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INTRODUÇÃO

O desenvolvimento é um processo contínuo que principia com a própria vida, no ato da


concepção. Imediatamente após a concepção o óvulo fecundado, uma célula única, divide-se e
subdivide-se rapidamente até que milhões de células sejam informadas.
À medida que o desenvolvimento prossegue, as novas
células assumem
funções altamente especializadas, convertendo-se em
parcelas de vários
sistemas do corpo-nervoso, ósseo, muscular ou circu
latório.
Desta forma, o desenvolvimento orgânico continua ev
oluindo, a fim de
atingir um nível relativamente estável – caracteriz
ado pela conclusão do
crescimento e pela maturidade dos órgãos.
Assim como o desenvolvimento orgânico, o desenvolvi
mento psíquico
também evolui rumo ao equilíbrio, embora este equil
íbrio seja mais móvel do
que o equilíbrio orgânico, pois se trata de uma con
strução contínua, onde
ações são desequilibradas pelas transformações que
aparecem no mundo,
exterior e interior, e novas condutas vão funcionar
para restabelecer o
equilíbrio e tender a um estágio mais estável para
o interior.
“O que herdamos de positivo é construtivo do ponto
de vista biológico e o modo de
funcionamento intelectual, uma maneira de transação
com o ambiente. Este modo de
funcionamento permanece constante por toda a vida,
e é através dele que as
estruturas cognitivas surgem.” (Piaget – 1992).
A Psicologia do Desenvolvimento juntamente com a Te
oria de Jean
Piaget, representam uma abordagem para a compreensã
o da criança e do
adolescente, através da descrição e exploração das
mudanças psicológicas
que as crianças sofrem no decorrer do tempo. Preten
dendo explicar de que
maneiras importantes as crianças mudam no decorrer
do tempo e como essas
mudanças podem ser descritas e compreendidas.
Sendo esta seqüência básica dos estágios do desenvo
lvimento
propostos por Piaget, contextualizadas em pesquisas
empíricas, como 11
arcabouço conceitual na descrição do desenvolviment
o do pensamento da
criança.

A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE JEAN PIAGET


As teorias de Jean Piaget tenta explicar como se desenvolve a inteligência nos seres humanos.
Entre as suas teorias mais importantes sao:

Epistemologia Genética, estuda os mecanismos do aumento dos conhecimentos.


Estágios de Desenvolvimento - (Período Sensório-Motor, Período Simbólico, Período Intuitivo,
Estádio operatório-concreto e Estádio operatório-formal).
Desenvolvimento Moral Piaget - Para Piaget o Desenvolvimento Moral é dividido em 3 fases
(anomia, heterônoma, autônoma).
 Teoria da Equilibração
 Organização e Adaptação

O estudo do desenvolvimento do ser humano constitui uma área do conhecimento da Psicologia


cujas proposições nucleares concentram-se no esforço de compreender o homem em todos os
seus aspectos, englobando fases, desde o nascimento até o seu mais completo grau de maturidade
e estabilidade.

Dentre essas teorias, a de Jean Piaget (1896-1980), que é a referência deste nosso trabalho, não
foge à regra, na medida em que ela busca, como as demais, compreender o que constitui uma
tentativa de integrar as posições dicotômicas de duas tendências teóricas que permeiam a
Psicologia em geral - o materialismo mecanicista e o idealismo - ambas marcadas pelo
antagonismo inconciliável de seus postulados que separam de forma estanque o físico e o
psíquiconvolvimento do ser humano.

Um outro ponto importante a ser considerado, segundo estudiosos, é o de que o modelo


piagetiano prima pelo rigor científico de sua produção, ampla e consistente ao longo de 70 anos,
que trouxe contribuições práticas importantes, principalmente, ao campo da Educação - muito
embora, curiosamente aliás, a intenção de Piaget não tenha propriamente incluído a idéia de
formular uma teoria específica de aprendizagem (La Taille, 1992; Rappaport, 1981; Furtado et.
al.,1999; Coll, 1992; etc.).
1) A visão interacionista do Piaget: a relação de interdependência entre o homem e o objeto
do conhecimento

Introduzindo uma terceira visão teórica representada pela linha interacionista, as idéias de Piaget
contrapõem-se, conforme mencionamos mais acima, às visões de duas correntes antagônicas e
inconciliáveis que permeiam a Psicologia em geral: o objetivismo e o subjetivismo. Ambas as
correntes são derivadas de duas grandes vertentes da Filosofia (o idealismo e o materialismo
mecanicista) que, por sua vez, são herdadas do dualismo radical de Descartes que propôs a
separação estanque entre corpo e alma, id est, entre físico e psíquico. Assim sendo, a Psicologia
objetivista, privilegia o dado externo, afirmando que todo conhecimento provém da experiência;
e a Psicologia subjetivista, em contraste, calcada no substrato psíquico, entende que todo
conhecimento é anterior à experiência, reconhecendo, portanto, a primazia do sujeito sobre o
objeto (Freitas, 2000:63).

Considerando insuficientes essas duas posições para explicar o processo evolutivo da filogenia
humana, Piaget formula o conceito de epigênese, argumentando que "o conhecimento não
procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no
sujeito, mas de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas" (Piaget,
1976 apud Freitas 2000:64). Quer dizer, o processo evolutivo da filogenia humana tem uma
origem biológica que é ativada pela ação e interação do organismo com o meio ambiente - físico
e social - que o rodeia (Coll, 1992; La Taille, 1992, 2003; Freitas, 2000; etc.), significando
entender com isso que as formas primitivas da mente, biologicamente constituídas, são
reorganizadas pela psique socializada, ou seja, existe uma relação de interdependência entre o
sujeito conhecedor e o objeto a conhecer.

Marcha do organismo em busca do pensamento lógico

Pode-se dizer que o "sujeito epistêmico" protagoniza o papel central do modelo piagetiano, pois
a grande preocupação da teoria é desvendar os mecanismos processuais do pensamento do
homem, desde o início da sua vida até a idade adulta. Nesse sentido, a compreensão dos
mecanismos de constituição do conhecimento, na concepção de Piaget, equivale à compreensão
dos mecanismos envolvidos na formação do pensamento lógico, matemático. Como lembra La
Taille (1992:17), para Piaget a lógica representa a forma final do equilíbrio das acções.

Precipuamente, no método psicogenético,o estudo da lógica matemática perfaz o enigma básico


a ser desvendado. O maior problema, nesse sentido, concentra-se na busca de respostas
pertinentes para uma questão fulcral: "Como os homens constróem o conhecimento?" (La
Taille:). como é que a lógica passa do nível elementar para o nível superior? Como se dá o
processo de elaboração das idéias? Como a elaboração do conhecimento influencia a adaptação à
realidade?.

Procurando soluções para esse problema central, Piaget sustenta que a gênese do conhecimento
está no próprio sujeito, ou seja, o pensamento lógico não é inato ou tampouco externo ao
organismo mas é fundamentalmente construído na interação homem-objeto. Quer dizer, o
desenvolvimento da filogenia humana se dá através de um mecanismo auto-regulatório que tem
como base condições biológicas (inatas portanto), que é ativado pela acção e interação do
organismo com o meio ambiente - físico e social, tanto na experiência sensorial quanto o
raciocínio são fundantes do processo de constituição da inteligência ou do pensamento lógico do
homem.

Está implícito nessa óptica de Piaget que o homem é possuidor de uma estrutura biológica que o
possibilita desenvolver o mental, no entanto, esse fato não assegura o desencadeamento de
fatores que propiciarão o seu desenvolvimento, haja vista que só este acontecerá a partir da
interação do sujeito com o objeto a conhecer. Por sua vez, a relação com o objeto, embora
essencial, da mesma forma também não é uma condição suficiente ao desenvolvimento cognitivo
humano, uma vez que para tanto é preciso o exercício do raciocínio. Por assim dizer, a
elaboração do pensamento lógico demanda um processo interno de reflexão, Piaget focaliza o
processo interno dessa construção.

o desenvolvimento humano, no modelo piagetiano, é explicado segundo o pressuposto de que


existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a
conhecer. Esses factores são complementares,isto por que envolvem mecanismos bastante
complexos e intrincados que englobam o entrelaçamento de factores que são complementares,
tais como: o processo de maturação do organismo, a experiência com objetos, a vivência social e
a equilibração do organismo ao meio.

O conceito de equilibração torna-se especialmente marcante na teoria de Piaget pois ele


representa o fundamento que explica todo o processo do desenvolvimento humano. Trata-se de
um fenômeno que tem, em sua essência, um caráter universal, já que é de igual ocorrência para
todos os indivíduos da espécie humana mas que pode sofrer variações em função de conteúdos
culturais do meio em que o indivíduo está inserido.com base neste raciocinio, o piaget deve em
conta com dois elementos basicos no processo de desenvolvimento humano: os factores
invariantes e os factores variantes.

(a) Os fatores invariantes: Piaget postula que, ao nascer o indivíduo recebe como herança uma
série de estruturas biológicas - sensoriais e neurológicas - que permanecem constantes ao longo
da sua vida. São essas estruturas biológicas que irão predispor o surgimento de certas estruturas
mentais. Em vista disso, na linha piagetiana, considera-se que o indivíduo carrega consigo duas
marcas inatas que são a tendência natural à organização e à adaptação, da entender que em
última instância, o comportamento do homem é inerente ao ser.

(b) Os fatores variantes: são representados pelo conceito de que constitui a unidade básica de
pensamento e acção estrutural do modelo piagetiano, sendo um elemento que se tranforma no
processo de interação com o meio, visando à adaptação do indivíduo ao real que o circunda. Com
isso, a teoria psicogenética deixa à mostrar que a inteligência não é herdada, mas sim que ela é
construída no processo interativo entre o homem e o meio ambiente (físico e social) em que ele
estiver inserido.

Em síntese, pode-se dizer que, para Piaget, o equilíbrio é o norte que o organismo almeja mas
que paradoxalmente nunca alcança, haja visto que no processo de interação podem ocorrer
desajustes do meio ambiente que rompem com o estado de equilíbrio do organismo, eliciando
esforços para que a adaptação se restabeleça. Essa busca do organismo por novas formas de
adaptação envolvem dois mecanismos que apesar de distintos são indissociáveis e que se
complementam: a assimilação e a acomodação.
(a) A assimilação consiste na tentativa do indivíduo em solucionar uma determinada situação a
partir da estrutura cognitiva que ele possui naquele momento específico da sua existência.
Representa um processo contínuo na medida em que o indivíduo está em constante atividade de
interpretação da realidade que o rodeia e, consequentemente, tendo que se adaptar . Como o
processo de assimilação representa sempre uma tentativa de integração de aspectos experienciais
previamente estruturados, ao entrar em contacto com o objeto do conhecimento o indivíduo
busca a retirada das informações que lhe interessam deixando outras que não lhe são tão
importantes, visando sempre a restabelecer a equilibração do organismo.

(b) A acomodação, consiste na capacidade de modificação da estrutura mental antiga para dar
conta de dominar um novo objeto do conhecimento. Quer dizer, a acomodação representa "o
momento da acção do objeto sobre o sujeito" (Freitas, op.cit.:65) emergindo, portanto, como o
elemento complementar das interações sujeito-objeto.

Os processos de assimilação e acomodação são complementares e acham-se presentes durante


toda a vida do indivíduo e permitem um estado de adaptação intelectual.É muito difícil, se não
impossível, imaginar uma situação em que possa ocorrer assimilação sem acomodação, pois
dificilmente um objeto é igual a outro já conhecido, ou uma situação é exatamente igual a outra.

nessa perspectiva, o processo de equilibração pode ser definido como um mecanismo de


organização de estruturas cognitivas em um sistema coerente que visa a levar o indivíduo a
construção de uma forma de adaptação à realidade. Haja vista que o "objeto nunca se deixa
compreender totalmente" (La Taille, op.cit.), o conceito de equilibração sugere algo móvel e
dinâmico, na medida em que a constituição do conhecimento coloca o indivíduo frente a
conflitos cognitivos constantes que movimentam o organismo no sentido de resolvê-los. Em
última instância, a concepção do desenvolvimento humano, na linha piagetiana, deixa ver que é
no contato com o mundo que a matéria bruta do conhecimento é 'arrecadada', pois que é no
processo de construções sucessivas resultantes da relação sujeito-objeto que o indivíduo vai
formar o pensamento lógico.
É bom considerar, ainda, que, na medida em que toda experiência leva em graus diferentes a um
processo de assimilação e acomodação, trata-se de entender que o mundo das idéias, da
cognição, é um mundo inferencial. Para avançar no desenvolvimento é preciso que o ambiente
promova condições para transformações cognitivas, é necessário que se estabeleça um conflito
cognitivo que demande um esforço do indivíduo para superá-lo a fim de que o equilíbrio do
organismo seja restabelecido, e assim sucessivamente.

No entanto, esse processo de transformação vai depender sempre de como o indivíduo vai
elaborar e assimilar as suas interações com o meio, isso porque a visada conquista da
equilibração do organismo, reflete as elaborações possibilitadas pelos níveis de
desenvolvimentocognitivo que o organismo detém nos diversos estágios da sua vida, os modos
de relacionamento.

Os estágios do desenvolvimento humano

Segundo jean Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana que são
caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas
faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento são:

 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos)


 2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
 3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)

Cada uma dessas fases é caracterizada por formas diferentes de organização mental que
possibilitam as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade que o rodeia (Coll
e Gillièron, 1987). De uma forma geral, todos os indivíduos vivenciam essas 4 fases na mesma
seqüência, porém o início e o término de cada uma delas pode sofrer variações em função das
características da estrutura biológica de cada indivíduo e da riqueza (ou não) dos estímulos
proporcionados pelo meio ambiente em que estiver inserido. Por isso mesmo é que "a divisão
nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida", conforme lembra Furtado
Abordaremos, a seguir, sem entrar em uma descrição detalhada, as principais características de
cada um desses períodos.
 Período Sensório-motor (0 a 2 anos): segundo La Taille (2003), Piaget usa a expressão
"a passagem do caos ao cosmo" para traduzir o que o estudo sobre a construção do real
descreve e explica. De acordo com a tese piagetiana, "a criança nasce em um universo
para ela caótico, habitado por objetos evanescentes (que desapareceriam uma vez fora do
campo da percepção), com tempo e espaço subjetivamente sentidos, e causalidade
reduzida ao poder das acções, em uma forma de onipotência". No recém nascido,
portanto, as funções mentais limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos.
Assim sendo, o universo que circunda a criança é conquistado mediante a percepção e os
movimentos (como a sucção, o movimento dos olhos, por exemplo).

Progressivamente, a criança vai aperfeiçoando tais movimentos reflexos e adquirindo habilidades


e chega ao final do período sensório-motor já se concebendo dentro de um cosmo "com objetos,
tempo, espaço, causalidade objetivados e solidários, entre os quais situa a si mesma como um
objeto específico, agente e paciente dos eventos que nele ocorrem".

 Período pré-operatório (2 a 7 anos): para Piaget, o que marca a passagem do período


sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função simbólica ou semiótica,
ou seja, é a emergência da linguagem. Nessa concepção, a inteligência é anterior à
emergência da linguagem e por isso mesmo "não se pode atribuir à linguagem a origem
da lógica, que constitui o núcleo do pensamento racional" (Coll e Gillièron, op.cit.). Na
linha piagetiana, desse modo, a linguagem é considerada como uma condição necessária
mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe um trabalho de reorganização da
acção cognitiva que não é dado pela linguagem, conforme alerta La Taille (1992). Em
uma palavra, isso implica entender que o desenvolvimento da linguagem depende do
desenvolvimento da inteligência.

Todavia, conforme demonstram as pesquisas psicogenéticas (La Taille, op.cit.; Furtado, op.cit.,
etc.), a emergência da linguagem acarreta modificações importantes em aspectos cognitivos,
afetivos e sociais da criança, uma vez que ela possibilita as interações interindividuais e
fornece, principalmente, a capacidade de trabalhar com representações para atribuir à realidade.
Tanto é assim, que a aceleração do alcance do pensamento neste estágio do desenvolvimento, é
atribuída, em grande parte, às possibilidades de contatos interindividuais fornecidos pela
linguagem.

Contudo, embora o alcance do pensamento apresente transformações importantes, ele


caracteriza-se, ainda, pelo egocentrismo, uma vez que a criança não concebe uma realidade da
qual não faça parte, devido à ausência de esquemas conceituais e da lógica. Para citar um
exemplo pessoal relacionado à questão, lembro-me muito bem que me chamava à atenção o fato
de, nessa faixa etária, o meu filho dizer coisas do tipo "o meu carro do meu pai", sugerindo,
portanto, o egocentrismo característico desta fase do desenvolvimento. Assim, neste estágio,
embora a criança apresente a capacidade de atuar de forma lógica e coerente (em função da
aquisição de esquemas sensoriais-motores na fase anterior) ela apresentará, paradoxalmente, um
entendimento da realidade desequilibrado (em função da ausência de esquemas conceituais),
conforme salienta Rappaport (op.cit.).

(c) Período das operações concretas (7 a 11, 12 anos): neste período o egocentrismo intelectual e
social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá
lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista
diferentes (próprios e de outrem ) e de integrá-los de modo lógico e coerente (Rappaport,
op.cit.). Um outro aspecto importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade da
criança de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais
apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-motor (se lhe perguntarem, por
exemplo, qual é a vareta maior, entre várias, ela será capaz de responder acertadamente
comparando-as mediante a ação mental, ou seja, sem precisar medi-las usando a ação física).

Contudo, embora a criança consiga raciocinar de forma coerente, tanto os esquemas conceituais
como as ações executadas mentalmente se referem, nesta fase, a objetos ou situações passíveis de
serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta. Além disso, conforme pontua La Taille
(1992:17) se no período pré-operatório a criança ainda não havia adquirido a capacidade de
reversibilidade, i.e., "a capacidade de pensar simultaneamente o estado inicial e o estado final de
alguma transformação efetuada sobre os objetos (por exemplo, a ausência de conservação da
quantidade quando se transvaza o conteúdo de um copo A para outro B, de diâmetro menor)", tal
reversibilidade será construída ao longo dos estágios operatório concreto e formal.
(d) Período das operações formais (12 anos em diante): nesta fase a criança, ampliando as
capacidades conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em
que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações
mentais dentro de princípios da lógica formal. Com isso, conforme aponta Rappaport (op.cit.:74)
a criança adquire "capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta:
discute valores morais de seus pais e contrói os seus próprios (adquirindo, portanto, autonomia)".

De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua forma final de
equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade
adulta. Isso não quer dizer que ocorra uma estagnação das funções cognitivas, a partir do ápice
adquirido na adolescência, como enfatiza Rappaport (op.cit.:63), "esta será a forma
predominante de raciocínio utilizada pelo adulto. Seu desenvolvimento posterior consistirá numa
ampliação de conhecimentos tanto em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de
novos modos de funcionamento mental".

Cabe-nos problematizar as considerações anteriores de Rappaport, a partir da seguinte reflexão:


resultados de pesquisas* têm indicado que adultos "pouco-letrados/escolarizados" apresentam
modo de funcionamento cognitivo "balizado pelas informações provenientes de dados
perceptuais, do contexto concreto e da experiência pessoal" (Oliveira, 2001a:148). De acordo
com os pressupostos da teoria de Piaget, tais adultos estariam, portanto, no estágio operatório-
concreto, ou seja, não teriam alcançado, ainda, o estágio final do desenvolvimento que
caracteriza o funcionamento do adulto (lógico-formal). Como é que tais adultos (operatório-
concreto) poderiam, ainda, adquirir condições de ampliar e aprofundar conhecimentos (lógico-
formal) se não lhes é reservada, de acordo com a respectiva teoria, a capacidade de desenvolver
"novos modos de funcionamento mental"? - aliás, de acordo com a teoria, não dependeria do
desenvolvimento da estrutura cognitiva a capacidade de desenvolver o pensamento
descontextualizado?

Bem, retomando a nossa discussão, vale ressaltar, ainda, que, para Piaget, existe um
desenvolvimento da moral que ocorre por etapas, de acordo com os estágios do desenvolvimento
humano. Para Piaget (1977 apud La Taille 1992:21), "toda moral consiste num sistema de regras
e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por estas
regras". Isso porque Piaget entende que nos jogos coletivos as relações interindividuais são
regidas por normas que, apesar de herdadas culturalmente, podem ser modificadas
consensualmente entre os jogadores, sendo que o dever de 'respeitá-las' implica a moral por
envolver questões de justiça e honestidade.

Assim sendo, Piaget argumenta que o desenvolvimento da moral abrange 3 fases:

(a) anomia (crianças até 5 anos), em que a moral não se coloca, ou seja, as regras são seguidas,
porém o indivíduo ainda não está mobilizado pelas relações bem x mal e sim pelo sentido de
hábito, de dever;

(b) heteronomia (crianças até 9, 10 anos de idade), em que a moral é = a autoridade, ou seja, as
regras não correpondem a um acordo mútuo firmado entre os jogadores, mas sim como algo
imposto pela tradição e, portanto, imutável;

(c) autonomia, corresponde ao último estágio do desenvolvimento da moral, em que há a


legitimação das regras e a criança pensa a moral pela reciprocidade, quer seja o respeito a regras
é entendido como decorrente de acordos mútuos entre os jogadores, sendo que cada um deles
consegue conceber a si próprio como possível 'legislador' em regime de cooperação entre todos
os membros do grupo.

4) As conseqüências do modelo piagetiano para a acção pedagógica

Como já foi mencionado na apresentação deste trabalho, a teoria psicogenética de Piaget não
tinha como objetivo principal propor uma teoria de aprendizagem. A esse respeito, Coll
(1992:172) faz a seguinte observação: "ao que se sabe, ele Piaget nunca participou diretamente
nem coordenou uma pesquisa com objetivos pedagógicos". Não obstante esse fato, de forma
contraditória aos interesses previstos, portanto, o modelo piagetiano, curiosamente, veio a se
tornar uma das mais importantes diretrizes no campo da aprendizagem escolar, por exemplo, nos
USA, na Europa e no Brasil, inclusive.

De acordo com Coll (op.cit.) as tentativas de aplicação da teoria genética no campo da


aprendizagem são numerosas e variadas, no entanto os resultados práticos obtidos com tais
aplicações não podem ser considerados tão frutíferos. Uma das razões da difícil penetração da
teoria genética no âmbito da escola deve-se, principalmente, segundo o autor, "ao difícil
entendimento do seu conteúdo conceitual como pelos método de análise formalizante que utiliza
e pelo estilo às vezes 'hermético' que caracteriza as publicações de Piaget" (idem p. 174). Coll
(op.cit.) ressalta, também, que a aplicação educacional da teoria genética tem como fatores:

a) as dificuldades de ordem técnica, metodológicas e teóricas no uso de provas operatórias como


instrumento de diagnóstico psicopedagógico, exigindo um alto grau de especialização e de
prudência profissional, a fim de se evitar os riscos de sérios erros;

b) a predominância no "como" ensinar coloca o objetivo do "o quê" ensinar em segundo plano,
contrapondo-se, dessa forma, ao caráter fundamental de transmissão do saber acumulado
culturalmente que é uma função da instituição escolar, por ser esta de caráter preeminentemente
político-metodológico e não técnico como tradicionalmente se procurou incutir nas idéias da
sociedade;

c) a parte social da escola fica prejudicada uma vez que o raciocínio por trás da argumentação de
que a criança vai atingir o estágio operatório secundariza a noção do desenvolvimento do
pensamento crítico;

d) a idéia básica do construtivismo postulando que a atividade de organização e planificação da


aquisição de conhecimentos estão à cargo do aluno acaba por não dar conta de explicar o caráter
da intervenção por parte do professor;

e) a idéia de que o indivíduo apropria os conteúdos em conformidade com o desenvolvimento


das suas estruturas cognitivas estabelece o desafio da descoberta do "grau ótimo de
desequilíbrio", ou seja, o objeto a conhecer não deve estar nem além nem aquém da capacidade
do aprendiz conhecedor.
Por outro lado, como contribuições contundentes da teoria psicogenética podem ser citados, por
exemplo:

a) A possibilidade de estabelecer objetivos educacionais uma vez que a teoria fornece


parâmetros importantes sobre o 'processo de pensamento da criança' relacionados aos estádios do
desenvolvimento;

b) Em oposição às visões de teorias behavioristas que consideravam o erro como interferências


negativas no processo de aprendizagem, dentro da concepção cognitivista da teoria
psicogenética, os erros passam a ser entendidos como estratégias usadas pelo aluno na sua
tentativa de aprendizagem de novos conhecimentos (PCN, 1998);

c) Uma outra contribuição importante do enfoque psicogenético foi lançar luz à questão dos
diferentes estilos individuais de aprendizagem; (PCN, 1998); entre outros.

Em resumo, conforme aponta Coll (1992), as relações entre teoria psicogenética x educação,
apesar dos complicadores decorrentes da "dicotomia entre os aspectos estruturais e os aspectos
funcionais da explicação genética" (idem, p. 192) e da tendência dos projetos privilegiarem, em
grande parte, um reducionismo psicologizante em detrimento ao social (aliás, motivo de
caloroso debate entre acadêmicos*), pode-se considerar que a teoria psicogenética trouxe
contribuições importantes ao campo da aprendizagem escolar.
Conclusao

O presente trabalho de pesquiisa da cadeira de psicologia, o estudante checou de concluir que a


referência deste meu estudo foi a teoria de Piaget cujas proposições nucleares dão conta de que a
compreensão do desenvolvimento humano equivale à compreensão de como se dá o processo de
constituição do pensamento lógico-formal, matemático. Tal processo, que é explicado segundo o
pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito
conhecedor e o objeto a conhecer, envolve mecanismos complexos e intrincados que englobam
aspectos que se entrelaçam e se complementam, tais como: o processo de maturação do
organismo, a experiência com objetos, a vivência social e, sobretudo, a equilibração do
organismo ao meio ambiente.

Em face das pesquisas apresentadas pelo estudante no decorrer do trabalho, quis ser lícito
concluir que as idéias de Piaget representam um salto qualitativo na compreensão do
desenvolvimento humano, na medida em que é evidenciada uma tentativa de integração entre o
sujeito e o mundo que o circunda. contudo - no que pese a rejeição de Piaget pelo antagonismo
das tendências objetivista e subjetivista - o papel do meio no funcionamento do indivíduo é
relegado a um plano secundário, uma vez que permanece, ainda, a predominância do indivíduo
em detrimento das influências que o meio exerce na construção do seu conhecimento.

Bibliografia

Diferenças culturais de pensamento. In, VIGOTSKII, L.S.; LURIA, A.R., LEONTIEV.


Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem, 7.ed. São Paulo: Icone, 2001. p. 21-37
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(org.) Os significados do letramento. Campinas: Mercado das Letras, 2001a. p.147-160

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Educação de Jovens e Adultos: novos leitores, novas leituras. Campinas: Mercado das Letras,
2001 (b). p. 15-44

PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Editora Forense:?

Teoria de desenvolvimento cogntivo do Erick Erickson(alemao)

Segundo o cientista acima citado, a evolução psíquica dos indivíduos depende da maturação e
do desenvolvimento genético, dos estímulos sociais e afectivos.

Alguns termos importantes para compreender o desenvolvimento humano.


A ideia de desenvolvimento cognitivo de que dure toda vida e que seja extremamente ligado as
relacoes socias elaborado por erick Erickson.

Ele focalizou a sua atencao no papel de desenvolvimento quando se deve enfrentar problemas
nos diferentes periodos de vida.

A teoria de Erickson (1950-1968) afirma que o desenvolvimento psicossocial atravessa oito(8)


estadio em cada um do qual o individuo deve enfrentar uma serie de problemas, para passar ao
estado sucessivo.

De acorto com Erickson na metida em que uma crianca resolve positivamente os problemas de
cada estadio, determina se a sua possiblidade de tornar se uma pessoa adulta, dotada de
capacidade de adaptacao.

Fases de desenvolvimento psicossocial segundo Erickson

 Estadio sensorio-oral(0-18 meses)

Crise entre entre a confianca e a desconfianca.

Crianca poem se problema de ter confianca ou não ter confianca na pessoa que toma
cuidado ou se ocupa dela(geralmente a mae).se recebe ou não nutricao e afecto.

Da confianca para com a figura materna desenvolve –ra a confianca com o ambiente
externo e outras pessoas. Se a crianca não contar com afecto e os cuitados
maternos,pertera a confianca para com outras passoas, pensara que o ambiente externo
não pode dar confianca.

Este em a é quela fase em que as maes criam nos filhos um sentimento de confianca
atraves daquele tipo de tradamento que na sua qualidade condina o cuidado sencivel das
necessidades individuais das crianca e um firme sentimento de fidedegnidade pessoal
dentro de arcaboco de estilo de vida da sua cultura .isso cria a base para um sentimento
de identidade que mas tarde combinara um sentimento de ser aceitável ,de ser ela
mesma , e de se converter nos os de mais confiam que chegara a ser . (segundo Monteiro
editora porto, 1998,p.180).

Estádio muscular – anal (3-18 anos)

Crise entre autonomias duvida / vergonha.

A criança começa a explorar o mundo e a entrar em relação com outras pessoas. Na


medida em que conquista autonomamente as habilidades principais por exemplo:

Aprender a caminhar deve também não duvidar de si quando não consegue padronizar
esta tal capacidade imediatamente. a criança deve escolher , autónoma em tal
situação .Do modo independente.

A problemática com essa idade corresponde a fase anal de Freud.

Depôs conquistado confiança na aqueles que as gradam, as crianças começas a descobrir


que tem vontade própria afirmam o seu sentido de autonomia ou independência. Realiza a
sua própria vontade. Se as crianças são demasiados reprimidas ou castigadas severamente
é provável que desenvolvam um sentimento de dúvida e vergonha. (segundo santork nova
edição porto1998,p.180).

Características

A afirmação da vontade, a criança desenvolver a capacidade de escolha, a possibilidade


de auto-domínio, sentimento de autonomia e de amor-próprio pode desenvolver
sentimento de perca de auto-domínio, vergonha e duvida quanto ao exercício da vontade.

Estado locomotor - genital (3 – 6 anos)

Crise de iniciativa/sentimento de culpa

Desenvolve-se as estruturas de interiores e a criança encontra-se a ter que resolver o


conflito existente entre tomar iniciativa e actividades e apreciar os resultado de sentir-se
culpado por ter ultrapassados os limites, neste caso surge o medo de punições ou castigos
criticas de consequência, no sentimento inibitório ( a criança pode perder a capacidade de
tomar novas iniciativas e sente-se em culpa pelos seus valimentos)

A metida que as crianças em idade pré-escolar enfrentam um mundo social cada vez mas
alargada. Aumenta os desafios e necessitam de desenvolver comportamentos mas
significativos para responder a esses desafios.

Pede-se as crianças que assumam mas responsabilidade. No entanto podem surgir sentimentos de
culpa se as crianças não são responsabilizadas, sentindo-se muito ansiosas. (SANTORK.J.W.,
op.Cit.p.48).

Estado de latência (industria, versos e inferioridade) (6 anos – puberdade)

Crise da diligência e complexo inferioridade

Nesta fase adquire-se as regras rãs de comportamento fundamentais sobre o mundo externo e as
principais regras de comportamento social graças os efeitos de frequentar a escola e grupo de
pares. As próprias competências podem ser desenvolvidas e reforçadas, ou então podem ser
bloqueadas. O insucesso na escola ou nas relações sociais em geral podem gerar um sentido de
inferioridade que bloqueia interiormente o desenvolvimento cognitivo e emotivo. De forma
suaves e mas firme, obrigar as crianças a ventura de descobrir que se pode aprender a realizar
coisas que, cada um sozinho, nunca pensando atingir. (SANTOS, nova ed., porto, 1998, p, 189).

Adolescência (identidade, versos, defunção/confusão) (12 – 18 / 20 anos)

A crise por superar entre a entidade e a confusão a cerca do papel a desempenhar (confusão de
entidade).

O adolescente deve desenvolver o sentido de identidade de si mesmo, torna-se um indivíduo


com a sua própria personalidade distinta daquela dos parceiros e dos adultos, com as próprias
normas sociais e próprios valores morais. O falimento na construção de identidade manifesta-se
na confusão de papeis, fato pelo qual o desenvolvimento não conseguem encontrar um papel
adequado para a sua personalidade no contextos social.
Primeira idade adulta (intimidade, versos e isolamento) (18/20-30 anos)

Nesta fase a crise é entre intimidade ou amor / isolamento a pessoa enfrenta a escolha entre
uma vida caracterizada de relações de intimidade ( capacidade de amizade e amor ), encontra-se
em companhia amar alquem na ausência de relações afectivas, e transforma se em isolados
evitado compromissos de amor e amizade.

É o estado de vida em que se põe também o problema da escolha profissional que permite e a
iseracao na sociedade. As duas escolhas cruzam-se originando as vezes conflitos sobre tudo na
mulher pela qual a profissão pode contrastar com o papel de mulher e da mãe.

Assim, o adulto jovem, que emerge da busca e persistência numa identidade, anseia e dispõe a
fundir a sua identidade com a de outros. Este preparado para a intimidade, isto é, a capacidade de
se confiar afiliações e associações concretas e de desenvolver a força ética necessária para ser
fiel a essas ligações, mesmo que elas oponham sacrifícios e compromissos significativos
(MONTEIRO, editora, porto, 1998, p.189)

Meia-idade (generalidade, versos e estagnação) (40 - 60 anos)

A crise situa-se entre a criatividade ou interesse / estagnação auto – abstracção

Regista-se a consolidação do amor e da amizade: aumento de interesse profissional, aumento de


atenção para com os filhos mas pode viver de debilidade no relacionamento em depressão sem
interesse. Para esta fase contribuem o muito o tipo de escolha profissional feito em particular em
relcao ou propósito no que diz respeito aos objectivos ou propósitos alcançados ou não seguindo
o plano traçado na juventude.

O sentimento de insucesso pode muitas vezes estimular os novos interesses e opções ou a uma
nova ou mas lúcida consciência das próprias capacidades.

Velhice (integridade, versos e desespero) (60 em diante)

A crise observe-se entre o sentimento de integração e a calma / desespero.


Nesta fase emergem uma outra situação de conflito de integridade, que se experimenta quando se
considera que a própria vida foi completada, dando lhe um sentido, no qual se contrapõe o
desespero se pensa em não ter alcançado os objectivos que anteriormente se tinha proposto ou de
não ter integrado as próprias experiencias.

A pessoa pode formar-se um sabia: não se preocupar ansiosamente pela vida porque descobriu o
seu sentido e o da dignidade da sua vida, há aceitação da morte. Nas pode não alcançar
sabedoria, ao fazer o plantio da sua vida ou avaliação do seu passado, verifica que não fez nada
que valesse a pena logo. Surge um sentimento de desgosto pela vida e de desespero perante
amor.

Os indivíduos olham para traz e avaliao o que fizeram com as sua vidas. Os olhares
retrospectivos tanto podem ser positivos (integridade) como negativos (desespero).

(SANTORK. J. W.,op. Cit. p.48 )

Factores que afectam o desenvolvimento psicossocial

Hereditariedade que é a carga genética que estabelece o potencial do individuo, no entanto a


inteligência pode desenvolver se a quem ou alem do se potencial, dependendo das condições do
meio que se encontra.

Crescimento orgânico que refere se ao aspecto físico. O amadurecimento de altura e a


estabilização do esqueleto permite ao indivíduo comportamentos e um domínio do mundo.

Maturação neorofisiologica que é o que toma possível determinar o padrão de comportamento.

Meio. É o conjunto de influência e estimulações ambientais que podem alterar sopradores do


comportamento do indivíduo.

Nem sempre o stress antige o estado de afecto, o estado de homem neste caso pela organização
da conduta e de fala se manifesta em alguns casos na actividade desordenada e outros na
passividade, inactividade, embora as circunstancias exijam uma acção decidida.
A conduta do indivíduo no estado de stress dependente de na maioria parte do tipo do sistema
nervoso da forca ou da debilidade dos seus processos nervosos.

Inquietação etimologicamente, a impossibilidade para o espírito de permanecer franguito.

Psicologicamente sentimento de mal-estar causado pela expectativa de acontecimento


desagradável. Funda-se a inquietação na incerteza e no receio.

Os estados emocionais fundamentais e sua manifestação externa

Podemos destacar os seguintes estados emocionais básicos, cada um dos quais possui uma gama
de características psicológica e de manifestação externa:

 O interesse ( como emocao ) é um estado emocional positivo que contribue para o


desenvolvimento do habito e habilidade para aguisicao de conhecimento e estimula o
ensino.
 A alegria é um estado emocional positivo relacionado com a posibilidaede satisfazer de
uma form bastante plana de uma necessidade actual cuja a propablidade ate este
momento era pequena ou pelomenos inserta.
 Asurbresa é uma reacao emocional destiuida matisses positivas ou negativas claramente
exptresa e surgem inesparadamente.
 O sofrimento é um estado empociopnal negativo, relacionada com uma ionformacao
veritica ou que parece real que acapa de ser recebida a respeito da imposibilidade, da
isatiafacao de mas importante necissidades vitais que ate ao momento parecia um facto
mas ou menios provavel, na maiooria das vezes assume forma cde um estresse
emocional.
 A repugnancia é um estado emocional negativo provocado pelo contacto fisico, pela
cvomuniocacao de com os objectos, pessoas ou circunstancias que contrariam
proscamente as orientacoes e principios biologicpos morais ou estedicos do sujeito.
 Despresso é um estado emocional negativo que surge nas relacoes inter pessoais e é
encontrado pela divergencia entre posicoes vitais, consepcao e contuda do objecto deste
sentimeto.
 Medo é um estado emocional negativo que surgem quando o objecto recebe informacao
sobre um perigo real ou imaginario que o ameaca.
 A vergulha é um estado emocional negativo que se manifesta na conscienscializacao da
não correspondencia dos seus proprios sentimentos feito e de aparencias não so as
esperancas dos circuntantes como tambem aos proprios conceitos sobre conduta e
aspecto digno.
 A raiva é uma lougura breve que leva a mente para longe e que pode muitas vezes ser
mais perniciosa do que a injurie que causou.
Teoria de desenvolvimento cognitivo do freud

Freud (1856-1939) foi um neurologista clínico que se interessou por descobrir


como tratar de histerias, divide a vida psiquica em dois niveis: O inconsciente e o
consciente.

O inconsciente considerou se mais importante, é a camada mais profunda e responsavel por


grande parte de nossas manifestacoes. A vida psiquica se centra na libido (pulsoes sexuas),
responponsavel pela agressividade como de origem sexual. Segundo a concepcao libidina,
dividiu a personalidade em tres instancia: id, ego, super- ego.

A psicanalise descreveu seja a estrutura da mente, seja o desenvolvimento dos processos


psiquicos dos primeiros de vida. Este desenvolvimento é decisivo porque nele se deitam os
fundamentos da vida psiquica do fuduro individual adulto e os tracos precistentes da
personalidade. o Aspecto mais evidente da teoria freudiana é o das fases de desenvolvimento
psicossexual. Segundo freud a area do prazer sexual desloca se duma zona erotica erogena do
corpo a outra, segundo uma sequencia determinada biologicamente na metida em que a crianca
cresce. De consequencias os desturbios psiquicos do individuos adulto depenteriam dum
desenvolvimento não regular das varias fases da sexualidade infantil. Na teoria de Freud a
criança passa por cinco fases nas quais desenvolve (de\ forma saudável ou não) a
estrutura de sua personalidade.

os cinco estadios do desenvolvimento preconizada por Freud sao:

Estadio oral (0 – 12 / 18 meses);

Estadio anal (12 / 18 meses – 2 / 3 anos);

Estadio falica (2/3 anos – 5 / 6 anos );

Estadio de latencia ( 4 / 6 anos - puberdade);

Estadios genital (0 – 12 / 18 meses).

O ser humno nasce com id, isto é, como um conjunto de pulsoes inatas.
O ego forma se, 1o ano de vida, de uma de id que comeca a ter carctreristicas proprias.

Estas forma se pelas consciencias das percepcoes internas e externas que experienciando. São
particularmente importantes as perceecpcoes visuas, auditivas e quinestesicas. A zona erogena
do bebe, nos primeiros meses, é constituidas pelos labios e cavidade bucal.

Alimentacao é uma grande fonte de satisfacao. Quando o bebe tem fome, inqueto e chora;
Quando é alimentado fica chatiado e fez.

O mamar dá um grande prazer ao bebé. O chupare o seio é, para o freudiano, representando


primeira a dividade sexual.

A crianca nasce ao estado indiferenciado, sem ter consciencia de que o seu corpo se diferencia da
Mae. A qualidade das relacoes das Maes.,que o alimenta e cuida, e bebé vai refletir se na sua
vida futura .

O estado oral é constituido por um periodo em que a crianca é muito passiva e depende e outro
na epoca do desmame, em que a crianca é mas activa em pode mesmo morder o seio ou mesmo
bebelao. O desnmame corresponde a uma frustracao que vai situar a crianca em relacao a
realidade do mundo.

Quondo o bebe tem 1 ano, o prazer não lhe adevem exclusivamente no seu corpo. A Mae é muito
envestida enquanto pessoa. A primeira separação é o próprio nascimento, que pode
ser depressiva para alguns bebés. A segunda separação é quando começa a
perceber a mãe como pessoa distinta na medida em que ela começa a reassumir
seus outros papéis na vida. É então que o ego passa a se desenvolver. Mas
algumas mulheres se agarram ao papel de “mãe” porque se sentem muito
poderosas e amadas nele e procuram “segurar” o filho.
Estadio anal (12 / 18 meses – 2 / 3 anos )

A nutricao e o desenvolvimento psicomotor vao permitir a crianca reter ou expulsar as fazes e a


urina no estado anal.

A zona erogena, nesta idade, é a regiao anal e a mucosa intstinal. A estimulacao desta parte do
corpo dá prazer a crianca. Todavia, as constracoes muscular pode provoar tambem dor, criando
uma uma possivel ambivalencia entre estas duas emocoes.

Este periodo etario corresponte a uma fase em que a crianca é mais autonoma procurando
afirmar e realizar as suas vontades. A ambivalencia esta tambem presente na forma como a
crianca entreceder ou a por se as regras de higiene que a Mae excige. As relacoes interpessoais
com a Mae com as outras pessoas vao estabelecer se neste contexto, dai a importancia dada a
forma como se educa a crianca a ser asseada.

Estadio falico ( 3 anos – 5 / 6 anos )

No estadio falico, a zona erogena é a regiao genital. As criancas estao intressadas em questoes do
genero: como nascer os bebes? Estao antentas as diferentes anatomicas entre os sexos, as
relacoes entre os pais e as interacoes entre os homens e mulheres, tem brincadeira onde explorao
estes intreces, como brincadeiras aos medicos, aos pais e as Maes.

Freud deu particular importante a este estadio por ser durante este periudo que as criancas vao
vivenciar o complexo de édipo e por ser no final desta capa e estrutura da personalidade esta
formada com esistencia de um superego.

O complexo de édipo é atracao que o rapaz faz tem pela Mae aquem ele esteve sempre ligado
desde que nasceu, que agora é diferentimente sentida. A sexualidade, que era ate esta idade
exclusivanmente auto erotica, vai agora ser investida no pais.

Ele pode assim falar no desejo de casar com a Mae, mas descobrir o tipo de relacaes que liga os
seus progenitores, sente rivalidade ( por vezes coim expressoes de agressividade) com o pai que
considera um intruso (Monteiro e santo 1998 - 1714).
Complexo de electra

Inicialmente, a rapariga tem uma relacao especial e colorosa com a sua Mae, ate descobrir, Freud
denominou inveja de penis. Ela odeia a Mae, que possue um orgao genital semelhante, e
desenvolvbe um interesse intenso pelo seu pai. Ela percepciona a sua Mae como uma rivale e
ambiciona destrona – la de modo a poder ter uma relacao sexual com seu pai e receber o amor e
atencao que a sua Mae rececebe do pai. Ela tambem ambiciona ter um bebe do seu pai como
compesacao do penis em falta. A sua felicidade é maior se mais tarde este desejo de um bebe for
preenchido na realidade. A sua felicidade é maior se mas tarde este deseja um bebe for
preenchido na realidade, e sobretudo se for um pequeno rapas que traga consigo o tao desejado
penis (Freud 1940: 51).

A rapariga desiste do seu objectivo e identifica se com a sua Mae gosando se simultaneamente
por interposta pessoa de uma relacao especial com seu pai. O inpacto deste estadio continua
durante adolescencia mais tarde, de modo que a escolha do sujeito teve com seu pai o sexo
oposto.

Os efeitos do estadio falico provavelmente tambem se alargarao ao modo como o aluno se


relaciona com os seus os seus professores na escola.

No texte, foi pedido aosm estudantes para dizerem se concordavao com explicacao de Freud
sobre o estadio falico no qual uma relacao especial entre a Mae e o filho bem como entre o pai e
a filha era proposta. Foi pedido que apresentassem as suas razoes.

As respostas foram variadas, interesantes e originais. Enquanto algumas das respostas refectiam
aquilo que lhes tinham sido ensinados outras foram baseadas na diferenca, na cultura e na
experiencia.

Aqueles que diziam que não concordavao como Freud derao diversas razoes:

 As criancas com idades entre os 3 – anos não sabem nada sobre o sexo e, portando, não
estao em posicao de satisfazer sensacoes sexuais.
 Contrariamente á possicao de Freud, as criancas associam se as Maes somente devido a
vinculacao. O ego tem mecanismo privilegiadamente inconsciente, que permitem
estrutura se com uma nova organizacao face sa pulmoes do id, a interjecao, e a
sublimacao são, entre outros mecanismo de defesa do ego ( MARTINHO & SANTOS,
1998: 175).

Estadio genital (1998: 175)

MARTINHO & SANTOS ( 1998: 175) afirmam que, a dolescencia vai reativar uma
sexualidade que esteve como que adormecia durante o periodo da latencia. Assim no
estadio genital retoma se algumas problematicas do estadio falico, como no complexo do
édipo.

A puberdade traz novas pulsoes sexuais genitais, tambem o mundo relacional do


adolescente é alargando as pessias exteriores á familia.

O adolescente vai reviver o conplexo de édipo e a sua ligacao esta ligado a uim processo
de autonomizacao dos adolescente em relacao aos pais idealizados, como eram sentidos
na infancia. O adolescente podera assim, fazer escolhas sexuas fora do mundo familiar,
bem como adoptar se a um conjunto de exigencias sociais socioculturais.

Alguns adolescentes, face as dificuldades deste periodo, regridem a fases de


desenvolvimentois anteriores, recorrendo tambem a mecanismo de defesa do ego como
ascetismo e a intelectualizacao. Atraves de uma rigorosa disciplina e de isolamento. Pela
intelectualizacao ou racionalizacao, o jovem procura esconder os aspectos do processo
adolescente, interesa se por actividades do pensamento, colocando assim toda a sua
energia.
Teoria de desenvolvimento cognitivo de Vygotsky

Desenvolvimento psíquico da criança dos 0 – 16 anos de idade segundo vygostsy

Vygotsky desenvolveu a teoria sociocultural do desenvolvimento cognitivo. A sua teoria tem


raízes na teoria marxista do materialismo dialéctico, ou seja, que as mudanças históricas na
sociedade e a vida material produzem mudanças na natureza humana. Segundo Dinis (2007:
64) o ser humano constitui-se na sua relação com os outros. O funcionamento psicológico do
homem é modelado pela cultura, que se torna parte da natureza humana num processo
histórico, no decorrer do desenvolvimento do indivíduo.

O psicólogo em alusão, abordou o desenvolvimento cognitivo por um processo de orientação.


Em vez de olhar para o final do processo de desenvolvimento, ele debruçou-se sobre o
processo em si e analisou a participação do sujeito nas actividades sociais. Ele propôs que o
desenvolvimento não precede a socialização. Ao invés, as estruturas sociais e as relações
sociais levam ao desenvolvimento das funções mentais.

Ele acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer através do jogo, da brincadeira, da
instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz e um aprendiz mais experiente.

O mesmo diz que o processo básico pelo qual isto ocorre é a mediação (a ligação entre duas
estruturas, uma social e outra pessoalmente construída, através de instrumentos ou sinais).
Quando os signos culturais vão sendo internalizados pelo sujeito é quando os humanos
adquirem a capacidade de uma ordem de pensamento mais elevada.

Vygotsky via o desenvolvimento cognitivo como dependendo mais das interacções com as
pessoas e com os instrumentos do mundo da criança. Esses instrumentos são reais: canetas,
papel, computadores; ou símbolos: linguagem, sistemas matemáticos, signos.
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO GENÉTICO DO PENSAMENTO CONCEITUAL

Esse percurso genético Vygotsky classifica em três grandes estágios:

 Formação de conjuntos sincréticos – em que os objectos são agrupados pelas crianças


em conjuntos sincréticos baseados em ligações vagas e subjectivas;
 Pensamentos por complexos – em que as ligações entre os componentes dos objectos
não são abstractas e lógicas, mas apenas concretas e factuais;
 Formação dos conceitos propriamente ditos – em que a criança agrupa os objectos
conforme um único atributo, sendo capaz de abstrair características isoladas da
totalidade da experiencia concreta.

INFLUÊNCIAS SOCIOCULTURAIS NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA


CRIANÇA:

 Desenvolvimento não pode ser separado do contexto social;


 A cultura afecta a forma como pensamos e o que pensamos;
 Cada cultura tem o seu próprio impacto;
 Conhecimento depende da experiência social;
 A criança desenvolve representações mentais do mundo através da cultura e da
linguagem;
 Zona de Desenvolvimento Próxima (ZDP) – intervala entre a resolução de problemas
assistida e individual;
 Uma vez adquirida a linguagem nas crianças, elas utilizam a linguagem/discurso
interior, falando alto para elas próprias de forma a direccionarem o seu próprio
comportamento, linguagem essa que mais tarde será internalizada e silenciosa –
Desenvolvimento da Linguagem.
CONCLUSÃO

Tendo-se feito o trabalho, conclui-se que é um tema de imensa importância porque, alem de ser
uma área do saber, é campo que tem como objecto central o desenvolvimento psíquico do
homem.

O desenvolvimento psíquico do homem, embora no presente trabalho se destaquem


contribuições de dois pensadores com ideias diferentes, mas, o essencial é a finalidade, o objecto
de estudo, que ambos convergem.

Não só, mas também chegou-se a conclusão que o desenvolvimento psicológico, seja na
dimensão cognitiva como na emotiva, não só acontece na idade adulta, mas sim os primeiros
anos de vida e o período da adolescência são etapas fundamentais para a construção do mundo
psíquico do adulto e, também, a obra de reelaboração e da reorganização da própria vida psíquica
contínua incessantemente por toda a existência humana.

Portanto. Por este ser um trabalho científico e de investigação, eventualmente não traz um estudo
acabado, carecendo por isso críticas e sugestões para uma compreensão mais consentânea do
mesmo.
DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO DA CRIANÇA DOS 0 – 16 ANOS DE IDADE
SEGUNDO ERIK ERIKSON

Segundo o cientista acima citado, a evolução psíquica dos indivíduos depende da maturação e do
desenvolvimento genético, dos estímulos sociais e afectivos.

Alguns termos importantes para compreender o desenvolvimento humano:

 Desenvolvimento – é o conjunto de fases pelas quais o indivíduo passa ao longo do seu


ciclo de vida, englobando os aspectos físicos, fisiológicos, psicológicos, sociais e
culturais.
 Maturação – é a dimensão fisiológica do desenvolvimento. Refere-se ao grau de
prontidão funcional dos diversos sistemas do organismo, nomeadamente do sistema
nervoso.
 Maturidade – é o estádio de desenvolvimento do individuo indispensável para a
execução de determinada tarefa, actividade o função.

A teoria de Erickson (1950 – 1968) afirma que o desenvolvimento psicossocial atravessa oito
estádios, em cada um do qual o indivíduo deve enfrentar uma serie de problemas. Segundo
Erickson, na medida em a criança resolve positivamente os problemas de cada estádio,
determina-se a sua possibilidade de tornar-se uma pessoa adulta dotada de capacidades de
adaptação. CHICOTE (2007: 45)
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA TEORIA DE ERIKSON

1º ESTÁDIO SENSÓRIO-ORAL (0 -1)

Confiança x desconfiança - nesta idade a criança vai aprender o que é ter ou não confiança, esta
está muito relacionada com a relação entre o bebé e a mãe. A confiança é demonstrada pelo bebé
na capacidade de dormir de forma pacífica, alimentar-se confortavelmente e de excretar de boa
forma.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida (0 - 18 meses); força que nasce nesta
etapa é a esperança, que a vertente positiva: se esta identificação for positiva, ou seja, se a mãe
corresponder, ele vai criar o seu primeiro e bom conceito de si e do mundo (representado pela
mãe), o que Erickson chama de ritualização da divindade. Vertente negativa: se a identificação
for negativa, temos o ritualismo do idolismo, ou seja, o culto a um herói, onde o bebé acha que
nunca vai chegar ao nível de sua mãe, que ela é demasiadamente capaz e boa, e que ele não se
identifica assim.

2º ESTÁDIO MUSCULAR-ANAL

Autonomia x Vergonha - a criança já tem algum controlo de seus movimentos musculares, então
direcciona sua energia às experiências ligadas à actividade exploratória e à conquista da
autonomia. É geralmente onde se inicia a educação para a higiene. O bebé ganha experiência no
contacto com os adultos, aprendendo a confiar e a depender deles, assim como a confiar em si
mesmo. A desconfiança é a parte negativa deste estágio, que é equilibrada com a segurança
proporcionada pela confiança.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Ocorre aproximadamente dos 18 mês de vida até os 3 anos de idade; tem como vertente positiva:
a ritualização deste estágio é o discernimento, isso é a criança torna-se judiciosa, julga-se a si e
aos outros, diferenciando o certo do errado e as pessoas ditas diferentes; vertente negativa: o
legalismo, ou seja, quando a criança começa a achar que a punição tem que ser aplicada
incondicionalmente quando uma regra não for respeitada. É quando a punição vence a
compaixão; se a criança se mobiliza com a punição do colega que perdeu o controlo de uma
regra, ou então se sente aliviado quando é punido por algo.

3º ESTÁDIO LOCOMOTORIO-GENITAL

Iniciativa x culpa - nesta fase a criança encontra-se nitidamente mais avançada e mais organizada
tanto a nível físico como mental. É a capacidade de planear as suas tarefas e metas a atingir que a
define como autónoma. No entanto este estádio define-se também como perigoso, pois a criança
busca exaustivamente e de uma forma entusiasta atingir as suas metas que implicam fantasias
genitais e o uso de meios agressivos a manipulativos para alcançar a essas metas. Durante este
período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhado por mulheres e
homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo
que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual” e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá
desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de
buscar novos conhecimentos.

4º ESTÁDIO DE LATÊNCIA

Diligência x Inferioridade - neste período, a criança está sendo alfabetizada e frequentando a


escola, o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá maior
sociabilização, trabalho em conjunto, aprendizagens escolares, a testar limites, a estabelecer os
seus objectivos e a fazer aprendizagens sociais, e a desenvolver um senso de operatividade
dentre outras habilidades necessárias em nossa cultura. Caso tenha dificuldades, o próprio grupo
irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. É nesta fase que ela
começa a dizer, com segurança aparente, o que “quer ser quando crescer”, como uma iniciação
no campo das responsabilidades e dos planeamentos.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Ocorre aproximadamente entre os 7 aos 11 anos; tem como vertente positiva: a socialização e
como vertente negativa: o formalismo, ou seja, a repetição obsessiva de formalidades sem
sentido algum para determinadas ocasiões, o que empobrece a personalidade e prejudica as
relações sociais da criança.

5º ESTÁDIO DA ADOLESCÊNCIA

Identidade x confusão de identidade em que o jovem experimenta uma série de desafios que
envolve suas atitudes para consigo, com seus amigos, com pessoas do sexo oposto, amores e a
busca de uma carreira e de profissionalização. Na medida que as pessoas à sua volta ajudam na
resolução dessas questões desenvolverá o sentimento de identidade pessoal, caso não encontre
respostas para suas questões pode se desorganizar, perdendo seu senso de referência.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Marca o período da adolescência; ocorre aproximadamente entre os 12 aos 18/20 anos; Vertente
positiva é a socialização, e a vertente negativa é o fanatismo. Toda a preocupação do adolescente
em encontrar um papel social provoca uma confusão de identidade, afinal, a preocupação com a
opinião alheia faz com que o adolescente modifique o tempo todo suas atitudes, remodelando sua
personalidade muitas vezes em um período muito curto, seguindo o mesmo ritmo das
transformações físicas que acontecem com ele.

CONCLUSÃO
Tendo-se feito o trabalho, conclui-se que é um tema de imensa importância porque, alem de ser
uma área do saber, é campo que tem como objecto central o desenvolvimento psíquico do
homem.

O desenvolvimento psíquico do homem, embora no presente trabalho se destaquem


contribuições de dois pensadores com ideias diferentes, mas, o essencial é a finalidade, o objecto
de estudo, que ambos convergem.

Não só, mas também chegou-se a conclusão que o desenvolvimento psicológico, seja na
dimensão cognitiva como na emotiva, não só acontece na idade adulta, mas sim os
primeiros anos de vida e o período da adolescência são etapas fundamentais para a
construção do mundo psíquico do adulto e, também, a obra de reelaboração e da
reorganização da própria vida psíquica continua incessantemente p
DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO DA CRIANÇA DOS 0 – 16 ANOS DE IDADE
SEGUNDO VYGOSTSY E LEONTIEV

Vygotsky desenvolveu a teoria socio-cultural do desenvolvimento cognitivo. A sua teoria tem


raízes na teoria marxista do materialismo dialéctico, ou seja, que as mudanças históricas na
sociedade e a vida material produzem mudanças na natureza humana. Segundo Dinis (2007:
64) o ser humano constitui-se na sua relação com os outros. O funcionamento psicológico do
homem é modelado pela cultura, que se torna parte da natureza humana num processo
histórico, no decorrer do desenvolvimento do indivíduo.

O psicólogo em alusão, abordou o desenvolvimento cognitivo por um processo de orientação.


Em vez de olhar para o final do processo de desenvolvimento, ele debruçou-se sobre o
processo em si e analisou a participação do sujeito nas actividades sociais. Ele propôs que o
desenvolvimento não precede a socialização. Ao invés, as estruturas sociais e as relações
sociais levam ao desenvolvimento das funções mentais.

Ele acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer através do jogo, da brincadeira, da
instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz e um aprendiz mais experiente.
O mesmo diz que o processo básico pelo qual isto ocorre é a mediação (a ligação entre duas
estruturas, uma social e outra pessoalmente construída, através de instrumentos ou sinais).
Quando os signos culturais vão sendo internalizados pelo sujeito é quando os humanos
adquirem a capacidade de uma ordem de pensamento mais elevada.

Vygotsky via o desenvolvimento cognitivo como dependendo mais das interacções com as
pessoas e com os instrumentos do mundo da criança. Esses instrumentos são reais: canetas,
papel, computadores; ou símbolos: linguagem, sistemas matemáticos, signos.

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO GENÉTICO DO PENSAMENTO


CONCEITUAL

Esse percurso genético Vygotsky classifica em três grandes estágios:

 Formação de conjuntos sincréticos – em que os objectos são agrupados pelas crianças


em conjuntos sincréticos baseados em ligações vagas e subjectivas;
 Pensamentos por complexos – em que as ligações entre os componentes dos objectos
não são abstractas e lógicas, mas apenas concretas e factuais;
 Formação dos conceitos propriamente ditos – em que a criança agrupa os objectos
conforme um único atributo, sendo capaz de abstrair características isoladas da
totalidade da experiencia concreta.

INFLUÊNCIAS SOCIOCULTURAIS NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA


CRIANÇA:

 Desenvolvimento não pode ser separado do contexto social;


 A cultura afecta a forma como pensamos e o que pensamos;
 Cada cultura tem o seu próprio impacto;
 Conhecimento depende da experiência social;
 A criança desenvolve representações mentais do mundo através da cultura e da
linguagem;
 Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) – intervalo entre a resolução de problemas
assistida e individual;
 Uma vez adquirida a linguagem nas crianças, elas utilizam a linguagem/discurso
interior, falando alto para elas próprias de forma a direccionarem o seu próprio
comportamento, linguagem essa que mais tarde será internalizada e silenciosa –
Desenvolvimento da Linguagem.

DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO DA CRIANÇA DOS 0 – 16 ANOS DE IDADE


SEGUNDO VYGOSTSY E LEONTIEV

Vygotsky desenvolveu a teoria socio-cultural do desenvolvimento cognitivo. A sua teoria tem


raízes na teoria marxista do materialismo dialéctico, ou seja, que as mudanças históricas na
sociedade e a vida material produzem mudanças na natureza humana. Segundo Dinis (2007:
64) o ser humano constitui-se na sua relação com os outros. O funcionamento psicológico do
homem é modelado pela cultura, que se torna parte da natureza humana num processo
histórico, no decorrer do desenvolvimento do indivíduo.

O psicólogo em alusão, abordou o desenvolvimento cognitivo por um processo de orientação.


Em vez de olhar para o final do processo de desenvolvimento, ele debruçou-se sobre o
processo em si e analisou a participação do sujeito nas actividades sociais. Ele propôs que o
desenvolvimento não precede a socialização. Ao invés, as estruturas sociais e as relações
sociais levam ao desenvolvimento das funções mentais.

Ele acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer através do jogo, da brincadeira, da
instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz e um aprendiz mais experiente.

O mesmo diz que o processo básico pelo qual isto ocorre é a mediação (a ligação entre duas
estruturas, uma social e outra pessoalmente construída, através de instrumentos ou sinais).
Quando os signos culturais vão sendo internalizados pelo sujeito é quando os humanos
adquirem a capacidade de uma ordem de pensamento mais elevada.
Vygotsky via o desenvolvimento cognitivo como dependendo mais das interacções com as
pessoas e com os instrumentos do mundo da criança. Esses instrumentos são reais: canetas,
papel, computadores; ou símbolos: linguagem, sistemas matemáticos, signos.

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO GENÉTICO DO PENSAMENTO


CONCEITUAL

Esse percurso genético Vygotsky classifica em três grandes estágios:

 Formação de conjuntos sincréticos – em que os objectos são agrupados pelas crianças


em conjuntos sincréticos baseados em ligações vagas e subjectivas;
 Pensamentos por complexos – em que as ligações entre os componentes dos objectos
não são abstractas e lógicas, mas apenas concretas e factuais;
 Formação dos conceitos propriamente ditos – em que a criança agrupa os objectos
conforme um único atributo, sendo capaz de abstrair características isoladas da
totalidade da experiencia concreta.

INFLUÊNCIAS SOCIOCULTURAIS NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA


CRIANÇA:

 Desenvolvimento não pode ser separado do contexto social;


 A cultura afecta a forma como pensamos e o que pensamos;
 Cada cultura tem o seu próprio impacto;
 Conhecimento depende da experiência social;
 A criança desenvolve representações mentais do mundo através da cultura e da
linguagem;
 Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) – intervalo entre a resolução de problemas
assistida e individual;
 Uma vez adquirida a linguagem nas crianças, elas utilizam a linguagem/discurso
interior, falando alto para elas próprias de forma a direccionarem o seu próprio
comportamento, linguagem essa que mais tarde será internalizada e silenciosa –
Desenvolvimento da Linguagem.
CONCLUSÃO

Tendo-se feito o trabalho, conclui-se que é um tema de imensa importância porque, alem de ser
uma área do saber, é campo que tem como objecto central o desenvolvimento psíquico do
homem.

O desenvolvimento psíquico do homem, embora no presente trabalho se destaquem


contribuições de dois pensadores com ideias diferentes, mas, o essencial é a finalidade, o objecto
de estudo, que ambos convergem.

Não só, mas também chegou-se a conclusão que o desenvolvimento psicológico, seja na
dimensão cognitiva como na emotiva, não só acontece na idade adulta, mas sim os primeiros
anos de vida e o período da adolescência são etapas fundamentais para a construção do mundo
psíquico do adulto e, também, a obra de reelaboração e da reorganização da própria vida psíquica
continua incessantemente por toda a existência humana.

Portanto. Por este ser um trabalho científico e de investigação, eventualmente não traz um estudo
acabado, carecendo por isso críticas e sugestões para uma compreensão mais consentânea do
mesmo.
DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO DA CRIANÇA DOS 0 – 16 ANOS DE IDADE
SEGUNDO ERIK ERIKSON

Segundo o cientista acima citado, a evolução psíquica dos indivíduos depende da maturação e do
desenvolvimento genético, dos estímulos sociais e afectivos.

Alguns termos importantes para compreender o desenvolvimento humano:

 Desenvolvimento – é o conjunto de fases pelas quais o indivíduo passa ao longo do seu


ciclo de vida, englobando os aspectos físicos, fisiológicos, psicológicos, sociais e
culturais.
 Maturação – é a dimensão fisiológica do desenvolvimento. Refere-se ao grau de
prontidão funcional dos diversos sistemas do organismo, nomeadamente do sistema
nervoso.
 Maturidade – é o estádio de desenvolvimento do individuo indispensável para a
execução de determinada tarefa, actividade o função.

A teoria de Erickson (1950 – 1968) afirma que o desenvolvimento psicossocial atravessa oito
estádios, em cada um do qual o indivíduo deve enfrentar uma serie de problemas. Segundo
Erickson, na medida em a criança resolve positivamente os problemas de cada estádio,
determina-se a sua possibilidade de tornar-se uma pessoa adulta dotada de capacidades de
adaptação. CHICOTE (2007: 45)

ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA TEORIA DE ERIKSON

1º ESTÁDIO SENSÓRIO-ORAL (0 -1)

Confiança x desconfiança - nesta idade a criança vai aprender o que é ter ou não confiança, esta
está muito relacionada com a relação entre o bebé e a mãe. A confiança é demonstrada pelo bebé
na capacidade de dormir de forma pacífica, alimentar-se confortavelmente e de excretar de boa
forma.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
Ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida (0 - 18 meses); força que nasce nesta
etapa é a esperança, que a vertente positiva: se esta identificação for positiva, ou seja, se a mãe
corresponder, ele vai criar o seu primeiro e bom conceito de si e do mundo (representado pela
mãe), o que Erickson chama de ritualização da divindade. Vertente negativa: se a identificação
for negativa, temos o ritualismo do idolismo, ou seja, o culto a um herói, onde o bebé acha que
nunca vai chegar ao nível de sua mãe, que ela é demasiadamente capaz e boa, e que ele não se
identifica assim.

2º ESTÁDIO MUSCULAR-ANAL

Autonomia x Vergonha - a criança já tem algum controlo de seus movimentos musculares, então
direcciona sua energia às experiências ligadas à actividade exploratória e à conquista da
autonomia. É geralmente onde se inicia a educação para a higiene. O bebé ganha experiência no
contacto com os adultos, aprendendo a confiar e a depender deles, assim como a confiar em si
mesmo. A desconfiança é a parte negativa deste estágio, que é equilibrada com a segurança
proporcionada pela confiança.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Ocorre aproximadamente dos 18 mês de vida até os 3 anos de idade; tem como vertente positiva:
a ritualização deste estágio é o discernimento, isso é a criança torna-se judiciosa, julga-se a si e
aos outros, diferenciando o certo do errado e as pessoas ditas diferentes; vertente negativa: o
legalismo, ou seja, quando a criança começa a achar que a punição tem que ser aplicada
incondicionalmente quando uma regra não for respeitada. É quando a punição vence a
compaixão; se a criança se mobiliza com a punição do colega que perdeu o controlo de uma
regra, ou então se sente aliviado quando é punido por algo.

3º ESTÁDIO LOCOMOTORIO-GENITAL

Iniciativa x culpa - nesta fase a criança encontra-se nitidamente mais avançada e mais organizada
tanto a nível físico como mental. É a capacidade de planear as suas tarefas e metas a atingir que a
define como autónoma. No entanto este estádio define-se também como perigoso, pois a criança
busca exaustivamente e de uma forma entusiasta atingir as suas metas que implicam fantasias
genitais e o uso de meios agressivos a manipulativos para alcançar a essas metas. Durante este
período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhado por mulheres e
homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo
que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual” e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá
desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de
buscar novos conhecimentos.

4º ESTÁDIO DE LATÊNCIA

Diligência x Inferioridade - neste período, a criança está sendo alfabetizada e frequentando a


escola, o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá maior
sociabilização, trabalho em conjunto, aprendizagens escolares, a testar limites, a estabelecer os
seus objectivos e a fazer aprendizagens sociais, e a desenvolver um senso de operatividade
dentre outras habilidades necessárias em nossa cultura. Caso tenha dificuldades, o próprio grupo
irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. É nesta fase que ela
começa a dizer, com segurança aparente, o que “quer ser quando crescer”, como uma iniciação
no campo das responsabilidades e dos planeamentos.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Ocorre aproximadamente entre os 7 aos 11 anos; tem como vertente positiva: a socialização e
como vertente negativa: o formalismo, ou seja, a repetição obsessiva de formalidades sem
sentido algum para determinadas ocasiões, o que empobrece a personalidade e prejudica as
relações sociais da criança.

5º ESTÁDIO DA ADOLESCÊNCIA

Identidade x confusão de identidade em que o jovem experimenta uma série de desafios que
envolve suas atitudes para consigo, com seus amigos, com pessoas do sexo oposto, amores e a
busca de uma carreira e de profissionalização. Na medida que as pessoas à sua volta ajudam na
resolução dessas questões desenvolverá o sentimento de identidade pessoal, caso não encontre
respostas para suas questões pode se desorganizar, perdendo seu senso de referência.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Marca o período da adolescência; ocorre aproximadamente entre os 12 aos 18/20 anos; Vertente
positiva é a socialização, e a vertente negativa é o fanatismo. Toda a preocupação do adolescente
em encontrar um papel social provoca uma confusão de identidade, afinal, a preocupação com a
opinião alheia faz com que o adolescente modifique o tempo todo suas atitudes, remodelando sua
personalidade muitas vezes em um período muito curto, seguindo o mesmo ritmo das
transformações físicas que acontecem com ele.

CONCLUSÃO

Tendo-se feito o trabalho, conclui-se que é um tema de imensa importância porque, alem de ser
uma área do saber, é campo que tem como objecto central o desenvolvimento psíquico do
homem.

O desenvolvimento psíquico do homem, embora no presente trabalho se destaquem


contribuições de dois pensadores com ideias diferentes, mas, o essencial é a finalidade, o objecto
de estudo, que ambos convergem.
Não só, mas também chegou-se a conclusão que o desenvolvimento psicológico, seja na
dimensão cognitiva como na emotiva, não só acontece na idade adulta, mas sim os primeiros
anos de vida e o período da adolescência são etapas fundamentais para a construção do mundo
psíquico do adulto e, também, a obra de reelaboração e da reorganização da própria vida psíquica
continua incessantemente por toda a existência humana.

Portanto. Por este ser um trabalho científico e de investigação, eventualmente não traz um estudo
acabado, carecendo por isso críticas e sugestões para uma compreensão mais consentânea do
mesmo.
DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO DA CRIANÇA DOS 0 – 16 ANOS DE IDADE
SEGUNDO ERIK ERIKSON

Segundo o cientista acima citado, a evolução psíquica dos indivíduos depende da maturação e do
desenvolvimento genético, dos estímulos sociais e afectivos.

Alguns termos importantes para compreender o desenvolvimento humano:

 Desenvolvimento – é o conjunto de fases pelas quais o indivíduo passa ao longo do seu


ciclo de vida, englobando os aspectos físicos, fisiológicos, psicológicos, sociais e
culturais.
 Maturação – é a dimensão fisiológica do desenvolvimento. Refere-se ao grau de
prontidão funcional dos diversos sistemas do organismo, nomeadamente do sistema
nervoso.
 Maturidade – é o estádio de desenvolvimento do individuo indispensável para a
execução de determinada tarefa, actividade o função.

A teoria de Erickson (1950 – 1968) afirma que o desenvolvimento psicossocial atravessa oito
estádios, em cada um do qual o indivíduo deve enfrentar uma serie de problemas. Segundo
Erickson, na medida em a criança resolve positivamente os problemas de cada estádio,
determina-se a sua possibilidade de tornar-se uma pessoa adulta dotada de capacidades de
adaptação. CHICOTE (2007: 45)
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA TEORIA DE ERIKSON

1º ESTÁDIO SENSÓRIO-ORAL (0 -1)

Confiança x desconfiança - nesta idade a criança vai aprender o que é ter ou não confiança, esta
está muito relacionada com a relação entre o bebé e a mãe. A confiança é demonstrada pelo bebé
na capacidade de dormir de forma pacífica, alimentar-se confortavelmente e de excretar de boa
forma.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida (0 - 18 meses); força que nasce nesta
etapa é a esperança, que a vertente positiva: se esta identificação for positiva, ou seja, se a mãe
corresponder, ele vai criar o seu primeiro e bom conceito de si e do mundo (representado pela
mãe), o que Erickson chama de ritualização da divindade. Vertente negativa: se a identificação
for negativa, temos o ritualismo do idolismo, ou seja, o culto a um herói, onde o bebé acha que
nunca vai chegar ao nível de sua mãe, que ela é demasiadamente capaz e boa, e que ele não se
identifica assim.

2º ESTÁDIO MUSCULAR-ANAL

Autonomia x Vergonha - a criança já tem algum controlo de seus movimentos musculares, então
direcciona sua energia às experiências ligadas à actividade exploratória e à conquista da
autonomia. É geralmente onde se inicia a educação para a higiene. O bebé ganha experiência no
contacto com os adultos, aprendendo a confiar e a depender deles, assim como a confiar em si
mesmo. A desconfiança é a parte negativa deste estágio, que é equilibrada com a segurança
proporcionada pela confiança.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Ocorre aproximadamente dos 18 mês de vida até os 3 anos de idade; tem como vertente positiva:
a ritualização deste estágio é o discernimento, isso é a criança torna-se judiciosa, julga-se a si e
aos outros, diferenciando o certo do errado e as pessoas ditas diferentes; vertente negativa: o
legalismo, ou seja, quando a criança começa a achar que a punição tem que ser aplicada
incondicionalmente quando uma regra não for respeitada. É quando a punição vence a
compaixão; se a criança se mobiliza com a punição do colega que perdeu o controlo de uma
regra, ou então se sente aliviado quando é punido por algo.

3º ESTÁDIO LOCOMOTORIO-GENITAL

Iniciativa x culpa - nesta fase a criança encontra-se nitidamente mais avançada e mais organizada
tanto a nível físico como mental. É a capacidade de planear as suas tarefas e metas a atingir que a
define como autónoma. No entanto este estádio define-se também como perigoso, pois a criança
busca exaustivamente e de uma forma entusiasta atingir as suas metas que implicam fantasias
genitais e o uso de meios agressivos a manipulativos para alcançar a essas metas. Durante este
período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhado por mulheres e
homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo
que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual” e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá
desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de
buscar novos conhecimentos.

4º ESTÁDIO DE LATÊNCIA

Diligência x Inferioridade - neste período, a criança está sendo alfabetizada e frequentando a


escola, o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá maior
sociabilização, trabalho em conjunto, aprendizagens escolares, a testar limites, a estabelecer os
seus objectivos e a fazer aprendizagens sociais, e a desenvolver um senso de operatividade
dentre outras habilidades necessárias em nossa cultura. Caso tenha dificuldades, o próprio grupo
irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. É nesta fase que ela
começa a dizer, com segurança aparente, o que “quer ser quando crescer”, como uma iniciação
no campo das responsabilidades e dos planeamentos.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Ocorre aproximadamente entre os 7 aos 11 anos; tem como vertente positiva: a socialização e
como vertente negativa: o formalismo, ou seja, a repetição obsessiva de formalidades sem
sentido algum para determinadas ocasiões, o que empobrece a personalidade e prejudica as
relações sociais da criança.

5º ESTÁDIO DA ADOLESCÊNCIA

Identidade x confusão de identidade em que o jovem experimenta uma série de desafios que
envolve suas atitudes para consigo, com seus amigos, com pessoas do sexo oposto, amores e a
busca de uma carreira e de profissionalização. Na medida que as pessoas à sua volta ajudam na
resolução dessas questões desenvolverá o sentimento de identidade pessoal, caso não encontre
respostas para suas questões pode se desorganizar, perdendo seu senso de referência.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Marca o período da adolescência; ocorre aproximadamente entre os 12 aos 18/20 anos; Vertente
positiva é a socialização, e a vertente negativa é o fanatismo. Toda a preocupação do adolescente
em encontrar um papel social provoca uma confusão de identidade, afinal, a preocupação com a
opinião alheia faz com que o adolescente modifique o tempo todo suas atitudes, remodelando sua
personalidade muitas vezes em um período muito curto, seguindo o mesmo ritmo das
transformações físicas que acontecem com ele.

CONCLUSÃO
Tendo-se feito o trabalho, conclui-se que é um tema de imensa importância porque, alem de ser
uma área do saber, é campo que tem como objecto central o desenvolvimento psíquico do
homem.

O desenvolvimento psíquico do homem, embora no presente trabalho se destaquem


contribuições de dois pensadores com ideias diferentes, mas, o essencial é a finalidade, o objecto
de estudo, que ambos convergem.

Não só, mas também chegou-se a conclusão que o desenvolvimento psicológico, seja na
dimensão cognitiva como na emotiva, não só acontece na idade adulta, mas sim os primeiros
anos de vida e o período da adolescência são etapas fundamentais para a construção do mundo
psíquico do adulto e, também, a obra de reelaboração e da reorganização da própria vida psíquica
continua incessantemente por toda a existência humana.

Portanto. Por este ser um trabalho científico e de investigação, eventualmente não traz um estudo
acabado, carecendo por isso críticas e sugestões para uma compreensão mais consentânea do
mesmo.

or toda a existência humana.

Portanto. Por este ser um trabalho científico e de investigação, eventualmente não traz um estudo
acabado, carecendo por isso críticas e sugestões para uma compreensão mais consentânea do
mesmo.

Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas.

Segundo a tradição marxista, Vygotsky considera que as mudanças que ocorrem em cada um de
nós tem sua raiz na sociedade e na cultura.

A relação do individuo com o mundo está sempre mediado pelo outro.Para fazer a mediação, o
homem também se utiliza de instrumentos, como por exemplo o machado para o lenhador.

No campo psicológico, o homem também se utiliza de instrumentos, só que agora chamados de


“signos” que por sua vez também são por Vygotsky chamados de “instrumentos psicológicos”.
O signo é uma marca externa que auxilia o homem em tarefas que exigem memória ou atenção.
Ex: fazer uma lista de compras por escrito.

Com o tempo, a utilização de marcas externas vai dar lugar a processos internos de mediação,
chamados de processo de internalização.

As possibilidades de operação mental não constituem uma relação direta com o mundo real
fisicamente presente; a relação é mediada pelos signos internalizados que representam os
elementos do mundo, libertando o homem da necessidade de interação concreta com os objetos
de seu pensamento.

Um dos instrumentos básicos que temos é a linguagem, onde Vygotsky trabalha com duas
funções básicas: intercâmbio social- criação e utilização de sistemas de linguagem : que o
homem utiliza para se comunicar com os seus semelhantes; e o pensamento generalizante, onde a
linguagem ordena o real, agrupando todas as ocorrências de uma mesma classe de objetos, sob
uma mesma categoria conceitual.

Antes de o pensamento e a linguagem se associarem, existe, uma fase pré-verbal e uma fase pré-
intelectual. Após, os processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem se unem,
surgindo assim o pensamento verbal e a linguagem intelectual. Podemos ainda dizer que é no
significado da palavra que o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal, mas não
podemos nos esquecer que os significados continuam a ser transformados durante todo o
desenvolvimento do individuo.

Deste modo é a função generalizante da linguagem que a torna um instrumento do pensamento.

A partir das concepções descritas acima, Vygotsky construiu o conceito de zona de


desenvolvimento proximal, que é a distancia entre o nível de desenvolvimento real, que se
costuma determinar através da solução independente de problemas pela criança, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado pela solução de problemas sob a orientação de um
adulto, ou em colaboração com companheiros.

Concluímos assim dizendo, que para Vygotsky, as relações entre aprendizagem e


desenvolvimento são indissociáveis.

ara Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas.

Segundo a tradição marxista, Vygotsky considera que as mudanças que ocorrem em cada um de
nós tem sua raiz na sociedade e na cultura.

A relação do individuo com o mundo está sempre mediado pelo outro.Para fazer a mediação, o
homem também se utiliza de instrumentos, como por exemplo o machado para o lenhador.

No campo psicológico, o homem também se utiliza de instrumentos, só que agora chamados de


“signos” que por sua vez também são por Vygotsky chamados de “instrumentos psicológicos”.
O signo é uma marca externa que auxilia o homem em tarefas que exigem memória ou atenção.
Ex: fazer uma lista de compras por escrito.

Com o tempo, a utilização de marcas externas vai dar lugar a processos internos de mediação,
chamados de processo de internalização.

As possibilidades de operação mental não constituem uma relação direta com o mundo real
fisicamente presente; a relação é mediada pelos signos internalizados que representam os
elementos do mundo, libertando o homem da necessidade de interação concreta com os objetos
de seu pensamento.

Um dos instrumentos básicos que temos é a linguagem, onde Vygotsky trabalha com duas
funções básicas: intercâmbio social- criação e utilização de sistemas de linguagem : que o
homem utiliza para se comunicar com os seus semelhantes; e o pensamento generalizante, onde a
linguagem ordena o real, agrupando todas as ocorrências de uma mesma classe de objetos, sob
uma mesma categoria conceitual.

Antes de o pensamento e a linguagem se associarem, existe, uma fase pré-verbal e uma fase pré-
intelectual. Após, os processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem se unem,
surgindo assim o pensamento verbal e a linguagem intelectual. Podemos ainda dizer que é no
significado da palavra que o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal, mas não
podemos nos esquecer que os significados continuam a ser transformados durante todo o
desenvolvimento do individuo.

Deste modo é a função generalizante da linguagem que a torna um instrumento do pensamento.

A partir das concepções descritas acima, Vygotsky construiu o conceito de zona de


desenvolvimento proximal, que é a distancia entre o nível de desenvolvimento real, que se
costuma determinar através da solução independente de problemas pela criança, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado pela solução de problemas sob a orientação de um
adulto, ou em colaboração com companheiros.

Concluímos assim dizendo, que para Vygotsky, as relações entre aprendizagem e


desenvolvimento são indissociáveis.
O Desenvolvimento Psíquico: Freud

Freud (1856-1939) foi um neurologista clínico que se interessou por descobrir


como tratar de histerias. Era um mal comum na época que muitos acusavam de
ser mera encenação por aparentemente não haver nada de errado com o
organismo das pessoas, mas Freud atribuiu a causa da histeria a fatores
inconscientes. Tentou utilizar hipnose sem bons resultados para extrair esses
fatores insconcientes e então desenvolveu as teorias e práticas básicas da
Psicanálise, um processo de curto e longo prazo para lidar com neuroses e para
cultivar o amadurecimento psíquico.

Na teoria de Freud a criança passa por cinco fases nas quais desenvolve (de
forma saudável ou não) a estrutura de sua personalidade.

1) Fase Oral (do 00 ao 01 ano):


Nesta fase o desejo e o prazer da criança localizam-se primordialmente na boca
e na ingestão de alimentos e o seio materno, a mamadeira, a chupeta, os dedos
são objetos do prazer.

O bebê é egocêntrico, não no sentido de egoísta, mas de não ter a capacidade


cognitiva de entender os outros como pessoas distintas dele e ter toda sua
atenção focada em suas necessidades, sentimentos e desejos. Sente a mãe como
uma extensão dele e literalmente depende dela para sobreviver. E quem promove
o rompimento é a própria mãe.

A primeira separação é o próprio nascimento, que pode ser depressiva para


alguns bebês. A segunda separação é quando começa a perceber a mãe como
pessoa distinta na medida em que ela começa a reassumir seus outros papéis na
vida. É então que o ego passa a se desenvolver. Mas algumas mulheres se
agarram ao papel de “mãe” porque se sentem muito poderosas e amadas nele e
procuram “segurar” o filho.

2) Fase Anal (do 01 aos 03 anos):


Nesta fase o desejo e o prazer da criança localizaram-se primordialmente nas
exercesse e as fezes, brincar com massas e com tintas, amassar barro ou argila,
comer coisas cremosas, sujar-se são os objetos do prazer.

É neste período que a criança aprende a controlar seus esfíncteres,


experimentando tanto o poder de reter quanto de excluir algo. Conforme aprende
a controlar esse poder e a seguir normas, começa a desenvolver seu superego.
Nesta fase a criança testa os limites que lhes são impostos e quanto mais
desconfia do amor dos pais mais ele testa a autoridade deles para verificar se
pode mesmo confiar neles. Desta forma também testa a coerência dos pais e
aprende a noção de autoridade. O desequilíbrio é a recusa de abandonar o
narcisismo e a dependência.

3) Fase Fálica (dos 03 aos 05 anos):


Nesta fase o desejo e o prazer da criança localizaram-se primordialmente nos
órgãos genitais e nas partes do corpo que excitam tais órgãos. Nessa fase, para
os meninos, a mãe é o objeto do desejo e do prazer; para as meninas, o pai.
Precedida pelo período de latência, a organização genital propriamente dita se
instala na puberdade, quando as pulsões parciais estão definitivamente
integradas sob a primazia genital específica de cada sexo. É o estágio final do
desenvolvimento libidinal instintivo.

Se tudo estiver ocorrendo funcionalmente, a criança aprende que a mãe e o pai,


além de se relacionarem com ela, possuem outro relacionamento: um com o
outro. É a fase da “triangulação” ou “questão edipiana”. O menino quer a mãe só
para si e então ocorre o choque com o pai. Agora é o pai que faz o corte e este
depende da qualidade da relação do casal. Essa é a oficialização do “pão
internalizado”. Aqui ocorre a identificação masculina: o menino quer ficar
poderoso como o pai (ou outra figura masculina que faça esse papel) para
também ter a sua própria mulher. Mas para que esse processo ocorra bem é
necessário que o próprio pai esteja tranqüilo no seu papel masculino e que o
casal tenha um relacionamento saudável.

Porém, podem ocorrer problemas no desenvolvimento da masculinidade quando


(1) o pai tem um relacionamento frio, distante, passivo-agressivo ou mesmo
hostil com a mãe, (2) o pai é literalmente ausente e não há figura masculina
substituta, (3) a mãe é dominadora e o pai subserviente a ela ou (4) a mãe
despreza o pai do menino e talvez os homens em geral.

No caso da menina, seu primeiro amor foi por alguém do mesmo gênero que ela:
sua mãe. Porém, nesta fase ela quer o pai só para si. Mas, se o relacionamento
familiar for funcional, a mãe faz o corte e depois mãe e filha se tornam
“amigas”. Porém, mesmo assim a menina se sente culpada por ter “traído” o seu
“primeiro amor” (a mãe), sentimento que pode carregar o resto da vida. Ou se
sente mal por ser diferente da mãe. Esses sentimentos podem levar a
relacionamentos disfuncionais dentro da família e/ou no seu próprio casamento.

Podem ocorrer problemas no desenvolvimento da feminilidade quando (1) o


relacionamento ente pai e mãe é ruim e o relacionamento entre pai e filha se
torna muito forte e é distorcido, (2) a mãe é literalmente ausente e não há figura
feminina substituta, (3) a mãe é dominadora e o pai subserviente a ela ou (4) a
mãe despreza o pai da menina e talvez os homens em geral.
4) Fase da Latência - (dos 05 aos 11 anos) :
Esta fase tem sua origem na dissolução do Complexo de Édipo e do Complexo de
Electra que ocorreram na fase fálica. Este período constitua uma pausa na
evolução da sexualidade. Não significa necessariamente que a criança não tenha
nenhum interesse sexual até chegar à puberdade, mas principalmente que não se
desenvolverá nesse período uma nova organização da sexualidade. Surgimento
de sentimentos de pudor e repugnância, a identificação com os pais, a
intensificação das repressões e o desenvolvimento de sublimações são
características desse período.

5) Fase Genital - (dos 11 anos em diante):


A organização genital propriamente dita se instala na puberdade, quando as
pulsões parciais estão definitivamente integradas sob a primazia genital
específica de cada sexo. O estabelecimento desse primado a serviço da
reprodução é a última fase por que passa a organização sexual. Porém, fixações
e regressões podem estancar o desenvolvimento libidinal e interferir na primazia
genital e no funcionamento genital adequado na vida adulta.

Se o desenvolvimento foi saudável e equilibrado em todas as fases, a pessoa se


torna um adulto ponderado e bem estruturado psicologicamente.

O MODELO PSICANALÍTICO DA MENTE

Freud idealizou o seguinte paradigma da mente humana:

TEORIA TOPOGRÁFICA : o aparelho psíquico possui níveis graduais de


consciência: o “consciente ” (a ponta do “iceberg”, os nossos pensamentos e
sentimentos dos quais temos pleno conhecimento), o “inconsciente ” (a maior
parte de nossa mente, submersa e invisível para nós mesmos, nossos
pensamentos, sentimentos, memórias e desejos desconhecidos para nós próprios)
e o "subconsciente " (a zona intermediária, um conjunto de fenômenos psíquicos
latentes fora do alcance direto da consciência do indivíduo, mas que influenciam
sua conduta).

TEORIA ESTRUTURAL : O aparelho psíquico possui três “personagens” ou


instâncias: (1) o Id, que quer satisfazer nossos impulsos buscando o prazer
imediato sem ser capaz de pensar nas conseqüências), (2) o Superego, nosso
censor interno, que absorveu as normas do mundo externo e as impõe ao mundo
interno para restringir os impulsos do Id e (3) o Ego, o mediador entre ambos e
mediador entre nosso mundo interior e o mundo exterior.

Um ego forte e maduro produzirá uma razoável homeostase psíquica (equilíbrio


psicológico e maturidade) e lidará bem com os conflitos internos, o que por sua
vez possibilitará um bom relacionamento com as outras pessoas em geral. De
acordo com Freud, temos duas pulsões: a pulsão da vida ou libido e a pulsão da
morte ou autodestruição.

Freud define cinco estádios do desenvolvimento psicossexual: (veja o quadro camparativo de


Piaget e Freud abaixo)
Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas.

Segundo a tradição marxista, Vygotsky considera que as mudanças que ocorrem em cada um de
nós tem sua raiz na sociedade e na cultura.

A relação do individuo com o mundo está sempre mediado pelo outro.Para fazer a mediação, o
homem também se utiliza de instrumentos, como por exemplo o machado para o lenhador.

No campo psicológico, o homem também se utiliza de instrumentos, só que agora chamados de


“signos” que por sua vez também são por Vygotsky chamados de “instrumentos psicológicos”.

O signo é uma marca externa que auxilia o homem em tarefas que exigem memória ou atenção.
Ex: fazer uma lista de compras por escrito.

Com o tempo, a utilização de marcas externas vai dar lugar a processos internos de mediação,
chamados de processo de internalização.

As possibilidades de operação mental não constituem uma relação direta com o mundo real
fisicamente presente; a relação é mediada pelos signos internalizados que representam os
elementos do mundo, libertando o homem da necessidade de interação concreta com os objetos
de seu pensamento.

Um dos instrumentos básicos que temos é a linguagem, onde Vygotsky trabalha com duas
funções básicas: intercâmbio social- criação e utilização de sistemas de linguagem : que o
homem utiliza para se comunicar com os seus semelhantes; e o pensamento generalizante, onde a
linguagem ordena o real, agrupando todas as ocorrências de uma mesma classe de objetos, sob
uma mesma categoria conceitual.

Antes de o pensamento e a linguagem se associarem, existe, uma fase pré-verbal e uma fase pré-
intelectual. Após, os processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem se unem,
surgindo assim o pensamento verbal e a linguagem intelectual. Podemos ainda dizer que é no
significado da palavra que o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal, mas não
podemos nos esquecer que os significados continuam a ser transformados durante todo o
desenvolvimento do individuo.

Deste modo é a função generalizante da linguagem que a torna um instrumento do pensamento.

A partir das concepções descritas acima, Vygotsky construiu o conceito de zona de


desenvolvimento proximal, que é a distancia entre o nível de desenvolvimento real, que se
costuma determinar através da solução independente de problemas pela criança, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado pela solução de problemas sob a orientação de um
adulto, ou em colaboração com companheiros.

Concluímos assim dizendo, que para Vygotsky, as relações entre aprendizagem e


desenvolvimento são indissociáveis.

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