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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE BIOMEDICINA

ELISANGELA MOREIRA DA SILVA


GABRIELY ZORZI
JAMILLY FABI SILVA
KESSYA CASSIMIRO DA SILVA
MARESSA GUERINO ALONSO
MELISSA GALLO SPOLON
RAQUEL MONTEIRO SOARES
SOFIA FACCHINI BELTRAMELLI

“SAÚDE PÚBLICA”
(SUS TEORIA VS REALIDADE)

CAMPINAS/SP
MAIO/2022
ELISANGELA MOREIRA DA SILVA
GABRIELY ZORZI
JAMILLY FABI SILVA
KESSYA CASSIMIRO DA SILVA
MARESSA GUERINO ALONSO
MELISSA GALLO SPOLON
RAQUEL MONTEIRO SOARES
SOFIA FACCHINI BELTRAMELLI

“SAÚDE PÚBLICA”
(SUS Teoria x Realidade)

Trabalho apresentado no curso


de graduação da Universidade São
Francisco.

Orientador: Alisson Silva.

CAMPINAS/SP
MAIO/2022
RESUMO
Este trabalho apresenta uma análise do Sistema Único de Saúde no Brasil, a teoria e o modo
de funcionar na prática. Para a compreensão de todo o contexto, foi realizado uma pesquisa
com uma pequena porção da população, para a averiguação das informações tais como, as
dificuldades, experiências, como também a necessidade da população, e por outro lado,
verificar se os mesmos conhecem o que o SUS tem para oferecer. Nos presentes resultados, a
maioria conhece somente o básico, mesmo utilizando o sistema, ou melhor por assim dizer,
não conhece de fato os nomes atribuídos, mas sim os serviços. Podendo concluir então que o
modo pelo qual os profissionais da saúde se comunicam com a população, é fundamental para
o bom conhecimento de todos, como também sendo então necessário melhorar nas
campanhas, posts, e palestras, para que de fato a informação chegue ao maior número de
pessoas com clareza e responsabilidade.

Conhecimento - SUS – Necessidade – Comunicação.


ABSTRACT

This paper presents an analysis of the Sistema Único de Sáude in Brazil, the theory and the
way it works in practice. To understand the whole context, a survey was carried out with a
small portion of the population, to verify information such as difficulties, experiences, as well
as the needs of the population, and on the other hand, to verify if they know the that SUS has
to offer. In the present results, most of them only know the basics, even using the system, or
rather, so to speak, they do not actually know the assigned names, but the services. It can be
concluded then that the way in which health professionals communicate with the population is
fundamental for everyone's good knowledge, as well as being then necessary to improve in
campaigns, posts, and lectures, so that the information actually reaches the greatest number of
people. number of people with clarity and responsibility.

Knowledge - SUS - Need – Communication.


SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO.....................................................................................................................06
2-OBJETIVOS..........................................................................................................................08
3-MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................................08
3.1-Amostra...............................................................................................................................08
3.2-Questionário........................................................................................................................08
4-QUESTÕES...........................................................................................................................09
4.1- O que você entende sobre
Saúde.........................................................................................09
4.2-Selecione a quais desses métodos você já recorreu para tratar uma doença ou mal
estar.....09
4.3-Você já ouviu falar de um “Plano Nacional de Imunização
(PNI).......................................09
4.4-Se você já ouviu falar sobre o Plano Nacional de Imunização, comente sobre o que
sabe...09
4.5-Quando você tem a necessidade e precisa recorrer a um serviço de saúde, qual é a sua
primeira opção...........................................................................................................................09
4.6-Você acha que a classe social influencia na saúde de um
indivíduo.....................................10
4.7-Se desejar, comente sobre como você acha que a classe social influencia ou não na saúde
de um
indivíduo.........................................................................................................................10
4.8-Selecione quais dessas opções o SUS tem serviço
direto.....................................................10
4.9-Você conhece ou já foi em algum conselho de
saúde..........................................................10
4.10-Se você conhece ou já foi em algum conselho de saúde, sabe para que
serve.....................10
4.11-Em sua experiência e conhecimento pessoal sobre o SUS, comente sua opinião sobre o
atendimento e serviço oferecido por
ele.....................................................................................10
5-RESULTADOS........................................................................................................................11
5.1- O que você entende sobre
Saúde.........................................................................................11
5.2-Selecione a quais desses métodos você já recorreu para tratar uma doença ou mal
estar.....11
5.3-Você já ouviu falar de um “Plano Nacional de Imunização
(PNI).......................................13
5.4-Se você já ouviu falar sobre o Plano Nacional de Imunização, comente sobre o que
sabe...14
5.5-Quando você tem a necessidade e precisa recorrer a um serviço de saúde, qual é a sua
primeira opção...........................................................................................................................14
5.6-Você acha que a classe social influencia na saúde de um
indivíduo.....................................15
5.7-Se desejar, comente sobre como você acha que a classe social influencia ou não na saúde
de um
indivíduo.........................................................................................................................16
5.8-Selecione quais dessas opções o SUS tem serviço
direto.....................................................16
5.9-Você conhece ou já foi em algum conselho de
saúde...........................................................17
5.10-Se você conhece ou já foi em algum conselho de saúde, sabe para que
serve.....................17
5.11-Em sua experiência e conhecimento pessoal sobre o SUS, comente sua opinião sobre o
atendimento e serviço oferecido por
ele.....................................................................................17
6-DISCUSSÃO.........................................................................................................................18
6.1- O que você entende sobre
Saúde.........................................................................................18
6.2-Selecione a quais desses métodos você já recorreu para tratar uma doença ou mal
estar.....18
6.3-Você já ouviu falar de um “Plano Nacional de Imunização
(PNI).......................................18
6.4-Se você já ouviu falar sobre o Plano Nacional de Imunização, comente sobre o que
sabe...18
6.5-Quando você tem a necessidade e precisa recorrer a um serviço de saúde, qual é a sua
primeira opção...........................................................................................................................19
6.6-Você acha que a classe social influencia na saúde de um
indivíduo.....................................19
6.7-Se desejar, comente sobre como você acha que a classe social influencia ou não na saúde
de um
indivíduo.........................................................................................................................19
6.8-Selecione quais dessas opções o SUS tem serviço
direto.....................................................19
6.9-Você conhece ou já foi em algum conselho de
saúde...........................................................20
6.10-Se você conhece ou já foi em algum conselho de saúde, sabe para que
serve.....................20
6.11-Em sua experiência e conhecimento pessoal sobre o SUS, comente sua opinião sobre o
atendimento e serviço oferecido por
ele.....................................................................................20
7-CONCLUSÃO.......................................................................................................................23
8-REFERÊNCIAS....................................................................................................................24
6

INTRODUÇÃO
Durante muitos anos, a saúde foi entendida, simplesmente, como a ausência de doenças. Ao
longo do tempo essa definição foi sendo considerada insatisfatória. Com a criação da
Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948, uma nova definição para o que é “saúde” foi
criada. Atualmente o conceito de saúde já não é mais compreendido somente como a ausência
de doença, mas sim como um estado de completo bem-estar físico, mental e social (WHO,
2022). E mesmo com essa nova definição houve muitas críticas, sobretudo quando se defende
que a “saúde é para todos”.

Enquanto o conceito de saúde (de bem estar físico, mental e social) é bastante recente na
história da humanidade, o conceito de doença é conhecido desde a antiguidade. Rodrigues
(2020), por exemplo, fala sobre o tratado de Hipócrates, chamado “Da Natureza do Homem”,
em que o autor apresenta sua teoria dos humores. No texto, Hipócrates falaria sobre os
desequilíbrios ocasionados entre esses humores como sendo a causa de doenças e fala também
sobre como seriam os processos de cura dentro dessa teoria. Muitas outras teorias surgiram e
muito conhecimento popular foi utilizado ao longo dos séculos (e ainda o são) pela
humanidade até chegarmos ao conceito de saúde e de doença que conhecemos hoje.

No Brasil, a medicina que hoje conhecemos, e que chamaremos neste trabalho como
“medicina formal”, começou a ser introduzida a partir da chegada da família real no país, em
1808, tendo dado início à fase de “higienização sanitária” já em 1822, necessária pela grande
disseminação de doenças devidas à falta de saneamento básico e higiene (Toledo, 2018). Essa
rígida imposição de medidas voltadas para saneamento e saúde foi motivo de muitos conflitos
entre a população e o governo, tendo explodido em 1904 com a Revolta da Vacina (Revolta,
2005). Mas já em 1908, durante um surto de varíola, a população correu para se vacinar em
“um episódio avesso à Revolta da Vacina” (Revolta, 2005).

Segundo Toledo (2018), as primeiras leis de saúde apareceram na Constituição de 1934,


promulgada pelo então presidente Getúlio Vargas. Com a constituição de 1988, o país deu
início à criação de um programa único de saúde (que viria a se tornar o SUS) e, com ele a
implantação do Programa Nacional de Imunizações do Brasil (PNI), que é um dos maiores do
mundo, ofertando 45 diferentes imunobiológicos para toda a população (PROGRAMA,
2022). As vacinas são, hoje, consideradas um dos melhores investimentos em saúde
(considerando-se o custo-benefício), quando adotadas dentro de uma estratégia ampla de
saúde pública. O SUS disponibiliza, dentro do PNI, vacinas para todas as faixas-etárias e
promove campanhas anuais para atualização da caderneta de vacinação.

Na reportagem de Toledo (2018), a autora cita a fala de José Noronha, coordenador executivo
do programa Brasil Saúde Amanhã da Fiocruz, falando sobre o quão jovem ainda é o SUS
(apenas 3 décadas), sobres as dificuldades de implementação e consolidação e também sobre
a necessidade de fortalecimento do SUS, dado que: é uma conquista do povo; muitas pessoas
não conseguem pagar por planos de assistência privada à saúde; é referência internacional
enquanto “sistema único, público e gratuito de saúde.

O acesso aos serviços privados de saúde depende diretamente das condições financeiras,
geográficas e sociais de cada pessoa, sendo uma parcela muito pequena da população que
pode custear os serviços mais caros e complexos. É nesse âmbito que se pode notar o quão
indispensável é o SUS, considerando os Princípios Doutrinários que são base para todo o
funcionamento desse sistema (ABC, 1990), sendo eles: Universalidade (que garante a todo e
7

qualquer cidadão atenção à saúde por parte do sistema), Equidade (assegura ações e serviços
de todos os níveis de complexidade, de acordo com o requerido em cada caso, até o limite em
que o sistema puder oferecer a todos) e da Integralidade (que reconhece o ser humano como
integral e que, com tal, deve ser atendido por um sistema de saúde equivalente, “voltado a
promover, proteger e recuperar sua saúde").

Quando se nota a amplitude de atenção a que o SUS se propõe a realizar, percebe-se que esse
sistema é extremamente complexo, requerendo uma organização também complexa que possa
viabilizar essa empreitada. Dessa forma, na sua criação, o SUS nasceu já com os chamados
Princípios Organizativos (ABC, 1990). No presente trabalho focamos na relação com
Controle Social, dentro dos Princípios Organizativos do SUS, temos a Lei nº 8.142/90. Essa
lei dispõe, entre outros assuntos, sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema
Único de Saúde (SUS), estabelecendo a representação de diferentes segmentos da sociedade
civil nas conferências e conselhos de saúde, nas esferas Municipal, Estadual e Federal de
governo (Saliba e colaboradores, 2009).

Ainda segundo Saliba e colaboradores (2009), a participação popular nas políticas de saúde
no Brasil, introduzida pela Constituição Federal de 1988, foi uma grande conquista, pois suas
práticas de participação podem concorrer para a democratização das relações, se bem
utilizadas.

Procurando utilizar essa base formada até aqui, e conhecimentos adquiridos em sala de aula, o
presente trabalho buscou investigar em uma pequena população (amigos, familiares) alguns
conhecimentos teóricos prévios e também de experiência sobre o funcionamento do nosso
Sistema Único de Saúde e sobre sua visão de saúde-doença.
8

OBJETIVOS
Os Objetivos do presente estudo foram:
 Conhecer o quanto a população sabe sobre assuntos relacionados ao SUS;
 Conhecer as dificuldades e facilidades que a população encontra no SUS;
 Reconhecer a aplicação dos princípios do SUS.

MATERIAL E MÉTODOS
Amostra

Foram entrevistadas 31 pessoas entre 15 e 59 anos, através de formulário on-line. Do total de


participantes, 13 declararam ter ensino médio (completo ou incompleto, sem distinção no
presente estudo) e 18 declararam ter ensino superior (completo ou incompleto, sem distinção
no presente estudo).

Os participantes foram separados em cinco faixas etárias para posterior análise (Gráfico 1),
sendo que 14 participantes tinham entre 15 e 25 anos, 3 participantes tinham entre 26 e 35
anos, 6 participantes tinham entre 36 e 45 anos, 5 participantes tinham entre 46 e 55 anos e 3
participantes tinham entre 56 e 59 anos.

Figura 1 - Distribuição dos participantes por faixa etária e grau de escolaridade.

Questionário

O questionário foi elaborado com 13 questões e não coletou dados pessoais, de forma a
manter o anonimato dos participantes. As duas primeiras perguntas serviram para caracterizar
a amostra, requisitando a idade e escolaridade dos entrevistados. Dessa forma procuramos
compreender se havia uma variação notável de respostas entre os entrevistados de acordo com
9

as cinco faixas etárias adotadas, bem como entre os dois graus de escolaridade (médio e
superior).

As demais perguntas buscaram compreender como os participantes entendiam alguns


dos seguintes temas: o processo Saúde-Doença; a história das Políticas de Saúde; os
Princípios Doutrinários do SUS; e os Princípios Organizativos do SUS.

O questionário foi composto por perguntas abertas e fechadas, apresentadas no tópico a


seguir.

QUESTÕES

 “O que você entende sobre Saúde?”

Essa questão foi aberta, para ser respondida de forma livre. Para a análise qualitativa, fizemos
uma síntese das respostas de acordo com a faixa etária.

 “Selecione a quais desses métodos você já recorreu para tratar uma doença ou mal
estar:”

Essa questão foi fechada. O participante podia escolher entre uma ou mais das seguintes
alternativas possíveis:
 métodos "religiosos" (benzedeiras, curandeiros e outros);
 métodos caseiros (mistura de ervas, chás);
 medicina tradicional;
 outros (se selecionasse essa alternativa, o participante poderia acrescentar outro
método desejado).

Para a análise quantitativa, fizemos dois gráficos: um associando a escolha dos métodos
sugeridos à faixa etária e o segundo aos métodos sugeridos ao grau de escolaridade.

 “Você já ouviu falar de um “Plano Nacional de Imunização” (PNI)?”

Essa questão foi fechada, sendo permitida apenas a seleção de resposta “Sim” ou “Não”. Para
a análise quantitativa, fizemos uma síntese das respostas de acordo com: a faixa etária; o grau
de escolaridade.

 “Se você já ouviu falar sobre o Plano Nacional de Imunização, comente sobre o que
sabe.”

Essa questão foi aberta, para ser respondida de forma livre, para os participantes que
responderam “sim” para a questão anterior. Para a análise qualitativa, fizemos uma síntese das
respostas de acordo com: a faixa etária; o grau de escolaridade.

 “Quando você tem a necessidade e precisa recorrer a um serviço de saúde, qual é a sua
primeira opção?”
10

Essa questão foi fechada, sendo permitida apenas a seleção de resposta “serviço público” ou
“serviço privado”. Para a análise quantitativa, fizemos uma síntese das respostas de acordo
com: a faixa etária; o grau de escolaridade.

 “Você acha que a classe social influencia na saúde de um indivíduo?”

Essa questão foi fechada, sendo permitida apenas a seleção de resposta “Sim” ou
“Não”. Nessa análise utilizamos apenas os dados brutos gerais, pois a tendência na
nossa amostra foi muito clara.

 “Se desejar, comente sobre como você acha que a classe social influencia ou não na
saúde de um indivíduo.”

Essa questão foi aberta, para ser respondida de forma livre, para os participantes que
responderam “sim” para a questão anterior. Para a análise qualitativa, fizemos uma
síntese das respostas de acordo com a faixa etária e com o grau de escolaridade.

 “Selecione quais dessas opções o SUS tem serviço direto.”

Essa questão foi fechada. O participante podia escolher entre uma ou mais das seguintes
alternativas possíveis:
 cuidado à gestante;
 cuidado com a saúde mental;
 urgência e emergência;
 doenças crônicas;
 cuidado com a pessoa com deficiência;
 nenhuma das opções.

Para a análise quantitativa, fizemos dois gráficos: um associando a escolha dos métodos
sugeridos à faixa etária e o segundo gráfico associando a escolha dos métodos sugeridos ao
grau de escolaridade.

 “Você conhece ou já foi em algum conselho de saúde?”

Essa questão foi fechada, sendo permitida apenas a seleção de resposta “Sim” ou “Não”.
Nessa análise utilizamos apenas os dados brutos gerais, pois a tendência na nossa amostra foi
muito clara.

 “Se você conhece ou já foi em algum conselho de saúde, sabe para que serve?”

Essa questão foi aberta, para ser respondida de forma livre, para os participantes que
responderam “sim” para a questão anterior.

 “Em sua experiência e conhecimento pessoal sobre o SUS, comente sua opinião sobre
o atendimento e serviço oferecido por ele.”
11

Essa questão foi aberta, para ser respondida de forma livre. Para a análise qualitativa, fizemos
uma síntese das respostas de acordo com: a faixa etária; o grau de escolaridade.

Todas as questões foram obrigatórias, exceto pelas questões complementares 3b, 5b e 7b, em
que era sugerido ao participante responder apenas caso a resposta da questão anterior fosse
positiva.

RESULTADOS

 O que você entende sobre Saúde?

 Na faixa entre 15 e 25 (15 pessoas); os participantes entendem como saúde a


promoção de bem estar físico e psicológico, como algo necessário para se viver e/ou
somente o básico.
 Na faixa entre 26 e 35 (03 pessoas); os participantes relataram que é estar em
equilíbrio emocionalmente e psicologicamente e que entende somente o básico de
saúde.
 Na faixa entre 36 e 45 (06 pessoas); os participantes entendem como algo primordial
na vida, que a saúde está ligada ao autocuidado, o bem estar físico, mental, emocional
e social.
 Na faixa entre 46 e 55 (05 pessoas), a compreensão sobre saúde dos participantes está
dividida entre a qualidade de vida, o bem estar físico e mental, e o estar imune ao que
pode prejudicar tanto a saúde física quanto mental.
 Na faixa entre 56 e 59 (03 pessoas); os participantes entendem saúde como o item
principal da vida, que é também o ato de cuidar de um ou mais familiares.

 Selecione quais desses métodos você já recorreu para tratar uma doença ou mal estar:

De acordo com a faixa etária, as respostas dos participantes mostraram (Gráfico 2):
 Na faixa etária entre 15 e 25 anos, quase 50% recorrem ao método de medicina
tradicional, cerca de 40% a métodos caseiros e 10% a métodos religiosos.
 Na faixa etária entre 26 e 35 anos, 50% recorrem à medicina tradicional e os outros
50% a métodos caseiros;
 Na faixa etária entre 36 e 45 anos, 50% recorrem à medicina tradicional, 30% a
métodos caseiros e 20% a métodos religiosos;
 Na faixa etária entre 46 e 55 anos, cerca de 50% recorrem à medicina tradicional e os
outros 50% a métodos caseiros;
 Na faixa etária entre 56 e 59 anos, 30% recorrem à medicina tradicional, 30% a
métodos caseiros, 30% a métodos religiosos e 10% a outros.
12

Figura 2 - Métodos a que os participantes recorrem para tratar doença ou mal estar. (Por faixa etária).

De acordo com o grau de escolaridade, as respostas dos participantes mostraram (Gráfico 3):
 Dos participantes que declararam utilizar a medicina tradicional, cerca de 40% tinham
ensino médio e o restante ensino superior.
 Dos participantes que declararam utilizar métodos caseiros, cerca de 40% tinham
ensino médio e o restante ensino superior.
 Dos participantes que declararam utilizar métodos religiosos, cerca de 60% tinham
ensino médio e o restante ensino superior.
 Já com relação a utilização de outros métodos, apenas uma pessoa com ensino
superior respondeu.

Figura 3 - Métodos a que os participantes recorrem para tratar doença ou mal estar. (Por grau de escolaridade).
13

 Você já ouviu falar de um “Plano Nacional de Imunização” (PNI)?

Dos 31 participantes, 32% dessas declararam conhecer o Plano Nacional de Imunização e as


outras 68% responderam que não conhecem esse sistema como um programa realizado
através do SUS. No gráfico 4, notamos que nas faixas etárias de 15 a 25, de 26 a 35, de 36 a
45 e de 46 a 59 anos, todas possuem uma tendência maior ao não conhecimento do Programa
Nacional de Imunização. Essa tendência se inverte na faixa etária de 56 a 59 anos de idade.

Figura 4 - Conhecimento do Plano Nacional de Imunização (PNI). (Por faixa etária).

Mesmo considerando as diferenças de tamanho das amostras de participantes com ensino


médio e superior, é possível notar (Gráfico 5) que a proporção de participantes com
conhecimento ou não sobre o PNI variou bastante com o grau de escolaridade.

Figura 5 - Conhecimento do Plano Nacional de Imunização (PNI). (Por grau de escolaridade).


14

 Se você já ouviu falar sobre o Plano Nacional de Imunização, comente sobre o que
sabe.

Essa questão foi respondida por 10 participantes.

De acordo com a faixa etária, as respostas mostrar


 15 a 25: (05 participantes) - Relatam que o Plano Nacional de Imunização
(PNI) é importante pois é um plano que busca imunizar toda a população
contra as várias doenças existentes por meio de vacinas aplicadas pelo SUS,
fazendo esse acompanhamento desde o nascimento da pessoa.
 26 a 35: (0 participantes) - Nessa faixa todos responderam que não conhecem o
PNI.
 36 a 45: (01 participante) - Relatam que o PNI é primordial na prevenção de
doenças.
 46 a 55: (02 participantes) - Relatam que o PNI é de grande importância para a
sociedade, pois realiza a ação em massa e em coletividade, como foi o exemplo
do COVID-19.
 56 a 59: (02 participantes) - Relatam que o PNI é um sistema em que o
governo tem acesso ao número de vacinados na população e todos têm acesso a
esse controle de imunização através das vacinas disponibilizadas.

De acordo com o grau de escolaridade, as respostas mostraram:


 Ensino Médio (04 participantes) - Relatam que o PNI é um programa gratuito
que nos oferece um controle individual que visa registrar e assegurar nossa
imunização desde o nascimento, tendo esse controle tanto individual quanto
para o governo identificar o número de vacinados na população.
 Ensino Superior (08 participantes) - Reconhecem que o PNI tem a qualidade e
estrutura de ser realizado em massa e coletivamente, auxiliando na prevenção
de diversas doenças.

 Quando você tem a necessidade e precisa recorrer a um serviço de saúde, qual é a sua
primeira opção?

De acordo com a faixa etária, as respostas dos participantes mostraram (Gráfico 6):
 Na faixa etária entre 15 e 25 anos, mais de 60% dos participantes declarou recorrer ao
serviço de saúde pública e o restante ao serviço de saúde particular;
 Na faixa etária entre 26 e 35 anos, somente declararam recorrer ao serviço de saúde
particular;
 Na faixa etária entre 36 e 45 anos, somente declararam recorrer ao serviço de saúde
particular;
 Na faixa etária entre 46 e 55 anos, 60% dos participantes recorrem ao serviço de saúde
particular e os 40% restante ao serviço de saúde pública;
 E na faixa etária entre 56 e 59 anos, todos os participantes declararam recorrer
somente ao serviço particular.
15

Figura 6- Primeira opção de serviço de saúde. (Por faixa etária).

De acordo com os participantes que declararam ter ensino médio, é visível que mais de 60%
recorrem a serviços de saúde pública. Já no grupo que declarou ter ensino superior, mais de
70% recorre ao serviço de saúde particular (Gráfico 7).

Figura 7 - Primeira opção de serviço de saúde. (Por grau de escolaridade).

 Você acha que a classe social influencia na saúde de um indivíduo?


Acerca desse questionamento 95% dos entrevistados respondeu que “Sim”. Essa
tendência de resposta foi similar em todas as faixas etárias e graus de escolaridade
observados, de forma que não se mostra necessária a apresentação desses gráficos
16

 Se desejar, comente sobre como você acha que a classe social influencia ou não na
saúde de um indivíduo.

De acordo com a faixa etária e com o grau de escolaridade, as respostas mostraram que:
 Na faixa entre 15 e 25 anos, com ensino médio, os principais motivos mencionados
foram a falta de recursos financeiros, e a dificuldade ao acesso, tendo a demora no
atendimento e a superlotação contribuído para a demora no serviço público de saúde.
 Na faixa entre 15 e 25 anos, com ensino superior, os principais motivos mencionados
foram a falta de dinheiro e a superlotação, gerando a demora no atendimento e
oferecimento de recursos precários.
 Na faixa entre 25 e 35 anos, tanto com ensino médio, quanto com superior, não houve
respostas.
 Na faixa entre 35 e 45 anos, com ensino médio, não houve respostas.
 Na faixa entre 35 e 45 anos, com ensino superior, os principais motivos foram a falta
de dinheiro, a menor quantidade de pessoas em hospitais particulares, a falta de
saneamento básico (propício ao maior risco de doenças) e a falta de informações na
saúde pública.
 Na faixa entre 45 e 55 anos, com ensino médio, o principal motivo foi a falta de
empatia com os indivíduos mais pobres.
 Na faixa entre 45 e 55 anos, com ensino superior, os principais motivos foram a falta
de dinheiro, o acesso à saúde mais rápida e de qualidade no serviço particular, o mau
gerenciamento do serviço público, a falta de empatia e a falta de saneamento básico,
gerando maior risco de doenças.
 Na faixa entre 55 e 65 anos, com ensino médio, os principais motivos foram a
alimentação e os exames periódicos.
 Na faixa entre 55 e 65 anos, com ensino superior, os principais motivos foram o
dinheiro, além disso, muitos alegaram que preferem o serviço particular por terem
acesso a um atendimento mais rápido.

 Selecione quais dessas opções o SUS tem serviço direto.

De acordo com a faixa etária, as respostas dos participantes mostraram (Gráfico 8) que, dos
que responderam afirmativamente que o SUS oferece cuidado à gestante, urgência e
emergência, cuidado a doenças crônicas e cuidado com a saúde mental, cerca de 50% tinham
entre 15 e 25 anos.
17

Figura 8 - Quais serviços o participante acha que o SUS oferece. (Por faixa etária).

Já de acordo com o grau de escolaridade, as respostas dos participantes mostraram (Gráfico


9) que a grande maioria dos que responderam afirmativamente que o SUS oferece cuidado à
gestante, urgência e emergência, cuidado a doenças crônicas e cuidado com a saúde mental,
possuíam o ensino superior.

Figura 9 - Quais serviços o participante acha que o SUS oferece. (Por grau de escolaridade).

 Você conhece ou já foi em algum conselho de saúde?

Acerca desse questionamento, apenas 13% responderam positivamente, sendo que 87% dos
entrevistados não conhece e/ou nunca participou de um Conselho de Saúde. Essa tendência de
resposta foi similar em todas as faixas etárias e graus de escolaridade observados.

 Se você conhece ou já foi em algum conselho de saúde, sabe para que serve?
18

A grande maioria das respostas à questão anterior foi negativa, e mesmo quem
respondeu positivamente, optou por não responder a essa questão.

 Em sua experiência e conhecimento pessoal sobre o SUS, comente sua opinião sobre
o atendimento e serviço oferecido por ele.

De acordo com a faixa etária:


 Na faixa entre 15 e 25 anos, as respostas foram: que a falta de investimento prejudica
muito o bom funcionamento do SUS; que é uma rede de muita importância para várias
especialidades médicas.
 Na faixa entre 26 e 35 anos, as respostas foram: que não é muito boa, ou que oferece
um ótimo serviço, sendo essencial na vida da população.
 Na faixa entre 36 e 45 anos, as respostas foram: que faltam médicos para atender,
principalmente nos prontos-socorros e por isso a demora no atendimento. Outros
pontuaram a falta de empatia.
 Na faixa entre 46 e 55 anos, as respostas foram: é um serviço regular com muitas
falhas no atendimento geral, e que faltam informações e empatia com os pacientes.
 Na faixa entre 56 e 59 anos, as respostas foram: que o atendimento é demorado.

De acordo com o grau de escolaridade:


 Os participantes com ensino médio opinaram: que o SUS é uma rede de saúde pública
de muita importância para nosso uso, porém, deixa muito a desejar em relação a
empatia dos funcionários; que é um órgão gratuito, porém é um bem pago pelos
impostos que a população; que apesar dos erros na administração, ainda assim
consegue ajudar mesmo que não tem nenhuma condição financeira,
 Os participantes com ensino superior opinaram: que é bom, mas ainda tem muito a
avançar (especialmente na gestão); que é essencial na vida da população em geral, e
mais especialmente para a população de baixa renda; que o sistema de vacinação é
ótimo e que precisa de profissionais com mais empatia.

DISCUSSÃO
 O que você entende sobre Saúde

Podemos perceber na nossa amostra, que conforme as pessoas vão envelhecendo a forma de
pensar vai mudando. Uma pessoa que tem entre 15 e 25 anos pensa por exemplo que a saúde é
o básico para uma pessoa, como antigamente, a ausência de doença. Já uma pessoa com uma
idade mais avançada pensa que, um simples ato de caminhar, se torna saudável. Vemos
também que o grau de escolaridade influencia na resposta - uma pessoa que tem idade igual,
mas o grau de escolaridade diferente, tem respostas que divergem. Apesar de tudo, todas as
respostas estão interligadas porque todas elas representam o que é saúde, mas no ponto de
vista de cada um.

 Selecione quais desses métodos você já recorreu para tratar uma doença ou mal estar:

Os métodos que são mais procurados para tratar uma doença ou mal estar foram medicina
tradicional e métodos caseiros, sendo que, na faixa etária de 25 a 55 anos o de maior
19

prevalência foi à medicina tradicional. Em relação à escolaridade obteve-se maior resposta do


nível superior que recorre mais aos métodos religiosos.

 Você já ouviu falar de um “Plano Nacional de Imunização” (PNI)?


 Se você já ouviu falar sobre o Plano Nacional de Imunização, comente sobre o que
sabe.

Através dessa pesquisa realizada em 31 amostras, notamos que mesmo sendo reconhecido
como um programa do SUS por apenas 32% das amostras selecionadas na pesquisa, é um
programa utilizado por todos os brasileiros, até mesmo os que não reconhecem essa ação
como um programa público.

O Plano Nacional de Imunização é muito importante pois é um serviço do SUS, gratuito, de


fácil acesso e disponível a todos, que além da população receber o acompanhamento e serviço
desde o nascimento, ainda previne diversas doenças e promove a saúde na população.

Temos como exemplo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-


19(Pano, 2022) uma medida adicional de resposta ao enfrentamento da doença, tida como
Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), mediante ações de
vacinação nos três níveis de gestão. Onde está registrado até o início de 2022 mais de
106.816.400 doses aplicadas só no estado de São Paulo e 99.91% da população elegível de SP
com pelo menos uma dose da vacina (Governo, 2022).

O Plano Nacional de Imunização (PNI) foi criado, em 18 de setembro de 1973, o PNI procura
não apenas cumprir sua missão (Programa, 2022). Nessas décadas, tornou-se ação de governo
caracterizada pela inclusão social, na medida em que assiste todas as pessoas, em todos os
recantos do País, sem distinção de qualquer natureza. Seja rico ou pobre, more no litoral ou
nos sertões, seja velho ou jovem, o brasileiro sabe que pode contar com vacina de boa
qualidade em todos os momentos de sua vida, por isso é de suma importância seu
reconhecimento e valorização.

 Quando você tem a necessidade e precisa recorrer a um serviço de saúde, qual é a sua
primeira opção?

O serviço de saúde mais buscado pelas pessoas entrevistadas é o serviço particular em relação
à faixa etária e também pela escolaridade de nível superior, somente no nível médio que a
recorrência do serviço público é maior. Isso levanta a questão de que talvez haja uma
migração da população do serviço público para o particular assim que entram no mercado de
trabalho, por exemplo (seja por melhora da condição financeira e possibilidade de custear
uma mensalidade de plano de saúde, seja porque muitas empresas oferecem planos de saúde a
seus funcionários). Essa possibilidade requer novos dados e discussões.

 Você acha que a classe social influencia na saúde de um indivíduo?


 Se desejar, comente sobre como você acha que a classe social influencia ou não na
saúde de um indivíduo.

Em relação das respostas sobre classes sociais, notamos que existe uma relação com os
Princípios Doutrinários do SUS: com relação a universalidade seria o fato do SUS ser para
todos, independentemente da sua classe social; com relação à equidade, era para ser algo justo
para todos, porém vemos que não funciona dessa maneira, algo que precisa melhorar ainda
para que a ideia do SUS esteja mais próxima da expectativa do mesmo.
20

Ainda analisando as respostas sobre classes sociais, notamos que muitos participantes
preferem guardar um dinheiro extra para ir a um serviço particular, principalmente pela
demora no atendimento, a falta de empatia, de saneamento básico e falta de informações do
serviço público. Mas ainda assim acabam recorrendo ao SUS por falta de dinheiro. As
respostas dos participantes indicaram que muitos deles não escolheriam o SUS se houvesse
uma melhor distribuição de renda, até mesmo por não saber muito sobre todos os
atendimentos que o SUS oferece. Muitas participantes relataram ter passado horas, com dores,
esperando pela consulta, para mesmo assim não terem todas suas necessidades atendidas e
muitas vezes serem insultadas. Dessa forma, a preferência da maioria da nossa amostragem é
de recorrer ao serviço particular.

 Selecione quais dessas opções o SUS tem serviço direto.

A opção mais conhecida a que o SUS tem serviço direto é o cuidado à gestante. E a faixa
etária que mais recorre aos serviços oferecidos pelos SUS é de 25 a 35 anos. Conforme a
escolaridade, o nível de maiores respostas foi o nível superior com destaque ao cuidado com
pessoas com deficiência.

 Você conhece ou já foi em algum conselho de saúde?


 Se você conhece ou já foi em algum conselho de saúde, sabe para que serve?

Os dados apontaram para o amplo desconhecimento dos entrevistados tanto sobre a existência
dos Conselhos de Saúde, quanto para seu modo de funcionamento. Saliba e colaboradores
(2009) já apontavam essa dificuldade em relação aos próprios membros populares dos
conselhos municipais, que apresentaram dificuldade significativa em compreender seu papel e
mesmo exercer as funções, por vezes bastante complexas. Os autores indicaram a importância
de haver uma formação para que a atuação dos conselheiros pudesse ser mais efetiva.

Esse grande desconhecimento que encontramos sobre o tema pode ter paralelo com a análise
de Martins e colaboradores (2009), que sugerem que apenas a existência formal dos espaços
de controle social não seria o suficiente para assegurar a efetiva participação política da
sociedade, sendo que os conselhos de saúde ainda apresentariam diversos fatores
comprometendo sua eficácia de funcionamento.

 Em sua experiência e conhecimento pessoal sobre o SUS, comente sua opinião sobre
o atendimento e serviço oferecido por ele.

 Referente a pesquisa realizada

De acordo com 31 pessoas de nível superior a ensino médio completo chegamos à conclusão
que: o SUS varia entre um sistema bom a regular, bom no sentido do sistema de vacinação
que teve uma grande visibilidade principalmente na pandemia, como também essencial na
vida da população geral.

Ruim no sentido de que o sistema precisa de melhorias principalmente no sistema de gestão,


como também a falta de profissionais capacitados e competentes para um bom atendimento, e
21

juntamente a longa espera para serem atendidos como a falta de empatia para com a
população que requer atendimento.

 Pesquisa baseada na faixa etária

Já a pesquisa baseada na faixa etária; pessoas entre 15 a 45 anos acreditam que falta
investimento para o bom funcionamento do SUS, por mais que seja de extrema importância e
com especialidades médicas necessárias, faltam justamente médicos para atendê-los
principalmente em prontos socorros que acabam gerando demora para serem atendidos.

Dentre a faixa de 50 a 60 anos acreditam que é um serviço público com muitas falhas no
atendimento geral, como também a falta de informação e empatia para com as mesmas. A
longa demora para ser atendidos acaba sendo algo extremo principalmente nessa faixa etária
dos 60 anos onde realmente precisam do sistema como também bons atendimentos
profissionais.

 Conclusão

Diante da insatisfação da população, entendemos que a maioria das reclamações são da rede
de atenção primária onde estão as UPA, UBS, POSTO DE SAÚDE .na falta de gestão e
organização é preciso um olhar mais atento do governo para com os profissionais que ali
estão, promover saúde e bem estar para eles é essencial. para que um bom profissional
execute seus serviços com mais calma e principalmente mais empatia para com os pacientes
que ali estão com suas dores e reclamações.

Mesmo com todas as falhas na gestão, o SUS ainda é essencial para a população que sofre
diariamente com problemas de saúde.

Segundo o princípio de equidade, o Estado deve prover as condições para que as pessoas
sejam tratadas de forma justa, respeitando e dando as condições necessárias para ajudar em
sua necessidade. Porém ainda falta muita coisa para ser melhorado nesse sentido de
equidade. O SUS em sua maioria ajuda e beneficia a nós que buscamos qualidade de vida e
melhoria para nossa saúde física e mental
22

De acordo com o que eu analisei nas respostas e em conjunto com as aulas, eu percebi que, as
pessoas acabam usando o SUS principalmente pela falta de recursos financeiros, uma consulta
particular acaba sendo caro para a maioria da população mas mesmo com a falta de dinheiro,
as pessoas acabam procurando um serviço particular pois o acesso é mais rápido e elas
conseguem ter acesso total às informações, enquanto no SUS, se não for uma emergência,
muitas pessoas acabam esperando um longo período de tempo para ser atendido e mesmo
quando são, as informações acabam sendo precárias.

A falta de empatia também acaba sendo um ponto forte para as pessoas irem a um serviço
particular, são muitas horas (com dor) esperando por um médico no SUS e ele acaba sendo
rude com o paciente, já no particular, o paciente da vez tem acesso único naquele momento,
tendo prioridade na consulta. Mesmo que possa ocorrer o fato da falta de empatia em serviços
particulares também, mas o índice é menor.

“A ideia do SUS acaba sendo muito boa, mas o gerenciamento é outra história.” Eu acabei
lendo muito essa pequena frase nas respostas e concordo com o mesmo, do que adianta ter um
serviço público de saúde com ótimos ideais, mas na prática, não ter um gerenciamento de
qualidade. A população acaba tendo que pegar um dinheiro que ia ser usado para outra coisa
(exemplo: pagar o aluguel) para ir à uma consulta particular para ter rápido acesso.

O SUS foi uma ideia recente, precisamos dessa ideia para ajudar a população toda que precisa
dele, mas precisam de vários ajustes ainda para que na prática seja utilizada como na teoria
diz.
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CONCLUSÃO FINAL

Neste trabalho foi abordado o assunto referente ao SUS, sobre o que a população acha de suas
funcionalidades na teoria e na prática. Através de nosso formulário foi notado que muitas
pessoas diziam conhecer somente o básico, porém utilizavam vários serviços disponibilizados
pelo SUS sem ao menos perceber, devido ao nome que foi dado, mas também por receio de
comentar sobre o assunto. Notamos também em muitos relatos, que há uma insatisfação da
população com o sistema, diretamente relacionado com a maneira pelo qual é organizado, na
demora ao direcionamento do paciente até o médico, além da falta de empatia dos
funcionários com os pacientes.

Acreditamos concluir nosso objetivo proposto, tendo em vista que tivemos um retorno de
relatos de experiências, necessidades sendo positivas ou negativas, conseguimos também
verificar o quanto a população conhece sobre o Sistema Único de Saúde através da nossa
pesquisa.

Este trabalho foi muito importante para o nosso desenvolvimento em todo o contexto sobre o
SUS pelo qual conhecemos toda a sua trajetória e suas propostas, tendo a oportunidade
também de nos aprofundar na matéria e conhecer o outro lado, do que realmente funciona na
prática, assim como algumas correções a serem feitas. Além deste conhecimento, nos foi
relembrado, de como a comunicação e o trabalho em equipe é necessário e fundamental para
24

um bom desempenho.

REFERÊNCIAS
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Assistência à Saúde, Brasília - DF, Brasil - 1ª edição - 1990.

BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de agosto de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial. Brasília, DF, p. 18.055, 20 set. 1990.

BRASIL. Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da


comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário
Oficial. Brasília, DF, p. 25.694, 31 dez. 1990.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de


Imunizações 30 anos/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília, 2003.
Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livro_30_anos_pni.pdf>. Acesso
em: 06 de maio de 2022.

GOVERNO do Estado de São Paulo, 2022. Disponível em:


<https://www.saopaulo.sp.gov.br/>. Acesso em: 06 de maio de 2022.
25

MARTINS, P.C., COTTA, R.M.M., MENDES, F.F., FRANCESCHINNI, S.C.C., PRIORE,


S.E., DIAS, G. e SIQUEIRA-BATISTA I, R. Conselhos de Saúde e a participação social no
Brasil: matrizes da utopia. Physis Revista de Saúde Coletiva, v. 18, n. 1, p. 105-121, Rio de
Janeiro, 2008.

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Disponível em: <https://www.paho.org/pt/brasil>. Acesso em: 06 de maio de 2022.

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PROGRAMA Nacional de Imunizações - Vacinação, Governo Federal, c2022. Disponível


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TOLEDO, P. Vamos falar sobre o Sistema Único de Saúde brasileiro. INCQS/Fiocruz, Rio de
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26

WHO remains firmly committed to the principles set out in the preamble to the Constitution.
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<https://www.who.int/about/governance/constitution>. Acesso em: 07 de maio de 2022.

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