.


108. Veja os comentários sobre o livra de Gênesis por esses auto­
res e também por G. Alders, James M. Boyce, e F.F. Bruce.
109. Bailey, H o m o se xu a lity a n d the W estern C h ristia n Tradition,
p. 1.
110. Gearhart and Johnson, Loving W o m e n /L o vin g M en, p. 40.
111. Bailey, H o m o se xu a lity a n d the W estern C h ristia n Tradition,
p. 30, ênfase acrescentada.
112. “Martin/Spong Debate on Sexual Ethics”, transcrito de “The
John Ankerberg Show”, 1989.
113. Bahnsen, p. 39-40.
114. Em Davis, E va n g e lica l Ethics, p. 117.
115. V eja e.g., T h a y e r’s G re e k -E n g lis h L e x ic o n o f the N e w T e s­
tam e n t.
116. Greg L. Bahnsen, H o m o se xu a lity: A B ib lic a l V ie w (Nutley,
NJ: Presbyterian and Reformed, 1981), p. 48.
117. Davis, E va n g e lica l Ethics, p. 120.
118. “AIDS, Homosexuality and the Power of Christ” , transcrito da
entrevista realizada para “The John Ankerberg Show ”, 1989.
119. Gearhart and Johnson, L o vin g W o m e n /L o vin g M en, p. 150.
120. John Boswell, C hristianity, S o cia l In to le ra n ce a n d H o m o s e ­
x u a lity (Chicago: University of Chicago Press, 1980), pp.
340-353.
121. T h a y e r’s G re e k-E n g lish Lexicon, p. 387.
122. Ibid., p. 75.
123. Bahnsen, pp. 89-91.
A série “Os Fatos Sobre” é uma fonte de recursos extrem a­
m ente valiosa para a compreensão e o testem unho eficaz
do cristão num mundo cada vez m ais voltado ao paganis­
mo. Recomendo m uito a sua leitura. _ Dave |_|unt
A homossexualidade é uma condição biológica? Uma
questão de escolha pessoal? Uma combinação das duas?
Estudos recentes e ativismo político têm levado a controvér­
sia homossexual a lume no horário nobre. Mas quais são
os fatos reais?
• A pesquisa científica sobre a homossexualidade é o
que afirm a ser?
• Os argumentos bíblicos do movimento homossexual
cristão são válidos?
• É verdade que a homossexualidade devería ser
defendida como um direito civil?
• Um homossexual pode m udar sua orientação
sexual?
• Qual a influência da comunidade homossexual?
Este guia de referência solidamente documentado arrasa
os mitos da mídia que cercam a homossexualidade e mos­
tra o caminho para a liberdade àqueles que estão presos
ao estilo de vida homossexual.

John Ankerberg é apresentador do premia­


do programa 'The John Ankerberg Show" em rede
nacional nos EUA. Ele é orador internacional e di­
plomou-se em teologia, história da igreja e pensa­
mento cristão.
John Weldon é autor e co-autor de 30 livros
sobre seitas, ocultismo e questões sociais. Formou-
se em sociologia, apologética cristã e religiões
comparadas.

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