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Apostila Unificada

PRF - Polícia
Rodoviária Federal
Português
Prof. Newton Neto
PORTUGUÊS
Tipologias Textuais - Gêneros Textuais

PROF. NEWTON NETO


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PORTUGUÊS

ANÁLISE TEXTUAL 02

TIPOLOGIA TEXTUAL

• DESCRIÇÃO
• NARRAÇÃO
• DISSERTAÇÃO
• INJUNTIVO
• INSTRUCIONAL

DESCRIÇÃO:
(tempo estático, verbos de ligação e adjetivações).
1. Descrição Física, técnica, objetiva, denotativa;
2. Descrição subjetiva, conotativa, psicológica.

Descrição Subjetiva
“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, serena, no seu roupão de manhã de fazenda
preta, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, a alma leve,
com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina,
de perfil bonito..” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz)

Descrição Objetiva
“A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta
(1,75), cabelos pretos e curtos; nariz fino e rosto ligeiramente alongado.”

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NARRAÇÃO:
(verbos de ação, sequenciamento, variavelmente no passado, estrutura de personagem, enredo,
tempo, ambiente e clímax)
Exemplo de excerto de texto narrativo:
“E ele, caminhando devagar sob as acácias, sentia no sombrio silêncio as pancadas desordenadas
do seu coração.
Subiu os três degraus de pedra – que lhe pareciam já de uma casa estranha. (…) Ali ficou. Ela,
com o xale na mão, veio dizer-lhe que a senhora estava na sala das tapeçarias… Carlos entrou.
(…) E correu para ele, arrebatou-lhe as mãos, sem poder falar, soluçando, tremendo toda.” (Os
Maias, Eça de Queirós)

DISSERTAÇÃO:

Exposição/argumentação
(falar sobre algo, informação, verbos de ligação e de ação, discorrer sobre um tema)
Outros nomes: informativo/explicativo/didático/referencial. (expositivo)

Texto Dissertativo Argumentativo


Em pleno século XXI é salutar refletirmos sobre a importância de preservação do meio ambiente
bem como atuarmos em prol de uma sociedade mais consciente e limpa. Já ficou mais que claro
que a maioria dos problemas os quais enfrentamos atualmente nas grandes cidades, foram
gerados pela ação humana.

Texto Dissertativo Expositivo


Os Relatórios das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre a gestão e desenvolvimento
dos recursos hídricos alertam para a preservação e proteção dos recursos naturais do planeta,
sobretudo da água. Sendo assim, as estatísticas apontam para uma enorme crise mundial da
falta de água a partir de 2025.

Injuntivo: ordem/sugestão
(presença de comando, verbos no imperativo)

Recursos Linguísticos
A linguagem dos textos injuntivos é simples e objetiva. Um dos recursos linguísticos marcantes e
recorrentes desse tipo de texto é a utilização dos verbos no imperativo, de modo a indicar uma
“ordem”, por exemplo, na receita de bolo:

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“misture todos os ingredientes”; bula de remédio


“tome duas cápsulas por dia”; manual de instruções
“aperte a tecla amarela”; propagandas
“vista essa camisa”.

Instrucional:
Organizado em tópicos, como um manual de instruções.
1. Separe as peças;
2. Organize o tabuleiro.

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Acordo Ortográfico

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ACORDO ORTOGRÁFICO

MUDANÇAS NO ALFABETO

A principal mudança no Alfabeto da Língua Portuguesa com o Acordo Ortográfica foi o retorno
das letras K, W e Y.
Embora essas letras não sejam letras originais da Língua Portuguesa, sendo inclusive retiradas
do Alfabeto do Brasil e Portugal no século XX, elas agora voltaram devido ao forte uso das
mesmas no dia a dia.
O Alfabeto Oficial do Português agora tem 26 letras:
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

TREMA

Não existe mais o trema em palavras da Língua Portuguesa.


Como era: Como ficou:
freqüência frequência
lingüiça linguiça
seqüência sequência
tranqüilo tranquilo
seqüestro sequestro
delinqüente delinquente
Obs.: Haverá o uso do trema apenas em palavras estrangeiras.

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MUDANÇAS NA ACENTUAÇÃO

1. Retira-se o acento dos ditongos abertos ÉI, ÓI em palavras


paroxítonas.
Como era: Como ficou:
idéia ideia
apóio apoio
assembléia assembleia
alcalóide alcaloide
asteróide asteroide
Obs.: Não se retiram os acentos das monossílabas, das oxítonas, nem do grupo éu.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u


tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era: Como ficou:
feiúra feiura
baiúca baiuca
Bocaiúva Bocaiuva
Obs.: as vogais devem estar no meio e antecedidas de ditongo. Se não estiverem no meio ou
não forem antecedidas de ditongo o acento continua.
Ex.: Piauí, saúde, saída, baú.

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e


ôo(s).
Como era: Como ficou:
crêem creem
vêem veem
lêem leem
dêem deem
enjôo enjoo
perdôo perdoo
vôo voo

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4. Não se usa mais o acento diferencial:


Ex.:
PÊLO / PELO /PÉLO
PÁRA / PARA
FORMA / FÔRMA

Aplicação:
Ele nunca pára no sinal vermelho.
Ele nunca para no sinal vermelho.
O pêlo do animal está caindo.
O pelo do animal está caindo.
Obs.: Ainda continuam os acentos de pôr (verbo) e pôde (passado).

5. Verbos TER e VIR:


(sing.) Ele tem, vem.
(plur.) Eles têm, vêm.
Atenção: os derivados recebem agudo no singular e circunflexo no plural.
Ex.:
Ele mantém sua conduta.
Eles mantêm suas condutas.
João intervém nas atividades da empresa.
João e Pedro intervêm nas atividades da empresa.

USO DO HÍFEN

1. VOGAIS IGUAIS = SEPARA!


anti-inflamatório
contra-ataque
micro-ondas
semi-integral

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2. VOGAIS DIFERENTES = JUNTA!
autoestrada
extraoficial
infraestrutura
semianalfabeto
coautor
hidroelétrico

3. VOGAL + R ou S (DUPLICA-SE A CONSOANTE)


antissemita
semirreta
contrassenha
antirracismo
suprarrenal
ultrarromântico
neorrealismo
antirrugas

4. Qualquer prefixo = H (USA-SE HÍFEN)


ANTI-HIGIÊNICO
ANTI-HORÁRIO
EXTRA-HORÁRIO
SUPER-HOMEM
MINI-HOTEL
SUPRA-HUMANO
OBS.: DESUMANO/TRANSUMANO

5. R + R (Usa-se o hífen)
inter-relacionado
super-romântico
hiper-requintado
inter-racial

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6. CIRCUM, PAN + VOGAL, M, N, H (Usa-se o hífen)


circum-navegação
circum-hospitalar
pan-americano
circum-meridiano
Obs.: circuncentro, circumboreal, pancelestial.

7. *pré, pós, ex, vice: usa-se o hífen.


Pré-projeto (preconceito, prever, predizer)
pós-graduação
ex-prefeito
vice-governador

8. além, aquém, recém, bem: usa-se o hífen.


Além-mar
aquém-mar
recém-casado
bem-amado

9. Palavras que perderam a noção


de composição (não se usa o hífen).
pontapé
mandachuva
girassol
paraquedas

10. Encadeamentos recebem hífen.


Trecho Londres-Málaga
eixo Rio – São Paulo

11. expressões negativadas não recebem hífen.


Não comparecimento
Não pagamento

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Coesão - Elementos referenciais

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ANÁLISE TEXTUAL

COESÃO TEXTUAL

Processos Endofóricos: (apontam para dentro)


Anaforismo: (aponta para antes)
Cataforismo: (aponta para depois)

Com núcleos isolados:


As alunas novatas chegaram, eu as encontrei no pátio.
Era um professor que parecia competente.
Recebemos as notas mensais.
O resultado foi entregue às pressas.

Com núcleos em enumeração:


(este, esta, isto) – retomam o termo mais próximo;
(numerais) – retomam termos intermediários;
(aquele, aquela, aquilo) – retomam o termo mais distante.
O teatro, o cinema e a música emocionam.
Daquele gosto mais, pois o segundo frequento pouco e a esta dedico pouco do meu tempo.

Com ideias:
(esse, essa, isso) – retomam uma ideia já citada.
(este, esta, isto) – referem-se ao que ainda será citado.
A salvação da humanidade está no amor e na arte, isso é inegociável.
Devemos lutar incansavelmente por isto: cultivar amigos, viver amores e construir família.

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Processo exofórico: (aponta para fora)
“Hoje, que a noite está calma e que a minha alma esperava por ti, apareceste aqui afinal...”
(Torturas de amor – Valdik Soriano)

TEMPO:
ESTE/ESTA/ISTO (Presente)
Nesta semana, tudo parece tranquilo.

ESSE/ESSA/ISSO (Passado/futuro- próximo)


Ano passado fui aprovado. Nesse ano as coisas melhoraram.
Em 2021, tudo será diferente. Nesse ano, viveremos em paz.

AQUELE/AQUELA/AQUILO (Passado/futuro- distante)


Em 1922, houve a Semana de Arte Moderna. Naquele ano, a arte reinava.
Acontecerá em 2050 uma revolução. Naquele ano, tudo será melhor.

ESPAÇO:

ESTE/ESTA/ISTO (Perto de quem fala, longe de quem ouve)


Esta minha caneta é muito boa.

ESSE/ESSA/ISSO (Perto de quem ouve, longe de quem fala)


Essa sua blusa parece nova.

AQUELE/AQUELA/AQUILO (Longe dos dois)


Veja aquele carro na esquina.

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Análise verbal (Verbos)

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ANÁLISE VERBAL

FLEXÃO ESTRUTURAL
No Brasil, as pessoas não se deteram diante da crise.
Tudo caminhava para que o governo intervisse.
Ninguém preveu o ocorrido.
Todos se satisfazeram com o resultado.
Ninguém interviu no andamento da obra municipal.
Se o candidato conter um objeto suspeito será eliminado.
Quem se opor aos protocolos poderá ser afastado.

TEMPOS E MODOS:

indicativo:
presente eu amo
pretérito perfeito eu amei
pretérito imperfeito eu amava
pretérito mais-que-perfeito eu amara

subjuntivo:
presente que eu ame
pretérito imperfeito se eu amasse
futuro quando eu amar

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Imperativo:

Presente do indicativo IMPERATIVO AFIRMATIVO Presente do subjuntivo IMPERATIVO NEGATIVO


Eu amo x Que eu ame x
Tu amas Ama tu Que tu ames Não ames tu
Ele ama Ame você Que ele ame Não ame você
Nós amamos Amemos nós Que nós amemos Não amemos nós
Vós amais Amai vós Que vós ameis Não ameis vós
Eles amam Amem vocês Que eles amem Não amem vocês

VOZES VERBAIS:

1. ATIVA;
2. PASSIVA;
3. REFLEXIVA;
4. NEUTRA.
Ex.:
Cada concurseiro desenvolvia métodos de estudo.
Todos os políticos eram investigados pela comissão.
Corromperam-se os políticos.
Os envolvidos se mostravam confusos e indignados.
João e Pedro se ofenderam severamente.
Ela é linda.
Havia tumulto na reunião.

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Período composto

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PERÍODO COMPOSTO

FRASE – ORAÇÃO – PERÍODO

Frase: todo enunciado de sentido completo.


Bom dia! Socorro!
Oração: frase verbal, com sentido completo ou incompleto.
Seja feliz!
Período: possui sentido completo e apresenta um ou mais verbos.

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO


Orações coordenadas:
Assindéticas (sem síndeto, conjunção);
Os animais pareciam tranquilos, o dia passava lentamente.
Sindéticas (com síndeto, conjunção).
CLASSIFICAÇÃO:
Aditiva: Estudo Português e trabalho diariamente.
Adversativa: Todos se esforçam, porém poucos vencem.
Alternativa: Ora você sorri, ora você chora.
Conclusiva: Fiz tudo certo; estou, pois, tranquilo.
Explicativa: Estuda, que a vida muda.

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO


Orações subordinadas :
1. Substantivas;
2. Adjetivas;
3. Adverbiais.

3
ORAÇÕES SUBSTANTIVAS: SUBSTITUIR POR ISSO.
CLASSIFICAÇÃO:
Subjetiva (sujeito): É importante que você estude.
Predicativa (predicativo): O meu sonho é que você lute.
Objetiva direta (O.D.): Quero que tudo aconteça.
Objetiva indireta (O.I.): Preciso de que algo mude.
Completiva nom. (C.N.): Tenho medo de que algo acabe.
Apositiva (aposto): Este é o nosso desejo: que você vença.

ORAÇÕES ADJETIVAS: iniciadas por pron. relativo.


CLASSIFICAÇÃO:
Explicativas (com vírgulas):
Os alunos, que conheci, são incríveis.Paguei os boletos, que chegaram.
Restritivas (sem vírgulas):
Comprei os carros que estavam à venda.Recebi os presentes que você me deu.

ORAÇÕES ADVERBIAIS: possuem valor de advérbio.


CLASSIFICAÇÃO:
Causal: Como houve pandemia, ficamos em casa.
Condicional: Se houver cuidado, venceremos.
Consecutivas: Estudou tanto que virou aprovado.
Comparativa: Ele estuda como o seu irmão.
Concessiva: Embora tenha estudado, não passou.
Conformativa: Ela fez conforme você mandou.
Temporal: Quando tudo passar, seremos felizes.
Proporcional: à medida que estudo, venço.
Final: Estudei tudo, a fim de que fosse aprovado.

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Classes de palavras

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PRONOMES

EU/MIM:
OS ENVELOPES FORAM ENTREGUES PARA MIM.
OS ENVELOPES CHEGARAM PARA EU CARIMBAR.
TODOS FORAM EMBORA, EXCETO EU.
VIAJAR É DIFÍCIL PARA MIM.
PARA MIM VIAJAR É DIFÍCIL.
ME/TE/SE (SEM PREPOSIÇÃO VISÍVEL)
MIM/TI/SI (COM PREPOSIÇÃO VISÍVEL)
Mostrei-te os recados.
Mostrei os recados a ti.
Eles me revelaram o segredo.
Eles revelaram para mim o segredo.
Sem mim, você fica triste.
O/a/os/as (sem preposição)
Lhe/lhes (com preposição)
Eu revisei o texto.
Eu o revisei.
Nós oferecemos o poema a você.
Nós lhe oferecemos o poema.

Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de
posse de algo (coisa possuída). Por exemplo:
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

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NÚMERO PESSOA PRONOME

singular primeira meu(s), minha(s)

singular segunda teu(s), tua(s)

singular terceira seu(s), sua(s)

plural primeira nosso(s), nossa(s)

plural segunda vosso(s), vossa(s)

plural terceira seu(s), sua(s)

PRONOMES RELATIVOS
QUE
QUEM ONDE
O QUAL
CUJO

QUE: RELATIVO UNIVERSAL.


Os problemas de que falei são graves.
Eram alunos em que podíamos confiar.
Fomos a regiões em que todos eram felizes.

QUEM: (PESSOA)
Parecia contente a jovem com quem conversei.
A mulher a quem todos admiravam era encantadora.

ONDE: (LUGAR)
Tudo nos levava ao município de onde você vinha.
O escritório para onde fui transferido é promissor.
Fica bem perto a cidade onde moro.

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O QUAL: (UNIVERSAL)
Acontecerá hoje o torneio para o qual me preparei.
A cidade para a qual me mudei continua segura.

CUJO:
Comprei livros de cujo autor sempre gostei.
Está aqui o móvel em cuja gaveta pus os documentos.
Acaba de chegar o político contra cujos argumentos me posicionei.

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Análise sintática

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ANÁLISE SINTÁTICA

Sujeito simples
Constituído de apenas um núcleo.
Miguel guardou o caderno.

Sujeito composto
Apresenta dois ou mais núcleos.
Paulo e Pedro chegaram cedo.

Sujeito indeterminado
Necessita-se de mais investimentos.
Roubaram o carro.

Sujeito inexistente
Havia outras opções.
Aqui faz frio.
Choveu bastante ontem.

Predicado nominal (VL + predicativo)


O menino está feliz.
Predicado verbal (V.nocional – predicativo)
Todos chegaram agora.
Predicado verbo-nominal (V. nocional + predicativo)
Maria chegou assustada.
O professor considerou a nota boa.

3
Complemento nominal:
Completa substantivo
abstrato/adjetivo/advérbio
Possui preposição
Expressa passividade
A ameaça à população foi real.
Isto é útil a você.
Estamos perto de Deus.

Adjunto adnominal:
Está ligado a substantivo abstrato ou concreto.
Com ou sem preposição
Expressa atividade
A ameaça do marginal foi real.
O uniforme da banda foi reformado.
A dor estomacal parecia intensa.
A joia da coroa sumiu.

Adjunto adverbial (modifica verbo, adjetivo ou advérbio)


Levarei rapidamente o recado ao seu irmão doente.
Levarei muito rapidamente o recado ao seu irmão doente.
Levarei o recado ao seu irmão muito doente.

APOSTO:

1. Explicativo:
O Neto, professor de Português, acaba de chegar.
Teresina, capital do Piauí, é encantadora.
2. ESPECIFICATIVO:
O número vinte é o meu preferido.
O poeta Drummond está vivo na arte.
3. ENUMERATIVO:
Comprei tudo: roupas, livros e bebida.

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4. RESUMITIVO:
Comprei livros e roupas, tudo em promoção.

VOCATIVO:
(identificação da pessoa com quem se fala)
João, vem cá!Vem cá, João!

AGENTE DA PASSIVA:
A casa está cercada de árvores.
Tudo foi feito pelo administrador.

PREDICATIVO DO SUJEITO:
O predicativo do sujeito atribui uma qualidade ao sujeito, caracterizando-o:
A professora parece apreensiva.
Após todos esses anos, ela continua divertida.
A mochila da Sofia é nova.
O pneu da bicicleta está vazio.
O menino ficou triste durante horas.

PREDICATIVO DO OBJETO
O predicativo do sujeito atribui uma qualidade ao objeto direto ou ao objeto indireto,
caracterizando-os:
Não consideramos esta situação prioritária.
Claro que eu lhe chamei de mentirosa.Eles acusaram-me de irresponsável.
Eu vi-o tristonho no canto da sala.

Complementos verbais:
Percebi o tumulto.
Não gosto de tumulto.
Comi do doce.
O rapaz, eu o vi.
Sonhei um sonho bom.

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Pontuação

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PONTUAÇÃO

CAMPO SEMÂNTICO:

Aplicação:
Carlos chega cedo.
Carlos parecia tranquilo.
João, Carlos e Mariana vieram a Teresina.
Lula, Collor e Fernando Henrique foram presidentes.
Fogo não poupe a cidade.
Para muita gente ler romances será fácil.
Eles voltarão, hoje, a Teresina.
Não, quero que você participe.

CAMPO ESTRUTURAL:
1. Nunca separar o sujeito do verbo;
2. Nunca separar um termo de seu complemento/adjunto;
3. Isolar corretamente as expressões intercaladas.
Minhas convicções são ameaçadas pelo acaso.
Convocaram todos os membros.
O projeto artístico será aprovado.
A ameaça ao povo deve ser combatida.
Ensinei tudo a ela.
A ela ensinei tudo.
Joana, aluna veterana, parecia motivada.
Joana, ainda hoje, parecia confiante e otimista.
Após o treino inicial, todos estavam exaustos.
Quando cheguei, tudo mudou.
João, vem cá.

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Concordância nominal e verbal

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CONCORDÂNCIA NOMINAL:

(Regra geral)
ARTIGO /PRONOME/ NUMERAL/ ADJETIVO/SUBSTANTIVO
O meu segundo momento foi maravilhoso.

01 ADJETIVO/ MAIS DE 01 SUBSTANTIVO:


Compramos novo caderno e livro.
Compramos caderno e livro novo.
Compramos caderno e livro novos.

CASOS ESPECIAIS:
ANEXO: As apostilas publicadas seguem anexas.
Os protocolos escolares vão em anexo.

ALERTA:
Poucas pessoas continuam alerta.
Brasileiros parecem estar em alerta em relação ao coronavírus.

MEIO:
Ela parecia meio enjoada após comer meia pizza.
Era meio-dia e meia quando ele chegou.

MESMO:
Elas mesmas compraram o material de construção.
Elas compraram mesmo.

3
OBRIGADO:
Os alunos disseram: muito obrigados!
Muito obrigada. Disse a garotinha.

É BOM/É PROIBIDO/É NECESSÁRIO/É


PERMITIDO:
ENTRADA É PROIBIDO.
A ENTRADA É PROIBIDA.
ÁGUA É BOM.
ESTA ÁGUA É BOA.

BASTANTE:
Viajei bastantes vezes pelo mundo.
Todas as viagens foram bastante importantes.

SÓ/SÓS/A SÓS:
Depois que todos saíram, ficamos sós/a sós.
Nada fizemos, ficamos só observando.

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CONCORDÂNCIA VERBAL

REGRA GERAL:
O verbo sofre flexão de acordo com o seu sujeito.

*Com sujeito simples:


As autoridades revelaram novas diretrizes.
Chegaram mais cedo os alunos aprovados.

* Com sujeito composto:


(Surgiu/surgiram) empregado e patrão (surgiram).
(Surgi/surgimos) eu e você (surgimos).

CONCORDÂNCIA COM VERBO SER:

1. PESSOA:
Minhas alegrias é Maria.
2. TERMO NO PLURAL:
No início, tudo são flores.
3. PESO, MEDIDA, QUANTIDADE:
Meu peso são 90kg.
*90 kg é muito.

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Casos especiais:
Grande parte/ maioria/maior parte/bando/grupo:
A maioria dos boletos sumiu e foi esquecida.
A maioria dos boletos sumiram e foram esquecidos.
Porcentagem:
1% veio mais tarde.
1% dos alunos veio/vieram mais tarde.

Verbo haver:
(Sentido de EXISTIR):
Espero que haja verdadeiras melhorias.
(Tempo decorrido):
Eu o conheci há dez anos.
(Em locuções verbais):
Deve haver
Pode haver
O bom aluno haverá de vencer as dificuldades.

QUE/QUEM:
Fui eu que fiz a denúncia.
Fui eu quem fiz/fez a denúncia.
Se:
Pronome apassivador;
Índice de indeterminação do sujeito.
Reformam-se sofás antigos.
Aqui se constrói motor náutico.
Não se trata de problemas financeiros nesta empresa.
Confiou-se em autoridades policiais.
NÚCLEOS LIGADOS POR OU:
Pedro ou Paulo voltarão hoje.
Pedro ou Paulo voltará primeiro.
SUJEITO ORACIONAL:
Trabalhar determina o sucesso.
Era comum estudar antes das provas.

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Regência Nominal e Verbal

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REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

REGÊNCIA NOMINAL

Regência nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo


ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por
uma preposição.
No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam
exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo
significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo.
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela
preposição “a”.
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.

Exemplo de regência de alguns nomes:


Amor
• Tenha “amor a” seus livros.
• Meu “amor pelos” animais me conforta.
• Cultivemos o “amor da” família.
• O amor “para com” a Pátria.
Ansioso
• Olhos “ansiosos de” novas paisagens.
• Estava “ansioso por” vê-la.
• Estou “ansioso para” ler o livro.
Acessível a
Exemplo: Isto é acessível a todos.

3
Acostumado a, com
Exemplos:
• Estou acostumado a comer pouco.
• Estamos acostumados com as novas ferramentas.

Afável com, para com


Exemplos:
• Ele é afável com sua filha.
• O professor tem sido afável para com seus alunos.

Agradável a
Exemplo: Sou agradável a ti.

Alheio a, de
Exemplos:
• Ele vive alheio a tudo.
• João está alheio de carinho fraternal.

Apto a, para
Exemplos:
Estou apto a trabalhar.
Joana está apta para desenvolver suas funções.

Aversão a, por
Exemplos:
Ele tem aversão a pessoas.
Paula tem aversão por itens supérfluos.

Benefício a
Exemplo: Pilates é um grande benefício à saúde.

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Capacidade de, para


Exemplos:
• Laura tem excepcional capacidade de comunicação.
• Joaquim tem capacidade para o trabalho.

Capaz de, para


Exemplos:
• Ele é capaz de tudo.
• A empresa é capaz para trabalhar com projetos.

Compatível com
Exemplo: Seu computador é compatível com este.

Contrário a
Exemplo: Esse modo de vida é contrário à saúde.

Curioso de, por


Exemplos:
• Luís é curioso de tudo.
• Vitória é curiosa por natureza

Descontente com
Exemplo: Estamos descontentes com nosso sistema político.

Essencial para
Exemplo: Esse livro é essencial para aprender matemática.

Fanático por
Exemplo: Ele é fanático por histórias em quadrinhos.

5
Imune a, de
Exemplos:
• O Brasil não ficou imune à crise econômica.
• Estamos imunes de pagar os impostos.

Inofensivo a, para
Exemplos:
• O vírus é inofensivo a seres humanos
• Os danos que sofreu são inofensivos para sua saúde.

Junto a, de
Exemplos:
• Comprei a casa junto a sua.
• Estava junto de miguel, quando aconteceu o acidente.

Livre de
Exemplo: Este sabonete está livre de parabenos.

Simpatia a, por
Exemplo:
• José tem simpatia as causas populares.
• Tenho muito simpatia por Ana.

Tendência a, para
• Viviana tem tendência à mentira.
• As meninas tem tendência para a moda.

União com, de, entre


• A união com Regina foi fracassada.
• Na reação química, ocorreu uma união de substâncias.
• A união entre eles é muito bonita.

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REGÊNCIA VERBAL

Principais casos

ASSISTIR:
(VER, PRESENCIAR)(a): Os alunos assistiram às aulas do Neto..
(AJUDAR): Devido ao Covid19, os enfermeiros assistem os infectados.
(CABER)(a): Saúde pública é um direito que assiste a todo cidadão.
(MORAR)(em): Concurseiros assistem em Teresina para estudar.

ASPIRAR:
(SORVER, CHEIRAR): A funcionária aspirou o pó do tapete.
(DESEJAR, PRETENDER)(a): O mundo hoje aspira ao fim da pandemia.

VISAR:
(MIRAR): O policial visou o suspeito com atenção.
(ASSINAR): Eu visei o cheque a lápis.
(DESEJAR, PRETENDER)(a): Ele visa à paz mundial.

PREFERIR (a):
O estudante prefere estudar a divertir-se.
É preferível estudar a divertir-se.

INFORMAR/AVISAR/COMUNICAR:
Informei ao policial o tumulto generalizado.
Informei o policial sobre o tumulto generalizado.

PAGAR/PERDOAR:
Paguei a você o valor devido.
Perdoei a você o insulto gratuito.

7
ESQUECER/LEMBRAR:
Maria se esqueceu da fatura atrasada.
Maria esqueceu a fatura atrasada.

OBEDECER/DESOBEDECER (a):
Eu obedeci à ordem do juiz.
Ela desobedeceu aos comandos do patrão.

QUERER
(DESEJAR): Quero você.
(QUERER BEM)(a): Quero aos meus amigos.

AGRADAR
(ACARICIAR): Eu agradei os meus filhos.
(SER AGRADÁVEL)(a): O artista agradou ao público geral.

8
PORTUGUÊS
Crase

PROF. NEWTON NETO


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PORTUGUÊS

CRASE

Nomes de lugares femininos:


Retornarei a Brasília e à Bahia hoje.
Referi-me à Roma antiga.
Crase entre palavras repetidas:
Tudo foi resolvido cara a cara.
Ele uniu a minha fome à fome dela.
Crase antes de verbos:
Eu continuo a estudar Português.
Depois que a vi, tudo mudou.
Crase com pronomes de tratamento:
Direcionei o ofício a Vossa senhoria.
(senhora, senhorita, madame, dama, dona )
Crase diante de nomes próprios femininos:
Entreguei meu coração a/à Vitória.
Crase com pronomes demonstrativos:
Referi-me àquele professor experiente.
Eu me direcionei àquilo que ficou determinado.
Crase em expressões adverbiais femininas:
Estávamos à mesa de um bar.
Permaneci à janela, esperando por você.
Crase com pronomes demonstrativos:
Referi-me àquele professor experiente.
Eu me direcionei àquilo que ficou determinado.

3
Crase em expressões adverbiais femininas:
Estávamos à mesa de um bar.
Permaneci à janela, esperando por você.
Todos agiram às claras.
Eles ficaram à mercê de sua decisão.
O garoto parecia à vontade diante do castigo.
O enfermo encontrava-se à beira da morte.
Pagamentos à vista são preferenciais no comércio local.
Resolvi nosso problema às pressas.
Crase na indicação de horas:
Chegaremos à zero hora.
Retornarei às 20 horas.
As últimas coisas a serem resolvidas serão discutidas às 10 horas.
Ficarei aqui até as/às 10 horas.
Estou aqui desde as 10 horas.
Voltarei aqui após as 10 horas.

4
PORTUGUÊS
Colocação pronominal

PROF. NEWTON NETO


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PORTUGUÊS

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

1. PRÓCLISE;
2. MESÓCLISE;
3. ÊNCLISE.  

PRONOMES
O, A, OS, AS
LHE, LHES
ME TE SE NOS VOS

PROIBIÇÕES DA PRÓCLISE:

(INICIAR FRASE)
Te observei bem de perto.
(DEPOIS DE SINAL DE PONTUAÇÃO)
Hoje, o vi aqui.
(SONORIDADE RUIM)
Vou o ver.

Outros exemplos:
Eu te considero um campeão.
Ninguém disse que te apoiaria.
Levar-te-ei em meus pensamentos.
Deixe-o comigo.

3
ATENÇÃO:

INFINITIVO (R): ÊNCLISE POSSÍVEL.


Não devo enganar-te mais.
GERÚNDIO (NDO): ÊNCLISE OPCIONAL
Nunca contentando-se, foi embora.
“EM” se contentando, ficou conosco.
PARTICÍPIO (IDO/ADO): NUNCA UTILIZAR ÊNCLISE.
Ela havia me falado a verdade.
AFIRMAÇÃO/SEM ATRATIVO: ÊNCLISE POSSÍVEL.
O professor pareceu-me entusiasmado.

4
PORTUGUÊS
Reescrita de frases, parágrafos e textos
de diferentes gêneros e níveis de formalidade

PROF. NEWTON NETO


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PORTUGUÊS

REESCRITA DE FRASES

Para a análise de reescritura, é necessário investigar alguns pontos:


(grafia, acentuação, concordância, regência, crase, pontuação)
A construção, após a reescrita, deve levar em consideração os seguintes tópicos:
1. Preservar encadeamento de ideias;
2. Empregar diferentes vocábulos e expressões.

OPÇÕES PARA A REESCRITURA:

1. Sinonímia:
É necessário questionar acerca da política do Brasil.
É indispensável indagar sobre a política nacional.

2. Classes de palavras:
Desejo que os alunos alcancem a vitória.
Desejo que os alunos vençam.

3. Voz verbal:
Ouvem-se novas propostas.
Novas propostas são ouvidas.
Não se controla o impulso.
O impulso não é controlado.

3
4. Tempo verbal composto:
Ela havia falado toda a verdade.
Ela falara toda a verdade.

5. Discurso:
Direto: (Maria disse: - Eu estou com sede)
Indireto: (Maria disse que estava com sede)

6. Substituição de conjunções:
Ele estudava à medida que os outros brincavam.
Ele estudava à proporção que os outros brincavam.
Como era tarde, dormimos.
Uma vez que era tarde, dormimos.

4
PORTUGUÊS
Significação das Palavras

PROF. NEWTON NETO


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PORTUGUÊS

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

Homônimas
•• homófonas: (sela/cela) (acento/assento)
•• homógrafas: (gosto/gosto) (colher/colher)
Obs.: homônimas perfeitas (para) (pelo)

Parônimas: (ratificar/retificar) (emigra/imigrar)

Sinônimas: (enorme/imenso) (perguntar/questionar)

Antônimas: (alegria/tristeza) (bom/mau)

Hiperônimas: (time) (esporte)

Hipônimas: (Flamengo/Vasco) (natação/corrida)

3
Raciocínio Lógico
Matemático
Prof. Fabrício Biazotto
Matemática

Razão e Proporção

Professor Fabrício Biazotto

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Matemática

RAZÃO E PROPORÇÃO

1. RAZÃO

É a divisão ou relação entre duas grandezas.


Exemplo: se numa classe tivermos 40 meninos e 30 meninas, qual a razão entre o número de
meninos e o número de meninas?

Razão

Razão inversa: é o inverso da razão, assim

2. PROPORÇÃO

É a igualdade entre razões.


Exemplo: meu carro faz 13 km por litro de combustível, então para 26 km preciso de 2 L, para
39 km preciso de 3 L e assim por diante.

1ª situação:

2ª situação:

, logo formam uma proporção.

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Observe , se você multiplicar em cruz o resultado será o mesmo: 26 x 3 = 2 x 39 = 78.

Numa proporção, quando multiplicamos em cruz, o resultado é o mesmo. Mas além desta
propriedade, temos outras que serão muito úteis:

Numa proporção quando somamos termo a termo: , a razão


se mantém.

Numa proporção quando subtraímos termo a termo: ,a


razão se mantém.

Propriedades das proporções


Propriedade 1: Qualquer que seja a proporção, o produto dos extremos é igual ao produto dos
meios.

Propriedade 2: Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos antecedentes está
para a soma ou a diferença dos consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
respectivo consequente. Temos então:

ou

Ou

ou

Propriedade 3: Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois primeiros
termos está para o primeiro, ou para o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos
dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto termo. Então temos:

ou

Ou

ou

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Matemática – Razão e Proporção – Prof. Fabrício Biazotto

QUARTA PROPORCIONAL
DADOS TRÊS NÚMEROS A, B, E C, CHAMAMOS DE QUARTA PROPORCIONAL O QUARTO NÚME-
RO X QUE JUNTO A ELES FORMAM A PROPORÇÃO:

Tendo o valor dos números a, b, e c, podemos obter o valor da quarta proporcional, o número
x, recorrendo à propriedade fundamental das proporções. O mesmo procedimento utilizado na
resolução de problemas de regra de três simples.

TERCEIRA PROPORCIONAL
EM UMA PROPORÇÃO ONDE OS MEIOS SÃO IGUAIS, UM DOS EXTREMOS É A TERCEIRA PRO-
PORCIONAL DO OUTRO EXTREMO:

Na proporção acima a é a terceira proporcional de c e vice-versa.


Dadas as proporções:

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Matemática

Regra de Três Simples e Composta

Professor Fabrício Biazotto

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Matemática

REGRA DE TRÊS

1. Regra de Três Simples

Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro
valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos
três já conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples:
1º Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo
na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º Montar a proporção e resolver a equação.

Exemplos

1. Com uma área de absorção de raios solares de 1,2 m2, uma lancha com motor movido a energia
solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5 m2,
qual será a energia produzida?
Solução: montando a tabela:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x

Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando – aumenta), podemos afirmar que as grandezas
são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido
(para baixo) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

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Logo a energia produzida será de 500 watts/h.

2. Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400 Km/h, faz um determinado percurso
em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de
480 km/h?
Solução: montando a tabela:
Velocidade Tempo
400 3
480 x

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando – diminui), podemos afirmar que as grandezas
são inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário
(para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos

3. Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$ 120,00. Quanto ela pagaria se comprasse 5 camisetas
do mesmo tipo e preço?
Solução: montando a tabela:
Camisa Preço
3 120
5 x
Observe que: aumentando o número de camisetas, o preço aumenta.

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Matemática – Regra de Três Simples e Composta – Prof. Fabrício Biazotto

Como as palavras correspondem (aumentando – aumenta), podemos afirmar que as grandezas


são diretamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a Bianca pagaria R$ 200,00 pelas 5 camisetas

4. Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em 20 dias.
Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas, em que prazo essa equipe fará o
mesmo trabalho?
Solução: montando a tabela:
Horas por dia Prazo para término (dia)
8 20
5 x

Observe que: diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para término
aumenta.
Como as palavras são contrárias (diminuindo – aumenta), podemos afirmar que as grandezas
são inversamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

2. Regra de Três Composta

A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou
inversamente proporcionais.

Exemplos:

1. Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160 m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão


necessários para descarregar 125 m3?

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Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e, em
cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:
Horas Caminhões Volume
8 20 160
5 x 125

Identificação dos tipos de relação:


Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).

A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x.


Observe que:
Aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões.
Portanto a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto a
relação é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que
contém o termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido das setas.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, serão necessários 25 caminhões.

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Matemática – Regra de Três Simples e Composta – Prof. Fabrício Biazotto

2. Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos


serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:
Homem Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16

Observe que:
Aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação é
diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão).
Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação também
é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão). Devemos igualar a razão que
contém o termo x com o produto das outras razões.
Montando e resolvendo a equação temos:

Logo serão montados 32 carrinhos.

3. Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2 m de altura. Trabalhando 3
pedreiros e aumentando a altura para 4 m, qual será o tempo necessário para completar
esse muro? Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois
colocam-se flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita
e discordantes para as inversamente proporcionais, como mostra a figura abaixo:

Montando e resolvendo a equação temos:

Para completar o muro serão necessários 12 dias.

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Raciocínio Lógico

Porcentagem

Professor Fabrício Biazotto

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Raciocínio Lógico

PORCENTAGEM

Ao abrir um jornal, ligar uma televisão, olhar vitrines, é comum depararmos com expressões do
tipo:
•• A inflação do mês foi de 4% (lê-se quatro por cento)
•• Desconto de 10% (dez por cento) nas compras à vista.
•• O índice de reajuste salarial de março é de 0,6% (seis décimos por cento)
A porcentagem é um modo de comparar números usando a proporção direta, onde uma das
razões da proporção é uma fração cujo denominador é 100. Toda razão a/b na qual b=100
chama-se porcentagem.

Exemplos:

1. Se há 30% de meninas em uma sala de alunos, pode-se comparar o número de meninas com
o número total de alunos da sala, usando para isto uma fração de denominador 100, para
significar que se a sala tivesse 100 alunos então 30 desses alunos seriam meninas. Trinta por
cento é o mesmo que 30/100.

2. Calcular 40% de R$ 300,00 é o mesmo que determinar um valor X que represente em R$ 300,00
a mesma proporção que R$ 40,00 em R$ 100,00. Isto pode ser resumido na proporção:
40/100 = X/300
Como o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, podemos realizar a multiplicação
cruzada para obter: 100X = 12000, assim X = 120
Logo, 40% de R$ 300,00 é igual a R$ 120,00.

3. Li 45% de um livro que tem 200 páginas. Quantas páginas ainda faltam para ler?
45/100 = X/200 o que implica que 100X = 9000, logo X = 90. Como eu já li 90 páginas, ainda
faltam 200 - 90 = 110 páginas.
As frações (ou razões) que possuem denominadores (o número de baixo da fração) iguais a
100, são conhecidas por razões centesimais e podem ser representadas pelo símbolo “%”.
O símbolo “%” é lido como “por cento”. “5%” lê-se “5 por cento”. “25%” lê-se “25 por cento”.
O símbolo “%” significa centésimos, assim “5%” é uma outra forma de se escrever 0,05, ou
por exemplo.

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Veja as seguintes razões:

Podemos representá-las na sua forma decimal por:

E também na sua forma de porcentagens por:

Como calcular um valor percentual de um número?


Agora que temos uma visão geral do que é porcentagem, como calcular quanto é 25% de 200?
Multiplique 25 por 200 e divida por 100:

Se você achar mais fácil, você pode simplesmente multiplicar 25% na sua forma decimal, que é
0,25 por 200:

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Questões

1 – EXERCÍCIOS: a) 11%
b) 20%
c) 45%
1. Em uma cidade de 5.000 eleitores, 5,2% não d) 55%
votaram, na última eleição. Quantos foram e) 65%
os eleitores ausentes?
4. Em dezembro de 2007, um investidor com-
a) 520 prou um lote de ações de uma empresa por
b) 360 R$ 8 000,00. Sabe-se que: em 2008 as ações
c) 260 dessa empresa sofreram uma valorização
d) 120 de 20%; em 2009, sofreram uma desvalori-
e) 90. zação de 20%, em relação ao seu valor no
ano anterior; em 2010, se valorizaram em
2. Depois de vários anos com salário conge- 20%, em relação ao seu valor em 2009.
lado, Manoel teve um reajuste salarial de
25% e passou a ganhar R$ 600,00. O salário De acordo com essas informações, é verda-
de Manoel, antes do reajuste, era de: de que, nesses três anos, o rendimento per-
centual do investimento foi de:
a) R$ 450,00
b) R$ 460,00 a) 20%.
c) R$ 470,00 b) 18,4%.
d) R$ 480,00 c) 18%.
d) 15,2%.
3. Em um curso de inglês, as turmas são mon- e) 15%.
tadas por meio da distribuição das idades
dos alunos. O gráfico abaixo representa a 5. (INSS – 2016 – TÉCNICO)
quantidade de alunos por suas idades. A Art. 21. A alíquota de contribuição dos se-
porcentagem de alunos com que será for- gurados contribuinte individual e facultati-
mada uma turma com idade maior ou igual vo será́ de vinte por cento sobre o respecti-
a 18 anos é: vo salário-de-contribuição.
Considerando o art. 21 da Lei nº 8.212/1991,
acima reproduzido, julgue o item seguinte.
Se o valor da contribuição de um segura-
do contribuinte individual for superior a
R$ 700,00, então o salário-de-contribuição
desse indivíduo é superior a R$ 3.500,00.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 1. C 2. D 3. D 4. D 5. C

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Raciocínio Lógico

Códigos e Anagramas / Problemas de Associação Lógica / Teste de Hipóteses / Problemas de


Verdades e Mentiras / Problemas de Conjuntos / Sequências Lógicas / Sequência de Números

Professor Fabrício Biazotto

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Raciocínio Lógico

RACIOCÍNIO LÓGICO QUALITATIVO

1 – LÓGICA QUALITATIVA

É a lógica que trata da relação entre pessoas, lugares, objetos e eventos, como por exemplo,
posições em uma fila, ordem de chegada, sequências, quem mentiu, quem falou a verdade,
qual caixa se encontra o objeto, entre outros.
Nesta lógica entram também teoria de conjuntos, equações e inequações, problemas de análise
combinatória e probabilidade.
Com exceção das teorias já estudadas como conjuntos, análise combinatória e probabilidade, a
maioria das questões são como charadas, onde a chave que destranca a questão está no texto,
assim não há uma teoria que determine a sua resolução, cada caso é um caso e é exclusivamente
a pessoa que encontra a sua chave e a sua maneira de resolução, por exemplo, existem muitas
questões de sequências lógicas que se resolvem por PA, PG, mas não necessariamente é a única
forma de serem resolvidas!

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Questões

2 – EXERCÍCIOS. O candidato 1 perguntou a um dos chefes


em qual pasta estava o seu contrato; ouviu a
resposta e saiu. O candidato 2 fez a mesma
pergunta do primeiro candidato só que, ca-
1. (2016 – CESPE – DPU – AGENTE ADMINIS- sualmente, escolheu o outro chefe, ouviu a
TRATIVO) resposta e se retirou. O candidato 3 entrou
Em uma festa com 15 convidados, foram na sala, pegou uma das pastas nas mãos e
servidos 30 bombons: 10 de morango, 10 perguntou a um dos chefes:
de cereja e 10 de pistache. Ao final da festa, — O seu amigo me diria que nesta pasta se
não sobrou nenhum bombom e encontra o meu contrato?
•• quem comeu bombom de morango co- Ouviu a resposta e saiu. Entrou o último
meu também bombom de pistache; candidato e, com o dedo apontado para um
•• quem comeu dois ou mais bombons de dos chefes, perguntou ao outro:
pistache comeu também bombom de
cereja; — Em que pasta ele diria que está o meu
•• quem comeu bombom de cereja não contrato?
comeu de morango. — “Na verde”, foi a resposta que ele obteve.
Com base nessa situação hipotética, julgue Com base nessa situação hipotética, julgue
o item a seguir. o item a seguir.
É possível que um mesmo convidado tenha A partir das perguntas feitas pelos quatro
comido todos os 10 bombons de pistache. candidatos e das respostas obtidas, é corre-
( ) Certo ( ) Errado to afirmar que os contratos estão na pasta
vermelha.

2. (2016 – CESPE – DPU – Analista) ( ) Certo ( ) Errado

Quatro candidatos a uma vaga de emprego


em uma agência de detetives deverão pas- 3. (QUESTÃO)
sar por um teste de raciocínio lógico, que Os cursos de Márcia, Berenice e Priscila são,
consiste em entrar em uma sala e descobrir não necessariamente nesta ordem, Medi-
em qual das duas pastas sobre a mesa, uma cina, Biologia e Psicologia. Uma delas rea-
vermelha e outra verde, estão seus respec- lizou seu curso em Belo Horizonte, a outra
tivos contratos de trabalho — os quatro em Florianópolis, e a outra em São Paulo.
contratos estão em uma mesma pasta. Cada Márcia realizou seu curso em Belo Horizon-
um deles poderá fazer uma única pergunta te. Priscila cursou Psicologia. Berenice não
a um de seus dois possíveis futuros chefes: realizou seu curso em São Paulo e não fez
um responderá sempre com a verdade e o Medicina. Assim, cursos e respectivos lo-
outro sempre mentirá. Os candidatos não cais de estudo de Márcia, Berenice e Priscila
sabem, todavia, qual dos dois chefes falará são, pela ordem:
a verdade e qual mentirá.

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a) Medicina em Belo Horizonte, Psicologia Nesta situação-problema temos 3 conjun-
em Florianópolis, Biologia em São Paulo tos A, B e C como na figura:
b) Psicologia em Belo Horizonte, Biolo-
gia em Florianópolis, Medicina em São
Paulo
c) Medicina em Belo Horizonte, Biologia
em Florianópolis, Psicologia em São
Paulo
d) Biologia em Belo Horizonte, Medicina
em São Paulo, Psicologia em Florianó-
polis
e) Medicina em Belo Horizonte, Biologia
em São Paulo, Psicologia em Florianó-
polis

4. (2011 – FCC – BB – ESCRITURÁRIO)


E as seguintes informações sobre eles:
Considere que os termos da sequência se-
guinte foram sucessivamente obtidos se- I. U = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8};
gundo determinado padrão: (3, 7, 15, 31, II. Os conjuntos A, B e C tem, cada um, 4
63, 127, 255, ...) O décimo termo dessa se- (quatro) elementos;
quência é III. 1 ∉ A ∪ B ∪ C;
a) 1537 IV. 8 ∈ A ∩ B ∩ C;
b) 1929 V. A – B = {2, 5} e B – A = {3, 7};
c) 1945 VI. 4 ∉ (A ∪ B);
d) 2047 VII. (A ∩ B) – C = {6}.
e) 2319.
Assinale a alternativa correta.
5. (2010 – COPS-UEL – PC/PR – Escrivão)
a) A = {1, 2, 3, 4}
Dados os conjuntos A e B podemos conside- b) B = {1, 3, 6, 7}
rar a “união” A ∪ B deles, sua “interseção” c) C = {4, 5, 6, 8}
A ∩ B e sua “diferença” A – B, definidas da d) A ∩ B tem exatamente dois elementos.
seguinte maneira: e) 6 ∈B∩C
•• (x ∈ A ∪ B) ⇔ (x ∈ A ∨ x ∈ B);
•• (x ∈ A ∩ B) ⇔ (x ∈ A ∧ x ∈ B); e
•• (x ∈ A – B) ⇔ (x ∈ A ∧ x ∉ B)
Um conjunto universo para uma situação é
um conjunto U que possui todos os elemen-
tos daquela situação

Gabarito: 1. E 2. C 3. C 4. D 5. D

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Matemática

Probabilidade

Professor Fabrício Biazotto

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Matemática

PROBABILIDADE

Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade


de ocorrer um evento A é:

Por exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras


diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6 = 1/2 = 50%
Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos elementares
têm probabilidades iguais de ocorrência.
Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um evento A é
sempre:

PROPRIEDADES IMPORTANTES

1. Se A e A’ são eventos complementares, então: P(A) + P(A’) = 1


2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre 0 (probabilidade de evento
impossível) e 1 (probabilidade do evento certo) n0 ≤ P ≤ 1.

PROBABILIDADE CONDICIONAL

Antes da realização de um experimento, é necessário que já tenha alguma informação sobre o


evento que se deseja observar. Nesse caso, o espaço amostral se modifica e o evento tem a sua
probabilidade de ocorrência alterada.

Fórmula de Probabilidade Condicional


P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a P(E1) . P(E2/E1) . P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e ...En – 1)

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Onde P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato de já ter ocorrido E1;
P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E3, condicionada pelo fato de já terem ocorrido E1 e E2;
P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato de já ter ocorrido
E1 e E2...En – 1.

Exemplo:
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2 bolas, uma
de cada vez e sem reposição, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda
ser azul?

Resolução:
Seja o espaço amostral S = 30 bolas, e considerarmos os seguintes eventos:
A: vermelha na primeira retirada e P(A) = 10/30
B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29
Assim:
P(A e B) = P(A) . (B/A) = 10/30 . 20/29 = 20/87

EVENTOS INDEPENDENTES

Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes quando a probabilidade de ocorrer


um deles não depende do fato de os outros terem ou não terem ocorrido.

Fórmula da probabilidade dos eventos independentes:


P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1) . P(E2) . p(E3)...P(En)

Exemplo:
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de cada vez e
repondo a sorteada na urna, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda
ser azul?

Resolução:
Como os eventos são independentes, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada e
azul na segunda retirada é igual ao produto das probabilidades de cada condição, ou seja, P(A
e B) = P(A) . P(B). Ora, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada é 10/30 e a de sair
azul na segunda retirada 20/30. Daí, usando a regra do produto, temos:
10/30 . 20/30 = 2/9

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Matemática – Probabilidade – Prof. Fabrício Biazotto

Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois houve reposição.
Assim, P(B/A) = P(B), porque o fato de sair bola vermelha na primeira retirada não influenciou a
segunda retirada, já que ela foi reposta na urna.

CASOS DE EVENTOS

Fórmula da probabilidade de ocorrer a união de eventos:


P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2) – P(E1 e E2)
De fato, se existirem elementos comuns a E1 e E2, estes eventos estarão computados no cálculo
de P(E1) e P(E2). Para que sejam considerados uma vez só, subtraímos P(E1 e E2).

Fórmula de probabilidade de ocorrer a união de eventos mutuamente exclusivos:


P(E1 ou E2 ou E3 ou ... ou En) = P(E1) + P(E2) + ... + P(En)

Exemplo:
Se dois dados, azul e branco, forem lançados, qual a probabilidade de sair 5 no azul e 3 no
branco?

Considerando os eventos:
A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6
B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6
Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, temos:
n(S) = 6 . 6 = 36 possibilidades. Daí, temos: P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36

Exemplo:
Se retirarmos aleatoriamente uma carta de baralho com 52 cartas, qual a probabilidade de ser
um 8 ou um Rei?
Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, temos: n(S) = 52 cartas. Considere
os eventos:
A: sair 8 e P(A) = 4/52
B: sair um rei e P(B) = 4/52
Assim, P(A ou B) = 4/52 + 4/52 – 0 = 8/52 = 2/13. Note que P(A e B) = 0, pois uma carta não
pode ser 8 e rei ao mesmo tempo. Quando isso ocorre dizemos que os eventos A e B são
mutuamente exclusivos.

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O TEOREMA DE BAYES

Para chegar ao teorema de Bayes, partimos de princípios básicos. Assim, a probabilidade de


que observemos simultaneamente um evento A e um evento B é dada por:
P(AᴖB) = P(A/B) . P(B) (1)
Por outro lado, a probabilidade de que observemos simultaneamente um evento A e um evento
B também pode ser dada por:
P(BᴖA) = P(AᴖB) = P(B/A) . P(A) (2)
Combinando (1) e (2), temos:
P(A/B) . P(B) = P(B/A) . P(A) (3)
Rearranjando, chegamos ao teorema de Bayes:
P(A/B) = (P(B/A) . P(A)) / P(B) (4)
Como geralmente não conhecemos P(B), precisamos usar uma formulação alternativa, que é
baseada em:
P(B) = P(BᴖA) + P(BᴖAc ) (5)
Onde Ac é o evento complementar de A, também chamado de não A. Usando nosso conheci-
mento básico (equação 1 acima) e substituindo, obtemos:
P(B) = [P(B/A) . P(A)] + [P(B/Ac ) . P(Ac )] (6)
Substituindo 6 em 4 obtemos a formulação alternativa:

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Matemática

Análise Combinatória

Professor Fabrício Biazotto

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Matemática

ANÁLISE COMBINATÓRIA

A análise combinatória é a área da Matemática responsável pela análise das possibilidades e


das combinações. É um conjunto de procedimentos que possibilita a construção de grupos,
formados por um número finito de elementos de um conjunto sob certas circunstâncias.
Os três principais tipos de agrupamentos são arranjos, permutações e combinações.

Assim, em qualquer exercício de combinatória, é necessário seguir e três passos importantes:


1º – A ordem faz ou não faz diferença:
A. A ORDEM FAZ DIFERENÇA: PERMUTAÇÃO OU ARRANJO.
B. A ORDEM NÃO FAZ DIFERENÇA: COMBINAÇÃO.
2º – E = X. OU = + .
3º – Quais são as regras.

FATORIAL DE UM NÚMERO

O fatorial de um número natural n, representado por n!, é a multiplicação de todos os seus


números escritos em forma decrescente até 1.
n! = n . (n – 1) . (n – 2) . ... . 1
assim o fatorial é como uma tabuada da análise combinatória e é importante que saiba os
valores de 0! (zero) a 10!.

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0! = 1 (por convenção)
1! = 1 (por definição)
2! = 2 . 1 = 2
3! = 3 . 2! = 3 . 2 . 1 = 6
4! = 4 . 3! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24
5! = 5 . 4! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120
6! = 6 . 5! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 720
7! = 7 . 6! = 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 5.040
8! = 8 . 7! = 8 . 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 40.320
9! = 9 . 8! = 9 . 8 . 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 362.880
10! = 10 . 9! = 10 . 9 . 8 . 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 3.628.800

ARRANJO

Arranjo simples de n elementos tomados p a p, onde n > = 1 e p é um número natural, é


qualquer ordenação de p elementos dentre os n elementos, em que cada maneira de tomar os
elementos se diferenciam pela ordem e natureza dos elementos.
Exemplo: Quantas placas de automóveis com 3 letras podem ser formadas começando por P e
letras distintas?

PERMUTAÇÃO SIMPLES

É um caso particular de arranjo simples. É o tipo de agrupamento ordenado onde entram todos
os elementos, ou seja, é o número de elementos fatorial:

Pn = n
Exemplo: Quantos anagramas existem na palavra COISA?

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Matemática – Análise Combinatória – Prof. Fabrício Biazotto

PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO

É quando o agrupamento ordenado possui trocas onde não há diferença, veja:


A sigla LoL, por exemplo, possui 6 permutações no total, mas...
LoL LoL
LLo LLo
oLL. oLL
perceba que apesar das 6 permutações apenas 3 são diferentes, pois a letra L mesmo que
troque de lugar, não muda a permuta e por isso estas repetições devem ser desconsideradas,
assim:

Exemplo: Quantos anagramas distintos existem na palavra MATEMÁTICA?

COMBINAÇÃO SIMPLES

É o tipo de agrupamento em que um grupo difere do outro apenas pela natureza dos elementos
componentes, ou seja, a ordem da escolha não interfere na combinação.

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Estatística

Gráficos

Professor Fabrício Biazotto

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Estatística

GRÁFICOS

a) de Linha
Representado em um plano cartesiano, através de pontos ligados por segmentos de reta,
mostrando a evolução do fenômeno estudado.

b) em Barras (horizontais)
Têm por finalidade comparar grandezas por meio de retângulos horizontais de larguras iguais e
alturas proporcionais às respectivas grandezas.

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c) em Colunas (ou em barras verticais)
Representados por retângulos verticais, prestam-se à mesma finalidade que os gráficos em
barras sendo, entretanto, preferíveis a esses últimos, quando as legendas a se inscreverem sob
os retângulos forem breves

d) em Setores (pizza)
São representados por círculos divididos proporcionalmente em segmentos circulares de
acordo com os dados do fenômeno ou do processo a ser representado. Os valores são expressos
em números ou em porcentagens.

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Estatística – Gráficos – Prof. Fabrício Biazotto

1. GRÁFICOS REPRESENTATIVOS DE UMA DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS

Histograma – formado por um conjunto de retângulos justapostos de larguras homogêneas, de


forma que a altura de cada retângulo seja proporcional à frequência da classe que representa.

Polígono de frequências – representação gráfica obtida a partir da união, através de segmentos,


dos pontos médios das bases superiores dos retângulos do histograma.

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Exemplo:
Notas de uma prova de Estatística

xi fi fri%
0 I––– 20 20
20 I––– 40 60
40 I––– 60 80
60 I––– 80 30
80 I––– 100 10

OBS.: Os gráficos representativos de distribuições de frequências acumuladas são denominados


Ogivas (Ogiva de Galton).

Exemplo:
O atributo do tipo contínuo X, observado como um inteiro, numa amostra de tamanho 100
obtida de uma população de 1000 indivíduos, produziu a tabela de frequências seguinte:

Classes Frequência ( f )
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10

Assinale a opção que corresponde à estimativa do número de indivíduos na população com


valores do atributo X menores ou iguais a 95,5 e maiores do que 50,5.
a) 700
b) 638
c) 826
d) 995
e) 900

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Estatística

Gráficos e Análise Exploratória de Dados

Professor Fabrício Biazotto

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Estatística

GRÁFICOS

a) de Linha – representado em um plano cartesiano, através de pontos ligados por segmentos


de reta, mostrando a evolução do fenômeno estudado.
b) em Barras (horizontais) – têm por finalidade comparar grandezas por meio de retângulos
horizontais de larguras iguais e alturas proporcionais às respectivas grandezas.
c) em Colunas (ou em barras verticais) – representados por retângulos verticais, prestam-se
à mesma finalidade que os gráficos em barras sendo, entretanto, preferíveis a esses últi-
mos, quando as legendas a se inscreverem sob os retângulos forem breves
d) em Setores (pizza) – são representados por círculos divididos proporcionalmente em seg-
mentos circulares de acordo com os dados do fenômeno ou do processo a ser representa-
do. Os valores são expressos em números ou em porcentagens.

Exemplos:

    

    

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1 – Gráficos representativos de uma Distribuição de Frequências

Histograma – formado por um conjunto de retângulos justapostos de larguras homogêneas, de


forma que a altura de cada retângulo seja proporcional à frequência da classe que representa.
Polígono de frequências – representação gráfica obtida a partir da união, através de segmentos,
dos pontos médios das bases superiores dos retângulos do histograma.

Exemplo:
Notas de uma prova de Estatística

xi fi fri%
0 I––– 20 20
20 I––– 40 60
40 I––– 60 80
60 I––– 80 30
80 I––– 100 10

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Frequências Acumuladas

Notas de uma prova de Estatística

xi fi Fi Fi+
0 I––– 20 20
20 I––– 40 60
40 I––– 60 80
60 I––– 80 30
80 I––– 100 10

OBS.: Os gráficos representativos de distribuições de frequências acumuladas são denominados


Ogivas (Ogiva de Galton).

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Questões

1. Considere a tabela de frequências seguinte Suponha que a tabela de frequências acu-


correspondente a uma amostra da variável muladas tenha sido construída a partir de
X. Não existem observações coincidentes uma amostra de 10% dos empregados da
com os extremos das classes. Cia. Alfa. Deseja-se estimar, utilizando in-
terpolação linear da ogiva, a frequência po-
Frequências pulacional de salários anuais iguais ou infe-
Classes riores a R$ 7.000,00 na Cia. Alfa. Assinale a
Acumuladas (%)
opção que corresponde a este número.
2.000 – 4.000 5
a) 180
4.000 – 6.000 16
b) 120
6.000 – 8.000 42 c) 150
8.000 – 10.000 77 d) 160
e) 130
10.000 – 12.000 89
12.000 – 14.000 100 3. O atributo do tipo contínuo X, observado
como um inteiro, numa amostra de tama-
Assinale a opção que corresponde à estima- nho 100 obtida de uma população de 1000
tiva do valor x da distribuição amostral de X indivíduos, produziu a tabela de frequên-
que não é superado por cerca de 80% das cias seguinte:
observações.
Classes Frequência (f)
a) 10.000
29,5-39,5 4
b) 12.000
c) 12.500 39,5-49,5 8
d) 11.000 49,5-59,5 14
e) 10.500
59,5-69,5 20
2. Frequências Acumuladas de Salários Anu- 69,5-79,5 26
ais, em Milhares de Reais, da Cia. Alfa
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
Frequências
Classes de Salário
Acumuladas Assinale a opção que corresponde à esti-
(3;6] 12 mativa do número de indivíduos na popula-
ção com valores do atributo X menores ou
(6;9] 30
iguais a 95,5 e maiores do que 50,5.
(9;12] 50
a) 700
(12;15] 60 b) 638
(15;18] 65 c) 826
d) 995
(18;21] 68
e) 900.

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4. Em um ensaio para o estudo da distribui-
ção de um atributo financeiro (X) foram
examinados 200 itens de natureza contábil
do balanço de uma empresa. Esse exercício
produziu a tabela de frequências abaixo. A
coluna Classes representa intervalos de va-
lores de X em reais e a coluna P representa a
frequência relativa acumulada. Não existem
observações coincidentes com os extremos
das classes.

Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100

Assinale a opção que corresponde à estima-


tiva da frequência relativa de observações
de X menores ou iguais a 145.
a) 62,5%
b) 70,0%
c) 50,0%
d) 45,0%
e) 53,4%

Gabarito: 1. E 2. A 3. C 4. A

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Estatística

Média

Professor Fabrício Biazotto

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Estatística

MEDIDAS DE POSIÇÃO

Pela dificuldade de se trabalhar com uma distribuição de frequências completa, costuma-se


lançar mão de determinadas medidas que sumarizam certas características importantes da
distribuição.
Dentre as diversas medidas quem possibilitam condensar as informações dentro na fase
analítica da Estatística Descritiva, dois tipos são os mais importantes: as medidas de posição
(especialmente as de tendência central) e as medidas de dispersão (ou de heterogeneidade).
As medidas de posição podem se apresentar de várias formas, dependendo daquilo que se
pretende conhecer a respeito dos dados estatísticos.

1. MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL (OU PROMÉDIOS)

São medidas de posição em torno das quais os dados tendem a se agrupar. Os três promédios
mais utilizados para resumir o conjunto de valores representativos de fenômeno que se deseja
a) Médiasestudar são: a média aritmética, a moda e a mediana. Outros promédios menos usados são as
a) Médias médias: geométrica, harmônica, etc.
Média Aritmética Simples (x ou µ) – a média aritmética simples de um conjunto de
Média
númerosAritmética
éa)igual
MédiasaoSimples
quociente (x entre
ou µ)a –soma a média aritmética
de valores simples edeo um
do conjunto númeroconjunto
total de
de
números é igual ao quociente entre a soma de valores do conjunto e
valores. Média Aritmética Simples (x ou µ) – a média aritmética simples de um conjunto de números éo número total de
valores. igual ao quociente entre a soma de valores do conjunto e o número total de valores.
∑ 𝑿𝑿𝑿𝑿
𝑿𝑿 = ∑ 𝑿𝑿𝑿𝑿
𝑿𝑿 = 𝒏𝒏
𝒏𝒏
Média Aritmética Ponderada (P) - utilizada quando os valores do conjunto tiverem
Média Aritmética
pesos diferentes. ÉPonderada
Média Aritmética
obtidaPonderada
através(P) - utilizada
(P) –do utilizadaquando
quociente quando aossoma
os valores
entre dovalores
dos do
conjunto conjunto
tiverem
produtospesosdostiverem
pesos
pesos diferentes.
diferentes. É
É obtida
obtidaatravés do
atravésquociente
do entre a
quocientesoma dos produtos
entre a dos
soma pesos
dospelos respectivos
produtos dos pesos
pelos respectivos
valores e a valores e a soma dos pesos.
soma dos pesos.
pelos respectivos valores e a soma dos pesos.
∑ 𝑿𝑿𝑿𝑿 𝒙𝒙 𝒇𝒇𝒇𝒇
𝑿𝑿 = ∑ 𝑿𝑿𝑿𝑿 𝒙𝒙 𝒇𝒇𝒇𝒇
𝑿𝑿 = ∑ 𝒇𝒇𝒇𝒇
∑ 𝒇𝒇𝒇𝒇
Estas equações é para dados não agrupados, caso sejam agrupados em classes, o Xi é
Estas Estas equações
equações é parasãodados
para dados
nãonão agrupados, caso
agrupados, caso sejam agrupados
sejam em classes,
agrupados emo classes,
Xi é o o Xi é
o mesmo que o PMi.
mesmo que o PMi.
o mesmo que o PMi.

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Desvio (di) – é o afastamento de cada valor do conjunto em relação a um valor fixo x0:

di = xi – x0

Propriedades da média aritmética:


1ª) a soma algébrica dos desvios dos valores em relação à média aritmética é igual a zero.
2ª) a soma algébrica dos quadrados dos desvios dos valores em relação à média aritmética é
um mínimo.
3ª) sendo n o número de incidência de cada média aritmética x, de cada conjunto k de valores,
então a média aritmética de todos os valores dos k conjuntos é a média ponderada das
médias aritméticas dos respectivos conjuntos. Essa média é denominada média global.
rocesso breve para o cálculo da média aritmética (para dados tabulad
4ª) somando-se (ou subtraindo-se) uma constante arbitrária x a cada valor da série, a média
lasses) aritmética desta série fica somada (ou subtraída) dessa constante.
5ª) multiplicando-se (ou dividindo-se) uma constante arbitrária c a cada valor da série, a média
partir das duas últimas
aritmética propriedades
desta série citadas
fica multiplicada (ou anteriormente,
dividida) por essa constante. é possível
calc
média aritmética utilizando uma variável transformada (di), denominada v
eduzida: Processo breve para o cálculo da média aritmética (para dados tabulados em classes)
A partir das duas últimas propriedades citadas anteriormente, é possível calcular a média
BS: Recomenda-se utilizar
aritmética utilizando paratransformada
uma variável o valor (di),
de denominada
A o ponto médio
variável reduzida:da classe de
equência seOBS:o númeroutilizar
Recomenda-se de paraclasses
o valor de Ak for médio
o ponto par,da classe
ou de o maior
ponto médio
frequência se o da
ntermediárianúmero
se odenúmero
classes k forde
par, classes for ímpar.
ou o ponto médio da classe intermediária se o número de classes
for ímpar.

𝒙𝒙𝒙𝒙 − 𝑨𝑨
𝒅𝒅𝒅𝒅 =
𝒄𝒄
Exemplo: calcular a média aritmética na tabela a seguir. Notas de uma prova de Estatística
Analisando a propriedade da média, sabemos que se subtrairmos cada xi por 50, então a média
ficará subtraída por 50, assim:

xi fi PMi di fi.di
0 I––– 20 10
20 I––– 40 30
40 I––– 60 40
60 I––– 80 15
80 I––– 100 5

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Estatística – Média – Prof. Fabrício Biazotto
Média Geométrica ( G ) – á média geométrica de um conjunto de n valores é a raiz n–
ésima do
Média produto de( todos
Geométrica G ) – os valores
á média do conjunto
geométrica dedado.
um conjunto de n valores é a raiz n–
ésima do produto de todos os valores do conjunto dado.de n valores é a raiz n– ésima do
Média Geométrica ( G ) – á média geométrica de um conjunto
produto de todos os valores do conjunto dado.
𝒏𝒏
𝑮𝑮 = $ 𝒙𝒙𝒙𝒙 (𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐 $ 𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑 )
𝒏𝒏
𝑮𝑮 = $ 𝒙𝒙𝒙𝒙 (𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐 $ 𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑 )

Média Harmônica ( H ) – á média harmônica de um conjunto de n valores é o inverso


Média Harmônica
da média
Média aritmética
Harmônica H( )Hinversos
(dos –) –áá média
média harmônica
de todos de
osum
harmônica conjuntodo
valores
de deconjunto
n valores é odado.
um conjunto
aritmética dos inversos de todos os valores do conjunto dado.
de ninverso da média
valores é o inverso
da média aritmética dos inversos de todos os valores do conjunto dado.
𝒏𝒏
𝑯𝑯 = 𝒏𝒏
𝟏𝟏
𝑯𝑯 = ∑ 𝒙𝒙𝒙𝒙
𝟏𝟏
£G£
Obs.: H Obs.: X ∑
H≤G≤X 𝒙𝒙𝒙𝒙
Obs.: H G X
£ £

Exemplo:
Em um ensaio para o estudo da distribuição de um atributo financeiro (X) foram examinados
200 itens de natureza contábil do balanço de uma empresa. Esse exercício produziu a tabela de
frequências abaixo. A coluna Classes representa intervalos de valores de X em reais e a coluna
P representa a frequência relativa acumulada. Não existem observações coincidentes com os
extremos das classes.

Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100

Assinale a opção que dá o valor médio amostral de X.


a) 140,10
b) 115,50
c) 120,00
d) 140,00
e) 138,00

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Matemática

Conjuntos Numéricos

Professor Fabrício Biazotto

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Matemática

CONJUNTOS NUMÉRICOS

Os conjuntos numéricos reúnem diversos conjuntos cujos elementos são números. Eles são
formados pelos números naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais e complexos.

1º – CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS (ℕ)

O conjunto dos números naturais são os números que começam a partir do zero e vai até o
infinito, sendo assim, todos apenas inteiros e positivos. Neste conjunto não existem números
com vírgula, frações e número negativos.

2º – CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS (ℤ)

O conjunto dos números inteiros são os números que começam a partir do menos infinito e vai
até o mais infinito, sendo assim, todos apenas inteiros negativos e positivos. Neste conjunto
não existem números com vírgula e frações.

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RELAÇÕES ENTRE OS CONJUNTOS:
3∈ℕ 3∈ℤ –3∉ℕ –3∈ℤ
ℕ⊂ℤ ℤ⊄ℕ ℕ⊅ℤ ℤ⊃ℕ
ℤ∪ℕ=ℕ∪ℤ=ℤ ℤ∩ℕ=ℕ∩ℤ=ℕ

3º – CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (ℚ)

O conjunto dos números racionais são todos os números inteiros, mais as frações exatas e as
dízimas periódicas. É neste momento finalmente que entram os números com vírgula

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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Fabrício Biazotto

RELAÇÕES ENTRE OS CONJUNTOS:


3∈ℕ 3∈ℤ 3∈ℚ
–3∉ℕ –3∈ℤ –3∈ℚ
0,333... ∉ ℕ 0,333... ∉ ℤ 0,333... ∈ ℚ
– 0,333... ∉ ℕ – 0,333... ∉ ℤ – 0,333... ∈ ℚ
ℤ⊂ℚ ℚ⊄ℤ ℤ⊅ℚ ℚ⊃ℤ
ℚ∪ℤ=ℤ∪ℚ=ℚ ℚ∩ℤ=ℤ∩ℚ=ℤ

4º – CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS (𝕀)

O conjunto dos números irracionais são apenas as dízimas aperiódicas (dízimas não periódicas),
que são números com vírgulas não exatos (infinitos, por enquanto) como o 𝜋, por exemplo. É
um conjunto disjunto (separado, ou não possui intersecção) ao conjunto dos racionais, porém
é tão grande quanto o conjunto dos números racionais e também vai do menos infinito até o
mais infinito

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RELAÇÕES ENTRE OS CONJUNTOS:

𝕀 NÃO CONTÉM (⊅) E NÃO ESTÁ CONTIDO (⊄) EM NENHUM DOS OUTROS CONJUNTOS.

5º – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (ℝ)

O conjunto dos números reais não é um conjunto a mais, mas sim é o conjunto união entre
o conjunto dos números racionais (ℚ) e o conjunto dos números irracionais (𝕀). É MUITO
IMPORTANTE ENTENDER QUE NÃO EXISTE UM NÚMERO QUE SEJA EXCLUSIVAMENTE REAL,
OU SEJA, TODO NÚMERO REAL OU É RACIONAL, OU É IRRACIONAL.

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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Fabrício Biazotto

6º – CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS (ℂ)

O conjunto dos números complexos são todos os reais mais


o números imaginários (i).
ATENÇÃO: O NÚMERO COMPLEXO NÃO É SIMPLESMENTE
UM NÚMERO, MAS SIM UMA EXPRESSÃO ALGÉBRICA RE-
PRESENTADO PELA LETRA Z, COMPOSTA POR UMA PARTE
REAL E UMA PARTE IMAGINÁRIA:
ℂ = { Z = a + bi, onde a e b ∈ ℝ ; i2 = – 1 }
Onde: Se b = 0, o número complexo (ℂ) é exclusivamente
real (ℝ), por isso pode-se dizer que todo número real
é complexo. Se a = 0, o número complexo é puramente
imaginário

OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR CONJUNTOS NUMÉRICOS:


Até o presente momento foi visto a representação dos conjuntos através dos diagramas de
Venn e representações de conjuntos entre chaves, porém os conjuntos numéricos podem ser
representados por sentenças matemáticas, retas numéricas e por conjuntos solução.
Estas três últimas representações são de fundamental importância no estudo dos sinais da reta
numérica para soluções de inequações.
Por exemplo: Veja o conjunto dos números inteiros de novo e relembre o conjunto
ℤ- *= {– ∞, ..., – 3, – 2, – 1} = ℤ – ℕ:

OBS.: DIFERENÇA ENTRE USAR CHAVES { } E COLCHETES [ ] E O CASO DO INFINITO:


Quando se utilizar chaves { }, está sendo listado apenas os elementos {−∞,0} , assim este
conjunto tem apenas 2 elementos: o número menos infinito e o número zero.
Quando se utiliza colchetes [ ], estão listados todos os elementos entre os valores ]− ∞,0[ ,
assim este conjunto possui todos os elementos entre o menos infinito e o zero.
Pelo fato de não se conhecer o infinito, ou seja, de não se ter certeza do que é exatamente, é
preferível excluí-lo da solução sempre, assim o colchete sempre será aberto para o infinito, seja
ele positivo, ou negativo e pertencendo ou não a solução.

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Matemática

Geometria - Perímetro e Área

Professor Fabrício Biazotto

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Matemática

PERÍMETRO E ÁREA DOS POLÍGONOS

Na geometria, os conceitos de área e perímetro são utilizados para determinar as medidas de


alguma figura.
Veja abaixo o significado de cada conceito:
•• Área: equivale a medida da superfície de uma figura geométrica.
•• Perímetro: soma das medidas de todos lados de uma figura.
Geralmente, para encontrar a área de uma figura basta multiplicar a base (b) pela altura (h). Já
o perímetro é a soma dos segmentos de retas que formam a figura, chamados de lados (l).

Triângulo: figura fechada e plana formado por três lados.

OBS.: Área do Triângulo Equilátero:


O triângulo equilátero, também chamado de equiângulo, é um tipo de triângulo que possui
todos os lados e ângulos internos congruentes (mesma medida).
Neste tipo de triângulo, quando conhecemos apenas a medida do lado, podemos usar o
teorema de Pitágoras para encontrar a medida da altura.
A altura, neste caso, o divide em outros dois triângulos congruentes. Considerando um desses
triângulos e que seus lados são L, h (altura) e L/2 (o lado relativo a altura fica dividido ao meio),
ficamos com:

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Assim, substituindo o valor encontrado para a altura na fórmula da área, temos:

Retângulo: figura fechada e plana formada por quatro lados. Dois deles são congruentes e os
outros dois também.

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Matemática – Geometria - Perímetro e Área – Prof. Fabrício Biazotto

Quadrado: figura fechada e plana formada por quatro lados congruentes (possuem a mesma
medida).

Trapézio: figura plana e fechada que possui dois lados e bases paralelas, onde uma é maior e
outra menor.

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Losango: figura plana e fechada composta de quatro lados. Essa figura apresenta lados e
ângulos opostos congruentes e paralelos.

Círculo: figura plana e fechada limitada por uma linha curva chamada de circunferência.

Atenção!
π: constante de valor 3,14
r: raio (distância entre o centro e a extremidade)
P = perímetro = C = comprimento da circunferência.

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FÓRMULA DA ÁREA DO POLÍGONO A PARTIR DO PERÍMETRO

Quando conhecemos o valor do perímetro de um polígono regular, podemos utilizar a seguinte


fórmula para calcular a sua área:

Sendo:
P: perímetro e a: apótema
OBS: APÓTEMA = É o equivalente ao raio do círculo, porém é
importante entender que: É A LINHA RETA QUE LIGA O PONTO
MÉDIO DE UM DOS LADOS DO POLÍGONO AO CIRCUNCENTRO
DA FIGURA.
O valor deste apótema dependerá do raio da circunferência e se
o polígono está inscrito (dentro) ou circunscrito (fora).

VALORES DOS APÓTEMAS IMPORTANTES

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Matemática

Geometria - Volume

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Matemática

GEOMETRIA ESPACIAL – VOLUME

VOLUME DO PRISMA

O volume do prisma é calculado pela seguinte fórmula:


V = Ab . h
Ab: área da base
h: altura

VOLUME DO CILINDRO

O volume do cilindro é calculado a partir do produto da área da base pela altura (geratriz):
V = Ab . h ou V = π. r2 . h
onde:
V: volume
Ab: área da base
π (Pi): 3,14
r: raio
h: altura

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VOLUME DA PIRÂMIDE

Para calcular o volume da pirâmide, tem-se a expressão:


V = 1/3 Ab . h
Onde:
Ab: Área da base
h: altura

VOLUME DO CONE

O volume do cone corresponde a 1/3 do produto da área da base pela altura, calculado pela
seguinte fórmula:
V = 1/3 π . r2 . h
onde:
V = volume
π = 3,14
r: raio
h: altura

VOLUME DA ESFERA

Para calcular o volume da esfera, utiliza-se a fórmula:


Ve = 4 . π . r3/3
onde:
Ve: volume da esfera
π (Pi): 3,14
r: raio

ÁREA SUPERFICIAL DA ESFERA

Para calcular a área da superfície esférica, utiliza-se a fórmula:


Ase = 4 . π . r2

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ESTATÍSTICA
Função Composta e Função Inversa

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ESTATÍSTICA

FUNÇÃO COMPOSTA:
Vamos analisar um exemplo para entender o que é uma função composta.
Consideremos os conjuntos:
A = {-2,-1,0,1,2}
B = {-2,1,4,7,10}
C = {3,0,15,48,99}
E as funções:
f:A→B definida por f(x)=3x+4
g:B→C definida porg(y)=y2-1
Como nos mostra o diagrama, para todo x ϵ A temos um único y ϵ B tal que y=3x+4, epara todo
y ϵ B existe um único z ϵ C tal que z=y2-1. Então, concluímos que existe uma função h de A em C,
definida por h(x)=z ou h(x)=9x2+24x+15,pois:
h(x)=z → h(x)= y2-1
E sendo y=3x+4, então h(x)=(3x+4)2-1→ h(x)= 9x2+24x+15.
A função h(x) é chamada função composta de g com f. Podemos indicá-la por g o f (lemos “g
composta com f”) ou g[f(x)] (lemos “g de f de x”).

FUNÇÃO INVERSA:
Consideremos os conjuntos A={0,2,4,6,8} e B={1,3,5,7,9} e a função f:A→B definida por y=x+1. A
função f está representada no diagrama abaixo:

3
A função f é bijetora. A cada elemento x de A está associado um único elemento y de B, de
modo que y=x+1. Porém, como f é bijetora, a cada elemento y de B está associado um único
elemento x de A, de modo que x=y-1; portanto temos uma outra função g:B→A, de modo que
x=y-1 ou g(y)=y-1. Essa função está representada nodiagrama:

Pelo que acabamos de ver, a função f leva x até y,enquanto a função g leva y até x. A função
g:B→A recebe o nome de função inversa de f e é indicada porf-1.
O domínio de f é o conjunto imagem de g, e o conjunto imagem de f é o domínio de g. Quando
queremos, a partir da sentença y=f(x), obter a sentença de f-1(x), devemos realizar os seguintes
passos:
1º) Isolamos x na sentença y=f(x)
2º) Pelo fato de ser usual a letra x como símbolo da variável independente, trocamos x por y e y
por x.
Por exemplo, para obter a função inversa de f:IR→IR definida por y=2x+1, devemos:
1º) isolar x em y=2x+1. Assim y=2x+1→y-1=2x→ x=(y-1)/2
2º) trocar x por y e y por x: y=(x-1)/2.
Portanto a função inversa de f é: f-1(x)=(x-1)/2.
Observação: Para que uma função f admita a inversa f-1 é necessário que ela seja bijetora. Se f
não for bijetora, ela não possuiráinversa.

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ESTATÍSTICA
Função do 1º grau

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ESTATÍSTICA

FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU OU FUNÇÃO LINEAR:

Definição
A função do 1º grau tem a forma y = ax+b ou f(x) = ax + b, com a¹0.
Exemplos:
Y = 20x + 4
f(x) = -1/3x + 2

Características
• A função de 1º grau é uma função bijetora, ou seja, é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.
• O domínio e a imagem é o conjunto dos números reais (IR).
• O gráfico de uma função de 1º grau é sempre um areta.
• A função admite inversa.

Tipos de Função do 1ºgrau


a) Afim: é outro nome para a função de 1º grau. A função afim também tem a forma f(x) = ax +
b, com a≠0.
b) Linear: tem a forma f(x) = ax + b, com a¹ 0, seja b=0. Toda função linear passapela origem, o
ponto (0,0).
c) Identidade: é uma função linear especial que associa o x ao próprio x. É a f(x) = x. A função
identidade é a bissetriz dos quadrantes ímpares.
d) Constante: é uma função que tem a forma f(x) = b, ou seja, a = 0. ATENÇÃO: a função constante
NÃO é de 1º grau! O gráfico da função constante também é uma reta, porém, horizontal.
OBS: Se x=a então você tem uma reta paralela ao eixo das ordenadas, más não é uma função do
primeiro grau.

OBSERVAÇÕES
• Observe que a função f(x) = ax + b, com a≠0, é CRESCENTE quando a>0 e DECRESCENTE
quando a <0.
• Observe ainda que o ponto em que a reta toca o eixo y corresponde às coordenadas (0,b).

3
Assim:

Onde:
a = coeficiente angular = determina o grau de inclinação da reta, ou seja, é a tangente do ângulo
de inclinação da reta, assim:

b = coeficiente linear = é o exato local onde a reta cruza o eixo y.

Zero da função
É o valor de x que torna a função igual a zero (0). Assim teremos: ax + b = 0 → ax = -b → x = -b/a
Crescente: a>0 Decrescente: a <0

Sinal da função do 1º grau


Estudar o sinal de qualquer função y = f(x) é determinar os valor de x para os quais y é positivo,
os valores de x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é negativo.
Considerando uma função afim y = f(x) = ax + b, vamos estudar seu sinal. Já vimos que essa
função se anula pra raiz x = -b/a. Há dois casos possíveis:

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ESTATÍSTICA
Função do 2º grau

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ESTATÍSTICA

FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU OU FUNÇÃO QUADRÁTICA:


Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR emIR
dada por uma lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a ≠ 0.
Vejamos alguns exemplos de função quadráticas:
f(x) = 3x2-4x + 1, onde a = 3, b = – 4 e c =1
f(x) = x2 -1, onde a = 1, b = 0 e c =-1
f(x) = 2x2 + 3x – 5, onde a = 2, b = 3 e c = -5
f(x) = – x2 + 8x, onde a =-1, b = 8 e c = 0
f(x) = -4x2, onde a = – 4, b = 0 e c =0

Gráfico:
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a ≠ 0, é uma curvachamada
parábola.
Os coeficientes a, b e c, não possuem nomes especiais como na função do 1º grau, sãoapenas
coeficientes.
O coeficiente c é o exato local onde a parábola cruza o eixo vertical, ou seja, é o ponto onde x=
0, (0, c).
Observação:
Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que:
se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima; Ponto demínimo
se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo; Ponto demáximo

3
Concavidade da parábola

• Quando a concavidade está voltada para cima (a>0), o vértice representa o valor mínimo da
função.
• Quando a concavidade está voltada para baixo (a<0), o vértice representa o valor máximo.

Zeros ou Raízes da função do 2º Grau


Chama-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau f(x) = ax2 + bx + c , a ≠ 0, os números
reais xtais que f(x) = 0.
Então as raízes da função f(x) = ax2 + bx + c são as soluções da equação do 2º grau ax2 + bx + c =
0, as quais são dadas pela chamada fórmula de Bhaskara:

Quando o discriminante é igual a zero


Quando o valor de ∆=b2−4.a.c = 0, o vértice a parábola encontra-se no eixo x. A coordenada y
será igual a zero.

Quando o discriminante é maior que zero


Quando o valor de ∆=b2−4.a.c > 0, a parábola intercepta o eixo x em dois pontos. (São as raízes
ou zeros da função vistos anteriormente).

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ESTATÍSTICA | FABRÍCIO BIAZOTTO

Quando o discriminante é menor que zero


Quandoovalorde∆=b2−4.a.c < 0, a parábola não intercepta o eixo x. Não há raízes ou zeros da
função.

Resumindo:

Coordenadas do vértice da parábola


(Ponto de máximo ou mínimo da função).
Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V; quando
a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V.
Emqualquercaso,ascoordenadasdeVsão .Veja os gráficos:

5
Imagem
O conjunto-imagem Im da função y = ax2 + bx+c, a ≠ 0, é o conjunto dos valores que y pode
assumir. Há duas possibilidades:

Sinal da função quadrática


Considere uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c. Vamos determinar os valores de x para
os quais y é negativo e os valores de x para os quais y épositivo.
1. FORA DA PARÁBOLA, MESMO SINAL DE a.
2. DENTRO DA PARÁBOLA, SINAL CONTRÁRIO DE a.
Conforme o sinal do discriminante D = b2 – 4.a.c, podem ocorrer os seguintes casos:
1º – D > 0: Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 ≠ x2). Aparábola
intercepta o eixo Ox em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo:

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ESTATÍSTICA | FABRÍCIO BIAZOTTO

2º – D = 0: Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais e iguais (x1 = x2). Aparábola
intercepta o eixo Ox em um ponto e o sinal da função é o indicado nos gráficosabaixo:

3º – D < 0 Nesse caso a função quadrática não admite zeros reais. Aparábola não intercepta o
eixo Ox e o sinal dafunçãoé o indicado nos gráficosabaixo:

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ESTATÍSTICA
Função Exponencial

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ESTATÍSTICA

EQUAÇÕES EXPONENCIAIS
Chamamos de equações exponenciais toda equação na qual a incógnita aparece em expoente.
Exemplos de equações exponenciais:
1) 3x =81 (a solução é x=4)
1) 2x-5=16 (a solução é x=9)
Para resolver equações exponenciais, devemos realizar dois passos importantes:
1º) redução dos dois membros da equação a potências de mesma base;
2º) aplicação da propriedade:
am = an → m = n (a≠1 e a>0)

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

3
FUNÇÃO EXPONENCIAL
Chamamos de funções exponenciais aquelas nas quais temos a variável aparecendo em
expoente.
A função f:IR→IR+ definida por f(x)=ax, com a ϵ IR+ e a≠1, é chamada função exponencial de
base a. O domínio dessa função é o conjunto IR (reais) e o contradomínio é IR+ (reais positivos,
maiores quezero).

GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO EXPONENCIAL


Temos 2 casos a considerar:
• quando a >1;
• quando 0 < a <1.
1) y=2x (nesse caso, a=2, logo a>1) Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes
valores de y, obtemos a tabela e o gráfico abaixo:

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ESTATÍSTICA | FABRÍCIO BIAZOTTO

2) y=(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1) Atribuindo alguns valores a x e calculando os
correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico abaixo:

Nos dois exemplos, podemos observar que


a) o gráfico nunca intercepta o eixo horizontal; a função não tem raízes;
b) o gráfico corta o eixo vertical no ponto (0,1);
c) os valores de y são sempre positivos (potência de base positiva é positiva), portanto o
conjunto imagem é Im=IR+.
Além disso, podemos estabelecer o seguinte:

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INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS
Chamamos de inequações exponenciais toda inequação na qual a incógnita aparece em
expoente.
Exemplos de inequações exponenciais:

Para resolver inequações exponenciais, devemos realizar dois passos importantes:


1º) redução dos dois membros da inequação a potências de mesma base;
2º) aplicação da propriedade:

EXERCÍCIO RESOLVIDO:

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ESTATÍSTICA
Função Logarítmica

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ESTATÍSTICA

FUNÇÕES (F(X)).
O conceito de função é um dos mais importantes em toda a matemática. O conceito básico é
o seguinte: toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça
corresponder a todo elemento do primeiro conjunto um único elemento do segundo, ocorre
umafunção.
O uso de funções pode ser encontrado em diversos assuntos. Por exemplo, na tabela de preços
de uma loja, a cada produto corresponde um determinado preço. Outro exemplo seria o preço
a ser pago numa conta de luz, que depende da quantidade de energia consumida. Observe, por
exemplo, o diagrama das seguintesrelações:

A relação é uma função, pois paracada elemento do conjunto A, corresponde a um único


elemento do conjuntoB

A relação não é uma função, pois existe o elemento 1 no conjunto A, que não está associado a
nenhum elemento do conjunto B.

3
A relação também não é uma função, pois existe o elemento 4 no conjunto A, que está associado
a mais de um elemento do conjunto B.

A relação é uma função, pois para cadaelemento do conjunto A, corresponde a um único


elemento do conjuntoB.
Apesar do 1º e do 2º corresponder ao mesmo elemento no conjunto B, porém para cada
elemento de A corresponde a um únicoelemento de B.

LOGARITMOS
Aplica-se logaritmo essencialmente para determinar o valor de uma incógnita exponencial na
qual não podemos determinar pelo método tradicional de exponenciais.
Se temos 32=9, teremos que log3 9 = 2. Esta é a definição de logaritmos.
Ou seja: Se ab= N, então loga N = b.

Condições de existência:
“N” não pode ser negativo
“a” deve ser um número positivo diferente de 1
Logaritmo que não possui uma base escrita, quer dizer que a sua base é igual a 10.
log10 2 = log2

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ESTATÍSTICA | FABRÍCIO BIAZOTTO

OBS: É IMPORTANTE SABER QUE:


Log 2 =0,3
Log 3 =0,5
Log 5 =0,7
Logaritmo neperiano (ln) é o logaritmo de base “e”, onde “e” vale aproximadamente 2,72
loge 2=ln 2

Propriedades de Logaritmos:

FUNÇÃO LOGARÍTMICA:
A função f:IR+ → IR definida por f(x)=logax, com a≠1 e a>0, é chamada função logarítmica de base
a. O domínio dessa função é o conjunto IR+ (reais positivos, maiores que zero) e o contradomínio
é IR(reais).

GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA


Temos 2 casos a considerar:
• quando a >1;
• quando 0 < a <1.
1) y=log2x (nesse caso, a=2, logo a >1)

5
Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e
o gráfico abaixo:

2) y=log(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e
o gráficoabaixo:

Nos dois exemplos, podemos observar que


• o gráfico nunca intercepta o eixovertical;
• o gráfico corta o eixo horizontal no ponto (1,0). A raiz da função éx=1;
• y assume todos os valores reais, portanto o conjunto imagem é Im=IR.

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ESTATÍSTICA | FABRÍCIO BIAZOTTO

Além disso, podemos estabelecer o seguinte:

EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS
Chamamos de equações logarítmicas toda equação que envolve logaritmos com a incógnita
aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos.
Exemplos de equações logarítmicas:
1) log3x=5 (a solução éx=243)
2) log(x2-1) =log3 (as soluções são x’=-2 ex’’=2)
3) log2(x+3) + log2(x-3)= log27 (a solução éx=4)
4) logx+1(x2-x)=2 (a solução éx=-1/3)
Alguns exemplos resolvidos:
1) log3(x+5) = 2
Resolução: condição de existência: x+5>0 → x>-5
log3(x+5)=2 → x+5=32 → x=9-5 → x=4
Como x=4 satisfaz a condição de existência, então o conjunto solução é S={4}.
2) log2(log4x) = 1
Resolução: condição de existência: x > 0 e log4 x > 0
log2(log4x)= 1 ; sabemos que 1 = log2(2), então
log2(log4x)=log2(2) → log4x=2 → 42=x → x=16
Como x=16 satisfaz as condições de existência, então o conjunto solução é S={16}.
4) Resolva osistema:

7
Resolução: condições de existência: x>0 e y>0
Da primeira equação temos:
logx+logy=7 → log y = 7-logx
Substituindo log y na segunda equação temos:
3.log x –2.(7-logx)=1 → 3.log x-14+2.log x=1 → 5.log x=15 → logx=3 → x=103
Substituindo x= 103 em log y = 7-log xtemos:
log y = 7-log103 → log y=7-3 → logy=4 → y=104.
Como essas raízes satisfazem as condições de existência, então o conjunto solução é
S={(103;104)}.

INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS
Chamamos de inequações logarítmicas toda inequação que envolve logaritmos com a incógnita
aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos.
Exemplos de inequações logarítmicas:
1) log2x >0 (a solução é x>1)
2) log4(x+3) ≤ 1 (a solução é –3 < x ≤ 1)
Para resolver inequações logarítmicas, devemos realizar dois passos importantes:
1º) redução dos dois membros da inequação a logaritmos de mesma base;
2º) aplicação da propriedade:

1) log2(x+2) > log28


Resolução:
Condições de existência: x+2 > 0, ou seja, x > -2 (S1)
Como a base (2) é maior que 1, temos:
x+2>8 e, daí, x>6 (S2)
O conjunto solução é S = S1∩ S2= {x ϵ IR| x > 6}.

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ESTATÍSTICA | FABRÍCIO BIAZOTTO

Portanto a solução final é a intersecção de S1 e S2, como está representado logo abaixo no
desenho:

2) log2(log3x) ≥ 0
Resolução:
Condições de existência: x>0 e log3x>0
Como log21=0, a inequação pode ser escrita assim:
log2(log3x) ≥ log21
Sendo a base (2) maior que 1, temos: log3x ³≥ 1.
Como log33 = 1, então, log3x ≥ log33 e, daí, x ≥ 3, porque a base (3) é maior que 1.As condições
de existência estão satisfeitas, portanto S={x ϵ IR| x ≥ 3}.

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ESTATÍSTICA
Progressão Aritmética

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ESTATÍSTICA

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)


Observe a sequência dos números naturais ímpares: (1, 3, 5, 7, ...)
Observe que cada termo, exceto o primeiro, equivale ao anterior adicionado a um número fixo:
2.
Sequências como essa são chamadas de progressões aritméticas.
Progressão aritmética (PA) é toda sequência numérica em que cada um de seus termos, a partir
do segundo, é igual ao anterior somado a uma constante r, denominada razão da progressão
aritmética.
Exemplos
(2, 5, 8, 11, 14, ...) é uma PA de razão 3;
(10, 8, 6, 4, 2, 0, ...) é uma PA de razão -2.
Uma sequência (a1, a2, a3, a4, ..., an, ...) é uma PA quando:
a2 = a1 + r
a3 = a2 + r
a4 = a3 + r...
Assim:
an = an+ 1 + r
Note que em uma PA, subtraindo-se de cada termo o seu antecessor, obtemos a razão
r:
Genericamente:

Assim, para descobrimos qual é a razão de uma PA, basta subtrairmos um termo qualquer de
seu antecessor.
Também, pelo simples fato de ser constante a razão da PA, pode-se dizer que em três termos
consecutivos, o termo do meio é exatamente igual a média aritmética dos termos das pontas:

3
Classificação de uma PA
Uma PA pode ser:

Classificação Razão Exemplo


Crescente r>0 (1, 5, 9, 13,17,...) r =4
Decrescente r<0 (7, 4, 1, -2,-5,...) r =-3
Constante r=0 (5, 5, 5, 5, 5,5,...) r =0

Fórmula do termo geral de uma PA


Note que podemos escrever todos os termos de uma PA em função de a1 e r:

a1 = primeiro termo
an = enésimo termo
r = razão
n = número de termos

Soma dos n termos de uma PA


Considere a PA finita:
(5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19).
Note que:
5 e 19 são extremos;
7 e 17 são termos equidistantes dos extremos;
9 e 15 são termos equidistantes dos extremos;
11 e 13 são termos equidistantes dos extremos.
Observe:
5 + 19 = 24 → soma dos extremos
7 + 17 = 24 → soma de dois termos equidistantes dos extremos
9 + 15 = 24 → soma de dois termos equidistantes dos extremos
11 + 13 = 24 → soma de dois termos equidistantes dos extremos
Baseada nessa ideia, existe a seguinte propriedade:
Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual a soma dosextremos.
Através dessa propriedade, podemos descobrir a fórmula para a soma dos n termos de uma PA:
Vamos considerar a PA finita (a1, a2, a3, a4, ..., an). Podemos representar por Sn a soma dos
termos dessa PA.

4
ESTATÍSTICA | FABRÍCIO BIAZOTTO

Como a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual a soma dos extremos, a soma
da PA é dada pela soma dos extremos vezes a metade do número de termos ( n/2), pois em cada
soma estão envolvidos dois termos.

Sn= soma dos n termos


a1= primeiro termo
an = enésimo termo
n = número de termos
Observação: Através dessa fórmula, podemos calcular a soma dos n primeiros termos de uma
PA qualquer, basta determinarmos o número de termos que queremos somar.

5
ESTATÍSTICA
Progressão Geométrica

PROF. FABRÍCIO BIAZOTTO


VIDEOAULA

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ESTATÍSTICA

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (P.G.)


Podemos definir progressão geométrica, ou simplesmente P.G., como uma sucessão de números
reais obtida, com exceção do primeiro, multiplicando o número anterior por uma quantidade
fixa q, chamada razão.
Podemos calcular a razão da progressão, caso ela não esteja suficientemente evidente, dividindo
entre si dois termos consecutivos.
Por exemplo, na sucessão (1, 2, 4, 8,...), temos q = 2.
Cálculo do termo geral:
Numa progressão geométrica de razão q, os termos são obtidos, por definição, a partir do
primeiro, da seguinte maneira:

a1 a2 a3 ... a20 ... an ...


2 19 n-1
a1 a1xq a1xq ... a1xq a1xq ...

Logo a razão de uma PG será o quociente entre termos consecutivos e constante: (a1, a2, a3, a4,
..., an)
a3/a2 = a2/a1 = an+1/ an = q.
Também, pelo simples fato de ser constante a razão da PG, pode-se dizer que em três termos
consecutivos, o termo do meio é exatamente igual a média geométrica dos termos das pontas:

Assim, podemos deduzir a seguinte expressão do termo geral, também chamado enésimo
termo, para qualquer progressãogeométrica.

Soma dos n primeiros termos de uma PG


Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) . Para o cálculo da soma dos n primeiros termos Sn, vamos
considerar o que segue:
Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an

3
Multiplicando ambos os membros pela razão q, temos:
Sn.q = a1 . q + a2 .q + .... + an-1 . q + an .q
Conforme a definição de PG, podemos reescrever a expressão como:
Sn . q = a2 + a3 + ... + an + an . q
Observe que a2 + a3 + ... + an é igual a Sn – a1 . Logo, substituindo, vem:
Sn . q = Sn – a1 + an . q
Daí, simplificando convenientemente, e substituindo an, pela sua equação geral, chegaremos à
seguinte fórmula da soma:

Soma dos termos de uma PG infinita


Considere uma PG ilimitada (infinitos termos) e decrescente. Nestas condições, podemos
considerar que no limite teremos an = 0. Substituindo na fórmula anterior, encontraremos:

Produto dos termos de uma PG:


Uma progressão geométrica (PG) é uma sequência de números em que cada termo é igual ao
produto de seu antecessor com uma constante q, chamada de razão da PG. Uma das operações
que envolvem esse tipo de sequência é o cálculo da soma dos termos de uma PG finita e de uma
PG infinita. Também podemos calcular o produto dos termos de uma PG quando ela é finita. A
fórmula usada para isso é:

Nessa fórmula, Pné o resultado, ou seja, o produto dos termos da PG, a1é o primeiro termo, “q”
é a razão da PG e “n” é seu número de termos.

4
Informática
Prof. Deodato Neto
INFORMÁTICA
Microsoft Word

PROF. DEODATO NETO


VIDEOAULA

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INFORMÁTICA

WORD

1 – GUIAS

Guia Arquivo

3
Novo – Guia Arquivo
Abre novo documento em branco.

Novo documento – não fecha o anterior


→ Ctrl + O

Abrir – Guia Arquivo


Abrir um arquivo já existente que esteja na própria unidade do computador (HD) ou em Memó-
rias auxiliares (Pendrive, HD externo…)
→ Ctrl + A

Salvar – Guia Arquivo


Salvar como e Salvar tem a mesma ação quando acionado na primeira vez no arquivo novo. De-
pois de salvo, ao acionar o comando Salvar executará o salvamento apenas das alterações.
Clicando em Salvar como, acionando Ferramentas e, depois, Opções gerais, é possível definir
senha de proteção e gravação. A senha de proteção protege o arquivo contra a sua abertura não
autorizada, e a senha de gravação deixa o arquivo como somente leitura.
Senhas de proteção e de gravação não protegem o arquivo da exclusão acidental ou não autori-
zada.
É possível salvar arquivos em diferentes Formatos, como:
•• DOCX: são os arquivos normais do Word.
•• DOTX: São usados para manter um modelo ou padrão preservado. Exemplo: uma ficha ou
formulário a ser preenchido.
•• HTML: o Word pode produzir páginas para a Web (para sites). Estes arquivos levam a exten-
são .htm,.html, .mht, .mhtml
•• RTF: o Word pode produzir arquivos no formato RTF (Rich Text Format). O Rich Text Format
ou RTF consegue utilizar a maioria dos recursos do Word, com a garantia de que usuários
visualizarão o arquivo bem próximo do que foi criado por você, mesmo na impressão do
arquivo.
 RTF é um formato criado pela Microsoft com o objetivo de realizar a transferência de do-
O
cumentos entre diferentes programas, e não só para o Word.
•• PDF: O Word, na versão 2013, exporta e abre arquivos no formato pdf para edição.
•• TXT: Somente Texto.
→ Ctrl + B (Salvar) – F12 (Salvar como)

4
INFORMÁTICA | PROFESSOR DEODATO NETO

Permissão de Acesso – Guia Arquivo


Permite acessar ou não um determinado arquivo.

Imprimir – Guia Arquivo.


→ Ctrl + P

Guia Página Inicial

Destaque para os recursos mais cobrados em provas de Concursos:

Recortar – Guia Página Inicial


Recorta o que está selecionado (mover).
→ Ctrl + X

Copiar – Guia Página Inicial


Copia o que está selecionado.
→ Ctrl + C

Colar Guia Página Inicial.


Colar o que foi selecionado.
→ Ctrl + V

Na área de Transferência do Office pode ter 24 objetos, para ter acesso a ela basta clicar na seta
do grupo área de transferência do guia Página Inicial.

Pincel – Guia Página Inicial.


Copia formatação (tamanho, tipo de letra, cor) para outras palavras ou frases.
Não copia caixa alta (maiúsculo).
Desativar o pincel – clicar nele novamente ou pressionar a tecla ESC.
→ Ctrl + Shift + C – copiar formatação.

5
→ Ctrl + Shift + V – colar formatação.

Guia Página Inicial


→ mostrar não imprimíveis, como a marca do parágrafo e a tabulação.
Tipo e tamanho padrão da fonte a partir da versão 2007 são: Calibri, tamanho 11.

Guia Inserir

O Guia Inserir vai disponibilizar recursos que não existem no documento, ou seja, se não existe
uma tabela, precisamos Inserir.
Então, é o que sempre comento em aulas, Informática é muito lógico.

Exemplo:
Inserir hiperlink – Guia Inserir
Associa uma palavra qualquer a um site ou a um objeto no computador (pasta no arquivo).
→ Ctrl + K

Guia Layout da Página

O Guia Layout da Página disponibiliza funções que mexem na estrutura do Documento.


Exemplo: Quando acontece a definição de colunas no documento, está sendo alterada a estru-
tura dele, logo o guia é o Layout da Página.

Guia Referências

Relação entre certas coisas: referência com suas ideias.

6
INFORMÁTICA | PROFESSOR DEODATO NETO

Aquilo que se utiliza como modelo.


Exemplo: o Sumário é uma referência no documento.

Guia Correspondências

Destaque para a Função Mala Direta.

Guia Revisão

Destaque para a Função Verificar e corrigir ortografia


F7: abre verificar e corrigir ortografia.
Shift + F7: Dicionário de sinônimos.

Guia Exibição

Destaque para as funções:


Dividir – permite dividir a Janela Word em dois painéis. Esse recurso permite visualizar duas
partes distintas do mesmo documento.
Zoom Guia Exibição
Ampliar ou reduzir a exibição do documento para o usuário. Não muda a formatação.
Desfazer
É possível desfazer todas as ações realizadas, mesmo depois do arquivo salvo. Entretanto, quan-
do fechamos o arquivo e abrimos novamente, não é possível desfazer ações.
→ Ctrl + Z

7
Macros
No Microsoft Office Word, é possível automatizar tarefas usadas frequentemente criando Ma-
cros. Macro é uma série de comandos e instruções agrupados como um único comando para
realizar uma tarefa automaticamente. O uso típico da Macro é para acelerar as tarefas rotineiras
de edição ou formatação.
Macro é uma sequência de comandos e funções armazenada em um módulo de VBA e que pode
ser usada sempre que precisar executar a tarefa, funcionando, portanto, como uma espécie de
atalho. É usada, muitas vezes, para tarefas repetitivas, visando à redução do tempo perdido em
etapas demoradas, automatizando-as. À medida que você vai executando uma série de ações, a
Macro, gravada no Word, armazena as informações referentes a cada etapa realizada.

2 – ATALHOS OFFICE

Referência rápida e Tarefas comuns no Microsoft Word

PARA PRESSIONE
Criar um espaço incondicional. CTRL + SHIFT + BARRA DE ESPAÇOS
Criar um hífen incondicional. CTRL + SHIFT + HÍFEN
Formatar as letras com negrito. CTRL + N
Formatar as letras com itálico. CTRL + I
Formatar as letras com sublinhado. CTRL + S
Diminuir o tamanho da fonte em um valor. CTRL + SHIFT + <
Aumentar o tamanho da fonte em um valor. CTRL + SHIFT + >
Diminuir o tamanho da fonte em 1 ponto. CTRL + [
Aumentar o tamanho da fonte em 1 ponto. CTRL + ]
Remover a formatação do parágrafo ou do caractere. CTRL + BARRA DE ESPAÇOS
Copiar o texto ou objeto selecionado. CTRL + C
Recortar o texto ou objeto selecionado. CTRL + X
Colar um texto ou objeto. CTRL + V
Colar especial. CTRL + ALT + V
Colar somente formatação. CTRL + SHIFT + V
Desfazer a última ação. CTRL + Z
Refazer a última ação. CTRL + R
Abrir a caixa de diálogo Contar Palavras. CTRL + SHIFT + G

8
INFORMÁTICA | PROFESSOR DEODATO NETO

Criar, exibir e salvar documentos

PARA PRESSIONE
Criar um novo documento. CTRL + O
Abrir um documento. CTRL + A
Fechar um documento. CTRL + W
Dividir a janela do documento. ALT + CTRL + S
Remover a divisão da janela do documento. ALT + SHIFT + C ou ALT + CTRL + S
Salvar um documento. CTRL + B

Localizar, substituir e navegar pelo texto

PARA PRESSIONE
Ir para a primeira página de visualização quando ela está com menos zoom. CTRL + HOME
Ir para a última página de visualização quando ela está com menos zoom. CTRL + END

Revisar documentos

PARA PRESSIONE
Inserir um comentário. ALT + CTRL + A
Ativar ou desativar o controle de alterações. CTRL + SHIFT + E
Fechar o Painel de Revisão se ele estiver aberto. ALT + SHIFT + C

PARA PRESSIONE
Ir para o início do documento. HOME
Ir para o fim do documento. TÉRMINO
Ir para a página n. n, ENTER
Sair do modo de Leitura. ESC

Referências, notas de rodapé e notas de fim

PARA PRESSIONE
Marcar uma entrada do sumário. ALT + SHIFT + O
Marcar uma entrada do índice de autoridades (citação). ALT + SHIFT + I
Marcar uma entrada do índice. ALT + SHIFT + X
Inserir uma nota de rodapé. ALT + CTRL + F
Inserir uma nota de fim. ALT + CTRL + D

9
Trabalhar com páginas da Web

PARA PRESSIONE
Inserir um hiperlink. CTRL + K
Voltar uma página. ALT + SETA PARA A ESQUERDA
Avançar uma página. ALT + SETA PARA A DIREITA
Atualizar. F9

Excluir texto e elementos gráficos

PARA PRESSIONE
Excluir um caractere à esquerda. BACKSPACE
Excluir uma palavra à esquerda. CTRL + BACKSPACE
Excluir um caractere à direita. DELETE
Excluir uma palavra à direita. CTRL + DELETE
Recortar o texto selecionado para a Área de Transferência do Office. CTRL + X
Desfazer a última ação. CTRL + Z

Estender uma seleção

PARA PRESSIONE
Ativar o modo de extensão. F8 ou Insert
F8 e, em seguida, pressione a SETA PARA A
Selecionar o caractere mais próximo.
ESQUERDA ou a SETA PARA A DIREITA
F8 (pressione uma vez para selecionar uma
Aumentar o tamanho de uma seleção. palavra; duas vezes para selecionar uma
sentença e, assim, sucessivamente).
Desativar o modo de extensão. ESC
Ampliar uma seleção com um caractere à direita. SHIFT + SETA PARA A DIREITA
Ampliar uma seleção até o final de uma linha. SHIFT + END
Ampliar uma seleção até o início de uma linha. SHIFT + HOME
Ampliar uma seleção até o final de um documento. CTRL + SHIFT + END
Ampliar uma seleção para incluir todo o documento. CTRL + T

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Copiar a formatação

PARA PRESSIONE
Copiar a formatação do texto. CTRL + SHIFT + C
Aplicar a formatação copiada ao texto. CTRL + SHIFT + V

Aplicar formatos de caractere

PARA PRESSIONE
Abrir a caixa de diálogo Fonte
CTRL + D
para alterar a formatação de caracteres.
Alternar as letras entre maiúsculas e minúsculas. SHIFT + F3
Formatar todas as letras como maiúsculas. CTRL + SHIFT + A
Aplicar negrito. CTRL + N
Aplicar sublinhado. CTRL + S
Sublinhar as palavras, mas não os espaços. CTRL + SHIFT + W
Aplicar sublinhado duplo ao texto. CTRL + SHIFT + D
Aplicar formatação de texto oculto. CTRL + SHIFT + H
Aplicar itálico. CTRL + I
Formatar as letras com versalete. CTRL + SHIFT + K
Formatar com subscrito (espaçamento automático). CTRL + SINAL DE IGUAL
CTRL + SHIFT +
Formatar com sobrescrito (espaçamento automático).
SINAL DE ADIÇÃO
Remove a formatação manual dos caracteres. CTRL + BARRA DE ESPAÇOS
Alterar a seleção para a fonte Symbol. CTRL + SHIFT + Q

Definir o espaçamento entre linhas

PARA PRESSIONE
Aplicar espaçamento simples entre linhas. CTRL + 1
Aplicar espaçamento duplo entre linhas. CTRL + 2
Aplicar espaçamento de 1,5 linha. CTRL + 5
Adicionar ou remover um espaço de uma linha antes de um parágrafo. CTRL + 0 (zero)

11
Alinhar parágrafos

PARA PRESSIONE
Alternar um parágrafo entre alinhamento centralizado e à esquerda. CTRL + E
Alternar um parágrafo entre alinhamento justificado e à esquerda. CTRL + J
Alternar um parágrafo entre alinhamento à direita e à esquerda. CTRL + G
Alinhar o parágrafo à esquerda. CTRL + Q
Recuar o parágrafo a partir da esquerda. CTRL + M
Remover o recuo do parágrafo a partir da esquerda. CTRL + SHIFT + M
Criar um recuo deslocado. Ctrl + H
Reduzir um recuo deslocado. CTRL + SHIFT + T
Remover a formatação do parágrafo. CTRL + F
Obter Ajuda ou visitar o Office.com. F1
Mover texto ou elementos gráficos. F2
Repetir a última ação. F4
Escolher o comando Ir para (guia Página Inicial). F5
Ir para o próximo painel ou quadro. F6
Escolher o comando Ortografia (guia Revisão). F7
Estender uma seleção. F8
Atualizar os campos selecionados. F9
Mostrar Dicas de Teclas. F10
Ir para o próximo campo. F11
Escolher o comando Salvar como. F12

12
QUESTÕES

3 – QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

Observe o texto abaixo, digitado no Microsoft Word 2007.


O certificado digital é um arquivo eletrônico que contém dados de uma pessoa ou instituição,
utilizados para comprovar sua identidade. Exemplos semelhantes a um certificado digital são o
CNPJ, RG, CPF e carteira de habilitação de uma pessoa. Cada um deles contém um conjunto de
informações que identificam a instituição ou pessoa e a autoridade (para estes exemplos, ór-
gãos públicos) que garante sua validade.

1. O recurso aplicado ao texto é obtido por meio da utilização do comando “Letra Capitular...”, da
guia Layout de Página.
( ) Certo ( ) Errado

2. O Microsoft Word 2007 dispõe, por meio da opção “Salvar Como” do botão Office, de recursos
para se criar um arquivo contendo o documento em edição com senhas de proteção e de gra-
vação. Sem a senha de proteção, um usuário não poderá abrir esse arquivo; mas sem a senha
de gravação, o usuário apenas poderá abrir o arquivo no modo somente leitura. As senhas de
proteção e de gravação não protegem, porém o arquivo contra exclusão acidental ou não auto-
rizada.
( ) Certo ( ) Errado

Com respeito à figura mostrada, ao Word e ao fato de que, na figura, o cursor está posicionado
entre a última letra da palavra “computador” e um ponto final, julgue os itens assinale a opção
correta.

13
3. Pressionando-se a tecla CTRL e mantendo-a pressionada, ao se digitar dez vezes a tecla de seta
para a esquerda resultará a seleção da palavra “computador”.
( ) Certo ( ) Errado

4. Se a tecla Delete for pressionada, a palavra “computador” será apagada.


( ) Certo ( ) Errado

5. Em um documento em edição no Microsoft Word 2013, é possível localizar o termo SOLDADO


apenas se este aparecer, no documento, escrito em letras maiúsculas.
( ) Certo ( ) Errado

6. Se a tecla Insert for pressionada, será inserido um espaço em branco entre a letra “s” e o ponto
após a palavra “documento”. Microsoft Word 2007.
( ) Certo ( ) Errado

7. Um clique em , na barra de rolagem vertical, fará com que o cursor se desloque para a posição
entre as letras “e” e “s” da palavra “necessita”.
( ) Certo ( ) Errado

8. O ato de dar um clique duplo entre as letras “W” e “O” da palavra “Worm”, na segunda linha, e
clicar em fará com que o estilo tachado seja aplicado à palavra “Worm”.
( ) Certo ( ) Errado

9. Selecionar a palavra “vírus”, clicar em do comando , até aumentar


para 100% no e pressionar a tecla Enter fará que apenas o tamanho da fonte da palavra “vírus”
aumente 20%.
( ) Certo ( ) Errado

10. A palavra “Worm”, mostrada na segunda linha, foi sublinhada pela seguinte ação: selecionar a
palavra “Worm” e clicar em .
( ) Certo ( ) Errado

11. O botão da guia Layout da Página pode ser usado para alterar o número de colunas em um
documento ou em uma seção de um documento.
( ) Certo ( ) Errado

12. No Word 2010, na guia Revisão, é possível acionar os grupos Revisão de Texto e Controlar Al-
terações, que apresenta uma série de atributos de controle de alterações de um documento,
como a revisão ortográfica e gramatical e o realce das alterações realizadas no documento, em
suas diferentes versões.
( ) Certo ( ) Errado

14
INFORMÁTICA | PROFESSOR DEODATO NETO

13. Um clique simples em fará com que seja aberto o editor de equações.
( ) Certo ( ) Errado

14. O botão pode ser utilizado para salvar um arquivo ativo com o seu nome, formato de arqui-
vo e localização atuais.
( ) Certo ( ) Errado

15. A partir do Guia Arquivo é possível abrir e fechar um documento.


( ) Certo ( ) Errado

16. Na guia Exibição, grupo Janela, contém o comando Dividir, que permite dividir a Janela Word em
até dois painéis. Este recurso permite visualizar duas partes distintas do mesmo documento.
( ) Certo ( ) Errado

17. Para copiar uma palavra para outra posição no texto, é correto seguir o seguinte procedimento:
selecionar a palavra com o auxílio do mouse, usar o comando , clicar no ponto em que se de-
seja inserir a palavra copiada, pressionar CTRL, manter pressionado e teclar V.

( ) Certo ( ) Errado

18. F7 e SHIFT + F7 correspondem, respectivamente, as teclas de atalho dos comandos Ortografia e


Gramática e Dicionário de Sinônimos da Guia Revisão.
( ) Certo ( ) Errado

19. Considere as seguintes ações: aplicar um clique duplo sobre o termo “Correio” encontrada na
última linha da figura acima; clicar o botão . Após essas ações, o referido termo ficará com o
estilo de fonte alterado para negrito.
( ) Certo ( ) Errado

15
20. Na guia Revisão, encontra-se a opção Dicionário de Sinônimos, que permite substituir uma pala-
vra selecionada no texto por outra equivalente, caso ela exista no dicionário de sinônimos.
( ) Certo ( ) Errado

21. Sabendo que na instalação do Word 2007 a configuração-padrão de fonte é Calibri, tamanho 11,
para definir um novo padrão de fonte, que passará a ser utilizado automaticamente na criação
de novos documentos, é suficiente acessar a Caixa de Diálogo Fonte, nos campos adequados
dessa janela, definir o novo padrão de fonte desejado, confirmando a modificação clicando no
botão “Padrão” e escolhando onde aplicar.
( ) Certo ( ) Errado

22. Para apagar o último parágrafo mostrado no documento, é suficiente realizar o seguinte proce-
dimento: pressionar e manter pressionada a tecla Ctrl; clicar sobre qualquer palavra do último
parágrafo; teclar X e liberar a tecla Ctrl.
( ) Certo ( ) Errado

23. Para proteger um arquivo do Word com senha o usuário pode ativar o comando Salvar como do
Guia Arquivo.
( ) Certo ( ) Errado

24. A figura a seguir ilustra parte da lista de opções do botão Office do Word 2007. Nessa lista, exis-
te recurso que permite abrir um arquivo PDF (portabledocumentformat) armazenado no disco
rígido do computador e converter esse arquivo para um documento do tipo Word.

( ) Certo ( ) Errado

16
INFORMÁTICA | PROFESSOR DEODATO NETO

25. Um clique em fará com que a palavra “Digital”, juntamente com a palavra à direita, sejam
deslocadas para a direita. As palavras à esquerda de “Digital” permanecerão no mesmo lugar.
( ) Certo ( ) Errado

26. Colocando-se o ponto de inserção na última linha do texto exibido e clicando-se em , todo o
último parágrafo será alinhado à margem direta na página e o restante do documento manterá
o alinhamento anteriormente definido. Microsoft Word 2007
( ) Certo ( ) Errado

27. O documento mostrado está sendo exibido no modo layout de impressão.


( ) Certo ( ) Errado

28. Observando que a palavra “Digital” está selecionada, se a tecla Backspace for pressionada, con-
sequentemente, essa palavra será apagada. Se o arquivo for salvo, por meio da sequência de
teclas CTRL+B, não será possível recuperar esta palavra.
( ) Certo ( ) Errado

29. Um clique em fará que apenas a palavra selecionada seja impressa.


( ) Certo ( ) Errado

30. Uma palavra com um sublinhado vermelho ondulado num documento WORD indica que a pala-
vra:
a) Não será impressa;
b) Não será salva;
c) Não está no dicionário padrão do Word;
d) Será salvo num formato diferente;
e) Está contida com estilo personalizado do Word;

31. Considerando-se as configurações originais do Microsoft Word 2007 em português, a tecla de


atalho CTRL + B (pressiona-se a tecla CTRL e a tecla B sem soltar a primeira):
a) Imprime o arquivo
b) Coloca o texto selecionado em negrito ou inicia o modo negrito
c) Abre um documento em branco
d) Salva o arquivo
e) Não existe este atalho na configuração padrão

32. O motivo pelo qual, ao selecionar um texto no Microsoft Word 2007, o tipo de fonte apareça
desabilitado ou em branco é:
a) Ter havido um erro interno do aplicativo
b) O texto possui mais do que um único tipo de fonte
c) Porque o usuário selecionou o texto de forma errada
d) Porque o usuário utilizou o teclado para selecionar o texto
e) Porque sempre que um texto for selecionado, isto ocorre.

17
33. O símbolo mostrado na figura a seguir é utilizado no MS-Word 2007 para indicar:

a) Um erro de concordância;
b) Um erro de ortografia;
c) Um fim de citação;
d) Um fim de parágrafo;
e) Um texto corrompido.

34. Marque a alternativa CORRETA.

a) Todas as páginas do documento serão impressas.


b) A página 8 será impressa.
c) Um total de seis páginas será impresso.
d) Um total de cinco páginas será impresso.

35. Os processadores de texto mais utilizados no mercado são capazes de gerar arquivos com ex-
tensão RTF. Com relação a um texto que foi salvo neste formato, é correto afirmar que:
a) em seu conteúdo não é possível incluir uma tabela.
b) em seu conteúdo podem existir caracteres formatados com Negrito e Itálicos.
c) em seu conteúdo não pode existir uma palavra formatada com uma fonte diferente da utili-
zada pelo restante do texto.
d) seu conteúdo só pode ser visualizado em computadores que utilizam este formato como
padrão para seus editores de texto.
e) para convertê-lo para o formato DOC deve-se primeiro convertê-lo para o formato TXT.

36. Na configuração padrão do Word, para se retirar apenas o itálico de um texto já selecionado e
formatado com Negrito e Itálico, deve-se:
a) inicialmente retirar o negrito para, em seguida, retirar o itálico e, finalmente, formatá-lo
novamente com negrito
b) retirar a seleção do texto e, só então, clicar no botão Itálico.
c) abrir o menu Inserir e clicar na opção Retirar Itálico.
d) clicar no botão Itálico.
e) clicar no botão Estilo e escolher a opção Itálico.

18
INFORMÁTICA | PROFESSOR DEODATO NETO

37. No MS Word, as teclas de atalho do teclado CTRL + P quando utilizadas abrem uma caixa de diá-
logo para
a) imprimir o documento.
b) colar no documento um texto copiado.
c) abrir uma nova pasta e salvar o documento.
d) copiar o conteúdo da tela na área de transferência.
e) imprimir a imagem da tela.

38. O método de digitar texto no Word em que os caracteres no ponto de inserção são substituídos
é denominado
a) inserir.
b) editar.
c) localizar e substituir.
d) copiar e colar.
e) sobrescrever.

39. Os cabeçalhos e rodapés em um documento MS-Word são construídos a partir da guia


a) Início.
b) Inserir.
c) Layout de Página.
d) Exibição.
e) Revisão.

40. Para se editar um documento em formato PDF no Word 2013, é necessário que o documento
seja composto exclusivamente de texto
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. E 5. C 6. E 7. E 8. C 9. E 10. E 11. C 12. C 13. E 14. C 15. C 16. C 17. E 18. C
19. C 20. C 21. C 22. C 23. C 24. E 25. E 26. C 27. C 28. E 29. E 30. C 31. D 32. B 33. D 34. B 35. B 36. D
37. A 38. E 39. B 40. E

19
4 – WRITER

Writer é um processador de texto multiplataforma de código aberto que gera arquivos com pa-
drão no formato ODT e no modelo de documento OTT. É capaz de salvar e abrir documentos em
diferentes formatos (HTML, DOCX, RTF, DOTX, TXT, etc.). Originalmente foi desenvolvido pela
Sun Microsystems e atualmente pela The Document Foundation, como parte da suíte LibreOffi-
ce. É distribuído gratuitamente e é compatível com a maioria dos programas similares, como o
Microsoft Word, além de exportar nativamente nos formatos HTML, XML e PDF.

5 – ATALHOS COMPARANDO WORD E WRITER

MENU ARQUIVO
COMANDO ATALHO DO WORD ATALHO DO WRITER
NOVO CTRL + O CTRL + N (New)
ABRIR CTRL + A CTRL + O (Open)
SALVAR CTRL + B CTRL + S (Save)
IMPRIMIR CTRL + P CTRL + P (Print)
FECHAR CTRL + W ou CTRL + F4 CTRL + W ou CTRL + F4
SAIR ALT + F4 ALT + F4 ou CTRL + Q (Quit)

20
INFORMÁTICA | PROFESSOR DEODATO NETO

MENU EDITAR
COMANDO ATALHO DO WORD ATALHO DO WRITER
DESFAZER CTRL + Z CTRL + Z
REFAZER CTRL + R CTRL + Y
RECORTAR CTRL + X CTRL + X
COPIAR CTRL + C CTRL + C (Copy)
COLAR CTRL + V CTRL + V
COLAR ESPECIAL CTRL + SHIFT + V
SELECIONAR TUDO CTRL + T CTRL + A (All)
LOCALIZAR CTRL + L
SUBSTITUIR CTRL + U
LOCALIZAR E SUBSTITUIR CTRL + F (Find)
IR PARA (Word) NAVEGADOR (Writer) CTRL + Y ou F5 F5
AUTO TEXTO CTRL + F3

MENU INSERIR
COMANDO ATALHO DO WORD ATALHO DO WRITER
AUTOTEXTO F3
HIPERLINK CTRL + K
TABELA CTRL + F12

MENU FORMATAR
COMANDO ATALHO DO WORD ATALHO DO WRITER
NEGRITO CTRL + N CTRL + B (Bold)
ITÁLICO CTRL + I CTRL + I
SUBLINHADO CTRL + S CTRL + U (Underline)
ALINHAR À ESQUERDA CTRL + Q CTRL + L (Left)
CENTRALIZAR CTRL + E CTRL + E
ALINHAR À DIREITA CTRL + G CTRL + R (Right)
JUSTIFICAR CTRL + J CTRL + J (Justify)
ESTILOS DE FORMATAÇÃO F11
FONTE (Abrir Caixa de Diálogo) CTRL + D
MAÚSCULAS E MINÚSCULAS SHIFT + F3
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21
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COMANDO ATALHO DO WORD ATALHO DO WRITER
AJUDA DO PROGRAMA F1 F1

ATALHO ATALHO DO WORD ATALHO DO WRITER


CTRL + A ABRIR (Abrir Arquivos) SELECIONAR TUDO (All)
CTRL + B SALVAR NEGRITO (Bold)
CTRL + C COPIAR COPIAR (Copy)
CTRL + D FORMATAR/FONTE
CTRL + E CENTRALIZAR PARÁGRAFO CENTRALIZAR PARÁGRAFO
CTRL + F LOCALIZAR E SUBSTITUIR (Find)
CTRL + G ALINHAR PARÁGRAFO À DIREITA
CTRL + H RECUO DESLOCADO
CTRL + I ITÁLICO ITÁLICO

22
INFORMÁTICA | PROFESSOR DEODATO NETO

ATALHO ATALHO DO WORD ATALHO DO WRITER


CTRL + J JUSTIFICAR PARÁGRAFO JUSTIFICAR PARÁGRAFO
CTRL + K INSERIR HIPERLINK
CTRL + L LOCALIZAR ALINHAR PARÁGRAFO À ESQUERDA (Left)
CTRL + M AUMENTAR RECUO
CTRL + N NEGRITO NOVO DOCUMENTO (New)
CTRL + O ABRIR NOVO DOCUMENTO ABRIR NOVO DOCUMENTO (Open)
CTRL + P IMPRIMIR IMPRIMIR (Print)
CTRL + Q ALINHAR PARÁGRAFO À ESQUERDA SAIR DO PROGRAMA (Quit)
CTRL + R REFAZER COMANDO ALINHAR PARÁGRAFO À DIREITA (Right)
CTRL + S SUBLINHADO SALVAR (Save)
CTRL + T SELECIONAR TUDO
CTRL + U SUBSTITUIR SUBLINHADO (Underline)
CTRL + V COLAR COLAR
CTRL + W FECHAR JANELA DO DOCUMENTO FECHAR JANELA DO DOCUMENTO
CTRL + X RECORTAR RECORTAR
CTRL + Y IR PARA REFAZER COMANDO
CTRL + Z DESFAZER COMANDO DESFAZER COMANDO

23
QUESTÕES

6 – QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

41. A extensão padrão para documentos de texto salvos no formato Writer (aplicativo do pacote
BrOffice.org), é:
a) .dot
b) .doc
c) .ods
d) .odt
e) .osi

42. São as teclas de atalho correspondentes aos recursos NEGRITO, ITÁLICO e SUBLINHADO. (writer)
a) Ctrl + N, Ctrl + I, Ctrl + S
b) Alt + N, Alt + I, Alt + S
c) Ctrl + B, Ctrl + I, Ctrl + S
d) Alt + B, Alt + I, Alt + S
e) Ctrl + B, Ctrl + I, Ctrl + U

43. O Writer, o editor de textos do BrOffice, é capaz de gerar arquivos no formato .doc ou odt, mas
não permite a edição ou alteração de arquivos em html.
( ) Certo ( ) Errado

44. O programa Writer do BrOffice.org, assim como o Word do Microsoft Office, possui corretor
gramatical e ortográfico de funcionamento automático.
( ) Certo ( ) Errado

45. O aplicativo Writer é um editor de textos que possui como limitação principal o fato de adotar
formato do tipo odt, não permitindo que sejam abertos arquivos nos formatos .doc ou .dot.

24
INFORMÁTICA | PROFESSOR DEODATO NETO

46. Na situação da janela mostrada, caso se aplique um clique duplo entre duas letras da palavra
backup e, a seguir, se clique o botão , será disponibilizada uma lista de palavras, em língua
portuguesa, sugeridas pelo BrOffice.org Writer como equivalentes da palavra backup.
( ) Certo ( ) Errado

47. No Word, a inserção de cabeçalho ou rodapé em um documento faz que todas as páginas do
documento tenham os mesmos dados constantes nesses campos. Para que uma página possa
receber outro tipo de cabeçalho, a configuração de seções diferentes deve ser feita anterior-
mente.
( ) Certo ( ) Errado

48. No Word, a opção de quebra de seção do tipo contínua, ao ser acionada, faz que o cursor seja
deslocado para a página seguinte e uma nova seção seja criada.
( ) Certo ( ) Errado

49. O Microsoft Word 2013 permite inserir vídeos do YouTube para serem assistidos diretamente
no documento.
( ) Certo ( ) Errado

50. O Microsoft Word apresenta a opção de criar documentos em colaboração, que permite que
duas ou mais pessoas possam revisar e alterar um mesmo documento. Para tanto, o Word ofe-
rece modos de marcação e destaque para as partes do texto alteradas.
( ) Certo ( ) Errado

51. O aplicativo Writer, do BrOffice, utilizado para a edição de textos, não permite a realização de
cálculos com valores numéricos, por exemplo, cálculos com valores em uma tabela inserida no
documento em edição.
( ) Certo ( ) Errado

52. No Word 2010, por meio do recurso de compartilhamento de documento, diferentes usuários
podem editar um mesmo documento, ao mesmo tempo, mantendo a sincronia das alterações
efetuadas.
( ) Certo ( ) Errado

53. Para se editar um documento em formato PDF no Word 2013é necessário que o documento
seja composto exclusivamente de texto
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 41. D 42. E 43. E 44. C 45. E 46. E 47. C 48. E 49. C 50. C 51. E 52. C 53. E

25
Direito Administrativo
Prof. Kaique Moura
DIREITO ADMINISTRATIVO
Regime Jurídico Administrativo

PROF. KAIQUE MOURA


VIDEOAULA

www.acasadoconcurseiro.com.br
DIREITO ADMINISTRATIVO

Indisponibilidade do
LEGALIDADE
interesse público PRINCÍPIOS
EXPRESSOS (ART. 37)
Limitações IMPRESSOALIDADE

MORALIDADE

REGIME JURÍDICO PUBLICIDADE

PRINCÍPIO
República ADMINISTRATIVO EXPRESSO (ART. 5º LV)
EFICIÊNCIA

CONTRADITÓRIO E
AMPLA DEFESA
AUTOTUTELA

Garantias e CONTINUIDADE
prerrogativas PRINCÍPIOS RAZOABILIDADE E PROPOR.
IMPLÍCITOS
Supremacia do interesse PROTEÇÃO CONFIANÇA
público INSTRANSCENDÊNCIA SUBJETIVA
DAS SANÇÕES

Kaique Balbuena

INDISPONIBILIDADE E SUPREMACIA
DO INTERESSE PÚBLICO:

3
LEGALIDADE:

IMPESSOALIDADE:

MORALIDADE:

4
DIREITO ADMINISTRATIVO | PROF. KAIQUE MOURA

PUBLICIDADE:

EFICIÊNCIA:

CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA:

5
AUTOTUTELA:

CONTINUIDADE:

RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE:

6
DIREITO ADMINISTRATIVO | PROF. KAIQUE MOURA

PROTEÇÃO A CONFIANÇA:

INTRANSCENDÊNCIA SUBJETIVA DAS SANÇÕES:

7
OBSERVAÇÕES:

8
DIREITO ADMINISTRATIVO

Controle da Administração Pública

PROF. KAIQUE MOURA


VIDEOAULA

www.acasadoconcurseiro.com.br
DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO – CONTROLE ADMINISTATIVO

3
1. CESPE – 2019 – PGE–PE – Assistente de Procuradoria
No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item que se segue.
O controle judicial dos atos administrativos é restrito a aspectos de legalidade, sendo vedada a
análise do mérito administrativo pelo Poder Judiciário.

2. CESPE – 2014 – TJ–SE – Técnico Judiciário – Área Judiciária


No tocante aos atos e aos poderes administrativos, julgue os próximos itens.
O Poder Judiciário só tem competência para revogar os atos administrativos por ele mesmo
produzidos.

3. CESPE – 2018 – MPE–PI – Conhecimentos Básicos – Cargos de Nível Superior


Julgue o item subsequente, relativo a controle da administração pública, regime jurídico
administrativo, processo administrativo federal e improbidade administrativa.
A autotutela assegura que a administração pública reveja seus atos quando ela os entender
como ilegais, inoportunos ou inconvenientes.

4. CESPE – 2018 – Polícia Federal – Agente de Polícia Federal


A administração pública, além de estar sujeita ao controle dos Poderes Legislativo e Judiciário,
exerce controle sobre seus próprios atos. Tendo como referência inicial essas informações,
julgue o item a seguir, acerca do controle da administração pública.
O poder de autotutela tem fundamento, preponderantemente, nos princípios da legalidade
e da preponderância do interesse público e pode ser exercido de ofício quando a autoridade
competente verificar ilegalidade em ato da própria administração

5. CESPE – 2018 – CGM de João Pessoa – PB – Conhecimentos Básicos – Cargos: 1, 2 e 3


Com relação ao controle no âmbito da administração pública, julgue o item seguinte.
O controle administrativo deriva do poder–dever de autotutela que a administração pública
tem sobre seus próprios atos e agentes.

6. CESPE – 2018 – CGM de João Pessoa – PB – Conhecimentos Básicos – Cargos: 1, 2 e 3


No que se refere a tipos e formas de controle, julgue o item a seguir.
Quanto ao órgão que o exerce, o controle pode ser administrativo, legislativo ou judicial.

4
DIREITO ADMINISTRATIVO| KAIQUE MOURA

7. CESPE – 2018 – MPU – Técnico do MPU – Administração


No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item seguinte.
Controle interno se refere, sempre, a atos de natureza administrativa.

8. CESPE – 2016 – PGE–AM – Procurador do Estado


Acerca do controle administrativo interno e externo, julgue o item a seguir.
O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza
administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário.

9. CESPE – 2018 – Polícia Federal – Delegado de Polícia Federal


Julgue o seguinte item, relativos ao controle da administração pública.
A fiscalização contábil, orçamentária, operacional e patrimonial da administração pública
federal sob os aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade integra o controle externo
exercido pelo Poder Legislativo Federal com o auxílio do TCU.

10. CESPE – 2018 – STJ – Analista Judiciário – Administrativa


No tocante ao controle da administração pública, julgue o item seguinte.
A supervisão ministerial exercida sobre as autarquias é exemplo de controle administrativo
hierárquico.

11. CESPE – 2016 – TCE–PA – Conhecimentos Básicos– Cargos 2 e 7


Com fundamento nos conceitos e na legislação a respeito de controle na administração pública,
julgue o item a seguir.O controle exercido sobre as entidades da administração indireta é de
caráter essencialmente finalístico, pois elas não estão sujeitas à subordinação hierárquica,
embora tenham de se enquadrar nas políticas governamentais e atuar em consonância com as
disposições de seus estatutos.

5
12. CESPE – 2016 – TCE–SC – Conhecimentos Básicos – Exceto para os cargos 3 e 6
Com relação aos conceitos e aplicações dos controles em geral no âmbito da administração
pública, julgue o item a seguir. Nesse sentido, considere que as siglas CF, CE/SC, TCU e TCE/
SC, sempre que empregadas, se referem, respectivamente, a Constituição Federal de 1988,
Constituição do Estado de Santa Catarina, Tribunal de Contas da União e Tribunal de Contas do
Estado de Santa Catarina.
O controle administrativo se materializa no poder de fiscalização e correção que a administração
pública exerce sobre a sua própria atuação. Essa modalidade de controle coexiste com o
controle externo, da esfera do Poder Legislativo, e o judicial. No caso da administração indireta,
é usual mencionar–se o termo tutela, uma vez que não há relação de subordinação, mas, sim,
de vinculação.

13. CESPE – 2018 – Polícia Federal – Delegado de Polícia Federal


Julgue o seguinte item, relativos ao controle da administração pública.
O exercício do controle judicial sobre os atos da administração pública abrange os exames de
legalidade e de mérito desses atos, cabendo ao juiz anulá–los ou revogá–los.

14. CESPE – 2019 – PGE–PE – Assistente de Procuradoria


No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item que se segue.
O controle judicial dos atos administrativos é restrito a aspectos de legalidade, sendo vedada a
análise do mérito administrativo pelo Poder Judiciário

15. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE–PE Provas: CESPE – 2017 – TCE–PE – Conhecimentos
Básicos – Cargo 4
Embora exerça controle de atos administrativos ao avaliar os limites da discricionariedade sob
os aspectos da legalidade, é vedado ao Poder Judiciário exercer o controle de mérito de atos
administrativos, pois este é privativo da administração pública.

6
DIREITO ADMINISTRATIVO| KAIQUE MOURA

16. CESPE – 2014 – TJ–SE – Técnico Judiciário – Área Judiciária


No tocante aos atos e aos poderes administrativos, julgue os próximos itens.
O Poder Judiciário só tem competência para revogar os atos administrativos por ele mesmo
produzidos.

17. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: MS Prova: Analista Técnico – Administrativo
Os atos administrativos eminentemente discricionários não se sujeitam ao controle judicial.

7
CONTROLE ADMINISTRATIVO
Controle administrativo é o poder de fiscalização e correção que a Administração Pública (em
sentido amplo) exercer sobre sua própria atuação, sob os aspectos de legalidade e mérito, por
iniciativa própria ou mediante provocação. (Di Pietro, 2016)
1) Reclamação administrativa –> É o ato pelo qual o administrado, particular ou servidor, deduz
pretensão perante a Administração Pública, visando reconhecer direito ou corregir um ato que
lhe cause lesão.
2) Representação–> Representação é o recurso administrativo pelo qual o recorrente,
denunciando irregularidades, ilegalidades e condutas abusivas oriundas de agentes da
Administração, postula a apuração e a regularização dessas situações.
2) Pedido de Reconsideração–> É o ato pelo qual o interessado requer o reexame do ato à
própria autoridade que o emitiu.
3) Recurso Hierárquico–> É o pedido de reexame to ato dirigido à autoridade superior à que
proferiu o ato.
Próprio: Decorrente da hierarquia, dirigido à autoridade imediatamente superior, dentro do
órgão que foi praticado, não depende de lei.
Impróprio: Não decorre da hierarquia, depende de lei.
• Não depende de deposito prévio.
• Tempestividade e competência.
• Admite a “reformatio in pejus”
4) Revisão –> É o recurso de que se utiliza o servidor público, punido pela Administração, para
reexame da decisão, em caso de surgirem fatos novos.

EXTENSÃO DO CONTROLE

CONTROLE INTERNO
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

8
DIREITO ADMINISTRATIVO| KAIQUE MOURA

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

CONTROLE LEGISLATIVO

CONTROLE PARLAMENTAR DIRETO


Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I – resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem
encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
II – autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente,
ressalvados os casos previstos em lei complementar;
III – autorizar o Presidente e o Vice–Presidente da República a se ausentarem do País, quando a
ausência exceder a quinze dias;
XII – apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
XIII – escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
XIV – aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I – processar e julgar o Presidente e o Vice–Presidente da República nos crimes de
responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército
e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
XI – aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador–
Geral da República antes do término de seu mandato;
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua
criação. § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios
das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por
prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

9
CONTROLE LEGISLATIVO

CONTROLE EXERCÍDO PELO TRIBUNAL DE CONTAS


Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer
prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como
a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores
que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio,
acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao
dano causado ao erário;
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara
dos Deputados e ao Senado Federal;
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:

10
DIREITO ADMINISTRATIVO| KAIQUE MOURA

§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional,
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as
medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de
título executivo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.

18. CESPE – 2018 – Polícia Federal – Delegado de Polícia Federal


Julgue o seguinte item, relativos ao controle da administração pública.
A fiscalização contábil, orçamentária, operacional e patrimonial da administração pública
federal sob os aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade integra o controle externo
exercido pelo Poder Legislativo Federal com o auxílio do TCU.

19. CESPE – 2018 – EMAP – Analista Portuário – Área Jurídica


Julgue o seguinte item, relativo ao controle da administração indireta e à improbidade
administrativa.
Dado o caráter privado das sociedades de economia mista, o Tribunal de Contas da União está
impossibilitado de exercer seu controle externo. Todavia, a legislação pertinente determina que
o estatuto social da respectiva entidade preveja formas de controle interno.

20. CESPE – 2018 – STJ – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal
Acerca dos princípios e dos poderes da administração pública, da organização administrativa,
dos atos e do controle administrativo, julgue o item a seguir, considerando a legislação, a
doutrina e a jurisprudência dos tribunais superiores.
Cabe ao Poder Legislativo o poder–dever de controle financeiro das atividades do Poder
Executivo, o que implica a competência daquele para apreciar o mérito do ato administrativo
sob o aspecto da economicidade.

21. CESPE – 2018 – STJ – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal
Acerca dos princípios e dos poderes da administração pública, da organização administrativa,
dos atos e do controle administrativo, julgue o item a seguir, considerando a legislação, a
doutrina e a jurisprudência dos tribunais superiores.
Por ser um ato complexo, o reconhecimento da aposentadoria de servidor público se efetiva
somente após a aprovação do tribunal de contas. Por sua vez, a negativa da aposentadoria pela
corte de contas não observa o contraditório e a ampla defesa.

11
22. CESPE – 2018 – CGM de João Pessoa – PB – Conhecimentos Básicos – Cargos: 1, 2 e 3
Com relação ao controle no âmbito da administração pública, julgue o item seguinte.
A competência do Congresso Nacional para sustar atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar constitui hipótese de controle parlamentar

23. CESPE – 2017 – TCE–PE – Conhecimentos Básicos – Cargo 3


A respeito do controle da administração pública exercido pelos tribunais de contas, julgue o
próximo item.
Cabe aos tribunais de contas a anulação de ato ou contrato dos órgãos jurisdicionados eivado
de vícios.

24. CESPE – 2016 – TCE–SC – Conhecimentos Básicos – Exceto para os cargos 3 e 6


Texto associado
O Tribunal de Contas de determinado estado da Federação, ao analisar as contas prestadas
anualmente pelo governador do estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada,
mediante inexigibilidade de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária
promovida pela empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a
figura do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar
defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou resposta, via
Whatsapp, declarando–se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal de Contas não acolheu a
defesa do governador e julgou irregular a prestação de contas.
A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
O julgamento proferido pelo Tribunal de Contas é nulo, por incompetência.

12
DIREITO ADMINISTRATIVO| KAIQUE MOURA

CONTROLE JUDICIAL

SISTEMA DE JURISDIÇÃO ÚNICA

SISTEMA INGLÊS
TODOS OS LITÍGIOS, ADMINISTRATÍVOS OU PRIVADOS, PODEM SER
LEVADO À APRECIAÇÃO DO PODER JUDICÁRIO
ÚNICO QUE TEM COMPETÊNCIA PARA DIZER O DIREITO, DE FORMA
DEFITIVIA, COM FORÇA DE COISA JULGADA MATERIAL

CONTROLE

SOMENTE POR PROVOCAÇÃO

PRÉVIO OU POSTERIOR

LEGALIDADE

AÇÕES JUDICIAIS: MS / HC / HD / MI / AP / ACP / AÇÃO ORDINÁRIA

25. CESPE – 2019 – PGE–PE – Assistente de Procuradoria


No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item que se segue.
O controle judicial dos atos administrativos é restrito a aspectos de legalidade, sendo vedada a
análise do mérito administrativo pelo Poder Judiciário.

26. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE–PE Provas: CESPE – 2017 – TCE–PE – Conhecimentos
Básicos – Cargo 4
Embora exerça controle de atos administrativos ao avaliar os limites da discricionariedade sob
os aspectos da legalidade, é vedado ao Poder Judiciário exercer o controle de mérito de atos
administrativos, pois este é privativo da administração pública

13
27. CESPE – 2014 – TJ–SE – Técnico Judiciário – Área Judiciária
No tocante aos atos e aos poderes administrativos, julgue os próximos itens.
O Poder Judiciário só tem competência para revogar os atos administrativos por ele mesmo
produzidos.

28. CESPE – 2018 – Polícia Federal – Agente de Polícia Federal


A administração pública, além de estar sujeita ao controle dos Poderes Legislativo e Judiciário,
exerce controle sobre seus próprios atos. Tendo como referência inicial essas informações,
julgue o item a seguir, acerca do controle da administração pública.
O Poder Judiciário tem competência para apreciar o mérito dos atos discricionários exarados
pela administração pública, devendo, no entanto, restringir–se à análise da legalidade desses
atos.

29. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: MS Prova: Analista Técnico – Administrativo
Os atos administrativos eminentemente discricionários não se sujeitam ao controle judicial

30. CESPE – 2018 – Polícia Federal – Delegado de Polícia Federal


Julgue o seguinte item, relativos ao controle da administração pública.
O exercício do controle judicial sobre os atos da administração pública abrange os exames de
legalidade e de mérito desses atos, cabendo ao juiz anulá–los ou revogá–los

14
Direito Administrativo
Prof. Gladstone Felippo
RESPONSABILIDADE CIVIL
DO ESTADO
DIREITO ADMINISTRATIVO – PROF. GLADSTONE FELIPPO
• PROBLEMA NA NOMENCLATURA
Será que é responsabilidade civil mesmo?
• A EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR ATOS DE
SEUS AGENTES
- 1ª Fase – Irresponsabilidade do Estado.
- 2ª Fase – Responsabilidade com culpa por atos de gestão
- 3ª Fase – Responsabilidade Objetiva

CF de 1946 – art. 194 - As pessoas jurídicas de direito público interno são


civilmente responsáveis pelos danos que os seus funcionários, nessa
qualidade, causem a terceiros. Somente em 88 foram incluídas as pessoas
privadas.
• AS TEORIAS DO RISCO ADMINISTRATIVO
- Risco mitigado/temperado/moderado
- Risco Social
- Risco integral (lei n. 10.744/03)
• AS TEORIAS DO RISCO ADMINISTRATIVO
- Risco Administrativo mitigado/moderado/temperado – é a base da
responsabilidade objetiva e adotado majoritariamente no Brasil.
Significa que a responsabilidade da Administração Pública pela
indenização pode ser afastada ou atenuada, caso seja inexistente ou
rompido o nexo causal, ou quando há a participação efetiva do lesado
no evento danoso. Mas lembrando: o ônus da prova, neste caso, cabe à
Administração, tendo em vista a presunção relativa de culpa.
• AS TEORIAS DO RISCO ADMINISTRATIVO
- Com a introdução da responsabilidade objetiva do direito publico,
restou provado que o Estado é detentor de maior poder e prerrogativas
de que seus administrados, traduzindo-se na ideia de que o Ele é o
sujeito política, jurídica e economicamente mais poderoso, o que,
traduzia a noção de subordinação do indivíduo perante ao ente desta
forma ficou inviável que o indivíduo, uma vez lesado, tivesse que
empenhar esforços para a reparação dos danos, quando estes tivessem
sido causados pela atividade estatal.
- Logo surgiu a ideia de que o Estado deveria arcar com o risco decorrente
de suas inúmeras atividades. O que fez surgir a Teoria do Risco
Administrativo.
• PREVISÃO CONSTITUCIONAL – CRFB 1988
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
• ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
Como visto anteriormente, o fator culpa fica desconsiderado como
pressuposto da responsabilidade objetiva. São três os pressupostos para
que se possa imputar ao Estado a responsabilidade por danos causados
por seus agentes. A seguir:
1. Ocorrência do fato administrativo. Conduta comissiva ou omissiva
atribuída ao poder público. Importante lembrar que quando o agente
estatal atua fora de suas funções, mas em virtude delas, o fato é tido
como administrativo. É o caso da má escolha do agente (culpa in
eligendo) ou má fiscalização de sua conduta (culpa in vigilando).
2. Dano. Não há que se falar em responsabilidade civil sem que a conduta
haja provocado um dano, seja patrimonial ou moral.
• ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
3. Nexo causal. Entre o fato administrativo e o dano. Cabe ao lesado
demonstrar que o prejuízo sofrido se originou da conduta estatal.
Uma vez presentes os devidos pressupostos, a Administração tem o dever
de indenizar o lesado pelos danos que lhe foram causados, não sendo
necessário a presença da culpa.
• ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
Dispõe o art. 927 do Código Civil: “aquele que, por ato ilícito, causar dano
a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Todos respondem quando causam
danos a outrem e quando isso ocorre, para que seja possível a imputação
de responsabilidade, é necessário averiguar a culpa do agente causador
em relação ao dano (responsabilidade subjetiva).
Embora o Código Civil fale em ato ilícito, no caso de ato LÍCITO praticado
pela Administração Pública que cause danos a alguém, a responsabilidade
do Estado existe e se sustenta no princípio da isonomia, ou seja, na
igualdade entre os cidadãos na repartição de encargos impostos em razão
do interesse público (responsabilidade social). Assim, quando for
necessário o sacrifício de um direito em prol do interesse da coletividade,
tal sacrifício não pode ser suportado por um único sujeito, devendo ser
repartido entre toda a coletividade.
• EXCLUDENTES E ATENUANTES DE RESPONSABILIDADE DO ESTADO
São hipóteses de exclusão de responsabilidade ou rompimento do nexo
causal: (i) A culpa exclusiva da vítima; (ii) força maior e caso fortuito.
IMPORTANTE: Quando se tratar de dever de cautela do Estado, previsto
na CRFB ou em lei, o Estado responde objetivamente, mesmo na hipótese
de culpa exclusiva da vítima, salvo nos casos em que o dano aconteceria
mesmo se estivesse fora da cautela do Estado.
Na mesma linha, na hipótese de um paciente em unidade psiquiátrica
escapar por desídia dos agentes públicos e vier a sofrer danos, o Estado
responde objetivamente. E o caso do preso?
Com relação à atenuação da responsabilidade do Estado, podemos citar a
culpa concorrente, prevista no art. 945 do Código Civil, caso em que a
vítima contribui significativamente para o evento danoso.
• ÔNUS DA PROVA
É sabido que o ônus da prova cabe a quem alega. Levando-se em conta a
teoria do risco administrativo, inverte-se o ônus da prova, mitigando tal
princípio.
Se o autor da ação alega a existência do fato, do dano e do nexo causal
entre um e outro, caberá ao Estado-réu provar a inexistência do fato
administrativo, a inexistência de dano ou a ausência do nexo causal.
• PARTICIPAÇÃO DO LESADO
Para que se possa imputar responsabilidade ao Estado, é necessário que
se verifique o comportamento do lesado ao episódio que provocou o
dano. Se o lesado em nada contribuiu para o dano que a conduta estatal
lhe causou, somente o estado deverá ser responsabilizado civilmente.
Entretanto caso o lesado tenha sido o único causador do seu próprio
dano, ocorre a hipótese de autolesão, não tendo o Estado
responsabilidade civil.
Pode ocorrer também que o lesado tenha contribuído juntamente com a
conduta estatal, para o dano. Nesse caso, a indenização devida pelo
Estado será reduzida proporcionalmente à extensão da conduta do
lesado. É quando se aplica o sistema da compensação das culpas do
direito privado. Nesse sentido, nos socorre o art. 945 do atual código civil,
disciplinando a culpa civil recíproca.
• FATOS IMPREVISÍVEIS
São aqueles eventos que não se pode pressentir ou até mesmo preparar-se
para enfrentá-los. São os casos de força maior e caso fortuito. Doutrina diverge
quanto à caracterização de cada um dos eventos. Para Celso Antônio Bandeira
de Mello, o caso fortuito não exime a responsabilidade do Estado. Já Orlando
Gomes entende por força maior e caso fortuito os fatos imprevisíveis também
chamados de acaso.
Mas qual a importância desses fatos no concernente à responsabilidade do
Estado? A sua imprevisibilidade. A ocorrência desses gira fora da ingerência do
Estado, impossibilitando a normal prevenção que possa haver para que eles
não venham a ocorrer, por serem fatos imprevisíveis e irresistíveis. Por isso, na
hipótese de caso fortuito e força maior não chega a ocorrer fato imputável ao
Estado, o que torna inexistente o nexo causal entre a ação do ente e o dano
sofrido pelo lesado. Logo funcionam como excludentes de responsabilidade
civil.
• TEORIA DO RISCO INTEGRAL
esta teoria só se aplica a praticamente dois casos no Brasil: (i) Danos
nucleares e (ii) atentados terroristas em aeronave brasileira, dentro ou
fora do País - (lei n. 10.744/03).
• CONDUTAS OMISSIVAS
A omissão ou inação do Estado também pode causar danos. Nestes casos,
devemos apurar se a omissão foi genérica ou específica.
No caso de omissão genérica, não há que se falar em responsabilidade do
Estado, tendo em vista o rompimento do nexo causal em razão da
impossibilidade de imputar o dano à conduta do Estado. Como dizem os
doutrinadores, o Estado não pode ser uma grande seguradora, não deve
ser segurador universal para todos os danos. Ex.: furto de automóvel em
logradouro público.
Na hipótese de omissão específica, ou falha do serviço (faute du servisse
public), o Estado deve responder de forma objetiva, conforme recentes
decisões do STF. Ex.: semáforo com problemas há dias; assalto rotineiro
em determinada rua.
• CONDUTAS OMISSIVAS
E quanto a responsabilidade do Estado por omissão legislativa?
Corrente mais moderna - a omissão do legislador por prazo razoável de
tempo permite a propositura de ação de indenização por quem sofrer
danos em virtude de ser titular de um direito garantido pela Constituição
mas impedido de o exercer por inércia legislativa.
• RESPONSABILIDADE PRIMÁRIA E SUBSIDIÁRIA
É primária quando atribuída diretamente à pessoa física ou à pessoa
jurídica a que pertence o agente autor do dano. Entretanto nem sempre a
responsabilidade do Estado será primária. É o caso dos concessionários e
permissionários de serviços públicos e as pessoas da administração
indireta. Nesses casos a responsabilidade primária deve ser atribuída a
pessoa jurídica que pertence o agente autor do dano.
• DANOS POR OBRA PÚBLICA
O tema é bastante controverso, nos trazendo várias hipóteses. A primeira
é quando o dano é provocado pelo só fato da obra. Por alguma razão
natural ou imprevisível, a obra pública causa dano ao particular.
Embasado na teoria do risco administrativo haverá a responsabilidade
objetiva do Estado.
Uma segunda hipótese pressupõe que o ente federativo tenha cometido
a execução de obra a um empreiteiro, mediante contrato administrativo,
e que o dano tenha sido provocado exclusivamente por culpa do
executor. Nesse caso será atribuída a responsabilidade subjetiva comum
de direito privado ao empreiteiro. A responsabilidade do Estado será
subsidiária caso o executor não venha reparar os danos causados ao
lesado.
• DANOS POR OBRA PÚBLICA
Uma terceira hipótese elenca a existência de casos em que tanto o
empreiteiro privado como o próprio poder público tenham contribuído
para o fato gerador do dano. Ambos terão responsabilidade primária e
solidária, figurando no polo passivo da ação de reparação de danos
proposta pelo lesado.
• RESPONSABILIDADE POR ATO LEGISLATIVO TÍPICO
Regra Geral
A função de legislar consubstancia a própria criação do direito e espelha o
exercício da soberania estatal, constituindo uma das atividades
primordiais do Estado – atos primários.
A regra que prevalece, no caso de atos legislativos, é a de não se atribuir
responsabilidade civil ao Estado, visto que a edição de leis por si só, não
acarreta danos indenizáveis aos particulares. Isso quando a lei é
produzida em conformidade com os mandamentos constitucionais.
• RESPONSABILIDADE POR ATO LEGISLATIVO TÍPICO
Exceção
Como exceção à regra, há casos que uma lei pode ter sido criada em
descompasso com a Constituição. Desse modo, se o dano surgir em
decorrência inconstitucional, a qual reflita atuação indevida órgão
legislativo, não poderá o Estado eximir-se da obrigação de repará-lo
restando configurada sua responsabilidade civil.
Importante frisar que a responsabilidade se consuma se o ato legislativo
efetivamente produziu danos ao particular, e depois de a lei ter sido
declarada inconstitucional, pois milita em seu favor a presunção de
constitucionalidade.
Por fim, o Estado também será civilmente responsável se o dano for
proveniente de um ato praticado com base na lei inconstitucional, o que
é diferente.
• RESPONSABILIDADE POR ATO LEGISLATIVO TÍPICO
Leis de Efeitos Concretos
Entende-se por leis de efeitos concretos aquelas que seguem todo
processo legislativo adotado para as leis em geral, entretanto não geram
efeitos gerais, abstratos e impessoais como as verdadeiras leis. Logo,
atingem a esfera jurídica de determinados indivíduos, tendo seus efeitos
concretos.
Conclui-se que, se uma lei de efeitos concretos provoca danos ao
indivíduo, resta configurada a responsabilidade civil do ente federativo de
onde emanou a lei.
• RESPONSABILIDADE POR ATOS JUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS DO
JUDICIÁRIO
São administrativos os atos de apoio praticados no judiciário. Sobre eles
incide normalmente a responsabilidade civil objetiva do Estado. Aqui se
enquadram os atos de todos os órgãos de apoio administrativo e judicial
do Poder Judiciário, praticados por todos aqueles que se caracterizam
como agentes do Estado (motoristas, tabeliães, escrivães, oficiais de
cartório, agentes de limpeza etc.).
• RESPONSABILIDADE POR ATOS JUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS DO
JUDICIÁRIO
Já os atos jurisdicionais são aqueles praticados pelos magistrados no
exercício de sua função. Estes são insuscetíveis de redundar na
responsabilidade civil do Estado. São protegidos por dois princípios: a
soberania do estatal (atos que traduzem uma das funções estruturais do
Estado) e princípio da recorribilidade dos atos jurisdicionais (se um ato do
juiz prejudica a parte, terá ela o mecanismo recursal).
• RESPONSABILIDADE POR ATOS JUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS DO
JUDICIÁRIO
Condutas Dolosas
Hipóteses em que os magistrados praticam ato jurisdicional com o intuito
de causar prejuízo à parte, violando seu dever funcional. Nesses casos, a
responsabilidade será individual do juiz.
Entretanto, como o juiz é agente do Estado, deve incidir a regra
estabelecida no artigo 37, parágrafo 6º da CRFB, sendo o ente federativo
responsabilizado civilmente. Fica, contudo, assegurado ao ente o direito
de regresso contra o magistrado.
Não confundir com erro judiciário – art. 5º, LXXV da CRFB - o Estado
indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença.
• DANO MORAL
Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo,
manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos
no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art.
37, §6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive
morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da
falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento. Tema
decidido em repercussão geral. STF RE 580252.
• DIREITO DE REGRESSO
No caso de ter que indenizar o particular por ato causado por seu agente,
diz a CRFB que nasce para a Administração Pública o direito de regresso
em face do servidor, que atua nesta qualidade, ou seja, a serviço do
Estado. Trata-se de ação autônoma onde o Estado busca a composição do
prejuízo suportado. Entretanto, o agente só será obrigado a ressarcir, caso
fique comprovada sua culpa. Daí, podemos dizer que a ação regressiva é
de cunho subjetivo.
• PRINCÍPIO DA DUPLA GARANTIA
O princípio da dupla garantia impede que a vítima acione diretamente o
agente público causador do dano. A primeira garantia, em favor da
vítima, considerando que a CRFB assegura que ela poderá ajuizar ação de
indenização em face do Estado, de forma objetiva e que tem maiores
condições e garantias de pagamento, sem ter que provar a culpa. A
segunda garantia é em favor do agente público que causou o dano. O §6º
do art. 37, in fine, de forma subliminar, impede que a vítima acione
diretamente o servidor público que praticou o fato. Este servidor
somente pode ser responsabilizado pelo próprio Estado, em ação
regressiva.
• RESPONSABILIDADE DOS NOTÁRIOS E TABELIÃES
O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e
registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem dano a
terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos
de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa.
STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019
(repercussão geral) (Info 932).
• PRESCRIÇÃO
A ação indenizatória, de responsabilidade em face de danos causados
pelo Estado, deve ser movida pela vítima em até 5 anos, conforme
Decreto n. 20.910/32, sendo que o termo inicial do prazo prescricional
das ações indenizatórias, em observância ao princípio da actio nata, é a
data em que a lesão e os seus efeitos são constatados, segundo a
orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça.
Já quanto ao prazo da ação regressiva em face do agente público
causador do dano, movida pelo Estado, há profunda discussão, ainda
longe de um desfecho. O STF entende ser de 3 anos, com base no art.
206, § 3º, V, do CC. Já o STJ mantem a posição dos 5 anos, aplicados por
isonomia.
COMO CAI EM PROVA?
1. Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: Delegado de Polícia
Substituto
Sobre a responsabilidade do Estado por atos legislativos, NÃO está
correto o que se afirma em:
A) Sua aplicação não é admitida com relação às leis de efeitos concretos
constitucionais.
B) É aplicável aos casos de omissão no dever de legislar e regulamentar.
C) É admitida com relação às leis declaradas inconstitucionais.
D) É aceita nos casos de atos normativos do Poder Executivo e de entes
administrativos com função normativa, mesmo em caso de vícios de
inconstitucionalidade ou de ilegalidade.
COMO CAI EM PROVA?
1. Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: Delegado de Polícia
Substituto
Sobre a responsabilidade do Estado por atos legislativos, NÃO está
correto o que se afirma em:
A) Sua aplicação não é admitida com relação às leis de efeitos concretos
constitucionais.
B) É aplicável aos casos de omissão no dever de legislar e regulamentar.
C) É admitida com relação às leis declaradas inconstitucionais.
D) É aceita nos casos de atos normativos do Poder Executivo e de entes
administrativos com função normativa, mesmo em caso de vícios de
inconstitucionalidade ou de ilegalidade.
COMO CAI EM PROVA?
2. Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: Delegado de Polícia
Substituto
Um servidor público estadual, no exercício do seu cargo, conduzia um veículo
oficial em velocidade superior à permitida na via e atropela um pedestre que
vem a falecer no local. A partir da narrativa, é CORRETO afirmar:
A) A sentença condenatória no âmbito penal somente gerará efeitos na esfera
administrativa se imposta pena privativa de liberdade.
B) Eventual absolvição no âmbito penal por insuficiência de provas não
autoriza a condenação do servidor nas esferas cível e administrativa.
C) O Estado responderá subjetivamente na esfera cível pelos danos resultantes
do evento.
D) O servidor responderá pelo ato lesivo nas esferas cível, penal e
administrativa.
COMO CAI EM PROVA?
2. Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: Delegado de Polícia
Substituto
Um servidor público estadual, no exercício do seu cargo, conduzia um veículo
oficial em velocidade superior à permitida na via e atropela um pedestre que
vem a falecer no local. A partir da narrativa, é CORRETO afirmar:
A) A sentença condenatória no âmbito penal somente gerará efeitos na esfera
administrativa se imposta pena privativa de liberdade.
B) Eventual absolvição no âmbito penal por insuficiência de provas não
autoriza a condenação do servidor nas esferas cível e administrativa.
C) O Estado responderá subjetivamente na esfera cível pelos danos resultantes
do evento.
D) O servidor responderá pelo ato lesivo nas esferas cível, penal e
administrativa.
COMO CAI EM PROVA?
3. Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: PC-RS - Delegado de Polícia
Uma equipe da Delegacia de Polícia de Roubos e Extorsões do Departamento Estadual de Investigações Criminais da
Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, a bordo de uma viatura oficial devidamente caracterizada, na rodovia
BR 290, no sentido capital-litoral, realiza perseguição a um veículo tripulado por criminosos que, instantes antes,
praticaram um assalto a uma agência bancária, com emprego de explosivos. Ao longo da perseguição, os policiais se
veem obrigados a não parar na praça de pedágio, rompendo a respectiva cancela, de propriedade de empresa
concessionária de serviço público, como única forma de não perderem os criminosos de vista. Graças a essa atitude,
a equipe se manteve no encalço dos criminosos, logrando êxito em prendê-los em flagrante. Relacionando o caso
acima com a responsabilidade extracontratual do Estado, analise as seguintes assertivas:
I. O Estado responderá objetivamente pelo prejuízo causado à empresa concessionária de serviço público.
II. A equipe de policiais civis não poderá ser responsabilizada em ação regressiva, porque não agiu com dolo ou
culpa, mas no estrito cumprimento do dever legal.
III. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal adota, como regra geral, a teoria do risco administrativo para
fundamentar a responsabilidade objetiva extracontratual do Estado.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
COMO CAI EM PROVA?
3. Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: PC-RS - Delegado de Polícia
Uma equipe da Delegacia de Polícia de Roubos e Extorsões do Departamento Estadual de Investigações Criminais da
Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, a bordo de uma viatura oficial devidamente caracterizada, na rodovia
BR 290, no sentido capital-litoral, realiza perseguição a um veículo tripulado por criminosos que, instantes antes,
praticaram um assalto a uma agência bancária, com emprego de explosivos. Ao longo da perseguição, os policiais se
veem obrigados a não parar na praça de pedágio, rompendo a respectiva cancela, de propriedade de empresa
concessionária de serviço público, como única forma de não perderem os criminosos de vista. Graças a essa atitude,
a equipe se manteve no encalço dos criminosos, logrando êxito em prendê-los em flagrante. Relacionando o caso
acima com a responsabilidade extracontratual do Estado, analise as seguintes assertivas:
I. O Estado responderá objetivamente pelo prejuízo causado à empresa concessionária de serviço público.
II. A equipe de policiais civis não poderá ser responsabilizada em ação regressiva, porque não agiu com dolo ou
culpa, mas no estrito cumprimento do dever legal.
III. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal adota, como regra geral, a teoria do risco administrativo para
fundamentar a responsabilidade objetiva extracontratual do Estado.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
COMO CAI EM PROVA?
4. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: PJC-MT - Delegado de Polícia
Um delegado de polícia, ao tentar evitar ato de violência contra um idoso,
disparou, contra o ofensor, vários tiros com revólver de propriedade da
polícia. Por erro de mira, o delegado causou a morte de um transeunte.
Nessa situação hipotética, a responsabilidade civil do Estado
A) dependerá da prova de culpa in eligendo.
B) dependerá de o delegado estar, no momento da ocorrência, de serviço.
C) dependerá da prova de ter havido excesso por parte do delegado.
D) existirá se ficar provado o nexo de causalidade entre o dano e a ação.
E) será excluída se o idoso tiver dado causa ao crime.
COMO CAI EM PROVA?
4. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: PJC-MT - Delegado de Polícia
Um delegado de polícia, ao tentar evitar ato de violência contra um idoso,
disparou, contra o ofensor, vários tiros com revólver de propriedade da
polícia. Por erro de mira, o delegado causou a morte de um transeunte.
Nessa situação hipotética, a responsabilidade civil do Estado
A) dependerá da prova de culpa in eligendo.
B) dependerá de o delegado estar, no momento da ocorrência, de serviço.
C) dependerá da prova de ter havido excesso por parte do delegado.
D) existirá se ficar provado o nexo de causalidade entre o dano e a ação.
E) será excluída se o idoso tiver dado causa ao crime.
COMO CAI EM PROVA?
5. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: PC-AP - Delegado de Polícia
Uma determinada viatura oficial estadual, enquanto em diligência, chocou-se contra o muro de uma escola
municipal, derrubando-o parcialmente, bem como o poste de transmissão de energia existente na calçada, que
estava em péssimo estado de conservação, assim como os transformadores e demais equipamentos lá instalados.
Foram apurados danos materiais de grande monta, não só em razão da necessidade de reconstrução do muro, mas
também porque foi constatado que muitos aparelhos elétricos e eletrônicos deixaram de funcionar a partir de
então, tais como geladeiras, computadores e copiadoras. Relevante apurar, para solucionar a responsabilidade do
ente estatal,
A) se o condutor da viatura empregou toda a diligência e prudência necessárias para afastar negligência, bem como
se estava devidamente capacitado para o desempenho de suas funções, a fim de verificar eventual ocorrência de
imperícia.
B) a origem dos recursos que possibilitaram a aquisição dos materiais elétricos e eletrônicos, para comprovar se o
Município efetivamente sofreu prejuízos qualificáveis como indenizáveis para fins de configuração de
responsabilidade civil.
C) apenas o valor dos danos materiais constatados, tendo em vista que se trata de responsabilidade objetiva,
modalidade que, para sua configuração, dispensa qualquer outro requisito.
D) o nexo de causalidade entre a colisão causada pela viatura estadual e os danos emergentes sofridos, para
demonstrar que decorreram do acidente e não de outras causas e viabilizar a apuração correta da indenização,
prescindindo, no entanto, de prova de culpa do condutor.
E) a propriedade do imóvel onde funcionava a escola, tendo em vista que caso se trate de bem público estadual
cedido à municipalidade para implantação da escola, descabe qualquer indenização, seja pelo muro, seja pelos
danos nos aparelhos elétricos, uma vez que o funcionamento da própria unidade depende do ente estadual.
COMO CAI EM PROVA?
5. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: PC-AP - Delegado de Polícia
Uma determinada viatura oficial estadual, enquanto em diligência, chocou-se contra o muro de uma escola
municipal, derrubando-o parcialmente, bem como o poste de transmissão de energia existente na calçada, que
estava em péssimo estado de conservação, assim como os transformadores e demais equipamentos lá instalados.
Foram apurados danos materiais de grande monta, não só em razão da necessidade de reconstrução do muro, mas
também porque foi constatado que muitos aparelhos elétricos e eletrônicos deixaram de funcionar a partir de
então, tais como geladeiras, computadores e copiadoras. Relevante apurar, para solucionar a responsabilidade do
ente estatal,
A) se o condutor da viatura empregou toda a diligência e prudência necessárias para afastar negligência, bem como
se estava devidamente capacitado para o desempenho de suas funções, a fim de verificar eventual ocorrência de
imperícia.
B) a origem dos recursos que possibilitaram a aquisição dos materiais elétricos e eletrônicos, para comprovar se o
Município efetivamente sofreu prejuízos qualificáveis como indenizáveis para fins de configuração de
responsabilidade civil.
C) apenas o valor dos danos materiais constatados, tendo em vista que se trata de responsabilidade objetiva,
modalidade que, para sua configuração, dispensa qualquer outro requisito.
D) o nexo de causalidade entre a colisão causada pela viatura estadual e os danos emergentes sofridos, para
demonstrar que decorreram do acidente e não de outras causas e viabilizar a apuração correta da indenização,
prescindindo, no entanto, de prova de culpa do condutor.
E) a propriedade do imóvel onde funcionava a escola, tendo em vista que caso se trate de bem público estadual
cedido à municipalidade para implantação da escola, descabe qualquer indenização, seja pelo muro, seja pelos
danos nos aparelhos elétricos, uma vez que o funcionamento da própria unidade depende do ente estadual.
COMO CAI EM PROVA?
6. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC - Delegado de Polícia Civil
Considerando os entendimentos jurisprudenciais do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal
relativos à responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta.
A) Para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o Estado não responde civilmente por atos ilícitos praticados
por foragidos do sistema penitenciário, salvo quando os danos decorrem direta ou imediatamente do ato de fuga.
Também entende o Superior Tribunal de Justiça que o Estado pode responder civilmente pelos danos causados por
seus agentes, ainda que estes estejam amparados por causa excludente de ilicitude penal.
B) Segundo o Supremo Tribunal Federal, é obrigação do Estado ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de
encarceramento. Para fundamentar esta tese, a Corte Excelsa invocou a teoria do risco administrativo do tipo
integral.
C) Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o Estado não deve ser condenado a indenizar servidores
na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão judicial, sob fundamento de que deveria ter sido
investido em momento anterior, ainda que seja comprovada situação de arbitrariedade flagrante. Para o Supremo
Tribunal Federal, nas hipóteses de arbitrariedade flagrante, a indenização deve ser substituída pelo reconhecimento
do tempo de serviço.
D) Segundo o Supremo Tribunal Federal, caso um detento seja encontrado morto nas dependências de
estabelecimento penitenciário e seja comprovado que se tratou de um suicídio, à luz da teoria do risco
administrativo entende-se que não há como se imputar qualquer responsabilidade ao Estado.
E) O Superior Tribunal de Justiça, em conflito com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, firmou
entendimento no sentido de que o Estado deve ser responsabilizado civilmente caso o inquérito policial instaurado
por delegado de polícia seja arquivado judicialmente após pedido do Ministério Público.
COMO CAI EM PROVA?
6. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC - Delegado de Polícia Civil
Considerando os entendimentos jurisprudenciais do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal
relativos à responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta.
A) Para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o Estado não responde civilmente por atos ilícitos
praticados por foragidos do sistema penitenciário, salvo quando os danos decorrem direta ou imediatamente do
ato de fuga. Também entende o Superior Tribunal de Justiça que o Estado pode responder civilmente pelos danos
causados por seus agentes, ainda que estes estejam amparados por causa excludente de ilicitude penal.
B) Segundo o Supremo Tribunal Federal, é obrigação do Estado ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de
encarceramento. Para fundamentar esta tese, a Corte Excelsa invocou a teoria do risco administrativo do tipo
integral.
C) Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o Estado não deve ser condenado a indenizar servidores
na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão judicial, sob fundamento de que deveria ter sido
investido em momento anterior, ainda que seja comprovada situação de arbitrariedade flagrante. Para o Supremo
Tribunal Federal, nas hipóteses de arbitrariedade flagrante, a indenização deve ser substituída pelo reconhecimento
do tempo de serviço.
D) Segundo o Supremo Tribunal Federal, caso um detento seja encontrado morto nas dependências de
estabelecimento penitenciário e seja comprovado que se tratou de um suicídio, à luz da teoria do risco
administrativo entende-se que não há como se imputar qualquer responsabilidade ao Estado.
E) O Superior Tribunal de Justiça, em conflito com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, firmou
entendimento no sentido de que o Estado deve ser responsabilizado civilmente caso o inquérito policial instaurado
por delegado de polícia seja arquivado judicialmente após pedido do Ministério Público.
COMO CAI EM PROVA – BONUS
DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL
Ano: 2018 Banca: CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal
Acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.
O Estado não será civilmente responsável pelos danos causados por seus
agentes sempre que estes estiverem amparados por causa excludente de
ilicitude penal.

Certo
Errado
COMO CAI EM PROVA – BONUS
DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL
Ano: 2018 Banca: CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal
Acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.
O Estado não será civilmente responsável pelos danos causados por seus
agentes sempre que estes estiverem amparados por causa excludente de
ilicitude penal.

Certo
Errado
COMO CAI EM PROVA – BONUS 2
DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL
Ano: 2018 Banca: CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal
Acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.
A responsabilidade civil do Estado pela morte de detento sob sua
custódia é objetiva, conforme a teoria do risco administrativo, em caso de
inobservância do seu dever constitucional específico de proteção.

Certo
Errado
COMO CAI EM PROVA – BONUS 2
DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL
Ano: 2018 Banca: CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal
Acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.
A responsabilidade civil do Estado pela morte de detento sob sua
custódia é objetiva, conforme a teoria do risco administrativo, em caso de
inobservância do seu dever constitucional específico de proteção.

Certo
Errado
• FIM
Direito Constitucional
Prof. Ubirajara Martell
DOS DIREITOS E DEVERES
INDIVIDUAIS E COLETIVOS

LEIS COMPLEMENTAR Nº 10.990/97

PROF. UBIRAJARA MARTELL


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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
NOVOS DIREITOS:
# Direito de morrer (eutanásia – homicídio privilegiado no Brasil / Ortotanásia – deixar de prolongar
a vida de um doente em estado terminal, seguindo a Resolução do conselho federal de medicina, é
válida)
# Direito ao esquecimento (redes sociais, intimidade e vida privada)
# Direito a Felicidade (ADPF 132 – união de pessoas do mesmo sexo como entidade familiar)
# Direito do Acesso à Internet (acesso a informação e locomoção)

DIREITO A VIDA: # continuar vivo (não fazer do Estado)


# vida digna (fazer do Estado)
Segundo o STF (ADI 3.510) a VIDA HUMANA começaria com o surgimento do cérebro, que somente
apareceria após a introdução do embrião no útero da mulher. Sem cérebro não haveria vida. Um dos
argumentos utilizados pelo ministro relator nesse caso, foi a possibilidade da retirada de tecidos,
órgãos e partes do corpo humano destinados a transplante (Lei dos transplantes).
#Exceções do direito a vida: RELATIVIDADE DESSE DIREITO

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I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Princípio da Igualdade /Isonomia
HOMENS e MULHERES são iguais = IGUALDADE DE GÊNERO
Pessoas em mesma situação _________________________________________________________
Pessoas em situação diferente _______________________________________________________
Ações afirmativas são atos ou medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas
pelo estado, espontânea ou compulsoriamente, com os objetivos de eliminar desigualdades
historicamente acumuladas, garantir a igualdade de oportunidades e tratamento, compensar
perdas provocadas pela discriminação e marginalização. Essas ações sempre devem ter caráter
TEMPORÁRIO.

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
1) Segundo o STF, é CONSTITUCIONAL a definição de critérios, além da autodeclaração, como forma
de identificação dos beneficiários da política de cotas nos concursos públicos. ADC 41, Relator:
Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 08/06/2017. É legítima a utilização, além
da autodeclaração, de critérios subsidiários de heteroidentificação (exigência de autodeclaração
presencial perante a comissão do concurso), desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e
garantidos o contraditório e a ampla defesa.
2) O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de
disputar as vagas reservadas em concursos públicos. (Súmula 552 STJ)
3) O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas
aos deficientes. (Súmula 377 STJ)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
SÚMULA VINCULANTE 44 - Princípio da Legalidade
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

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III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;


Proibição da Tortura: art. 5º XLI e Lei 9.455/97

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;


Livre Pensamento / Vedado Anonimato:
# ADPF 187 (Marcha da Maconha). Foi considerada liberdade de pensamento ou incentivo ao uso
de drogas?
# Denúncia anônima. É possível?
# Discursos de Ódio. É possível?

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: É inconstitucional norma que proíbe proselitismo em rádios


comunitárias. O STF entendeu que essa proibição afronta os arts. 5º,IV, VI e IX, e 220, da Constituição
Federal. A liberdade de pensamento inclui o discurso persuasivo, o uso de argumentos críticos, o
consenso e o debate público informado e pressupõe a livre troca de ideias e não apenas a divulgação
de informações. STF. Plenário. ADI 2566/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min.
Edson Fachin, julgado em 16/5/2018 (Info 902).

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SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações
religiosas e seus seguidores não está protegida pela cláusula constitucional que assegura a liberdade
de expressão. STF. 2ª Turma. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli,
julgado em 6/3/2018 (Info 893). Atenção. Compare com RHC 134682/BA, Rel. Min. Edson Fachin,
julgado em 29/11/2016 (Info 849).
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem;
# Direito de resposta: Lei 13.188/15 (somente nos meios de comunicação social, como rádios,
jornais, televisão e portais na internet. Não será cabível contra ofensas individuais, como por
exemplo no facebook, twiter, intragran...

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA:


#Crucifixos nas repartições públicas: STF - Aspecto Religioso e Cultural

# Ensino religioso nas escolas pode em caráter confessional? Segundo o STF sim (ADI 4.439), matéria
facultativa nas escolas públicas ou privadas.
“Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O

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ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º O casamento é civil e
gratuita a celebração. § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. ”

#Crucifixos nas repartições públicas: STF - Aspecto Religioso e Cultural

# Ensino religioso nas escolas pode em caráter confessional? Segundo o STF sim (ADI 4.439), matéria
facultativa nas escolas públicas ou privadas.
“Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O
ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º O casamento é civil e
gratuita a celebração. § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. ”

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei;
Liberdade de Consciência, crença e culto: Art. 19, I
# escusa de consciência: serviço militar obrigatório, tribunal do júri / deve prestar serviço
alternativo, caso não prestem = suspensão dos direitos políticos

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,


independentemente de censura ou licença;

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Liberdade de atividade intelectual, artística, científica ou de comunicação e indenização em caso de
dano.
- Existe censura no ordenamento jurídico brasileiro? NÃO, não existe censura prévia
“Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer
forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.”
- Existe alguma forma de controle estatal nessa área? SIM, através da classificação indicativa ( art. 21
XVI, de competência da União). Esse é o ponto de equilíbrio entre a compatibilização da integridade
crianças e adolescentes e a garantia da liberdade de expressão. Não se trata de licença ou censura
prévia, mas de limite razoável para compatibilizar os direitos envolvidos. Trata-se de classificação e
não de autorização, deixando aos pais a efetiva educação dos filhos, com prioridade máxima em sua
proteção.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;

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XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

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XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações


profissionais que a lei estabelecer;
Liberdade de Profissão:

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário
ao exercício profissional;
Liberdade de Informação: art. 5º XIV e XXXIII – Lei 12.527/11

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Exceções: Art. 21, II (guerra), Art. 21, V (estado defesa, estado de sítio e intervenção federal)

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Direito de Reunião
#semarmas #independentementedeautorização #prévioaviso
Local Aberto = livre acesso, sem pagamento Ex.: Parada Gay, marcha das vadias
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Liberdade de Reunião e Associação: Art. 5º XVII a XXI
#princípiodalivreassociação
Independem de autorização: criação de _______________________________________
Vedada __________________________________________________________________
Associações: compulsoriamente dissolvidas por__________ + __________, suspensas suas
atividades _______________
Entidades Associativas podem representar seus associados quando______________________ via
__________________

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SÚMULA 629 STF - A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor
dos associados independe da autorização destes.
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; REQUISIÇÃO
ADMINISTRATIVA
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família,
não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
Direito de Propriedade: art. 5º XXII a XXVI
#direitoxfunçãosocial
#desapropriação – JUSTA E PRÉVIA INDENIZAÇÃO EM DINHEIRO, ressalvados casos previstos nesta
Constituição (ex.: expropriação, plantação de drogas)

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A pequena propriedade rural é impenhorável (art. 5º, XXVI, da CF/88
e o art. 833, VIII, do CPC) mesmo que a dívida executada não seja oriunda da atividade produtiva do
imóvel. De igual modo, a pequena propriedade rural é impenhorável mesmo que o imóvel não sirva
de moradia ao executado e à sua família. Desse modo, para que o imóvel rural seja impenhorável,
nos termos do art. 5º, XXVI, da CF/88 e do art. 833, VIII, do CPC, é necessário que cumpra apenas
dois requisitos cumulativos:
1) seja enquadrado como pequena propriedade rural, nos termos definidos pela lei; e
2) seja trabalhado pela família.
STJ. 3ª Turma. REsp 1591298-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 14/11/2017 (Info 616).

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XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:


a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz
humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
https://www3.ecad.org.br/
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização,
bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e
a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e
econômico do País;
Inventos = privilégio TEMPORÁRIO, visa o interesse social
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do "de cujus";
Regra:
Exceção:

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;


Lei 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

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XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
Direito de Petição = PEDIDO Direito de Certidões = ATESTADO
Direito de Petição e obtenção de certidões: natureza administrativa
#independentementedopagamentodetaxas
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Princípio da Inafastabilidade de Jurisdição: DIREITO DE AÇÃO E LIVRE ACESSO AO JUDICIÁRIO
EXCEÇÕES: necessidade de prévio esgotamento da esfera administrativa. Estão previstas na própria
constituição e em outras leis.
a) Justiça Desportiva (Art. 217 §1 º e 2 º da CF)
b) Pedido administrativo no Habeas Data (Lei nº 9 507/97 e art. 5º, LXXII)
c) Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após o
esgotamento das vias administrativas (Art. 7 º, § 1 º da Lei nº 11 417/06 Lei da Súmula Vinculante)
d) O STF tem decidido pela exigibilidade do prévio requerimento administrativo como condição
para o regular exercício do direito a ação, para que se postule judicialmente a concessão de
benefício previdenciário. Súmula Vinculante 28 “É inconstitucional a exigência de depósito prévio
como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de
crédito tributário. ” Súmula 667 do STF “Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa
judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. ”
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Os conceitos dos institutos previstos neste inciso estão no Art. 6 º, § 1 º, 2 º e 3 º da LINDB
“Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se
efetuou.
2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer,
como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. “
Direito Adquirido: direito que o titular ou alguém por ele, possa exercer, inalterável a arbítrio de
outrem. Incorporou ao patrimônio.
Ato Jurídico Perfeito: ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. Sem
vícios.
Coisa Julgada: decisão judicial em que não caiba mais recurso.

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XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;


Princípio do Juiz Natural e do promotor natural.
O juiz é pré-constituído e tem de ser imparcial.
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
TRIBUNAL DO JÚRI – EXCEÇÕES: foro por prerrogativa da função. Ex.: Crime doloso contra a vida
cometido pelo Presidente da República. Será julgado pelo STF.

a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Princípio da Legalidade e Anterioridade Penal
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Princípio da Irretroatividade da Lei Penal
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
Se a lei altera uma infração administrativa de trânsito, tornando-a menos grave, esta lei não irá
retroagir para alcançar pessoas que praticaram esta infração antes da Lei mais favorável. Como não
se trata de norma de natureza penal, não há como aplicar a retroatividade da norma mais benéfica.
Assim, a redação dada pela Lei nº 11.334/2006 ao art. 218, III do CTB (dirigir acima da velocidade
permitida) não pode ser aplicada às infrações cometidas antes da vigência daquela lei, ainda que
a nova redação seja mais benéfica ao infrator do que a anterior. Isso porque o art. 218 prevê uma
infração administrativa e não penal.
STJ. 2ª Turma. AgRg nos EDcl no REsp 1281027-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
18/12/2012 (Info 516).

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XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
EXEMPLOS:
Lei Maria da Penha, criminalização da Homofobia, estatuto do Idoso, estatuto da igualdade Racial
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;
LEI Nº 7.716/1989. Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura ,
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
(Regulamento)
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

# E o tráfico de pessoas (art. 149A do CP) ?


# ANISTIA, GRAÇA E INDULTO: são causas extintivas da punibilidade que configuram verdadeira
renúncia ao direito de punir do Estado.
A Anistia, veiculada por lei ordinária (federal), de iniciativa privada do Congresso Nacional, de caráter
retroativo (à data do fato – ex tunc) e irrevogável, promove a exclusão do crime e faz desaparecer
suas conseqüências penais, com exceção dos efeitos extrapenais (genéricos e específicos), que
ainda subsistem a sentença condenatória transitada em julgado poderá ser executada no cível, pois
o direito a indenização pertence ao particular lesado. Ex.: Lei nº 12.505/11 – concedeu anistia aos
crimes militares e infrações disciplinares conexas praticadas por policiais militares, que participaram
de movimentos por melhorias salarias.
A Graça é um benefício de caráter individual, concedido mediante despacho do Presidente da
República (ou algum dos seus delegados) após solicitação do condenado, do Ministério Público,
do Conselho Penitenciário, ou da Autoridade Administrativa (artigo 188 da LEP); e que deve ser
cumprido pelo juiz das execuções.
O Indulto é o benefício de caráter coletivo, concedido mediante decreto presidencial que deve ser
cumprido pelo Juiz, de ofício, ou mediante provocação do interessado, do Ministério Público, do
Conselho Penitenciário ou da Autoridade Administrativa. (Artigo 193 da LEP).

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A Graça e o Indulto são benefícios de competência privativa do Presidente da República, cujo


exercício pode ser delegado aos Ministros de Estado, ao Procurador – Geral da República ou ao
Advogado Geral da União (artigo 84, XII e parágrafo único da CF) e atingem somente os efeitos
principais da condenação, substituindo todos os efeitos penais e extrapenais gerando, inclusive, a
reincidência e maus antecedentes.
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII – não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a
idade e o sexo do apenado;
SÚMULA VINCULANTE 56
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em
regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE
641.320/RS.
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
PENAS, PRISÃO E PRESOS

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#apenaépersonalíssima #princípio da individualização da pena
Penas Permitidas: _________________________________________________________________
___________________
Penas Vedadas: ___________________________________________________________________
___________________
Cumprimento das Penas: ____________________________________________________________
__________________
#direitosasseguradosaospresos
Integridade ______________________________________________________________________
___________________
As presidiárias ____________________________________________________________________
__________________
Informação ao preso dos seus direitos _________________________________________________
__________________
Identificação dos responsáveis _______________________________________________________
__________________
#prisãoilegalrelaxada
Comunicação imediata _____________________________________________________________
___________________
Tipos de prisão: ___________________________________________________________________
___________________
________________________________________________________________________________
___________________
Liberdade provisória com ou sem fiança: _______________________________________________
_________________
Prisão Civil por dívida: ______________________________________________________________
__________________
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, na forma da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

A extradição é o processo oficial pelo qual um Estado solicita e obtém de outro a entrega de uma
pessoa condenada ou suspeita da prática de uma infração criminal. O direito internacional entende
que nenhum Estado é obrigado a extraditar uma pessoa presente em seu território, devido ao
princípio da soberania estatal. #reciprocidade
DICA: Outros casos e detalhes você encontra na Lei da Migração (13.445/2017)

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: Se um brasileiro nato que mora nos EUA e possui o green card decidir
adquirir a nacionalidade norte-americana, ele irá perder a nacionalidade brasileira. Não se pode
afirmar que a presente situação se enquadre na exceção prevista na alínea “b” do inciso II do §
4º do art. 12 da CF/88. Isso porque, como ele já tinha o green card, não havia necessidade de ter
adquirido a nacionalidade norte-americana como condição para permanência ou para o exercício
de direitos civis. O estrangeiro titular de green card já pode morar e trabalhar livremente nos EUA.
Dessa forma, conclui-se que a aquisição da cidadania americana ocorreu por livre e espontânea
vontade. Vale ressaltar que, perdendo a nacionalidade, ele perde os direitos e garantias inerentes
ao brasileiro nato. Assim, se cometer um crime nos EUA e fugir para o Brasil, poderá ser extraditado
sem que isso configure ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88. STF. 1ª Turma. MS 33864/DF, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 19/4/2016 (Info 822). STF. 1ª Turma. Ext 1462/DF, Rel. Min. Roberto Barroso,
julgado em 28/3/2017 (Info 859).
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

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Princípio do Juiz Natural e/ou Promotor Natural
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Decorre desse princípio o DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO, que não possui previsão expressa na CF/88
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Princípio do DEVIDO PROCESSO LEGAL, CONTRADITORIO E AMPLA DEFESA

SÚMULA VINCULANTE 5
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição.
SÚMULA VINCULANTE 21
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para
admissibilidade de recurso administrativo.
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA: A doutrina dos frutos da árvore envenenada é
uma metáfora legal que faz comunicar o vício da ilicitude da prova obtida com violação a regra de
direito material a todas as demais provas produzidas a partir daquela. Aqui tais provas são tidas
como ilícitas por derivação. É o caso, por exemplo, da obtenção do local onde se encontra o produto
do crime através da confissão do suspeito submetido à tortura ou realização de escutas telefônicas
sem mandado judicial.

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Princípio da Presunção de Inocência / não culpabilidade:

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

Sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima a cláusula de edital
de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo simples fato de responder a
inquérito ou a ação penal. STF. Plenário. RE 560900/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 5 e
6/2/2020 (repercussão geral – Tema 22) (Info 965).
A utilização de medida socioeducativa para excluir candidato ressocializado é excessiva, afrontando
a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90). A exclusão do
candidato nesses casos desvirtua os objetivos conceituais das medidas socioeducativas, tal como
estão descritos no § 2º do art. 1º da Lei 12.594/2012 (SINASE). STJ. 2ª Turma. RMS 48.568/RJ, Rel.
Min. Humberto Martins, julgado em 17/11/2015.
É desprovido de razoabilidade e proporcionalidade o ato que, na etapa de investigação social, exclui
candidato de concurso público baseado no registro deste em cadastro de serviço de proteção ao
crédito STJ. 5ª Turma. RMS 30.734/DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 20/09/2011.
O STJ recentemente decidiu que um candidato aprovado para agente penitenciário federal não
poderia ser eliminado do concurso pelo simples fato de ter celebrado transação penal. Conforme
afirmou, corretamente, o Min. Relator, a transação penal não pode servir de fundamento para a
não recomendação de candidato em concurso público na fase de investigação social, uma vez que
não importa em condenação do autor do fato (art. 76 da Lei n.° 9.099/95). STJ. 2ª Turma. REsp
1302206/MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 17/09/2013. STJ. 1ª Turma. AgInt no
REsp 1453461/GO, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 09/10/2018. No mesmo sentido: STF.
1ª Turma. ARE 713138 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 20/08/2013.
A omissão do candidato em prestar informações, conforme determinado pelo edital, na fase de
investigação social ou de sindicância da vida pregressa, enseja a sua eliminação do concurso público.
STJ. 2ª Turma. AgRg no RMS 39.108/PE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 23/04/2013.
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei; (Regulamento).
Identificação criminal: Lei 12.037/09 - “Art. 3º Embora apresentado documento de identificação,
poderá ocorrer identificação criminal quando: I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de
falsificação; II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade
judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do
Ministério Público ou da defesa; V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes
qualificações; VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do
documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o
interesse social o exigirem;
Regra = publicidade Exceção: sigilo (intimidade ou interesse social)
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei;

21
SÚMULA VINCULANTE 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao
juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;
SÚMULA VINCULANTE 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente
ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado.
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
SÚMULA VINCULANTE 25
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
Pacto de San José da Costa Rica. Disponível: https://www.cidh.oas.org/basicos/portugues/c.
convencao_americana.htm
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento
há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;

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LXXII - conceder-se-á habeas data:


a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;

23
TUDO QUE TEM M TEM QUE PAGAR:
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
STF – Súmula nº 101 – O mandado de segurança não substitui a ação popular.
STF – Súmula nº 629 – A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em
favor dos associados independe da autorização destes.
STF – Súmula nº 630 – A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
STJ – Súmula nº 213 – O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do
direito à compensação tributária.

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STJ – Súmula nº 460 – É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária
realizada pelo contribuinte.
Não caberá MS contra: Ato de gestão comercial por Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista
e concessionárias de serviço público; Decisão Judicial da qual cabe recurso com efeito suspensivo;
Decisão de recurso administrativo; Decisão transitada em julgado; Lei em tese.
HABEAS CORPUS COLETIVO:
O STJ concedeu habeas corpus para anular decisão que autorizou busca e apreensão em domicílios
nas comunidades de Jacarezinho e no Conjunto Habitacional Morar Carioca, no Rio de Janeiro (RJ),
sem identificar o nome de investigados e os endereços a serem objeto da abordagem policial. A
Defensoria Pública do Rio de Janeiro impetrou o habeas corpus coletivo em benefício dos moradores
dessas comunidades pobres, argumentando que, além de ofender a garantia constitucional
que protege o domicílio, o ato representou a legitimação de uma série de violações gravíssimas,
sistemáticas e generalizadas de direitos humanos. Para o STJ, a ausência de individualização das
medidas de busca e apreensão contraria diversos dispositivos legais, como os arts. 240, 242, 244,
245, 248 e 249 do CPP, bem como o art. 5º, XI, da CF/88, que traz como direito fundamental a
inviolabilidade do domicílio. É indispensável que o mandado de busca e apreensão tenha objetivo
certo e pessoa determinada, não se admitindo ordem judicial genérica. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC
435.934/RJ, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 05/11/2019.
O STF admitiu a possibilidade de habeas corpus coletivo. O habeas corpus se presta a salvaguardar
a liberdade. Assim, se o bem jurídico ofendido é o direito de ir e vir, quer pessoal, quer de um grupo
determinado de pessoas, o instrumento processual para resgatá-lo é o habeas corpus, individual
ou coletivo. Diante da inexistência de regramento legal, o STF entendeu que se deve aplicar, por
analogia, o art. 12 da Lei nº 13.300/2016, que trata sobre os legitimados para propor mandado de
injunção coletivo. Assim, possuem legitimidade para impetrar habeas corpus coletivo: 1) o Ministério
Público; 2) o partido político com representação no Congresso Nacional; 3) a organização sindical,
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um)
ano; 4) a Defensoria Pública. STF. 2ª Turma.HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado
em 20/2/2018 (Info 891).
AÇÃO POPULAR X AÇÃO CIVIL PÚBLICA
A Ação Popular permite ao cidadão recorrer à Justiça na defesa da coletividade para prevenir ou
reformar atos lesivos que forem cometidos por agentes públicos ou a eles equiparados por lei ou
delegação. Há também a possibilidade de uma ação popular ser aberta quando a administração
pública for omissa em relação a atos que deveria praticar. Todos os eleitores brasileiros, incluindo
os menores de 18 anos, têm legitimidade para propor uma ação desse tipo. Há, no entanto,
a necessidade de se demonstrar a lesividade ou ameaça ao direito provocada pelo ato da
administração pública ou pela omissão desta.
Esse instrumento processual é regido pela Lei 4.717, de 29 de junho de 1965, com aplicação do
Código de Processo Civil, somente naquilo que não contrarie as disposições da referida lei. A ação
pode ser proposta para resguardar a moralidade administrativa, o meio ambiente e o patrimônio
público, histórico e cultural. Cabe uma ação popular, por exemplo, quando é considerado abusivo o
reajuste sobre o salário de vereadores de determinada câmara municipal. Em regra, a competência
para o início da tramitação da ação popular é do juízo de primeiro grau da Justiça Federal ou Estadual,
dependendo da esfera administrativa da parte acionada. Em ambos os casos a ação é acompanhada
pelo Ministério Público. Se a sentença for favorável ao autor, a parte condenada será compelida a
corrigir o ato praticado ou, no caso de omissão, a tomar as medidas reclamadas na ação popular. Ele

25
também deverá ressarcir financeiramente os prejuízos causados, a pagar custas e demais despesas
judiciais e extrajudiciais, além de arcar com outras obrigações financeiras.
Ação Civil Pública – Parte da doutrina entende que é um REMÉDIO CONSTITUCIONAL (ART.
129 cf/88). Regida pela Lei 7.347, de 24 de julho de 1985, a Ação Civil Pública pode ser proposta
pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, os estados, municípios, autarquias,
empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista e associações interessadas, desde
que constituídas há pelo menos um ano. Conforme a lei, a ação civil pública, da mesma forma que
a ação popular, busca proteger os interesses da coletividade. Um dos diferenciais é que nela podem
figurar como réus não apenas a administração pública, mas qualquer pessoa física ou jurídica que
cause danos ao meio ambiente, aos consumidores em geral, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico. Cabe uma ação pública, por exemplo, quando uma
comunidade é atingida pelo rompimento de uma barragem. Nesse caso, os responsáveis podem ser
condenados a reparar, financeiramente, os danos morais e materiais da coletividade atingida. Esse
tipo de ação também pode ser movido com o objetivo de obrigar o réu a corrigir o ato praticado
ou, no caso de omissão, a tomar determinada providência. Em regra, esse instrumento processual
deve ser proposto no primeiro grau de jurisdição da Justiça Estadual ou Federal. Após a sentença as
partes poderão apresentar recursos ao segundo grau de jurisdição.
Agência CNJ de Notícias
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência
de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de
1989)
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários
ao exercício da cidadania.

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Independentemente do pagamento de taxas: Direito de Petição e obtenção de certidões


CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
CÓDIGO CIVIL:
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e
deveres dos cônjuges.
Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração.
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de
selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo
e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios
digitais.
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do
Brasil seja parte.
#rolexemplificativo
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo)
#tratadosdediretoshumanos #doisturnosportrêsquintosdosvotos #equivaleaemendaconstitucional
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado
adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de
2015)

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Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda
básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda,
cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e
orçamentária (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
DIREITOS SOCIAIS:
#segundageração #direitosdeigualdade #Norma programática #direito constitucional de
resistência
# Reserva do possível – cabe ao estado efetivar os direitos sociais apenas na medida do
financeiramente possível, determina os limites em que o Estado deixa de ser obrigado a efetivar os
direitos sociais. Os limites são a suficiência de recursos e a previsão orçamentária. O poder judiciário
pode determinar que o poder executivo implemente as políticas públicas, concretizando os direitos
sociais, por exemplo comprar remédios aos doentes.
# Mínimo existencial - prestações essenciais que se deve fornecer ao ser humano, para que ele
tenha uma existência digna. O mínimo existencial é uma limitação a reserva do possível.
Observa-se que a realização dos Direitos Fundamentais não é opção do governante, não é resultado
de um juízo discricionário nem pode ser encarada como tema que depende unicamente da vontade
política. Aqueles direitos que estão intimamente ligados à dignidade humana não podem ser
limitados em razão da escassez quando esta é fruto das escolhas do administrador. Não é por outra
razão que se afirma que a reserva do possível não é oponível à realização do mínimo existencial.
O mínimo existencial não se resume ao mínimo vital, ou seja, o mínimo para se viver. O conteúdo
daquilo que seja o mínimo existencial abrange também as condições socioculturais, que, para
além da questão da mera sobrevivência, asseguram ao indivíduo um mínimo de inserção na "vida"
social. Todavia, a real insuficiência de recursos deve ser demonstrada pelo Poder Público, não sendo
admitido que a tese seja utilizada como uma desculpa genérica para a omissão estatal no campo da
efetivação dos direitos fundamentais, principalmente os de cunho social.

SÚMULA VINCULANTE 12
A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da
Constituição Federal.
HINO NACIONAL BRASILEIRO (Brasil é o país do futuro...)

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...Gigante pela própria natureza


És belo, és forte, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza...
Composição: Francisco Manuel da Silva / Joaquim Osório Duque Estrada
T T E MO S LA A PIS DE MA I S

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:

- É possível o homeschooling, educação em casa, ensino doméstico ou ensino domiciliar ?


Não é possível, atualmente, o ensino domiciliar (homeschooling) como meio lícito de cumprimento,
pela família, do dever de prover educação. Não há, na CF/88, uma vedação absoluta ao ensino
domiciliar. A CF/88, apesar de não o prever expressamente, não proíbe o ensino domiciliar. No
entanto, o ensino domiciliar não pode ser atualmente exercido porque não há legislação que
regulamente os preceitos e as regras aplicáveis a essa modalidade de ensino. Assim, o ensino
domiciliar somente pode ser implementado no Brasil após uma regulamentação por meio de
lei na qual sejam previstos mecanismos de avaliação e fiscalização, devendo essa lei respeitar
os mandamentos constitucionais que tratam sobre educação. STF. Plenário. RE 888815/RS, rel.
orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 12/9/2018
(repercussão geral) (Info 915).
# Não viola a Constituição Federal a cobrança de contribuição obrigatória dos alunos matriculados
nos Colégios Militares do Exército Brasileiro. INFORMATIVO 921 - STF
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
#rolexemplificativo # RELAÇÕES INDIVIDUAIS (ART. 7º)
#urbano rural avulso doméstico aprendiz servidor público
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

29
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
DICA: Essa proibição tem como objetivo evitar que o salário mínimo se torne um “indexador
econômico” (um índice de reajuste). Se a Constituição permitisse que o salário mínimo pudesse
servir como indexador econômico, o valor e o preço de vários benefícios, produtos e serviços seriam
fixados em salário mínimo.
SÚMULA VINCULANTE 4
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador
de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por
decisão judicial.
SÚMULA VINCULANTE 6
Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as
praças prestadoras de serviço militar inicial.
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
Piso salarial é o valor mínimo que os membros de determinada categoria profissional devem ganhar.
Ex: piso salarial dos jornalistas, dos engenheiros, dos psicólogos etc. Quem fixa esse piso salarial? O
piso salarial pode ser fixado: por lei; por sentença normativa ou por acordo ou convenção coletiva
de trabalho.
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A estipulação do salário profissional em múltiplos do salário mínimo
não afronta o art. 7º, inciso IV, da Constituição Federal de 1988, só incorrendo em vulneração do
referido preceito constitucional a fixação de correção automática do salário pelo reajuste do salário
mínimo. INFORMATIVO 929-STF
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Horário Noturno:
Trabalhador Privado: das 22h às 05h / 1 h noturna = 52 min e 30 seg
Servidor Público: __________________________________________________________________
___________________
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
Retenção Dolosa do salário, pode configurar crime do Código Penal, competência para julgamento
dos Juízes Federais.

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XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,


participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
#dependenteebaixarenda
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
Jornada de Trabalho:
8 horas diárias, 44 semanais, compensação de horas e hora extra superior no mínimo em 50 % à
hora normal.
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
Licença gestante = licença maternidade (aceito pela maioria das bancas)
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: Proibição de tratamento diferenciado entre a licença-maternidade
e a licença-adotante. O art. 210 da Lei nº 8.112/90, assim como outras leis estaduais e municipais,
prevê que o prazo para a servidora que adotar uma criança é inferior à licença que ela teria caso
tivesse tido um filho biológico. De igual forma, este dispositivo estabelece que, se a criança
adotada for maior que 1 ano de idade, o prazo será menor do que seria se ela tivesse até 1 ano.
Segundo o STF, tal previsão é inconstitucional. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: Os prazos da
licença-adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença-gestante, o mesmo valendo para as
respectivas prorrogações. Em relação à licença-adotante, não é possível fixar prazos diversos em
função da idade da criança adotada. STF. Plenário. RE 778889/PE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado
em 10/3/2016 (repercussão geral) (Info 817).
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da
lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da
lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
CIPA – comissão interna de prevenção de acidentes
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da
lei;

31
XXIV - aposentadoria;
SÚMULA VINCULANTE 33: “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime
geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da
Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica”.
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
Evitar que os robôs substituam os humanos no trabalho.
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Inclui-se aqui o acidente ocorrido no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
a) (Revogada). b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; S E C C I
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

Crianças e adolescentes podem trabalhar? O art. 7º, XXXIIII, da CF/88 prevê que:
• criança não pode trabalhar;
• adolescente pode trabalhar a partir de 14 anos, na condição de aprendiz;
• a partir de 16 anos, o adolescente pode trabalhar normalmente (mesmo sem ser aprendiz), salvo
se for um trabalho noturno, perigoso ou insalubre;
• trabalho noturno, perigoso ou insalubre só pode ser realizado por maiores de 18 anos.
Lei 8.069/90 Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno
de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento
das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à
previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
DIREITOS DO TRABALHADOR DOMÉSTICO:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;

33
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da
lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; S E C C I
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
TRABALHADOR DOMÉSTICO NÃO TEM DIREITO
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da
lei;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da
lei;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;

34
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
DIREITOS COLETIVOS – ART. 8º AO 11
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro
no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical;
Registro: _________________________________________________________________________
Vedados ao poder público :__________________________________________________________
Dica: A legitimidade dos sindicatos para representação de determinada categoria depende do
devido registro no Ministério do Trabalho em obediência ao princípio constitucional da unicidade
sindical (art. 8º, II, da CF/88). STF. 1ª Turma. RE 740434 AgR/MA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
19/2/2019 (Info 931)
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa
de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
Princípio da Unidade Sindical
A legitimidade dos sindicatos para representação de determinada categoria depende do devido
registro no Ministério do Trabalho em obediência ao princípio constitucional da unicidade sindical
(art. 8º, II, da CF/88).
STF. 1ª Turma. RE 740434 AgR/MA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/2/2019 (Info 931).
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive
em questões judiciais ou administrativas;

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IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será
descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
Princípio da Liberdade Sindical X Princípio da Livre Associação (art. 5º XX)
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
Para compreender melhor:
O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) é um acordo firmado entre a entidade sindical dos trabalhadores
e uma determinada empresa.
Já a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é um acordo celebrado entre dois sindicatos, ou seja, é
um acordo feito entre sindicato dos trabalhadores e o sindicato patronal.

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

Nesse sentido, segundo o STF, “a celebração de convenções e acordos coletivos de trabalho


consubstancia direito reservado exclusivamente aos trabalhadores da iniciativa privada. A
negociação coletiva demanda a existência de partes formalmente detentoras de ampla autonomia
negocial, o que não se realiza no plano da relação estatutária" (ADI 554, da relatoria do ministro
Eros Grau).
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo
de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Dirigente Sindical tem estabilidade a partir _____________________________________________
__________
Dirigente Sindical tem estabilidade até _________________________________________________
__________
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de
colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Greve no serviço público:


Proibidos de fazer greve:

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a


abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e
fundações públicas. STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Alexandre
de Moraes, julgado em 1º/8/2017 (repercussão geral) (Info 871).

37
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade,
é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de
segurança pública.
É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das
carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da
categoria.
STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Conceito: Vínculo jurídico e político de uma pessoa com o Estado, fazendo com que esse indivíduo
passe a integrar o povo daquele Estado, desfrutando de diretos e sujeitando-se a obrigações.
Pedro Lenza
A nacionalidade é considerada um direito fundamental, protegida em âmbito internacional, valendo
ressaltar que a Declaração Universal dos Direitos dos Homens proclama em seu artigo XV que “todo
homem tem direito a uma nacionalidade” e que “Ninguém será arbitrariamente privado de sua
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade”.
#éumdireitofundamental

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

Art. 12. São brasileiros:


NACIONALIDADE:
Critério usado no Brasil __________________________________________________________
Serviço do Brasil ? ______________________________________________________________
Lei Municipal ou Estadual pode tratar de nacionalidade? ______________________________
Heimatlos é o mesmo que apátrida.

I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;
1. NASCEU NO BRASIL BRASILEIRINHO É – CRITÉRIO DO SOLO
# o pai e a mãe devem ser estrangeiros, mas apenas um pode estar a serviço de seu país. Se o pai ou
a mãe for brasileira, ainda que um deles esteja a serviço de seu país, o filho será brasileiro.
Exemplos: Casal de turistas argentinos tem filho no Brasil durante um passeio. Filhos de Brasileiros
naturalizados, nascidos no Brasil.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
2. CRITÉRIO DO SANGUE + SERVIÇO DO BRASIL
# somente um precisa ser brasileiro, mas deve estar a serviço do Brasil.
Exemplos: Filho de casal de brasileiros que estão morando na Itália e trabalhando a serviço do Brasil.
Filho de casal de brasileiros morando da Itália, mas somente a mulher/homem está serviço do Brasil.
Filho de russo e brasileira que está serviço do Brasil trabalhando na Rússia.
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em

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qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
3. CRITÉRIO DO SANGUE + REGISTRO NA REPARTIÇÃO COMPETENTE
# necessário registro na repartição competente (embaixada / consulado brasileiro)
Exemplos: 1) Filho de casal de brasileiros que estão morando ilegalmente na França. 2) Filho de
brasileiro ou brasileira, que nasce em outro país que utiliza apenas o critério ius sanguinis. 3)
Brasileiro nato, por interesse exclusivamente pessoal, residiu em país estrangeiro, onde teve um
filho com uma cidadã local. Nessa situação o filho poderá ser considerado brasileiro nato, ainda que
não venha a residir no Brasil.
4. CRITÉRIO DO SANGUE + RESIDÊNCIA + OPÇÃO + MAIORIDADE
# somente depois de atingir 18 anos.
Exemplo: Filho de mãe brasileira e pai espanhol que mora em Londres, nasceu em país estrangeiro
e não foi registrado em repartição brasileira competente. Aos 21 anos de idade, ele reside no Brasil
e pretende requerer a nacionalidade brasileira. Nesse caso, poderá ser conferida a condição de
brasileiro nato. Condição e direito que adquiriu ao nascer, por ser filho de brasileiro.
Para compreender melhor:
Vamos usar como exemplo a França e você pode observar a necessidade de registro em repartição
competente para os filhos de brasileiros:
Nacionalidade francesa originária: A nacionalidade originária depende da vontade do Estado, e não
da pessoa, determinada de acordo com a legislação francesa. Franceses natos são:
a) todos os indivíduos nascidos no território francês, onde um dos pais seja nacional francês;
b) filhos de francês ou francesa, nascidos no exterior;
c) todos os indivíduos nascidos no território francês, de pais desconhecidos ou apátridos (sem
nacionalidade), ou ainda de pais estrangeiros que não possam transmitir a nacionalidade aos filhos
por jus sanguinis.
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há
mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.
BRASILEIRO NATURALIZADO
1) Na forma da Lei (Lei da Migração - 13.445/17).
2) Originários de países de língua portuguesa (residência por 1 ano e idoneidade moral). Países com
língua portuguesa oficial: Brasil, Angola, Moçambique, Portugal, Guiné-Bissau, Timor Leste, Guiné
Equatorial, Macau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe).
3) Naturalização extraordinária: + 15 anos ininterruptos e sem condenação penal.

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

O PROCESSO DE NATURALIZAÇÃO É EXCLUSIVAMENTE ADMINISTRATIVO, A PARTIR DA LEI DA


MIGRAÇÃO, endereçado ao Ministro da Justiça, que ao final publicará sua decisão em diário oficial.
Na lei anterior (Estatuto do Estrangeiro) o processo era misto (administrativo e judicial) feito na
Justiça Federal.
CUMPRIDO OS REQUISITOS DA NATURALIZAÇÃO, É UM DUREITO SUBJETIVO DA PESSOA SUA
NATURALIZAÇÃO? não, pois é um ato de SOBERANIA ESTATAL, poderá ou não atender o pedido do
estrangeiro/apátrida.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor
de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Português equiparado / QUASE NACIONALIDADE #exigereciprocidade
Os portugueses com residência permanente no Brasil que queiram continuar com a nacionalidade
portugueses (estrangeiros), havendo reciprocidade em favor dos brasileiros, serão atribuídos aos
portugueses os mesmos direitos inerentes aos brasileiros, salvo expressa vedação constitucional.
Existem 3 Opções para o Português residente no Brasil: 1) manter a nacionalidade de origem,
vivendo no Brasil como estrangeiro; 2) naturalizar-se brasileiro (deixará de ser português); 3)
requerer equiparação (terá direitos do naturalizado e continua sendo português)
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

41
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
Hipóteses taxativas, nem mesmo tratados internacionais podem ampliá-las.

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;

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II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: Segundo o art. 12, § 4º, I, da CF/88, após ter sido deferida a
naturalização, seu desfazimento só pode ocorrer mediante processo judicial, mesmo que o ato
de concessão da naturalização tenha sido embasado em premissas falsas (erro de fato). O STF
entendeu que os §§ 2º e 3º do art. 112 da Lei nº 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro) não foram
recepcionados pela CF/88. Assim, o Ministro de Estado da Justiça não tem competência para rever
ato de naturalização. STF. Plenário. RMS 27840/DF, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o
acórdão Min. Marco Aurélio, 7/2/2013 (Info 694).
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS

Direitos Políticos nada mais são do que instrumentos por meio dos quais a CF garante o exercício da
soberania popular, atribuindo poderes aos cidadãos para interferirem na condução da coisa pública.

SUFRÁGIO UNIVERSAl
CIDADANIA
VOTO E SUAS
CARACTERÍSTICAS:
Nacional e cidadão não são conceitos coincidentes.
• Nacional: é o indivíduo que faz parte do povo de um Estado através do nascimento ou da
naturalização(nacionalidade = vínculo marcantemente jurídico).

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• Cidadão: é o indivíduo que tem direitos políticos, ou seja, pode votar e ser votado, propor ação
popular além de organizar e participar de partidos políticos (cidadania = vínculo marcantemente
político).
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.

§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária; Regulamento

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

VI - a idade mínima de:


a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


#inelegibilidadeabsoluta #estrangeiros #conscritos #analfabeto
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um
único período subseqüente.
#poderexecutivo #desimcompatibilização #outroscargos
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do
pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado
ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
#inelegibilidaderazãoparentesco #poderexecutivo

45
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
Alistável = aquele que pode votar, conscrito não
Afastamento definitivo do serviço
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Agregado = afastamento temporário
Passar para a inatividade = reserva ou reforma
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a
fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou
indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre
questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90
(noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número
de quesitos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos
termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita
no rádio e na televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

R I C C I

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; PERDA


II - incapacidade civil absoluta; (Dispositivo inócuo, pois com o advento do estatuto da pessoa com
deficiência – Lei 13.146/15 – apenas os menores de 16 anos são absolutamente incapazes e estes
não tem direitos políticos)
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; (LC 135 – Ficha
Limpa – condenação por órgão colegiado = Inelegibilidade) – SUSPENSÃO
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:

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A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, III, da Constituição Federal, aplica-se no caso de
substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos.
Havendo condenação criminal transitada em julgado, a pessoa condenada fica com seus direitos
políticos suspensos tanto no caso de pena privativa de liberdade como na hipótese de substituição
por pena restritiva de direitos. Veja o dispositivo constitucional:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
STF. Plenário. RE 601182/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 8/5/2019 (repercussão geral) (Info 939).
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º,
VIII; SUSPENSÃO OU PERDA – NÃO É PACÍFICO
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. SUSPENSÃO
#vedadacassação
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 4, de 1993)
Princípio da Anterioridade Eleitoral
Entra em vigor: Imediatamente Eficácia: 1 ano

SERVIDOR PÚBLICO E EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO: ART. 38 CF/88

Mandato Eletivo Federal, Estadual ou Distrital:

Mandato de Prefeito:

Mandato de Vereador:

#contagemdotempodeserviço #nãocontapromoçãomerecimento

CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS

47
Organização de pessoas reunidas em torno de um mesmo programa político com a finalidade de
assumir o poder e de mantê-lo ou ao menos, de influenciar na gestão da coisa pública através de
críticas e oposição.

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer
regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas
eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão
seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão,
na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2%
(dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº
97, de 2017)
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado
o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido,
não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de
2017)

§ 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que


se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de
anuência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada,
em qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário
ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 111, de 2021)

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DOS DIREITOS E DEVERES
INDIVIDUAIS E COLETIVOS

LEIS COMPLEMENTAR Nº 10.990/97

PROF. UBIRAJARA MARTELL


VIDEOAULA

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
NOVOS DIREITOS:
# Direito de morrer (eutanásia – homicídio privilegiado no Brasil / Ortotanásia – deixar de prolongar
a vida de um doente em estado terminal, seguindo a Resolução do conselho federal de medicina, é
válida)
# Direito ao esquecimento (redes sociais, intimidade e vida privada)
# Direito a Felicidade (ADPF 132 – união de pessoas do mesmo sexo como entidade familiar)
# Direito do Acesso à Internet (acesso a informação e locomoção)

DIREITO A VIDA: # continuar vivo (não fazer do Estado)


# vida digna (fazer do Estado)
Segundo o STF (ADI 3.510) a VIDA HUMANA começaria com o surgimento do cérebro, que somente
apareceria após a introdução do embrião no útero da mulher. Sem cérebro não haveria vida. Um dos
argumentos utilizados pelo ministro relator nesse caso, foi a possibilidade da retirada de tecidos,
órgãos e partes do corpo humano destinados a transplante (Lei dos transplantes).
#Exceções do direito a vida: RELATIVIDADE DESSE DIREITO

3
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Princípio da Igualdade /Isonomia
HOMENS e MULHERES são iguais = IGUALDADE DE GÊNERO
Pessoas em mesma situação _________________________________________________________
Pessoas em situação diferente _______________________________________________________
Ações afirmativas são atos ou medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas
pelo estado, espontânea ou compulsoriamente, com os objetivos de eliminar desigualdades
historicamente acumuladas, garantir a igualdade de oportunidades e tratamento, compensar
perdas provocadas pela discriminação e marginalização. Essas ações sempre devem ter caráter
TEMPORÁRIO.

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
1) Segundo o STF, é CONSTITUCIONAL a definição de critérios, além da autodeclaração, como forma
de identificação dos beneficiários da política de cotas nos concursos públicos. ADC 41, Relator:
Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 08/06/2017. É legítima a utilização, além
da autodeclaração, de critérios subsidiários de heteroidentificação (exigência de autodeclaração
presencial perante a comissão do concurso), desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e
garantidos o contraditório e a ampla defesa.
2) O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de
disputar as vagas reservadas em concursos públicos. (Súmula 552 STJ)
3) O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas
aos deficientes. (Súmula 377 STJ)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
SÚMULA VINCULANTE 44 - Princípio da Legalidade
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

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III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;


Proibição da Tortura: art. 5º XLI e Lei 9.455/97

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;


Livre Pensamento / Vedado Anonimato:
# ADPF 187 (Marcha da Maconha). Foi considerada liberdade de pensamento ou incentivo ao uso
de drogas?
# Denúncia anônima. É possível?
# Discursos de Ódio. É possível?

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: É inconstitucional norma que proíbe proselitismo em rádios


comunitárias. O STF entendeu que essa proibição afronta os arts. 5º,IV, VI e IX, e 220, da Constituição
Federal. A liberdade de pensamento inclui o discurso persuasivo, o uso de argumentos críticos, o
consenso e o debate público informado e pressupõe a livre troca de ideias e não apenas a divulgação
de informações. STF. Plenário. ADI 2566/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min.
Edson Fachin, julgado em 16/5/2018 (Info 902).

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SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações
religiosas e seus seguidores não está protegida pela cláusula constitucional que assegura a liberdade
de expressão. STF. 2ª Turma. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli,
julgado em 6/3/2018 (Info 893). Atenção. Compare com RHC 134682/BA, Rel. Min. Edson Fachin,
julgado em 29/11/2016 (Info 849).
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem;
# Direito de resposta: Lei 13.188/15 (somente nos meios de comunicação social, como rádios,
jornais, televisão e portais na internet. Não será cabível contra ofensas individuais, como por
exemplo no facebook, twiter, intragran...

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA:


#Crucifixos nas repartições públicas: STF - Aspecto Religioso e Cultural

# Ensino religioso nas escolas pode em caráter confessional? Segundo o STF sim (ADI 4.439), matéria
facultativa nas escolas públicas ou privadas.
“Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O

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ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º O casamento é civil e
gratuita a celebração. § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. ”

#Crucifixos nas repartições públicas: STF - Aspecto Religioso e Cultural

# Ensino religioso nas escolas pode em caráter confessional? Segundo o STF sim (ADI 4.439), matéria
facultativa nas escolas públicas ou privadas.
“Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O
ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º O casamento é civil e
gratuita a celebração. § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. ”

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei;
Liberdade de Consciência, crença e culto: Art. 19, I
# escusa de consciência: serviço militar obrigatório, tribunal do júri / deve prestar serviço
alternativo, caso não prestem = suspensão dos direitos políticos

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,


independentemente de censura ou licença;

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Liberdade de atividade intelectual, artística, científica ou de comunicação e indenização em caso de
dano.
- Existe censura no ordenamento jurídico brasileiro? NÃO, não existe censura prévia
“Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer
forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.”
- Existe alguma forma de controle estatal nessa área? SIM, através da classificação indicativa ( art. 21
XVI, de competência da União). Esse é o ponto de equilíbrio entre a compatibilização da integridade
crianças e adolescentes e a garantia da liberdade de expressão. Não se trata de licença ou censura
prévia, mas de limite razoável para compatibilizar os direitos envolvidos. Trata-se de classificação e
não de autorização, deixando aos pais a efetiva educação dos filhos, com prioridade máxima em sua
proteção.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;

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XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações


profissionais que a lei estabelecer;
Liberdade de Profissão:

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário
ao exercício profissional;
Liberdade de Informação: art. 5º XIV e XXXIII – Lei 12.527/11

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Exceções: Art. 21, II (guerra), Art. 21, V (estado defesa, estado de sítio e intervenção federal)

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Direito de Reunião
#semarmas #independentementedeautorização #prévioaviso
Local Aberto = livre acesso, sem pagamento Ex.: Parada Gay, marcha das vadias
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Liberdade de Reunião e Associação: Art. 5º XVII a XXI
#princípiodalivreassociação
Independem de autorização: criação de _______________________________________
Vedada __________________________________________________________________
Associações: compulsoriamente dissolvidas por__________ + __________, suspensas suas
atividades _______________
Entidades Associativas podem representar seus associados quando______________________ via
__________________

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SÚMULA 629 STF - A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor
dos associados independe da autorização destes.
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; REQUISIÇÃO
ADMINISTRATIVA
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família,
não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
Direito de Propriedade: art. 5º XXII a XXVI
#direitoxfunçãosocial
#desapropriação – JUSTA E PRÉVIA INDENIZAÇÃO EM DINHEIRO, ressalvados casos previstos nesta
Constituição (ex.: expropriação, plantação de drogas)

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A pequena propriedade rural é impenhorável (art. 5º, XXVI, da CF/88
e o art. 833, VIII, do CPC) mesmo que a dívida executada não seja oriunda da atividade produtiva do
imóvel. De igual modo, a pequena propriedade rural é impenhorável mesmo que o imóvel não sirva
de moradia ao executado e à sua família. Desse modo, para que o imóvel rural seja impenhorável,
nos termos do art. 5º, XXVI, da CF/88 e do art. 833, VIII, do CPC, é necessário que cumpra apenas
dois requisitos cumulativos:
1) seja enquadrado como pequena propriedade rural, nos termos definidos pela lei; e
2) seja trabalhado pela família.
STJ. 3ª Turma. REsp 1591298-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 14/11/2017 (Info 616).

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XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:


a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz
humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
https://www3.ecad.org.br/
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização,
bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e
a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e
econômico do País;
Inventos = privilégio TEMPORÁRIO, visa o interesse social
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do "de cujus";
Regra:
Exceção:

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;


Lei 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

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XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
Direito de Petição = PEDIDO Direito de Certidões = ATESTADO
Direito de Petição e obtenção de certidões: natureza administrativa
#independentementedopagamentodetaxas
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Princípio da Inafastabilidade de Jurisdição: DIREITO DE AÇÃO E LIVRE ACESSO AO JUDICIÁRIO
EXCEÇÕES: necessidade de prévio esgotamento da esfera administrativa. Estão previstas na própria
constituição e em outras leis.
a) Justiça Desportiva (Art. 217 §1 º e 2 º da CF)
b) Pedido administrativo no Habeas Data (Lei nº 9 507/97 e art. 5º, LXXII)
c) Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após o
esgotamento das vias administrativas (Art. 7 º, § 1 º da Lei nº 11 417/06 Lei da Súmula Vinculante)
d) O STF tem decidido pela exigibilidade do prévio requerimento administrativo como condição
para o regular exercício do direito a ação, para que se postule judicialmente a concessão de
benefício previdenciário. Súmula Vinculante 28 “É inconstitucional a exigência de depósito prévio
como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de
crédito tributário. ” Súmula 667 do STF “Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa
judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. ”
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Os conceitos dos institutos previstos neste inciso estão no Art. 6 º, § 1 º, 2 º e 3 º da LINDB
“Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se
efetuou.
2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer,
como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. “
Direito Adquirido: direito que o titular ou alguém por ele, possa exercer, inalterável a arbítrio de
outrem. Incorporou ao patrimônio.
Ato Jurídico Perfeito: ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. Sem
vícios.
Coisa Julgada: decisão judicial em que não caiba mais recurso.

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XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;


Princípio do Juiz Natural e do promotor natural.
O juiz é pré-constituído e tem de ser imparcial.
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
TRIBUNAL DO JÚRI – EXCEÇÕES: foro por prerrogativa da função. Ex.: Crime doloso contra a vida
cometido pelo Presidente da República. Será julgado pelo STF.

a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Princípio da Legalidade e Anterioridade Penal
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Princípio da Irretroatividade da Lei Penal
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
Se a lei altera uma infração administrativa de trânsito, tornando-a menos grave, esta lei não irá
retroagir para alcançar pessoas que praticaram esta infração antes da Lei mais favorável. Como não
se trata de norma de natureza penal, não há como aplicar a retroatividade da norma mais benéfica.
Assim, a redação dada pela Lei nº 11.334/2006 ao art. 218, III do CTB (dirigir acima da velocidade
permitida) não pode ser aplicada às infrações cometidas antes da vigência daquela lei, ainda que
a nova redação seja mais benéfica ao infrator do que a anterior. Isso porque o art. 218 prevê uma
infração administrativa e não penal.
STJ. 2ª Turma. AgRg nos EDcl no REsp 1281027-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
18/12/2012 (Info 516).

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XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
EXEMPLOS:
Lei Maria da Penha, criminalização da Homofobia, estatuto do Idoso, estatuto da igualdade Racial
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;
LEI Nº 7.716/1989. Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura ,
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
(Regulamento)
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

# E o tráfico de pessoas (art. 149A do CP) ?


# ANISTIA, GRAÇA E INDULTO: são causas extintivas da punibilidade que configuram verdadeira
renúncia ao direito de punir do Estado.
A Anistia, veiculada por lei ordinária (federal), de iniciativa privada do Congresso Nacional, de caráter
retroativo (à data do fato – ex tunc) e irrevogável, promove a exclusão do crime e faz desaparecer
suas conseqüências penais, com exceção dos efeitos extrapenais (genéricos e específicos), que
ainda subsistem a sentença condenatória transitada em julgado poderá ser executada no cível, pois
o direito a indenização pertence ao particular lesado. Ex.: Lei nº 12.505/11 – concedeu anistia aos
crimes militares e infrações disciplinares conexas praticadas por policiais militares, que participaram
de movimentos por melhorias salarias.
A Graça é um benefício de caráter individual, concedido mediante despacho do Presidente da
República (ou algum dos seus delegados) após solicitação do condenado, do Ministério Público,
do Conselho Penitenciário, ou da Autoridade Administrativa (artigo 188 da LEP); e que deve ser
cumprido pelo juiz das execuções.
O Indulto é o benefício de caráter coletivo, concedido mediante decreto presidencial que deve ser
cumprido pelo Juiz, de ofício, ou mediante provocação do interessado, do Ministério Público, do
Conselho Penitenciário ou da Autoridade Administrativa. (Artigo 193 da LEP).

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

A Graça e o Indulto são benefícios de competência privativa do Presidente da República, cujo


exercício pode ser delegado aos Ministros de Estado, ao Procurador – Geral da República ou ao
Advogado Geral da União (artigo 84, XII e parágrafo único da CF) e atingem somente os efeitos
principais da condenação, substituindo todos os efeitos penais e extrapenais gerando, inclusive, a
reincidência e maus antecedentes.
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII – não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a
idade e o sexo do apenado;
SÚMULA VINCULANTE 56
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em
regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE
641.320/RS.
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
PENAS, PRISÃO E PRESOS

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#apenaépersonalíssima #princípio da individualização da pena
Penas Permitidas: _________________________________________________________________
___________________
Penas Vedadas: ___________________________________________________________________
___________________
Cumprimento das Penas: ____________________________________________________________
__________________
#direitosasseguradosaospresos
Integridade ______________________________________________________________________
___________________
As presidiárias ____________________________________________________________________
__________________
Informação ao preso dos seus direitos _________________________________________________
__________________
Identificação dos responsáveis _______________________________________________________
__________________
#prisãoilegalrelaxada
Comunicação imediata _____________________________________________________________
___________________
Tipos de prisão: ___________________________________________________________________
___________________
________________________________________________________________________________
___________________
Liberdade provisória com ou sem fiança: _______________________________________________
_________________
Prisão Civil por dívida: ______________________________________________________________
__________________
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, na forma da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

A extradição é o processo oficial pelo qual um Estado solicita e obtém de outro a entrega de uma
pessoa condenada ou suspeita da prática de uma infração criminal. O direito internacional entende
que nenhum Estado é obrigado a extraditar uma pessoa presente em seu território, devido ao
princípio da soberania estatal. #reciprocidade
DICA: Outros casos e detalhes você encontra na Lei da Migração (13.445/2017)

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: Se um brasileiro nato que mora nos EUA e possui o green card decidir
adquirir a nacionalidade norte-americana, ele irá perder a nacionalidade brasileira. Não se pode
afirmar que a presente situação se enquadre na exceção prevista na alínea “b” do inciso II do §
4º do art. 12 da CF/88. Isso porque, como ele já tinha o green card, não havia necessidade de ter
adquirido a nacionalidade norte-americana como condição para permanência ou para o exercício
de direitos civis. O estrangeiro titular de green card já pode morar e trabalhar livremente nos EUA.
Dessa forma, conclui-se que a aquisição da cidadania americana ocorreu por livre e espontânea
vontade. Vale ressaltar que, perdendo a nacionalidade, ele perde os direitos e garantias inerentes
ao brasileiro nato. Assim, se cometer um crime nos EUA e fugir para o Brasil, poderá ser extraditado
sem que isso configure ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88. STF. 1ª Turma. MS 33864/DF, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 19/4/2016 (Info 822). STF. 1ª Turma. Ext 1462/DF, Rel. Min. Roberto Barroso,
julgado em 28/3/2017 (Info 859).
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

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Princípio do Juiz Natural e/ou Promotor Natural
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Decorre desse princípio o DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO, que não possui previsão expressa na CF/88
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Princípio do DEVIDO PROCESSO LEGAL, CONTRADITORIO E AMPLA DEFESA

SÚMULA VINCULANTE 5
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição.
SÚMULA VINCULANTE 21
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para
admissibilidade de recurso administrativo.
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA: A doutrina dos frutos da árvore envenenada é
uma metáfora legal que faz comunicar o vício da ilicitude da prova obtida com violação a regra de
direito material a todas as demais provas produzidas a partir daquela. Aqui tais provas são tidas
como ilícitas por derivação. É o caso, por exemplo, da obtenção do local onde se encontra o produto
do crime através da confissão do suspeito submetido à tortura ou realização de escutas telefônicas
sem mandado judicial.

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Princípio da Presunção de Inocência / não culpabilidade:

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:

20
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

Sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima a cláusula de edital
de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo simples fato de responder a
inquérito ou a ação penal. STF. Plenário. RE 560900/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 5 e
6/2/2020 (repercussão geral – Tema 22) (Info 965).
A utilização de medida socioeducativa para excluir candidato ressocializado é excessiva, afrontando
a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90). A exclusão do
candidato nesses casos desvirtua os objetivos conceituais das medidas socioeducativas, tal como
estão descritos no § 2º do art. 1º da Lei 12.594/2012 (SINASE). STJ. 2ª Turma. RMS 48.568/RJ, Rel.
Min. Humberto Martins, julgado em 17/11/2015.
É desprovido de razoabilidade e proporcionalidade o ato que, na etapa de investigação social, exclui
candidato de concurso público baseado no registro deste em cadastro de serviço de proteção ao
crédito STJ. 5ª Turma. RMS 30.734/DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 20/09/2011.
O STJ recentemente decidiu que um candidato aprovado para agente penitenciário federal não
poderia ser eliminado do concurso pelo simples fato de ter celebrado transação penal. Conforme
afirmou, corretamente, o Min. Relator, a transação penal não pode servir de fundamento para a
não recomendação de candidato em concurso público na fase de investigação social, uma vez que
não importa em condenação do autor do fato (art. 76 da Lei n.° 9.099/95). STJ. 2ª Turma. REsp
1302206/MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 17/09/2013. STJ. 1ª Turma. AgInt no
REsp 1453461/GO, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 09/10/2018. No mesmo sentido: STF.
1ª Turma. ARE 713138 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 20/08/2013.
A omissão do candidato em prestar informações, conforme determinado pelo edital, na fase de
investigação social ou de sindicância da vida pregressa, enseja a sua eliminação do concurso público.
STJ. 2ª Turma. AgRg no RMS 39.108/PE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 23/04/2013.
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei; (Regulamento).
Identificação criminal: Lei 12.037/09 - “Art. 3º Embora apresentado documento de identificação,
poderá ocorrer identificação criminal quando: I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de
falsificação; II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade
judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do
Ministério Público ou da defesa; V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes
qualificações; VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do
documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o
interesse social o exigirem;
Regra = publicidade Exceção: sigilo (intimidade ou interesse social)
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei;

21
SÚMULA VINCULANTE 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao
juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;
SÚMULA VINCULANTE 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente
ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado.
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
SÚMULA VINCULANTE 25
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
Pacto de San José da Costa Rica. Disponível: https://www.cidh.oas.org/basicos/portugues/c.
convencao_americana.htm
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento
há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;

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LXXII - conceder-se-á habeas data:


a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;

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TUDO QUE TEM M TEM QUE PAGAR:
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
STF – Súmula nº 101 – O mandado de segurança não substitui a ação popular.
STF – Súmula nº 629 – A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em
favor dos associados independe da autorização destes.
STF – Súmula nº 630 – A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
STJ – Súmula nº 213 – O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do
direito à compensação tributária.

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STJ – Súmula nº 460 – É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária
realizada pelo contribuinte.
Não caberá MS contra: Ato de gestão comercial por Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista
e concessionárias de serviço público; Decisão Judicial da qual cabe recurso com efeito suspensivo;
Decisão de recurso administrativo; Decisão transitada em julgado; Lei em tese.
HABEAS CORPUS COLETIVO:
O STJ concedeu habeas corpus para anular decisão que autorizou busca e apreensão em domicílios
nas comunidades de Jacarezinho e no Conjunto Habitacional Morar Carioca, no Rio de Janeiro (RJ),
sem identificar o nome de investigados e os endereços a serem objeto da abordagem policial. A
Defensoria Pública do Rio de Janeiro impetrou o habeas corpus coletivo em benefício dos moradores
dessas comunidades pobres, argumentando que, além de ofender a garantia constitucional
que protege o domicílio, o ato representou a legitimação de uma série de violações gravíssimas,
sistemáticas e generalizadas de direitos humanos. Para o STJ, a ausência de individualização das
medidas de busca e apreensão contraria diversos dispositivos legais, como os arts. 240, 242, 244,
245, 248 e 249 do CPP, bem como o art. 5º, XI, da CF/88, que traz como direito fundamental a
inviolabilidade do domicílio. É indispensável que o mandado de busca e apreensão tenha objetivo
certo e pessoa determinada, não se admitindo ordem judicial genérica. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC
435.934/RJ, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 05/11/2019.
O STF admitiu a possibilidade de habeas corpus coletivo. O habeas corpus se presta a salvaguardar
a liberdade. Assim, se o bem jurídico ofendido é o direito de ir e vir, quer pessoal, quer de um grupo
determinado de pessoas, o instrumento processual para resgatá-lo é o habeas corpus, individual
ou coletivo. Diante da inexistência de regramento legal, o STF entendeu que se deve aplicar, por
analogia, o art. 12 da Lei nº 13.300/2016, que trata sobre os legitimados para propor mandado de
injunção coletivo. Assim, possuem legitimidade para impetrar habeas corpus coletivo: 1) o Ministério
Público; 2) o partido político com representação no Congresso Nacional; 3) a organização sindical,
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um)
ano; 4) a Defensoria Pública. STF. 2ª Turma.HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado
em 20/2/2018 (Info 891).
AÇÃO POPULAR X AÇÃO CIVIL PÚBLICA
A Ação Popular permite ao cidadão recorrer à Justiça na defesa da coletividade para prevenir ou
reformar atos lesivos que forem cometidos por agentes públicos ou a eles equiparados por lei ou
delegação. Há também a possibilidade de uma ação popular ser aberta quando a administração
pública for omissa em relação a atos que deveria praticar. Todos os eleitores brasileiros, incluindo
os menores de 18 anos, têm legitimidade para propor uma ação desse tipo. Há, no entanto,
a necessidade de se demonstrar a lesividade ou ameaça ao direito provocada pelo ato da
administração pública ou pela omissão desta.
Esse instrumento processual é regido pela Lei 4.717, de 29 de junho de 1965, com aplicação do
Código de Processo Civil, somente naquilo que não contrarie as disposições da referida lei. A ação
pode ser proposta para resguardar a moralidade administrativa, o meio ambiente e o patrimônio
público, histórico e cultural. Cabe uma ação popular, por exemplo, quando é considerado abusivo o
reajuste sobre o salário de vereadores de determinada câmara municipal. Em regra, a competência
para o início da tramitação da ação popular é do juízo de primeiro grau da Justiça Federal ou Estadual,
dependendo da esfera administrativa da parte acionada. Em ambos os casos a ação é acompanhada
pelo Ministério Público. Se a sentença for favorável ao autor, a parte condenada será compelida a
corrigir o ato praticado ou, no caso de omissão, a tomar as medidas reclamadas na ação popular. Ele

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também deverá ressarcir financeiramente os prejuízos causados, a pagar custas e demais despesas
judiciais e extrajudiciais, além de arcar com outras obrigações financeiras.
Ação Civil Pública – Parte da doutrina entende que é um REMÉDIO CONSTITUCIONAL (ART.
129 cf/88). Regida pela Lei 7.347, de 24 de julho de 1985, a Ação Civil Pública pode ser proposta
pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, os estados, municípios, autarquias,
empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista e associações interessadas, desde
que constituídas há pelo menos um ano. Conforme a lei, a ação civil pública, da mesma forma que
a ação popular, busca proteger os interesses da coletividade. Um dos diferenciais é que nela podem
figurar como réus não apenas a administração pública, mas qualquer pessoa física ou jurídica que
cause danos ao meio ambiente, aos consumidores em geral, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico. Cabe uma ação pública, por exemplo, quando uma
comunidade é atingida pelo rompimento de uma barragem. Nesse caso, os responsáveis podem ser
condenados a reparar, financeiramente, os danos morais e materiais da coletividade atingida. Esse
tipo de ação também pode ser movido com o objetivo de obrigar o réu a corrigir o ato praticado
ou, no caso de omissão, a tomar determinada providência. Em regra, esse instrumento processual
deve ser proposto no primeiro grau de jurisdição da Justiça Estadual ou Federal. Após a sentença as
partes poderão apresentar recursos ao segundo grau de jurisdição.
Agência CNJ de Notícias
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência
de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de
1989)
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários
ao exercício da cidadania.

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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL

Independentemente do pagamento de taxas: Direito de Petição e obtenção de certidões


CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
CÓDIGO CIVIL:
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e
deveres dos cônjuges.
Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração.
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de
selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo
e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios
digitais.
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do
Brasil seja parte.
#rolexemplificativo
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo)
#tratadosdediretoshumanos #doisturnosportrêsquintosdosvotos #equivaleaemendaconstitucional
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado
adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DOS DIREITOS SOCIAIS

PROF. UBIRAJARA MARTELL


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DOS DIREITOS SOCIAIS

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de
2015)
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda
básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda,
cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e
orçamentária (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
DIREITOS SOCIAIS:
#segundageração #direitosdeigualdade #Norma programática #direito constitucional de
resistência
# Reserva do possível – cabe ao estado efetivar os direitos sociais apenas na medida do
financeiramente possível, determina os limites em que o Estado deixa de ser obrigado a efetivar os
direitos sociais. Os limites são a suficiência de recursos e a previsão orçamentária. O poder judiciário
pode determinar que o poder executivo implemente as políticas públicas, concretizando os direitos
sociais, por exemplo comprar remédios aos doentes.
# Mínimo existencial - prestações essenciais que se deve fornecer ao ser humano, para que ele
tenha uma existência digna. O mínimo existencial é uma limitação a reserva do possível.
Observa-se que a realização dos Direitos Fundamentais não é opção do governante, não é resultado
de um juízo discricionário nem pode ser encarada como tema que depende unicamente da vontade
política. Aqueles direitos que estão intimamente ligados à dignidade humana não podem ser
limitados em razão da escassez quando esta é fruto das escolhas do administrador. Não é por outra
razão que se afirma que a reserva do possível não é oponível à realização do mínimo existencial.
O mínimo existencial não se resume ao mínimo vital, ou seja, o mínimo para se viver. O conteúdo
daquilo que seja o mínimo existencial abrange também as condições socioculturais, que, para
além da questão da mera sobrevivência, asseguram ao indivíduo um mínimo de inserção na "vida"
social. Todavia, a real insuficiência de recursos deve ser demonstrada pelo Poder Público, não sendo
admitido que a tese seja utilizada como uma desculpa genérica para a omissão estatal no campo da
efetivação dos direitos fundamentais, principalmente os de cunho social.

3
# PROIBIÇÃO AO RETROCESSO: busca evitar que conquistas sociais já alcançadas pelo cidadão, sejam
desconstituídas ou desfeitas.
EFEITO CLIQUET: Apenas para ilustrar, a expressão "cliquet" é utilizada pelos alpinistas e define um
movimento que só permite o ao mesmo subir, não lhe sendo possível retroceder, em seu percurso.
O efeito "cliquet" dos direitos sociais significa que os direitos não podem retroagir, só podendo
avançar nas proteções dos indivíduos.
SÚMULA VINCULANTE 12
A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da
Constituição Federal.
HINO NACIONAL BRASILEIRO (Brasil é o país do futuro...)
...Gigante pela própria natureza
És belo, és forte, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza...
Composição: Francisco Manuel da Silva / Joaquim Osório Duque Estrada
T T E MO S LA A PIS DE MA I S

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:

- É possível o homeschooling, educação em casa, ensino doméstico ou ensino domiciliar ?


Não é possível, atualmente, o ensino domiciliar (homeschooling) como meio lícito de cumprimento,
pela família, do dever de prover educação. Não há, na CF/88, uma vedação absoluta ao ensino
domiciliar. A CF/88, apesar de não o prever expressamente, não proíbe o ensino domiciliar. No
entanto, o ensino domiciliar não pode ser atualmente exercido porque não há legislação que
regulamente os preceitos e as regras aplicáveis a essa modalidade de ensino. Assim, o ensino
domiciliar somente pode ser implementado no Brasil após uma regulamentação por meio de

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA MARTELL

lei na qual sejam previstos mecanismos de avaliação e fiscalização, devendo essa lei respeitar
os mandamentos constitucionais que tratam sobre educação. STF. Plenário. RE 888815/RS, rel.
orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 12/9/2018
(repercussão geral) (Info 915).
# Não viola a Constituição Federal a cobrança de contribuição obrigatória dos alunos matriculados
nos Colégios Militares do Exército Brasileiro. INFORMATIVO 921 - STF
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
#rolexemplificativo # RELAÇÕES INDIVIDUAIS (ART. 7º)
#urbano rural avulso doméstico aprendiz servidor público
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
DICA: Essa proibição tem como objetivo evitar que o salário mínimo se torne um “indexador
econômico” (um índice de reajuste). Se a Constituição permitisse que o salário mínimo pudesse
servir como indexador econômico, o valor e o preço de vários benefícios, produtos e serviços seriam
fixados em salário mínimo.
SÚMULA VINCULANTE 4
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de
base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão
judicial.
SÚMULA VINCULANTE 6
Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as
praças prestadoras de serviço militar inicial.
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
Piso salarial é o valor mínimo que os membros de determinada categoria profissional devem ganhar.
Ex: piso salarial dos jornalistas, dos engenheiros, dos psicólogos etc. Quem fixa esse piso salarial? O
piso salarial pode ser fixado: por lei; por sentença normativa ou por acordo ou convenção coletiva
de trabalho.
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A estipulação do salário profissional em múltiplos do salário mínimo
não afronta o art. 7º, inciso IV, da Constituição Federal de 1988, só incorrendo em vulneração do
referido preceito constitucional a fixação de correção automática do salário pelo reajuste do salário
mínimo. INFORMATIVO 929-STF
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

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VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Horário Noturno:
Trabalhador Privado: das 22h às 05h / 1 h noturna = 52 min e 30 seg
Servidor Público: __________________________________________________________________
___________________
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
Retenção Dolosa do salário, pode configurar crime do Código Penal, competência para julgamento
dos Juízes Federais.
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
#dependenteebaixarenda
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
Jornada de Trabalho:
8 horas diárias, 44 semanais, compensação de horas e hora extra superior no mínimo em 50 % à
hora normal.
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
Licença gestante = licença maternidade (aceito pela maioria das bancas)
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: Proibição de tratamento diferenciado entre a licença-maternidade
e a licença-adotante. O art. 210 da Lei nº 8.112/90, assim como outras leis estaduais e municipais,
prevê que o prazo para a servidora que adotar uma criança é inferior à licença que ela teria caso
tivesse tido um filho biológico. De igual forma, este dispositivo estabelece que, se a criança
adotada for maior que 1 ano de idade, o prazo será menor do que seria se ela tivesse até 1 ano.
Segundo o STF, tal previsão é inconstitucional. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: Os prazos da
licença-adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença-gestante, o mesmo valendo para as
respectivas prorrogações. Em relação à licença-adotante, não é possível fixar prazos diversos em

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA MARTELL

função da idade da criança adotada. STF. Plenário. RE 778889/PE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado
em 10/3/2016 (repercussão geral) (Info 817).
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da
lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da
lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
CIPA – comissão interna de prevenção de acidentes
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da
lei;
XXIV - aposentadoria;
SÚMULA VINCULANTE 33: “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime
geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da
Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica”.
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
Evitar que os robôs substituam os humanos no trabalho.
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Inclui-se aqui o acidente ocorrido no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
a) (Revogada). b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; S E C C I
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

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Crianças e adolescentes podem trabalhar? O art. 7º, XXXIIII, da CF/88 prevê que:
• criança não pode trabalhar;
• adolescente pode trabalhar a partir de 14 anos, na condição de aprendiz;
• a partir de 16 anos, o adolescente pode trabalhar normalmente (mesmo sem ser aprendiz), salvo
se for um trabalho noturno, perigoso ou insalubre;
• trabalho noturno, perigoso ou insalubre só pode ser realizado por maiores de 18 anos.
Lei 8.069/90 Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno
de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento
das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à
previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
DIREITOS DO TRABALHADOR DOMÉSTICO:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA MARTELL

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;


III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da
lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; S E C C I
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;

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XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
TRABALHADOR DOMÉSTICO NÃO TEM DIREITO
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da
lei;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da
lei;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
DIREITOS COLETIVOS – ART. 8º AO 11
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro
no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical;
Registro: _________________________________________________________________________
Vedados ao poder
público:________________________________________________________________
Dica: A legitimidade dos sindicatos para representação de determinada categoria depende do
devido registro no Ministério do Trabalho em obediência ao princípio constitucional da unicidade
sindical (art. 8º, II, da CF/88). STF. 1ª Turma. RE 740434 AgR/MA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
19/2/2019 (Info 931)
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa
de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
Princípio da Unidade Sindical

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA MARTELL

A legitimidade dos sindicatos para representação de determinada categoria depende do devido


registro no Ministério do Trabalho em obediência ao princípio constitucional da unicidade sindical
(art. 8º, II, da CF/88).
STF. 1ª Turma. RE 740434 AgR/MA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/2/2019 (Info 931).
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive
em questões judiciais ou administrativas;

IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será


descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
Princípio da Liberdade Sindical X Princípio da Livre Associação (art. 5º XX)
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
Para compreender melhor:
O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) é um acordo firmado entre a entidade sindical dos trabalhadores
e uma determinada empresa.
Já a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é um acordo celebrado entre dois sindicatos, ou seja, é
um acordo feito entre sindicato dos trabalhadores e o sindicato patronal.

11
Nesse sentido, segundo o STF, “a celebração de convenções e acordos coletivos de trabalho
consubstancia direito reservado exclusivamente aos trabalhadores da iniciativa privada. A
negociação coletiva demanda a existência de partes formalmente detentoras de ampla autonomia
negocial, o que não se realiza no plano da relação estatutária" (ADI 554, da relatoria do ministro
Eros Grau).
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo
de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Dirigente Sindical tem estabilidade a partir _____________________________________________
__________
Dirigente Sindical tem estabilidade até _________________________________________________
__________
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de
colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
GREVE – Lei 7.783/89

PARALISAÇÃO TOTAL PARALISAÇÃO PARCIAL LOCKOUT


Prévio aviso de 48 horas Serviços ou atividades Atitude do empregador, atinge
essenciais, água, luz, lixo, todos funcionários da empresa,
transporte Prévio aviso de pois trata-se de uma ato de
72 horas, mínimo de 30% de “fechar as portas” da empresa
serviços mantidos não permitindo que nenhum
funcionário adentre.
É PERMITIDA É PERMITIDA É PROIBIDA
Greve no serviço público:
Proibidos de fazer greve:

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a


abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e
fundações públicas. STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Alexandre
de Moraes, julgado em 1º/8/2017 (repercussão geral) (Info 871).
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade,
é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de
segurança pública.

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA MARTELL

É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das
carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da
categoria.
STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

13
DIREITO CONSTITUCIONAL

DA NACIONALIDADE

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DA NACIONALIDADE

CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE

Conceito: Vínculo jurídico e político de uma pessoa com o Estado, fazendo com que esse indivíduo
passe a integrar o povo daquele Estado, desfrutando de diretos e sujeitando-se a obrigações.
Pedro Lenza
A nacionalidade é considerada um direito fundamental, protegida em âmbito internacional, valendo
ressaltar que a Declaração Universal dos Direitos dos Homens proclama em seu artigo XV que “todo
homem tem direito a uma nacionalidade” e que “Ninguém será arbitrariamente privado de sua
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade”.
#éumdireitofundamental

Art. 12. São brasileiros:

3
NACIONALIDADE:
Critério usado no Brasil __________________________________________________________
Serviço do Brasil ? ______________________________________________________________
Lei Municipal ou Estadual pode tratar de nacionalidade? ______________________________
Heimatlos é o mesmo que apátrida.
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;
1. NASCEU NO BRASIL BRASILEIRINHO É – CRITÉRIO DO SOLO
# o pai e a mãe devem ser estrangeiros, mas apenas um pode estar a serviço de seu país. Se o pai ou
a mãe for brasileira, ainda que um deles esteja a serviço de seu país, o filho será brasileiro.
Exemplos: Casal de turistas argentinos tem filho no Brasil durante um passeio. Filhos de Brasileiros
naturalizados, nascidos no Brasil.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
2. CRITÉRIO DO SANGUE + SERVIÇO DO BRASIL
# somente um precisa ser brasileiro, mas deve estar a serviço do Brasil.
Exemplos: Filho de casal de brasileiros que estão morando na Itália e trabalhando a serviço do Brasil.
Filho de casal de brasileiros morando da Itália, mas somente a mulher/homem está serviço do Brasil.
Filho de russo e brasileira que está serviço do Brasil trabalhando na Rússia.
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
3. CRITÉRIO DO SANGUE + REGISTRO NA REPARTIÇÃO COMPETENTE
# necessário registro na repartição competente (embaixada / consulado brasileiro)
Exemplos: 1) Filho de casal de brasileiros que estão morando ilegalmente na França. 2) Filho de
brasileiro ou brasileira, que nasce em outro país que utiliza apenas o critério ius sanguinis. 3)
Brasileiro nato, por interesse exclusivamente pessoal, residiu em país estrangeiro, onde teve um
filho com uma cidadã local. Nessa situação o filho poderá ser considerado brasileiro nato, ainda que
não venha a residir no Brasil.
4. CRITÉRIO DO SANGUE + RESIDÊNCIA + OPÇÃO + MAIORIDADE
# somente depois de atingir 18 anos.
Exemplo: Filho de mãe brasileira e pai espanhol que mora em Londres, nasceu em país estrangeiro
e não foi registrado em repartição brasileira competente. Aos 21 anos de idade, ele reside no Brasil
e pretende requerer a nacionalidade brasileira. Nesse caso, poderá ser conferida a condição de
brasileiro nato. Condição e direito que adquiriu ao nascer, por ser filho de brasileiro.

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA MARTELL

Para compreender melhor:


Vamos usar como exemplo a França e você pode observar a necessidade de registro em repartição
competente para os filhos de brasileiros:
Nacionalidade francesa originária: A nacionalidade originária depende da vontade do Estado, e não
da pessoa, determinada de acordo com a legislação francesa. Franceses natos são:
a) todos os indivíduos nascidos no território francês, onde um dos pais seja nacional francês;
b) filhos de francês ou francesa, nascidos no exterior;
c) todos os indivíduos nascidos no território francês, de pais desconhecidos ou apátridos (sem
nacionalidade), ou ainda de pais estrangeiros que não possam transmitir a nacionalidade aos filhos
por jus sanguinis.
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há
mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.
BRASILEIRO NATURALIZADO
1) Na forma da Lei (Lei da Migração - 13.445/17).
2) Originários de países de língua portuguesa (residência por 1 ano e idoneidade moral). Países com
língua portuguesa oficial: Brasil, Angola, Moçambique, Portugal, Guiné-Bissau, Timor Leste, Guiné
Equatorial, Macau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe).
3) Naturalização extraordinária: + 15 anos ininterruptos e sem condenação penal.
O PROCESSO DE NATURALIZAÇÃO É EXCLUSIVAMENTE ADMINISTRATIVO, A PARTIR DA LEI DA
MIGRAÇÃO, endereçado ao Ministro da Justiça, que ao final publicará sua decisão em diário oficial.
Na lei anterior (Estatuto do Estrangeiro) o processo era misto (administrativo e judicial) feito na
Justiça Federal.
CUMPRIDO OS REQUISITOS DA NATURALIZAÇÃO, É UM DUREITO SUBJETIVO DA PESSOA SUA
NATURALIZAÇÃO? não, pois é um ato de SOBERANIA ESTATAL, poderá ou não atender o pedido do
estrangeiro/apátrida.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor
de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Português equiparado / QUASE NACIONALIDADE #exigereciprocidade
Os portugueses com residência permanente no Brasil que queiram continuar com a nacionalidade
portugueses (estrangeiros), havendo reciprocidade em favor dos brasileiros, serão atribuídos aos
portugueses os mesmos direitos inerentes aos brasileiros, salvo expressa vedação constitucional.

5
Existem 3 Opções para o Português residente no Brasil: 1) manter a nacionalidade de origem,
vivendo no Brasil como estrangeiro; 2) naturalizar-se brasileiro (deixará de ser português); 3)
requerer equiparação (terá direitos do naturalizado e continua sendo português)
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

a) Extradição Somente o naturalizado pode ser extraditado (o nato, nunca!).


O naturalizado pode ser extraditado por crime cometido antes da naturalização, ou mesmo depois
da naturalização, se o crime cometido for o tráfico ilícito de entorpecentes.
b) Cargos privativos Há alguns cargos privativos de brasileiro nato. São eles:
I – Presidente e Vice-Presidente da República;
II – Presidente da Câmara dos Deputados;
III – Presidente do Senado Federal;

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA MARTELL

IV – Ministro do Supremo Tribunal Federal;


V – de carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas.
VII – de Ministro de Estado da Defesa.
c) Atividade nociva ao interesse nacional
Somente o brasileiro naturalizado poderá perder a nacionalidade em virtude da prática de atividade
nociva ao interesse nacional (art. 12, § 4º, I, da CF/88).
d) Conselho da República
Participam do Conselho da República, além de outros membros, seis cidadãos brasileiros natos,
segundo o art. 89 da CF/88.
e) Empresa jornalística e de radiodifusão
Para que o brasileiro naturalizado seja proprietário de empresa jornalística e de radiodifusão no
Brasil é necessário que tenha se naturalizado há mais de 10 anos.
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
Hipóteses taxativas, nem mesmo tratados internacionais podem ampliá-las.
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: Segundo o art. 12, § 4º, I, da CF/88, após ter sido deferida a
naturalização, seu desfazimento só pode ocorrer mediante processo judicial, mesmo que o ato
de concessão da naturalização tenha sido embasado em premissas falsas (erro de fato). O STF
entendeu que os §§ 2º e 3º do art. 112 da Lei nº 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro) não foram
recepcionados pela CF/88. Assim, o Ministro de Estado da Justiça não tem competência para rever
ato de naturalização. STF. Plenário. RMS 27840/DF, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o
acórdão Min. Marco Aurélio, 7/2/2013 (Info 694).
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

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SEGURANÇA PÚBLICA

DIREITO CONSTITUCIONAL

Dos Direitos Políticos

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Direito Constitucional

DOS DIREITOS POLÍTICOS

CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS

Direitos Políticos nada mais são do que instrumentos por meio dos quais a CF garante o exercício da
soberania popular, atribuindo poderes aos cidadãos para interferirem na condução da coisa pública.
SUFRÁGIO
UNIVERSAL
CIDADANIA
VOTO E SUAS
CARACTERÍSTICAS:

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;

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b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.

VOTO
OBRIGATÓRIO FACULTATIVO PROIBIDO

Analfabetos:

§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária; Regulamento
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

# inelegibilidadeabsoluta # estrangeiros # conscritos # analfabeto

§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos


e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para
um único período subseqüente.

# poderexecutivo # desimcompatibilização # outroscargos

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Direito Constitucional – Prof. Ubirajara Martell

§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado


e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses
antes do pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos
seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

# inelegibilidaderazãoparentesco # poderexecutivo

MEU PARENTE ATÉ 2º GRAU É: NÃO POSSO ME CANDIDATAR:


PREFEITO

GOVERNADOR ESTADO/DF

PRESIDENTE

EXCEÇÃO: Se já detentor de mandato eletivo, pode se candidatar à reeleição.


Observar súmula vinculante nº 18 (separação).

§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:


I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

Alistável = aquele que pode votar, conscrito não


Afastamento definitivo do serviço

II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

Agregado = afastamento temporário


Passar para a inatividade = reserva ou reforma

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua


cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições
contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego
na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº
4, de 1994)
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção
ou fraude.

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§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o
autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

R I C C I

I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; PERDA


II – incapacidade civil absoluta; (Dispositivo inócuo, pois com o advento do estatuto da pessoa
com deficiência – Lei 13.146/15 – apenas os menores de 16 anos são absolutamente incapazes
e estes não tem direitos políticos)
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; (LC 135 –
Ficha Limpa – condenação por órgão colegiado = Inelegibilidade) – SUSPENSÃO
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.
5º, VIII; SUSPENSÃO OU PERDA – NÃO É PACÍFICO
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. SUSPENSÃO

# vedadacassação

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 4, de 1993)

Princípio da Anterioridade Eleitoral


Entra em vigor: Imediatamente Eficácia: 1 ano

SERVIDOR PÚBLICO E EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO: ART. 38 CF/88


Mandato Eletivo Federal, Estadual ou Distrital:

Mandato de Prefeito:

Mandato de Vereador:

# contagemdotempodeserviço # nãocontapromoçãomerecimento

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CASA TRIBUNAIS

DIREITO CONSTITUCIONAL

Dos Partidos Políticos

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DOS PARTIDOS POLÍTICOS

CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Organização de pessoas reunidas em torno de um mesmo programa político com a finalidade de


assumir o poder e de mantê-lo ou ao menos, de influenciar na gestão da coisa pública através de
críticas e oposição.

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e
o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições
proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

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§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é
assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os
tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do
fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Das Atribuições do Presidente da República (Art. 084)

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

Seção II – Das Atribuições do Presidente da República

PRESIDENTE DA REPÚBLICA
CHEFE DE ESTADO CHEFE DE GOVERNO
Representação do Estado no plano Governo da União, poder executivo no
externo: art. 84, VII, VIII, XIX e XX plano interno: Art. 84 I, II, III e VI

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


# ROL exemplificativo
# Algumas são delegáveis (Ministros, PGR, AGU)
I – nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II – exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução;
V – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº
32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001)
EXTINÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
POR DECRETO Art. 84 VI, b – extinção de funções ou cargos públicos, quando
vagos
“QUANDO VAGOS”
“Quem pode mais pode o menos” – também pode ser extinto
por LEI
POR LEI “QUANDO Art. 84 XXV – prover e extinguir os cargos públicos federais, na
OCUPADOS” forma da lei.
Art. 48, X – Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República:
criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o
que estabelece o art. 84, VI, b.
Súmula 22 do STF: O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do
cargo.

3
VII – manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;
IX – decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X – decretar e executar a intervenção federal;
Decreta intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro com o objetivo de pôr termo ao grave
comprometimento da ordem pública.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput , inciso X, da
Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Fica decretada intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro até 31 de dezembro de 2018.
§ 1º A intervenção de que trata o caput se limita à área de segurança pública, conforme o
disposto no Capítulo III do Título V da Constituição e no Título V da Constituição do Estado do
Rio de Janeiro.
§ 2º O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no
Estado do Rio de Janeiro.
Art. 2º Fica nomeado para o cargo de Interventor o General de Exército Walter Souza Braga Netto.
Parágrafo único. O cargo de Interventor é de natureza militar.
Art. 3º As atribuições do Interventor são aquelas previstas no art. 145 da Constituição do Estado do
Rio de Janeiro necessárias às ações de segurança pública, previstas no Título V da Constituição do
Estado do Rio de Janeiro.
§ 1º O Interventor fica subordinado ao Presidente da República e não está sujeito às normas
estaduais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção.
§ 2º O Interventor poderá requisitar, se necessário, os recursos financeiros, tecnológicos,
estruturais e humanos do Estado do Rio de Janeiro afetos ao objeto e necessários à consecução
do objetivo da intervenção.
§ 3º O Interventor poderá requisitar a quaisquer órgãos, civis e militares, da administração
pública federal, os meios necessários para consecução do objetivo da intervenção.
§ 4º As atribuições previstas no art. 145 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro que não
tiverem relação direta ou indireta com a segurança pública permanecerão sob a titularidade do
Governador do Estado do Rio de Janeiro.
§ 5º O Interventor, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, exercerá o controle operacional de
todos os órgãos estaduais de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição e no Título
V da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
Art. 4º Poderão ser requisitados, durante o período da intervenção, os bens, serviços e servidores
afetos às áreas da Secretaria de Estado de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de
Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado
do Rio de Janeiro, para emprego nas ações de segurança pública determinadas pelo Interventor.

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Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.


Brasília, 16 de fevereiro de 2018; 197º da Independência e 130º da República.
MICHEL TEMER
XI – remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura
da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII – conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;
XIII – exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais–generais e nomeá–los para os cargos que
lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)
XIV – nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador–Geral da República,
o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
XV – nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI – nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado–Geral da
União;
XVII – nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII – convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX – declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional
ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX – celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI – conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII – permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV – prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV – prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI – editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII – exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
XXVIII – propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito
nacional previsto nos arts. 167–B, 167–C, 167–D, 167–E, 167–F e 167–G desta Constituição.

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Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador–Geral da República
ou ao Advogado–Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DELEGÁVEIS: Ministros de Estado, AGU ou PGR
VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração
federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos
XII – conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei
XXV – prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei (primeira parte – só
pode prover cargos)
SE LIGA !!! Segundo jurisprudência do STF, se pode prover (nomeação), pode também
desprover (demissão).

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SEGURANÇA PÚBLICA

DIREITO CONSTITUCIONAL

Da Responsabilidade do
Presidente da República (Art. 85 e 86)

Prof. Ubirajara Martell

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Direito Constitucional

Seção III
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I – a existência da União;
II – o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Pode-
res constitucionais das unidades da Federação;
III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV – a segurança interna do País;
V – a probidade na administração;
VI – a lei orçamentária;
VII – o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

SÚMULA VINCULANTE 46
A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas
normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.

# Lei 1.079/50 – foi recepcionada

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Julgamento STF e ficará suspenso por até 180 dias a partir do
Crime comum
recebimento da denúncia/queixa no STF
Crime de Julgamento pelo Senado Federal e ficará suspenso por até 180
responsabilidade dias a partir da instauração do processo o Senado Federal

§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:

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I – nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribu-
nal Federal;
II – nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará
o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da


República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado
por atos estranhos ao exercício de suas funções.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DA UNIÃO

PROF. UBIRAJARA M. SOARES


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DIREITO CONSTITUCIONAL

DA UNIÃO
Art. 20. São bens da União:

#listagemexemplificativa - autônoma - não tem soberania


A União exerce dupla função, interna e externa. Internamente é uma pessoa jurídica de
direito público, com capacidade e de auto-organização, autogoverno, autolegislação e
autoadministração. Externamente representa a RFB, nos termos do art. 21, I da CF.
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;

O que são terras devolutas? A quem elas pertencem? Terras devolutas são aquelas que não tem
nenhuma utilização pública específica e que não se encontram, por qualquer título, integradas ao
domínio privado. As terras devolutas pertencem, em regra, aos Estados-membros, com exceção
daquelas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias
federais de comunicação e à preservação ambiental, que são de propriedade da União (art. 20, II,
da CF/88).
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais
de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas
áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;

Terrenos de Marinha:

VIII - os potenciais de energia hidráulica;


IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

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§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins
de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma
continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa
exploração. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres,
designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e
sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Norma de Eficácia LIMITADA. – aplicação MEDIATA, indireta e negativa

ENTE DA FEDERAÇÃO COMPETÊNCIAS COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS


ADMINISTRATIVAS- MATERIAS
Privativa - Concorrente
Exclusiva - Comum
# Exclusiva (art. 21) # Privativa (art. 22)
UNIÃO # Comum (art. 23) # Concorrente (art. 24)

# Comum (art. 23) #Concorrente Suplementar


(art. 24, §3º)
# Residual, reservava,
remanescente (art. 25 §1º) # Residual, reservada,
ESTADOS remanescente (art. 25, §1º)
# Explorar os serviços de gás
canalizado (art. 25, §2º) # Por delegação da União (art.
22, §único)
# Expressos (art. 25, §2º e 3º)
# Comum (art. 23) # Exclusiva (art. 30, I)
MUNICÍPIOS # Exclusiva (art. 30, III a IX) # Suplementar a legislação
federal e estadual (art. 30, II)

DISTRITO FEDERAL Competência híbrida (estados e Competência híbrida (estados e


municípios) municípios)

Art. 219-B. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) será organizado em
regime de colaboração entre entes, tanto públicos quanto privados, com vistas a promover o
desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85,
de 2015)
§ 1º Lei federal disporá sobre as normas gerais do SNCTI.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios legislarão concorrentemente sobre suas
peculiaridades. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA M. SOARES

Art. 21. Compete à União:

Importante !
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira,
especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência
privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento
econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um
órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8,
de 15/08/95:)

SE LIGA NA JUSRISPRUDÊNCIA:
É inconstitucional Lei estadual que, a pretexto de proteger a saúde da população, estabelece
limites de radiação para a instalação de antenas transmissoras de telefonia celular. Essa lei adentra
na esfera de competência privativa da União para legislar sobre telecomunicações. A União, no
exercício de suas competências (art. 21, XI e art. 22, IV, da CF/88), editou a Lei nº 9.472/97, que,
de forma nítida, atribui à ANATEL a definição de limites para a tolerância da radiação emitida por
antenas transmissoras. A União, por meio da Lei nº 11.934/2009, fixou limites proporcionalmente
adequados à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos.
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água,
em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais,
ou que transponham os limites de Estado ou Território;

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e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios
e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)
(Produção de efeito)
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar
do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de
serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104,
de 2019)

UNIÃO DISTRITO FEDERAL


Organizar e manter: Organizar e manter:
# Poder judiciário DF, MPDFT, Polícia Civil DF, # Defensoria Pública do DF (EC 69/2012)
PM DF, CBM DF, Polícia Penal DF, Defensoria
Pública dos Territórios
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de
âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e
televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as
secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga
de direitos de seu uso; (Regulamento)
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e
transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal
sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante
aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para
a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49,
de 2006)

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA M. SOARES

c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos


de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de
2006)
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma
associativa.
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei." (NR)
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

Competência privativa = DELEGÁVEL / TRANSFERÍVEL


Competência exclusiva = INDELEGÁVEL / INTRANSFERÍVEL

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho;
II - desapropriação;

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III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da
Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito)
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;

SÚMULA VINCULANTE 2
É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de
consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização
das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA M. SOARES

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
Compete privativamente à União legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional (art.
22, XXIV, da CF), de modo que os Municípios não têm competência para editar lei proibindo
a divulgação de material com referência a “ideologia de gênero” nas escolas municipais. Existe
inconstitucionalidade formal. Há também inconstitucionalidade material nessa lei. Lei municipal
proibindo essa divulgação viola: • a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber (art. 206, II, CF/88); e • o pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas (art. 206, III).
Essa lei contraria ainda um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, que é a
promoção do bem de todos sem preconceitos (art. 3º, IV, CF/88). Por fim, essa lei não cumpre com
o dever estatal de promover políticas de inclusão e de igualdade, contribuindo para a manutenção
da discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero. STF. Plenário. ADPF 457,
Rel. Alexandre de Moraes, julgado em 27/04/2020.
Nas palavras do Min. Edson Fachin: “O reconhecimento da identidade de gênero é, portanto,
constitutivo da dignidade humana. O Estado, para garantir o gozo pleno dos direitos humanos, não
pode vedar aos estudantes o acesso a conhecimento a respeito de seus direitos de personalidade
e de identidade. ”
Invade a competência privativa da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação
nacional lei estadual que dispõe sobre reconhecimento de diploma obtido por instituições de
ensino superior de países estrangeiros.
STF. Plenário. ADI 6592/AM, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 3/9/2021 (Info 1028).
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista,
nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas
das matérias relacionadas neste artigo.
Norma de Eficácia LIMITADA. – aplicação MEDIATA, indireta e negativa

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
Importante !
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio
público;

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II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à
inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social
dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar
em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
Importante !

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: DIREITO ECONÔMICO - CONCORRENTE


É constitucional lei estadual que concede o desconto de 50% no valor dos ingressos em casas de
diversões, praças desportivas e similares aos jovens de até 21 anos de idade. STF. Plenário. ADI
2163/RJ, rel. orig. Min. Eros Grau, red. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 12/4/2018
(Info 897)
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;

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DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA M. SOARES

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas
gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
lhe for contrário.

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SEFAZ

DIREITO CONSTITUCIONAL

Das Forças Armadas

Prof. Ubirajara Martell

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Direito Constitucional

DAS FORÇAS ARMADAS

CAPÍTULO II
DAS FORÇAS ARMADAS
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia
dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

# HIERARQUIA # DISCIPLINA # DESTINAÇÃO:

§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no


preparo e no emprego das Forças Armadas.
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das
que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 18, de 1998)
I – as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo
Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou
reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais
membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
18, de 1998)
II – o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente,
ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea “c”, será transferido para a reserva,
nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
III – o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função
pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese
prevista no art. 37, inciso XVI, alínea “c”, ficará agregado ao respectivo quadro e somente
poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-
lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos
da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
V – o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;

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VI – o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele
incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de
tribunal especial, em tempo de guerra; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
VII – o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior
a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no
inciso anterior;
VIII – aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art.
37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar,
no art. 37, inciso XVI, alínea “c”; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
IX – (Revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19.12.2003)
X – a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e
outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a
remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as
peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos
internacionais e de guerra. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em
tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal
o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de
atividades de caráter essencialmente militar. (Regulamento)
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de
paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir. (Regulamento)

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Da Segurança Pública (Art. 144)

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DIREITO CONSTITUCIONAL

CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
I – polícia federal;
II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI – polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 104, de 2019)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se a:” (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços
e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como
outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão
uniforme, segundo se dispuser em lei;
II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas
de competência;
III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias
federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos
corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade
federativa a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do
Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e
distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança
pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo
será fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de
2014)
I – compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades
previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
II – compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos
órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma
da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Disposição Geral (Art. 193)

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TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a
justiça sociais.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Da Seguridade Social - Disposições Gerais (Art. 194 e 195)

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CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.

Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social,
com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – eqüidade na forma de participação no custeio;
VI – diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas
para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência
social, preservado o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite,
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos
órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

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I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título,
à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata
o art. 201;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
§ 1º – As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade
social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas
e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão
de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em
lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios.

#pessoajurídicaemdébitonãocontrata

§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da


seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou
estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

#fontecusteiototal

§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.

#princípiodanoventena – 90 dias

§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de


assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como
os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de

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uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos
termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas
diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do
porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada
a adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas “b” e “c” do inciso I do
caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e
ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos
Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses e,
na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a
alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes
na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (Revogado pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima
mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Da Seguridade Social - da Saúde (Art. 196 a 200)

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Seção II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor,
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
III – participação da comunidade.

PRINCÍPIOS:
#descentralização #integralidade #participaçãodacomunidade

§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº
29, de 2000)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e
serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados
sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I – no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo
ser inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de
2015)
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se
refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II,
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a
que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e §
3º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

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§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:(Incluído
pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I – os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 86, de 2015)
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios,
objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal,
estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
IV – (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de
saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo
com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.
.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006)
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as
diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário
de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar
assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o
cumprimento do referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de
2010) Regulamento
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal,
o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente
de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos
específicos, fixados em lei, para o seu exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de
2006)
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

INICIATIVA PRIVADA NA SAÚDE:


#formacomplematar #vedadorecursopúblicofinslucrativos
#vedadocapitalestrangeirotemexceção

§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único


de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições
privadas com fins lucrativos.
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na
assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos,
tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a

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coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de
comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e
participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e
outros insumos;
II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador;
III – ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V – incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a
inovação;
VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem
como bebidas e águas para consumo humano;
VII – participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

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Da Seguridade Social - da Previdência Social (Art. 201 a 202)

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Seção III
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social,
de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS


#contributivo #obrigatório #equilíbriofinanceiroeatuarial

I – cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II – proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
III – proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
IV – salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
V – pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes, observado o disposto no § 2º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)
§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios,
ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de
contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em
favor dos segurados: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe
multiprofissional e interdisciplinar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por
categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho
do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão
devidamente atualizados, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998)

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§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente,
o valor real, conforme critérios definidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
20, de 1998)
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado
facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Quem tem Regime Próprio não pode participar do Regime Geral como facultativo.

§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos
do mês de dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei,


obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se
mulher, observado tempo mínimo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 103, de 2019)
II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher,
para os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia
familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para
o professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição
entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes
entre si, observada a compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. 42, 142 e
143 e o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a regime próprio de
previdência social terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e
a compensação financeira será devida entre as receitas de contribuição referentes aos militares
e as receitas de contribuição aos demais regimes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)
§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive
os decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de
Previdência Social e pelo setor privado. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para
efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na
forma da lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

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§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas,
para atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação
de informalidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho
doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-
mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos
benefícios previdenciários e de contagem recíproca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)
§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de
benefícios previdenciários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de
economia mista e das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o
cumprimento do tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso
II do § 1º do art. 40, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma
autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na
constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

PREVIDÊNCIA PRIVADA:
#complementar #autônomo #reservas

§ 1º A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de


benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão
de seus respectivos planos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 2º As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos
estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não
integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios
concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na
qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas
controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadores de planos de benefícios
previdenciários, e as entidades de previdência complementar. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

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§ 5º A lei complementar de que trata o § 4º aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas
permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras
de planos de benefícios em entidades de previdência complementar. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 6º Lei complementar estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias
das entidades fechadas de previdência complementar instituídas pelos patrocinadores de que
trata o § 4º e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão
em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Da Seguridade Social - da Assistência Social (Art. 203 a 204)

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Seção IV
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

#independentementedecontribuição

I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;


II – o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com
base nas seguintes diretrizes:
I – descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à
esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e
municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.

#descentralização #participaçãodapopulação

Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à
inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada
a aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
I – despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
II – serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III – qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Do Meio ambiente (Art. 225)

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DIREITO CONSTITUCIONAL

CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das
espécies e ecossistemas; (Regulamento)
II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades
dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; (Regulamento) (Regulamento)
III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a
serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através
de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem
sua proteção; (Regulamento)
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade; (Regulamento)
V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias
que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)
VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente;
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco
sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
(Regulamento)
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da
lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei,
dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso
dos recursos naturais.

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§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei
federal, sem o que não poderão ser instaladas.
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram
cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações
culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de
natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas
por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 96, de 2017)

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Da Família, da Criança, do Adolescente
e do Idoso (Art. 226 a 230)

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DIREITO CONSTITUCIONAL

CAPÍTULO VII
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA,
DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E DO IDOSO
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais
e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo
homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda
Constitucional nº 66, de 2010)
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável,
o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por
parte de instituições oficiais ou privadas.
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram,
criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente
e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas
específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada Pela Emenda Constitucional
nº 65, de 2010)
I – aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-
infantil;

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II – criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras
de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do
jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a
facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos
e de todas as formas de discriminação. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de
2010)
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e
de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas
portadoras de deficiência.
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I – idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º,
XXXIII;
II – garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III – garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
IV – garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na
relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação
tutelar específica;
V – obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de
pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI – estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios,
nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou
abandonado;
VII – programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem
dependente de entorpecentes e drogas afins. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65,
de 2010)
§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do
adolescente.
§ 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e
condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos
e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

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§ 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o


disposto no art. 204.
§ 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
I – o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; (Incluído Pela Emenda
Constitucional nº 65, de 2010)

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II – o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas
do poder público para a execução de políticas públicas. (Incluído Pela Emenda Constitucional nº
65, de 2010)
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da
legislação especial.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm
o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando
sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito
à vida.
§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.
§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos
urbanos.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Dos Índios (Art. 231 a 232)

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DIREITO CONSTITUCIONAL

CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições,
e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-
las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação
dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e
cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente,
cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e
a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do
Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação
nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas,
imprescritíveis.
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, “ad referendum” do
Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população,
ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a
ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas
naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da
União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a
indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas
da ocupação de boa fé.
§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em
juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do
processo.

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