Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

GIRLANE RODRIGUES FIGUEREDO

BRASIL COLONIA

Itainópolis-PI
2023
GIRLANE RODRIGUES FIGUEREDO

BRASIL COLONIA

Projeto de pesquisa realizado para a disciplina história


do Curso, história do Brasil da Universidade Federal do
Piauí, como requisito para a obtenção da terceira nota,
sob orientação da Prof.ª Dr.ª Ada Raquel Teixeira
Mourão.

Itainópolis-PI
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................03
2 OBJETIVOS............................................................................................................03
2.1 OBJETIVO GERAL.................................................................................................03
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................03
3 JUSTIFICATIVA...................................................................................................03
4 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO.....................................................................04
5 METODOLOGIA...................................................................................................05
6 CRONOGRAMA....................................................................................................05
REFERÊNCIAS......................................................................................................06
1 INTRODUÇÃO:

O objetivo da pesquisa busca uma visão ampla, sobre os jesuítas mediante leitura
minuciosa e efetiva dando ênfase à Pedagogia, estabelecida dos jesuíticas em sua forma de
ensino e suas principais contribuições no contexto educacional histórico do Brasil colônia. Os
jesuítas são padres de uma ordem religiosa chamada Companhia de Jesus, fundada por Inácio
de Loyola, em 1534, que atuam como evangelizadores.
Os jesuítas chegaram ao Brasil colônia em 1549, sendo liderado por Manuel da Nóbrega
fundaram inúmeras missões jesuíticas em diversos território brasileiro, com o intuito de
catequizar os nativos, tornando os verdadeiros católicos.
Os jesuítas desempenharam um papel significativo no Brasil durante o período colonial. Eles
foram membros da Companhia de Jesus, uma ordem religiosa fundada por Inácio de Loyola
no século XVI.
Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, juntamente com o governador-geral Tomé de Sousa,
enviado pela coroa portuguesa. Seu principal objetivo era catequizar os povos indígenas e
converter os nativos ao cristianismo. Eles estabeleceram missões e aldeias, conhecidas como
"aldeamentos", onde buscavam evangelizar, educar e civilizar os indígenas.
Os jesuítas desenvolveram um método de ensino que combinava o ensino religioso com a
aprendizagem de habilidades práticas, como agricultura e artesanato. Eles construíram escolas
e colégios em várias regiões do Brasil colonial, e seus esforços educacionais tiveram um
impacto duradouro na sociedade brasileira.
Além da educação, os jesuítas também desempenharam um papel na defesa dos direitos
indígenas. Eles muitas vezes entraram em conflito com colonos e colonizadores que
exploravam e escravizavam os nativos. Os jesuítas defendiam os direitos dos indígenas como
seres humanos e se opunham à sua exploração.
No entanto, a influência e o poder dos jesuítas no Brasil começaram a diminuir no final do
século XVII. Isso ocorreu devido a uma série de fatores, incluindo conflitos com outras
instituições coloniais e a expulsão dos jesuítas de outras colônias portuguesas. Em 1759, a
Companhia de Jesus foi expulsa de Portugal e de suas colônias, e os jesuítas foram expulsos
do Brasil.
Após a expulsão dos jesuítas, muitas de suas missões e aldeamentos foram abandonados ou
assumidos por outras ordens religiosas. No entanto, seu trabalho deixou um legado duradouro
no Brasil, tanto na educação quanto na defesa dos direitos indígenas.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


O objetivo das escolas jesuíticas no Brasil durante o período colonial era principalmente a
evangelização dos povos indígenas e a formação de uma elite local. Os jesuítas acreditavam
que a educação era uma ferramenta poderosa para a conversão ao cristianismo e para a
civilização dos nativos.
As escolas jesuíticas, como o Colégio de São Paulo, em Piratininga, e o Colégio de Santo
Inácio, em Salvador, buscavam ensinar os princípios da fé católica, a língua portuguesa, a
cultura europeia e os princípios morais aos indígenas, criando assim uma base para a sua
integração na sociedade colonial.
Em relação à elite local, as escolas jesuíticas visavam formar jovens religiosos, líderes
políticos e administradores capazes de assumir posições de poder na colônia. A educação
jesuíta proporcionava uma formação humanista, com ênfase nas áreas de filosofia, teologia,
latim, retórica e ciências, preparando os alunos para o exercício de funções importantes na
igreja e no governo colonial.
Um dos principais documentos que descreve os objetivos das escolas jesuíticas no Brasil é a
"Carta Ânua", um relatório anual que os jesuítas enviavam à Companhia de Jesus na Europa,
descrevendo suas atividades e conquistas. Esses relatórios fornecem informações detalhadas
sobre as práticas educacionais e a missão evangelizadora dos jesuítas no Brasil colonial.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


1. Conversão dos povos indígenas ao cristianismo: Um dos principais objetivos dos
jesuítas era converter os povos indígenas ao cristianismo. Eles estabeleceram missões
e procuraram catequizar e batizar os nativos. Essa ação tinha como base o princípio da
"inculturação", ou seja, adaptar a mensagem cristã à cultura e às tradições indígenas.
2. Educação e formação dos indígenas: Os jesuítas também tinham o objetivo de educar
os indígenas, ensinando-lhes não apenas a doutrina cristã, mas também línguas, artes e
ofícios. Eles fundaram escolas e procuraram promover a formação intelectual e moral
dos indígenas, capacitando-os para o trabalho e para a vida em sociedade.
3. Defesa da terra e dos direitos dos indígenas: Os jesuítas desempenharam um papel
importante na defesa dos direitos dos indígenas contra a exploração e abusos dos
colonizadores. Eles lutaram para proteger as terras indígenas e combater a escravidão
dos nativos, defendendo sua dignidade e integridade.
4. Estabelecimento de missões e reduções: As missões jesuíticas eram comunidades
religiosas e agrícolas estabelecidas em territórios indígenas. Os jesuítas fundaram
várias missões e reduções no Brasil, onde os nativos viviam em comunidades
organizadas, recebendo instrução religiosa, educação e treinamento em atividades
agrícolas.
5. Propagação da fé e da cultura europeia: Além de converter os indígenas, os jesuítas
também buscavam propagar a fé católica e a cultura europeia no Brasil. Eles
introduziram a arte, a música, a arquitetura e outros elementos da cultura europeia nas
suas atividades missionárias, deixando um legado cultural duradouro.
3 JUSTIFICATIVA
Sua principal missão era difundir o cristianismo e catequizar os indígenas, além de estabelecer
escolas e promover a educação.
Os jesuítas acreditavam que a conversão ao cristianismo era um caminho para a salvação e,
portanto, consideravam sua missão no Brasil como um dever religioso. Eles buscavam
incorporar os indígenas à cultura e à fé cristã, respeitando suas tradições e costumes. Por meio
da catequese, os jesuítas tentavam transmitir os ensinamentos cristãos e promover uma
integração gradual dos indígenas na sociedade colonial.
Além da evangelização, os jesuítas também tiveram um papel importante na educação dos
indígenas e dos colonos. Eles estabeleceram escolas e missões em diferentes regiões do
Brasil, onde ensinavam não apenas a religião, mas também línguas, ciências, artes e ofícios. A
educação era vista como uma ferramenta para a formação de uma sociedade mais
desenvolvida e civilizada.

4 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
Quem são os jesuítas?
Os jesuítas foram reconhecidos oficialmente como uma ordem religiosa em 1540 pelo Papa
Paulo III. A sua fundação ocorreu em resposta à Reforma Protestante e ao desejo de promover
a contrarreforma, a fim de combater as heresias e revitalizar a fé católica. Santo Inácio de
Loyola e seus seguidores, conhecidos como "companheiros", comprometeram-se a seguir os
princípios da pobreza, obediência e castidade, bem como a dedicar-se ao serviço de Deus e da
Igreja.
Uma das características distintivas dos jesuítas é a sua ênfase na educação. Desde o início, os
jesuítas estabeleceram escolas e universidades em todo o mundo, com o objetivo de oferecer
uma educação completa e de alta qualidade aos jovens. A Companhia de Jesus foi pioneira na
adoção de métodos pedagógicos inovadores, enfatizando o ensino das ciências e das línguas
clássicas. Os jesuítas acreditavam que a educação era uma forma eficaz de propagar a fé
católica e moldar líderes intelectuais e espirituais.
Além da educação, os jesuítas também se envolveram em atividades missionárias. Eles foram
enviados para várias partes do mundo, incluindo as Américas, Ásia e África, para pregar o
Evangelho e converter povos não-cristãos ao catolicismo. Os missionários jesuítas
estabeleceram missões, aprenderam as línguas locais e se envolveram no ensino, cuidados de
saúde e assistência social às comunidades em que trabalhavam.
Ao longo dos séculos, os jesuítas tiveram um impacto significativo na política, na educação e
na cultura. Muitos jesuítas se destacaram como cientistas, escritores e filósofos. O padre
Pierre Teilhard de Chardin, por exemplo, fez importantes contribuições para a teoria da
evolução. Outro jesuíta famoso foi São Francisco Xavier, que é considerado um dos maiores
missionários da história e teve um papel fundamental na introdução do cristianismo no Japão.
No entanto, os jesuítas também foram objeto de controvérsias e conflitos ao longo dos anos.
Em alguns momentos, eles foram acusados de interferir na política e de exercer uma
influência excessiva. Durante a supressão da Companhia de Jesus pelo Papa Clemente XIV
em 1773, os jesuítas foram proibidos de exercer suas atividades e só foram restaurados no
século XIX.
Hoje, os jesuítas continuam a desempenhar um papel ativo na Igreja Católica e na sociedade
em geral. Eles mantêm uma rede global de escolas, universidades e instituições de caridade,
trabalhando em prol da justiça social, dos direitos humanos e da promoção da fé católica. Os
jesuítas são conhecidos por seu compromisso com a educação, a busca pelo conhecimento e a
defesa dos marginalizados e oprimidos.
Em resumo, os jesuítas são uma ordem religiosa católica fundada por Santo Inácio de Loyola,
dedicada à educação, à missão e ao serviço. Sua história é marcada por um legado
significativo de ensino, pesquisa e trabalho missionário em todo o mundo.

Qual era o objetivo dos jesuítas?


O objetivo dos jesuítas, também conhecidos como Companhia de Jesus, é uma questão
complexa, pois evoluiu ao longo dos séculos. Os jesuítas foram fundados em 1534 por Inácio
de Loyola, um soldado espanhol que se converteu ao catolicismo e decidiu dedicar sua vida a
servir a Deus. A Companhia de Jesus foi oficialmente reconhecida pela Igreja Católica em
1540.
Inicialmente, o principal objetivo dos jesuítas era a propagação da fé católica e a defesa da
ortodoxia católica em resposta à Reforma Protestante que ocorria na Europa. Os jesuítas
foram particularmente ativos na educação, estabelecendo escolas e universidades em todo o
mundo. Eles valorizavam muito a educação como meio de promover a fé católica e formar
líderes religiosos e leigos instruídos.
Além disso, os jesuítas também se dedicaram à missão de evangelização, especialmente em
territórios colonizados pelos europeus. Eles viajaram para várias partes do mundo, incluindo
América, África, Ásia e Oceania, estabelecendo missões para converter as populações nativas
ao cristianismo.
Os jesuítas também desempenharam um papel importante na contrarreforma católica. Eles se
envolveram em atividades pastorais, incluindo pregação, direção espiritual, administração de
sacramentos e obras de caridade. Os jesuítas também foram conhecidos por seu compromisso
com a educação humanista, a filosofia e as ciências, e muitos se tornaram proeminentes
intelectuais em seus respectivos campos.
Ao longo dos séculos, o papel dos jesuítas se expandiu para além da educação e da
evangelização. Eles estiveram envolvidos em diversas áreas, como a diplomacia, a política, a
pesquisa científica e o diálogo inter-religioso. Os jesuítas têm uma abordagem flexível às suas
atividades, adaptando-se aos desafios e necessidades do tempo presente.
Em resumo, o objetivo dos jesuítas tem sido promover a fé católica, formar líderes instruídos,
servir à Igreja Católica e trabalhar para a promoção da justiça social e o bem-estar da
humanidade. Seu lema, "Ad maiorem Dei gloriam" (Para a maior glória de Deus), reflete sua
motivação central em todas as suas atividades.

5 METODOLOGIA

A metodologia utilizada para estudar os Jesuítas, membros da Companhia de Jesus, uma


ordem religiosa da Igreja Católica fundada por Santo Inácio de Loyola no século XVI,
envolve uma abordagem multidisciplinar, que combina pesquisa histórica, análise
documental, estudos teológicos e sociológicos. O objetivo é compreender a história, a missão
e a influência dos Jesuítas ao longo dos séculos.
A pesquisa histórica é fundamental para estudar os Jesuítas, pois permite traçar a origem da
ordem, examinar seu papel em eventos históricos significativos e compreender suas atividades
ao longo do tempo. Nessa etapa, são analisadas fontes primárias, como documentos,
correspondências, diários e relatos históricos relacionados aos Jesuítas. Além disso, estuda-se
a evolução da Companhia de Jesus, desde sua fundação até os dias atuais, levando em
consideração contextos políticos, sociais e religiosos.
A análise de documentos é uma etapa essencial para entender os Jesuítas. Isso envolve a
identificação, coleta e interpretação de documentos relevantes, como bulas papais,
constituições, cartas e escritos dos membros da ordem. Os documentos são analisados
criticamente para identificar a visão e a missão dos Jesuítas, bem como as estratégias
utilizadas por eles em diferentes períodos históricos.
Os estudos teológicos são cruciais para compreender a espiritualidade e a missão dos Jesuítas.
Isso inclui o estudo da teologia católica, a análise dos escritos e ensinamentos dos fundadores
da ordem, bem como a investigação sobre a influência dos Jesuítas no pensamento teológico e
nas práticas pastorais da Igreja. Além disso, são consideradas as contribuições dos Jesuítas
para a educação, a evangelização e a defesa da fé.
Os estudos sociológicos permitem uma compreensão mais ampla dos Jesuítas como uma
instituição religiosa e como um grupo social. Nessa abordagem, são examinadas questões
como a estrutura organizacional da Companhia de Jesus, as relações internas entre os
membros, a adaptação dos Jesuítas às diferentes culturas e contextos em que atuaram, bem
como sua influência na sociedade e na política.
Uma parte importante da metodologia de estudo dos Jesuítas envolve a comparação com
outras ordens religiosas, movimentos religiosos e instituições da época. Isso permite
contextualizar a atuação dos Jesuítas em relação a outros grupos e entender suas
características distintivas. Além disso, a comparação também ajuda a identificar semelhanças
e diferenças entre os Jesuítas em diferentes períodos históricos.
A metodologia de estudo dos Jesuítas é uma abordagem multidisciplinar que combina
pesquisa histórica, análise documental, estudos teológicos e sociológicos. Essa metodologia
permite uma compreensão abrangente da história, missão e influência dos Jesuítas, desde sua
fundação até os dias atuais. Ao estudar os Jesuítas, é possível entender melhor seu papel na
história da Igreja Católica e seu impacto nas esferas religiosa, educacional e social.

6 CRONOGRAMA

ATIVIDADE/ MÊS NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI


Revisão bibliográfica
Elaboração do projeto de
pesquisa
Elaboração dos
instrumentos
de pesquisa
Coleta de dados
Análise de dados
Escrita do relatório de
pesquisa e apresentação

REFERÊNCIAS
Referência textual:
 Boxer, C. R. (2002). O império marítimo português, 1415-1825. Companhia das
Letras.
 Mello, J. A. G. (1982). O capitalismo tardio. São Paulo: Brasiliense.
 Mello, J. M. (2007). O bem comum dos índios: política jesuítica de direitos indígenas
no Brasil colonial. São Paulo: Editora UNESP.
 Bethell, L. (Ed.). (1987). História da América Latina: América Latina colonial (Vol.
2). Editora da Universidade de São Paulo.
 Gruzinski, S. (2001). A colonização das almas: imagens do índio e da colonização
espanhola nos séculos XVI e XVII. Companhia das Letras.
 Costa, E. V. (2003). O tapuia e o padre: estudo sobre a colonização jesuítica no Brasil
(séculos XVI-XVII). Annablume Editora.
 Schwarcz, L. M. (1998). O espetáculo
 Calainho, D. B. (2005). O Brasil e a Companhia de Jesus: poder e religião nos
primórdios da colonização. Hucitec.
 Ferreira, R. D. M. (2008). O imaginário jesuítico no Brasil colonial. Annablume
Editora.
 Delumeau, J. (2010). O pecado e o medo: os demônios no início da modernidade.
Zahar.
 Vieira, A. (2013). Sermões completos: tomo II. Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
 Novinsky, A. (2015). Cristãos-novos na Bahia: a inquisição portuguesa e o processo
de

Você também pode gostar