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Niterói
2009
ii
Niterói
2009
iii
BANCA EXAMINADORA
Niterói
2009
iv
Dedico esse
trabalho a todas
as crianças
descalças quais a
realidade de vida
não pude
transformar em
algo melhor de
modo definitivo,
mas apenas por
algumas horas,
com um pouco de
diversão. A elas,
se pudesse diria
agora, que nada é
definitivo e que as
suas vidas podem
mudar...
v
AGRADECIMENTOS
Acredito ser praticamente impossível agradecer especificamente a determinadas
pessoas por eu ter conseguido chegar até aqui, pois foram muitas... Pessoas essas que,
inclusive eu nem mesmo conheço, e que de uma forma ou de outra, no dia-a-dia,
cruzaram o meu caminho e compartilharam momentos ‘esquecíveis’, mas que, porém
podem naquele dado instante mesmo que não intencionalmente, ter mudado o rumo da
minha história; como ‘o rapaz da copiadora’, a ‘atendente da cantina’, o motorista do
ônibus que parou quando eu estava atrasada para entregar um trabalho ou outros. Faço
questão de lembrar-me desses detalhes, pois vivemos em um mundo repleto de milagres
que ocorrem a todo instante, e cada uma deles, em particular, na minha vida, conspirou
para que eu conseguisse em fim terminar esta etapa do meu trabalho.
A CAPES pela bolsa de estudos a mim outorgada que proporcionou a execução
deste trabalho.
... todas as instituições participantes do projeto e seus funcionários e educadores
e educandos, que receberam a mim a às minhas idéias com muito carinho, seriedade e
dedicação;
... ao meu querido orientador, prof. Célio Mauro Viana, que considero mais que
um orientador, e sim um amigo com qualidades ímpares e que com muita sabedoria e
paciência conduziu-me até um aprendizado que vai além das folhas escritas e dos
gráficos;
... ao prof. Dr. Dalton Garcia de Mattos Júnior, que com muita boa vontade me
apresentou tanto ao Programa (PGCA), quanto ao meu orientador prof. Dr. Célio Mauro
Viana, incentivando a mim e a execução de meu projeto;
... a minha amiga, Peônia Pereira Brito de Moraes, aluna do PGCA, que hoje
para mim é uma irmã...
... ao meu marido, Rafael Axiotis de Mattos, apoiando-me, e mais que isso,
sendo verdadeiramente parte de mim em todos os instantes desde o início de minha
jornada, e graças ao bom Deus até hoje, e para sempre se assim for permitido;
... a minha avó Anita Pereira Campos (in memorian) e ao meu avô Ari Cruz
Hernandez (in memorian) que me deram tanto amor durante as suas vidas, que hoje,
como pessoa e ‘acadêmica’ posso compartilhar todo esse amor com a sociedade em
forma de trabalhos e pesquisas que possam contribuir um pouco para a melhoria de suas
vidas e país.
vi
A Deus, meus
Pais e Irmãos e
marido.
“Eu ouço eu
esqueço. Eu vejo
e eu lembro. Eu
faço e eu
entendo”
RESUMO
ABSTRACT
Pediculosis is a parasitic disease which affects a large part of the Brazilian population
and other parts of the world, not choosing age, ethnic or social class. Although it is a
disease known in the past, few epidemiological investigations were carried out in
Brazil, as well as taking initiatives to reduce its occurence. This research was to produce
educational materials test and pedagogical addressing this issue, with the aim of
informing and educators and learners, enhance, different aspects of pediculosis. This
work was developed in the neighborhood of Fonseca, Niterói RJ; both in five higher
education institutions public in private the age of learners ranged from 09 to 15 years. A
‘pedagogical educational-sequence’ consisting of a story and a game. A panel was
placed on the chalkboard addressing .The story and the game were applied and the time
spent on this activity duly computed. Through research, analysis and tried to correlate
the information seized by learners during and after the dynamics. Then or learners were
geared to launch an evaluation and modification of the material produced, as needed,
these assessments were recorded and analysed in order to produce a dynamic more
appropriate classroom. The results of applying the dynamics were the following: (a) the
Panel proved easy handling and clear information, both in placing on in their use and
withdrawal; b) identified an understanding of the story and game from replies: fun
(94,2%, yes) if liked to play (89,5%, yes), to play again (98%, Yes), and if you liked the
illustrations (96.5%, yes) time spent with the implementation of all the activity
sequence was two hours and 30 minutes; d) as the modifications didactic educational
sequence (95,3%) of learners said is not necessary to make changes, and approximately
60.5% said they were infested by lice. On the above, the proposed methodology
effective was demonstrated to be applied in the elementary school students, under the
guidance of educators. The results were considered satisfactory from the assessment of
responses collected this studied population.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE GRÁFICOS
RESUMO ......................................................................................................................vii
ABSTRACT .................................................................................................................viii
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................1
3. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................22
4. HIPÓTESE ................................................................................................................28
5. OBJETIVO.................................................................................................................29
6. METODOLOGIA .....................................................................................................30
7. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO.................................................................46
10. CONCLUSÕES........................................................................................................81
1. INTRODUÇÃO.
O presente trabalho de pesquisa, tem por tema principal a pediculose, tendo por
origem dados preliminares oriundos da pesquisa e confecção da monografia exigida
para a conclusão do Curso de Especialização em Ensino de Ciências, realizado pela
autora no antigo CEFET de Química no Rio de Janeiro atual Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro –IFRJ. A obtenção de resultados
positivos no mesmo motivou a sua continuação, e desdobramento no atual curso de Pós
Graduação em Ciência Ambiental.
A pediculose é uma enfermidade que atinge grande parte da população tanto do
Brasil quanto de outras partes do mundo, não escolhendo idade, etnia ou classe social.
Muito embora seja uma doença tão antiga quanto à humanidade, são poucos os
estudos epidemiológicos, assim como as iniciativas para a redução de seus índices.
Elevando essa ectoparasitose ao status de ‘problema de saúde pública’. Além do que,
por ser considerada como um fato normal, ou por ser comum, também é negligenciada
por grande parte dos agentes de saúde e até mesmo pela população atingida. Isto
principalmente devido ao desconhecimento da sua gravidade e das doenças secundárias
que podem surgir a partir da mesma.
Um outro fator a destacar, diz respeito aos meios de combate do ‘piolho’, que a
cada dia torna-se mais resistente aos ‘inseticidas’ disponíveis, levando inclusive a
utilização de produtos inadequados e por muitas vezes tóxicos ao hospedeiro – a
criança.
Diante deste problema, que envolve na maioria das vezes professores, alunos e
pais; as atitudes tomadas normalmente tendem a gerar ainda mais preconceitos e
desinformação, que por muitas vezes podem até mesmo levar a ‘exclusão’ das crianças
parasitadas, tanto no ambiente escolar, quanto na sua própria casa ou comunidade.
O presente projeto ambiciona apenas produzir materiais didático-pedagógicos
(estória e jogo) que objetivem informar com ludicidade, tanto educadores quanto
educandos sobre algumas características relevantes do tema, permitindo que esses,
diante do problema da parasitose, possam tomar as atitudes corretas sem prejuízos
físicos e/ou emocionais.
Para isto, propõem-se como ferramentas de ensino para este trabalho, os
materiais produzidos. Como se sabe, por meio de diversos trabalhos de pesquisa,
2
histórias e jogos são instrumentos que, por excelência, despertam a atenção tanto de
crianças quanto de adultos, e que, além disso, podem propiciar o processo de ensino e
de aprendizagem de forma lúdica e descontraída, de modo, a serem estas ferramentas
ideais para a apropriação de conhecimentos tão importantes e necessários á saúde
ambiental.
Sob um olhar duplamente positivo, percebe-se que com a utilização dos recursos
e estratégias presentes no projeto, atende-se por um lado à necessidade de informações
sobre o piolho e a pediculose nas escolas, e por outro, considera-se também a
necessidade dos educadores(as) na obtenção de materiais didáticos que possam ser
utilizados em suas aulas, para que estas não possuam apenas o caráter expositivo, e
tradicional, que por muitas vezes vigoram, seja pela ausência de recursos financeiros
por parte das instituições de ensino ou por falta de tempo e recursos financeiros pelos
educadores, para a realização de cursos de ‘reciclagem’ e para a produção e aquisição
de novos materiais e estratégias. Destaca-se também, além da necessidade de materiais
específicos, a INFORMAÇÃO especifica sobre a pediculose - que na maioria das vezes
apresenta-se incorreta, devido ao fato de ser transmitida no ‘boca-a-boca’ cotidiano; e
também a informação sobre as relações entre sociedade/ambiente/saúde, que podem
contribuir de forma determinante para a melhor compreensão de enfermidades que nos
atingem e motivo pelo qual nos atingem, tornando muito mais fácil o seu processo de
erradicação.
Também fazem parte dos objetivos deste projeto, a intenção de estender o
conhecimento obtido na universidade a outros membros da sociedade; envolvendo-os, e
realizando a troca necessária a produção de trabalhos científicos, que possuam também
relevância social, e que possam contribuir ativamente, entendendo e transformando a
realidade que nos cerca através da educação; e trabalhar com as dúvidas mais frequentes
de educadores e de educandos em fase escolar sobre o ‘piolho’ e a pediculose,
utilizando uma forma lúdica para abordar o tema, envolvendo integralmente às crianças
e fornecendo material adequado para que os educadores possam trabalhar com o tema
em sala de aula.
No presente trabalho buscou-se ferramentas que possuíssem funcionalidade
tanto como facilitadoras no processo de ensino/aprendizagem, quanto como geradores
de interesse dos educandos pelos temas discutidos em aula, estimulando desta forma a
sua participação ativa, e consequentemente, possibilitando um maior aproveitamento.
Além do que, é sabido que eistórias e jogos são tão antigos quanto à humanidade,
3
atores sociais. É preciso que os cidadãos sejam capazes de, com base em informações e
análises bem fundamentadas, participar das decisões que afetam sua vida, organizando
um conjunto de valores mediando na consciência da importância de sua função no
aperfeiçoamento das relações sociais (KRASILCHIK, 2004).
5
2. REVISÃO DE LITERATURA:
Porém, sabe-se que determinados sistemas, normas e leis requerem tempo para
que sofram as adequações e mudanças necessárias que gerem um modo de vida ideal,
como por exemplo, os preconizados pelos princípios básicos da Promoção da Saúde, ou
até mesmo exemplos mais simples de mudança comportamental e culturais, que
envolvam direitos e deveres que da sociedade e as lideranças como um todo.
A Constituição Federal traz segurança ao povo em geral, junto também a outros
documentos legais que asseguram a educação e a saúde dos indivíduos, porém, percebe-
se que ainda existem algumas lacunas nesse eixo a serem preenchidas, como alguns
exemplos abaixo; explicitamente relativos à saúde, e que envolvem também à
pediculose já que é o tema principal deste trabalho, sendo também uma doença:
apesar de ser sabido que a pediculose seja uma doença que desenvolve todo
o seu ciclo nas crianças em fase escolar, pode-se afirmar que as escolas não possuem
normas específicas a serem adotadas para situações de ocorrência de parasitoses
(CATALÃ et al., 2004).
Vale ressaltar que, em documento oficial do Ministério da Educação em suas
orientações curriculares nacionais, profere-se o seguinte trecho:
10
Segundo as autoras supracitadas esta lei não se efetivou de fato. Exceção feita a
alguns grupos de pesquisa e escolas, a prática cotidiana da grande maioria das
atividades escolares nesta área não produz resultados animadores.
Porém, nem tudo que diz respeito à educação para a saúde nas escolas é
negativo, fato esse destacado por Santos (2003) quando refere-se ao movimento de
Promoção da Saúde no Brasil. Segundo o autor, esse movimento iniciou-se com a Carta
de Otawa (1986), tornando-se um marco nas práticas educativas em saúde, que ao
mesmo tempo que alicerça a identidade entre os conceitos de saúde e qualidade de vida,
torna a escola o ponto central para as ações de promoção da saúde ao afirmar que:
Apenas o fato de a escola ser citada como local adequado para ações educativas
na área da saúde, traz consigo a consciência de que há um espaço onde os profissionais
que estão dispostos a realizar ações nesse âmbito, dêem o passo inicial e a sua
contribuição. Sobre a importância da escola, Mortimer (2002) salienta que, se a mesma
se preocupasse mais com os problemas reais da comunidade dedicando parte das
atividades do ensino das disciplinas científicas à identificação, diagnóstico e solução de
11
A pediculose gera consequências não apenas para as crianças, mas também para
os pais e professores. É comum que, por vergonha, essa doença seja ocultada tanto pelo
indivíduo parasitado, instituições e comunidades, devido ao fato de quem está
parasitado sentir-se psicologicamente mal pela condição vivida; e justamente essa
ocultação tem garantido a sobrevivência dos piolhos (LINARDI, 2000). O referenciado
autor complementa ainda que os pais são atingidos pelo estigma da provável
inexistência de higiene em casa; os educadores por muitas vezes possuem a
desagradável tarefa de comunicar a ocorrência da parasitose aos pais, e até em certos
casos suspender as atividades escolares por um determinado período. Porém, em todo
esse ciclo o maior prejudicado é a criança, que paga o tributo mais alto aos piolhos,
através do incomodo e perturbação constante ocasionando insônia devido à coceira,
desatenção às aulas etc. (LINARDI, 2000)
Além dessas consequências, é possível constatar uma outra comum, não apenas
no Brasil, mas em outros países, conhecido pelo nome de ‘buylling’ - cujo qual não
possui uma tradução específica para a língua portuguesa, traduzindo-se por todo tipo de
‘trote’ e maus tratos que expressem violência física ou verbal de um ou mais indivíduos
para outros. E que faz sentir-se quando há em um lugar, principalmente como as
escolas, por exemplo, uma criança que sem motivo algum se torna alvo de ‘brincadeiras
de mau gosto’ pelos próprios colegas, com ou sem motivos, exemplos: ser inteligente
demais, ser obeso, ser magro demais, ser dentuço, estar parasitado pelo piolho, ter
doenças ou deformidades aparentes, ou simplesmente pelo fato de existirem...
No caso da criança parasitada pelo piolho, que além de sofrer o transtorno da
doença em si e, talvez, a falta de recursos e informações para combatê-la, ainda tem de
passar por humilhações por vezes coletivas, como apelidos desagradáveis e
depreciativos, como por exemplo: piolhento(a), seu(a) sujo(a), sai pra lá, não fica perto
de mim, etc... Outro agravante é descrito por Cunha (2006), que ao constatar má
deflagrações desse comportamento em sala de aula: “a professora prefere não fazer
comentários sobre o piolho para a turma”. Segundo a autora pode haver uma
justificativa.
17
1
Diferente das convencionais medidas de prevenção frente ás possibilidade de doenças, na Promoção da saúde, o
objetivo é um padrão ótimo de vida e de saúde; para tanto a ausência da doença não é suficiente, já que frente a
qualquer nível de saúde do indivíduo sempre haverá algo a ser feito para melhorar sua qualidade e lhe dar condições
de vida mais satisfatórias. (COIMBRA, Ângela Castilho. Promoção da Saúde e envelhecimento: um estudo sobre o
programa de assistência à saúde do idoso – FIOCRUZ. Rio de Janeiro:UFRJ, 2005, 115 p. Tese (Mestrado) –
Programa de Pós Graduação em Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
19
Segundo Barbosa et al. (2003) para combater o piolho, existem medidas que
incluem o controle Químico, Educacional, e Caseiro.
Controle Químico
Corroboram com Souza (op cit) os autores Barbosa & Pinto (2004) esclarecendo
detalhes talvez omitidos sobre a Ivermectina para o grande público:
(...) é administrada em dose única via oral, deve-se destacar que tal
medicamento não tem aprovação como pediculicida pelo Food and
Drug Administration (FDA), órgão Norte Americano que aprova os
medicamentos e os alimentos para uso e consumo humanos. (I
Seminário do Mercosul sobre Pediculose, Escabiose e Tungíase: Uma
abordagem Interdisciplinar dos seus Problemas e Cuidados. 2004.)
Medida Educacional
Medida Caseira
(...) A população tem usado qualquer medida para acabar com o piolho,
como por exemplo, pode-se verificar o uso de produtos extremamente
tóxicos, como ‘neocid’, querosene, gasolina, etc... Considerados como
inseticidas não convencionais, pois podem levar o indivíduo ao óbito.
Algumas medidas caseiras de baixo custo vêm fazendo com que a
população encontre alternativas para o combate da pediculose, como
receitas caseiras que são utilizadas para eliminar essa
praga.(BARBOSA , op. cit.)
22
3. REFERENCIAL TEÓRICO.
O referencial teórico que será aqui descrito tentará explicitar, com o máximo de
fidelidade, quais as correntes filosóficas, idéias, e autores que influenciaram a realização
de deste trabalho de pesquisa.
Como existem seguimentos diferentes no mesmo trabalho, ou seja, objetivos e
metodologias distintas, cada referencial trará consigo um indicativo de qual parcela do
trabalho de pesquisa mais influenciou.
TEORIA INTERACIONISTA/SÓCIO-INTERACIONISTA
Para Piaget e seus seguidores, a criança é um ser ativo que age espontaneamente
sobre o meio e possui um modo de funcionamento intelectual próprio que a leva a se
adaptar a esse meio e organizar as suas experiências. Pelo contato com as pessoas, com
os objetos, a criança construirá o seu próprio conhecimento do mundo (BARROS,
2002).
Lev Vygotsky, assim como Jean Piaget, apresentou uma teoria interacionismo
para o desenvolvimento.
Para ele e seus seguidores existe uma interação contínua entre as estruturas
orgânicas da criança e as condições sociais em que ela vive. Pelo contato com
integrantes mais experientes do grupo social do qual faz parte, a criança vai se
apropriando, por meio da linguagem, ativamente do conhecimento disponível na cidade
em que nasceu (WERNER, 2000).
Muito embora as teorias de Vygotsky e Piaget apresentassem em alguns pontos
divergências, foi possível aproveitar-se muito mais ambas os pontos fundamentais nos
quais ambas se completam e fazem sentido real no processo de ensino e aprendizagem.
24
Segundo Moreira et al. (2001), para Ausubel novas idéias e informações podem
ser aprendidas e retidas na medida em que conceitos relevantes e inclusivos estejam
adequadamente claros e disponíveis na estrutura cognitiva do indivíduo e funcionem,
dessa forma, como ponto de ancoragem para as novas idéias e conceitos.
Caracterizando-se o conhecimento dos educandos a cerca da pediculose e
posteriormente cedendo-lhes material e informações que os despertem e chame a sua
atenção para esse tema possivelmente, seguindo-se a linha de raciocínio de Ausubel tais
informações podem tornar-se conhecimento.
No caso específico do presente trabalho que visa buscar por meio da informação,
geração de conhecimento e da educação e a atenção do público-alvo para um problema
que ameaça a sua qualidade de vida e saúde, a proposta de utilizar, ainda que
parcialmente, a PEDICULOSE como Tema Gerador conferiu mais força e credibilidade
ao trabalho já que tal idéia partiu justamente de Freire (2007) um dos maiores
educadores do Brasil, que em poucas linhas descreveu o que deveria ser uma ‘palavra
de ordem’. Freire propunha investigar quais os problemas do povo, por ele denominado
universo temático, para buscar conteúdos programáticos para a educação, inaugurando o
diálogo da educação como prática de liberdade, proporcionando ao mesmo tempo, a
apreensão dos “Temas Geradores” para, segundo suas palavras, (Freire op cit.): [...] a
tomada de consciência dos indivíduos em torno dos mesmos.
25
4. HIPÓTESE.
5. OBJETIVOS.
Geral
Produzir uma sequência Didático-Pedagógica constituída de jogo e estória
específicos sobre a pediculose, dirigido ao público do segundo ao quinto ano do
ensino fundamental, testando-a, adequando-a;e, posteriormente, envolvendo
educadores e educandos na sua dinamização em sala de aula.
Específicos
6. METODOLOGIA.
2
Fonte de consulta: disponível em:< http://www.nitideal.com.br/bairros/fonseca.htm> [acesso em 24 de
agosto de 2009 18h56].
31
FONSECA
33
S.E.C.
E.E.A.B
C.A
E.E.I.S. C.N.S.P
LEGENDA
Explicado tal tópico, pode-se dizer que o presente trabalho de pesquisa, de forma
simplificada, se propôs a unir e, quando possível, articular os campos da
Educação/Ensino, Saúde e Meio Ambiente e Sociedade. Dividindo-se basicamente em
‘CINCO FASES’, a serem descritas resumidamente no fluxograma abaixo, e detalhadas
nos itens que se seguem: (Quadro 01)
Com base nos resultados da pesquisa realizada na fase anterior, foi idealizada,
adequada e produzida, uma sequência didático-pedagógica constituída por uma história
e um Jogo específicos sobre a Pediculose.(Quadro 03).
NO DESENVOLVIMENTO
1. Criação e desenvolvimento dos personagens e do enredo da história;
2. Idealização e escolha de um nome para a ‘Sequência Didático-Pedagógica’;
3. Desenvolvimento de um logotipo que a identifique;
Pesquisa e escolha da(s) modalidade(s) do jogo, e desenvolvimento regras e
4.
dinâmica didático-pedagógicas adequadas;
5. Pesquisa e idealização das perguntas e respostas das ‘cartas’ do jogo;
6. Construção artesanal do painel do jogo e das cartas.
Para avaliar se o material produzido é de fácil aplicação por outros atores que
não apenas a pesquisadora e desenvolvedora do material físico e teórico, este foi
disponibilizado, junto a um manual de instruções e também alguns materiais didáticos
sobre a pediculose, acompanhando-se de explicações, objetivando não resumir o
conhecimento das educadoras apenas ao que seria exibido na dinâmica. Consistindo na
apresentação da Sequência Didático Pedagógica “Missão Possível” a educadores do
primeiro ao quarto ciclo do ensino fundamental, e distribuição de material didático
pedagógico específico sobre a pediculose, objetivando a preparação dos mesmos, para
que posteriormente aplicassem a dinâmica em suas respectivas turmas.
39
Esta etapa do trabalho foi realizada por meio da Pesquisa Participante e também
da pesquisa-ação; definidas por Thiollent, (2008) conforme adiante:
9 PESQUISA PARTICIPANTE
9 PESQUISA-AÇÃO
NO NOME Abreviatura
3
Depois de redigido, o questionário precisa ser testado antes de sua utilização definitiva, aplicando-se
alguns exemplares em um pequena população escolhida. A análise dos dados, após a tabulação,
evidenciará possíveis falhas existentes: inconsistência ou complexidade das questões; ambigüidade; ou
linguagem inacessível; perguntas supérfluas, ou que causem embaraço ao informante; se as questões
obedecem a determinada ordem ou se são muito numerosas. (MARCONI, Marina de Andrade &
LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execussão de pesquisas; amostragens e
técnicas de pesquisa; Elaboração, análise e interpretação de dados. 7a ed. São Paulo:Atlas, 2008.)
44
7. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO.
8.1. A ESTÓRIA.
Procurou-se produzir uma estória onde o personagem principal seria o fio condutor para
o tema pediculose em sala de aula.
A estória produzida objetiva sensibilizar os alunos para o tema exposto em um
momento ‘pré-jogo’ de modo a prepará-los para a atividade seguinte. Nela são tratadas
situações comuns e cotidianas que abordam o tema pediculose no intento de propiciar
também o princípio da aprendizagem significativa (AUSUBEL, 1983 apud
GARÓFANO et al., 2005),
De modo que as informações obtidas na estória sejam relacionadas ao
conhecimento e às experiências prévias que os alunos possuem, gerando assim
significado, e preparando-os para as outras informações que surgirão com o jogo. E,
visou-se também despertar o interesse dos mesmos pela leitura e pelo ato de contar
estórias, contribuindo para a aquisição desse hábito positivo para o processo educativo,
inclusive muito enfatizado por diversos autores da área literária,seguindo a metodologia
de TOROK (2009)
Além do estímulo a leitura, em seu contexto geral, a estória produzida envolve
fatores culturais, sociais, econômicos e ambientais, associados ao tema principal,
relacionando fatos comuns ao cotidiano infanto-juvenil e, portanto permitindo a
identificação por parte dos leitores, ou em caso contrário, o conhecimento de uma
realidade diferente da vivida – ex: amizade no ambiente escolar; relação urbano x rural;
criança que já foi, ou está parasitada x não parasitada etc.
Além disso, buscou-se ainda construir uma estória não apenas informativa, mas
também divertida e com uma linguagem simples, permeada por detalhes, que se bem
aproveitados, possam gerar outras discussões produtivas em sala de aula.
48
leitura em grupo;
encenação das situações junto aos educandos;
leitura intercalada entre educador e educandos;
leitura primeiro pelo educador e posteriormente pelos educandos ou simplesmente à
leitura silenciosa.
A dinâmica do jogo
4
Tal imagem foi utilizada, já que culturalmente, no mundo, quando envolvida junto ao tema representa o
ato de esmagar os piolhos, permitindo a melhor percepção dos educandos do que se trata a presença das
mãos. Fato é que os piolhos carreiam bactérias, e ao serem retirados é necessária à realização de assepsia
após tal ato nas mãos de quem o fez. Isso deve ser sempre explicado aos educadores e educandos. Até que
se encontre um outro símbolo mais significativo as mãos permanecerão no painel.
51
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO.
Nas cinco instituições de ensino pesquisadas a idade dos educandos variou dos
09 aos 15 anos. Sendo as instituições da rede particular de ensino com turmas
homogêneas, com faixa etária similar entre os pesquisados; e a rede pública com turmas
de alunos heterogêneas, com predominância de crianças de maior faixa etária.
O número de educandos participantes por instituição não teve uma variação
significativa, de modo que, para a aplicação do jogo o número desses por grupo, variou
aproximadamente entre quatro a sete integrantes.
Quanto à pediculose propriamente dita, pelos questionários detectou-se a
seguinte incidência: 60,5% dos educandos afirmaram já terem sido parasitados,
enquanto 30,2% disseram nunca ter sido e 9,3 não se lembram.
Não se pode afirmar que esses números estejam corretos, devido ao fato dos
estigmas acarretados pela doença, como já explicado anteriormente.
Essa fase da pesquisa deu-se por meio da aplicação de toda a seqüência didática
desenvolvida, tendo sido dinamizada pela autora nas instituições de ensino
participantes, hora pela autora, hora pelos educadores.
A produção da estória
Pode-se dizer que uma das principais mensagens da estória, consistiu-se na
‘Missão’ para qual a mãe do ‘Tiquinho’ o designou; pois se entende que tal conceito se
bem trabalhado em sala de aula e até no próprio lar, pode despertar na criança, seja
leitora ou ouvinte, a consciência de que ela é o principal ator no processo de
transmissão, e que muito embora ainda não possua autonomia para tratar-se
integralmente, pode mesmo assim fazer a parte que lhe cabe, evitando a transmissão do
piolho, permitindo o ‘empoderamento’5 por meio da aquisição de novas informações.
Essa atitude exemplificada no texto pela mãe do personagem principal, em geral
é muito diferente da observada nos casos da pediculose, assim como de algumas
doenças transmissíveis, onde a principal preocupação é a de não ser infectado, ou seja, a
de evitar pessoas com a doença, e não a preocupação de não transmitir.
Uma outra mensagem diz respeito à ‘catação’, ou seja, o ato de uma determinada
pessoa ‘catar’ lêndeas e piolhos em outra, que muito embora seja um dos métodos mais
antigos de tratamento da pediculose, não envolve custo financeiro, não agride a saúde
da criança e quando se torna um hábito pode servir como método inclusive de
prevenção quando há a detecção primária da parasitose.
Com relação à trama da estória, um outro fator importante a se destacar, diz
respeito aos nomes criados para os personagens, já que, todos receberam ao invés de
nomes próprios, apelidos. Tal fato explica-se, pois são muitos os preconceitos que
envolvem essa parasitose e, quando lida a estória, essa não deve ser veículo de vergonha
ou de brincadeiras inadequadas, caso viessem a existir educandos homônimos aos
personagens, diminuindo-se com isso a possibilidade de constrangimento.
5
Desde sua divulgação, a Carta de Otawa tem sido principal marco de referência da Promoção da saúde
em todo o mundo, e ainda segundo um de seus componentes esta resgatava a dimensão da Educação em
saúde e reforçava a idéia de ‘empoderamento’, ou seja , um processo de aquisição de conhecimentos que
auxiliem os indivíduos no processo de capacitação. (Disponível em: <http://www.opas.org.br/coletiva
/uploadArq/Ottawa.pdf>. Acesso em 09-09-09 às 12h)
55
Já ‘tratado’ pela sua mãe, ‘Dona Anita’, e no fim da história, ‘Tiquinho’ recebe
dela a missão de não transmitir piolho para os seus amigos da escola (‘Tonzinho’,
‘Digão’ e ‘Bela’) para que estes não tenham que passar por todo o tormento que ele
passou. A partir desse ponto (fim da estória), será dado início ao jogo que, por este
motivo, foi denominado ‘Missão Possível’.
A estória é basicamente dividida em duas partes:
1a parte - é narrada pelo educador, e trata principalmente da caracterização de
quesitos relacionados ao personagem principal, como por exemplo: seus hábitos, a
cidade e o local onde ele reside, amigos e familiares, instituição de ensino que
frequenta, pensamentos e passagens de seu cotidiano etc
2a parte - é destinada a leitura principalmente pelos educandos, sendo
constituída por sete estrofes intercaladas entre narração e versos (ANEXO - 01). É um
texto curto, que ocupa uma folha de papel, facilitando a cópia e distribuição para os
alunos.
Segundo Dupas (2008), o ideal em se trabalhar com estórias e crianças provém
de que o seu imaginário se desenvolve mais assim como o seu vocabulário,
permitindo que também crie as suas estórias ou poesias. Ainda segundo a mesma
autora, crianças que não vivenciam esse tipo de experiência torna-se pobre ou limitada
no que diz respeito à imaginação.
56
A PRODUÇÃO DO JOGO
Figura 05. O painel do jogo
Gráfico 02. Distribuição das perguntas do jogo quanto ao assunto/área das perguntas.
Para que o ‘Missão Possível’ possa ser jogado é necessário que os alunos sejam
alfabetizados, tornando possível a leitura tanto da estória quanto dos cartões. Desta
forma, o público alvo sugerido para a aplicação do jogo encontra-se nas turmas de
segundo ao sexto ano do ensino fundamental, seguindo a nova denominação destas
séries.
Os critérios para a definição da faixa etária apóiam-se nos seguintes princípios: a
partir do segundo ano do ensino fundamental supõe-se que os alunos já foram
alfabetizados, e resultados de pesquisas apontam para a diminuição considerável de
crianças parasitadas a partir do sexto ano.
Quadro 07. Conteúdo das Cartas do jogo Missão Possível, com as perguntas, respostas e
fonte de consulta para as mesmas.
Classificação da
Perguntas Respostas Fonte pergunta
1 - O piolho pode pular da sua - Não, por que o Livro: entomologia -Características
cabeça para a de outro colega? piolho não pula! para você. biológicas e
Autor: Messias ecológicas.
Carrera, 1980.
2 - Quando o piolho está na nossa - RESPOSTA: Letra Livro: entomologia para -Características
cabeça, o que ele come? “B” você. biológicas e ecológicas.
- Opções: Autor: Messias Carrera,
A- cabelo 1980.
B- sangue
C- caspa
3 - Para vocês, o piolho a barata - Sim, pois todos eles Livro: entomologia -Características
e a pulga são parentes? são insetos. para você. biológicas e
Autor: Messias ecológicas.
Carrera, 1980.
4 - Por que quando o piolho está - Porque o piolho se Site da Kwell: -Características
na nossa cabeça fica difícil vê- camufla como um http://www.kwell. biológicas e
lo? camaleão, ficando com.br/ ecológicas:
com uma cor muito curiosidades.
próxima da cor do
nosso cabelo.
5 - Onde ficam os ovos que o - Grudados nos fios Livro: Bases da -Características
piolho põe? de cabelo. Parasitologia Médica biológicas e
Autor: Luiz Paulo ecológicas.
Rey,2008.
6 - Como é que o piolho faz para - Ele pica a nossa Livro: Bases da -Características
comer? cabeça e suga o Parasitologia Médica biológicas e
nosso sangue. Autor: Luiz Paulo ecológicas.
Rey,2008.
7 - O que é uma lêndea? - É o nome que se dá Livro: Bases da -Características
ao ovo do piolho. Parasitologia Médica biológicas e
Autor: Luiz Paulo ecológicas.
Rey,2008.
8 - Você sabe como o piolho faz - O piolho possui Artigo científico: -Características
para passar de uma pessoa para garras que se cadernos de saúde biológicas e
outra? prendem facilmente pública – ecológicas.
em nossas roupas e Ectoparasitoses e
59
_133879.shtml
16 - Para quê serve o pente fino - Para retirar as - Artigo Científico: II - Formas de
que a nossa mãe usa em nossa lêndeas dos fios, e Encuentro Nac de tratamento.
cabeça? também os piolhos Entomologia Médica
que ficam passeando y Veterinária.
pela nossa cabeça. Pediculose no Brasil.
Autores: Júlio V
Barbosa & Zeneida T.
Pinto, 2003.
17 - Apenas lavar a cabeça pode - Não, pois o piolho Revista: ciência hoje das -Características
matar o piolho afogado? pode parar de respirar crianças. biológicas e
até você acabar de lavar Artigo: invasores de ecológicas:curiosidades.
a cabeça, respirando cabeleira, no134,
normalmente depois, e abril/2003.
continuando vivo.
18 - Qualquer pessoa pode pegar - Sim, qualquer pessoa: Revista: saúde! É vital. - Formas de
piolho? crianças, adolescentes, Artigo – Piolho: não transmissão.
adultos, idosos, negros deixe que ele suba à
e brancos, etc. cabeça/maio de 2006.
Opinião do Dr. Júlio
Vianna Barbosa-
FIOCRUZ.
Disponível em:
http://saude.
abril.com.br/edicoes/027
3/familia/conteudo_133
879.shtml
19 - Para vocês, os animais como: - Sim! Os animais Livro: entomologia -Características
galinha, gato, cachorro, e bois também podem pegar para você. biológicas e
também podem pegar piolho, piolho! Mas o tipo de Autor: Messias ecológicas:
ou não? piolho deles é Carrera, 1980. curiosidades.
diferente do nosso. Revista: ciência hoje
das crianças.
Artigo: invasores de
cabeleira, no134,
abril/2003.
20 - Para você, quais são os - Para saber se a Da própria autora. - Opiniões pessoais.
pontos negativos de pegar resposta está correta,
piolho? peça o auxílio do
professor.
21 - Diga uma coisa que o piolho - Ele precisa da Da própria autora, -Características
precisa para sobreviver: cabeça de alguém com base na biológicas e
para sugar o sangue e literatura. ecológicas.
se reproduzir pondo
os seus ovos nos fios
de cabelo.
22 - Sua mãe conseguiu matar todos - Novos piolhinhos Da própria autora. - Situação problema:
os seus piolhos, mas as lêndeas nascerão das lêndeas, tratamento.
ficaram. O que poderá acontecer? ficarão adultos e
poderão colocar mais
ovos!
23 - Você estava com muitos piolhos. - Ela poderá colocar Da própria autora. -Situação problema:
Após ter sido tratado pela sua novos ovos, de onde tratamento.
mãe, restou em sua cabeça apenas nascerão mais piolhos.
um piolho fêmea. O que poderá
acontecer?
24 - Existe piolho fêmea e piolho - Sim! Existe piolho - Livro: entomologia -Características
macho, ou piolho é tudo igual? fêmea e piolho macho. para você. biológicas e ecológicas.
Autor: Messias Carrera,
1980.
25 - Se você estiver com piolhos, o - Para saber se a Da própria autora. -Situação problema:
que deve fazer para que eles não resposta está correta, transmissão e
passem para outras pessoas? peça ajuda ao prevenção.
61
professor.
26 - Diga uma forma de tratamento - Para saber se a - Da própria autora. - Situação problema:
correta para matar ou tirar os resposta está correta, tratamento.
piolhos: peça ajuda ao
professor.
27 - Se você pegar piolho qual é a - Da própria autora. -Situação problema:
coisa certa a fazer? RESPOSTA: letra transmissão.
Opções: “C”
A - Esconder de todo mundo,
pois está morrendo de
vergonha;
B - Contar para o seu melhor
amigo, mas pedir que ele não
conte para ninguém;
C - Falar com a sua mãe ou
com a sua professora.
28 - Quem já pegou piolho pode - Sim, a pessoa pode - Da própria autora, -Características
pegar novamente? pegar piolho quantas com base na biológicas e
vezes tiver contato literatura. ecológicas.
com este bichinho.
29 IMAGINE - Pode ter sido: no - Da própria autora com -Situação problema:
- Sua mãe tirou todos os piolhos travesseiro, na cama, na base na literatura. transmissão.
da sua cabeça e você foi dormir. toalha de banho, nas
No dia seguinte você ama-nheceu roupas, no pente, etc.
com piolho, será onde que você
pegou?
30 - Ter piolho é um tipo de doença? - Sim, da mesma forma Livro: Bases da -Características
de quem tem verme, Parasitologia Médica biológicas e ecológicas:
sarna ou micose. Todos Autor: Luiz Paulo saúde.
esses organismos Rey,2008
parasitam o nosso
corpo e prejudicam a
nossa saúde.
62
Atividade piloto
20
Educandos
15 19 19 19
16
10
13
5
0
Instituições
A aplicação da dinâmica
Tempo de duração
O painel do jogo
O painel demonstrou ser de fácil manuseio, tanto em sua colocação no quadro-
negro quanto na sua utilização e retirada. Na realização do piloto foram detectados: a
necessidade da utilização de fita adesiva na parte superior do painel - apenas nas
extremidades para dar maior sustentação, a numeração das ‘casas’ de velcro, a
elaboração de uma dinâmica para determinar os grupos com o objetivo de impedir a
exclusividade de meninos ou de meninas nos mesmos.
64
Sobre a estória apresentada, identificou-se uma aceitação geral, tendo sido lida
por todos os alunos participantes, gerando inclusive algumas discussões e comparações
com a realidade vivida pelos personagens e por estes.
Para traçar um panorama sobre a prática de aulas com jogos nas turmas
visitadas, foi perguntado se já tiveram a oportunidade de vivenciá-las em outros
momentos: aproximadamente 58,1% responderam que sim, enquanto 24,4% não se
lembram e 15% disseram que nunca a tiveram. Ainda neste eixo, perguntou-se quanto à
possibilidade de aprenderem com jogos aplicados em salas de aula: cerca de 93%
acreditam que em aula com jogos também se aprende, e 7% disseram que depende,
expressando-se em discursos como os seguintes:
“nem todos os alunos se interessam” ;
“se o jogo é educativo, sim; se não for, não”;
“pois alguns alunos não irão prestar atenção a aula”;
“se os jogos forem como este sim”;
“depende do tipo de jogo”.
É importante destacar que cerca de oito educandos (aprox. 9,3%) apresentaram
alguma alteração emocional ou problemas no trabalho em grupo. Esta observação revela
não ser trivial à realização de trabalhos em grupo em sala de aula, uma vez que as
reações variaram entre: violência física entre os colegas do mesmo grupo ou de grupos
opostos, choro, recusa em fazer parte de um determinado grupo, agressão verbal, recusa
em perder ou errar, recusa em ler para todos etc.
15
10
10
4
5 2 2
1 1 1
0
Opiniões
As perguntas e respostas
Os piolhos 'gigantes'
Ter aprendido mais sobre o piolho
Os personagens e os outros desenhos
O caminho dos piolhos
O trabalho em grupo
Os cartões
A possibilidade de ganhar ou perder o jogo
O momento das explicações pela professora
Ganhar pontos
67
Antes da atividade
Após a atividade
Sobre as informações após a atividades estão de acordo com as tabelas de números: 01;
02; 03; 04.
Tabela 02. Formas de prevenção e tratamento da pediculose citadas pelos educando, após
a atividade.
f %
Usar o pente-fino 7 30,4
Contar a mãe ou a professora que está com piolho 7 30,4
Lavar a cabeça 5 21,7
Passar algum tipo de óleo nos cabelos 2 8,7
Catação 2 8,7
Total: 23 100
f %
1 - Não ficar próximo a outras pessoas quando estiver com piolhos 1 6,7
2 - Não ficar próximo a pessoas que estão com piolho 1 6,7
3 - Que o piolho pode passar de uma pessoa para outra 1 6,7
4 - Tanto meninos quanto meninas podem pegar piolho 1 6,7
5 - Que se pode pegar piolho mais de uma vez 1 6,7
6 - Que se pode pegar piolho em diversos locais (ônibus, escola, em casa, etc.) 2 13,3
7 - Que o piolho é transmitido através do contato 8 53,3
Total: 15 100
f %
Evitar a pessoa que esteja com piolho. 24 30,7
Passar algum óleo ou condicionador nos cabelos. 17 21,8
Lavar a cabeça diariamente utilizando xampu e condicionador. 14 18
Não emprestar ou utilizar prendedores de cabelo, roupas, escovas, bonés e pentes 10 12,8
de outras pessoas.
Passar algum tipo de ‘remédio’ na cabeça como, por exemplo 'xampu para matar 5 6,4
piolho'.
Passar o pente fino nos cabelos. 4 5,1
Tratar a si próprio para não transmitir o piolho para as outras pessoas. 2 2,6
Evitar proximidade com quem esteja parasitado, ex: cabeça com cabeça, encostar, 2 2,6
etc
Total: 78 100
70
Quadro 08. Classificação das respostas dos alunos segundo a sua origem na dinâmica
apresentada – (Características biológicas o piolho), após a atividade.
R
E ORIGEM DAS
C RESPOSTAS RESPOSTAS
U - Que o piolho pica.
R - Que pediculose é a doença causada por piolho.
S - Que os animais também têm piolho.
O Cartas do - Que as lêndeas ficam presas aos fios de cabelo.
S Jogo - Que o piolho é um inseto.
I - Que o piolho para de respirar quando lavamos a cabeça.
D - Que existe piolho macho e piolho fêmea.
E - O nome do ovo do piolho é lêndea.
N
T
- Que o piolho possui garras.
I - Piolho se alimenta de sangue.
F - Piolho não voa.
I - Piolho não pula.
C - Que piolho é um parasito.
A - Que existe piolho do corpo, da cabeça e das partes íntimas.
D Discurso da
O Mediadora - Que o piolho fica na raiz do cabelo.
S - Que o piolho pode transmitir outras doenças.
71
Quadro 09. Classificação das respostas dos educandos segundo a sua origem na
dinâmica– (Formas de prevenção e tratamento).
ORIGEM
DAS RESPOSTAS RESPOSTAS
Cartas do Jogo e - ‘Catação’
Painel - Utilização de pente-fino
Discurso da - Passar algum tipo de óleo nos cabelos
Mediadora - Lavar a cabeça
Cartas do - Contar a mãe ou professora que está com piolho
Jogo/especificamente
Quadro 10– Classificação das respostas dos educandos segundo a sua origem – (Formas de
transmissão).
ORIGEM
DAS RESPOSTAS RESPOSTAS
- Tanto meninos quanto meninas podem pegar piolho
- Que se pode pegar piolho mais de uma vez
Cartas do Jogo - Que se pode pegar piolho em diversos locais (ônibus, escola,
em casa, etc.)
Discurso da Mediadora - Que o piolho é transmitido através do contato
- Não ficar próximo a outras pessoas quando estiver com
piolhos
Conclusões dos educandos - Não ficar próximo a pessoas que estão com piolho
- Que o piolho pode passar de uma pessoa para outra
Com o detalhamento das respostas deste item, ficou claro que todos os
elementos colocados (cartas, mediação, painel) tiveram influência nas respostas dos
educandos. Sendo as informações obtidas pelas cartas do jogo e pelo discurso da
mediadora as mais citadas, seguidas pelo painel do jogo. De modo que se considera ter-
se obtido um bom aproveitamento, tanto do material quanto da dinâmica, seja: entre os
jogadores, os grupos e entre os mesmos com a mediadora.
Além de respostas com origem nas cartas do jogo, no discurso da mediadora, e
nas imagens do painel, houve também a explicitação de conclusões dos próprios
educandos, que muito embora, em menor número, devem ser consideradas.
No penúltimo item do questionário, tratando especificamente sobre a prevenção
da pediculose, os alunos foram perguntados se após jogar sabem como fazer para não
‘pegar’ piolho. Os resultados encontrados foram os seguintes: 90,7% disseram que sim,
7% disseram que não e 2,3% disseram não se lembrarem.
72
Saindo do eixo que diz respeito à opinião dos educandos e o que aprenderam
sobre o jogo, parte-se para as observações sobre a aceitação das regras do jogo pelos
mesmos.
Foi percebido nos participantes de todas as instituições pesquisadas, uma forte
tendência para a competitividade. Com diversas demonstrações da necessidade em se
vencer no jogo, como por exemplo: torcidas para que os grupos rivais perdessem e
sucessivas contestações das respostas pessoais – situações-problema, etc. Porém,
contrariamente a esta tendência, em nenhuma das instituições ocorreu um placar com
primeira, segunda e terceira colocação. De modo, que houve empate em todos os casos,
como demonstrado no quadro a seguir:
jogos cooperativos, estes foram relegados da escola tradicional devido ao fato de que
tais interações são perturbadoras na dinâmica da aula devendo por tanto, ser eliminadas
ou limitadas. De modo que as formas individual e competitiva permitem maior controle
da turma.
No último item do questionário, foi perguntado se o jogo está bom como está ou
se deveriam ser feitas alterações. A grande maioria (95,3%) disse não ser necessário
realizar alterações, expressando-se com opiniões que incluem:
- “O jogo é super maneiro” (Sociedade Educacional Crismogali).
- “Foi muito bom por que todo mundo se distraiu” (Escola Estadual Alberto
Brandão).
- “Foi muito legal por que eu nunca tinha jogado antes” (Escola Estadual Ismélia
Saad).
E a outra parte dos alunos (4,7%) sugeriu as seguintes alterações:
- “Devem ser feitas perguntas mais difíceis” (Escola Estadual Alberto Brandão).
- “Não ter pontuação, ganha quem chegar primeiro” (Colégio Nossa Senhora da
Penha).
- “Quando a pessoa errar, deve continuar no caminho vermelho” (Escola
Estadual Ismélia Saad).
- “Mudar o número de ‘casas’ de dez para cinco” (Escola Estadual Ismélia
Saad).
Tabela 05. Se o jogo está bom assim, ou se devem ser feitas alterações.
f %
A professora deve fazer alguma alteração no jogo 4 4,7
O jogo está bom assim mesmo 82 95,3
Total: 86 100
PRIMEIRA ETAPA
Todos os desenhos do painel original foram refeitos, sem que tivessem para
isso nenhuma referência em livros ou outras ilustrações. Todas as imagens foram
desenvolvidas propriamente para o jogo.
(Tonzinho)
Exemplo do ‘PIOLHÃO’
aderido ao velcro do painel.
78
Antes de falar-se aqui dos resultados, é necessário ter em mente que muito
embora este não tenha consistido em um programa educativo duradouro, ainda assim,
fez parte de um programa que, além de visar à informação de educandos para a
Promoção da Saúde nas escolas, objetivando a melhoria de vida com relação a
pediculose e ao comportamento frente a tal doença, a fim de não torna-la pior do que já
se apresenta; propôs-se também, a concomitantemente tal ato a formação
continuada/atualização de professores no que diz respeito ao piolho e a pediculose.
E confirmando-se o que já era esperado obteve-ser resultados positivos, ou
seja:
Todos os educadores do segundo ao quinto ano do ensino fundamental
participaram ativamente, leram o material didático disponibilizado e aplicaram
a Sequência Didático Pedagógica em suas respectivas salas de
aula,comprovando, que se por vezes não o fazem provavelmente seja por falta
de materiais e metodologias que inovem o fazer educativo.
Infelizmente, a formação continuada de professores, muito embora seja um ato
necessário, não ocorre tão frequentemente quanto deveria.
Segundo o artigo de nº. 80 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº. 9.394/96 a
Formação Continuada é garantida para os educadores basicamente como uma
necessidade:
A estória - abordagem
Cada uma das educadoras escolheu uma forma peculiar de ler a introdução da estória,
tendo sido a educadoras as mesma divididas aqui em classes: A, B, C, D:
CLASSES
O jogo
9 cada uma delas leu a estória de uma maneira diferente pois isso dependia
também de como elas imaginavam que os educandos reagiriam com relação ao
comportamento.
9 Todas acharam à atividade positiva e disseram ter aprendido muito, não apenas
sobre o piolho e a pediculose, mas também sobre inovações possíveis em termos de
ensino.
9 Houve apenas reclamação sobre o tempo disponível para a realização desse tipo
de atividade, já que a própria instituição de ensino já possui um calendário muito
‘apertado’ devido a ocorrência de diversos eventos, de igual ou maior importância,
ao longo do ano letivo inviabilizando o tempo necessário para a formação
continuada.
Essa constituiu-se em uma reunião com entrevista não estruturada, tendo sido
conduzida de acordo com o que as educadoras comentavam, já que o objetivo principal
era o de saber se em um curto período de tempo e se com instruções básicas as mesmas
conseguiriam dinamizar a Sequência Didático Pedagógica sem o auxílio da autora, o
que observou-se positivamente, já que todas conseguiram.
81
10. CONCLUSÕES.
BURGES, I.F.; PEOCK, S.; S.; BRONW, C.M. & KALFMAN, J. 1995. Head lice resistant to
pyretoid inceticides in Britain. BMJ 311: 752. 1995 apud BARBOSA, J. V.; Pinto Z.T.
Pediculose no Brasil. In: II Encuentro nacional de Entomologia Medica y Veterinária.
Caderno de Resumos. Uruguay. p.579 – 586, 2003.
BURGES, I.F.; PEOCK, S .; BROWN, C.M. & KAUFMAN, J.; 1995. Head Lice
resistant to pyrethoid insetcides in Bitain. BMJ 311:752 apud BARBOSA, J. V.;
Pinto Z.T. Pediculose no Brasil. In: II Encuentro nacional de Entomologia Medica y
Veterinária. Caderno de Resumos. Uruguay. p.579 – 586, 2003.
FREIRE P. Pedagogia da Autonomia. 12ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra S/A, 1999.
__________. Pedagogia do Oprimido. 39ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra S/A, 2004.
GONÇALVES, C., P.. Os (des)caminhos do meio ambiente. 11a ed. São Paulo:
Contexto, 2004.
control. Med. Vet. Entomol. 13:89-96 apud BARBOSA, J. V.; Pinto Z.T. Pediculose
no Brasil. In: II Encuentro nacional de Entomologia Medica y Veterinária. Caderno de
Resumos. Uruguay. p.579 – 586, 2003
MOHR, A.; CHALL, V.T. Rumos da Educação em Saúde no Brasil e sua Relação
com a Educação Ambiental. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 8 (2): 199-203, abr/jun,
1992.
86
MUMCOUGLU, K.Y.; MILLER, J.; & Galum, R. Susceptibility of the human head
and body louse, Pediculus humanus to insecticides. Insect Sci. Apll. 11:223-226 apud
BARBOSA, J. V.; Pinto Z.T. Pediculose no Brasil. In: II Encuentro nacional de
Entomologia Medica y Veterinária. Caderno de Resumos. Uruguay. p.579 – 586, 2003.
REVISTA Ciência hoje das crianças. Invasores de cabeleira, no 134, abril de 2003.
REVISTA Saúde! É vital. PIOLHO: não deixe que ele suba a sua cabeça. Maio 2006.
Disponível em: <http://saúdeabril.com.br/edições/0273/família/conteúdo 133879.
shtml>. Acesso em 04/11/2007 às 14h.
13. ANEXOS
13. ANEXOS
13.1. ANEXO 01 – 2ª parte da estória 88
Série:
Sociedade Educacional Crismogali
Rua São Januário, 318 – Fonseca, Niterói/RJ.
Tels.: 2627-4487/2625-2112
Projeto:
Nome: No.
a
Temas transversais: Prof .: Data: / /2008. Período:
saúde e ambiente
#Crismogali – a minha escola!#
1. Na sala-de-aula Inácio fez de tudo para disfarçar... E até mesmo o lápis usava para se coçar!
3. - E agora? O que faço com essa coceira que não quer mais parar? Já cocei e esfreguei... ‘Tô’ começando a me irritar!
4. Deu a hora do recreio, e todos estavam ‘a brincar’, e o Inácio animado brincava sem parar! E logo do que
mais gostava: brincava de ‘pique ‘tá’!
5. Mas vez ou outra, distraído, parava para se coçar - e nem mesmo imaginou que essa coceira para alguém
poderia passar!
6. Ao chegar em casa, preocupado e se coçando, a dona Anita (sua mãe) já foi logo perguntando:
7. - ô mãe! Olha aqui minha cabeça, tem uma coisa me irritando! Coça, coça e pinica, não estou mais me
agüentando!
10. Dona Anita já cansada, de tanto piolho catar, lavou a cabeça de Inácio para então recomendar:
11. - meu filho, eu fiz o que é certo, mas o piolho é bicho esperto, e pode ‘continuar’... Quando estiver com seus amigos
não brinque muito de perto, pois de cabeça para cabeça os bichinhos irão passar...
13. - filho querido, a partir de amanhã a sua MISSÃO é não passar piolho para mais ninguém! Pois senão, os outros
irão passar por tudo isso também!
14. Dona Anita dá então um beijão e um forte abraço em seu filho, e promete:
15. - daqui para frente todos os dias eu olharei a sua cabeça, e os piolhos nunca mais irão voltar... Quem ama se cuida, e
também ensina ‘a se cuidar.
Se você marcou depende, diga o motivo: __________________ Sim ( ) Não( ) Não me lembro ( )
5 – Você acha que nas aulas que têm jogos também pode C - _____________________________________________
aprender? 12 – Depois de jogar esse jogo você já sabe como fazer para
Se você marcou depende, diga o motivo: __________________ Sim ( ) Não ( ) Não me lembro ( )
7 – Você gostou das figuras? Sim ( ) Não( ) ( ) a professora deve fazer alguma mudança no jogo
8 – Diga uma coisa que você achou legal no jogo, e por quê: ( ) o jogo está bom assim mesmo.
Etapas da seqüência
INTRODUÇÃO
- O Tiquinho é tão feliz, que faz graça até mesmo os sapatos que usa para
ir para a escola, e que aliás, eram de seu primo bem mais velho...Sendo então
bem maiores do que os seus pés. Mas, fazer o quê? Todos os dias lá vai ele,
caminhando e olhando a paisagem distraído, e às vezes brincando, fingindo que
é um palhaço... Andando como tal, com os sapatos enormes...
Desde que nasceu Tiquinho mora na mesma casa, que fica no bairro da
Esperança, lá na cidade de Itapopó do Norte. Ele tem 10 anos de idade, e está
no quinto ano do ensino fundamental, na única escola de sua cidade: a Escola
Municipal Nossa Senhora de Itapopó do Norte.
- Itapopó do Norte? Ah, aqui é bom demais! Tem tudo que a gente
precisa para viver bem... Tem uma padaria; uma escola; uma pracinha cheia de
flores, bancos e balanços; tem a lojinha de presentes da dona Efigênia; um
monte de crianças pra brincar... Tem o pipoqueiro que fica na praça todo dia; o
mercadinho do seu João, que vende biscoito de polvilho fresquinho; tem a
igrejinha; tem também a escola que eu estudo... Ih, aqui tem é só coisa legal ‘sô’.
Outra coisa que ele também adora fazer é brincar nos horários de
intervalo, e principalmente com os seus três melhores amigos: Bela, Tonzinho
e Digão.
Início da estória!
O(a) professor(a) diz para todos: agora, prestem muita atenção, que a nossa
estorinha irá começar ‘para valer’:
2O MOMENTO
- enquanto brincava na escola, Tiquinho percebeu que alguma coisa
muito estranha e diferente estava acontecendo... E esta coisa estava acontecendo
justamente na sua cabeça!
a. Neste momento o(a) professor(a) para, e pergunta aos alunos:
- pessoal o que será que estava acontecendo na cabeça do Tiquinho?
b. Novamente o(a) professor(a) para, só que para ouvir as hipóteses dos
alunos:
..................................................................hipóteses...........................................................
.....
c. Após ouvir as hipóteses, o professor ‘improvisa’ junto aos alunos ‘mediando’
durante a exposição das suas idéias, porém sem dar a resposta ‘ correta’.
Sugestões:
- era alguma coisa diferente, que ele nunca sentiu antes...
- Será algum tipo de ‘bicho’?
- Será que ele está doente?
- Pode ser poeira...
Após ouvir as respostas que finalizarão o segundo momento, o professor dará início
ao terceiro momento, ENTREGANDO AOS ALUNOS UMA FOLHA COM A
CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA.
3O MOMENTO
OBS: é opção do professor, ler a continuação da história, ou pedir que os alunos
a leiam, tanto individualmente quanto na ‘modalidade’ de ‘leitura coletiva’.
b. Continuação da história: O próximo texto será contado em versos, e irá
relatar desde o momento em que o Inácio descobriu que estava com piolho até o
seu tratamento pela sua mãe, que o irá incumbir à missão de não transmitir
piolho aos seus amigos da escola.