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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 413.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 413.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 421.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 412.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 426.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 426.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 438.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 470.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 470.
10
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 470.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 471-471.
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constituição do fato jurídico e a relação jurídica dele decorrente. Trata-se, pois, de uma
sucessão lógica e não cronológica.
Aurora Tomazini18 ensina que em relação aos fatos jurídicos, deve-se distinguir os
marcos temporal e espacial em que o fato se concretiza – tempo e lugar do fato - e as
coordenadas de tempo e espaço em que o fato é produzido – tempo e lugar no fato.
Segundo afirma, a) tempo do fato é o instante em que o enunciado denotativo da
hipótese normativa ingressa no ordenamento jurídico, isto é, o momento em que o fato é
constituído juridicamente, o que, no processo de positivação, geralmente se dá com a
notificação das partes. De sua vez, b) tempo no fato é o instante a eu alude o enunciado
factual juridicamente constituído, isto é, o momento descrito como aquele em que o evento
se realizou. Em resumo, o tempo do fato está relacionado ao processo de aplicação do
direito e constituição do fato jurídico, enquanto o tempo no fato refere-se ao evento.
Exemplificando, a norma individual e concreta representada pelo ato de lançamento
realizado na Secretaria Municipal de Finanças do Município de Curitiba no dia 20/02/2020
(tempo do fato) relata um evento em linguagem competente, qual seja, o fato de que no dia
1º de janeiro daquele ano (tempo no fato), o sujeito “x” era proprietário de imóvel naquele
município.
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TOMAZINI, Aurora. Teoria geral do direito (o construtivismo lógico-semântico) [online]. Disponível em<
http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp098895.pdf> Acesso em: 15.10.2019. p. 416.
19
TOMAZINI, Aurora. Teoria geral do direito (o construtivismo lógico-semântico) [online]. Disponível em<
http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp098895.pdf> Acesso em: 15.10.2019. p. 419.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 453.
21
TOMAZINI, Aurora. Teoria geral do direito (o construtivismo lógico-semântico) [online]. Disponível em<
http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp098895.pdf> Acesso em: 15.10.2019. p. 419.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 454.
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notificação;
Segundo Paulo de Barros Carvalho24, entende-se, por (i) auto de infração lato sensu,
instrumento portador de dois atos administrativos introdutores, ambos, de norma individual e
concreta, sendo uma de caráter sancionatório, cujo antecedente é fato tido como ilícito
tributário – (ii) ato administrativo de imposição de multa -; e outra de positivação da regra-
matriz de incidência tributária – (iii) ato administrativo de lançamento -, que, com a sua
publicidade por meio de (iv) ato de notificação válido do sujeito passivo, impede a sua
alteração, senão em virtude de impugnação do sujeito passivo, recurso de ofício ou inciativa
de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos em lei, nos termos do art. 145, do
CTN.
Alinho-me com a posição defendida por Paulo de Barros Carvalho 25, segundo o qual
a relação jurídica de cunho patrimonial denominada “obrigação tributária” quando verificada
a concretização de fato previsto na hipótese de regra de incidência (norma geral e abstrata),
desde que relatado em linguagem competente, de modo a figurar no descritor de norma
jurídica individual e concreta. Por sua vez, “nasce o crédito tributário no exato instante em
que irrompe o laço obrigacional”26 supramencionado.
De forma semelhante, a multa tributária surge quando da verificação da ocorrência
de fato tido como ilícito tributário em norma geral e abstrata, desde que relatado em
linguagem competente no antecedente de norma jurídica individual e concreta, que fará
irromper, no consequente dessa norma, relação de cunho patrimonial, cuja prestação é o
pagamento de uma quantia em dinheiro, a título de penalidade27.
Referido autor sustenta, ainda, que “sempre que o legislador do Código menciona
constituir o crédito reporta-se ao ato jurídico administrativo do lançamento, em que o agente
público, aplicando a lei ao caso concreto, formaliza a obrigação tributária” 28.
Especificamente quanto à “constituição definitiva do crédito”, Carvalho explica que
“um ato administrativo tem-se por pronto e acabado quando, reunindo os elementos que a
ordem jurídica prescrever como indispensáveis à sua compostura, vier a ser oficialmente
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comunicado ao destinatário” . Sendo assim, quando da notificação válida do sujeito
24
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 453.
25
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 397.
26
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 399.
27
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 451.
28
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 402.
29
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 449.
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30
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p.471-472; 467.
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CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. 2. ed. São Paulo: Noeses, 2008. p.
442-443.
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verdadeiro título executivo judicial, no qual subjaz o crédito em favor da Fazenda Pública.
Por sua vez, a União deverá ser intimada para que se manifeste a este respeito,
conforme preleciona §3º, do art. 879, do CTN, e, para além disso, o direito à ampla defesa e
ao contraditório há de ser observado no curso da execução promovida no âmbito da Justiça
do Trabalho.
Segundo afirma Paulo de Barros Carvalho 32, o CTN elenca taxativamente, eu art.
145, as hipóteses em que o crédito tributário definitivamente constituído pode ser
alterado. São elas: (i) impugnação do sujeito passivo; (ii) recurso de ofício; e (iii) iniciativa
de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no art. 149. Este dispositivo,
de sua vez, apregoa que o lançamento pode ser efetuado e revisto de ofício, em síntese,
quando verificada fraude, erro de fato, omissão por parte do sujeito passivo ou quando
surgir prova ou fato novo que não era conhecido pela autoridade fiscal. Não verificada
quaisquer dessas hipóteses, o exercício de novo lançamento tributário, mais gravoso ao
contribuinte, se mostra impossível.
Nesse sentido, citando Mary Elbe Queiroz Maia, ensina que, em relação à
alteração o critério jurídico, há de se considerar não só a ignorância da norma jurídica
(geral e abstrata), como também, o seu falso conhecimento e a sua interpretação
errônea.
32
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. 2. ed. São Paulo: Noeses, 2008. p.
445.
33
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. 2. ed. São Paulo: Noeses, 2008. p.
446.
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TOMAZINI, Aurora. Teoria geral do direito (o construtivismo lógico-semântico) [online]. Disponível em<
http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp098895.pdf> Acesso em: 15.10.2019. p. 419.
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Sendo assim, afirma-se que para fins de revisão do lançamento tributário, o erro
de direito e mudança de critério jurídico não se diferenciam, posto que aquele pode ser
englobado no conceito deste.
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TOMAZINI, Aurora. Teoria geral do direito (o construtivismo lógico-semântico) [online]. Disponível em<
http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp098895.pdf> Acesso em: 15.10.2019. p. 419.