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Autor:
Sergio Henrique
20 de Janeiro de 2023
SUMÁRIO
A população do Piauí, assim como a brasileira, possui cultura sincrética (misturada), com
miscigenação europeia, africana e indígena.
A presença do escravo negro e do mestiço foi marcante no território piauiense, e eles foram
indispensáveis na manutenção das fazendas de gado. O fluxo de escravizados existentes no território
piauiense acontecia por meio do mercado interprovincial com outras regiões brasileiras,
principalmente Pernambuco e Bahia, uma vez que lá não houve a entrada de escravos diretamente
da África. Sendo assim, a maior parte deles veio do Maranhão, Pernambuco e Bahia. Os vaqueiros
eram principalmente indígenas e mestiços, que trabalhavam de forma assalariada, pois recebiam a
quinta parte da primeira cria. No entanto, há muito trabalho pesado numa fazenda pecuarista, como
construir currais, muitos deles eram feitos de pedras, e essa era uma tarefa do escravizado africano.
As quatro etnias piauienses são: Jê, Caraíba, Tupi e Cariri. Esses grupos são divididos em
diversas nações indígenas, distribuídas em diversas tribos. As nações Acroá, Gueguê, Jaicó e Timbira
são jês e localizavam-se no interior do Estado do Piauí, pois foram expulsos do litoral pelos índios
Tupis. Os Pimenteiras eram caraíbas e viviam na região sul do Piauí, próximo às nascentes do rio
Piauí, Região de Paranaguá, Serra de Bom Jesus do Gurguéia.
Os Tabajaras são Tupis, eles viviam no litoral ou em suas proximidades, habitando cabanas que,
em números de 4 a 5, formavam aldeias ou malocas de formato retangular, próximas aos rios, onde
cada maloca comportava de 50 a 200 habitantes. Os Tabajaras foram os primeiros a ter contato com
os Europeus.
O primeiro contato com o branco foi com os franceses e, logo depois, com os portugueses,
em data desconhecida. Em 1604, Pero Lopes de Sousa encontrou, na Serra da Ibiapina,
70 aldeias. Em 1693, 2000 de seus guerreiros descem a serra para o litoral, aldeados pelos
jesuítas.
Menos conhecidos, os Tremembé são Cariris e habitavam desde o rio Paraguaçu até o Rio São
Francisco. São importantes produtores de materiais líticos e materiais cerâmicos, tinham seus
membros espalhados, vivendo pelos imensos territórios localizados nas intermediações dos rios
Parnaíba (do Estado do Piauí) e São Francisco (na Bahia), sendo um dos povoadores mais antigos da
região.
Os Europeus são principalmente os portugueses, mas são também os franceses e os
holandeses, que também invadiram o Brasil, além dos muitos comerciantes espanhóis. Na cidade de
Picos, no fim do século XIX e durante o século XX, estabeleceram-se muitas famílias italianas,
algumas fugiram da guerra, durante o período da Unificação da Itália, em busca de qualidade de
vida. O início do povoamento de Picos foi marcado pela presença de portugueses, pernambucanos
e baianos, atraídos pelo comércio local. Entre os anos de 1870 e 1880, vários italianos vieram para
o Piauí. No contexto da transição para o fim da escravidão, o Estado estimulou a imigração de
europeus, um tanto influenciados pelas teorias do branqueamento, baseadas no Darwinismo Social,
um pensamento racista bastante difundido no século XIX, que influenciou as políticas nacionais.
Vieram 40 famílias italianas para desenvolver trabalho junto à fábrica de laticínio, na colônia agrícola
de “São Pedro de Alcântara”, que originou o município de Floriano, mas a maioria, acostumada com
outro tipo de solo e clima, não aceitou ficar, outros foram repatriados.
Há uma grande concentração populacional na faixa litorânea do país. Uma das explicações
históricas, é que se deve ao nosso processo de colonização litorâneo e próximos aos núcleos
populacionais dos centros urbanos das capitais dos estados. Chamamos esse processo de
Arquipélago populacional, com verdadeiras ilhas populacionais espalhadas no território brasileiro.
Há uma má distribuição da população brasileira no seu território, no qual observamos algumas
regiões com baixa ou quase nula densidade demográfica (número de habitantes por km²), ou seja,
os vazios demográficos. Por isso o Brasil é considerado pouco povoado, com aproximadamente 22,5
hab/Km2. Algumas políticas de desenvolvimento territorial foram feitas ao longo do processo
histórico do país, a fim de desenvolver algumas regiões.
Mais de 50 milhões de pessoas vivem nas 27 capitais brasileiras, o que representa em torno de
24% da população total. O município de São Paulo foi considerado o mais populoso do país, com
12,25 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,72 milhões), Brasília (3,0 milhões) e
Salvador (2,9 milhões). São Paulo é considerada a Grande Metrópole Nacional, com mais de 21
milhões de habitantes na região metropolitana e concentra mais de 17,5% do PIB brasileiro.
Teresina não é uma metrópole para o IBGE. Ela está no quarto nível de polarização
exercida pela influência das cidades e é classificada como Capital Regional A, depois de
Grande Metrópole Nacional, Metrópole Nacional, Metrópole e Capital Regional A, como
as seis capitais nordestinas, exceto Salvador, Recife e Fortaleza.
No ranking dos estados, segundo dados do IBGE, os três mais populosos estão na região
Sudeste, e os cinco menos populosos, no Norte. O maior deles é São Paulo, com 45,9 milhões de
habitantes, concentrando 21,9% da população do país. Roraima é o estado menos populoso, com
0,3% da população total (605,8 mil habitantes). Os dados do Instituto também estimam que, em
2019, 57,4% da população brasileira (120,7 milhões de habitantes) se concentrava em apenas 5,8%
dos municípios (324 municípios), que são aqueles com mais de 100 mil habitantes. Por outro lado,
na maior parte dos municípios (3.670 municípios), com até 20 mil pessoas cada, residem apenas
15,2% da população do país, ou seja, 32,0 milhões de pessoas.
Uma das razões da grande população rural é a existência de pequenas e médias propriedades
dedicadas à agricultura familiar, a principal atividade a reter o homem no campo, por gerar
empregos. O agronegócio está relacionado ao rápido processo de urbanização, pois conforme
ocorreu a mecanização da agropecuária, o êxodo rural em direção às cidades aumentou.
Taxa de Urbanização – nº Pop cidades x 1000 (‰) – é diferente de população total, nas
cidades mais populosas.
Município e cidade.
O que é cidade?
Para o arquiteto e urbanista francês Roberto Auzelle, é um lugar de trocas. Trocas materiais
antes de tudo: o lugar mais favorável à distribuição dos produtos da terra, à produção e
distribuição dos produtos manufaturados e industriais e, enfim, ao consumo dos bens e
serviços mais diversos. A essas rocas materiais ligam-se, de maneira inseparável, as trocas
do espírito: a cidade é por excelência o lugar do poder administrativo, ele mesmo
representativo do sistema econômico, social e político, e é, igualmente, o espaço privilegiado
da função educadora e de um grande número de lazeres: espetáculos e representações que
multiplicam a presença de um público bastante denso.
A cidade pode ser compreendida também como todo aglomerado permanente cujas
atividades não se caracterizam como agrícolas. Como a grande concentração das atividades
terciárias públicas e privadas do aglomerado, e como a forma contínua dos espaços edificados, onde
se dá a proximidade das habitações da população que vive dessas atividades. Essa é a definição de
um dos pais da geografia, o alemão Ratzel. A aglomeração é importante por ser organizada para o
trabalho coletivo, em atividades não-agrícolas.
As cidades são espaços essencialmente comerciais e de serviços, por isso é sempre o setor
terciário que mais compões o PIB e que, conforme o país se urbanizou, também
terciarizou a economia, ou seja, o setor terciário é o que mais emprega e adiciona valor
ao PIB.
1. Teresina: 868.075
2. Parnaíba: 153.482
3. Picos: 78.431
4. Piripiri: 63.787
5. Floriano: 60.025
Os menores municípios do Piauí são: Miguel Leão, com 1,2 mil habitantes; Santo Antônio dos
Milagres, com 2,1 mil habitantes; São Miguel da Baixa Grande e Olho d’água do Piauí, com 2,4 mil
habitantes.
Vários aspectos sociais irão contribuir para essa diminuição, segundo o IBGE. É levado em conta a
retração da taxa de fecundidade, o envelhecimento da população e diminuição das taxas de
mortalidade também serão fatores considerados para a queda do número populacional.
De acordo com o chefe da unidade do IBGE no Piauí, Leonardo Passos, até 2026 o índice
populacional do Piauí deve atingir seu máximo e depois disso a tendência é que caia. Ele afirma
que essa é uma tendência comprovada pelas estatísticas. O IBGE divulga as estimativas
populacionais com base na análise dos censos demográficos anteriores.
“Hoje no Brasil, a média é de 1,67 filhos por mulher e há uma tendência da população se estabilizar
e depois começar a diminuir. Pela projeção populacional, a partir de 2026, a população piauiense
atingirá o seu número máximo e a partir de então inicia-se já uma redução por questões mesmo
demográficas, a população envelhecendo, as pessoas tendo menos filhos (fecundidade) e outros
aspectos como a mortalidade e mortalidade infantil e pelos efeitos migratórios”, explicou Leonardo
Passos.
Também segundo o chefe estadual do IBGE, há uma tendência de que em um quarto dos municípios
brasileiros haja redução na população, principalmente por questões migratórias, já que muitas
pessoas se mudam procurando melhores acessos à saúde e condições de trabalho, por exemplo.
Disponível em: https://cidadeverde.com/noticias/255194/ibge-aponta-que-46-municipios-do-piaui-perderam-habitantes-somente-este-ano
Durante décadas, o Brasil foi chamado de país jovem, muito menos pela recente afirmação
como país independente e muito mais pelo forte predomínio da população da faixa etária entre 0 a
14 anos.
A transição demográfica, iniciada na segunda metade do século XX, promoveu rápido declínio
da taxa de mortalidade e, em seguida, da taxa de natalidade, influindo, assim, no crescimento
vegetativo da população. Observe atentamente o gráfico abaixo:
O declínio da fecundidade teve impacto sobre a estrutura etária da população, sobretudo a
partir de 1980. A faixa etária entre 0 e 14 anos, que em 1980 representava 38,4% da população
brasileira, passou a ser apenas 24,1% em 2010. Observem a pirâmide etária:
O Brasil teve crescimento populacional de 0,79% entre julho de 2018 e julho de 2019, segundo
o IBGE, e a tendência desse crescimento é continuar caindo. O Instituto projeta que, a partir de 2048,
a população deve começar a reduzir no Brasil, e em 2032 o Piauí será o primeiro Estado a apresentar
queda na população.
Os gráficos permitem ver que o ritmo de crescimento diminui, mas o total populacional
aumenta. As taxas de mortalidade baixas atreladas às mudanças socioeconômicas e culturais
influenciam na queda das taxas de fecundidade brasileira. No Brasil, esses dois índices começam a
decair a partir da década de 1970, registrando níveis históricos no início do século XXI,
comprometendo inclusive a chamada taxa de reposição: em que o número de filhos por mulher deve
ser igual a 2,1. Dados do Censo Demográfico de 2000 apontavam uma taxa de fecundidade de 2,38
filhos por mulher; já no Censo de 2010, esse número caiu para 1,9. Ou seja, o Brasil já apresentava
uma taxa de fecundidade abaixo do índice de reposição. Atualmente, a taxa é de 1,77 filhos por
mulher.
Tanto a situação brasileira quanto a goiana estão relacionadas a alguns fatores, dentre os
quais se destaca o avanço no nível educacional, especialmente da mulher. Por outro lado, não é
possível deixar de considerarmos a pulsante industrialização e urbanização pela qual o país e o
estado de Goiás passaram na segunda metade do século XX. Derivado desses fatores tem-se a maior
participação da mulher no mercado de trabalho e a melhoria na área da saúde e saneamento básico,
beneficiando a redução da mortalidade infantil e a facilitação ao acesso a métodos contraceptivos.
✓ Industrialização.
✓ Urbanização.
✓ Casamentos tardios.
✓ Entrada da mulher no mercado de trabalho.
✓ Aumento do planejamento familiar.
✓ Queda da fecundidade.
✓ Diminuição da influência Religiosa.
✓ Aumento no custo de vida causado pela urbanização.
Fertilidade: idade fértil da mulher, quando em média, efetivamente, elas têm seus filhos.
Hoje a fertilidade é muito menor que há algumas décadas, mas isso não tem nada a ver com
a capacidade reprodutiva. Antigamente, casava-se muito jovem, próximo aos 15 anos, por
exemplo, assim, considerando que a mulher poderia ter filhos até os 35 anos (em média
uma idade saudável para isso), a fertilidade durante o casamento seria de 20 anos. Hoje a
fertilidade caiu. Imagine a mulher que resolve se casar e ter filhos só depois de passar num
concurso e estar estabilizada na carreira. Se ela fizer isso até os 25 anos, o tempo de
fertilidade durante o casamento será de 10 anos.
Fecundidade: número de filhos por mulher. Tende a diminuir com a industrialização e
urbanização, devido à entrada da mulher no mercado de trabalho e o planejamento familiar.
==20bdfb==
✓ Mortalidade infantil: número de crianças que morreram antes de completar 1 ano de vida,
medida a cada 1000 crianças nascidas.
✓ Expectativa de vida: é o número médio de anos que um indivíduo vive a partir de seu
nascimento.
O IDH do Piauí é um dos menores do País, 0.646, enquanto o do Brasil é 0,765, portanto,
alto.
Na projeção dos estados que terão maior volume migratório (entrada de imigrantes
menos a saída de emigrantes), os estudos do IBGE indicam que a Bahia terá o maior saldo
migratório negativo em 2020 e 2030 - 46,6 mil, e que 39,3 mil pessoas deverão deixar o
estado no período.
5. EXERCÍCIOS
1.
As cidades brasileiras foram classificadas, hierarquicamente, a partir das funções de gestão que
exercem sobre outras cidades, considerando tanto seu papel de comando em atividades
empresariais quanto de gestão pública, e, ainda, em função da sua atratividade para suprir bens e
serviços para outras cidades.
(https://biblioteca.ibge.gov.br. Adaptado.)
Comentários:
A alternativa correta é a [B], porque a hierarquia urbana é estabelecida a partir da polarização ou do
grau de influência de uma cidade sobre as outras. As alternativas seguintes são incorretas, pois não
correspondem ao critério estabelecido pela hierarquia urbana. Teresina centraliza a Ride (Região
Integrada de Desenvolvimento do Entorno) e engloba, além dos municípios piauienses, Timon, no
MA.
Gabarito: [B]
2.
Comentários:
A afirmativa [I] é incorreta, porque a década de 1980, chamada de “Década perdida”, caracterizou-
se pela forte recessão econômica, registrando um elevado índice de desemprego e hiperinflação. As
afirmativas corretas são [II] e [III], pois o Brasil registrou queda na taxa de fecundidade e elevação
da expectativa de vida, o que resulta no envelhecimento da população. Dentre outros motivos, a
queda da taxa de fecundidade se dá pela consolidação da mulher no mercado de trabalho,
popularização dos métodos contraceptivos e crescente urbanização.
Gabarito: [C]
3.
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
Hoje, a idade média do brasileiro é 32,6 anos. Pelas estimativas do IBGE, a marca dos 40 anos
será ultrapassada já em 2037 e, em 2060, chegará a 45,6. Nesta data, um quarto dos brasileiros
terá mais de 65 anos.
Disponível em: <https://veja.abril.com.br>. Acesso em: 25 jul. 2018 (adaptado).
Comentários:
A alternativa [E] está correta, pois o país está completando sua transição demográfica e, dessa
forma, o envelhecimento da população resulta da queda da taxa de mortalidade e da taxa de
fecundidade, combinada com o aumento da expectativa de vida. As alternativas incorretas são: [A],
pois nas décadas de 1980 e 1990 o crescimento vegetativo não era elevado; [B], visto que os índices
de natalidade eram elevados; [C], porque ocorreu a transição para elevadas taxas de longevidade;
[D], pois os períodos anteriores foram marcados pela alta mortalidade e fecundidade.
Gabarito: E
4.
Leia o segmento abaixo.
Segundo o IBGE, a partir de 2039, haverá mais idosos que crianças no país, e, em 2060, um em
cada quatro brasileiros terá mais de 65 anos.
Comentários:
A população brasileira tem apresentado uma tendência de queda da taxa de natalidade, diminuição
da taxa de fecundidade e redução no crescimento vegetativo. Assim, o percentual de jovens
diminuiu. Em contrapartida, aconteceu uma elevação no percentual de adultos e um aumento no
percentual de terceira idade, devido ao aumento da expectativa de vida. As mudanças estão
relacionadas à urbanização, melhoria de acesso aos sistemas de saúde e educação, emancipação
feminina e disseminação do acesso a contraceptivos.
Gabarito: E
5.
Sobre os aspectos gerais da população brasileira e suas transformações nas últimas décadas, é
correto afirmar que:
a) a população brasileira é predominantemente jovem, apresentando elevadas taxas de
natalidade.
b) a população brasileira passou por um processo de envelhecimento nas últimas décadas.
c) o Brasil possui uma das maiores expectativas de vida do mundo atual, graças ao avanço da
medicina.
d) a taxa de natalidade no Brasil apresenta números elevados, predominando a população
jovem.
e) a taxa de mortalidade é elevada, possuindo o brasileiro uma das mais altas expectativas de
vida entre os países da América Latina.
Comentários:
A população brasileira passou por transformações importantes nas últimas décadas. A redução da
taxa de natalidade, da taxa de fecundidade e do crescimento vegetativo levou à diminuição no
percentual de jovens. O percentual de adultos aumentou e, na atualidade, é superior a 50%. Com o
aumento da expectativa de vida, aumentou também o percentual da população de terceira idade
no país.
Gabarito: B
6.
Comentários:
Os gráficos representam a evolução da população rural e urbana do Brasil entre 1940 e 2010. A
população urbana aumentou de 31% para 84%, refletindo o processo de urbanização causado pela
industrialização, expansão do setor terciário (comércio, serviços e bancos) e êxodo rural (associado
à pobreza rural, concentração fundiária e insuficiência de reforma agrária).
Gabarito: D
7.
Suponha que você trabalhe para o governo e precise ajudar a decidir sobre a distribuição de
verbas de saúde e educação. Para isso, você deve analisar as pirâmides etárias do Brasil de
1991 e 2010.
Comentários
A alternativa [E] está correta, pois a evolução das pirâmides aponta para a tendência de aumento
percentual de idosos, enquanto ocorre redução percentual de jovens, portanto, programas voltados
para os idosos e o sistema previdenciário devem ser priorizados. As alternativas seguintes são
incorretas, visto que elas sugerem programas voltados para jovens, e as pirâmides indicam redução
percentual desse segmento, o que não justificaria investimentos para esse setor.
Gabarito: E
8.
A concentração fundiária, a mecanização do campo e a facilidade de acesso aos serviços sociais
nas cidades brasileiras explicam:
A) a desmetropolização.
B) o êxodo urbano.
C) a transição demográfica.
D) o êxodo rural.
E) a conurbação.
Comentários
A alternativa [D] está correta, porque o êxodo rural – processo de saída do homem do campo para
a cidade – resulta, dentre outros fatores, da concentração fundiária, que causa exclusão; da
modernização do campo, que causa desemprego; e do acesso a serviços sociais nas cidades. As
alternativas incorretas são: [A], porque desmetropolização é o processo em que as cidades médias
crescem em ritmo superior às metrópoles; [B], porque o êxodo urbano é o deslocamento da
população entre as cidades; [C], porque a transição demográfica é o processo de redução da taxa de
natalidade e de mortalidade dos países; [E], porque conurbação é o processo de integração de duas
ou mais cidades.
Gabarito: D
9.
Um dos problemas urbanos mais dramáticos na vida de muitas pessoas que habitam nossas
cidades é a ocorrência de enchentes, que provocam estragos envolvendo perdas de bens
materiais e, em alguns casos, até de vidas. (...) As causas das enchentes estão relacionadas a
fatores naturais e também a ações humanas, ou até mesmo à combinação dos dois. (...) As
causas mais comuns das enchentes em grandes cidades como São Paulo estão relacionadas aos
efeitos nocivos de algumas práticas humanas sobre o meio ambiente.
Entre as ações que ajudam a reduzir o risco de enchentes e os problemas decorrentes, estão
a:
a) recuperação da cobertura de vegetação na foz dos rios e a ampliação da altura dos alicerces
das casas construídas em suas margens.
b) retificação do leito dos rios e córregos, e a construção de muros que protejam vias de
circulação e habitações em suas margens.
c) retificação e retirada constante dos sedimentos do leito dos rios e córregos, e depósito
desses sedimentos em suas margens.
d) recuperação das cabeceiras dos rios, ampliação das áreas verdes, permeabilização do solo e
deposição adequada do lixo.
e) canalização dos cursos dos rios e dos córregos, e a impermeabilização de suas margens.
Comentários
A alternativa [D] está correta, porque as ações citadas resultarão em aumento da infiltração da água
no solo e no escoamento dos rios, reduzindo ou eliminando a vazão no solo e o transbordamento
do rio. As alternativas incorretas são: [A] e [B], porque elevar as casas ou construir muros de
contenção não elimina os alagamentos; [C] e [E], porque sedimentar ou impermeabilizar as margens
dos rios potencializa os alagamentos.
Gabarito: D
10.
Sobre a população feminina no Brasil e no Piauí, é correto afirmar que:
Comentários
A alternativa [B] está correta, porque ainda persistem as desigualdades de gênero no país, inclusive
com relação à questão salarial, na qual as mulheres são visivelmente desprivilegiadas. As alternativas
incorretas são: [A], porque o temor e o constrangimento da denúncia e a proximidade familiar com
o agressor são alguns dos entraves às denúncias; [C], porque as mulheres estão casando mais tarde
e tendo menos filhos; [D], porque o número de mulheres como chefes de famílias é crescente; [E],
porque ocorre o predomínio da população feminina nas metrópoles.
Gabarito: B
11.
O estudo Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil (IBGE, 2015) identificou
arranjos populacionais no país, de diferentes escalas e naturezas. O Arranjo Populacional da
RIDE Teresina concentra os principais fluxos urbanos diários.
Essa dinâmica espacial é melhor explicada pelo conceito de:
a) migração interna.
b) movimento pendular.
c) migração urbano-urbano.
d) movimento sazonal.
Comentários
O IBGE mapeou os arranjos populacionais no Brasil, que são áreas formadas por vários municípios,
muitos deles integrantes de regiões metropolitanas onde ocorre intenso movimento pendular, isto
é, deslocamentos entre residências e locais de trabalho, educação e lazer. A RIDE Teresina envolve
os municípios piauienses e Timon, no MA.
Gabarito: B
12.
A configuração do espaço urbano da região do Entorno do Distrito Federal assemelha-se às
demais aglomerações urbanas e regiões metropolitanas do país, onde é facilmente
identificável a constituição de um centro dinâmico e desenvolvido, onde se concentram as
oportunidades de trabalho e os principais serviços, e a constituição de uma região periférica
concentradora de população de baixa renda, com acesso restrito às principais atividades com
capacidade de acumulação e produtividade, e aos serviços sociais e infraestrutura básica.
CAIADO, M. C. A migração intrametropolitana e o processo de estruturação do espaço da
Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. In: HOGAN, D. J. et al.
(Org.). Migração e ambiente nas aglomerações urbanas. Campinas: Nepo/Unicamp, 2002.
Comentários
A alternativa [D] está correta, porque o processo de metropolização e a urbanização desordenada
geram espaços segmentados nos aglomerados urbanos, empurrando a população de menor renda
para uma periferia, com infraestrutura ausente ou insuficiente, reproduzindo a pobreza e criando a
configuração de segregação socioespacial, a exemplo do espaço urbano do Entorno do Distrito
Federal. As alternativas incorretas são: [A], porque expansão vertical refere-se à ocupação do espaço
por meio de edifícios, o que não corresponde ao texto; [B], porque polarização nacional é a influência
exercida pela cidade em nível nacional, o que não está referenciado no texto; [C], porque
emancipação municipal é o processo de autonomia de um distrito em relação ao município a que
estava atrelado, conceito que não corresponde ao texto; [E], porque desregulamentação comercial
é a supressão de regras ou leis, permitindo maior liberalização da atividade, definição que não é
mencionada no texto.
Gabarito: D
13.
A urbanização no Brasil se tornou evidente na década de 1970, quando, pela primeira vez, o
número de habitantes morando nas cidades passou a ser maior do que o número de habitantes
que viviam na zona rural. Esse fenômeno já havia se iniciado no século XIX, mas a partir de 1920
se intensificou, devido a uma série de fatores.
Sobre a urbanização no Brasil e no Piauí, é correto afirmar que ela teve como uma das suas
causas:
a) a migração dos grandes proprietários de terras para as cidades, em busca de trabalho
assalariado nas indústrias.
b) a implantação de máquinas nas atividades urbanas, que substituíram a mão de obra
assalariada, que sem trabalho migrou para as grandes cidades.
c) a concentração de terras nas mãos de pequenos proprietários rurais que podiam comprar
máquinas e produtos agrícolas, aumentando a produtividade.
d) a implantação de indústrias nas cidades brasileiras, o que atraiu muitas pessoas da zona rural
para a urbana, em busca de trabalho e melhores condições de vida, provocando, assim, o êxodo
rural brasileiro.
e) a diminuição na taxa de mortalidade e de natalidade, o que provocou o pequeno
crescimento vegetativo da população brasileira nas décadas de 1960 e 1970.
Comentários
A urbanização brasileira foi rápida, desordenada, marcada pela desigualdade social e pela
especulação imobiliária. As causas foram a industrialização e o crescimento do setor terciário
(serviços, bancos e comércio), o que gerou empregos nas áreas urbanas. Outros fatores
fundamentais foram: a modernização do campo, a concentração fundiária e a reforma agrária
insuficiente, que fomentaram o intenso êxodo rural.
Gabarito: D
14.
As migrações internas no Brasil vêm ocorrendo desde o período colonial. Apesar de terem sido
intensificadas no início deste século, acentuaram-se, principalmente, após 1950. Sobre o
assunto, analise as afirmativas abaixo.
I. A região Nordeste contribuiu, principalmente, a partir de 1930, com importante contingente
de migrantes para a região Sudeste.
II. As migrações rural-urbanas, também conhecidas como êxodo rural, tiveram pouca
significação no conjunto das migrações internas.
III. A partir dos anos 70 e 80, alguns estados das regiões Norte e Centro-Oeste passaram a
receber grande quantidade de migrantes oriundos das regiões: Nordeste, Sul e Sudeste do país.
Sobre as afirmativas acima, pode-se dizer corretamente que:
a) I e II são verdadeiras.
b) l e III são verdadeiras.
c) II e III são verdadeiras.
d) Apenas I é verdadeira.
e) Apenas II é verdadeira.
Comentários
Ocorrem fluxos significativos no Centro-Oeste, na porção leste da região Norte, Tocantins, Pará e
Amapá, e no Nordeste ocidental, Ceará, Piauí e Maranhão. Nestas Unidades da Federação, os fluxos
são menores, ficando entre 10 e 50 mil migrantes. A migração dirige-se, preferencialmente, para as
áreas urbanas, sendo que, atualmente, vem ocorrendo uma descentralização urbana, com a
atenuação relativa das macrocefalias, com as cidades muito grandes diminuindo seu ritmo de
15.
O mapa a seguir representa o MATOPIBA, que compreende uma área dos estados do
Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada, na atualidade, a grande fronteira agrícola
nacional com desdobramentos diretos na economia regional.
Comentários
O item [I] está incorreto, uma vez que a região MAPITOBA ou MATOPIBA (sul do Maranhão,
Tocantins, sul do Piauí e oeste de Bahia) caracteriza-se por planaltos com chapadas, clima tropical
(quente, verão chuvoso e inverno com estiagem), rios perenes e bioma de Cerrado. Nela avançou o
agronegócio (empresa agrícola, grande propriedade, biotecnologia, mecanização e acentuado uso
de agrotóxicos e fertilizantes), com expressiva participação de imigrantes sulistas. O destaque é a
produção de soja, algodão, café e milho para exportação.
Gabarito: E
1.
As cidades brasileiras foram classificadas, hierarquicamente, a partir das funções de gestão que
exercem sobre outras cidades, considerando tanto seu papel de comando em atividades
empresariais quanto de gestão pública, e, ainda, em função da sua atratividade para suprir bens e
serviços para outras cidades.
(https://biblioteca.ibge.gov.br. Adaptado.)
2.
3.
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
Hoje, a idade média do brasileiro é 32,6 anos. Pelas estimativas do IBGE, a marca dos 40 anos
será ultrapassada já em 2037 e, em 2060, chegará a 45,6. Nesta data, um quarto dos brasileiros
terá mais de 65 anos.
Disponível em: <https://veja.abril.com.br>. Acesso em: 25 jul. 2018 (adaptado).
4.
Leia o segmento abaixo.
Segundo o IBGE, a partir de 2039, haverá mais idosos que crianças no país, e, em 2060, um em
cada quatro brasileiros terá mais de 65 anos.
5.
Sobre os aspectos gerais da população brasileira e suas transformações nas últimas décadas, é
correto afirmar que:
a) a população brasileira é predominantemente jovem, apresentando elevadas taxas de
natalidade.
b) a população brasileira passou por um processo de envelhecimento nas últimas décadas.
c) o Brasil possui uma das maiores expectativas de vida do mundo atual, graças ao avanço da
medicina.
d) a taxa de natalidade no Brasil apresenta números elevados, predominando a população
jovem.
e) a taxa de mortalidade é elevada, possuindo o brasileiro uma das mais altas expectativas de
vida entre os países da América Latina.
6.
7.
Suponha que você trabalhe para o governo e precise ajudar a decidir sobre a distribuição de
verbas de saúde e educação. Para isso, você deve analisar as pirâmides etárias do Brasil de
1991 e 2010.
8.
A concentração fundiária, a mecanização do campo e a facilidade de acesso aos serviços sociais
nas cidades brasileiras explicam:
A) a desmetropolização.
B) o êxodo urbano.
C) a transição demográfica.
D) o êxodo rural.
E) a conurbação.
9.
Um dos problemas urbanos mais dramáticos na vida de muitas pessoas que habitam nossas
cidades é a ocorrência de enchentes, que provocam estragos envolvendo perdas de bens
materiais e, em alguns casos, até de vidas. (...) As causas das enchentes estão relacionadas a
fatores naturais e também a ações humanas, ou até mesmo à combinação dos dois. (...) As
causas mais comuns das enchentes em grandes cidades como São Paulo estão relacionadas aos
efeitos nocivos de algumas práticas humanas sobre o meio ambiente.
Entre as ações que ajudam a reduzir o risco de enchentes e os problemas decorrentes, estão
a:
a) recuperação da cobertura de vegetação na foz dos rios e a ampliação da altura dos alicerces
das casas construídas em suas margens.
b) retificação do leito dos rios e córregos, e a construção de muros que protejam vias de
circulação e habitações em suas margens.
c) retificação e retirada constante dos sedimentos do leito dos rios e córregos, e depósito
desses sedimentos em suas margens.
d) recuperação das cabeceiras dos rios, ampliação das áreas verdes, permeabilização do solo e
deposição adequada do lixo.
e) canalização dos cursos dos rios e dos córregos, e a impermeabilização de suas margens.
10.
Sobre a população feminina no Brasil e no Piauí, é correto afirmar que:
a) A independência feminina e o desconhecimento do agressor continuam sendo os maiores
entraves às denúncias de maus tratos.
b) Embora a participação feminina no mercado de trabalho seja crescente, a remuneração
média das mulheres é inferior à remuneração dos homens.
c) As mulheres brasileiras estão vivendo mais, casando mais cedo e aumentando o número de
filhos.
d) Independentemente da crescente importância na sociedade, o número de mulheres que são
chefes de família apresenta-se em declínio.
e) A população feminina é predominante nos municípios de pequeno porte (com até cinco mil
habitantes) e nas áreas rurais dos municípios grandes.
11.
O estudo Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil (IBGE, 2015) identificou
arranjos populacionais no país, de diferentes escalas e naturezas. O Arranjo Populacional da
RIDE Teresina concentra os principais fluxos urbanos diários.
Essa dinâmica espacial é melhor explicada pelo conceito de:
a) migração interna.
b) movimento pendular.
c) migração urbano-urbano.
d) movimento sazonal.
12.
A configuração do espaço urbano da região do Entorno do Distrito Federal assemelha-se às
demais aglomerações urbanas e regiões metropolitanas do país, onde é facilmente
identificável a constituição de um centro dinâmico e desenvolvido, onde se concentram as
oportunidades de trabalho e os principais serviços, e a constituição de uma região periférica
concentradora de população de baixa renda, com acesso restrito às principais atividades com
capacidade de acumulação e produtividade, e aos serviços sociais e infraestrutura básica.
CAIADO, M. C. A migração intrametropolitana e o processo de estruturação do espaço da
Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. In: HOGAN, D. J. et al.
(Org.). Migração e ambiente nas aglomerações urbanas. Campinas: Nepo/Unicamp, 2002.
13.
A urbanização no Brasil se tornou evidente na década de 1970, quando, pela primeira vez, o
número de habitantes morando nas cidades passou a ser maior do que o número de habitantes
que viviam na zona rural. Esse fenômeno já havia se iniciado no século XIX, mas a partir de 1920
se intensificou, devido a uma série de fatores.
Sobre a urbanização no Brasil e no Piauí, é correto afirmar que ela teve como uma das suas
causas:
a) a migração dos grandes proprietários de terras para as cidades, em busca de trabalho
assalariado nas indústrias.
b) a implantação de máquinas nas atividades urbanas, que substituíram a mão de obra
assalariada, que sem trabalho migrou para as grandes cidades.
c) a concentração de terras nas mãos de pequenos proprietários rurais que podiam comprar
máquinas e produtos agrícolas, aumentando a produtividade.
d) a implantação de indústrias nas cidades brasileiras, o que atraiu muitas pessoas da zona rural
para a urbana, em busca de trabalho e melhores condições de vida, provocando, assim, o êxodo
rural brasileiro.
14.
As migrações internas no Brasil vêm ocorrendo desde o período colonial. Apesar de terem sido
intensificadas no início deste século, acentuaram-se, principalmente, após 1950. Sobre o
assunto, analise as afirmativas abaixo.
I. A região Nordeste contribuiu, principalmente, a partir de 1930, com importante contingente
de migrantes para a região Sudeste.
II. As migrações rural-urbanas, também conhecidas como êxodo rural, tiveram pouca
significação no conjunto das migrações internas.
III. A partir dos anos 70 e 80, alguns estados das regiões Norte e Centro-Oeste passaram a
receber grande quantidade de migrantes oriundos das regiões: Nordeste, Sul e Sudeste do país.
Sobre as afirmativas acima, pode-se dizer corretamente que:
a) I e II são verdadeiras.
b) l e III são verdadeiras.
c) II e III são verdadeiras.
d) Apenas I é verdadeira.
e) Apenas II é verdadeira.
15.
O mapa a seguir representa o MATOPIBA, que compreende uma área dos estados do
Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada, na atualidade, a grande fronteira agrícola
nacional com desdobramentos diretos na economia regional.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito bem, querido concurseiro. Se você chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e consultá-la
sempre. Não se esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcançá-los.
Obrigado pela oportunidade de participar de sua preparação, e saiba que estarei contigo até
o fim da jordada. Qualquer dúvida estou à disposição através do fórum de dúvidas, ou pelo
Instagram. Um grande abraço, bons estudos e foco no sucesso!!!
Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em rastejar”.
Até logo...