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Prof. Ms.

Rafael Cesar
Biomédico Esp. Cosmetologia e Fisiologia
@rafaelcesarph

Anatomofisiologia da
Epiderme e Derme
Anatomia da Pele
Peelings

A EPIDERME
Anatomia da Pele

26
dias

Todas as células da EPIDERME são também chamadas de queratinócitos


FISIOLOGIA DA EPIDERME
• Zona da Membrana Basal: situada logo abaixo da
camada basal. É a chamada junção dermo-epidérmica.

• É composta por 4 estruturas: Membrana plasmática das


células basais, lâmina lúcida, lâmina densa e a Zona da
sublâmina densa.

• Situam-se as proteínas indutoras de colágeno,


laminina, fibronectina e outras.

• A mais conhecida é a Integrina α6β4 e também o BP180

• O principal componente da das fibrilas de ancoragem


é o colágeno VII.
Rivitti, A. E. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti, São Paulo,
ArtMed, 2014.
FISIOLOGIA DA EPIDERME
• Zona da Membrana Basal: Admite-se que tenha várias
funções.
• Aderência dermoepidérmica (epidermólise bolhosa)
• Suporte mecânico (ação estabilizadora)
• Função Barreira (penetração de moléculas de alto
peso)

• Vale ressaltar que a epiderme NÃO é vascularizada,


portanto o aporte de oxigênio é feito pela própria água
que é bombeada da derme pelas aquaporinas.
Rivitti, A. E. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti, São Paulo,
ArtMed, 2014.
FISIOLOGIA DA EPIDERME
Anatomia da Pele

Todas as células da EPIDERME são também chamadas de queratinócitos


FISIOLOGIA DA EPIDERME
• Camada Basal ou Germinativa: É a camada mais profunda
da epiderme, constituída por dois tipos de células. Basais e
Melanócitos.

• Proporção de 1 melanócito para cada 10 queratinócitos


basais.

• A estrutura é formada por ancoragens célula a célula por


proteínas específicas (próximo slide).

• Tem este nome por ser essencialmente germinativa,


originando as demais camadas da epiderme.

• Por este motivo, se observa intensa atividade mitótica nesta


região.
Rivitti, A. E. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti, São Paulo,
ArtMed, 2014.
FISIOLOGIA DA EPIDERME
FISIOLOGIA DA EPIDERME
• Alterações das desmogleínas podem incluir:

• Desmogleína 1: Antígeno para Pênfigo Foliáceo

• Desmogleína 2: Encontrada no Carcinoma de Colo

• Desmogleína 3: Antígeno para Pênfigo Vulgar

• Desmogleína 4: Hipotricose localizada, e alguns


Pênfigos.

Rivitti, A. E. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti, São Paulo, ArtMed,


2014.
FISIOLOGIA DA EPIDERME
• Camada Espinhosa
(Malphigiana): Formada pelas
chamadas células escamosas ou
espinhosas.

• Tem configuração poliédrica,


achatando-se progressivamente
em direção à superfície.

• Nesta camada é encontrado o


padrão de diferenciação celular
que leva à queratinização.

Rivitti, A. E. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti, São Paulo,


ArtMed, 2014.
FISIOLOGIA DA EPIDERME
• Camada Granulosa: células com
grande quantidade de grânulos.

• Estes grânulos são compostos de


querato-hialina e compostos de
profilagrina.

• Estas duas proteínas dão origem à


filagrina e à queratina (ceratina).

• A camada granulosa pode estar


ausente em áreas de
queratinização irregular.

Rivitti, A. E. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti, São Paulo,


ArtMed, 2014.
FISIOLOGIA DA EPIDERME
• Camada Lúcida: Existe apenas
nas regiões palmoplantares
(palma das mão e planta dos
pés) e também nos lábios.

• Situado entre a camada


granulosa e o estrato córneo.

• Duas ou três camadas de


células transparentes e
achatadas.

RABEH, S. A. N. GONÇALVES, M. B. B. Avaliação de feridas crônicas na


assistência de enfermagem. Material complementar
FISIOLOGIA DA EPIDERME
• Camada Córnea: Células
anucleadas com espessa
membrana celular.

• Citoplasma composto por


queratina e matriz amorfa.

• Em porções inferiores, a
queratina se associa à filagrina.

• A filagrina se degrada a amino-


ácidos que retém água no
estrato córneo.

Rivitti, A. E. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti, São Paulo,


ArtMed, 2014.
FISIOLOGIA DA EPIDERME
• Camada de Queratina:

• Localizada logo acima do


estrato córneo.
• Resultado da lise celular dos
corneócitos.
Peelings

A DERME
Anatomia da Pele
O QUE É MATRIZ
EXTRACELULAR ?

 É o componente que une e


fixa as células para
formarem o tecido.
 As células não encontram-
se “nadando” no liquido
extracelular; existe um
fator de ADESÃO CELULAR,
que é chamado de Matriz
Extracelular
MATRIZ EXTRACELULAR
 Manutenção física de todas as Célula
células;
 NÃO desempenha um papel passivo
na atividade celular; MEC

 Participa na proliferação,
Tecido
diferenciação e migração celular;
 Pode-se dizer que a MEC é um
componente estrutural do tecido.
COMPONENTES DA MATRIZ
EXTRACELULAR

• Proteínas – São o componente


mais importante da MEC, formam
todas as estruturas e fornecem o
suporte necessário para a célula;

• Colágenos – É a proteína mais


abundante no corpo, encontrada
principalmente em tecidos
conjuntivos: pele e tendões;

• Elastina – Dá a capacidade da pele


em recuperar o tecido após
alongamento contínuo
(stretching);
COMPONENTES DA MATRIZ
EXTRACELULAR
• Fibronectinas – Papel chave na adesão celular e resposta à injúria. Foi
observado em ratos que sua ausência causava morte. Encontrada também
na forma circulante (plasma) como uma primeira resposta ao local da
lesão;

• Lamininas – Uma glicoproteína trimérica (α β γ) envolvida na adesão


celular, expressa vários tipos de tecidos incluindo o epitelial e muscular.
Agem conectadas às integrinas;

• Tenascinas – Existem cinco subtipos (C/R/W/X/Y). Encontradas em tecidos


onde é necessário suportar cargas, como a pele e cérebro, sendo
associada ao movimento. Seu subtipo “C” está envolvido no processo de
regeneração tecidual e também não é encontrada em adultos.
COMPONENTES DA MATRIZ
EXTRACELULAR
• Fibronectinas
• Lamininas
• Tenascinas
OUTROS COMPONENTES DA
MATRIZ EXTRACELULAR
Fatores de Crescimento (GF’s)
Metaloproteinases de Matriz
Alguns fatores de crescimento estão (MMP’s)
dispersos na MEC, alguns deles são:
São o grupo chave de enzimas
• Fator de crescimento do endotélio proteolíticas que atuam envolvidas
Vascular (VEGF); na desintegração da MEC. Existem
• Fator de crescimento de dezenas de MMP’s já descobertas,
fibroblastos (FGF); têm a capacidade de causar avarias
• β fator de crescimento na matriz para regenerá-la conforme
transformante (TGF-β). a demanda do corpo (fratura óssea).

Os GF’s estão vinculados através do Sabe-se que age em conjunto com os


heparan ou sulfato de heparan. GF’s e pode alterar a transcrição para
Também sabe-se que auxilia na a manutenção da vida de
cicatrização de feridas e reparação determinada célula.
de tendões.
Prof. Ms. Rafael Cesar
Biomédico Esp. Cosmetologia
Ms. Fisiologia
@oficialdoutorph

Peelings
PEELING – DEFINIÇÃO
• Peeling é um termo
dermatológico para o método
terapêutico de esfoliação da
pele, através do uso de agentes
químicos ou físicos. É chamado
também de DESCAMAÇÃO
TERAPÊUTICA.
• Suas principais indicações são o
tratamento de manchas,
cicatrizes e rugas finas;
podendo ser realizados na face
e em áreas corporais. Ex.: Colo,
mãos e pernas
PEELING DE PERNAS
PEELING DE MÃO
PEELING – DEFINIÇÃO
• PEEL: Descamar, esfoliar, Mas, até aonde eu
esfolar, desprender. posso esfoliar?

• Peelings Físicos:
Realizado por agentes
fisicamente ativos. Ex.: Semente
de Apricot.
• Peelings Químicos:
Agem a nível molecular, ligando-
se à estruturas químicas das
moléculas. Ex. Ácido Glicólico.
• Peelings Enzimáticos:
São enzimas proteolíticas que
hidrolisam a queratina.
CLASSIFICAÇÃO DOS PEELINGS
• Muito superficiais: removem o estrato córneo
profundidade de 0,06mm;

• Superficiais: provocam esfoliação epidérmica da


camada granulosa até a basal (0,45mm);

• Médios: atingem a derme papilar (0,6mm);

• Profundos: atingem a derme reticular média


(0,8mm);

*Peelings médios e profundos são privativos dos


médicos Dermatologistas.
Yokomizo, V.M.F, Benemond, T.M.H. Chisaki, C. Benemond, P.H. 2013
Peelings

PEELINGS MECÂNICOS
PEELING DIAMANTE
• O peeling de diamante é uma técnica de esfoliação não cirúrgica, e
sua ação é promover desprendimento das camadas superficiais da
epiderme; o que proporcionará uma renovação mais rápida destas
camadas, provocado pela fricção da ponteira com a pele.
• O equipamento é composto por um cabo ou manopla específicos
com diferentes ponteiras abrasivas (diamantadas) de tamanhos
diferentes.

• Adjunto; o aparelho exerce


uma pressão negativa
(vácuo) ajustável que vai
suavemente sugando a
pele por dentro da
manopla.
PEELING DIAMANTE

• A esfoliação irá
acontecer por meio dos
movimentos efetuados
pelo terapeuta, que
continuará o contato
direto da manopla com
a pele.
PEELING DE CRISTAL
MICRODERMOABRASÃO
• A Microdermoabrasão é uma técnica de esfoliação não
cirúrgica, não invasiva, e, com inúmeras indicações.
• Seus efeitos são atenuação de rugas superficiais, afinamento
do tecido epitelial (preparando-o para outros tratamentos) e
proporcionar uma textura fina e saudável, foliculite e estrias.
• É contra-indicada nas lesões acompanhadas de processo
inflamatório.
PEELING DE CRISTAL
MICRODERMOABRASÃO
O procedimento de microdermoabrasão
consiste na aplicação direta sobre a pele,
de um equipamento mecânico gerador
de pressão negativa (vácuo) e pressão
positiva (vento/assopro) simultâneas.

• Neste equipamento são utilizados microgrânulos de óxido de


alumínio com 100 a 140 micrometros de tamanho,
quimicamente inertes.
• São jateados pela pressão positiva direto na superfície
cutânea numa velocidade passível de controle, logo
provocando erosão controlada nas camadas da epiderme.
• Ao passo que são sugados pela pressão negativa os resíduos
gerados (microcristais, queratina e células córneas).
Peelings

ANAMNESE
ANAMNESE - FUNDAMENTAL

• É fundamental a anamnese ser 100% correta.


• Existem vários distúrbios e tipos de lesões
elementares (das quais as manchas e hipercromias
fazem parte) que podem confundir o profissional.
• Avaliar corretamente é a chave para o sucesso do
seu procedimento.
• Anamnese é dividida em duas partes: subjetiva
(questionário) e objetiva (exame dermatológico).
ANAMNESE - SUBJETIVA
Histórico + Hábitos

• O questionário deve ser aplicado e respondido pelo


próprio profissional.
• Se atentar a todos os pontos é de fundamental
importância, pois a resposta para muitos
questionamentos pode estar contida nele.
• O domínio do examinador fará a diferença entre a
queixa do paciente e a verdadeira clínica.
• Esta é a hora de deixar claro os resultados possíveis
com o tratamento proposto.
ANAMNESE - OBJETIVA
• É a parte onde você toca o paciente. Sinta a pele e
procure por:
• diferenças de textura,
• diferenças de coloração
• Relevos
• deposição de queratina.
• Observar:
• fototipo,
• grau de fotoenvelhecimento,
• atividade sebácea, • Utilizar a Lâmpada de Wood.
• hiperpigmentações (origem),
• queloides, • Utilize as técnicas de
digitopressão, palpação e
• inflamação e infecção. compressão.
ANAMNESE - OBJETIVA
• Inspeção: Encontrar o local, relevo e distribuição são
essenciais para o diagnóstico.

• Digitopressão: Pressionar a lesão com os dedos até a


isquemia local. Isto revela a origem da mancha
avermelhada (eritema ou púrpura) ou até outras manchas
vermelhas.

• Palpação: Verificar se há lesões sólidas, alteração de


espessura, volume ou consistência da pele. Observar se a
elasticidade e mobilidade da pele são patível com a idade.
Observar também se há inchaço.

• Compressão: Serve para avaliar se há edemas. Esta


compressão avalia se há alteração na dermografia.
PEELING ALÉM DO CONSULTÓRIO

Pré-Peeling
Preparação da pele

Reavaliação 2ª/3ª sessão Peeling


Sessão em consultório

Tempo de resposta

Down-Time Pós-Peeling
Tratamento Home-care
Cuidados imediatos
PEELING ALÉM DO CONSULTÓRIO
• O PREPARO DA PELE
• As moléculas dos ácidos devem penetrar uniformemente
e resultar em descamação (havendo) também uniforme.
Para isso é necessário nivelar o micro relevo cutâneo.

• O sabonete de ácido glicólico a 10% diminui a adesão


entre as células. Esfoliantes físicos homogeneízam o
relevo da camada córnea; Já os esfoliantes enzimáticos
diminuem a camada de queratina (ceratina).

• Peles fotoenvelhecidas ou pessoas fumantes precisam de


um preparo da pele maior e menos agressivo pelo fato da
pele já estar sensibilizada.
FOTOENVELHENCIMENTO
• Conhecido também como envelhecimento extrínseco

• Desencadeado pela interação com fatores ambientais,


especialmente exposição à radiação UV;

• A radiação mais associada ao processo é a UVA.

• A exposição ao Sol tem efeito cumulativo, o dano


causado pelos excessos serão percebidos muito tempo
depois.

• Ao penetrar a derme, os raios UVA induzem reações


que culminam na produção das enzimas
metaloproteinases (MMP's).
FOTOENVELHECIMENTO
MECANISMO DE AÇÃO

• Aumento de enzimas que degradam colágeno


(metaloproteinases);

• Elastose solar, perda de colágeno na derme, que no


futuro é preenchida por elastina

• Envelhecimento cronológico + fotoenvelhecimento


= pele envelhecida.
ENVELHECIMENTO
X
FOTOENVELHECIMENTO
ENVELHECIMENTO
X
FOTOENVELHECIMENTO
OBRIGADO!
Rafael Cesar
Biomédico Esp. Cosmetologia e Fisiologia
@rafaelcesarph

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