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Acredita também que pode ser vista os vários estágios de desenvolvimento e evolução
da cultura, como uma linha evolutiva uniforme
"Um evento é sempre filho de outro, e não devemos nunca esquecer o parentesco", os
historiadores fizeram o melhor para mostrar uma conexão entre os eventos que são
registrados, transformando aquilo em dados, porém não se pode reduzir a história
humana a um mero almanaque, levando em conta a complexidade das ações
humanas, caso alguém negue a possibilidade de se estabelecer leis históricas.
As desconcertantes complexidades que fazem parte de um historiador geral estão
associadas em casos em que as respostas/evidências que um historiador possui para
obter suas próprias interpretações, são no geral, tão multivariadas e duvidosas que,
torna-se simplesmente irresistível a tentação de deturpar a evidência para que ela se
apoiar a alguma linha de eventos improvisada.
“Se o campo de pesquisa for reduzido da História como um todo para aquele ramo
aqui chamado Cultura - a história não de tribos ou nações, mas da condição de
conhecimento, religião, arte, costumes e semelhanças entre elas a tarefa da
investigação revela-se limitada a um âmbito muito mais razoável”
De acordo com o autor, existem civilizações menos evoluídas porque ele vê a cultura
como uma linha evolutiva. Dentro desse estudo, haverá povos considerados menos
evoluídos do que outros. Assim, é feita a pergunta quando comparamos uma nação
civilizada e uma sociedade barbara: “até que ponto cada item da vida das raças
inferiores transforma-se em procedimentos análogos nas raças superiores, sob formas
não tão mudadas que não possam ser reconhecidas e, às vezes, praticamente
intocadas?”. Tylor chega na conclusão de que é possível comparar um povo inferior
até mesmo com uma civilização mais avançada, caso analisarmos os costumes que
pouco se alteraram ao logo dos séculos, um exemplo que ele da é de um lavrador
inglês e um negro africano.
No processo de passagem de uma cultura mais antiga para uma mais nova, é visto que
um assunto sério deixou de ter essa conotação e pode até ter virado entretenimento
para gerações mais furas, como também o folclore e hábitos são capazes de ter um
significado poderoso no mudo novo
Também considera a religião de povos selvagens que julga menos evoluídos inferior a
outras (sistemas asiáticos), porém afirma que não é razão para tratá-las com menos
respeito e considerar somente merecedoras de atenção quando as julgamos inferiores
demais para tal. Tudo isso é uma questão de compreender ou mal compreendê-las.
Por fim, Tylor afirma: “Toda possível via de conhecimento deve ser explorada; toda
porta, experimentada para ver está aberta. Nenhum tipo de evidência precisa ser
deixada intocada em nome de sua distância ou complexidade, de sua insignificância ou
trivialidade”.
Dentro desse aspecto das leis naturais, ele afirma que surgem como
obstáculos as considerações metafísicas e teológicas. Por exemplo, o
pensamento comum sobre o livre-arbítrio é uma ideia incompatível com o
pensamento científico e anômala à vontade, pois em sua percepção, o
significado de vontade não se restringe somente a motivação, a estudos que
também lidam sobre intervenção sobrenatural e predestinação. Tudo tem um
por que e causa, algo que mostrado no estudo científico, por isso a ideia do
livre-arbítrio é incompatível com o pensamento científico, pois permite o agir
sem causa. De acordo com ele:
Tylor também tem uma visão sobre a questão histórica, afirmando que os
historiadores fizeram o melhor que podiam para criar uma conexão e uma
sucessão entre os fatos que eles registravam. Neste momento, demonstra as
dificuldades e as desconcertantes complexidades que fazem parte de um
historiador geral, associadas em casos em que as respostas/evidências que
um historiador possui para obter suas próprias interpretações, são no geral, tão
multivariadas e duvidosas que, torna-se simplesmente irresistível a tentação de
deturpar a evidência para que ela se apoiar a alguma linha de eventos
improvisada.
Dentro de sua pesquisa, Tylor diz: “É claro que as opiniões e os hábitos que
pertencem, em comum, a massas da humanidade são, em grande medida, os
resultados de sólido julgamento e sabedoria prática”. Porém, faz um
contraponto, afirmando que essa mesma sociedade transmitiu diversas crenças
e mitos, coisas produzidas pela mente do homem, não sendo suficiente para
sustentar que são ritos benéficos, crenças críveis e histórias reais.
A partir de agora Tylor traz o termo de sobrevivência, onde costumes e crenças
continuaram a existir mesmo em um momento de avanço da sociedade, ou em
um momento diferente da origem desses processos. Essa interpretação
carrega consigo uma das diversas visões do autor, a da cultura da sociedade
estar ligada a uma ideia de evolução, onde esses costumes que sobreviveram
não passam de uma cultura mais antiga, no caso menos evoluída.
Por fim, chega-se à conclusão que Tylor faz parte daquele grupo de etnólogos
que são amplamente criticados por Franz Boas, seja por associar a cultura
como um processo evolutivo ou fazer parte de uma antropologia de gabinete. O
que resume o pensamento de Tylor está entranhado nesse período da história
e das pesquisas etnográficas, olhando a cultura do outro pela nossa própria
cultura, ou seja, por um olhar etnocêntrico.