1) Considere as informações da árvore ultramétrica (= filograma)
abaixo relacionada com a história de Primates. Os números associados aos nós e ramos são apomorfias (1-4; o sinal negativo indica perda secundária do caráter). Responda:
a) No esquema, Hominoidea é táxon natural? Se for, qual(is)
sinapomorfia(s) o sustentam? Se não for, aponte as razões.
R: Sim, o grupo Hominoidea engloba todos os descendentes de um ancestral
em comum. O caráter 1 corresponde a sinapomorfia da superfamília Hominoidea, embora o caráter 3 esteja como característica da família, ele já aparece anteriormente como caráter diagnóstico de Primates, ou seja, é uma plesiomorfia.
b) Qual a idade aproximada para o aparecimento de aspectos
diagnósticos de Hominoidea?
R: Aproximadamente 20 milhões de anos
c) Qual o significado do caráter 2 em Leontopitheus e Tarsius?
R: O caráter 2 corresponde a uma autapomorfia homoplásica, pois surge em
dois táxons diferentes, de forma independente, ou seja, não deveria da mesma origem.
d) Qual a idade aproximada para a origem de aspectos diagnósticos
de todos os primatas? R: A origem dos aspectos diagnósticos de Primates se dá há aproximadamente 60 milhões de anos.
2) Considere o cladograma abaixo (A-C, espécies; a-n, caracteres
derivados).
a) Em que sentido o táxon C poderia ser dito mais evoluído que os
demais?
R: Do sentido de errôneo de evolução como melhorias, podemos dizer que C é
mais evoluído, pois acumula mais autapomorfias. Contudo, através de Evolução, do sentido correto, como mudança ao longo do tempo, não podemos dizer que o táxon C é mais evoluído, pois não existe espécie mais evoluída que outra, somente táxons que seguiram história evolutivas distintas, acumulando características complexas ou não ao longo da história.
b) Considerando os aspectos derivados nos ramos do cladograma
seria uma boa indicação para colocarmos C em novo gênero?
R: Sim, é muito provável que o táxon C seja de um gênero diferente, visto o
grande acumulo de novas características.
c) Qual a espécie que se extinguiu primeiro?
R: O táxon A.
d) Aponte os táxons com autapomorfias. Indique quais são elas.
R: Táxon A – I e a
Táxon C – b, c, d, e, f, g, i, k.
3) Observando a árvore não-enraizada abaixo (A-G, táxons; 1-8,
caracteres). Se fôssemos polarizá-la e enraizá-la escolhendo o ponto de fixação no táxon D. Responda:
a) Qual seria o cladograma resultante?
R:
b) O cladograma produzido estaria totalmente resolvido? Por quê?
R: Sim, não há politomias no cladograma resultante.
c) Qual aspecto derivado indicaria E-F-G como um clado?
R: O caráter 1 demonstra uma sinapomorfia de (E(F+G)), caracterizando a
formação de um clado monofilético.
d) Qual o grupo-irmão do táxon A?
R: O táxon B é o grupo-irmão do táxon A, compartilhando o caráter 2.
4) Com base na matriz de análise cladistica abaixo construa um
cladograma por argumentação hennigiana. OUT=grupo externo.
Responda:
a) O grupo é monofilético? Por quê?
R: Sim, o grupo (D(C(B+A))) engloba todos os descendentes em comum com o
ancestral mais próximo do grupo externo. b) O cladograma está totalmente resolvido? Por quê?
R: Sim. Foi encontrado um grupo natural, i.e., monofilético.
c) Há autapomorfias? Caso ocorram, quais e em que táxons?
R: Sim. O caráter 7 corresponde a autapomorfia de D; 10 ao de C e 5 ao de A.
d) Há homoplasias? Caso ocorram, quais e em que táxons?
R: Não, nenhum caráter se repete no cladograma gerado.
5) Por que aspectos primitivos (=ancestrais) e autapomorfias são
irrelevantes para a recuperação de relações de parentesco?
As características plesiomórficas não permitem a recuperação exata de que em
qual táxon surgiu originalmente e características autapomórficas também não são levadas em consideração em análises de parentesco, visto que existe somente em um táxon terminal, não sendo compartilhada com outros.