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Aluno: Pedro José de Freitas Dutra

Matrícula: 202027020
Professor: Vicente Paulo dos Santos Pinto

Resenha do artigo "Crítica para Educação Ambiental no Ensino de


Geografia: aproximações teóricas"

Guilherme Pereira Cocato, no artigo "Crítica para Educação Ambiental no Ensino de


Geografia: aproximações teóricas," explora questões teórico-metodológicas
relacionadas à educação ambiental no contexto do ensino de Geografia. O autor
questiona se as práticas pedagógicas nesse campo são construídas com uma
abordagem crítica e se consideram a influência do sistema de produção capitalista
nos processos de degradação socioambiental abordados nas atividades
pedagógicas.
O estudo se baseia em uma revisão bibliográfica abrangente, utilizando abordagens
teóricas amplas e orientando-se pelo materialismo histórico-dialético como método.
Cocato destaca a importância de abordar a problemática ambiental no ensino de
Geografia por meio de conceitos-chave e de se opor às práticas conservadoras e
pouco elucidativas. Ele enfatiza a necessidade de traduzir as discussões teóricas em
práticas efetivas, envolvendo os saberes cotidianos dos estudantes e
complexificando-os para que tenham um impacto significativo na transformação
socioambiental.
O autor argumenta que o método crítico desempenha um papel crucial na motivação
e orientação das transformações socioespaciais, tanto em termos abstratos quanto
concretos. Ele também destaca a Ciência Geográfica como um campo fundamental
para o ensino, pesquisa e atuação nas questões ambientais. O papel dos docentes é
enfatizado como sendo capaz de modificar as atividades pedagógicas, tornando-as
mais significativas ao relacioná-las com as experiências dos alunos.
A discussão teórica do artigo aborda o colapso ambiental contemporâneo e suas
principais causas, considerando o funcionamento do modo capitalista de produção.
Isso desafia os professores a construir conhecimentos mais integrados e
questionadores, próximos à realidade concreta. A educação ambiental desempenha
um papel fundamental nesse processo, exigindo uma mudança nos paradigmas do
ensino tradicional ainda prevalente.
Cocato argumenta que as práticas de educação ambiental tradicionais são limitadas,
pois não abordam profundamente os processos causadores da degradação
socioambiental, relacionados à produção, acumulação e consumo capitalistas. Em
vez disso, culpam as práticas individuais sem considerar as relações
socioeconômicas subjacentes que influenciam na produção de espaços
insustentáveis e degradados. Portanto, o autor destaca a necessidade de
abordagens mais críticas e uma prática mais consistente na educação ambiental.
O artigo de Cocato ressalta a importância de uma abordagem crítica na educação
ambiental dentro do ensino de Geografia. Ele enfatiza a necessidade de considerar
o sistema de produção capitalista como um fator importante na compreensão dos
problemas socioambientais e destaca o papel dos docentes na transformação
dessas práticas. A pesquisa oferece insights valiosos para repensar a educação
ambiental e sua contribuição para a transformação socioambiental mais ampla.
Por fim, o artigo escrito é de suma importância, abordando as falhas do sistema
conservador de ensino, criado por capitalistas para gerar mais capitalistas,
ignorando os danos e perigos acerca do meio ambiente causados pelo sistema. É
notável, tanto pela linguagem acadêmica utilizada como as propostas de mudanças
e subversões a técnicas conservadoras de ensino, que a audiência alvo do texto
seriam os próprios docentes, com o objetivo de os convencerem a utilizarem suas
capacidades de ensino e seu poder sobre pessoas mais influenciáveis para poder
gerar mudanças no mundo, políticas e sociais, que levariam a ambientais,
eventualmente.

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