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7o

ANO

2024_AF_B1_V1
Geografia

Formação territorial do Brasil – Parte 2

1o bimestre – Aula 3
Ensino Fundamental: Anos Finais
Conteúdo Objetivos

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● Colonizadores e povos ● Compreender como se deu o
originários; processo de expansão territorial
● Expansão territorial; brasileiro;
● Exploração econômica do ● Conhecer as principais atividades
território; econômicas exploradas no
território desde a chegada dos
● Construção do espaço
colonizadores;
geográfico brasileiro não
indígena. ● Analisar a produção e a
transformação do espaço
geográfico brasileiro a partir dos
ciclos econômicos.
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Para começar

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Levante a mão quem quiser responder! 10 MINUTOS

Em grupos, observe atentamente os mapas do próximo slide. Eles retratam a


provável distribuição dos povos indígenas que viviam no território que hoje
corresponde ao Brasil na época da chegada dos colonizadores portugueses em
1500 e a configuração das terras indígenas nos dias atuais.

1. O que a comparação dos dois mapas revela?


2. Levante hipóteses do que pode explicar a mudança apresentada nos mapas.
3. É possível recuperar a população indígena como era em 1500? Justifique sua
resposta com base em seus conhecimentos sobre a ocupação do território
brasileiro na atualidade.
Para começar

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Mapa 1. Brasil: principais Mapa 2. Brasil: terras
povos indígenas em 1500 indígenas em 2001
Foco no conteúdo

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Colonizadores e povos originários
A formação do extenso território brasileiro é
consequência de um longo processo de expansão,
resultante do contato entre povos indígenas e
colonizadores europeus.
No período de chegada dos europeus nas terras que hoje
constituem o Brasil viviam cerca de 4 milhões de
pessoas distribuídas entre mais de mil povos indígenas
diferentes, como observado no mapa do slide anterior. Imagem 1.
Hoje, estima-se cerca de 1,7 milhão de indígenas, Representação do
Brasil no século XVI
segundo o censo de 2022 do IBGE.
Foco no conteúdo

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Expansão territorial
Muitos fatores contribuíram para a ocupação e a expansão, bem como
consolidação dos limites do território brasileiro, entre os quais se destacam as
entradas e as bandeiras.
Ambas foram expedições que partiam em direção ao interior do território
brasileiro com o objetivo de:
● aprisionar indígenas para trabalhar nas lavouras de cana-de-açúcar;
● descobrir metais e pedras preciosas;
● reconhecer e mapear o território;
● capturar escravizados fugitivos.
Aplicando

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- As entradas eram expedições oficiais (organizadas pelo governo) que saiam do
litoral em direção ao interior do Brasil.

- As bandeiras eram expedições organizadas e financiadas por particulares,


principalmente paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente principalmente,
rumo às regiões centro-oeste e sul do Brasil.
- As entradas e bandeiras foram importantes para reconhecer, ocupar e explorar
o interior do Brasil. Foram essas expedições as responsáveis por descobrirem as
primeiras minas de ouro, o que provocou um grande deslocamento populacional
para o interior brasileiro.
Na prática

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10 MINUTOS
Entradas e bandeiras
Em duplas, pesquise para responder às
questões a seguir:
1. Qual é a diferença entre entradas e
bandeiras?
2. Quem eram os bandeirantes? Qual sua
contribuição para a ocupação e a
integração do Brasil?

Imagem 2.
Todo mundo escreve! Monumento às Bandeiras – São Paulo
Na prática

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Correção

1. Qual é a diferença entre entradas e bandeiras?


As entradas eram expedições oficiais organizadas pela Coroa portuguesa. As
entradas partiam de Porto Seguro (sul do atual estado da Bahia) e das
imediações de Salvador, levando o povoamento do território para o interior.
Já as bandeiras eram promovidas por particulares, como senhores de
engenho, fazendeiros e comerciantes, partindo principalmente das vilas de
São Paulo e São Vicente rumo às atuais regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil.
Na prática

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Correção
2. Quem eram os bandeirantes? Qual sua contribuição para a ocupação e a
integração do Brasil ?
Eram os membros das bandeiras. Os bandeirantes, em sua maioria, eram
filhos de indígenas com portugueses; manuseavam com habilidade o arco, a
flecha e armas de fogo; falavam tupi e tinham contato com os povos
indígenas. Seguindo o curso dos rios, ou navegando por eles, quando
possível, os bandeirantes abriam trilhas e caminhos pelas matas, e alguns de
seus pontos de parada e descanso transformaram-se em cidades, como Tietê
(SP), Pirapora do Bom Jesus (SP), Goiás (GO) e Cuiabá (MT). A ação de
captura e resgate de indígenas foi marcada por conflitos e muita violência.
Foco no conteúdo

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Ciclos econômicos
A exploração econômica do território teve grande importância para a
construção dos primeiros espaços geográficos não indígenas no Brasil, com a
ocupação realizada pelos colonizadores entre os séculos XVI e XIX. Dentre as
atividades econômicas desenvolvidas, merecem destaque:
● Século XVI – exploração do pau-brasil e produção de cana-de-açúcar;
● Século XVII – cana-de-açúcar, pecuária e drogas do sertão;
● Século XVIII – mineração e pecuária;
● Século XIX – café, cacau, algodão e borracha.
Foco no conteúdo

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Século XVI
Quando os portugueses chegaram ao Brasil,
estabeleceram-se ao longo do litoral, ocupado pela
Mata Atlântica, explorando o pau-brasil, cuja madeira
era muito valorizada no mercado europeu daquela
época. Além disso, começaram a se apropriar das
terras indígenas para cultivar cana-de-açúcar em
grandes fazendas de engenho e produzir açúcar para
exportação, bem como tabaco. A criação de gado foi
implementada especialmente para alimentar a
população local. Imagem 3. Pau-brasil
Foco no conteúdo

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Drogas do sertão: produtos extraídos da Floresta
Amazônica, como guaraná, castanha, canela, cacau e
Século XVII cipós cujas raízes têm propriedades medicinais

Além da produção e da exportação da cana-de-açúcar,


inicia-se o avanço para o interior do continente em duas
frentes:
● Pelo Rio Amazonas e seus afluentes, na busca por
drogas do sertão, coletadas por indígenas escravizados.
● Em direção à região de Minas Gerais, para o início da
exploração do ouro e outras riquezas minerais. Houve
Imagem 4. Sementes
também o crescimento da pecuária bovina em direção secas e óleo de
ao interior que abastecia de alimento as áreas mamona – exemplo de
drogas do sertão
produtivas.
Foco no conteúdo

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Século XVIII
Ocorre a intensificação do processo de
interiorização do território graças à:
● expansão das bandeiras;
● atividade mineradora na região dos
atuais estados de Minas Gerais, Goiás e
Mato Grosso;
● pecuária na região sul do território
Com essas atividades, inicia-se o surgimento Imagem 5. Arte barroca na Basílica de
dos primeiros povoados, depois Nossa Senhora do Pilar – Ouro Preto
transformados em vilas e cidades. (MG)
Foco no conteúdo

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Século XIX
Neste século, o café cultivado no Rio de Janeiro e em
São Paulo atraiu muitos imigrantes estrangeiros, que
contribuíram para o povoamento dessas áreas e
consequentemente para o crescimento urbano local.
Além da cafeicultura, destaca-se nesse período também
a extração de látex na Amazônia para a fabricação de
borracha (que atraiu nordestinos e estrangeiros), bem
como o cultivo do cacau no sul da Bahia.
Imagem 6. Extração do
látex
Aplicando

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Transformações do espaço geográfico 10 MINUTOS

A formação territorial do Brasil, assim como a formação da sociedade


brasileira e, consequentemente, a construção de espaços geográficos não
indígenas, realizada por europeus e por luso-brasileiros, ocorreu entre o
século XVI até a primeira metade do século XIX.

Em duplas, analise os mapas do próximo slide e considere as informações


apresentadas na aula e explique como o processo de expansão da ocupação do
território intensificou a produção de espaços geográficos.

Puxe mais!
Aplicando

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Mapa 3. Atividades econômicas no Mapa 4. Atividades econômicas no
Brasil (séculos XVII e XVIII) Brasil (século XIX)
Aplicando

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Correção
Explique como o processo de expansão da ocupação do território intensificou a
produção de espaços geográficos.
Sugestão de resposta: Ao longo do processo de expansão da ocupação do
território, as atividades econômicas desenvolvidas desde o século XVI, como a
exploração do pau-brasil e a plantação da cana-de-açúcar ao longo do litoral,
modificaram o espaço geográfico nessa área, ao destruir a Mata Atlântica para a
retirada de madeira e a construção de engenhos e ao desapropriar terras
indígenas dali. Entre os séculos XVII e XVIII, a mineração e a pecuária
expandiram-se para o interior, ampliando o território de domínio português e
construindo novos espaços geográficos. O mesmo ocorreu com o café, o cacau, o
algodão e a borracha ao longo do século XIX.
O que aprendemos hoje?

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● Identificamos que a ocupação e a expansão territorial
brasileira se deu por meio de diferentes ciclos
econômicos;
● Conhecemos as principais atividades econômicas
exploradas no território desde a chegada dos
colonizadores;
● Reconhecemos as transformações e a produção do
espaço geográfico brasileiro não indígena.
Referências

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Lista de imagens
Slide 4 – Mapa 1. Brasil: principais povos indígenas em 1500. Fonte: Adaptado de DELLORE,
Cesar Brumini. Araribá conecta: Geografia 7o ano. São Paulo: Moderna, 2022. p. 52; Mapa 2. Brasil: terras
indígenas, 2001. Fonte: Mapa elaborado com base em arquivo shapefile do IBGE.
Slide 5 – Imagem 1. Representação do Brasil no século XVI. Fonte: Brasil 500 anos de povoamento. Rio de
Janeiro: IBGE, 2007. P.22. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv6687.pdf Acesso
em: 12 dez. 2023.
Slide 7 – Imagem 2. Monumento às Bandeiras – São Paulo. Fonte: Getty Images. Disponível em:
https://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/monumentos/monumento-as-bandeiras/. Acesso em: 14 dez. 2023.
Slide 11 – Imagem 3. Pau-brasil. Fonte: Getty Images. Disponível em:
https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/brazilwood-tree-imagem-royalty-free/1433133649?phrase=pau-brasil
&adppopup=
true. Acesso em: 14 dez. 2023.
Referências

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Lista de imagens
Slide 12 – Imagem 4. Sementes secas e óleo de mamona – exemplo de drogas do sertão. Fonte: Getty Images.
Disponível em:
https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/ricinus-communis-dried-seeds-and-oil-from-the-imagem-royalty-free/
1495245850?phrase=drogas+do+sertao&adppopup=true
Acesso em: 14 dez. 2023.
Slide 13 – Imagem 5. Arte barroca na Basílica de Nossa Senhora do Pilar – Ouro Preto (MG). Fonte: Getty
Images. Disponível em:
https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/the-lavish-baroque-interior-of-the-basilica-of-our-imagem-royalty-fre
e/1459874429?phrase=ouro+preto&adppopup=
true. Acesso em: 14 dez. 2023.
Slide 14 – Imagem 6. Extração do látex. Fonte: Getty Images. Disponível em:
https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/tapping-latex-imagem-royalty-free/495672459?phrase=l%C3%A1tex
&adppopup=
true. Acesso em: 14 dez. 2023.
Slide 16 – Mapa 3 e Mapa 4. Fonte: ALBUQUERQUE, M. M. de.; REIS, A. C. F.; CARVALHO, C. D. de. Atlas
histórico escolar, 1977. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001601.pdf.
Acesso em: 28 abr. 2022.
Referências

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ADAS, Melhem; ADAS, Sergio. Expedições Geográficas: 7o ano. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2022.
DELLORE, Cesar Brumini. Araribá conecta: Geografia 7o ano. São Paulo: Moderna, 2022
GARCIA, Valquiria. MARTINEZ, Rogério. GARCIA, Wanessa. SuperAÇÃO! Geografia: 7o ano. São Paulo:
Moderna, 2022.
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Tradução de Leda Beck.
Consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo: Da Prosa/ Fundação Lemann,
2011.
MORAES, Marcelo. PINESSO, Denise. RAMA, Angela. Geografia espaço & interação: 7o ano. São Paulo:
FTD, 2022.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação: Geografia. Caderno do Estudante. 7o
ano. 1o bimestre. São Paulo.
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