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Analisis y Gestion de Politicas Publicas
Analisis y Gestion de Politicas Publicas
ISBN: 978-84-344-
Presentación
Introdução
1. Aqui entendemos por Estado o conjunto de instituições públicas que formam o que chamamos
o sistema político administrativo de um país. É importante notar que em França ou em Espanha o termo Estado
Pode referir-se precisamente a instituições centrais e descentralizadas e não a instituições públicas que
incluem o conjunto de atores centralizados e descentralizados.
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INTRODUÇÃO 9
2 É cada vez mais comum ver organizações não públicas (associações, ONGs, movimentos
sociais,...) apresentam-se como defensores dos interesses gerais, contrastando a sua visão sobre um determinado
assunto com aquela defendida pelas instituições públicas.
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Lembre-se de que seus produtos serão avaliados de forma explícita e plural com base em
da sua contribuição para a solução dos problemas públicos.
A aplicação do modelo analítico que propomos também é relevante e politicamente
significativa para avaliar processos de reorganização administrativa a partir de uma
lógica mais política. Ao analisar uma instituição pública em
função dos seus produtos, a sua coordenação com outras atividades públicas
(coordenação interna e interpolítica) e os seus efeitos nos grupos sociais envolvidos no
problema público a ser resolvido, a análise das políticas públicas
permite que qualquer reforma organizacional se inscreva na perspectiva de uma maior
eficácia da acção pública, de quem “ganha” e de quem “perde” em relação a cada um
alternativa proposta e, consequentemente, enfrentá-la sob a ótica da
legitimidade política.
Portanto, a visão da gestão dos recursos públicos presente na
Este manual visa melhorar os resultados e efeitos das políticas públicas, e não uma
otimização “recurso a recurso” (como resultaria,
Por exemplo, se estivéssemos considerando estritamente a redução dos custos
financeiros, a modificação dos regulamentos de pessoal ou a redução dos prazos de entrega.
produção de serviços)
INTRODUÇÃO 11
pode ter quando implementado por diferentes entidades públicas, isso pode permitir que
várias administrações partilhem as suas experiências e enriqueçam
seus processos de aprendizagem. Esta mais-valia dos estudos comparativos é
particularmente interessante em sistemas políticos de tipo federal, que acabam
sendo verdadeiros “laboratórios de políticas públicas”, aplicando regras e medidas gerais
em diferentes contextos e sistemas político-administrativos.
seu.
reformas em curso (como, por exemplo, foi feito com experiências anteriores, como
os de Racionalização Orçamental, Gestão por Objectivos ou com o chamado
Orçamento Base Zero). Desta forma, a gestão do
mudança nos serviços administrativos ou nas políticas públicas, evitando uma
visão excessivamente circunstancial ou sem fundamento. A perspectiva do
de onde partimos pode nos permitir questionar algumas hipóteses que têm sido
levantadas sobre a ineficiência e deficiências do setor público no que diz respeito à
as áreas de gestão privada e comercial, como contribuir em geral para a melhoria da
capacidade governamental e das modalidades de gestão da ação pública.
INTRODUÇÃO 13
Parte I
O referencial teórico
Capítulo 1
3. Esta análise retoma parcialmente a apresentada por Corinne Larrue no livro «Analyser les politi
ques d'environnement» publicado pela editora Harmattan (Larrue 2000) e liga-se à já publicada
anos por Joan Subirats, “Análise de políticas públicas e eficácia da administração” (Subirats, 1989).
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O REFERENCIAL TEÓRICO 19
Como vemos, nos três modelos mencionados, a análise das políticas públicas
É ainda uma forma de verificar as hipóteses subjacentes em cada um dos
eles. A abordagem que defendemos, embora se ligue ao interesse em interpretar
O papel do Estado na sociedade procura conectar-se com a segunda e terceira correntes,
pois estas, mais do que interpretar, procuram explicar e avaliar.
9. Ver principalmente, no que diz respeito à França, os trabalhos de Jobert e Muller (1987) e, no que diz respeito
No que diz respeito à Alemanha, os de Lehmbruch e Scmitter.
10. Ver principalmente o trabalho de March e Olsen (1984) e a nossa própria abordagem (capítulo 5).
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O REFERENCIAL TEÓRICO 21
16. Na definição de Quermonne (1985:62), as políticas institucionais são políticas cujo objecto
fundamental é “a produção, transformação ou crise de instituições públicas ou privadas”. Veja também
Germann (1988:5-6).
17. Ver a este respeito as reflexões de Chevalier (1982).
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O REFERENCIAL TEÓRICO 23
18. A avaliação das políticas públicas em França tem tido um desenvolvimento notável tanto desde o
tanto do ponto de vista institucional como do ponto de vista científico; veja por exemplo o artigo de Duran P.
(1995) ou a ata do colóquio CURAPP (1993) sobre avaliação em administração; mais recentemente, os do
colóquio organizado pelo GAPP (Grupo de Análise de Políticas Públicas da Escola Normal
Superior de Cachan) em 1997 e publicado em 1998 (Kessler et al. 1998), também aquele organizado pela
Sociedade Europeia de Avaliação em 2000 em Lausanne com o tema «Levar a avaliação às pessoas entre os cidadãos
sociedade, gestão pública e política». Em relação à Suíça, ver o trabalho de Bussmann et al. (1998). Em
Espanha os trabalhos de Ballart (Ballart, 1991), os especialistas da Universidade de Sevilha, as publicações
recentes no País Basco (Ekonomiaz), a criação da Sociedade Espanhola de Avaliação ou a implementação
Os progressos da Agência Estatal de Avaliação de Políticas Públicas, ou de um Consórcio de Avaliação de
Políticas na Catalunha, também são uma boa prova de tudo isto.
19. A análise custo-benefício é frequentemente utilizada para a comparação de variantes extraídas em
execução de projetos de infraestrutura. Na Suíça, o Escritório Federal para o Meio Ambiente (OFEFP) tem,
por exemplo, um método para avaliar a eficácia e eficiência das diversas medidas utilizadas no combate ao
ruído: a redução do limite de velocidade, a cobertura das ruas, a construção de muros anti-ruído,
construção de túneis, etc. (OFEFP, 199?).
20. Conselho de Avaliação Científica (1993 a 1998).
21. União Europeia (1999).
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O REFERENCIAL TEÓRICO 25
modelo pio, pois se você quiser saber qual é o efeito das políticas públicas sobre o
problema coletivo que pretende resolver, conhecendo e medindo os efeitos desse
a política é muito significativa.
22. O leitor encontrará termos em inglês que nem sempre traduzimos. Isso reflete a influência
da bibliografia anglo-saxónica e a utilização de trabalhos de campo comparativos realizados com base em queimadas
frequentemente produzidas em língua inglesa. A tradução de tais conceitos não é simples, pois
que certas traduções implicam noções diferentes daquelas que se pretende transmitir com os termos
originais. Mesmo assim, nos esforçamos para traduzir o máximo de conceitos possível.
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Scharpf, Kaufmann e Wollmann23 (com quem Peter Knoep fel estava associado).
O trabalho deste grupo baseou-se evidentemente nos trabalhos anglo-saxónicos
relacionados com a execução de políticas públicas que foram publicados.
desde o início da década de 70 nos Estados Unidos e entre os quais se destacam
os trabalhos de Lindblom e Wildavsky24. Por fim, queremos enfatizar a importância
de trabalhos comparativos em políticas públicas, pois acreditamos que desta forma
Desta forma avançamos na definição de um quadro analítico comum aplicável a
diferentes países e regimes institucionais, que constitui de facto um dos
objetivos deste trabalho.
O REFERENCIAL TEÓRICO 27
parte II
AS CHAVES DA ANÁLISE 31
Capítulo 2
Políticas publicas
influência política dos grupos afectados, entre outras causas possíveis) ou porque
nenhuma das alternativas de intervenção pública é viável e goza de consenso suficiente
(por exemplo, impactos eleitorais potencialmente negativos, ausência de
instituições político-administrativas disponíveis para implementar as medidas
de resposta, impotência para realmente modificar o comportamento de alguns atores
privados, etc.). É, portanto, aconselhável não continuar a imaginar esse tipo de janela de
Estado que responde igual e automaticamente a todas as
"demandas sociais", como a visão pluralista à qual algumas vezes sugerimos
fez referência.
Este ponto também levanta questões relacionadas com a forma como
define-se um problema social (Dery. 1984; Weiss, 1989), como ele acessa a agenda
governo (Kingdon 1984; Rochefort e Cobb, 1993), conforme definido
grupos-alvo, e a possível decisão de não interferir no
problema promovendo ou não uma solução coletiva (Bachrach-Baratz, 1962). Em cada
Num destes níveis existem múltiplos mecanismos de filtragem, que por sua vez são
oportunidades para alguns atores organizados que querem se opor ao reconhecimento
político de um problema ou mudança social, para manter o referido
questão fora da esfera político-administrativa.
Por outro lado, certas políticas públicas podem ser interpretadas não como uma
ação coletiva para tentar resolver ou aliviar um problema social (adaptação
ou antecipação de uma mudança social), mas como simples instrumento de exercício de
poder e dominação de um grupo social sobre outro. Como mencionamos, esta ideia de
controle ou “captura” das instituições públicas é
compartilhada, sob diferentes perspectivas, por diversas correntes já mencionadas.
Estamos situados num ponto intermediário entre a visão da janela de Estado
neutra e atenta a todas as demandas sociais, e a do Estado "cativo" e
manipulado por um grupo organizado. Nessa perspectiva, as políticas públicas
constituem uma resposta a um problema público que reflete um problema social
(mudança) que foi articulada através de mediadores (por exemplo, meios de comunicação
comunicação, novos movimentos sociais, partidos políticos e/ou grupos de interesse) para
serem posteriormente debatidos no processo democrático de tomada de decisão (Muller,
1990). O problema social é, deste ponto de vista, um
construção social e política. E acreditamos que este é o caso mesmo no caso de
acontecimentos excepcionais (por exemplo, o acidente nuclear de Tchernobyl, (Czada,
1991), as consequências humanas da doença das vacas loucas,
episódios de seca em Espanha, ou, num caso específico da Suíça, a chamada crise dos
fundos judaicos), dado que estes problemas e a sua conceptualização
Como tal, dependerá sempre das percepções, representações, interesses
e recursos dos diferentes atores públicos e privados envolvidos no processo
(Vlassoupoulou, 1999).
Não existe uma resposta institucional linear e mecânica que só possa
entendido como o resultado da importância ou pressão objetiva que gera
um problema coletivo. Esta resposta, se dada, é sempre colocada no
quadro de um exercício "redistributivo" (com vencedores e perdedores), no qual
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25. Em alemão é utilizado o termo "öffentliche Politik(en)", enquanto as expressões italianas "po
lítica(che) pubblica(che)" ou a francesa "politique Pública" são semelhantes à espanhola.
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numa lista tão ampla, podemos lembrar algumas dessas definições. Assim, dos mais
abstrato ao mais operacional, citamos o seguinte:
Embora estas definições sejam muito diversas, todas elas tendem a acentuar alguns
fator, sean los atores investidos de poderes públicos, (Dye, Mény y Thoenig
entre os que acabamos de mencionar, bem como Sharansky 1970:1; Simeão 1976:548;
Heclo, 1972:85); sejam os problemas públicos a serem resolvidos (Anderson, 1984: 3; Pal,
1992 :2); sejam as soluções estatais adotadas (ver especialmente Laswell
e Kaplan, 1950:71; Jenkins, 1978:15; Brooks, 1989:6). Caminho Wildavsky
mais envolvente passa a defini-lo como um quebra-cabeça modelado pela inevitável tensão
entre “recursos e objectivos, planeamento e política, cepticismo e dogma” (Wil davsky,
1979:17).
Especialistas em políticas públicas concordam que é necessária uma definição
“operacional” para qualificar o objeto e campo de estudo desta disciplina26. É nesta
direção que aponta a definição que aqui propomos e
que retém os principais elementos sobre os quais existe um certo consenso em
A bibliografia.
Assim, na perspectiva que postulamos, uma política pública seria definida
como
AS CHAVES DA ANÁLISE 37
26bis. Ver a este respeito, e como exemplo desta alteração, o artigo 9.2 da Constituição Espanhola
quando afirma “Cabe ao poder público promover as condições para que a liberdade e a igualdade do
indivíduo e dos grupos dos quais faz parte sejam reais e efetivas; remova os obstáculos que impedem ou
dificultam a sua plenitude...»
27. Os termos “políticas públicas” e “políticas” (ou “políticas governamentais”) são aqui utilizados
como sinônimos. Contudo, alguns autores fazem uma diferenciação explícita entre eles: “em relação
Para os atores governamentais, as políticas referem-se a ações específicas que possuem selo oficial.
Para acadêmicos e pesquisadores, as políticas públicas referem-se a um conjunto de ações cujo
a maioria deles muitas vezes não é considerada como tal pelos atores governamentais" (Lemeiux, 1995:
1-2).
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AS CHAVES DA ANÁLISE 39
AS CHAVES DA ANÁLISE 41
Esta perspectiva cíclica das políticas públicas deve ser vista como um
quadro de referência e não como um esquema rígido. Como afirma Muller, “a
representação sequencial de políticas não deve ser usada mecanicamente.
Deveriam antes imaginar as políticas públicas como um fluxo contínuo de
decisões e procedimentos aos quais tentamos dar sentido» (1990: 33). O
regime proposto deve, portanto, ser visto mais como um apoio a esta procura
de sentido nas decisões tomadas no âmbito das políticas públicas, do que
como algo real e rastreável.
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AS CHAVES DA ANÁLISE 45
1) Esta é uma perspectiva descritiva que pode, em alguns casos, induzir em erro, dado
que o desenvolvimento cronológico da política não segue necessariamente a ordem
das diferentes etapas. Assim, um programa
pode começar a ser colocado em prática antes mesmo de sua formulação
preciso, especialmente quando se trata de enfrentar novos problemas.
Também poderá haver uma ruptura no processo quando as reformulações do problema
público e suas soluções surgirem antes das medidas.
inicialmente planejados são aplicados e/ou avaliados (por exemplo, este é o
caso da política de asilo na Suíça; ver Hagmann & Frossard, 2000,
ou o caso da política de imigração em Espanha no final dos anos 90, Su birats, 2003).
AS CHAVES DA ANÁLISE 47
Capítulo 3
31. Notemos que todo grupo é sempre uma construção social (e política). A este respeito, veja o tipo
ologia de grupos sociais desenvolvida por Schneider e Ingram (1997).
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AS CHAVES DA ANÁLISE 51
32. Da mesma forma que a “não decisão” é a expressão de uma das formas possíveis de poder
(de acordo com a famosa tese de Barach Baratz, 1970; ver também Wollmann, 1980,34), uma atitude
passiva (“não-ação”) é também uma das possíveis formas de comportamento dos atores de políticas públicas.
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AS CHAVES DA ANÁLISE 53
pessoal, tanto material quanto abstrato, e totalmente informado, conforme sugerido por
o modelo “homo oeconomicus” tão apreciado , pela economia neoclássica.
A racionalidade dos indivíduos e dos grupos sociais é sempre encontrada
“limitado” (Simon, 1957) por razões cognitivas, afetivas, culturais, etc.
Portanto, o comportamento de um ator nunca pode ser reduzido à sua dimensão
puramente instrumental, isto é, para a consecução de um objetivo definido ex ante graças a
a uma decisão baseada unicamente na reflexão e na escolha perfeita do
melhor ação alternativa possível. Os atores são parcialmente calculistas e interessados na
satisfação das suas necessidades pessoais (racionalidade teleológica).
ou utilitário, "Zweckrationalität", nas palavras de Max Weber), mas, por outro lado,
Orientam também a sua ação com base na defesa e promoção dos valores coletivos
(racionalidade axiológica, “Wertrationalität”). É importante lembrar disso
dupla motivação ao tentar interpretar os comportamentos dos atores no quadro
de políticas públicas.
Assim, os funcionários podem, ao mesmo tempo que tentam melhorar o
condições de vida dos desempregados, trabalham com o interesse de evitar o
desaparecimento do seu serviço (por exemplo, se as funções que desempenham podem
acabar por ser privatizadas). Serviços sociais dependentes da Igreja
Católicos, podem envolver-se altruisticamente na rede pública de ajuda domiciliária aos
idosos e, simultaneamente, podem tentar reforçar a sua presença espiritual e alargar o
quadro da sua mensagem católica.
(por exemplo, versus outras religiões) na comunidade (ver Gentile, 1995).
Consideramos que os atores são racionais, pois se preocupam com o
consequências das suas próprias decisões e ações, embora nem sempre sejam capazes
de antecipar e controlar os efeitos induzidos das suas ações e, sobretudo,
os efeitos negativos que resultam da agregação de comportamentos individuais
(Boudon, 1977). Ao mesmo tempo, sugerimos uma interpretação muito ampla do
as intenções e interesses que sustentam toda a atividade humana. As motivações de um
ator são múltiplas, principalmente porque dependem da biografia
do indivíduo ou grupo social em questão, bem como de cada situação específica
que gera limites e oportunidades de ação. É por isso que falamos
da “racionalidade situada”. Caberá ao analista interpretar o
ações individuais e coletivas baseadas nos raciocínios e antecipações que resultam de
cálculos estratégicos mas também, e simultaneamente, baseadas na situação de
desconhecimento ou no grau de intuição do
atores, suas emoções ou sentimentos, ou mesmo o peso de fatores históricos em certos
casos (Friedberg 1993:211).
Resumindo, o perfil de um ator de política pública pode ser estabelecido
assim (Crozier e Friedberg, 1977:55-56):
• Não é muito comum que um ator defina seus objetivos de uma forma
claro, explícito e coerente. Depois que a ação for iniciada, você poderá alterar
objetivos porque as consequências imprevistas de suas ações ou
os dos outros forçam-no a reajustar a sua perspectiva, a reconsiderar a sua
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Entidades públicas criadas por lei e que gozam de uma certa autonomia e liberdade
de iniciativa, como é o caso das universidades, entidades (públicas) de rádio e televisão,
agências que controlam aeroportos, entre muitas outras.
34. Ver apresentação do conceito por Clivaz (1988). Na Espanha ver Jordana, 1995, e Chaques,
2004.
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Assim, por exemplo, a teoria económica não nos diz nada que possamos considerar
definitivo sobre as causas macroeconómicas (estruturais e/ou situacionais) e individuais
do desemprego. O funcionamento dos ecossistemas
e a evolução dos fenômenos antropogênicos sobre eles (gênese do
ozônio terrestre, efeito estufa, aumento da temperatura do planeta)
Eles continuam a ser objeto de inúmeras controvérsias científicas. A estrutura de
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AS CHAVES DA ANÁLISE 67
Capítulo 4
Os recursos
O peso relativo dos diferentes recursos pode variar de política para política.
outro. Os atores trocam alguns dos recursos que possuem ou que
podem mobilizar-se para alcançar os seus objectivos. Essa troca de recursos
constitui a parte essencial das interações a serem analisadas (Wälti, 1999). Em
Na verdade, durante essas trocas, o próprio estatuto dos recursos pode ser
significativamente modificado. A informação privada torna-se pública quando é
disponibilizada a todos os intervenientes; ele
O direito que é concedido a certos atores de interpor um recurso, privando outros
disso, limita o uso que estes podem fazer do direito. Trata-se, portanto, de analisar
detalhadamente quais são os recursos do
disponível para cada ator e quais modificações relacionadas ao acesso e uso do
mesmo (exclusividade versus não exclusividade), bem como sua quantidade
(rivalidade versus não rivalidade no seu consumo) estão estabelecidas nas regras
instituições específicas de uma política pública. Neste ponto, o analista deve
questão sobre a natureza pública ou privada de um recurso específico e
a evolução de tal personagem ao longo do tempo.
A literatura sobre os recursos disponíveis para os diferentes intervenientes é
abundante. Para os cientistas políticos e sociólogos organizacionais, estes recursos
são essencialmente obrigação e legitimidade (Bernoux,
1985:161); Para os economistas estes recursos são apresentados em termos de
trabalho, capital (natural e artificial) e organização; Para os juristas, os recursos são
articulado em termos do direito de intervenção, de participação na tomada de decisões
decisões, etc
A concepção dos recursos que defendemos é específica para a análise de
políticas públicas. Propomos distinguir dez recursos que os atores públicos e privados
tentarão produzir e mobilizar (ou não) durante o processo de
formulação e execução de políticas públicas. Esta tipologia é inspirada em diversas
fontes, entre as quais se destacam as classificações desenvolvidas por Knoepfel
(1997) e Crozier e Friedberg (1997), bem como as de Klok (1995), Dente e
Fareri (1995) e Padioleau (1982). Esses recursos são distribuídos de forma desigual
entre os atores que participam nas diversas etapas do ciclo de um
políticas públicas, apesar de a maior parte delas, dada a sua natureza de bens
públicos, poderem ser acessíveis a todos. Por exemplo, embora a priori o recurso
“jurídico” está principalmente à disposição dos atores político-administrativos
AS CHAVES DA ANÁLISE 71
ativos, o direito de apresentar recursos que podem ser conferidos a um ator privado (através
das leis que regem o processo administrativo ou a organização
judicial) também constituirá um recurso legal para esse ator.
A Figura 6 descreve os diferentes recursos das políticas públicas, mas
deixa aberta a possibilidade de que existam outros que até agora não foram colocados
destacado ou explicitado. Não pretendemos fazer aqui uma apresentação exaustiva.
de cada um destes dez recursos (geralmente escassos) e a sua contribuição
particular às políticas públicas, mas tentaremos destacar algumas de suas
características diferenciais.
AS CHAVES DA ANÁLISE 73
Por exemplo, fundos específicos criados para compensar danos causados por
a localização das instalações de tratamento de resíduos das quais beneficiam
municípios afetados), ou no domínio da energia (por exemplo, as compensações obtidas
pelos municípios onde estão implementadas centrais nucleares).
36. Os outros três recursos das organizações são, segundo estes autores: o controle das
relações com o meio ambiente, a comunicação e o uso de normas organizacionais. Utilizamos esses
diversos recursos em nossa tipologia, embora em formas relativamente diferentes.
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AS CHAVES DA ANÁLISE 75
Este recurso é sem dúvida um dos mais óbvios para qualquer observador de decisões
públicas. Sua mobilização e atribuição não se restringem
no caso de políticas distributivas ou redistributivas, mas também é usado
quando se trata de políticas regulatórias ou constitucionais. Na verdade, é impensável que
uma política pública possa ser executada adequadamente sem os meios financeiros que
permitam pagar os salários do pessoal, das instalações ou dos
equipamento de escritório ou informática. E isto aplica-se tanto aos actores públicos como aos
para os privados. Além disso, um grande número de organizações públicas de qualquer
Na esfera governamental, utilizam a “terceirização”, adquirindo trabalhos de consultoria,
análise, produção e assessoria fora de seu âmbito administrativo.
ou qualquer outro serviço oferecido por empresas privadas, escritórios de estudo,
grupos de pesquisa universitários, organizações sociais, laboratórios, etc.
Finalmente, algumas políticas fazem uso de vários incentivos que são concedidos a
pessoas privadas ou grupos públicos, a fim de garantir que adaptam as suas
comportamento para o objetivo desejado. Esta prática é particularmente comum em
países de tipo federal descentralizado: assim, cerca de 60% do orçamento do
A Confederação Suíça constitui subsídios (que assumem a forma de contribuições financeiras
ou compensações) que são concedidos a diversas entidades
mudança na execução das políticas públicas federais (dependendo do
chamado de "federalismo cooperativo"). Essa prática também tende a desenvolver
em França, um país mais centralizado, através da celebração de contratos entre
entidades públicas (especialmente o Estado e instituições descentralizadas: Contrato
do Plano Regional do Estado, Contratos Municipais, etc.) (Gaudin, 1999). Na Espanha
Estas mesmas práticas são comuns num sistema como o espanhol que, sem ser
Formalmente federal, possui um alto nível de descentralização. Um exemplo claro
Trata-se da utilização de subsídios e ajudas aos (e dos) governos regionais, câmaras
municipais e entidades sociais para a implementação de políticas sociais.
AS CHAVES DA ANÁLISE 77
devido em muito maior medida aos efeitos positivos que se pensava terem
na economia pública regional do que especificamente pelo interesse despertado pela
qualidade da água ou pela expansão da rede rodoviária. Na França,
O fracasso das recentes tentativas de introduzir o controlo parlamentar sobre a relevância
da despesa pública é uma prova das dificuldades que
enfrenta uma reforma na matéria (Migaud, 2000). Em Espanha, o desenvolvimento muito
lento da reforma administrativa promovida no início dos anos 90 que introduziu o conceito
de agência e gestão por objectivos, deveu-se, sobretudo, ao
tudo, às dúvidas que o novo modelo despertou no setor mais preocupado
para o controlo da despesa que preconizava a manutenção do sistema orçamental
tradicional e o controlo prévio e posterior da legalidade contabilística (Zapico, xxxx; Su
birats-Gallego; Gallego,).
Se o compararmos com outros recursos, o recurso monetário é o mais facilmente
mensurável, trocável ou substituível. No entanto, é também provavelmente aquele que
está distribuído de forma mais desigual entre os intervenientes privados,
questão que é de grande importância já que este recurso está entre aqueles que
mais influência e poder político conferem aos atores de uma política pública.
AS CHAVES DA ANÁLISE 79
AS CHAVES DA ANÁLISE 81
que participam no processo de implementação da política. Mas isto não encerra (em
detalhe) as modalidades específicas de produção do
atos normativos do processo e seus conteúdos específicos.
O procedimento administrativo clássico não previa direitos de participação
específicos para as pessoas envolvidas. Os princípios gerais que
que regem os procedimentos administrativos limitavam-se a garantir aos administrados,
afetados pela sua situação jurídica anterior, o direito de serem ouvidos e de recorrer,
se for caso disso, das decisões tomadas. Além disso, esta fórmula apenas
de facto afectou os grupos-alvo, para os quais a prática administrativa
concordaram com uma espécie de status de observador na ação pública. Com ele
tempo, esses direitos de participação41 ganharam força e durante o
década de 1980 foram estendidas aos beneficiários finais (especialmente nas áreas
desenvolvimento urbano, planejamento de grandes infraestruturas, proteção ambiental
ambiente, políticas sociais, defesa do consumidor; veja Knoepfel
e outros, 1999). Assim, de alguma forma, reconheceu-se a necessidade de uma dupla
legitimidade da acção pública, aquela que vinha do soberano (legitimidade primária)
e aquela que vinha dos seus destinatários directos (grupos-alvo) e
indireto (beneficiários finais) (legitimidade secundária). Este consenso mínimo foi
considerado necessário para evitar bloqueios de difícil controle.
(ocupações de sítios, brigas nas ruas, descumprimento das
obrigações administrativas), ou as avalanches de recursos perante os tribunais
tarefas administrativas que acabaram complicando muito as fases subsequentes do
implementação.
O consenso é um recurso importante que nos permite economizar outros
recursos (especialmente direito, dinheiro ou tempo) e, neste sentido, deve ser
objeto de especial atenção. A prática administrativa atual e as ciências sociais
oferecem diversas estratégias de informação neste domínio, com consulta,
participação, negociação ou mediação (Hoffmann-Riem, 1989;
Hoffmann-Riem/Schmidt-Assmann, 1989, 1990; Weidner, 1993, 1997; Fonte,
2001; Blanco-Goma, 2002). O conjunto destes processos sociotécnicos, ora de
participação política, ora de “marketing público”, gira em torno da criação e
preservação desse recurso.
Tudo indica que os recursos de consenso não são apenas escassos, mas
também muito frágil. A investigação sobre as abordagens participativas que ocorreram
na década de 1970 em alguns locais da Europa mostra-nos que uma "cultura de
consenso" requer uma certa continuidade na
momento, uma abertura igualitária para todos os atores, formas organizadas de
resolução de conflitos e interesse numa prática político-administrativa tolerante – que
permita relações com maiorias variáveis – e, finalmente, a
garantia de intercâmbios suficientes entre as instituições envolvidas, a fim de
41. Pierre Moor entende que não é o Estado de Direito que exige participação, mas sim o
défice do Estado de direito, que, sob a influência das correntes democratizantes, tem provocado uma
espécie de “compensação” através do procedimento (ver Moor, P., 1994, p. 300ss).
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AS CHAVES DA ANÁLISE 83
Alguns autores não consideram o tempo um recurso em si. Acreditamos que é útil
incluí-lo na tipologia apesar de estarmos cientes da sua
«volatilidade» durante o ciclo das políticas públicas. É habitual dizer-se que o
Implementar uma política “leva tempo”. É verdade que aprender
e ensinar os inúmeros processos de comunicação inerentes às políticas públicas exige
cada vez mais tempo. Deve-se notar também que este recurso temporal tem uma
conotação bastante negativa no jargão.
político-administrativo (“falta de tempo”). Tudo isto sublinha a natureza indispensável deste
recurso em todas as políticas públicas. Na verdade, os participantes do
Uma política pública sempre possui um determinado “orçamento de tempo” ou capital-
tempo. Em algumas políticas, os “prazos” também são definidos com precisão.
ou moratórias para a implementação efectiva de algumas medidas. Esse é
frequentemente o caso de políticas de protecção ambiental (exemplo do protocolo de
Quioto), ou de política salarial (lei das 35 horas em França, cujos prazos de aplicação
foram definidos de forma diferente com base nas categorias
das empresas). E foi precisamente este acordo sobre os “tempos” de aplicação que
permitiu chegar a acordos. Muitas vezes os problemas mais sérios
Surgem mais na determinação de prazos de cumprimento para realização de determinadas
modificações do que na aprovação da própria norma. É incrível isso
Tanto a nível científico como político, esta questão raramente é abordada, apesar de
que os problemas de (falta de) tempo aparecem em praticamente todos os relatórios
governamentais e parlamentares, e constituem o objecto essencial de uma
grande número de conflitos na execução de novas políticas públicas. Na realidade estamos
tão habituados ao facto de as políticas públicas tomarem
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tempo, que apenas aqueles que requerem muito pouco deste recurso de tempo para serem
executado chama nossa atenção.
A distribuição deste recurso temporal entre os atores é geralmente
desigual. Os actores públicos, dadas as suas funções, têm mais tempo do que
representantes de grupos sociais, que muitas vezes são pressionados
pelo esquema de voluntariado que os nutre. Portanto, os primeiros tendem a
subestimam esse recurso em seus cálculos e, consequentemente, “sobrecarregam” os não
profissionais que precisam enfrentar a falta de tempo. As disfunções deste
Os tipos poderiam ser evitados procedendo-se a uma distribuição mais equitativa deste
recurso, proporcionando períodos de tempo mais longos aos intervenientes não públicos.
Finalmente, devemos salientar que quando nos referimos a recursos temporários,
Estamos também nos referindo aos desafios e problemas de sincronização
processos internos que uma política pública exige, especialmente se levarmos em conta os
ciclos eleitorais. Isto permite que intervenientes públicos e privados utilizem o tempo
submetendo a sua ação – de acordo com os seus interesses – às ações dos outros atores
que ocorrem anteriormente, simultaneamente ou posteriormente.
AS CHAVES DA ANÁLISE 85
AS CHAVES DA ANÁLISE 87
Embora possamos afirmar que uma boa provisão deste recurso permite
economizar outros recursos alternativos ou complementares, pelo contrário, a falta de
O apoio político geralmente implica o uso e até mesmo o abuso de outros recursos
públicos. Assim, uma política pública que goze de amplo apoio político
pode (momentaneamente) dispensar o recurso de consenso (por exemplo, a política
nuclear na França na década de 1970), o recurso certo (caso da política de defesa), ou
o recurso de tempo (através de intervenção rápida
eliminando processos que são muito dispendiosos em tempo) ou recursos de informação
(quando a convicção de que existe uma grande maioria de apoio substitui a investigação
séria sobre as causas de um problema colectivo).
Todas essas substituições mostram a importância primordial do recurso
"apoio político", especialmente durante a primeira fase de uma política pública,
em que o problema público a ser resolvido é (re)definido e a identificação de seus
Causas. Na verdade, os símbolos utilizados servem, em muitos casos, como veículo
para hipóteses causais implícitas amplamente partilhadas pela maioria.
política, sem exigir fundamentação específica em muitos casos.
Por exemplo, na Suíça não é necessário provar que tudo o que é orgânico é
bem, ou que todos aqueles que contribuem para a defesa nacional contribuem para o
bem-estar do país, uma vez que a ecologia e a defesa nacional fazem parte do
valores comumente aceitos pela maioria do povo suíço. Mas não é isso
o caso de Espanha, dada a tradição de escassez do país que ainda tende a priorizar o
desenvolvimento versus a ecologia, ou (no sentido oposto) a reacção à
questões de defesa, uma vez que o militarismo de Franco corroeu notavelmente
justificar o «recurso» na nova fase democrática.
AS CHAVES DA ANÁLISE 89
Parece indicar que gerimos os nossos recursos públicos de forma excessiva e insustentável.
AS CHAVES DA ANÁLISE 91
problema coletivo a ser resolvido, uma avaliação dos resultados e efeitos induzidos pelas
atividades político-administrativas, uma capacidade estratégica para
combinação e exploração dos recursos disponíveis, bem como gestão
uso contínuo e cuidadoso de cada um dos recursos utilizados.
Enfatizemos que o conceito de recurso tal como o definimos aqui nos permite
distinguir claramente entre os recursos dos atores, os meios de ação (ou
ferramentas, "ferramentas de política") utilizadas em políticas e ações públicas
producidas (outputs) por éstas:
Capítulo 5
As regras institucionais
AS CHAVES DA ANÁLISE 95
44. Para não criar confusão entre os termos instituição e organização, preferimos utilizar o
conceito de regras institucionais. Contudo, quando usamos o termo instituição neste texto, estamos
considerado sinônimo de regras institucionais.
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AS CHAVES DA ANÁLISE 99
Sempre que a sua criação obedecer a um objectivo funcional, uma instituição perdurará
desde que seja capaz de proporcionar aos indivíduos ou grupos interessados mais benefícios
do que outras formas institucionais alternativas; Quando
Se tal não for mais o caso, a instituição será abandonada e substituída por outra mais eficiente.
(por exemplo, mudar as comissões parlamentares ad hoc para
permanentes que dão aos seus membros maior peso no processo legislativo, bem como
melhor informação; Luthi 1997). Mudanças institucionais
explicam-se, finalmente, pelo fato de que uma instituição pode gerar, pelo menos
longo prazo, efeitos negativos que não tinham sido previstos a curto prazo. Preocupados com
a eficácia e com a correção desses efeitos perversos, os atores começam
processos de transformação institucional. O sucesso de tais reformas dependerá
dos recursos de que dispõem as coligações de actores que têm interesses específicos na sua
execução.
Esta interpretação voluntarista das transformações institucionais provém do que
poderíamos chamar de "darwinismo institucional", próximo do
evolucionismo ortodoxo proposto pela escola Hayek. Isto tem sido particularmente questionado
pela teoria de D. North (1990) sobre a dependência das mudanças em relação ao que
poderíamos chamar de “caminho”.
usual» («Dependência de caminho»). Se não fosse necessário levar em conta qualquer
custo de transação (numa situação de informação perfeita, etc.), as interações entre os atores
seriam então diretas e não haveria necessidade de instituições. Da mesma forma, se a
transformação das instituições não implicasse
sem custos, então as mudanças institucionais seriam imediatas. No entanto, a existência de
regras institucionais e a sua estabilidade são evidentes, apesar
mesmo que suas disfunções também sejam disfuncionais. A estabilidade das instituições e as
suas reformas incrementais são, portanto, explicadas pelos custos
que apoiam os promotores da modificação que se pretende realizar.
Os inovadores devem estar dispostos a pagar um preço elevado para romper com uma
norma social (por exemplo, reformas que afetam direitos profundamente enraizados
e considerados imutáveis) ou as perdas geradas pelos possíveis efeitos
consequências perversas que a criação de uma instituição poderia produzir no longo prazo.
(por exemplo, o uso que pode ser feito do referendo opcional por
grupos de interesse sectoriais muito poderosos). De acordo com North, a mudança ou
progresso institucional segue trajetórias muito lentas. Tem origem quer na “emigração” de
alguns actores que, em busca de eficiência, caminham para
sistemas institucionais de alto desempenho, ou em imitação, através de um
processo de emulação, dos sistemas considerados mais eficientes. As instituições mais
eficazes não eliminam automaticamente as que são menos eficazes;
o desenvolvimento histórico é antes um "evolucionismo abalado" (Dockès
1998).
Para estas duas perspectivas económicas sobre a evolução das instituições, a criação
e as reformas institucionais são, em última análise, explicadas pelas motivações e acções de
indivíduos e grupos. Os autores pertencentes a
Esta escola de pensamento confirma, no entanto, um salto importante entre
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, uma vez que por vezes afectam seriamente as instituições gerais ("políticas de
destruição de instituições"; ver Knoepfel 2000). Em suma, as ligações entre as políticas
As substantivas e institucionais são complexas e passam sempre pela mediação
representada pelo comportamento dos atores.
executou "a política" (por exemplo, a fórmula usada para decidir a composição do
governo na Suíça, os respectivos papéis do Primeiro Ministro e do Presidente da
a República na França, o papel do Rei na nomeação do Presidente da
Governo em Espanha). As regras institucionais definidas a nível constitucional visam
estabelecer o quadro de condições para a arbitragem democrática de
conflitos de interesse em tópicos específicos. Estas regras aplicam-se a todo o
de políticas públicas.
Num nível inferior, existem regras institucionais que regulam as organizações
administrativas, que constituem o “aparelho de Estado” (Chevallier, 1986:105).
Ou seja, as ferramentas e recursos disponíveis ao governo para realizar
realizar suas ações “no campo social”. Aqui incluímos as regras que regem o
conjunto de atores públicos (administrações, agências) que têm, em
em virtude da legislação e/ou prática, de recursos administrativos que
permitir-lhes dar um contributo indispensável e autónomo para a formação e/ou
para a execução de políticas públicas. A organização hierárquica dos ministérios e
serviços, ou o estatuto jurídico das entidades públicas, constituem
exemplos disso. Assim, o analista ao estudar uma política pública não deve limitar-se
ao estudo das administrações públicas no sentido weberiano do termo,
mas também à análise de instituições parapúblicas (dotadas de poderes
público) (Germann, 1987). Estas regras institucionais formais baseiam-se, por sua vez,
tempo, em regras elaboradas segundo uma lógica organizacional e processual. Os
membros dos organismos administrativos e das entidades parapúblicas desempenham
as suas funções respeitando a delegação hierárquica de competências e
os princípios fundamentais do direito administrativo, que garantem que as intervenções
públicas sejam, em certa medida, regulares e previsíveis.
O acordo político-administrativo, ou o conteúdo específico da ação
público, específico de cada política, representa o conjunto estruturado de atores
públicos responsáveis pelo desenvolvimento e/ou execução de uma política pública final.
Este acordo baseia-se em regras institucionais específicas orientadas por uma lógica de
acção que incentiva os actores públicos a coordenarem-se
suas decisões e ações com o objetivo de resolver um problema substantivo.
Este tipo de tradução operacional das regras institucionais, ordenadas
hierarquicamente, sugere a seguinte lógica: as regras institucionais que
surgem de decisões tomadas por um (conjunto de) actor(es) a um nível superior, podem
representar tanto obstáculos como oportunidades para o nível ou níveis inferiores. Assim,
a constituição de um acordo político-administrativo não
pode ser realizado independentemente da organização funcional do
Estado. Às vezes, esse limite pode causar problemas de consistência ou consistência.
coordenação intraorganizacional, ou mesmo a dissolução de alguns atores do
acordo político-administrativo com as organizações administrativas às quais
eles pertencem. Podem ser geradas tensões entre as normas constitucionais e aquelas
que regulam os acordos de políticas públicas específicas.
por várias razões. Entre eles podemos citar o grau de centralização
dos acordos específicos, uma vez que pode revelar-se mais (ou menos) ele
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parece menos possível levar a cabo políticas substantivas que sejam tão legítimas
que podem dispensar, na sua base jurídica, a legitimação secundária sob a forma de
mecanismos de participação, acordo ou consulta, por exemplo. Não é suficiente para
ambos com a legitimação genérica (primária) concedida pela democracia representativa
na sua versão mais clássica.
Por estas razões, provavelmente não será possível evitar atritos, e mesmo rupturas,
entre o capital institucional das políticas substantivas e o do capital institucional.
Estado como um todo, embora isso ocorra de forma incremental. Contudo, poderíamos
perguntar-nos se este “plus” de legitimidade que cada política
que o substantivo procura com base nas suas peculiaridades, não exigiria abordagens
mais gerais e transversais.
Parte III
O modelo de análise
Capítulo 6
O modelo de análise
enquanto que
Este primeiro postulado implica uma visão, se não linear, pelo menos racionalista.
de ação pública. Na medida em que uma acção pública visa realmente resolver um
problema social, ela provém de decisões e acções (pelo menos
menos intencionalmente) concertada e consistente com o objectivo. Para garantir que a
acção pública seja, em certa medida, contínua e previsível, as actividades político-
administrativas tenderão a limitar o "campo de opções" na
as fases posteriores. Contudo, o nosso primeiro postulado não se baseia exclusivamente
neste argumento sobre a finalidade das políticas públicas, mas sim
também leva em conta a necessidade de considerar explicitamente mais
problemas estruturais relacionados, entre outros, com os fenómenos de inércia político-
administrativa (por exemplo, dificuldades em rever uma lei ou modificá-la).
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você vai combinações de) recursos, realizando quais (novas) interações com quais
outros atores e em virtude de quais (novas) regras institucionais podem potencialmente explicar
a descontinuidade observada empiricamente (ver postulado nº 2).
Capítulo 7
Como afirma Vassopoulou (1999:19-20), «um problema público pode ter origem
tanto na recuperação de uma preocupação social anterior, como também ser
“fruto de uma construção política original”. Assim, a especificidade de um problema
público é que a responsabilidade por isso recai sobre os poderes
público, e não necessariamente no fato de que estes últimos decidam tornar-se
responsável por um problema social que já foi claramente articulado.
Por outro lado, diversas situações sociais problemáticas acabam não sendo
classificadas como problemas públicos que acabam por exigir intervenção estatal. Embora
a visão pluralista da democracia postule que cada ator
podem acessar o espaço de tomada de decisão para tentar promover a conversão “pública”
de um problema particular, Bachrach e Baratz (1970:6), para
Pelo contrário, sustentam que uma forma específica de poder político consiste precisamente
na possibilidade de manter certas coisas fora da agenda pública.
problemas sociais. Qualificados como “não decisões”, esses bloqueios institucionais
obrigam os atores sociais envolvidos em determinado problema, seja ele
encontrar outras portas de entrada ou resolver eles próprios o problema (a menos que
através de políticas corporativas ou privadas): «Mecanismos de não decisão
Servem para que certas demandas de mudança em determinada situação de distribuição
de benefícios e privilégios na comunidade possam ser silenciadas antes
até mesmo que sejam veiculados; permanecem marginalizados, ou simplesmente fazem-
nos desaparecer antes de conseguirem aceder à arena de tomada de decisão" (Bachrach
e Baratz, 1970:7).
Para resumir de forma esquemática a discussão sobre a formulação de problemas
públicos propomos para toda análise empírica estudar até que ponto uma determinada
situação problemática é percebida e
mais tarde é definido como parte da esfera das preocupações sociais e,
Mais tarde, ele acaba entrando na arena política. Este tipo de análise visa,
entre outras coisas, identificar possíveis obstáculos (ou seja, os diferentes tipos
de não decisões) no processo de definição de problemas públicos e
políticas de resposta (ver figura 11).
As perspectivas sociológicas centram-se sobretudo nos factores individuais, nas
convenções e nas normas colectivas que favorecem ou, pelo contrário, dificultam a
consciência de que uma situação problemática privada
pode pertencer à esfera social e, consequentemente, ser definido como um problema
social e não estritamente privado.
As perspectivas mais próximas da Ciência Política enfatizam a
articulação de um problema classificado como social, as demandas de intervenção pública
que dele advêm, bem como as modalidades de inclusão no
agenda utilizada pelos diversos atores envolvidos, tanto públicos como privados. Como
menciona Garraud (1990:17ss), qualquer análise do processo de inclusão na agenda
("definição da agenda") que leve em consideração esta diversidade
de atores está necessariamente no ponto de convergência das disciplinas que tratam da
participação política, dos (novos) movimentos sociais,
mídia ou processos de tomada de decisão.
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Vamos ver quais são os fatores que podem explicar quando um problema
Acaba sendo incluído na agenda política, tornando-se assim público. Nós começamos
sugerindo que este processo pode ser interpretado como uma luta pelo poder cuja
O objectivo fundamental é o reconhecimento, ou imposição, de uma primeira “hipótese
causal” que de alguma forma (pré)estruture a futura intervenção pública. Distinguiremos
então algumas constelações de atores e formas de
ação (recursos e regras institucionais) típica de diferentes processos.
Falta de conhecimento da Problema não estruturado (-> é uma Problema parcialmente estruturado :
natureza do problema a estratégia baseada em aprendizagem há acordo sobre
ser resolvido colectivo) os objetivos (-> lista plural estratégia
baseada na negociação )
Fonte: Adaptação gratuita de Hisschemöller e Hoppe (1996:56) ilustrada com exemplos recentes
A “mediatização”
vor a acção e o poder definidor dos meios de comunicação, uma vez que têm
a margem que a liberdade de expressão consagrada constitucionalmente lhes dá.
pelos principais partidos concorrentes. Este modelo possui diversas subvariantes que
dependem da natureza do confronto entre as partes, seja ele
de natureza ideológica (situação de competição direta segundo Downs 1957 e
Odershook 1986) ou que se baseia na enunciação seletiva de determinados assuntos
sobre os quais um partido tem mais credibilidade que outros perante a população
(situação de concorrência indireta segundo Budge, Farlie, 1983; Klingeman et al.,
1994). A imigração, uma questão discutida pelos partidos de extrema-direita em
a maioria dos países europeus; o problema do desemprego, promovido pela
partidos de esquerda, ou problemas ambientais, tematizados pelos partidos políticos
ambientalistas, são exemplos desta segunda opção. A verdade é que essas teorias
Em geral, foram desenvolvidos para explicar o processo de inclusão na agenda em
Regimes democráticos ao estilo de Westminster, nos quais o partido maioritário
desenvolve um programa legislativo explícito, que, uma vez no governo, aborda
a ser realizada com o apoio de uma maioria parlamentar (Hofferbert, Budge,
1992; Pétry, 1995).
Os recursos mobilizados pelos partidos políticos geralmente incluem
informação (“declarações de programas políticos”), organização (“aparelho partidário”),
bem como apoio político (“maioria política ou possível coligação governamental”). Como
demonstram as análises do
financiamento de partidos políticos e sobre campanhas eleitorais
Os recursos financeiros também têm um papel determinante na capacidade de cada
partido para ocupar a cena política e liderar o debate sobre uma questão
sociais determinados.
Entre as regras institucionais que os partidos políticos podem utilizar para
afirmar as suas posições ideológicas, podemos citar o reconhecimento constitucional
dos partidos, os instrumentos de democracia direta (iniciativa popular e referendo), as
regras eleitorais (sistemas majoritários versus
proporcional), bem como as regras informais específicas do sistema consolidado
de partidos (por exemplo, uma questão tematizada por um partido do governo
será levado em conta mais facilmente do que um problema colocado na agenda por
um partido não governamental). Além disso, é importante notar que as regras do
federalismo ou as leis referentes à descentralização influenciam parcialmente a
organização interna dos partidos políticos (por exemplo, o
divergência entre a posição de um partido estadual e as posições de
suas organizações a nível cantonal na Suíça ou a nível de comunidade autónoma em
Espanha, como vimos recentemente com a questão do financiamento autónomo ou
com a gestão da água).
«Antecipação interna»
implementação das políticas atuais, de acordo com este modelo, seriam estas
atores que estariam em melhor posição para identificar desequilíbrios entre
as ações estatais que estão sendo realizadas e os problemas sociais ainda não
resolvido. Na verdade, os relatórios de avaliação sobre os efeitos de uma
As políticas constituem frequentemente um suporte de informação essencial para antecipar
problemas, ou aqueles que já existem mas ainda não foram resolvidos. Em
Consequentemente, os intervenientes administrativos estão numa boa posição para propor
modificações nas políticas atuais e/ou novas estratégias de intervenção.
Para os defensores deste modelo, a dinâmica interna do subsistema político-administrativo
é particularmente reforçada em situações em que
a sociedade civil articula um problema “mal”. Nesses casos, os atores públicos
eles substituem atores privados, apropriando-se e (re)definindo o problema
público para resolver. Ao fazê-lo, estes intervenientes públicos também garantem a si próprios uma
além da legitimidade, podendo preservar e até ampliar seu escopo de poderes e recursos
(humanos, financeiros, informacionais, etc.).
O lançamento, por organizações ligadas à saúde pública, de uma campanha contra
o tabagismo e o alcoolismo destinada a
adolescentes, bem como a proibição da publicidade desses produtos constituem um
exemplo de lançamento de uma nova política (ver, para o caso de Espanha, Villabí, 2006);
Outro exemplo é o problema da segurança rodoviária,
questão que o poder público coloca regularmente no cenário mediático
aproveitando momentos especialmente intensos de mobilidade.
Da mesma forma, as normas institucionais que estabelecem os procedimentos para a tomada
Os processos de tomada de decisão servem potencialmente como suporte processual para
as atividades das autoridades públicas. É o caso, por exemplo, da possibilidade de
a criação de uma comissão de peritos externos para analisar os dados sobre um
determinado problema social, ou a possibilidade de organizar um processo de consulta
(pré) (informal) com determinados atores interessados, etc. Enfatizemos que o
Os atores político-administrativos conhecem perfeitamente os mecanismos institucionais –
especialmente os de natureza informal – do setor público; conhecimento
que alguns intervenientes privados não têm necessariamente, especialmente se estes não
estiverem organizados como um grupo de pressão. Neste sentido, os atores públicos
desfrutam potencialmente de maior espaço de manobra para afirmar
seus próprios interesses (e desenvolver políticas públicas).
Modelos
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Capítulo 8
46 »
A fase ou produto «programa de ação político-administrativa (PPA)
incorpora o conjunto de normas e atos normativos47 que os parlamentos,
Os governos e as organizações ou autoridades responsáveis pela implementação
consideram necessário para a aplicação de uma política pública. As políticas públicas
têm PPPs mais ou menos detalhadas (dependendo de haver ou não um impacto significativo).
implantação regulatória), mais ou menos centralizado (dependendo da esfera de
governo que o trata) e mais ou menos coerente (adaptação interna do
os elementos constituintes). No entanto, seja qual for o caso, devem respeitar as
princípio da legalidade. Qualquer intervenção do Estado na sociedade civil e na
a esfera privada deve ter uma base jurídica suficientemente legitimada.
46. Utilizamos este conceito de forma mais concreta e com especial consideração
documentos formais, o que nos parece coerente dada a nossa tradição administrativa, que portanto é
afasta-se da literatura anglo-saxónica sobre o assunto (Bobrow e Dryzek 1987; Dryzek e Ripley 1988; Linder e Peters
1988; 1989ª; 1990; 1991; Schneider e Ingram 1990).
47. Cuja definição varia dependendo do país e das políticas consideradas. Na Espanha, decretos, ordens,
circulares,...
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Os objetivos
48. Desenvolvido em 1982 por Knoepfel e Weidner (1982:93) para servir de instrumento na
análise comparativa de políticas públicas de combate à poluição atmosférica e de proteção ambiental.
de diferentes países europeus, esta perspectiva foi posteriormente utilizada no estudo de outras políticas públicas
(ver Knoepfel 1995: 173ss).
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Os elementos avaliativos
49. Ver a lei francesa sobre urbanização e desenvolvimento sustentável do território de julho
1999, ou a Lei de Vizinhança da Generalitat da Catalunha de 2004.
50. Na Suíça, a cesta básica é sempre definida no âmbito de um acordo do Conselho Federal, enquanto
depois disso, na França ou na Espanha, é um decreto do Conselho de Ministros.
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quer uma base jurídica explícita. Tanto do ponto de vista jurídico como do ponto de
vista da ciência administrativa, é importante que os elementos operacionais
indicar em que condições as medidas podem e devem ser aplicadas. Os juristas
referem-se a elas como causas condicionantes. Geralmente são apresentados sob
a fórmula “se, então”: “se alguém quiser construir uma casa,
então você deve atender a tal e tal condição para obter uma licença de construção”;
«se for constatada uma deterioração excessiva da qualidade do ar devido às suas
substâncias poluentes, então as emissões da empresa que as produz
eles devem parar”; «se alguém perder o emprego por motivos alheios à sua vontade,
pode beneficiar das prestações do seguro de desemprego»;
“Se uma empresa criar um emprego num determinado local, então poderá beneficiar
dessa isenção fiscal.”
No âmbito da Nova Gestão Pública, argumenta-se frequentemente que
A gestão das políticas públicas é excessivamente restringida por cláusulas
condicionais muito detalhadas e, por outro lado, muitas vezes essas mesmas políticas
Faltam-lhes definições precisas sobre quais os objectivos perseguidos (Hablützel
1995:499). Na verdade, as cláusulas condicionais restringem
a margem de manobra da administração; Contudo, poderíamos dizer, em
contrapartida, que garantem a previsibilidade da atuação dos poderes públicos e,
em última instância, a legalidade das políticas públicas (Knoepfel
1996:158s.).
Usamos o termo "elemento operacional" aqui porque ele define (o
modalidades de) la acción sobre los grupos-objetivo, condición sine qua non para
tornar uma política pública eficaz. Sem esta precisão operacional, os objectivos,
mesmo os mais legítimos, seriam letra morta. Apenas uma definição
exatidão das mudanças esperadas nos grupos-alvo em relação à situação
considerada inadmissível, permitirá que uma política pública seja
operacional. Esta intervenção pública pode ser realizada de diferentes formas.
Vamos examinar os quatro principais51 aqui:
51. Ver Lowi 1972, Morand (1991a), particularmente a contribuição de Freiburghaus (1991xy)
sobre os meios de ação estatal e Morand (1991b), particularmente as contribuições de Morand (1991)
e Knapp (1991) sobre informação e persuasão, bem como outro de Delley (1991) sobre ação
através de treinamento. Ver também König e Dose (1993), Klöti (1998); sobre o modelo contratual: Gau
din 1996 e Godard 1997; sobre a modalidade convencional: Lascoume e Valuy 1996.
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Estamos conscientes de que estas quatro categorias constituem, num certo sentido,
“tipos-ideais” que não se encontram necessariamente no seu estado puro na realidade
administrativa. Na verdade, eles não são mutuamente exclusivos, mas sim
Eles geralmente são combinados. Por exemplo, o contrato é uma associação entre um
modalidade de tipo regulatório (atribuição de direitos e existência de sanções no caso de
ultrapassagem dos seus limites) e, muitas vezes, modalidade de tipo incentivo (subsídio
pactuado no caso de cumprimento dos objetivos). Por outro
Por outro lado, na literatura recente encontramos uma infinidade de propostas no sentido
de acrescentar a este cânone clássico das modalidades de ação estatal, a ação
contratual (Gaudin 1995, 1996; Lascoume, Valuy 1996; Bättig et al. 2000), bem como
como ação organizacional (em rede) (Morand 1991), etc.
Os elementos operacionais podem estar presentes no PPA de forma bastante
concreto (por exemplo, listando as indústrias a serem visadas, incluindo normas técnicas
altamente detalhadas) ou em termos mais específicos
muito vago, deixando assim às autoridades responsáveis pela implementação o
labor de operacionalizar suficientemente la política de que se trate. Sin embargo,
Seguindo os princípios do Estado de direito, o legislador deve articular algumas
bases jurídicas suficientemente claras, especialmente quando a intervenção pública
permite impor obrigações ou atribuir direitos importantes a determinados
grupos sociais.
Elementos processuais
54. Ver art. 7º do Ordonnance réglant les tâches des départements, des groupements et des fices
(RS 172.010.15). A participação na elaboração de textos legislativos não se limita exclusivamente
para questões de legalidade. A Chancelaria Federal (serviço jurídico e linguístico) também assume alguns
importantes trabalhos transversais neste processo de administração interna.
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Esta distinção também pode aparecer quando nos referimos aos CAE.
substantivo e institucional. Quanto mais limitado for o conteúdo substantivo devido às
tradições legislativas ou à construção político-administrativa do
num país, devem ser incluídas mais regras institucionais para evitar práticas
(demasiado) heterogéneas e maior margem de manobra para os intervenientes.
Como terceiro ponto, devemos lembrar que os CAE não contêm apenas
elementos substantivos, mas também incluem decisões institucionais que
regular a organização da sua implementação, a disponibilização dos diversos
os recursos são concedidos aos atores, bem como os processos administrativos e
judiciais a serem aplicados. Estas regras regulam, sobretudo, o funcionamento interno do
APA e as suas interações com os grupos-alvo, os beneficiários finais do
políticas públicas e terceiros. Algumas observações empíricas permitem avançar a
hipótese de que existem vários tipos de APP.
Pode ser:
56. Sobre esta concepção sociológica ver, por exemplo, Jäger e Dürrenberger (1992).
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O analista também pode distinguir entre APAs em que o peso – influência e poder
– dos atores é distribuído de acordo com um modelo igualitário e APAs em que
predominam um ou vários atores-chave. Este cargo
O centro pode ser ocupado tanto por um ator nacional como por um ator regional, que
poderá impor, a partir desta situação privilegiada, o seu ponto de vista.
visto unilateralmente. No entanto, a presença de um ator dominante (que
poderíamos chamar de central) não se manifesta, na maioria dos casos, devido
uma simples submissão dos demais atores (que chamaríamos de periféricos). Sim
existe a ameaça de intervenção unilateral do ator central
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Além disso, o facto de os actores políticos dominarem dentro da APA ou, por exemplo,
pelo contrário, os atores burocráticos, depende também da “biografia” do
políticas públicas. As “velhas” políticas têm uma certa rotina burocrática,
enquanto os novos abrem mais espaços para conflitos políticos
(por exemplo, o caso da implementação da redução do tempo de trabalho para 35 horas em
França; a legalização do casamento entre homossexuais em
España).
Além das cinco dimensões que acabamos de abordar, é necessário
considerar duas outras dimensões, neste caso externas à APA. Referem-se às relações que
uma APA mantém com atores públicos e privados.
de seu ambiente social que não estão diretamente envolvidos em políticas públicas
em questão.