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A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, por meio do seu artigo 68, houve o
reconhecimento da propriedade das terras dos remanescentes das comunidades quilombolas
no Brasil.
Foi a primeira constituição a garantir os direitos dos quilombolas em ter as suas terras e
organizações preservadas por lei. Conforme o artigo: “Aos remanescentes das comunidades
dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva,
devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos”.
Os artigos 215 e 216 também promovem os direitos dos quilombolas. Há o reconhecimento dos
quilombos como uma forma de organização social com características próprias no uso das
terras, em razão dos seus costumes, tradições e condições sociais que diferenciam esses
grupos dos demais existentes na comunidade nacional.
No ano de 2003, foi elaborado o Decreto n° 4.887: é um instrumento legal que regulamenta e
estabelece os procedimentos para a implementação do direito à terra das comunidades
quilombolas. Esse decreto estabelece os critérios e as etapas para a identificação,
reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras quilombolas
A Fundação Cultural Palmares (FCP) é importante para reconhecer origens, ampliar direitos e facilitar o acesso das
comunidades quilombolas às políticas públicas, sendo responsável pela certificação de quilombos, participação do
licenciamento de obras de infraestrutura e estimulando a cultura afro-brasileira. Abaixo, vamos conhecer algumas
de suas ações:
A população quilombola que reside em territórios titulados representa apenas 4,3% do total de
quilombolas do país. Assim, 95,67% dessa população (ou 1.270.360 pessoas) não obtiveram os
títulos definitivos de suas terras no processo formal de regularização fundiária. As maiores
proporções de quilombolas em territórios titulados foram observadas no Pará (28,09%),
Amapá (14.09%) e Goiás (11,61%).
1. Violência: Houve aumento de 350% nos assassinatos de quilombolas entre 2016 e 2017. A falta
de investigação efetiva do poder público é evidente, com cerca de 76% dos casos sem agente
violador descoberto.
Censo 2022. Brasil tem 1,3 milhão de quilombolas em 1.696 municípios. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37464-brasil-tem-1-3-
milhao-de-quilombolas-em-1-696-municipios
SOUZA, Bárbara Oliveira. Aquilombar-se: panorama histórico, identitário e político do Movimento Quilombola
Brasileiro. Universidade de Brasília, Brasília: 2008, p.26. Disponível em: http://repositorio.unb.br/handle/10482/2130.