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GEOGRAFIA

Colégio Estadual Ernesto Carneiro Ribeiro NTE: 16


Docente: Érica Rosa de Santana Série/Turma: 2ª Série (2022)
Componentes: Bianca Pedreira Nascimento, Everton dos Santos Soares, Jascyane Arielly
Oliveira de Jesus, Murilo de Almeida Ferreira, Raí Dantas Silva, Tainá Azevedo Silva, Yasmin
Viana

PROCESSOS DE INTERIORIZAÇÃO
Subtemas: Expansões oficiais do período colonial; As Entradas; Bandeirantismo; As Missões;
Expansões militares com soldados.

Conforme sabemos, a atual configuração do território brasileiro é bem diferente daquela que foi
originalmente estipulada pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. Naquela época, a maioria das
atividades, como produção de cana-de-açúcar, ocorria no litoral.

Figura 1, expansão de atividades para o interior

A pecuária desempenhou um grande


papel para que fossem ocupadas
áreas do sertão (interior).
Diversos outros fatores intensificaram
o processo de interiorização e
contribuíram para a atual configuração
do território brasileiro. Esses fatores
são: As Entradas e Bandeiras, As
Missões Jesuítas e a presença de
soldados no interior.
Expansões Oficiais do Período Colonial
Um primeiro evento que permitiu a expansão foi a União Ibérica, que entre 1580 e 1640 colocou
as possessões lusas e hispânicas sob controle de um mesmo governo. Nesse momento, a
necessidade de se respeitar fronteiras acabou sendo praticamente invalidada. Contudo, não
podemos pensar que o surgimento de novos focos de colonização se deu somente após esse
novo contexto.
Ampliação dos limites do território brasileiro que ocorre entre o descobrimento e o Tratado de
Madri em 1750. Nesse período, o país tem sua área aumentada em mais de duas vezes. Essa
expansão é decorrente do desenvolvimento econômico da colônia e dos interesses político-
estratégicos da colonização.
O Tratado de Madrid alterou completamente as fronteiras que eram definidas pelo Tratado de
Tordesilhas.

Figura 2, Tratado de Madrid


As Entradas e o Bandeirantismo

Figura 3, Entradas e Bandeiras

As “Entradas” foram às expedições oficiais organizadas e financiadas pela Coroa portuguesa


que, geralmente, respeitava os limites do Tratado de Tordesilhas. Elas tinham como prioridade
realizar o mapeamento do território recém-descoberto e viabilizar sua colonização além do
litoral.
As bandeiras eram expedições que adentravam o interior da colônia (sertão), tinha como
objetivo principalmente capturar os indígenas e procurar ouro e metais preciosos. As
bandeiras eram compostas por portugueses e descendentes, mestiços e indígenas escravizados
(utilizados como guias dentro das matas).
• As entradas foram financiadas pela Coroa portuguesa e tiveram como ponto de partida o
litoral;

• As bandeiras foram expedições particulares saídas de São Paulo.


Figura 4, A Cidade de Goiás, antiga Vila Boa, foi fundada por Bartolomeu Bueno da Silva, durante a exploração do ouro na
região.

Figura 5, As Missões Jesuítas


As missões eram povoados indígenas criados e administrados por padres jesuítas no Brasil
Colônia, entre os séculos 16 e 18. O principal objetivo era catequizar os índios. A catequização,
no entanto, tinha efeitos colaterais que não interessavam aos conquistadores portugueses.

Expansões com Soldados

Figura 4, Fortes ao longo do território

Os soldados eram responsáveis pela defesa do território, foram construídos diversos fortes que
acabaram desenvolvendo vilas e povoados nas proximidades, assim, estimulando a ocupação
de suas regiões. Os fortes (ou fortificações) estavam presentes tanto no litoral quanto no interior.
Mapas utilizados:
Figura 1
https://blogdoenem.com.br/povoamento-do-interior-sec-xvii-historia-enem/
Figura 2
https://hid0141.blogspot.com/2020/05/tratado-de-madri.html
Figura 3
https://atlas.fgv.br/marcos/bandeiras-e-bandeirantes/mapas/bandeiras-e-entradas
Figura 5
https://blogdoenem.com.br/historia-missoes-jesuiticas/
Figura 6
portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Forte Dicionário Iphan.pdf

Referências:

Brasil Escola. Entradas e Bandeiras: diferenças, objetivos, resumo. Disponível em: <
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/entradas-bandeiras.htm > Acessado em 07/04/2022.

BRASIL. Decreto-lei 3.437, de 17 de julho de 1941. Dispõe sobre o aforamento de terrenos e a construção
de edifícios em torno das fortificações. Rio de Janeiro/DF, 1941.

CASTRO, Adler Homero Fonseca de. Armas. Muralhas de pedra, canhões de bronze, homens de ferro:
fortificações do Brasil, 1503-2006. 1º vol. Rio de Janeiro: FUNCEB, 2009.

História em curso: o Brasil e suas relações com o mundo ocidental de Américo Freire, Marly Silva da
Motta e Dora Rocha (São Paulo: Editora do Brasil; Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2004 –
Coleção Aprender).

REGO MONTEIRO, Jonathas da Costa do. Relação dos fortes Existentes no Brasil em 1829 com
indicação de seu armamento. Revista Militar Brasileira, jul.-set., 1927.

ROSA, Thais Felipe. Ruínas do Forte São Joaquim: o uso turístico e a preservação do patrimônio cultural.
2014. Dissertação (Mestrado Profissional em Preservação), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional. Rio de Janeiro, 2014.
CASTRO, Adler Homero Fonseca de. Forte. In: GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON,
Analucia (Orgs.). Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. 2ª ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro, Brasília:
IPHAN/DAF/Copedoc, 2016. (verbete). ISBN 978-85- 7334-299-4

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