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DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS

PRÁTICA DE ENSINO EM GEOGRAFIA URBANA

Pratica 3- Conhecimento dos sujeitos escolares

NOMES: Nathan dos Santos Moraes Silva / Gustavo Henrico da Silva Souza

Quem são os jovens escolares?

A atual juventude escolar é imersa na tecnologia, principalmente por conta do tempo


vivido em privação do convívio social, devido a pandemia de COVID-19, tendo apenas o meio
virtual como uma tentativa de aproximar-se dos demais colegas. Esses jovens se viram imersos
a tecnologia que já os inundava, porém, agora de forma mais rápida e intensa, em contrapartida,
também são jovens com dificuldades nas relações interpessoais. Nota-se que esses jovens
escolares, por estarem imersos a tecnologias, também estão diretamente ligados a novas
tendências que ocorrem no mundo digital. As redes sociais e suas novidades causa um impacto
direto na vida dos mesmos, sendo motivo de inspiração nos mais diversos aspectos morais e
éticos que conferem a cada estudante um modo de ser.

Esses jovens, também são jovens que infelizmente cada vez mais veem menos sentido
no estudar, no conteúdo científico educacional. É perceptível a falta de interesse dos mesmos
em suma maioria pelo o que a escola tem a oferecer enquanto saber burocrático propriamente
dito. Talvez, esse desinteresse surja pela necessidade dos jovens da escola pública terem que
logo se inserir ao mercado de trabalho devido as suas condições sociais. Logo, se torna mais
atraente se ter uma profissão do que estudar, ou “perder” tempo na escola. Vale lembrar que
também essas observações não generalizam todos os jovens.

Por fim, os jovens escolares ainda são fortemente movidos pela busca de um futuro, de
algo que os mova enquanto ser humano. Por conta disso, o ensino na vida dos mesmos se faz
tão importante, tendo a maior capacidade de mudar a vida dos mesmo. Esses jovens, são antes
de tudo sonhadores, que fazem do momento um mundo de descobertas, seja em reação a
amizades, amores ou até mesmo novas vocações. Sendo assim, hoje, o jovem escolar é passível
de grande distração quanto a tudo que o circunda em volta, mas também é antenado, ligado e
ativo ao que acontece ao seu redor, no mundo e onde quer que esteja, principalmente no digital.

Quem são os docentes em Geografia?

Os docentes de Geografia, a ótica do grupo, são “novos”, reformulados para uma


Geografia sem acesso ao seu maior campo de experimentação, o mundo e a vida cotidiana,
sendo em ambos os lugares quais a Geografia física se instaura e a Geografia humanista é
praticada. Com as relações restritas ao virtual, as pequenas telas, muitas das vezes sem interação
alguma, essa experimentação que pode ser levada as aulas para serem associadas ao conteúdo
teórico se fazem impossíveis, agora em retorno gradual, os docentes se veem em nova
adaptação, agora há um antigo novo, semelhante ao antigo. As didáticas usadas antes da
pandemia podem ser parecidas, porém, alteradas em alguns aspectos para cativar e possibilitar
que todos os que sofreram com as consequências desse possam retornar a educação presencial
de forma a maximizar o aprendizado de todos.

Vale destacar também que esses docentes possuem um papel fundamental em conduzir
os alunos a uma visão crítica de mundo. Tal papel se faz de extrema importância tendo em vista
o contexto atual político e social pelo qual o Brasil passa. É possível, ver nesses docentes, a
maestria em atentar por meio da Geografia, para um olhar que humanize torne os alunos
conscientes de como é espaço é marcado por várias significações e, que diferentes agentes
moldam o mesmo a partir de seus pontos de vistas, sejam eles totalitários ou não.

Esses docentes, ainda que possuindo menos aulas em cada turma do professores de
outras disciplinas, conseguem cada vez mais serem inovadores em buscar de atribuir uma razão
para o ensino de Geografia aos jovens escolares, já que como dito anteriormente, o mesmos
possuem um alto desinteresse pelo conteúdo escolar científico burocrático. Nessa horas, que
os docentes em Geografia demonstram toda sua importância, e fazem jus a luta pela
continuidade da disciplina enquanto necessária nas escolas.

Fato é que, os docentes em Geografia antes de mais nada, podem ser considerados os
mais otimistas e aptos a se adaptarem por conta de mudanças abruptas. Os mesmo estão agora
a lecionar novas matérias que a BNCC oferta como a de projetos de vida. Ou seja, essa aptidão
por vezes distancia os mesmo da Geografia em si, entretanto faz com que esses docentes se
mobilizem contra a precarização de nossa ciência. Lembrando que cada caso com suas
particularidades. Contudo, no geral, pode se afirmar que os docentes em Geografia possuem
sobretudo a capacidade e vontade de despertar a criticidade em seus alunos e, de transformarem
os mesmo em seres pensantes, que não sejam capazes de apoiar e serem coniventes com
desmanches e horrores que a política pode causar.

Como eles conceituam, interpretam e significam a cidade?

Para a juventude, a cidade não é vista como Geografia em si ou um produto disso, ela é
“apenas” um montante de estruturas, aonde a vida cotidiana se passa, porém, é aí, onde a vida
se experiencia e se compreendem as relações. Mesmo que sem perceber, eles fazem parte desse
todo e o complementam a cada atitude.

Além disso, nota se nos jovens uma certa interpretação despretensiosa sobre como a
cidade se constrói, se forma, ou se modifica. Entretanto, para esses jovens, os lugares das
cidades em que frequentam costumam a ser atribuídos de grandes significados. Sobretudo
aqueles remetem a um ideal de lazer, como shoppings e pistas de skates. Esses lugares na cidade
conferem importância para os jovens, sendo pontos estratégico que os mesmos irão frequentar
e usar para demarcar sua presença.

No que tange as suas conceituações Geográficas, os mesmo possuem alguns vislumbre


ditos de maneiras simples sobre verticalização e segregação, mas sempre a partir da ótica vista
e vivenciadas por eles mesmos. A partir dessas visões, pode-se inferir que para os jovens a
interpretação da cidade mesmo que despretensiosa a um primeiro momento, se levada a fundo,
pode render grandes debates e reflexões. É certo então falar que mesmo estando presente a todo
momento na vida desses jovens, a cidade nem sempre é fruto de uma análise elaborada e
reflexiva dos estudantes. Muito disso por conta dos mesmos já terem associado a cidade como
algo comum e presente no dia a dia, onde as coisas acontecem por simplesmente acontecer.
Sendo assim, a cidade assume para os jovens conceitos, interpretações e sobretudo
significações, que se fazem cada qual a seu modo e particularidades.

Como vivem e experimentam a cidade? Quais suas práticas cotidianas na cidade?


Os mesmos experimentam a cidade de formas distintas, de acordo com seu grupo social,
sua tribo urbana, alguns frequentam praças e parques, outros frequentam os mesmo lugares,
mas em horários distintos, com fins como a prática de esportes ou o lazer noturno típico jovem,
as praças próximas as escolas são seu ponto de concentração antes e depois do período de
estudo, permanecendo nestas áreas por um bom tempo.

Alguns conseguem experenciar a cidade apenas no trajeto de casa, com um olhar mais
aguçado ou até mesmo espontâneo. Há também aqueles que circulam pela cidade de maneira
mais recorrente, sobretudo por conta de trabalho em contraturno, ou por fazerem algum tipo de
atividade, como cursos técnicos, treinos de futebol e até mesmo em saídas esporádicas.

O que seria a Geografia Urbana para eles e como o seu conhecimento pode colaborar para
o entendimento da cidade?

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